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Composição Escrita

I. Produção de texto escrito


Na produção de um texto escrito, há que ter em conta 4 fase:
1.ª fase: Ideação
 Desencadear o processo de gestação e emergência das ideias, a partir de um
“clima” e de uma “ambiência”, princípios a tal processo (motivação,
concentração, inspiração…).
2ª fase: Organização:
 Dispor as ideias num “plano” – “plano de ideias”, por forma a poder
perspectivar-se a maneira mais adequada, eficaz e produtiva de as relacionar
entre si, com lógica, com coerência e com pertinência.
 Disponibilizar a informação mais importante, que foi objecto anterior
memorização ou arquivo, com o objectivo de dar sequência ao desenvolvimento
qualitativo do “plano de ideias” pré-estabelecido.
 Seleccionar o vocabulário fundamental, capaz de traduzir essas ideias e essa
informação: nomes, verbos, adjectivos, advérbios, expressões…
 Agrupar, em torno de cada “ideia nuclear”, a constelação de ideias derivadas ou
complementares que irão ser objecto do processo discursivo “interno” que cada
um desenvolve acerca dessa ideia.
3.ª fase: enunciação:
 Iniciar a formulação (redacção) de enunciados parciais (na base de frases
simples), em que cada uma das ideias da “constelação” funcione como sujeito
“Sujeito” de um ou mais predicados que se pretendem originais e portadores de
informação “nova”, ou, pelo menos, pertinente e relevante.
 Ir alargando e diversificando o “reportório” desses enunciados parciais por
“ideia”, por forma a criar-se um campo de escolha o mais amplo possível e
diversificado possível.
 Proceder à selecção e “marcação” dos que se afigurem melhor conseguidos e
insistir no seu aperfeiçoamento, substituindo-lhes os vocábulos menos
significativos e expressivos ou geradores de “perturbações” ao nível da
significação, do ritmo e harmonia frásica, etc.
 Elaborar um esboço de articulação dos enunciados parciais, já submetidos a
aperfeiçoamento e já selectivamente “marcados”, assinalando o respectivo
“ponto de junção”.
 Dar início ao processo de “montagem” ou “composição” dos enunciados parciais
em sequências textuais mais vastas, através de recurso aos “articuladores”
logicamente mais ajustados às relações que se pretende instaurar ao longo da
linha de sintaxe, desde o início ate ao fim.
 Proceder ao ajustamento das sequencias textuais, segundo os princípios de
coerência e de coesão textual e tendo em conta, entre outros factores, a
globalidade estrutural e funcional do texto, o assunto /tema de que se ocupa, a
sua intencionalidade e finalidade, o seu poder informativo, o horizonte de
expectativas de legibilidade por ele abertas, face à natureza, condição e
“estatuto” dos seus destinatários, etc
4.ª fase: aperfeiçoamento final:
 Reescrever, se necessário, o texto, tendo em conta as normas de correcção
léxico-gramatical e ortográfica, a pontuação, o embelezamento expressional, a
apresentação gráfico-estético, etc.
 Rever, com muita atenção, o texto finalmente construído, com o objectivo de
eliminar possíveis erros que passaram despercebidos, de aperfeiçoar as formas
de expressão, designadamente através do recurso à figuras de estilo mais ricas e
sugestivas, às variedades de registos linguísticos mais adequados ao assunto, ao
contexto, ao destinatário, etc.
 Respeitar, com espírito criativo e inovador, as normas e convenções inerentes à
modalidade tipológica escolhida, tendo sempre em conta a diferença profunda
existente entre tipologias linguísticas e as tipologias literárias.
 Proceder a várias leituras da última redacção do texto, assim construído passo a
passo, numa atitude crítica muito avisada e afinada, introduzir-lhe, ainda, os
retoques finais e, só depois, passá-lo a limpo.

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