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Curso Técnico em Enfermagem

Introdução à Enfermagem III

PRECAUÇÕES-PADRÃO
E PRECAUÇÕES
BASEADAS NO MODO
DE TRANSMISSÃO

Professora: Yanddra Antonucci


PROCESSO DE ENFERMAG

SAÚDE
INDIVÍDUO
bem estar descrito
pelo cliente
não apenas
SER ausência de
ÚNICO
doença
DOENÇA INFECCIOSA
Avanços científicos e tecnológicos – descoberta
antibióticos, imunização, procedimentos
diagnósticos

Erradicação e ou controle das doenças infecciosas

✓Expansão demográfica e aglomerações, migração,


empobrecimento econômico e envelhecimento da população
✓Comportamento humano: comportamento sexual, uso de
drogas, uso de anticoncepcionais
✓ Processo de evolução de microorganismos – resistência
✓ Uso indiscriminado de antibióticos
DOENÇA INFECCIOSA
✓ É qualquer doença causada pelo crescimento
de organismos patogênicos no corpo
(bactérias, vírus, fungos, protozoários).

Pode ser:
✓ Transmissível: infecção pelo HIV, hepatites
virais, tuberculose.
✓ Não transmissível: tétano, criptococose.
DOENÇAS TRANSMISSÍVEI
CONCEITO

Transmissão de um agente etiológico ou seus


produtos tóxicos (pessoa infectada, animal ou
reservatório inanimado) a um hospedeiro
susceptível.

(FERNANDES et al., 2000)


DOENÇAS TRANSMISSÍVEI

Transição epidemiológica: doenças crônico-


degenerativas predominam, mas as doenças
transmissíveis ainda desempenham um papel
importante.

(SCHRAM et al, 2004)


DOENÇAS TRANSMISSÍVEI
Situação das Doenças Transmissíveis no Brasil – 08/2004

Difteria Rubéola
Coqueluche Raiva
Tétano Hanseniase
Poliomielite Febre tifóide
Sarampo
DOENÇAS TRANSMISSÍVEI
Situação das Doenças Transmissíveis no Brasil – 08/2004

Malária
Tuberculose
Meningites
Hepatites
Leptospirose
DOENÇAS TRANSMISSÍVEI
Situação das Doenças Transmissíveis no Brasil – 08/2004

Aids
Cólera
Dengue
Hantaviroses
Febre Maculosa
AGENTES ETIOLÓGICOS

Bactérias Vírus Fungos


PROCESSO INFECCIOSO

✓ Organismo Causador
✓ Reservatório de organismos disponíveis
✓ Porta de entrada
✓ Hospedeiro susceptível
✓ Porta de saída
✓ Vias de transmissão
CADEIA DE TRANSMISSÃO
VIAS DE
FONTE HOSPEDEIRO TRANSMISSÃO

✓ Pacientes Resistência
variada ✓Contato
✓ Staff
✓ Gotículas
✓ Visitantes ✓ Aérea
✓ Microbiota ✓ Veículos comuns
Doenças ✓ Vetores
✓ Objetos Portadores

Doença aguda
Doença incubada
Portador
CONCEITOS
✓ Colonização – microorganismos presentes
sem interferência ou interação com o
hospedeiro

✓ Infecção – interação entre hospedeiro e


agente – estabelecendo defesa
✓ Doença – é um estado no qual o
hospedeiro infectado apresenta declínio do
seu bem estar físico devido à infecção
VIAS DE TRANSMISSÃO
CONTATO

Direto Indireto

Via mais comum de transmissão de microrganismos


VIAS DE TRANSMISSÃO
GOTÍCULAS

✓Geradas pela tosse, espirro ou


fala
✓Depósito na conjuntiva, mucosa
nasal ou oral
✓ Partículas podem alcançar 1 m
de distância
✓Não permanecem suspensas no
ar
VIAS DE TRANSMISSÃO
AEROSSÓIS

✓ Geradas pela tosse, espirro ou fala


✓ Microrganismos em partículas (< 5 µm)
✓ Permanecem suspensas no ar
✓ Podem ser disseminados por correntes de ar
VIAS DE TRANSMISSÃO
VEÍCULO COMUM

