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CURSO DADO PELO

Trino Presidente Triada TUMUCHY,


Mestre Mário Sassi
Meus filhos Jaguares:

Em 27 de abril de 1983, nossa Clarividente nos deu a “Partida


Evangélica”, uma retomada de posição, um grito de alerta. Desde então a
tônica do nosso trabalho, do trabalho da Corrente, tomou mais um impulso,
uma nova etapa, “dharman oxinto” – a caminho de Deus.
1984 foi um ano de intensa preparação purificadora, como soem ser os
anos pares.
1985 veio a realização, a Consagração dos Koatay 108, “Enlevo”.
Ainda em 85, em 20 de maio, veio a “subida da espiral”, a consagração
dos Adjuntos, e com eles toda a corporação, para Sétimos Raios dos Arcanos.
Com tudo isso, a “espiral evolutiva” estreitou seus anéis, definiu posições
e, aos poucos, vai colocando cada um em seu lugar.
Já em 1983 havíamos feito um ensaio do desdobramento da Partida
Evangélica. Foram sete aulas “experimentais”, não tínhamos o hábito...
Essa é a peculiaridade de nossa Corrente.
Praticamos essencialmente o Evangelho, vivemos o Evangelho, pautamos
nossas vidas pelas leis do Evangelho, mas não lemos o Evangelho...
Por quê?
Porque nós aprendemos o Evangelho vivo, diretamente pela nossa intuição
energizada pela nossa mediunidade e porque o Evangelho é dinâmico e se
apresenta com as florescências adequadas a cada época, e porque nós
praticamos o “Sistema Crístico” em contrapartida da “Filosofia Cristã”.
Então, por que essa “Partida Evangélica”?
Porque estamos destilando a essência do Evangelho, à luz de toda a obra
da Clarividente e fazendo o “Evangelho Iniciático” já no limiar do terceiro Milênio
Crístico.
Por isso temos alternado, nessas aulas, as “Cartas Abertas” de Tia Neiva,
as estórias contadas em suas aulas e as concordâncias com os trechos
escolhidos.
Não obedecemos a seqüência tradicional dos evangelizadores porque
nosso trabalho é apenas intuitivo e mediúnico.
Quanto às aulas, elas são apenas resumidas, tiradas da gravação, graças
ao trabalho do Mestre Lisboa que, pacientemente, ouve as gravações e as
sintetiza.
Uma recomendação: use a sua intuição até mesmo para ler. Não se
preocupe em memorizar; deixe que a Doutrina o procure, não corra atrás dela...

Brasília, maio de 1985 – 26º ano do Doutrinador


1ª AULA – 22/FEV/1985

AULA EVANGÉLICA DO MESTRE TUMUCHY PARA OS MESTRES


LANÇA VERDE E LANÇA VERMELHA

A participação nesta Partida Evangélica traduz não apenas o aspecto de


alunos atentos para um professor esforçado, mas também a sensibilidade de
transmitir as coisas que me chegam diretamente. É a mediunidade que
funciona, quando somos realmente um intermediário. É uma forma de trazer
para vocês, com simplicidade, as coisas do Céu.
É assim que pedimos para vocês receberem estas palestras, procurando
sentir dentro de cada um, na proporção em que cada um possa perceber sua
própria individualidade. Jesus, quando falava para um grupo, Ele falava para a
individualidade, diretamente para o coração de cada um, na proporção em que
cada um pudesse perceber a importância de sua individualidade.
Vamo-nos identificar melhor porque as informações reais, que cada um
precisa, chegarão adequadas a cada um, de acordo com sua própria vida.
Assim, vamos ter a possibilidade de nos tornarmos aquela luz brilhante
que Jesus nos aconselha que fique bem visível para iluminar a todos.
Nós só podemos fazer isso se tivermos nossa luz intensa, vibrátil, em
termos de vivência e de amor, de vibração, em termos de nossa própria vida.
Qualquer de nós, qualquer que seja nossa posição, desde que tenhamos
despertado o Cristo interior, o amor no coração, poderá perfeitamente sentir esta
vibração e esta paixão pela vida. O verdadeiro ser é aquele que está situado
naquela partícula crística que é o seu eu superior, sua verdadeira
individualidade.
Seguindo o caminho de Jesus, nós dizemos apenas, simplificando, que
mergulhe na sua individualidade.
Jesus trazia tudo com simplicidade e Neiva, dedicada inteiramente à sua
missão, dentro de sua simplicidade, nos trouxe todas as complicações do
Universo. Em 1976, ela começou a escrever cartas e muitas coisas que eu li não
consegui entender. Apesar disso, foram coisas muito importantes e, hoje, vamos
tratar de uma destas cartas que fala de todo o sistema, como Neiva recebeu de
Humahan, e como ela transmitiu, utilizou e praticou durante todos estes anos.
O Evangelho é o alicerce, estrutura de todo um ensinamento. Em cima
dessa estrutura nós vamos aprendendo, de acordo com a realidade do momento.
O Evangelho aqui tratado não é o mesmo aprendido há cem anos. Nós
estamos vivendo o Evangelho Iniciático, onde praticamos iniciaticamente os
conhecimentos adquiridos. É o Evangelho de Jesus sendo aplicado por Pai Seta
Branca de acordo com a situação do mundo que estamos vivendo.
As bases da estrutura, entretanto, não se modificam. Vamos lembrar um
trecho que diz: “Entrai pela porta estreita, pois larga é a porta e espaçoso o
caminho que conduz à perdição. São muitos os que entram por ela. Mui apertada é
a porta e mui estreito é o caminho que conduz à vida. Poucos são os que acertam
com ele!”
O problema não é a coletividade mas, sim, a individualidade. É o sentido
perfeito da responsabilidade. A porta estreita representa o caminho de cada um.
Quem não acerta com seu caminho estreito, não acerta com sua
individualidade.
Carta de TIA NEIVA DE 4.10.77

Salve Deus, Meu filho Jaguar!


Para termos uma compreensão melhor, daremos uma explicação através
de cada uma de suas ORBES TERRESTRES e suas particularidades
renovadoras.
Fica bem explicado que o ser humano, encarnado ou desencarnado,
continua sempre a sofrer alterações em seu REINO CORONÁRIO, porque o
Espírito não pára a sua evolução, modificando, renovando por formas mais
apuradas, até sofrer novas alterações, para combinar, em outros mundos, com
outras matérias.
Devemos saber que nos aprimorarmos ou nos degradamos de acordo com
a sintonia mental em que nos colocamos, pois somos preparados nos planos
espirituais. Cada um de nós veio instruído com a sua lição.
Deve-se, ainda, tomar em conta os outros mundos e seus habitantes que,
segundo o meu conhecimento, nos preparam e orientam, sendo, portanto, mais
evoluídos. Onde quer que estejamos, sentimos em Deus esta sintonia universal.
A matéria (física) não organiza mas, sim, é organizada. Em sua função, ela
(a matéria) representa apenas uma modalidade de ENERGIA ESPARSA (difusa,
dispersa).
Nossos elementos no plano físico chegam a ultrapassar as BARREIRAS
DO NEUTRON, quando na formação do nosso SISTEMA PLANETÁRIO (nosso
“mundo” particular); as junções ou injunções concentradas de energia do
PLEXO FÍSICO em fusão resultam no NEUTROM.
O neutrom forma uma NEBULOSA a qual, pela força da gravidade,
pressionando da periferia para o centro, provoca o movimento circular que,
paulatinamente, modifica sua forma. Seguindo um sentido mais ou menos
espiralado, acompanha o movimento circular giratório, que é denominado
PROTEÇÃO DE DEUS. Este movimento é centrípeto ou centrífugo.
O movimento centrípeto reúne todas as energias e fluidos ectoplasmáticos
no CENTRO CORONÁRIO. O movimento centrífugo afasta ou emite
horizontalmente, em progressiva condensação, sob o comando do EIXO SOLAR
de nossa natureza.
Ao fazermos esta explicação, um mestre, um filho, fez a seguinte
pergunta:
- Tia, porque o NEUTROM? Então ele não nos atrasa, nos escondendo os
mundos espirituais?
Pergunta inteligente, achei. Respondi:
- Não haveria sentido para a existência do corpo físico se houvesse uma só
visão e não haveria necessidade do sol, que ajuda esta condensação material.
Como seria a vida solar? Com tantas visões deformadas dos espíritos
cobradores?
É bem coordenada a nossa explicação sobre o NEUTROM, bem como
todos esses aspectos da Doutrina, em suma, o preceito fundamental de Jesus
Cristo, que são as Leis Eternas de Deus Pai.
A energia viva que é o pensamento, desloca-se em força sutil, visto através
da alma racional; Deus puro, tríplice, ou seja, espírito e alma e espírito em toda
a manifestação universal: a TRINDADE do CRISTIANISMO: PAI, FILHO e
ESPÍRITO SANTO ou CHAVES DO VERBO DIVINO.
Concebo que a verdade se resume em Deus único, todo poderoso, e que ao
sentirmos sua visão acalmamos a alma e as tempestades que servem para
burilar o nosso espírito.
Falamos muito de consciência ou peso de consciência e, no entanto, o que
é preciso é constância, o que mais falta no homem. Falta também saber a razão
do tempo na Terra e no astral. No inferior psíquico damos vazão à casualidade
pelos insultos que transtornam a mente. E nos infelizes estados alucinatórios,
nos quais sem sabermos vão integrando as margens da esquizofrenia. São
freqüentes os fenômenos de vozes, visões e de alucinações que a própria
esquizofrenia produz. A esquizofrenia resulta da mediunidade (não
desenvolvida). São alterações relacionadas com o sistema nervoso, em relação ao
mecanismo natural que produzem, com mais freqüência, os mais perigosos
fenômenos alucinatórios.
Nossa alma está cheia de amor. Só falta saber empregá-lo e saber que o
mal progride pela falta do seu emprego. Na progressiva condensação, sob o
governo das leis, esta nebulosa que nos protege, no momento da rotação
aumenta em milhões a força centrífuga, com recurso até da LEI DE AUXÍLIO.
Nosso êxito ou fracasso, persistência ou fé com que consagramos
mentalmente o objetivo que devemos alcançar, depende unicamente do
equilíbrio total de nossa consciência. Exponho aqui os fatos consagrados pela
Natureza.
Então, a primeira coisa que devemos fazer é guardar os valores,
separando as tradições válidas das que são apenas convencionais. Grande
parte do valor da tradição vem justamente da sua função em Deus.
O neutrom não se impregna pela energia, porém sofre alterações entre o
dia e a noite. Dentre todas as suas grandezas existe uma grande especialidade:
a Magia Neutra ou Nativa. Graças à defesa do neutrom é que chegamos até
aqui; não fosse isso, viveríamos sobressaltados pelas constantes explosões dos
átomos e, também, flutuaríamos como pequenos balões.
A magia neutra ou nativa é capaz de engrandecer o trabalho ou provocar o
desastre, dependendo isso daqueles que manejam o magnetismo. Em si, o
magnetismo não é bom nem mau; ele apenas existe, dependendo sua ação do
agente nativo neutro, que é capaz de gerar o bem ou produzir o mal. Por
exemplo, abre-se um trabalho de magia neutra nativa, capaz de produzir
correntes magnéticas, porém, com todos seus perigos. Nele não há
aperfeiçoamento da alma, além de correr o perigo do acrisolamento no BAIXO
ASTRAL, dos valores negros; porém nada há nas Leis Etéricas que impeça a
realização destes trabalhos, que não passam de correntes
ELETROMAGNÉTICAS sem a luz do NEON.
Graças ao neutrom, o homem é protegido na sua inconsciência, uma vez
que o neutrom controla os princípios magnéticos, porém sem os termos da Lei,
que possam burilar a nossa alma ou nossa consciência. Para ser mais precisa,
devo dizer que o corpo físico, que é para a alma o próprio lar, é que distribui
bons exemplos nas mesmas circunstâncias diante do comportamento
mediúnico. Há diferença de quem recebe uma lição raciocinada com o coração e
com a cabeça.
Meu filho Jaguar, tenha na mente que quando sintonizamos no desejo de
servir com amor, servimos sempre e sempre temos algo para oferecer, porém no
curso extrasensorial, contidos em possibilidades virtuais na esfera do
pensamento. Ninguém espera milagres mas sim os fenômenos produzidos na Lei
de Causa e Efeito na individualidade. Saudemos a criação, sentindo a lógica
acima de tudo. Porque acima dos sentimentos há a razão. Nada nos impede de
subirmos ao cimo da montanha pela velha estrada, porém, para quê, se temos o
roteiro exato da nova? A diferença entre a velha e a nova estrada pode ser
observada nas ruínas dos velhos templos que marcam a velha estrada. A velha
estrada foi pontilhada por mil tribos e dividida durante muitos séculos.
Prosseguindo nesta viagem chegamos a um longo e puro sentimento, que nos dá
a razão deste novo caminho, de novas perspectivas, onde desmancharemos o
ciclo vicioso que nos leva à velha estrada. As primeiras coisas que observamos
no velho caminho são as ruínas dos velhos templos.
Meu filho Jaguar, procure sempre a lógica do que lhe digo; não raciocine
por mim e sim pelo que pode acumular. Do nosso lado esquerdo sentimos a
magia magnética animal dançando ou se movimentando em diferentes
mecanismos, oferecendo o sacrifício do corpo humano, despejando pesadas
cargas da superstição, da insegurança, do medo.
A magia neutra nativa acompanha a velha estrada, que é construída por
experiências de tribos diversas e envolveram sacrifícios de bichos e animais no
Egito primitivo, nas ofertas aos deuses.
Então, meu filho, prosseguindo cautelosamente, mais um pouco esta
viagem, chegaremos a um lugar onde veremos a construção definitiva desta
estrada, cuja obra é, dentro de nós mesmos, edificada pela Lei do Auxílio do
Cristo Único, Jesus Nosso Senhor, lutando contra a pobreza e a doença.
Pelo outro lado do caminho, vemos, ainda, outras tribos naturais,
realizando as mesmas cerimônias de superstição e medo. O que me assusta são
os homens pássaros, com semelhança humana, rápidos, inteligentes, oferecendo
a cura e coisas materiais, e que ficam revoando até conseguirem o objetivo.
Deus não trouxe o homem a esta Terra para sofrer ou levá-lo à miséria.
Criou-o para ser feliz, dando-lhe a inteligência no livre arbítrio.
Todavia, apesar de tudo o que o homem já fez contra as leis, se
aproveitando dos velhos pergaminhos, buscando o que já deixamos para trás e o
que nos fez voltar, segundo as leis de forças que Deus criou, filhos, o mundo nos
faz perguntas e a sociedade nos obriga a responder. As perguntas são
transmitidas e aplicadas pelas vibrações.
Salve Deus! Entrego meus olhos a Jesus, para que possamos caminhar na
nova estrada, para novas conquistas.
A Mãe em Cristo, TIA NEIVA.

A carta de Tia Neiva nos fala do Sistema Planetário. O sistema planetário


aqui tratado é o nosso próprio sistema, representado pelas nossas estrelas
Sívans, Harpásios, etc. Nós estamos relacionados diretamente com essas
estrelas. Este sistema projeta e forma o “nosso” sistema planetário.
Este sistema planetário forma o nosso Reino Coronário e é alimentado
pelo neutrom. O neutrom separa os planos e se ele não existisse os planos de
misturariam e nós veríamos todos os espíritos. O neutrom fica nos envolvendo e
se fosse visto por olhos espirituais teria o aspecto de um rodamoinho. O
neutrom é energizado pelo nosso plexo físico e gira em torno de nós. Com essa
forma de espiral, nós formamos sintonia com os planos de nossa
individualidade, isto é, no plano espiritual de nossa individualidade. Este é o
mergulho na individualidade. Quando emitimos, estamos falando de uma coisa
que está dentro de nós e que está fora de nós. É um perfeito contato com o
Universo. É a integração no Universo pelo mergulho na individualidade.
Eis porque é importante que haja uma preparação antes do trabalho
espiritual, porque nós estamos trazendo todo o acervo que possuímos no
sistema planetário. Seremos o instrumento de Deus e trazemos a força para que
entre em circulação horizontalmente. Esta é a maravilha da nossa mediunidade
que vivemos intensamente a cada dia. Por traz de qualquer trabalho, por mais
simples que seja, está toda a complicação do Universo.
A força nativa neutra é inerente a todas as pessoas, mas ela se
engrandece quando entra na sintonia do amor crístico, porque ela pode ser
usada para qualquer fim. Ela é a força básica de todas as manipulações. Aí vem
a diferença entre o nosso trabalho no Vale do Amanhecer e outros trabalhos fora
da nossa Doutrina.
Então, resumindo, o neutrom forma o nosso sistema planetário, nosso Sol
Interior, mecanismo de contato com nossa individualidade.
A corrente magnética produzida só pelo neutrom é diferente da corrente
magnética que tem o Sistema Crístico. Esta é iluminada pelo EON. Ele ilumina
todos os processos do Sistema Crístico, todas as emissões.
O neutrom se altera conforme seja noite ou dia. À noite é mais fácil a
comunicação entre os planos porque o neutrom fica menos denso. Os raios
solares dilatam as moléculas do neutrom e dificultam sua penetração.
Por esta razão, a espiritualidade prefere que os trabalhos espirituais se
procedam à noite.

2ª AULA –28/FEV/1985

Carta de TIA NEIVA DE 27.04.83

“Meu filho Jaguar, Salve Deus!


Meu filho e mestre Jaguar, a grandeza de Deus não tem limites. Vamos
agora falar um pouco das coisas que Deus nos proverá neste Ciclo, para uma
nova era.
Devo dizer, querido filho, que eleve seus componentes e saiba regê-los. É
árdua a minha missão de Koatay 108, porém, nem por um instante, abandono
meu filho a caminho de Deus, como todo Jaguar.
Meus mestres Adjuntos nos turnos das Falanges Missionárias: é com
amor que convocamos esta falange para apresentação obrigatória dos relatórios
que me darão de suas ninfas missionárias, fazendo-me a mãe mais feliz deste
Universo.
Meu filho, sob a grandeza de Deus você reforçará mil vezes a harmonia da
cura e teremos êxito ao lado do Cavaleiro da Lança Vermelha. Como sabes, ele é
o Cavaleiro da cura desobsessiva, dos cegos, dos mudos e dos
incompreendidos. Só Deus, o Grande Deus, nos daria afirmações tão claras
nessa missão, nesse sacerdócio. A missão de Koatay 108 vai brilhar por todo
este Universo!
Quantas vezes vejo uma filha missionária com indumentária trazida do
Céu, bem vestida fisicamente, porém em seu íntimo despida de compreensão e
de qualquer esclarecimento de seu sacerdócio. Mesmo que ela não tenha
aprendido, fica livre a minha consciência, pois não deixei de ensinar.
Saiba, filho, “abandonei” a Unificação com a minha presença física
porque vocês, Jaguares, têm as suas mentes afinadas comigo e, também, com o
meu estado de saúde.
Meu filho, muitas vezes as suas tolices de pensamento atingem-me em
cheio, mesmo com todo este acervo que vocês têm. Mas o meu amor é tão
grande que, mesmo nos mundos por onde ando, mundos eternos, onde as
razões encontram-se, onde caem os falsos preconceitos, o simples “chorinho”
de um Jaguar “mal amado” desperta-se onde quer que eu esteja. Veja: quinta-
feira ouvi um filho lamentar-se: “mãezona”, sei que a senhora está doente, mas
não tenho a quem apelar!” Mentalizei. Era um dos meus filho. Além de o
abandonarem... seu lamento atingiu-me o coração, não a mente.
O Grande Morgano perguntou-me:
- Por que, filha, ele não a procurou, se é consciente e sabe que você está
aqui?
- Porque é mal amado – respondi.
Rimos do mundo sem evolução, dos falsos preconceitos. Quem estaria
certo neste mundo e no outro? Semelhante atrai semelhante. Por essa e muitas
outras razões eu não reparto vocês. Realmente, não reparto vocês!
O fato é que a dor não tem sobrenome, não se especifica, chama-se
apenas dor! Vejam: chegou um homem forçando ver-me, falar comigo. Vocês
não imaginam o que o levou a me procurar. Este homem esperou séculos para
reencontrar aquela dor. E assim, se Deus o permitir...
Nessa doença pude observar o Mestre Tumuchy que, mesmo
inconsciente, já resolve problemas. Não se preocupem com uma dor a mais ou a
menos, para mim é uma só.
Já vi uma mãe chorando a morte de um filho, já vi uma “mal amada”
chorando a falta de um amor que saiu embriagado e não voltou. A dor era a
mesma. A mãe recebeu de Deus as bênçãos pelo filho que partiu, e conformou-
se. A abandonada pelo embriagado continuaria sua dor, até que seu cobrador
lhe desse trégua.
Filhos: Agora eu quero a vida evangélica: vamos, agora, fazer algumas
renovações e enfrentar as coisas que eu nunca tive oportunidade de fazer.
Quero uma nova distribuição de mestres para um curso evangélico.
Teremos novas instruções para esses mestres e irei formar novos instrutores
para o Desenvolvimento de médiuns a caminho das Iniciações.
Estes terão que adquirir conhecimentos evangélicos, e se tratará de Jesus
ou de Sua vida. Serão conhecimentos de precisão, com mestres escolhidos com
muito amor.
Quero Jesus o Caminheiro; quero Jesus o Nazareno; quero Jesus
redivivo; quero Jesus de Reili e Dubale.
Eu não gosto que falem em Jesus crucificado. Quem somos nós para
entrarmos nesse mérito? Jesus crucificado, ao lado do bom ladrão e do mau
ladrão.
Na maioria, os Homens só dão valor a Jesus por ter sido crucificado, e
muitos já querem, também, se libertar do Jesus crucificado, dizendo que Ele
tinha corpo fluídico.
Não é verdade: Jesus passou por todas as dores do Homem físico da
Terra.
Como já disse acima, não gosto que falem em Jesus crucificado porque
poucos entendem, poucos sabem de Sua dor!
Sabemos que Ele olhava para o Céu e estava perto de Deus naquele
grande cenário. Porém, olhando para baixo, sentiu-se entristecido ao ver o
regozijo dos planos inferiores, a incompreensão daqueles que o olhavam sofrer
na cruz. Jesus chorou porque, subindo tão alto, deixando seus irmãos na
individualidade, viu que eles ainda não acreditavam que era Ele, realmente, o
Messias, obedecendo às leis de Deus Pai Todo Poderoso.
Exato: os Homens, há pouco, Lhe haviam permitido tudo, pensando ser
Ele um rei, mas igual a um rei deste mundo físico.
Entramos com a filosofia de Mãe Yara, que nada é obrigatório. O povo
daquela época não raciocinava como se aquela atitude de Jesus fosse de
humildade. Raciocinava, sim, como se fosse uma falta de força. Continuando
com a filosofia de Mãe Yara, até hoje Deus não nos quer obrigar às doutrinas.
O Homem só tem confiança no outro quando o vê com uma força maior.
Longe estavam de sentir o poder de Jesus e, então, nos diz Mãe Yara: O Homem
deixa sua grande força e vai buscar outra força, uma pessoa que, às vezes,
nada promete. Assim, ele não permite que seu sexto sentido faça uma análise
do seu Sol Interior, nos três reinos de sua natureza, rejeitando, na sua vida, a
busca do que é seu.
Jesus veio com todo aquele sofrimento e deixou que cada um o analisasse
por si mesmo, em sua própria filosofia.
O que eu quero é que vocês se conscientizem em Jesus, no Seu amor que
era tão grande. Foi tão grande, é tão grande, e veio para nos mostrar que a
felicidade não é somente neste mundo.
Meu filho Jaguar! Neste mundo de provações, num mundo onde as razões
ainda se encontram, a cada dia nos afloram novos pensamentos, novas lições.
Porém, os planos espirituais ainda não conseguiram apagar as imagens
de Jesus crucificado. Aqui no plano físico, desde quando foi escrito o Santo
Evangelho, seus ensinamentos são iguais e, até hoje, ninguém se atreveu a
mudá-los.
O Homem ama pela força perceptível e receptível. Ninguém acredita na
ressurreição dos mortos e, sim, na ressurreição do espírito vivo, mais alto que o
Céu! O Homem só quer crer nas alturas, acima do seu olhar...
Estamos no limiar do Terceiro Milênio e temos que “afiar nossas garras”!
É hora da religião, do desintegrar das forças, e não podemos nos esquecer, por
um só momento, da figura de Jesus, o Caminheiro, e de Seu Santo Evangelho.
E para que sejamos vivos ao lado de Jesus, temos que respeitá-Lo em
todos os sentidos e, no sentido religioso, temos que respeitar as tradições,
porque a religião exige o bom propósito moral e social.
Assim, a única maneira que podemos dizer é: vivemos num mundo onde
as razões se encontram.
Meu filho Jaguar, filho querido do meu coração! No descortinar da minha
mediunidade, minha instrutora - Mãe Yara - não me deixou cair no plano de
muitos, e me advertia a toda hora. Eu podia sofrer, mas Mãe Yara e Pai João
não me deixavam sem aquelas reprimendas. Não tinha importância que eu
sofresse, desde que minha obra seguisse seu curso normal e eu fosse
verdadeira.
Em 1958, eu estava no auge de minhas alucinações, como diziam as
demais pessoas que me conheciam.
Quando eu trabalhava na NOVACAP, um dia me sentei num restaurante,
porque me distanciara de casa. Estava conversando com três colegas e
falávamos sobre a NOVACAP, onde trabalhávamos. Entramos no Maracangalha,
um restaurante da Cidade Livre. Trouxeram uma travessa com bifes, por sinal
muito bonitos. E era sexta-feira da Paixão!
Eu tinha os princípios da Igreja Católica, mas nada levei em consideração
e coloquei o bife no prato. Naquele instante (na vibração e na desarmonia em
que eu vivia), ouvi uns estampidos e vi Mãe Yara. “Filha - disse Ela - continuas
como eras... Já estás tão desajustada que esqueces dos princípios da Igreja
Católica Apostólica Romana? Alerta-te! Cuida dos teus sentimentos. O dia de hoje
representa, em todos os planos, os mesmos sentimentos por Jesus crucificado.
Em todos os planos deste Universo que nos é conhecido sentimos respeito! Filha,
está na hora: devolva o teu bife para a travessa do restaurante!”
Eu estava na companhia de três pessoas, como já disse, e vi que não
comiam a carne. Eles ainda não acreditavam em mim, entre a mediunidade e a
loucura... “Coma amanhã - continuou Mãe Yara -. Não irás mais festejar as
incompreensões, as fraquezas daquele pobre instrumento que foi Judas!...”
Naquele instante comecei a pensar. Começaram a passar por minha
cabeça imagens de Judas, que vendeu Jesus por trinta dinheiros. Mãe Yara,
alheia aos meus pensamentos, continuava: “Judas não foi um traidor. Foi, sim,
um supersticioso. Na sua incompreensão, acreditou ser Jesus um líder político.
Judas tivera grandes oportunidades de conhecer Jesus, pois O acompanhava
desde sua chegada do Tibete.”
Nesse período, como já nos esclarecera Mãe Yara anteriormente, Jesus
passou dos 12 aos 30 anos nos Himalaias, para onde fora levado com a
permissão de Maria e José, Seus pais. Lá, Ele fora iniciar-se junto às Legiões
em Deus Pai Todo Poderoso e formar o que hoje conhecemos como Sistema
Crístico, os mundos etéricos.
De lá Ele voltaria para o início da Sua tarefa doutrinária evangélica. Foi
quando Jesus chamou aqueles humildes pescadores para serem pescadores de
almas, e que viriam a ser em número de doze, estando Judas entre os
escolhidos. Junto a Jesus, Judas sofreu humilhações nas sinagogas, quando os
rabinos voltaram as costas para ele... Enfim, quantas lições recebidas,
fenômenos testemunhados!...
Mas só os pobres e os miseráveis O conheciam, analisava Judas em sua
incompreensão, já cansado das perseguições naquela época, e pensando que,
ao forçar um confronto entre Jesus e os homens que O perseguiam, Jesus, com
um simples olhar, colocaria por terra toda aquela gente. Pensava, assim, forçá-
Lo a usar os Seus poderes e ser, realmente, o rei do mundo.
Lembrou-se, também, de quando foram convidados por Jesus para O
acompanharem e que o dia estava ruim para pescar, e o Amado Mestre,
atirando a rede sobre as águas, a trouxe cheia de peixes. Enfim, Judas não
acreditaria que o Grande Mestre passaria por todas aquelas humilhações.
Porém, não foi assim. O que viu foi Jesus ser amarrado e, a pontapés, ser
levado à presença de Pôncio Pilatos... Não foi remorso. Foi um grande
arrependimento, uma grande dor por não haver compreendido a grande missão
de Jesus que o levou, chorando, pensando, a enforcar-se numa figueira.
Formou-se um temporal, o céu escureceu, como escureceu sua própria
alma. Por que vamos rir, festejar a sua grande desgraça?
Meu filho, entre os diversos conceitos da Igreja que nós respeitamos e,
como se tornou uma tradição em todos, ou quase todos sacerdócios, digo: nós
não comemos carne às quintas e sextas-feiras da Semana Santa. Nós
respeitamos esses conceitos. Eles não nos atrapalham em nossa vida
evangélica. E respeitamos as tradições da Igreja Católica, que foi a base de
todas as religiões.
Veja até onde vai a superstição do Homem, veja o que aconteceu quando
um grupo de mestres distribuía suas forças e poderes de Magia, de sábios
conhecimentos permitidos por Deus.
Todos já ouviram falar em homens que recitavam a vida dos outros, que
levantavam móveis, enfim, realizavam fenômenos e de que não vamos entrar no
mérito agora. Um desses homens, muito sábio, sabia que levantava móveis,
podia até mesmo fazer voar a sua tenda, mas viu que não curava a si mesmo,
que as curas eram muito relativas. Ele tinha uma enorme ferida na perna e
sabia que existiam muitas espécies de mediunidades, de forças.
Sim, existem muitas espécies e, para ser mais prática, como sendo o
Doutrinador e o Ajanã, que têm força universal, têm uma espécie de força de
cura para perturbações do espírito ou limpeza das vidas materiais. E é assim,
também, com outros tipos de curas.
Sim, falamos em força universal. Esta expressão está sendo mal atribuída
no nosso tempo. Os Pretos Velhos falam em força universal e muitos pensam
que ter essa força é ter duas mediunidades. Não é verdade! A força universal é a
de um médium - digamos, um Doutrinador - com uma espécie de força que
cura todas as enfermidades. Veja isso num Apará, distribuindo bem a sua
mediunidade.
No Homem, é bem distinta essa força. O velho sábio supersticioso tinha
força universal, mas não acreditava na força do carma. E aquela ferida nada
mais era do que a voz do seu carma!
Então, o velho sábio soube de um homem que curava, e se encaminhou
para ele. Não sabia ele que ali em sua tenda, estava sob a regência da Lei do
Auxílio, e sua perna, ali mesmo, recebia as gotas do prana.
O velho sábio, incrédulo à sua própria força, partiu ao encontro do
famoso curador. Era longe. No caminho, sua perna doía. As gotas de prana, não
o encontrando na tenda, voltavam.
Com muitas dificuldades, chegou lá e qual não foi sua surpresa dolorosa:
a casa do curador estava cheia de outros sofredores, como ele, ali também lhe
pedindo a misericórdia da cura.
Foi quando o velho curador se aproximou dele e falou: “Meu Deus! Eu
estava com uma ferida na perna, morrendo de dor, pensando em ir atrás do velho
sábio de Venal, e hei-lo que chega! Eu já estou curado, já cicatrizou a ferida.
Graças a Deus, estou bom! Oh, graças me foram dadas! Meu mestre de Venal,
em que lhe posso ser útil?”
O nosso velho sábio, olhando de um lado para outro, pensava: havia se
preocupado somente com a sua própria dor!
É verdade, filho: cada fracasso de nossa vida nos ensina o que
necessitamos aprender. Ajude a todos sem fazer exigências, confiando
primeiramente nessa força que vive dentro de você, porque a fé em você mesmo
firma a sua personalidade. Volte-se para si mesmo. Resolva os seus problemas
sozinho. Escolha os seus amigos. Com a sua mente calma melhor poderá sentir
os seus instintos, a sua capacidade, onde você poderá chegar e vencer a si
mesmo. Conhecemos a Vida quando conhecemos a Morte!
Então, o velho sábio, levantando as mãos, exclamou: “Ó, meus Deus,
perdoa-me por duvidar da minha própria força!” E, envergonhado, sem coragem
de olhar para o Céu e sentir o olhar de Deus, se entregou à sua força e pediu ao
velho curador que trouxesse toda aquela gente para atendê-los, se aproveitando
do prana.
Enquanto isso, passava por sua mente: “Ó, Deus Pai Todo Poderoso! Seja
feita a Sua santa vontade. Deixa que doa a minha ferida, que eu me levante do
meu orgulho de sábio a caminho de Deus... Dá-me forças para que eu possa
curar. Não tire minha ferida!”
Quando viu, as pessoas já estavam curadas e ele, também curado,
caminhava.
1983! Somos Presidentes Triada, Trinos Herdeiros Administração, Trinos
Regentes, somos Adjuntos Trinos, Adjuntos, Adjuntos Rama 2000, somos
Comandantes Adjuntos, Adjuntos Koatay 108 Triada, Adjuntos Regentes,
somos 7ºs Raios, 5ºs Yurês em Koatay 108, Ninfas a Caminho de Deus, somos
Magos Adjuntos Autorizados...
Pertencemos ao quadro dos Rama 2000, que fecharam o ciclo iniciático
do III Sétimo.
Nós, meus filhos, estamos em alto conceito nos Oráculos de Obatalá e de
Olorum. É chegada a hora de movimentar nossa força. Temos um Sol Simétrico.
Somos remanescentes de Amom-Ra e, portanto, temos que viver na simetria
deste Sol.
Não podemos nos afastar do que é nosso, não podemos, absolutamente,
trabalhar inseguros. Viemos de um mundo onde as razões se encontram e a
grandeza desta Corrente Mestra é a segurança de uma verdade sã e pura.
Onde estivermos, aqui neste mundo, viveremos todo este acervo. Não é
para buscar provas ou coisas que a valham. Provamos com nossa perseverança
e com os fenômenos espontâneos trazidos pelos nossos Mentores.
Passamos o tempo de brincar. Vivemos sob a aura da Natureza,
respiramos o seu aroma, sentimos que somos diferentes da constituição dos
demais.
Só Deus conhece Deus, nos revelou um sábio do nosso Terceiro Sétimo!
A vida de Deus é a nossa vida, e com Ele vibramos com amor e
integridade! É chegada a nossa hora! Estamos pisando no limiar do Terceiro
Milênio.
Sei que seremos nós os primeiros a socorrer a pressão provocada pelos
grandes fenômenos que virão, que surgirão. Sim, surgirão de muitos planos da
Terra, nos horizontes das águas e, também, luzes, mil luzes que, junto a nós,
nos ajudarão. A vida, filhos, se tornará além das nossas forças, das nossas
dores...
Não se esqueça, filho, da multiplicação do seu coração. Não cresça em si
mesmo. Procure, sempre, ser pequeno para caber no coração dos demais.
Cuide de si mesmo: o Homem só sabe que está evoluindo quando deixa
de se preocupar com os malfeitos do seu vizinho.
Com carinho, a Mãe em Cristo, Tia Neiva (27.4.83)”