✓ Água
✓ Alimentos
✓ Medicamentos
✓ Equipamentos
VIAS DE TRANSMISSÃO
VETORES

✓Formiga, moscas, mosquitos


✓Pouco importante para transmissão em
hospitais
MECANISMOS PATOGÊNICO
agente agressivo hospedeiro suscetível

infecção

INTERAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO
DOENÇAS TRANSMISSÍVEI
SINTOMÁTICOS

ASSINTOMÁTICOS
PRECAUÇÕES-PADRÃO

( GARNER, 1996)
PRECAUÇÕES-PADRÃO
PRECAUÇÕES-PADRÃO
PRECAUÇÕES-PADRÃO
PRECAUÇÕES-PADRÃO
PRECAUÇÕES-PADRÃO
PRECAUÇÕES-PADRÃO
PRECAUÇÕES-PADRÃO
PRECAUÇÕES-PADRÃO
PRECAUÇÕES-PADRÃO
NOVAS RECOMENDAÇÕE

Higiene respiratória/etiqueta ao tossir :


devem ser aplicadas a pacientes e acompanhantes
com infecção não diagnosticada mas com sinais de
tosse, congestão nasal, rinorréia e aumento de
secreção no trato respiratório.
Incluem educação do paciente – cobrir boca e
nariz ao tossir, com papel ou pano, descartando-o
em seguida e higiene das mãos.

(CDC, 2007)
NOVAS RECOMENDAÇÕE

Prática de injeção segura: consiste em


preferencialmente usar frascos de doses
individuais, uso de agulhas e seringas estéreis.

 Procedimentos para punção lombar: que


inclui a utilização de máscara cirúrgica para
realizar este procedimento.

(CDC, 2007)
NOVAS RECOMENDAÇÕES

Precauções Padrão

Antes e após Ao contato


Se risco Descarte
contato com com sangue
de respingos adequado
cada paciente e secreções

(CDC, 2007)
HIGIENE DAS MÃOS
✓Antes de procedimentos invasivos usar
sabão antisséptico (clorexidina ou PVP-I
degermante)
HIGIENE DAS MÃOS
Higienização das mãos com álcool gel
✓entre procedimentos não invasivos
✓em locais de difícil acesso à pia
✓ na ausência de sujidade visível
✓muito eficaz e deve ser estimulado
USO DE LUVAS
Proteção individual

✓Obrigatória ao contato com fluídos


corporais, mucosa e pele não íntegra de
qualquer paciente e também em qualquer
procedimento de acesso vascular.
USO DE LUVAS
Infecção cruzada
✓ A transmissão de microrganismos de um
paciente ou fômite para outro, as luvas
devem ser trocadas entre um paciente e
outro, e entre topografias diferentes no
mesmo paciente.
USO DE LUVAS
Manter campo estéril
✓Evitar que os microrganismos das mãos
contaminem locais estéreis – cuidado ao
calçar.
EQUIPAMENTOS
Aventais, perneiras plásticas

Equipamentos e artigos

- Materiais perfurocortantes descartados em


recipientes próprios.

- Estetoscópios, termômetros devem sofrer


desinfecção com álcool à 70% após o uso.
EQUIPAMENTOS
Máscara, protetor ocular ou facial
✓Para proteção PAS quando há risco de respingar
sangue ou fluídos corporais na face (olhos boca,
nariz)

✓ Quando há risco de transmissão por gotículas


(máscara cirúrgica)

✓ Quando há risco de transmissão aérea


(máscara N95)
ROUPAS E UTENSÍLIOS
Roupas/lavanderia
risco desprezível se manipulado e
lavado conforme rotina específica.

Pratos, talheres e copos


a combinação de calor e detergente é
suficiente para descontaminação.
ISOLAMENTO
✓1700- Abertos os “Hospitais da Febre” nos EUA,
para prevenir a transmissão da epidemia.
✓1877- Houve a primeira publicação na literatura
médica, recomendando a separação de pacientes
com doenças transmissíveis dos demais.
✓1910- Foram introduzidos os “sistemas de
cubículos” para isolamento individual, surgindo o
conceito “barreiras de enfermagem”.
✓1950- Os hospitais de doenças transmissíveis
começaram a fechar.
ISOLAMENTO
✓1970- O Centers for Disease Control (CDC) publicou
um manual detalhado introduzindo o sistema de
isolamento por categorias : estrito, respiratório,
protetor, de feridas e pele, precauções entéricas,, com
excreções e com sangue).
✓1983- O CDC publica novo manual , deixando a
critério das CCIH a opção de desenvolverem seu
próprio manual e encorajando o uso de equipamentos
de proteção individual.
✓1985 - Surge a epidemia da AIDS- Precauções
Universais.
✓1987à 1996- Mistura das normas
✓ 1996/2007 –Garner e CDC
PRECAUÇÕES-ISOLAMENT
ISOLAMENTO HOSPITALAR