3ª AULA – 1/MAR/1985

CARTA ABERTA N.º 2


SALVE DEUS! MEU FILHO JAGUAR:
Na Doutrina Espírita a fé representa o dever de raciocinar com a
responsabilidade de viver, porém com amor e no equilíbrio do nosso SOL
INTERIOR.
Sim, meu filho! O SOL é nossa vida por Deus construída. O SOL
INTERIOR é formado pelos nossos três PLEXOS no REINO CORONÁRIO.
Como somos corpos físicos, devemos sempre compreender os instintos da
carne, do reino físico.
No Macro Plexo, também chamado de PLEXO ETÉRICO, fica situada a
nossa ALMA ou Micro Plexo, a qual, quando bem sintonizada, se desprende do
corpo e parte em busca da satisfação de nossos desejos. Se estamos em perfeita
sintonia com Deus, ela vai até o CÓSMICO e nos traz força e energia, que
alimentam o nosso SOL INTERIOR.
Tudo depende de nós sabermos harmonizar esses três reinos de nossa
natureza. (O Sol Interior pode ser representado por três círculos concêntricos: o
círculo menor é a alma ou Micro Plexo; o círculo que o envolve é o Plexo Físico,
também chamado de Plexo Vital; e o círculo maior, que envolve os dois, é o
Macro Plexo, também chamado de Perispírito)
AMOR, HUMILDADE E TOLERÂNCIA! Meu filho, a nossa responsabilidade
é grande demais devido ao compromisso que assumimos nos planos espirituais
para sermos o socorro final nesta nova era.
Meu filho! Faremos de nossa missão o nosso sacerdócio.
Jamais irei exigir, nos vossos aparelhos, a presença dos Anjos do Céu!
Porém, irei sempre às matas frondosas do XINGU em busca das mais puras
energias para o conforto, a harmonia e a cura do corpo e do espírito e do
desenvolvimento material de vossas vidas.
Força do XINGU, FORÇA VITAL, EXTRA CÓSMICA.
A LEI FÍSICA QUE NOS CONDUZ Á RAZÃO É A MESMA QUE NOS
CONDUZ A DEUS!
Em nossa posição nós não somos políticos, porém temos como nossa
obrigação obedecer às leis e cumprir com dignidade a regência dos governantes
de nossa nação.
Também não os considero como os tradicionais espíritas das mesas de
Kardec ou da mesma ordem dos luminosos terreiros. Concebo-os, isto sim, como
preparados, MAGOS DO EVANGELHO, no limiar do Terceiro Milênio.
Existe um Céu espiritual ao nosso alcance! Existe uma outra natureza,
que está além da manifestação habitual que conhecemos. Só mesmo as
heranças transcendentais nos levarão às vidas do além-carma.
Rogando a Jesus, a quem entreguei os meus olhos, pelo nosso amor,

A MÃE EM CRISTO, TIA NEIVA - 11.9.77

MATEUS, 7:24-28: Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as
pratica, assemelha-se ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a
rocha; e desceu a chuva, e correram os rios, e assopraram ventos, e combateram
aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que
ouve estas minhas palavras e não as cumpre, compara-se ao homem insensato,
que edificou a sua casa sobre a areia; e desceu a chuva, e correram os rios, e
assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua
Doutrina.

Todas as coisas que estão acontecendo agora têm uma profunda visão da
realidade para as pessoas desta Corrente. As pessoas que não se preocupam
com as coisas transcendentais só acordam para a realidade às portas da morte.
Nós, nesta missão, estamos trazendo este Evangelho Vivo, chamado Iniciático,
que corresponde a uma realidade vibrante, física, em todos os planos da
Natureza.
Uma grande parte desta humanidade, por razões transcendentais, está
alienada, vivendo apenas no plano físico da Terra. Nós temos a missão de levar
a palavra a estas pessoas e é por isso que Jesus disse: E aquele que ouve estas
minhas palavras e não as cumpre, compara-se ao homem insensato, que edificou
a sua casa sobre a areia. Nossa casa deverá ser edificada sobre a rocha. Isso
significa o cuidado que devemos ter com os nossos carmas e o conhecimento
que devemos ter da visão de nossa vida. Esse conhecimento não é privilégio de
algumas pessoas que têm a capacidade de absorvê-lo. A mensagem da vida é
comunicada a todos, proporcionalmente, para que possamos determinar o que
é bom e o que é mau, de acordo com a vida que cada um está levando.
Da resultante do bem e do mal é que vamos determinar o nosso
comportamento. Nós nos colocamos em sintonia com Deus, na proporção em
que nós nos sentimos grandes ou pequenos. É o sentido verdadeiro da
humildade. É a situação em que o homem se coloca perante Deus, estando
vivendo na Terra, plano em ebulição em vivência cármica.
O homem, para cumprir sua meta cármica, não precisa se autopunir ou
se autodestruir. Ele pode perfeitamente cumprir sua meta cármica, com
humildade, sem necessidade de se privar de sua condição de vida.
Deus não dá castigo a ninguém. Nós é que nos proporcionamos a morte.
Ninguém pode se esconder da Luz Divina e, quando o fazemos, nos
deterioramos. Quem se afasta de Deus sofre muito mais.
Não há necessidade de sairmos proclamando nossos defeitos, contando
nossos pecados, mas é preciso que não nos afastemos de Deus. Quanto mais
estivermos amargurados, mais estamos precisando de Deus.
Para que possamos aproveitar estes conhecimentos que nos são
proporcionados devemos viver bem esta Doutrina para vivermos bem a nossa
vida.

MATEUS, 8:18-22: E Jesus, vendo em torno de si uma grande multidão, ordenou


que passassem para a outra margem do lago; e aproximando-se dele um escriba,
disse-lhe: Mestre, onde quer que fores eu Te seguirei! E disse Jesus: As raposas
têm covis e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde
reclinar a cabeça... E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que
primeiramente vá sepultar meu pai. Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa
aos mortos sepultar os seus mortos.

Nesta segunda parte, Jesus disse: segue-me e deixa os mortos sepultar os


seus mortos. Significa que muitas pessoas que habitam o planeta já não têm
mais a possibilidade de ouvir uma doutrina, uma palestra como esta e se tocar
com as coisas que são ditas, sensibilizar-se. Estas pessoas estão sepultadas
para a sensibilização da Luz Divina e preferem ir se enterrando e enterrando os
outros que estão fazendo companhia a eles. Para eles, nada resta, nada tem
razão de ser, é aquele mestre que abandona a corrente para resolver seus
problemas particulares, etc.
A voz divina, o despertador divino vem instantâneo, e às vezes, em uma
oportunidade única que nos é dada e através de uma decisão simples, nós
encaminhamos toda a nossa vida, é uma encarnação aproveitada.

MATEUS, 8:23-27: E, entrando Ele no barco, seus discípulos O seguiram; e eis


que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto
pelas ondas; Ele, porém, estava dormindo. E os seus discípulos, aproximando-se,
O despertaram, dizendo: Senhor! Salva-nos, que perecemos! E Ele disse-lhes: Por
que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o
mar, e seguiu-se uma grande bonança. E aqueles homens maravilharam-se,
dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar Lhe obedecem?

Nesta terceira parte, quando Jesus embarcou em companhia de seus


discípulos e começou uma tempestade, eles se assustaram, enquanto Jesus
dormia.
O barco é a nossa própria vida e a tempestade é o conjunto de
acontecimentos de nossa vida. Só uma pessoa poderá resolver nossos
problemas, que é a figura de Jesus, porque foi Ele quem preparou todo este
sistema.
Na última aula, falamos sobre o neutrom e dissemos que é uma nuvem
que nos cerca e forma uma sintonia com o nosso plexo, dele recebendo energia.
O neutrom fica energizado a ponto de formarmos um verdadeiro rodamoinho
em torno de nós. O neutrom, de acordo com a nossa vivência e nossos
pensamentos, estabelece um grau de vibracidade. Quando as pessoas não têm
uma doutrina, este grau de vibracidade é neutro, não tem eficiência, enquanto
na pessoa que possuir conduta doutrinária este neutrom é iluminado pelo EON,
sistema crístico.
Nós estamos chegando a um ponto muito evoluído desta Corrente. Foram
vinte e cinco anos de trabalho, partindo do zero, e já estamos entrando no
quarto sétimo da Corrente. Este 4º 7º é uma preparação para as coisas que irão
acontecer. A Terra é um universo como nós o somos individualmente. Nós
somos as células que alimentam a Terra no plano espiritual. Ela começou
numa condensação, passando para um sistema pastoso. Foi endurecendo
gradualmente, até ficar sólida. O fim deste endurecimento é chamado, por nós,
de 5º Ciclo. Quando dizemos no 5º Ciclo Iniciático, queremos dizer no
momento em que a Terra endureceu. Foi neste 5º Ciclo que Jesus veio e
pegou o processo da Terra. Antes, os homens eram meio deuses e meio bichos.
Todo o sistema de Jesus, a contar destes dois mil anos, passou a ser uma
construção. Terminada a sua constituição, a Terra partiu para sua
espiritualização. A partir daí, os homens começaram a fazer a ligação entre o
Céu e a Terra, pelo processo da transmutação.

A Estrela de Nerhu está trazendo toda uma civilização à tona, espíritos


que somos nós e espíritos novos que ficaram para traz, desencarnados. Como
eles eram espíritos de uma civilização super avançada e moderna, vão trazer
uma série de inovações, que vão balançar um pouco aqueles que não
construíram sua casa sobre a rocha.
Nós vamos ter que ser cientistas, queiramos ou não, fazendo entrar em
nossas cabeças estas realidades que estamos ouvindo sem, entretanto, deixar
decompor nossos corações.
Terminado o 5º Ciclo, de solidificação da Terra, teve início o 7º Ciclo, onde
Jesus veio com 7 planos, 7 continentes e 7 raízes. Dentro desse sistema, nós
temos um papel muito importante. Vamos passar para o 3º Milênio já dentro
das bases do 7º Ciclo.
Este 7º Ciclo estava sendo preparado por Jesus 300 anos antes de sua
vinda e muitos aqui conviveram com ele e até mesmo antes. O apaziguamento
dos espartanos já era uma preparação daquele povo, missionários destinados à
missão. Pytia foi ao encontro dos espartanos, povo que não tinha nenhuma
crença religiosa.
A partir daí, já integrávamos a preparação do 7º Ciclo no Sistema
Crístico.
Não haverá destruição. Haverá, sim, uma nova forma de vida. Um
gigantesco planeta vai passar e levar uma parte da crosta da Terra, fisicamente,
porque será um processo de transmutação, de desintegração.
As pessoas estão programadas para outros mundos, para outras escolas,
porque Jesus não iria fazer nada para condenar alguém a alguma coisa.
Não poderá haver destruição porque nós representamos as células
mentais da Terra e conduzimos a sua espiritualização. Vejam a sintonia que
temos com a Terra. Ela é composta essencialmente de minerais, assim como
nós. Mas, nós temos uma coisa a mais, que é o nosso cérebro, nosso reino
coronário. Por isso, somos os condutores da Terra.
O ser humano não é produto da Terra. A Terra é que é produto nosso!
Nós estamos vivendo inteiramente o 5º Ciclo Iniciático e passando para o
7º Ciclo com a entrada do 3º Milênio, esperança de um período de vivência
crística.
O Vale do Amanhecer representa uma instituição científica espiritual,
uma realidade. Nenhuma religião atual reuniria todos os seus adeptos para
falar sobre o 5º Ciclo Iniciático.
Entretanto, somos pessoas de rituais porque nós estamos entrando nas
situações em que passamos a representar a sintonia divina. A Terra irá, no
próximo milênio, entrar numa fase em que tudo será ritual, como previram os
profetas do passado, para os louvores do trono de Deus. Assim, estamos agora
vivendo com mais intensidade a espiritualização da Terra.
Quando dizemos no 3º 7º é porque estamos vivendo, por antecipação, o
terceiro degrau do 7º Ciclo Iniciático.
A verdadeira humildade é a humildade com Deus. É preciso ter coragem
para despertar Jesus no seu coração.
Quando, na aula anterior, falamos do neutrom, falamos do Sol Interior,
do sistema planetário do homem. Somos pequenos mundos cheios de satélites
em volta de nós. Falamos das estrelas com que estamos em contato e que têm
seu ponto de apoio dentro de nós, quando fazemos nossa emissão.
O sistema planetário forma nosso Sol Interior nos três reinos de nossa
natureza. Nossa capacidade de sintonizar com nossa individualidade é que
forma a célula do seu satélite.
Sua família é o telhado de sua casa. Trate-a bem e, se o seu lar for
apenas cármico, desenvolva ao máximo sua tolerância, porque é por ela que
você vai em frente e justifica sua matrícula aqui na Terra.
Estamos vivendo sempre a eternidade e tudo que fizemos temos muito
pouca possibilidade de modificar.
O que vamos fazer no futuro depende do que estamos fazendo agora.
Então, a eternidade está sendo vivida neste instante. Tudo o que quiserem,
tudo o que desejarem alcançar, poderão pedir a Deus neste instante!
Vamos, pois, cuidar da nossa vida com esmero. Temos um sistema
planetário, herança transcendental, verdadeiras coisas trazidas para nós, às
quais nós teremos que corresponder. Vamos viver, portanto, com intensidade,
porque nós poderemos modificar todo o nosso destino, numa concentração
dentro de um processo evangélico como, por exemplo, uma Contagem.

4ª AULA – 8/MAR/1985

Carta de TIA NEIVA DE 14.08.81

Meu filho Jaguar, Salve Deus!

Sabemos que a alma tenta fabricar e modificar o organismo através dos


séculos.
Em geral, a sensibilidade fluídica do ser é proporcional ao seu grau de
pureza e de adiantamento moral. Nesta regra vivemos no meio de uma multidão
invisível, que assiste silenciosa e atenta as mesquinharias de nossas existências,
participam, pelo pensamento, de nossos trabalhos, de nossas alegrias e de
nossas penas.
Lembre-se, filho, que não é possível animar o corpo se a alma está
ausente.
Se a sua alma busca as coisas distantes de sua Doutrina, não há calor
para a sua Doutrina!
Sim, filho, além do perispírito que vive dentro do nosso corpo, o CENTRO
NERVOSO, temos partículas do sistema fluídico que vivem dentro de nós, na
realidade, como anti-matéria, nos sustentam e se transmutam pela alma.
Estas partículas que adquirimos são a própria vida, e nos dão todas as
variedades de percepções sensoriais: calor e frio, se temos muitas partículas.
Isso constitui, também, a energia dos rituais.
Contudo, os materialistas grosseiros não acreditam nos mundos da anti-
matéria e, no entanto, até hoje, ainda não conseguiram cortar ou queimar
alguma coisa que os incomoda.
Entretanto, a prece, o nosso canto, o faz notar uma presença que percebe
claramente.
O homem vive em busca de destruir o outro. Falta-lhe a visão e teima em
não aceitar as coisas como são. Mas a sua vida é a sua anti-matéria.
O homem na busca nuclear está destruindo a sua matéria e, na realidade,
vivemos a nos destruir.
Salve Deus, TIA NEIVA.

5ª AULA – 5/MAR/1985

Carta de TIA NEIVA DE 07.09.77

Meu filho Jaguar, Salve Deus!


Esclarece e ilumina a Divina Providência este nosso encontro, deixando,
por instantes, os nossos pensamentos a vaguear na amplidão circunstancial
desta Doutrina.
Meus filhos, estamos a remover séculos, em busca das raízes que
deixamos.
Voltamos! Sim, voltamos para evoluir o mundo que ferimos quando nos
afastamos de Deus!
Naquela triste noite de luar, em que a dura experiência nos arrancando do
mais alto castelo de força, baseada no imenso poder químico, que transformava
terra e água em pedra, nos fez esquecer que átomo por átomo somos por Deus
constituídos.
Era um sacerdócio poderoso, onde o homem se concentrava, salientando-
se a necessidade de moderação e equilíbrio, perante os momentos menos felizes
dos outros.
Analisemos, sem nenhuma compaixão por nós mesmos, todos os
acontecimentos que nos dizem algo da orientação e da conduta dos seres que
éramos: corajosos e inteligentes, porém que nos perdemos no meio de tantas
riquezas.
Inteligência! Sim, tivemos tempo para ir e voltar, e verificamos, então, que
a Terra não passa de imenso universo, onde temos a razão do que vemos. Agora
já é um pouco tarde para voltarmos, mas somos missionários e trouxemos uma
lição.
Falando de uma forma espiritual, no tempo preciso, somos então aqueles
espíritos colocados numa posição de destaque no limiar do Terceiro Milênio.
Quanto à delimitação do tempo, a própria palavra já diz: Terceiro Milênio.
Abracemos, agora, o que nos ditam os nossos antepassados nos altos
planos do Céu! Eis a única forma de favorecermos a paz em nosso coração...
Foram energias transferidas naquele tempo, pela nossa falta de Deus.
Hoje, aqui estamos com o nosso Sol Interior Iniciático, na obrigação de
transferir, agora, até aqui. E nesse compromisso comigo, vocês terão que
conhecer o mais alto culto da Ciência Mãe, ou Magia Geradora, o seu Aledá ou
Culto Secreto que é a Cabala de Ariano.
Conforme já comprovamos, naquele mundo iniciático de Pai Zé Pedro e Pai
João, eles deram o nome de Ariano a esse culto, que significa Raízes do Céu. Até
então desconhecido, voltou em 1700 com Pai João e Pai Zé Pedro, mas sem o
seu significado de Magia Negra. Agora, chamado de LINHA MATER desde a
chegada do Cismam de Erechim, quando tudo foi ocultado.
Somente as raças africanas guardaram, por seus sacerdotes, a sua fonte e
os seus valores originais, até que se formou a grande barreira para
individualizar o Doutrinador e o Apará, este na força de Olorum e aquele na
força de Tapir, forças nativas predominantes no Reino Central. Assim foi feita a
exclusão desses Orixás com seus respectivos componentes.
Vou, agora, discriminar sete posições ritualísticas para serem usadas nos
trabalhos de Contagem. Temos que patentear os conceitos africanos porque,
para seguir as linhas honestamente é preciso conhecer fundamentalmente as
linhas da Ciência do Amanhecer. Mas sabemos que isso é um assunto
complexo.
A linha de Olorum é de predominância nativa. Uma vez recolhida a Chave
Mestra ou Trino, ela desapareceu, deixando uma porta velada e a outra alterada
– o feiticismo. No meio de tanta riqueza, o feiticismo é fruto do perigo de se saber
demais!
Daí para a frente, tudo cresceu demasiado e, também, descambou
demasiado, como acontecera conosco.
Ficou, assim, formada a corrente no Astral Africano e, no Brasil, Pai Zé
Pedro e Pai João ficaram com a missão precipitada de agir no meio desse povo
africano, que ainda são os únicos em que se pode traduzir, encontrar, a lei que
coordena as coisas no limitado cosmos: Adjunto de Jurema, o Centro Vital é o
princípio de todas as coisas; divino Amacê , portal que assume uma
desintegração, reintegração e integração.
Reintegração é a força que se desprende para se compor e formar células
construtivas ou ações construtivas, no constante desagregar e agregar, nos
impulsos dos corpos no Centro Coronário. A intensidade das forças
desagregadas aumentam nossa vitalidade, fazendo o progresso do nosso grau de
evolução.
Confiante na força de Oxosse, que nos rege e nos guarda, na sutileza de
nossa alma, o despertar da Mãe em Cristo, TIA NEIVA.

Salve Deus, meus mestres!

Nós penetramos no Evangelho como quem penetra em um Universo e vai


sentindo cada vez mais a sua grandiosidade. Nossa Partida Evangélica visa o
aperfeiçoamento da nossa individualidade e da nossa personalidade em todos os
sentidos.
Vamos deixar que a Doutrina venha ao nosso encontro. Não vamos correr
atrás das coisas de Deus. Entretanto, é preciso que, na sua chegada, estejamos
preparados para receber o Mestre.
A primeira citação de hoje é:

MATEUS, 11: 25-30: Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó
Pai, Senhor do Céu e da Terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e
entendidos, e as rebelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai,porque assim te aprouve.
Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho,
senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o
quiser revelar.
Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei!
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humano
de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é
suave e o meu fardo é leve!

Nesta citação, Jesus parecia preocupado, porque naquele tempo as leis


religiosas eram transmitidas, em seus projetos, nos templos, de uma maneira
muito formal. Os sacerdotes pregavam no Templo de Salomão e o carisma era
tal que as formalidades acabavam afogando as realidades. Jesus acabou com
aquelas formalidades, pregando para gente simples mas que, realmente, iria
fazer aquela jornada com Ele, e, então, surgiram Pedro, que era pescador,
Mateus e outros.
É então que Jesus disse: “Sim, ó Pai,porque assim te aprouve. Todas as
coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e
ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.”
Como antigamente, desde o tempo de Jesus, os simples é que têm a
possibilidade muito maior de apanhar as grandes correntes do Céu e
transformá-las em execução. Temos um exemplo em nosso meio na pessoa da
nossa Clarividente Neiva. O Vale do Amanhecer está iluminando grande parte
deste planeta, modificando situações, preparando o caminho para o Terceiro
Milênio, sempre com base na simplicidade de coração, sem depender de vivência
social, intelectual ou formal.
Mas, dentro dessa maioridade simples, existe uma fidalguia espiritual de
uma mediunidade iniciática muito grande, o que pode nos trazer o perigo do
orgulho e nos transformar em cascas vazias, dentro de nossos uniformes.
Para que isso não nos aconteça, contamos com essa bendita falange de
Pretos Velhos, Guardiões do Evangelho no Brasil.
A carta de Neiva de 7 de setembro de 1977 estabeleceu o Adjunto do
Jaguar, o Adjunto de Simiromba, o Adjunto de Jurema, etc., e um Adjunto só
com muitos nomes formando o Oráculo de Ariano.
Pai João, Pai Zé Pedro, Pai Joaquim das Almas – esta falange dos Enoques
trouxe toda a força desta Corrente, com a maior dificuldade.
Há milênios, existia numa região da África uma grande Luz, de grandes
iniciados que formaram uma série de emissões de energias para distribuir pelo
mundo. Iluminaram as cabeceiras do Nilo, foram para a Abissínia (Etiópia), etc.
Dali irradiavam para vários pontos. Mas os sacerdotes e pregadores, na época,
começaram a crescer muito e acharam que não precisavam tanto do contato
com Deus. Começaram a decair e tiveram suas portas fechadas e se
transformaram no que se chamou de Feiticismo.
Fetiches eram figuras grandes que existiam na África, todas tenebrosas.
Na realidade, o que aconteceu foi que as grandes luminosidades foram se
apagando no coração dos homens, transformando-se, apenas, em correntes
magnéticas e forças nativas neutras. Até hoje os africanos estão pagando por
essa situação!
Pai João e Pai Zé Pedro nasceram em duas oportunidades na África,
juntamente com outros espíritos que conosco trabalham.
Hoje, todos nós recebemos uma vivência iniciática, graças a esta
movimentação realizada.
Fechadas as portas na África para aquela luminosidade, passaram os
homens a ficar entregues a si mesmos. Veio, então, a colonização africana. Nós
somos herdeiros da Linha Africana, que veio na forma de 7 linhas.
Os Grandes Iniciados pegaram toda aquela energia e um iniciado,
chamado Cismam de Erechim, presidiu toda aquela explosão, formou um
Oráculo e fechou as portas às macumbas, etc.
Aqueles espíritos, hoje, sofrem na África, onde aquela triste situação nada
mais é do que a porta de purificação para que eles possam novamente voltar ao
caminho de Deus.
A partir daí, junto com Pai João e Pai Zé Pedro, milhares de africanos,
durante duas reencarnações, foram apanhados como escravos e trazidos para o
Brasil.
No Brasil, eles foram se adaptando às novas condições, apesar da revolta
por terem vindo para cá, abandonando seus costumes na África.
Aqui, na Cachoeira dos Jaguares, esses iniciados foram implantando as
raízes espirituais, em suas duas reencarnações, correspondendo a dois séculos
de trabalho.
Assim, surgiu nossa Doutrina e hoje, quando passamos pelos
julgamentos, em nossos trabalhos como prisioneiros, nos reencontramos com
muitos daqueles espíritos, até hoje revoltados por aquele período de dor e
sofrimento.
Nossos Pretos Velhos devem ser lembrados sempre com muito carinho.
Pai João é um rei poderosíssimo num plano maravilhoso do mundo espiritual e
o Oráculo de Simiromba é um país maior do que o nosso. É uma escola
iniciática, onde milhares de espíritos trabalham.
Desta raiz foi que Neiva brotou, preparada para seguir as normas de
Jesus.
Dos Andes veio outra raiz – a raiz de Simiromba – que aqui se encontrou,
neste cruzamento de Caboclos e Pretos Velhos.
Nós estamos recebendo esse império e nos resta saber o que fazer com
essa herança.
Surgiram, então, com essas forças vindas da África, as figuras do
Doutrinador e do Apará, duas forças.
O médium de incorporação sempre existiu. A incorporação era, desde os
tempos anteriores a Salomão, uma mediunidade nativa. No momento em que foi
consagrada dentro das raízes desta força, ela passou a ser a mediunidade do
Apará. Não é diferente de outras incorporações que existem, mas, aqui, ela tem
a sansão de Nossa Senhora Apará, força crística extraordinária, que dá ao Apará
muito mais responsabilidade, porque são iniciados.
O Doutrinador foi formado por Neiva, e hoje nós aqui estamos com esta
grande responsabilidade.
Estas aulas evangélicas são um lembrete e uma forma de nos elevarmos
individualmente.
Na carta distribuída, destacamos o que nos disse Neiva: “Esclarece e
ilumina a Divina Providência este nosso encontro, deixando, por instantes, os
nossos pensamentos a vaguear na amplidão circunstancial desta Doutrina.
Meus filhos, estamos a remover séculos, em busca das raízes que
deixamos.
Voltamos! Sim, voltamos para evoluir o mundo que ferimos quando nos
afastamos de Deus!
Naquela triste noite de luar, em que a dura experiência nos arrancando do
mais alto castelo de força, baseada no imenso poder químico, que transformava
terra e água em pedra, nos fez esquecer que átomo por átomo somos por Deus
constituídos.
Era um sacerdócio poderoso, onde o homem se concentrava, salientando-se
a necessidade de moderação e equilíbrio, perante os momentos menos felizes dos
outros”.
Era um sacerdócio poderoso, onde o homem se concentrava, salientando a
felicidade, a moderação e o equilíbrio perante os momentos menos felizes dos
outros.
Hoje, nós somos os espíritos luminosos no meio desta confusão, como o
foram os Nagôs e os Enoques, que trouxeram esta força para cá.
Hoje, estamos vivendo o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Vimos, até agora, como houve esta grande explosão, como se fechou esta
fase das forças do Céu e da Terra, e como esta Luz foi transportada para cá,
parcialmente, o que permitiu o nascimento do Doutrinador e do Apará.

MATEUS, 14:22-33: “E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no


barco e fossem adiante, para a outra banda, enquanto se despedia da multidão.
E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar, à parte. E, chegada já a
tarde, estava ali, só. E o barco já estava no meio do mar, açoitado pelas ondas,
porque o vento era contrário. Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para
eles, caminhando por cima do mar. E os discípulos, vendo-O caminhar sobre o
mar, assustaram-se, dizendo : “É um fantasma!” E gritaram, com medo. Jesus,
porém, lhes falou: “Tende bom ânimo! Sou eu, não temais!” E respondeu-lhe
Pedro, e disse: “Senhor, se és Tu, manda-me ir ter Contigo por cima das águas”. E
Ele disse: “Vem!” E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter
com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo. E, começando a ir para o
fundo, clamou, dizendo: “Senhor, salva-me!” E logo Jesus, estendo a mão,
segurou-o e disse-lhe: “Homem de pouca fé, por que duvidaste?” E, quando
subiram para o barco, acalmou o vento. Então, aproximaram-se os que estavam
no barco e adoraram-No, dizendo: “És verdadeiramente o Filho de Deus!”

Esta segunda citação de Mateus é um episódio que serve para todos.


Todas as vezes que temos confiança em Deus Pai Todo Poderoso, que pensamos
no contato com nossos Mentores, com todas essas riquezas, nós poderemos
também caminhar sobre as águas de nossas vidas, vamos passar por cima das
coisas, ter paciência e capacidade para suportar as nossas dores, parar de
acusar nossos irmãos de serem eles os culpados de nossas dores.
Mas, se desconfiarmos de Deus, se não tivermos confiança nas coisas, nós
iremos afundar nas águas de nossas vidas.
Assim é a nossa vida na Terra!...