CONCEITO

Segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPS):

“É a segregação de pessoas infectadas, durante o


período de transmissibilidade da doença, em local
sob condições para evitar a transmissão direta ou
indireta do agente infeccioso à indivíduos
susceptíveis”.
ISOLAMENTO
OBJETIVOS
✓ Aumentar a segurança e a confiança no trabalho

✓ Promover assistência adequada

✓ Diminuir a possibilidade de contágio das pessoas que


cuidam diretamente do paciente e evitar infecções
cruzadas

✓ Diminuir a possibilidade de propagação da doença,


protegendo os pacientes, familiares, equipe de saúde e
comunidade
PRECAUÇÕES DE CONTATO
✓ Quarto privativo ou compartilháveis para
pacientes com a mesma doença transmissível.
✓Uso de luvas sempre que prestar cuidado direto
ao paciente.
✓Avental limpo sempre que prestar cuidado direto
ao paciente, deve ser retirado antes da saída do
quarto.
✓O transporte do paciente deve ser reduzido e as
precauções mantidas.
✓ Os equipamentos devem ser exclusivos do
paciente e se não for possível proceder a
desinfecção entre um e outro.

(CDC, 2007)
Se contato
Quarto com o Uso Secreções
Clorexidina
Privativo paciente Individual Contidas
PRECAUÇÕES COM GOTÍCU
✓Quarto privativo ou para pacientes com a mesma
condição. A distância mínima entre dois pacientes deve
ser de 1 metro.

✓Máscara deve ser utilizada se houver aproximação


numa distância menor que 1 metro.

✓Transporte deve ser limitado e quando inevitável, o


paciente deve usar máscara cirúrgica.

(CDC, 2007)
Quarto Privativo Uso pelo Uso pelo
com porta profissional paciente
fechada no quarto no transporte
PRECAUÇÕES COM AEROSS
✓ Quarto privativo que possua pressão negativa em
relação às áreas vizinhas, mínimo de seis trocas de ar
por hora e cuidados com o ar que é retirado do quarto,
sendo necessária a filtragem com HEPA antes da
recirculação deste ar em outras áreas do hospital.
✓ Proteção respiratória com máscara adequada.

✓ Para o transporte o paciente deve usar máscara


cirúrgica comum.

(CDC, 2007)
Quarto Privativo Uso pelo Uso pelo
com porta profissional paciente
fechada no quarto no transporte
AMBIENTE PROTETOR
✓Recomendado para pacientes submetidos a
transplantes de células troco-hematopoiéticas
alogênicos.

✓Quarto privativo, com filtro HEPA, pressão positiva em


relação ao corredor, 12 trocas de ar/hora e janelas
seladas.

✓ Proibido flores ou recipientes com plantas nos quartos

✓Paciente deve usar máscara N95 quando deixar o


ambiente protetor.

(CDC, 2007)
TIPOS DE PRECAUÇÃO PACIENTES

PADRÃO TODOS

Tuberculose
AEROSSÓIS Sarampo
Varicela
(ZOSTER)

(CDC, 2007)
TIPOS DE PRECAUÇÃO PACIENTES

Haemophilus influenzae B
Neisseria meningitidis
Streptococcus pneumoniae (R)
Difteria faringeana
GOTÍCULAS Coqueluche
Estreptococcias em crianças
Caxumba

Rubéola

(CDC, 2007)
Germes MDR

CONTATO Infecções entéricas

Febres hemorrágicas

(CDC, 2007)
SÍNTESE
✓ O enfermeiro possui um papel importante nas
atividades de prevenção e controle das doenças
transmissíveis.
✓Educar os pacientes pode diminuir os riscos
deles virem a ser infectados, ou reduzir as
sequelas da infecção.

✓Usar as Precauções de Barreira


adequadas (lavagem das mãos antes e após
contato, técnicas assépticas no manuseio de
materiais e dispositivos.
CONHECIMENTO
BASEADO EM
EVIDÊNCIAS

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