MATEUS, 21:33-46: “Ouvi, ainda, outra parábola: Houve um homem, pai de


família, que plantou uma vinha e circundou-a de um valado, e construiu nela um
lagar e edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se para
longe. E chegando o tempo dos frutos, enviou seus servos aos lavradores, para
receber os seus frutos. E os lavradores, apoderando-se dos servos, feriram um,
mataram outro e apedrejaram outro. Depois, enviou outros servos, em maior
número do que os primeiros; e eles fizeram-lhes o mesmo. Por último, enviou-lhes
seu filho, dizendo: “Terão respeito a meu filho!” Mas os lavradores, vendo o filho,
disseram entre si: “Este é o herdeiro! Vinde, matemo-lo e apoderemo-nos de sua
herança...” E, lançando mão dele, o arrastaram para fora da vinha e o mataram.
Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores? Dizem-lhe
eles: “Dará afrontosa morte aos maus e arrendará a vinha a outros lavradores,
que a seu tempo lhe dêem os frutos.” Diz-lhes Jesus: “Nunca lestes nas
Escrituras: a pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça do
ângulo; pelo Senhor foi feito isso e é maravilhoso aos nossos olhos? Portanto, eu
vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os
seus frutos. E quem cair sobre esta pedra despedaçar-se-á; e aquele sobre quem
ela cair ficará reduzido a pó!” E os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, ouvindo
essas palavras, entenderam que falava deles; e, pretendendo prendê-lo, recearam
o povo, porquanto O tinham como profeta.”

Com esta citação se explica o que aconteceu na África e no Yucatan e,


também, o que poderá acontecer conosco se não estivermos atentos...
Salve Deus!

6ª AULA – 16/MAR/1985

Salve Deus, meus mestres Jaguares!


Iniciamos com uma citação:

MARCOS, 6:7-13: Chamou a si os doze e começou a enviá-los a dois e dois, e


deu-lhes poder sobre os espíritos imundo, e ordenou-lhes que nada tomassem
para o caminho, senão somente um bordão; nem alforje, nem pão, nem dinheiro
no cinto. Que calçassem sandálias e não vestissem duas túnicas. E dizia-lhes: na
casa em que entrardes, ficai nela até partirdes dali. E quando alguns vos não
receberem, nem vos ouvirem, saindo dali, sacudi o pó que estiver debaixo dos
vossos pés, em testemunho contra eles. Em verdade vos digo que haverá mais
tolerância no dia de juízo para Sodoma e Gomorra, do que os daquela cidade. E
saindo eles, pregavam que se arrependessem e expulsavam muitos demônios, e
ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.

Nada consta, nos Evangelhos, que Jesus tenha mandado os apóstolos


correr mundo mesmo porque ele estava no início de sua pregação, formando seu
grupo. É que Jesus, pela palavra do evangelista, traduziu todo o sistema da
preparação do missionário, tudo o que significa a sua mediunidade, a sua
vocação missionária e a sua vida religiosa dois a dois, dentro de uma lei, com
grande poder sobre os espíritos impuros (sofredores). Ordenou-lhes que não
levassem nada para o caminho, além da própria vida física (bordão). A partir do
momento em que partimos para nossa missão espiritual vamos ser alimentados
pelo pão espiritual. Não levar duas túnicas significa que ninguém pode servir a
dois senhores ao mesmo tempo. Deve-se ter apenas uma filosofia religiosa.
Quando entrar em uma comunidade espiritual, permaneça nela até sua
evolução para continuar sua viagem. Se a sua individualidade não for aceita na
comunidade, siga sua viagem.
Na nossa vida missionária, curamos, elevamos e santificamos.

MARCOS, 6:30-33: E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus e contaram-lhe tudo,


tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado. E ele disse-lhes: “Vinde vós,
aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco.” Porque havia muitos que
iam e vinham, e não tinham tempo para comer. E foram sós num barco para um
lugar deserto. E a multidão viu-os partir, e muitos os conheceram; e correram para
lá a pé de todas as cidades, e ali chegaram primeiro do que eles, e aproximavam-
se dele (Jesus).”

Isso significa que, se seguirmos uma vida missionária intensa, quando ela
chegar ao seu fim, Jesus então o convidará para você recuperar as suas forças,
para purificação das realizações na Terra e reinício do trabalho interrompido.
Em uma carta de Neiva, ela fala sobre a vibração, razão de tudo neste
mundo:

Carta de TIA NEIVA DE 07.09.77

Salve Deus, meus filhos Jaguares!


Proporciona a Divina Providência este nosso encontro.
Deixemos por instantes os nossos pensamentos libertos, a vaguear na
amplidão circunstancial desta Doutrina para esta Nova Era.
Remontamos séculos, atingindo nossos ensinamentos e nossas heranças
transcendentais, porque sabemos que tudo vibra e irradia neste Universo, onde
tudo é força, luz e vida.
Meus filhos, nós somos o rio que corre tranqüilo e se encontra no mar.
Quando recebemos uma projeção mental fluídica a seguimos com a mente ou
somos, por ela, atraídos. Conforme as nossas propriedades ou heranças,
ajudamos ou destruímos. As projeções podem ser mentais ou fluídicas.
As projeções mentais quando se apresentam, atingem o processo mental
e, se são de amor, destinadas a beneficiar ou a socorrer, elas produzem bons
pensamentos. Essas projeções benéficas são recebidas no coração.
A energia mental é o fermento vivo que improvisa, altera, constrange,
alarga, desassimila, pulveriza ou recompõe a energia em todas as dimensões.
Na criação do todo, sentimos a força da Mente Divina, e dizemos:
“O Senhor tem o seu templo em meu íntimo. Nenhum poder é demasiado ao
poder dinâmico do meu espírito. O amor e a chama branca da vida residem em
mim!”
Nossos maus desejos criam em torno de nós uma atmosfera fluídica
impura, propícia à ação das influências da mesma ordem, ao passo que as
nobres aspirações atraem as vibrações benéficas, principalmente se estamos em
prece. “Bem aventurados os puros de coração, porque verão a Deus!” (Mateus,
5:8).
Todas as coisas são regidas pela Lei das Atrações.
As vibrações atraem sempre as similares, aproximam e vinculam as
almas, os corações e os pensamentos. Portanto, se falando de uma condição
hierárquica entre os desencarnados, diremos que entre os mesmos a única base
é a virtude e são as qualidades morais, conquistadas pelo trabalho e pelo
sofrimento. Verificamos, pois, que eles estacionam na faixa da erraticidade, de
acordo com seu padrão psíquico e moral.
Assim, também, nós outros nos alimentamos agora com boas obras,
avivando o drama do amor puro, transformando-nos num facho que esclareça
todos aqueles que de nós se aproximam, a fim de caminharmos cada vez mais
em frente, sem tropeços, cumprindo o que Jesus nos disse: “Amai-vos uns aos
outros!”
Se você tiver fé, se sustentará, sobretudo no esforço diário do próprio
burilamento, através das pequenas e difíceis vitórias sobre a natureza interior.
Aperfeiçoando a nós mesmos, temos mais condições de segurança e refletimos o
amor e a sabedoria das leis.
A fé cega é como o farol vermelho, cujo clarão não pode transpassar o
nevoeiro. A fé esclarecida é o foco que brilha, iluminando a nossa própria
estrada, foco esse que transpõe todo e qualquer nevoeiro.
Ninguém adquire sem ter passado pelas tribulações da dúvida, sem ter
padecido as angústias da libertação dos nossos compromissos cármicos.
É preciso, também, cuidado com a fé religiosa que anula a razão e nos
submete ao juízo dos outros. A razão humana é um reflexo da razão eterna, é
Deus em nós.
Vivemos num propósito firme em busca de aprimoramento e evolução;
entretanto, estacamos ao menor empecilho. Somente a verdade nos dá a
libertação dos nossos espíritos.
Meus filhos, sempre que uma estrada termina, nasce outra. Portanto, não
há motivo para trocar de estrada e sair para outra que não conhecemos. É mais
uma precipitação da época vibrante que estamos vivendo, que acelera o ritmo
das experiências. A época que vivemos, na condição feliz ou infeliz, deve ser
pensada antes de qualquer mudança.
Passar pelo Amanhecer ignorando sua disciplina ou seus esclarecimentos
não cura coisa alguma! Devemos procurar nossa luz íntima, oferecendo-nos ao
Pai e a Jesus, agradecendo este paraíso renovador dos nossos espíritos.
Devemos cultivar o santuário de nossa inteligência. Devemos cultivar o
santuário de nossa inteligência, uma vez que é ele (o santuário) que evoluímos.
Jesus não veio destruir a lei dos homens, cuja lei vem de Deus, mas, sim,
esclarecer e fazer cumprir o grau de desenvolvimento de cada um de nós.
No dia em que a alma se liberta das formas animais, chegando ao estágio
humano, ela conquista sua autonomia, compreende suas responsabilidades
morais, seus deveres, mas nem por isso atinge o seu fim ou termina a sua
evolução. Longe de acabar aí, começa sua obra real.
O corpo espiritual, isto é, o perispírito, como toda a matéria, nada mais é
do que a concentração de energia do fluído cósmico em várias camadas
vibratórias, que o espírito manipula para sua realização.
Desde quando o espírito escolhe a sua mãe, um grande laço os envolve.
Sim, pai e mãe. Na minha concepção de clarividente e mãe experiente, eu digo
das mães que elas assumem toda a responsabilidade.
Somos, cada um de nós, um imã de elevada potência espiritual, de um
centro de vida inteligente, atraídos por forças cármicas, que se harmonizam com
as nossas forças e com as dos pais, com isso constituindo o nosso domicílio na
matéria ou no perispírito. A criatura, encarnada ou desencarnada, onde estiver,
respira entre raios de vida, superiores ou inferiores, que emitem ao redor dos
próprios passos, tal qual a aranha que se confunde nos fios escuros que produz,
ou, então, como andorinhas que cortam os céus com as próprias asas. Todos
nós exteriorizamos as energias com as quais nos revestimos, energias essas que
nos definem muito mais que as palavras.
Para simplificar, essa é a verdadeira coordenação do espírito.
Enfim, existe somente uma lei: individualidade + livre arbítrio + lei divina
+ lei do auxílio!
É no Centro Coronário que se originam as manifestações e os registros
que calcam na sensibilidade e envolvem no físico sua atuação passada que,
refletida no presente, plasma em ondas de retorno, num circuito fechado, a Lei
de Causa e Efeito (Carma).
Desses centros de força são recebidas e localizadas no duplo etérico as
energias manipuladas pelo perispírito. Esses centros de força recebem e
movimentam esses fluídos, transmitindo glóbulos vitalizantes aos órgãos do
corpo físico, através dos chamados plexos.
Temos, assim, no Centro Coronário a complementação de forças
determinantes dos planos superiores, que passam por uma seleção paulatina,
fazem a sua expansão, filtradas as emanações e cuidadosamente encaminhadas,
através de reflexos benéficos, que são os momentos da individualidade, com
base na vibrações próprias do espírito, que eu chamo também de força nativa.
Neste labor, o Centro Coronário imprime emanações fluídicas
eletromagnéticas que levam ao centro da alma irradiações energéticas,
estimulando, vitalizando, agindo sempre de forma independente de si para si, de
suas propriedades, sempre gerando o bem ou o mal.
O homem bom, em suas condutas doutrinárias, emite seus reflexos bons.
O negativo deturpa de acordo com sua recepção.
Desse modo, o Centro Coronário registra a responsabilidade marcando o
próprio homem com as conseqüências felizes ou infelizes.
Essas são leis emanadas pelo Criador: causa e efeito.
Sob a orientação dos Mentores espirituais, as células são reunidas,
compondo os tecidos, moldando e funcionando sempre pelo governo espiritual.
Mas, deixemos agora o funcionamento do Centro Coronário, por onde
concluímos que o homem herda o corpo conforme sua disposição mental, para
entrarmos na Lei do Auxílio.
Na Lei do Auxílio é que se aplica o trabalho da caridade, no emprego das
faculdades mediúnicas. Cada um de nós é uma força curadora e inteligente que
cura o seu próprio corpo.
Quando o espírito se liberta das forças animais, nada mais tem a fazer na
Terra. O homem tem que sentir constantemente a força vital.
Ao sentirmos, em nosso íntimo, falhas de nosso lado, temos que reagir
com coragem suficiente para discernir, a fim de reparar o negativo de hoje, que
será o mal de amanhã. Cada consciência vive e se envolve nos seus próprios
pensamentos.
Através dos séculos e dos tempos, nada escapa à lei do progresso, as
religiões acima de tudo, pois são as fronteiras que nos iluminam as muitas
passagens.
As células que compõem o nosso corpo físico são as mesmas do corpo
astral.
Salve Deus! Relato aqui uma importante passagem que me deixou
estarrecida: tendo completado o seu tempo na Terra, uma nobre família voltou
aos planos espirituais. Houve muitas festas em comemoração por tão rica
passagem.
Quando nos referimos a uma família espiritual tratamos de muita gente.
Havia, porém, dois jovens que pertenciam a essa família mas não participavam
dessa alegria – Rúbio e Rúbia – cuja tristeza irradiava em torno deles com uma
intensidade anormal. Enquanto todos os outros membros da família eram
designados e seguiam para suas missões específicas, os dois nada recebiam.
Chegou a vez deles e o chefe da família tomou as providências que o caso
requeria: os dois jovens foram levados ao Grande Aledá Alufã, onde foi feito o
diagnóstico: numa passagem na Terra, eram mudos e surdos devido a um
grande erro cometido na Guerra dos Cem Anos. Eles haviam se aproveitado dos
seus poderes e fizeram atos de espionagem que causaram muito mal.
Foi muito triste o que aconteceu, pois o casal não podia acompanhar sua
grande família e seguir o curso normal da vida. Foram, então, levados para o
Sono Cultural, de onde iriam reencarnar na mãe escolhida. Foi uma encarnação
muito triste, porque não tinham, na Terra, nenhum parente espiritual, o que
resultava na ausência de ideais e alegrias. Nem mesmo o Sono Cultural curou
suas tristezas. Ainda assim, tiveram um lar feliz e pagaram com amor a sua
triste dívida.
O fato real é que, mesmo na decorrência dos tempos e dos séculos, nada
escapa à Lei do Progresso, que é a lei das religiões e das doutrinas.
Temos que corresponder às necessidades da época em que vivemos, uma
vez que para isso viemos preparados dos planos espirituais. Só teremos o
espírito da verdade pela vivência única e simples do Evangelho de Nosso Senhor
Jesus Cristo, pois somente por esse caminho chegaremos à glória máxima do
Espírito da Verdade.
Qualquer situação que se destaque preocupa com mais constância a idéia
ou a mente do homem, porém, tudo nesse particular é propósito mal dirigido.
Devido à existência de forças mal distribuídas, passa-se a considerar a vida um
terrível espinho e a vivê-la nas provas com agonia existencial.
Entretanto, se se conversar com Deus e com os Mentores espirituais, a
gente sentirá a alegria que este planeta produz. A manifestação dos espíritos por
meio dos aparelhos mediúnicos alivia em muito nossas dores, e não são mais do
que a evangelização. Se a gente se alertar no primeiro passo, então se ficará
seguro e se dará outros mil passos, sempre se defrontando com as antenas de
outros fenômenos, porém o que consta para nós é que os espíritos vêm ensinar
a darmos os primeiros passos sem segurar nas nossas pernas. Não devemos
ignorar que nem o poder, a juventude, o ouro, a fama ou a ciência nos confere
qualquer privilégio de fixação no conhecimento de um palmo sequer acima de
nossa cabeça.
Pense nisso, meu filho, e se lembre de que você se encontra no mundo
como numa viagem; sempre as despedidas, sempre as saudades, sempre o
adeus. Sua queixa é aparentemente justa. Porém, antes de perder o equilíbrio,
você deve examinar, primeiro, as intenções mais íntimas do portador dela.
É nosso dever salientarmos a necessidade do nosso equilíbrio.
Temos a assistência espiritual e todos os dias devemos estar mais
conscientes dos nossos compromissos e responsabilidades, não só para com
Deus, mas, também, para conosco. O peixe mora gratuitamente na água, mas
sabe que deve nadar por si mesmo. Assim somos nós. Se compreendermos a
vontade de Deus, então saberemos que só através de nossos esforços
atingiremos nossa meta.
Devemos procurar, pelo cumprimento de nossas obrigações interiores e
exteriores, nos unir ao Altíssimo!
Estamos vivendo os últimos dias e sabemos que a inteligência e o
pensamento não são atribuições da matéria. Verificamos, também, que o
elemento espiritual e a matéria são dois princípios característicos do Universo.
Individualizando o princípio espiritual, constituímos os seres chamados
espíritos, assim como individualizando o princípio chamado matéria
constituímos os diferentes corpos da Natureza orgânica e inorgânica. Não é
somente a alma humana; é uma coisa que preexiste e sobrevive dos corpos físico
e fluídico. Assim, em todo homem vive um espírito e por espírito deve-se
entender a alma revestida pelo seu envoltório fluídico, que tem a forma do corpo
físico, que participa da imortalidade do mesmo, do qual é inseparável.
Revela-se por seus pensamentos e, também, pelos seus atos. Para que
possa agir e impressionar os sentidos físicos, transporta-se com o envoltório
semi-material que denominamos perispírito, nome dado ao invólucro fluído,
imponderável e invisível. Muitas vezes estamos com o nosso invólucro fluído
junto à meia-alma e o nosso psique está atravessando outros planos,
conservando os instintos do corpo físico, acumulando forças, vivendo as nossas
múltiplas existências ou o futuro da nossa desejada evolução.
Durante a encarnação, como anteriormente foi explicado, o Centro
Coronário se incumbe de captar e transportar aos outros centros de forças as
energias que, por sua vez, são transportadas aos órgãos, vitalizando-os.
Estimulados por essas energias, os órgãos executam duas importantes
tarefas: a assimilação e a desassimilação ou excreção.
Estamos no limiar do Terceiro Milênio e tudo esperamos. Espero até
mesmo juntos, em breve, o Céu e a Terra. Porém, grandes catástrofes nos
desentendimentos humanos.
Bendito sejas, Jesus querido, que por Tua piedade devolvestes o meu
espírito aqui para a Terra, confiante nos dotes que me destes.
A Mãe em Cristo, TIA NEIVA.

Nós falamos da vibração como se ela fosse uma função específica. Mas,
tudo é vibração em diferentes padrões.
O importante é como nós devemos conduzir as nossas vibrações em
relação ao mundo que nos cerca. Nosso corpo físico é relacionado com a
natureza física. Quando ingerimos uma coisa que não se enquadra nos nossos
padrões vibratórios físicos, nós adoecemos. Nossas necessidades, então, são
geradas pelo nosso padrão vibratório físico.
A coisa mais importante para a nossa vida missionária é o controle do
nosso padrão vibratório, o controle da nossa mente. Nós vivemos imersos em
correntes, que são vibrações, e nós emitimos e recebemos vibrações
constantemente.
É importante, em defesa de nossas vidas, que nunca nos iludamos de que
o nosso cobrador é que vibra em nós. Nós é que provocamos sua vibração,
quando julgamos que ele está nos vibrando.
Quando estamos equilibrados, devemos tomar o cuidado de saber que, se
cometermos uma falta, nós mesmos temos de corrigir o erro e não fazermos
vibração nos outros que poderiam estar nos julgando.
Na nossa Corrente, esse fato é de importância vital, porque vivemos
imersos em um padrão de altíssima vibração.
Nós estamos freqüentemente sendo emissores e receptores de correntes de
toda natureza, que nós absorvemos onde quer que estejamos.
Fazemos uma projeção (emissão vibratória) e ela é, essencialmente, uma
emissão fluídica. Nosso fluído é ininterrupto.
Nós emitimos na horizontal e recebemos na vertical, abrindo um canal,
mas é preciso ter muito cuidado para não fazermos uma diferenciação entre a
força recebida e a força emitida. Se o padrão sobre as coisas divinas não estiver
bem, isto é, se não estivermos humildes perante Deus, dificilmente manteremos
bom o nosso padrão de recepção. Quantas vezes vamos trabalhar com o coração
amargurado, em desespero com as situações da vida e, mesmo assim,
trabalhamos harmonizados, porque abrimos bem nosso canal de recepção.
Cuidado ao falar coisas sem estar com o canal de recepção desobstruído!
Nosso canal é obstruído pelos nossos próprios pensamentos, pensamentos
negativos, porque às vezes pensamos que Deus só deve ser lembrado na hora
em que vamos rezar.
Quando deixamos nossos pensamentos negativos nos dominarem,
atraímos as vibrações do passado, através do nosso Centro Coronário. Se nos
lembrarmos de um cobrador, em um plano qualquer, imediatamente vem uma
onde violenta e atinge o nosso plexo e, de repente, sentimos uma angústia.
Sempre que recebemos uma projeção mental fluídica de baixo padrão vibratório,
imediatamente ergamos nosso pensamento a Deus Pai Todo Poderoso,
mentalizemos nossos Mentores e de pronto vamos encontrar a compensação
entre a linha vertical de recepção e a horizontal de emissão.
Uma onda vibratória que baixe o nosso padrão faz agregar em nós
partículas de neutrom que ficam negativas, e vai-se formando uma atmosfera
fluídica pesada, em torno de nós, que nos afasta, cada vez mais, da divindade.
É por isso que Jesus disse: “Aquele que muito tem ser-lhe-á acrescentado e
o que pouco tem muito ser-lhe-á tirado!” Quando mais coisas negativas tivermos,
mais negatividade irá se acumulando em torno de nós.
A prece do meio dia – “O Senhor tem o seu templo em meu íntimo! Nenhum
poder é demasiado ao poder dinâmico do meu espírito. O amor e a chama branca
da vida residem em mim!” – que é repetida às 15 e às 20 horas, é uma prece
maravilhosa, porque apelamos para o Deus que está dentro de nós, para o altar
de nosso coração. Quando apelamos para o nosso aledá, não tem como não
sermos atendidos, porque apelamos para a nossa própria alma.
Quando nossa emissão vibratória for dirigida pelo controle de nossa
mente, nós poderemos fazer curas à distância.
Quando alguém se dirigir a nós, trazendo o seu problema, imediatamente
devemos nos ligar ao plano espiritual, porque aquele lamento entra em nós e sai
para outro plano, não permanecendo em nós. Peça o nome e o endereço em um
papel, e o receba sempre com a mão esquerda, guardando-o para que seja
colocado na caixa da Mesa doutrinária, logo que houver oportunidade.
Outro ponto da carta diz: “Se tivermos fé, nos libertaremos!” A fé cega é
como um farol vermelho que não pode transpor o nevoeiro.
Chegou o momento de revisarmos nossos conhecimentos com nós
mesmos. Vamos nos conhecer melhor, nos identificarmos melhor com nós
mesmos. Vamos clarear um pouco mais o nosso coração, nos livrando das
coisas negativas. Vamos entrar na realidade da nossa riqueza espiritual.
Nós temos sete planos vibratórios. Quando falamos no 3º do 3º Sétimo
estamos falando do sétimo plano vibratório. Muitas vezes estamos trabalhando
em planos vibratórios diferentes ao mesmo tempo. Entretanto, não temos
consciência do que estamos fazendo. Nossa consciência permanece apenas no
mundo físico, sensorial.
Outro trecho da carta diz: “Somos, cada um de nós, um imã de elevada
potência espiritual, de um centro de vida inteligente, atraídos por forças cármicas,
que se harmonizam com as nossas forças...” Quando vamos reencarnar, fazemos
o domicílio na matéria, que é o relacionamento com nossos pais.

MARCOS, 6:1-6: “E partindo dali, chegou Jesus à sua pátria, e os seus


discípulos O seguiram. E chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e
muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: “De onde lhe vêm estas coisas? Que
sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas
mãos? Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas
e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs?” E escandalizavam-se nele.E
Jesus lhes dizia: “Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre os seus
parentes e na sua casa!” E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou
alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. E estava admirado pela
incredulidade deles. E percorreu as aldeias vizinhas, ensinando.”

Essa citação demonstra o ciclo perfeito de nossa encarnação. O lugar onde


o espírito mais encontra dificuldade é na sua própria casa, no seu próprio lar,
porque são os nossos cobradores diretamente ligados.
Quando o espírito está para encarnar, ele passa pelo sono cultural
enquanto o seu corpo está sendo gerado aqui na Terra.
Quando ele sai do sono cultural está preparado para enfrentar tudo aqui
na Terra. Ele traz todas as experiências e todos os mecanismos de defesa para
sua vida. Seu corpo foi preparado de acordo com sua herança biológica. Os
cientistas, com os bebês de proveta, estão mexendo na área mais sagrada da
Natureza. E a Engenharia Genética e os cientistas começam a interferir,
novamente, nas leis da Natureza!
A partir do terceiro mês de gestação, o espírito é colocado em torno do
corpo, embaixo da pele, e, por isso, se chama perispírito, e se reveste com a
mesma substância da alma, razão de se confundir às vezes.
Mas o espírito é da herança transcendental e a alma apenas tem a
herança de uma encarnação.
Salve Deus!

7ª AULA – 23/MAR/1985

Meus mestres, Salve Deus!


Nossa Doutrina precisa ser apanhada com amor, como Jesus ensinou a
seus apóstolos, conforme:

LUCAS, 17-20:37: E interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino
de Deus, respondeu-lhes e disse: “O reino de Deus não vem com aparência
exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou Ei-lo ali, porque eis que o reino de Deus está
entre vós!” E disse aos discípulos: “Dias virão em que desejareis ver um dos dias
do Filho do homem, e não o vereis. E dir-vos-ão: Ei-lo aqui ou Ei-lo ali. Não vades
nem os sigais, porque, como um relâmpago ilumina desde uma extremidade
inferior do Céu até a outra extremidade, assim será, também, o Filho do homem
no seu dia. Mas, primeiro, convém que Ele padeça muito, e seja reprovado por
esta geração! E como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do
Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia
em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos. Como,
também, da mesma maneira, aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam,
compravam, vendiam, plantavam e edificavam. Mas, no dia em que Ló saiu de
Sodoma, choveu do Céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. Assim será no dia
em que o Filho do homem se há de manifestar! Naquele dia, quem estiver no
telhado, tendo as suas alfaias em casa, não desça a tomá-las; e, da mesma sorte,
o que estiver no campo não volte para trás. Lembrai-vos da mulher de Ló!
Qualquer que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á, e qualquer que a perder,
salva-la-á. Digo-vos que, naquela noite estarão dois numa cama; um será tomado
e outro será deixado. Duas estarão juntas, moendo; uma será tomada e outra
será deixada. Dois estarão no campo; um será tomado e o outro será deixado.” E
respondendo, disseram-Lhe: “Onde, Senhor?” E Ele lhes disse: “Onde estiver o
corpo, aí se juntarão as águias!”
Em uma carta de 1960, Neiva conta a história de seu encontro com Marta
e Efigênia, espíritos que, até hoje, estão a seu lado, segurando-a, sempre que ela
vem de uma incorporação ou de um desdobramento. Esta carta dá uma idéia
dos primeiros mergulhos de Neiva em suas viagens:

Carta de TIA NEIVA DE 06.06.60

Era uma viagem. Despertei e, ao abrir os olhos, achei-me sentada sobre a


relva, à sombra de frondosa árvore onde, evidentemente, eu havia adormecido.
Comecei a me lembrar que o Sol ainda brilhava no poente, quando me
dispus a sair do corpo, ou melhor, quando uma força enorme me arrancou do
corpo, do meu corpo!
Não tive tempo para analisar muito o que me acontecia, quando duas
moças chegaram, sem nada dizer. Nas suas roupas tinham seus nomes: Marta e
Efigênia. Mas, na proporção em que ia me harmonizando, ia também me dando
conta de onde estava: em outra dimensão que não a minha.
A iluminação era diferente da nossa e um pouco triste, de forma que
pensei: “viver aqui seria realmente a morte!...”
- Neiva, – ouvi alguém dizendo – a atmosfera material está lhe roubando a
paz! O Sol diminui a duração da vida, desde que se levanta até que se põe. O
Tempo é chamado de presente, passado e futuro. O que agora é presente, amanhã
será passado, e o que agora é futuro, amanhã será presente. Aqui, esta dimensão
não pertence à categoria do presente, futuro e passado. Pertence, sim, à categoria
da eternidade! Você não deve se preocupar em como alcançar a plataforma da
eternidade, mas, sim, em utilizar a consciência desenvolvida como ser humano
nas proporções animais, isto é, comer, dormir, enfim, dar vazão às coisas da Terra
que normalizam o centro nervoso. O homem vive e se alimenta das coisas que
Deus criou.
E respondendo a uma pergunta que pairava no meu pensamento,
respondeu:
- O sexo é uma decorrência da criação da natureza dos homens!
Graças a Deus estou em outro mundo – pensei – e ouço tudo isso...
- Sem os falsos preconceitos!... – rematou a voz.
Nisto, apareceram alguns casais em diversas sintonias, lindos, muito
lindos. É difícil para mim dizer as coisas que faziam.
De repente ouviu-se um som de música clássica, algo conhecido, que
encheu de alegria toda aquela paisagem. Alguns dos casais dançavam, outros
corriam para alcançar seus namorados. Deduzi: são as almas gêmeas de que
fala André Luiz. Sabe Deus! Pensava, já sem explicação daquela “voz”.
Com tudo isso em minha cabeça, não conseguia sair dali, com tudo aquilo
remoendo dentro de mim. A minha categoria é, ainda, de presente, passado e
futuro, enquanto que esse povo, a sua categoria é a da eternidade. Será um
sonho tudo isso que vejo? Será apenas um sonho?
- Não, – disse a voz – não é sonho!... Este é o mundo das Naiades! Aqui
sentimos o aroma da Terra...
Nisso, uma jovem que estava dançando caiu, como se estivesse
desmaiada.
Exclamei: Meus Deus! Desmaiou!...
- São vibrações da Terra! – disse a voz – Essa moça tem a sua alma gêmea
segura em outra dimensão, onde ainda tem reparações a fazer. Temos sete
dimensões até chegar ao Canal Vermelho, que é o primeiro degrau celestial.
A música parou e todos foram em socorro da jovem. Pela primeira vez, eu
vi fios dourados surgindo naquele horizonte. E agora?
A voz voltou:
- O felizardo do outro lado se libertou!
- E para onde irá?
- Para outra dimensão, dando sempre continuidade à sua evolução...
Pensei: Que coincidência!
- Não, Neiva, a vida não pára aqui, e este mundo vive a sua própria
evolução. Volte para o seu corpo, pois já faz muito tempo que você saiu.
Voltei, e já estava escuro. Alguém me perguntava se eu estava bem.
E essas viagens se amiudaram...
Com carinho, a Mãe em Cristo, TIA NEIVA.

Jesus, quando falava para os apóstolos, Ele falava para o mundo inteiro,
para a eternidade!
Conforme foi explicado em aulas anteriores, passamos por um período de
evolução da Terra, até que ela atingiu o seu 5º Ciclo, onde se fez presente sua
espiritualização nestes dois mil anos que se seguiram à vinda de Jesus.
Estamos agora vivendo intensamente o fim do período da espiritualização
e, por esta razão, estamos nos encontrando com tanto sofrimento e tanta dor.
Todo fim de uma pessoa ou de uma era é sempre doloroso. É uma doença, um
desastre, enfim, é o final de uma civilização!
A Terra vai partir para uma vida já espiritualizada, no Terceiro Milênio, e
naturalmente sofre uma dor, como sofre a mãe que vai ter o seu filho. Nós
estamos vivendo exatamente essa fase, sofrendo e ajudando o advento do
Terceiro Milênio. É por isso que estão presentes tantos missionários de vidas
anteriores, espíritos elevados e experientes de muitas eras.
Assim, em nossa individualidade, nós somos e, em nossa personalidades,
estamos sendo. Na Terra, nós estamos a caminho, corrigindo nossos defeitos
para que, quando desembarcarmos desta vida, possamos ter nossa
oportunidade na vida eterna.
É preciso que o nosso dia a dia e nossas atividades sejam orientados com
amor, para que Deus, que nos fala de mil maneiras, a cada dia, possa ser
compreendido por nós, possa penetrar em nossos corações. É muito
reconfortante quando aceitamos o nosso sofrimento com amor e humildade, com
fé em Deus Pai Todo Poderoso. Independentemente de nossas posições nesta
vida, se assim procedermos, estaremos evoluindo espiritualmente.
Assim, no Evangelho, Jesus precisava despertar os fariseus, sacerdotes da
época, doutores da lei. Eles tinham perdido o sentido da realidade, a sintonia
com Deus, e foram ficando horizontalizados, isto é, perderam o equilíbrio da
recepção e da emissão, o que tem levado a liquidar as civilizações.
No nosso caso, isso está fora de cogitação acontecer com a nossa
Corrente, mas, individualmente, pode acontecer, porque é através da emissão
que mantemos os canais abertos. É preciso que, em todos os momentos da vida,
mantenhamos o controle de nossos pensamentos e da nossa conduta
doutrinária para mantermos o contato com Deus. Se, entretanto, pelos maus
pensamentos, obstruirmos os nossos canais, poderemos ser destruídos!
Quando Jesus falava aos fariseus, Ele enfrentava uma população fanática,
pessoas que chegavam e queriam a cura a qualquer custo.
Desta forma, Ele tocava nos assuntos com profundidade, sem falar
claramente, para que apenas aqueles que estavam preparados para receber Sua
palavra O entendessem. Assim, Ele falou para Lucas, no trecho acima, que o
reino de Deus está dentro de cada um de nós, e não aqui ou acolá. É a forma
como entramos na sintonia da paz e das coisas de Deus.
Quando buscamos Jesus, em nossas situações dramáticas e de desespero,
nós buscamos o nosso Cristo interior. Jesus está dentro de nós! Se nosso
coração estiver aberto e nós estivermos receptivos, estaremos com Jesus dentro
de nós...
Quando conseguirmos nos encontrar, haverá, então, uma verdadeira
explosão!
Quanto mais sofremos as pressões da vida, mais estaremos nos
purificando para Deus, para que nasça Jesus mais depressa em nossos
corações.
Os valores eternos são inversos. Quando tivermos contato com o mundo
fora da matéria, lembremo-nos sempre que os valores eternos não são os valores
transitórios. Aqui na Terra, nós temos presente, passado e futuro. Mas, lá no
Céu, nos planos espirituais, aonde está ligado o reino de Deus que temos dentro
de nós, não existe nem presente, nem passado, nem futuro – só existe a
eternidade!
A história de Noé todo mundo sabe o que significa. Ele construiu uma
barca enorme, encheu-a com sua família e um casal de cada animal existente na
Terra, e enfrentou o dilúvio. Acabado o dilúvio, a barca pousou no alto de uma
montanha. Jesus usou esse simbolismo para explicar o domínio de nosso
mundo animal, sendo contido, superado, isto é, nossa fase animal seguida de
nossa fase espiritual. Quando nascemos e crescemos, precisamos das paixões
para vivermos nossos carmas. Um dia, nosso espírito, nosso eu superior, tudo
absorve; nosso eu animal, nosso eu inferior, tudo é recolhido para a “arca”. O
homem que não se espiritualiza perece, é afogado nas águas do “dilúvio”. É o
espetáculo que nós estamos vendo atualmente. O mundo todo sendo ameaçado
pela destruição de homens se alienando pelos vícios e pelas drogas. Quando nos
espiritualizamos, temos que olhar para o Céu, nunca para o chão! Não podemos
vacilar nem nos apegarmos às paixões. É normal viver as paixões, mas quando
começamos a ver as coisas de Deus, superamos as paixões.
Uma parte do nosso ser se destaca e acompanha o perispírito na nossa
viagem de retorno, até passarmos pelos sete planos e chegarmos lá no Canal
Vermelho.
É com o coração que temos que aprender. Não adianta mergulhar mais
fundo do que aquilo onde podemos ir. Temos que saber qual é o nosso tamanho.
E não nos esqueçamos nunca que, enquanto não liquidarmos com as coisas que
estão ao nosso alcance, as coisas do nosso carma, não ouvir a voz de Deus que
fala através de mil mensagens a cada dia, enquanto não liquidarmos com o
homem, não seremos dignos do Filho do Homem!
Salve Deus!

Carta de TIA NEIVA DE 24.05.80

Meu filho Jaguar, Salve Deus!


No mundo dos espíritos, onde as visões se encontram sem paixões, sem
teorias, há uma só filosofia: ser ou não ser!
É o que acontece, meu filho!
Quando chegamos à nossa realidade, renunciamos às paixões e nos
libertamos dos falsos preconceitos. Sim, porque o que chamamos de preconceito
acontece quando, num ato impensado, ou mesmo jogados pelas forças de
nossos destinos cármicos, agimos fora da lei que impera na moral social e
ferimos os sentimentos dos que pensam possuir tais sentimentos, aqueles que
estão seguros pelo orgulho, arraigados em um quadro obsessivo, e que não
sabem analisar ou não sabem amar o próximo como a si mesmo.
Filho! Quando você se apegar a alguém, não se iluda e não iluda a
ninguém, sentindo-se imortal, para anular a personalidade desse alguém,
pensando ser um amigo eterno. Lembre-se da escada fatal da evolução: o seu
amigo, ou o ser amor, poderá se evoluir primeiro.
Quando Deus o colocar diante de um grande amigo ou de um grande
amor, procure sempre acompanhá-lo, para não perdê-lo de vista. O homem só
se liga a outro como amigo e como irmão quando ambos descendem de uma só
evolução!
Assim são, também, os casais de amantes e os nossos filhos!
Com carinho, a Mãe em Cristo, TIA NEIVA.

8ª AULA – 29/MAR/1985

Salve Deus, meus mestres!


Vamos falar hoje da facilidade com que as religiões e os religiosos perdem
de vista o sentido da grandiosidade das suas missões. Jesus, no seu tempo,
lutou contra esse fato, advertindo de maneira contundente e, às vezes até,
áspera, de que o reino de Deus não é deste mundo, mostrando, sempre, a
transitoriedade das coisas da Terra.
Nossa condição de mortais nos faz insistir, sempre, em nos voltarmos
para o imediato, sem perceber a grandiosidade do que somos constituídos,
quando devíamos elevar nossos olhos para o Céu, buscando a sintonia da
claridade divina.
Quando Humahan nos diz, através de Neiva, que “a lei física que te chama
à razão é a mesma que te conduz a Deus”, significa o seguinte: lei física é a lei do
mundo da matéria, da constituição do nosso corpo e da nossa própria
existência. Cada átomo de nossa constituição é a própria substância divina.
Encontramos na epístola de Tiago:

TIAGO, 1-13:18: Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque
Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado
quando atraído e engodado pela sua própria consciência. Depois, havendo a
concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera
a morte. Não erreis, meus amados irmãos. Toda a boa dádiva e todo o dom
perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem
sombra de variação. Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra de
verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.

Na simplicidade de nossos corações, na nossa realidade imediata, até


onde podemos perceber, na vivência de cada dia, procuramos entender as
mensagens de Deus, que nos fala através de todos os aspectos de nossa vida. Há
uma tendência a deslocarmos as nossas mentes, colocando o objetivo de nosso
pensamento dentro de uma realidade que não é a nossa.
Esse problema vem acontecendo há milhares de anos, e se faz presente
até hoje. Mas não é necessário que isso aconteça sempre como antigamente,
porque nós podemos fazer de forma diferente.
A Partida Evangélica é um convite a cada um que desejar ser diferente,
não no sentido negativo da palavra, mas na sua grandiosidade, carregando esta
Corrente com toda a luz e força.
Deus não castiga nem premia. Dentro dessa vida, nossos atos são
praticados por nós mesmos. Nós nos auto-punimos, nos auto-castigamos, nos
auto-elogiamos e nos auto-engrandecemos. É preciso perceber que o orgulho e a
vaidade nos levam a nos colocarmos em posições, às vezes, querendo substituir
o próprio Deus.
Mas devemos nos lembrar que não foi Deus quem fez isso ou aquilo, mas
nós é que estamos fazendo tudo a partir da obra que somos deste próprio Deus.
O limite de nossa ação é a nossa própria vida. Ninguém recebe daquilo
para que foi preparado para fazer. Todos nós temos o nosso roteiro de vivência e
nada acontece por acaso, senão pela atração do charme e das linhas cármicas.
Tudo está programado em nossas vidas!
Nada há que nos faça deixar de recorrer a Deus pelo fato de estarmos em
falta, porque Deus é bondade e só nos traz a luz. A todo momento podemos
recorrer a Deus, porque, sem a energia divina, deixaremos de existir. Mas é
preciso abrirmos a oportunidade para que esta energia se manifeste. Se
fecharmos os olhos de nossa alma e não estivermos conscientes deste Deus, a
energia não penetrará em nós.

LUCAS, 18:9-14: E disse também esta parábola a uns que confiavam em si


mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: “Dois homens
subiram ao templo, a orar: um fariseu e o outro publicano. O fariseu, estando de
pé, orava consigo desta maneira: Ó, Deus! Graças te dou, porque não sou como os
demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem, ainda, como este
publicano; jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos
ao Céu, mas batia no peito, dizendo: Ó, Deus! Tem misericórdia de mim, pecador!
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer
que a si mesmo se exalta, será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha,
será exaltado!”

O evangelista nos diz que, para chegarmos a Deus, precisamos agir como
o publicano. Os fariseus representavam aquela casta dos sacerdotes do tempo
de Jesus e os publicanos representavam os homens mais desprezados da época.
Os fariseus viviam numa luta muito grande para se manterem sem roubar, sem
pecar, etc. Era uma prova que eles precisavam estar sempre se auto-afirmando.
O ensinamento é que devemos ter sempre humildade diante de Deus. A
verdadeira humildade não é a do homem perante outro homem, mas do homem
para com Deus. Todos os exemplos de Jesus procuram tornar o homem
merecedor da ajuda divina através da humildade. Sempre que nós nos
colocarmos à frente de Deus, com humildade, imediatamente nos
transformamos recebendo os eflúvios divinos. Temos inúmeras oportunidades
todos os dias e cada um de nós é um mundo à parte. Mesmo os mais amantes
são separados pelo seu mundo físico, pelo seu mundo psicológico, pela sua
formação, pela sua educação. Nem mesmo as almas gêmeas escapam, porque,
se são gêmeas, é porque são duas, cada uma com sua individualidade.
Juntos, vamos renovar as nossas energias, porque precisamos, agora,
atender àquilo que está sendo esperado de nós, que é levar a mensagem a todos
aqueles que estão em busca de alguma coisa.
Nossa responsabilidade é grande e milhões de espíritos aguardam nossa
mensagem. Para que vivamos esta vida crística, precisamos ter humildade.
Precisamos ter capacidade de voltar para Deus e não nos envergonhamos dele.
Às vezes, Deus, através de sua misericórdia, nos procura e quanto mais nos
escondermos de Deus, mais sofremos. Não nos escondemos por humildade,
mas, sim, pelo orgulho.
É preciso muita coragem para enfrentar a luz, quando estamos sofrendo,
não só por causa de nossa vida mas, também, em função da grandiosidade da
missão que recebemos e pelos momentos grandiosos que estamos vivendo nesta
humanidade.
É preciso não perder o sentido da dimensão desta grandiosidade para que
você possa se sentir participante desta grande obra.
Vamos ver a seguinte citação, que nos mostra que somos grandes por
causa da magnitude da coisa da qual estamos participando e não pela nossa
pessoa em si. É sermos grandes pela coisa divina com a qual estamos
colaborando. Esta Corrente, esta missão, esta circunstância, o Século XX, fim
de era, a era atômica de ameaças, tudo é muito grandioso.

LUCAS, 18:28-30: E disse Pedro: “Eis que nós deixamos tudo e Te seguimos!” E
Ele lhes disse: “Na verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou
pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos pelo reino de Deus, que não haja de receber
muito mais neste mundo e, na idade vindoura, a vida eterna!”

Na citação, Jesus não estava aconselhando o abandono da família mas,


sim, considerar a família em função de tudo que é transcendente. Se um
membro da família se integra em uma religiosidade, necessariamente é preciso
que os outros o sigam. Não é necessário abandonar os pais, mas colocá-los em
seu lugar certo.
Então, não é abandonar a família, e sim colocá-la em sua devida
proporção. A mulher é uma cobradora com os devidos direitos, cobrando o que
lhe é devido, da maneira que ela sabe cobrar, mas jamais devemos largá-la,
porque ela é instrumento da nossa evolução.
Na carta de Neiva de 6.6.60, vista na aula passada, ela nos conta uma
história correlata com o trecho do Evangelho de hoje. Mostra como o religioso, o
missionário precisa se comportar dentro da visão do mundo, colocando as
coisas no devido lugar e nunca perdendo a grandiosidade da sua missão.
Ela terminou o dia de trabalho com um fenômeno: saiu para um
transporte e, penetrando em uma outra dimensão, verificou que as luzes
multicoloridas eram opacas. Viu um casal conversando e quando ela queria
perguntar alguma coisa, alguém dava uma explicação para ela. No caso, a voz
era de Mãe Yara. Ela viu vários casais que pulavam e brincavam ao som de um
violino. Eles viviam seus amores sem nenhuma malícia porque ali era o plano
das almas gêmeas. De repente, uma moça desmaia, porque sua alma gêmea
acabava de desencarnar em outro plano. O espírito iluminado é aquele que
penetra nos mundos da Luz.
A coisa mais importante para a nossa evolução, como missionários, é
procurarmos ter uma noção clara do que é a clarividência de Neiva. Ela é uma
iluminada, porque só um iluminado pode consagrar pessoas. Nós não teríamos
estas nossas consagrações se não fosse a delegação de poderes que é dada aos
mestres que as fazem, que vêm pela mão de Neiva.
O iluminado pode viver, simultaneamente, em vários planos, com
consciência.
Nós, entretanto, apesar de vivermos simultaneamente em sete planos, só
temos consciência da vida no plano físico. É verdade que mergulhamos
ligeiramente em outros planos, através de nossa mediunidade, mas nosso
mundo consciencional se resume nas nossas visões da vida, nossos carmas, etc.
Habitualmente, nos acostumamos a ver na clarividente Neiva o aspecto
puramente sentimental, da sua bondade, da sua tolerância, etc. É preciso que
nós, mestres, procuremos ver o lado técnico dessa clarividência, porque, daqui a
pouco, iremos ter fenômenos nesta Corrente, quando estes conhecimentos serão
necessários.
Em outra carta, a seguir, Neiva relata seus transportes em etérico para o
Tibete, onde fez com o Mestre Humahan sua preparação iniciática.

Carta de TIA NEIVA DE 05.05.60

MINHAS PALESTRAS COM HUMAHAN

“Neiva, começou Humahan, precisas distinguir entre o verdadeiro e o falso.


Deves aprender a ser verdadeira em tudo, em pensamentos, palavras e
ações.
Por mais sábia que sejas um dia, ainda terás muito que aprender. Todo
conhecimento é útil e dia virá em que possuirás muito amor e sabedoria, tudo
manifestado em ti.
Entre o bem e o mal, o ocultismo não admite transigência. Custe o que
custar, é preciso fazer o Bem e evitar o Mal.
Teu corpo astral-mental se apressará em se imaginar orgulhosamente
separado do físico.”
Eu o ouvia como se estivesse distante dele. Ele me observava, e continuou:
- Neiva, gostas de pensar muito em ti mesma. Seta Branca está sempre
vigilante, sob pena de vires a falir. Mesmo quando houveres te desviado das
coisas mundanas, ainda precisarás meditar, fazendo conjecturas acerca de ti
mesma. Jesus nos adverte: ANTES DE CULPAR O TEU VIZINHO, POR QUE NÃO
SER SEVERO CONTIGO MESMO? A tua vidência é algo sem limite, é sublime, e
tens tudo para fazer o bem e o mal. Se fizeres o mal, te destruirás; se fizeres o
bem, crescerás como a rama selvagem. Não te esqueças, também, que, acima de
tudo, estás aqui para aprender a guardar segredo, mesmo fazendo mistério das
revelações. Esforça-te por averiguar o que vale a pena ser dito e lembra-te que
não se deve julgar uma coisa pelo seu tamanho, pois, numa causa pequena,
muitas vezes, há maiores sentidos. Não deves acolher um pensamento somente
porque existe nas Escrituras durante séculos. Deves fazer distinção entre o que
é útil ou inútil. Alimentar os pobres é boa ação, porém alimentar as almas é
ainda mais nobre e útil do que alimentar os corpos. Quem quer que seja rico
pode alimentar o corpo, porém, somente os que possuem o conhecimento
espiritual de Deus podem alimentar as almas. Quem tem conhecimento tem o
dever de ensinar aos outros.
A tua responsabilidade, Neiva, será a maior do mundo. Nunca poderás dizer
tudo e não poderás, também, te calar.”
E tendo dito tudo isso, começou a contar este exemplo:
“Eu era muito jovem quando me enclausurei neste mosteiro. Porém, antes
de entrar aqui, tive grandes experiências e vi muitas coisas. Houve um tempo
em que a Índia era o ponto principal para as revelações. Vinham de longe
muitos curiosos e romeiros, magos e videntes. Viviam à espreita das
oportunidades para suas alucinações. Certa ocasião veio da Inglaterra um
famoso lorde. Ele vinha para saber o destino do seu filho recém-nascido. Ele foi
atendido por um mestre que estava de saída, com seus companheiros já o
aguardando numa célebre porteira, de onde cada um partiria na sua própria
direção. Apesar da pressa demonstrada pelo mestre, o fidalgo insistiu e o mestre
lhe contou, sem amor, o que via no destino da criança: Disse que a criança teria
um mau destino e deu todo o roteiro de sua vida: em tal tempo lhe aconteceria
isto, em tal tempo isto será assim, etc. O fidalgo saiu dali louco, pois seu filho
que, até então, era a sua alegria, passou a ser a sua própria sentença. A partir
de então, o fidalgo nada mais fez senão sofrer a espera dos acontecimentos
durante toda a sua vida. Porém, nada aconteceu! O jovem foi feliz, casou-se e
viveu normalmente. O pai, porém, viveu sempre amargurado à espera dos maus
acontecimentos.
Não é preciso te dizer, Neiva, que as vibrações do fidalgo destruíram a vida
do apressado mestre. Ninguém teve intenção de magoar ninguém, porém o
pecado das palavras impensadas de um mestre ou clarividente é algo muito
sério. Veja sempre em tua frente um fidalgo, um homem que sofreu as
conseqüências de seu orgulho, porém nunca faças como o impulsivo mestre,
nunca participes com alguém. Serás, antes de tudo, como uma psicanalista. É
bem melhor que as pessoas saiam de perto de ti te desacreditando do que
desacreditando nelas mesmo. Volte para o teu corpo, filha, e vá enfrentar as
feras, como dizes, porém saiba que todos são melhores do que tu. Elas não têm
ideal como tu. Elas sofrem com o teu incontrolável temperamento.”
- Me julgam como se eu fosse uma qualquer, porque sou motorista! – me
queixei.
- Agora, para ti tudo é bom no caminho da evolução! – respondeu ele.
Dizendo isso ele se “fechou” e eu me senti já na minha casa.

Todas as coisas científicas de nossa Corrente foram ensinadas a Neiva por


aquele mestre. Essa história é sobre o lorde inglês que queria saber as previsões
para seu filho recém-nascido. À época, os ingleses tinham muito misticismo e
procuravam os sábios para fazerem profecias. O mestre, apressado, fez uma
profecia seca, que não se cumpriu, e fez com que o lorde sofresse a vida inteira,
por culpa do monge.
Não nos esqueçamos de que não existe profecia que não possa ser
modificada!
Salve Deus!

9ª AULA – 12/ABR/1985

Salve Deus!
Na continuidade da nossa Partida Evangélica, vamos pedir a Jesus que
ilumine a nossa consciência, para que possamos ser os Jaguares verdadeiros do
contato entre o Céu e a Terra, porque estamos vivendo um momento muito
sério, no limiar do Terceiro Milênio, e os fenômenos começam a acontecer,
muitos deles passando por nós despercebidos porque estamos imersos em nossa
vida material.
Estamos editando o livro da vida de Neiva, exemplo vivo de todas as coisas
de que Jesus nos fala, vida evangélica vivida intensamente, com todas as provas
e testes. Coisas faladas por ela nos demonstram a perfeita harmonia entre os
fatos que se passaram com ela e com as pessoas que estão em torno dela. As
reações humanas, tudo Doutrina pura, e os fatos que comprovam claramente a
vivência da Doutrina crística em toda a sua plenitude. É o Cristo redivivo!
Paulo de Tarso, em um momento de exaltação crística de muito amor,
dizia: “Não sou eu quem vive, mas é Cristo que vive em mim!”
Nós estamos vivendo tão intensamente quanto esteve vivendo Neiva em
1959. Nossas vidas, no plano espiritual e no plano físico, com nossas dores,
nossas quedas, nossas subidas e nossa percepção do mundo espiritual. Cada
vez mais estamos responsáveis por todos os acontecimentos que nos transferem
do segundo para o terceiro milênio, participando do aspecto grandioso de todo
esse Sistema Crístico.
É a razão da importância que foi dada, a partir de 1983, com a Partida
Evangélica a que tivemos acesso, tendo em vista os fatos que vão acontecer.
As circunstâncias dos fatos a acontecer, que traduzem toda uma
ansiedade, nos fazem crer que ainda não chegamos a atravessar a pior fase que
precisamos atravessar para podermos merecer. Nós sentimos os fatos coletivos,
mas tudo estava previsto, porque é um problema das nossas vidas materiais.
Vejam a cobrança da Natureza no Nordeste, ontem assolado pela seca e,
agora, castigado pelas enchentes. A voz de Deus fala todos os dias e de mil
maneiras. Quem tiver ouvidos, que ouça, quem tiver olhos que veja. Nós, que
estamos com a missão nas mãos, temos que nos antecipar em termos da
interpretação correta dos fatos e socorrermos aqueles que mantém uma
esperança.
A Partida Evangélica se dirige a cada um de nós para que possamos
despertar com todas as forças, manipulando as energias que nos chegam,
praticando as leis básicas da tolerância, da humildade e do amor. Vamos
cultivar nosso aledá, aproveitando tudo, porque cada vez mais vamos precisar
das coisas da nossa Corrente. Vamos pensar, mas pensar com o coração. No
nosso interoceptível, na testa, funcionam dois sistemas: o positivo e o negativo.
Na Terra, o ser humano só pode funcionar com o positivo e o negativo e este é o
grande segredo desta Corrente, que liga estas forças para que possamos
distinguir o que é bom e o que é mau.
Do interoceptível para baixo, descendo pela coluna, vem toda uma força
que é o nosso sistema ectoplasmático, e vai até o plexo e sobe, num vai e vem
ininterrupto. Na passagem pelo peito, no coração, as forças são emitidas.
É por isso que dizemos sempre para ouvirem as aulas com o coração. Só
assim poderemos dar conta desta grande tarefa que nos foi confiada pelo nosso
Pai Seta Branca.
Na consagração que irá se processar brevemente, já estaremos na sintonia
dos Grandes Arcanos. Todo o corpo mediúnico será beneficiado por este
processo mediúnico da consagração.
Há uma história que Neiva nos conta:

Carta de TIA NEIVA DE 26.06.75

Meu filho Jaguar:


A cada dia as nossas responsabilidades estão maiores. Por isso, é preciso
ficarmos cada vez mais cientes da vida fora da matéria. Porém, não é fácil a sua
adaptação a essa vida.
Nos mundos espirituais ou na vida fora da matéria, a vida se compõe de
negativo e positivo, isto é, de homem e mulher.
No desencarne ou no reencarne, o espírito de homem continua homem, o
espírito de mulher continua mulher. Apesar da afirmação de alguns iniciados de
que o espírito não tem sexo, os meus olhos de clarividente vêem o contrário.
Se é tão difícil a adaptação do homem fora da matéria e se o homem sente
tantas saudades de suas coisas e dos seus entes queridos, como seria, ou
melhor, como sentiria ele nas suas concepções másculas de homem terreno,
mesmo com o amor dos puros (força de expressão), sem o amor fecundo, se ele
encontra a sua alma gêmea em situação contrária?
Os espíritos vivem em suas dimensões e se amam com a ternura dos
anjos.
Filhos, falamos aqui na adaptação na vida além física, mas veja também
as dificuldades que um homem pode encontrar no plano físico, mesmo
acompanhado por sua alma gêmea, quando não tem o amor fecundo.
Certa vez, na UESB, dois jovens desejavam se casar e eram almas gêmeas.
O amor que os unia dava para enfrentar o Universo mas, na minha clarividência
eu vi que enfrentariam um absurdo reajuste entre três espíritos em reajuste
que não lhes daria tréguas!
Como tudo nesta vida depende muito das reações humanas, nada posso
fazer. Tenho sempre que esperar para ver o que faço.
Foi feito o casamento... Tudo muito bem, até que Tânia engravidou.
Como soe acontecer, o espírito cobrador começa sua cobrança no terceiro
mês de gravidez, e isso foi o que aconteceu: Tânia e Zacarias começaram a
receber as vibrações do filho que viera para cobrar.
Tânia começou a ser áspera e a não se dominar. A força negativa do filho
formou uma parede magnética, destruindo superficialmente aquele amor que,
de outra forma, seria eterno.
Não encontrando motivos plausíveis para tal comportamento, Zacarias
veio falar comigo. Tânia não quis vir, alegando que eu a induziria ao trabalho
espiritual e, por isso, se rebelou contra mim.
No dia em que Zacarias veio, fiquei em frente dele, sem saber o que dizer.
Por fim, disse-lhe que tomasse cuidado com o seu padrão vibratório e fiquei
nisso. Zacarias não tinha estrutura para saber que o seu filhinho, tão
desejado, fosse o único responsável por tudo.
- Tia, - disse ele - a senhora disse que o nosso amor era eterno. No
entanto, Tânia, nesses últimos dias, parece uma fera. Não sei como uma pessoa
pode mudar tanto. E meu filhinho, coitado, que não tem nada com isso!...
Pedi a ele que tivesse paciência e lembrei-o que os filhos são provas para a
nossa evolução. Porém nada adiantou qualquer que fosse o jeito que me
expressasse. Isso mostrava que o homem deve formar uma estrutura antes que
chegue o obsessor, pois este, quando encontra uma brecha, fica agressivo. As
correntes do obsessor nos revolvem a alma. A tendência do homem sem
estrutura é a de se envolver totalmente com as primeiras manifestações
negativas.
Pensando estar sendo traída, Tânia foi em busca de um antigo namorado,
gesto esse que lhe traria total infelicidade. Fora esse homem sem escrúpulos que
a havia desonrado, e que Zacarias já havia perdoado.
Zacarias, por outro lado, sofria a frustração da esposa. Com três meses de
nascido, o filho desencarnou!
Livre das irradiações, o pobre casal quis voltar ao que era antes da
chegada do filho, porém era tarde demais. Zacarias perdera a imagem bela de
Tânia, principalmente devido às suas constantes eclosões como médium de
incorporação que ela era. Para Zacarias, que não conhecia o fenômeno, foi o
suficiente para distanciar-se de Tânia e a falta cometida de sua traição teve
como resultado o fato de não mais ter filhos. O crime de Tânia foi maior que o
de Zacarias, porque a mãe, sendo a providência divina do homem, faz com que a
mulher tenha por obrigação defender a criação e tenha que lutar pelo filho.
Tânia envenenou o próprio filho no ventre, e se esse filho se criasse à
mercê das forças irregulares daquele casal, se tornaria num verdadeiro monstro,
o que Deus não iria admitir.
Analisando esse caso com clareza vemos que, quando temos tolerância e
humildade, dominamos tudo, a ponto de mudarmos o curso de nossas vidas.
Zacarias tentou buscar uma explicação, e não a encontrou...
Entretanto, se quando eu o chamei tivesse ingressado na Corrente, teria
encontrado o esclarecimento de tudo e mudado o curso das coisas, teria criado o
seu filho, libertando-o do ódio, o seria uma coisa tão bela, quando se pensa no
tempo que um espírito espera por uma oportunidade dessas!...
A Mãe em Cristo, TIA NEIVA.

O Evangelho de hoje trata de um trecho de João:

JOÃO, 4:4-26: E era-lhe necessário atravessar a província de Samaria. Chegou,


pois, a uma cidade samaritana chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a
seu filho José. Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se
Jesus junto à fonte, por volta da hora Sexta. Nisto veio uma mulher samaritana
tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Pois seus discípulos tinham ido à
cidade comprar alimentos. Então lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu
judeu, pedes de beber a mim que sou mulher samaritana (porque os judeus não
se dão com os samaritanos)? Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e
quem é o que te pede: Dá-me de beber, tu lhe pedirias e ele te daria água viva.
Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a tirar e o poço é fundo; onde,
pois, tens a água viva? És tu, porventura, maior do que o nosso pai Jacó, que nos
deu o poço, do qual ele mesmo bebeu e, bem assim, seus filhos e seu gado?
Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que
beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede, para sempre; pelo contrário,
a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna. Disse-lhe a
mulher: Senhor, dá-me desta água para que eu não mais tenha sede, nem precise
vir aqui buscá-la. Acudiu-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e vem cá. Ao que lhe
respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não
tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu
marido; isto disseste com verdade. Senhor, disse-lhe a mulher: Vejo que tu és
profeta. Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em
Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me
que a hora vem quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós
adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação
vem dos judeus. Mas vem a hora, e já chegou, quando os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque são estes que o Pai
procura para seus adoradores. Deus é espírito.

O importante desse diálogo é que, por ele, Jesus preparou aquele povo da
Samaria para o seu ministério.
Enquanto descrevemos um episódio acontecido há tanto tempo,
relembramos o simbolismo do Evangelho. Aquela mulher samaritana
representava a nossa alma sedenta e desejosa como todas as almas que se
encontram com a sua individualidade. Jesus representou, ali, a individualidade,
em um simbolismo iniciático.
O fato de Jesus falar dos maridos da samaritana representa os estágios
pelos quais passa o espírito, da inconsciência à consciência. Estágio puramente
animal, puramente intelectual, puramente emocional e os vários estágios de
progressão, até a integração com a nossa individualidade. A samaritana
representa o símbolo da força da alma em busca da individualidade.
Quando a alma entra em sintonia com a individualidade, significa que nós
encontramos o nosso destino e entramos tranqüilos na aceitação do nosso
carma, na aceitação da nossa missão. A partir daí, a água do Céu passa a jorrar
em nossa vida eternamente, e jamais teremos sede!
O segundo episódio com as samaritanas nos é trazido por Mãe Yara:
Jesus foi preso e amarrado pelos soldados. Foi embarcado em um
pequeno navio e desembarcou num pequeno cais. Lá, Ele disse: “Eu quero
água!” Um velho, que estava perto, apanhou uma caneca e foi dar água a Jesus.
Um soldado deu uma chicotada no velho, que caiu, derramando a água. Uma
samaritana, que estava assistindo à cena, se aproximou. Jesus disse para o
soldado: “Por que você fez isso com seu irmão?” Imediatamente o soldado teve
uma grande dor de barriga e se afastou. Então, as samaritanas serviram água a
Jesus. Os soldados se arrependeram, e se tornaram adeptos de Jesus, assim
como o velho que havia sido chicoteado.
Esse episódio caracteriza as samaritanas. Estamos vivendo dias
belíssimos! Procuremos penetrar nesta Corrente cada vez mais, com maior
afeição e carinho, porque ela é a nossa segurança, e cada coisa que existe aqui,
em seus pequenos detalhes, vem do Céu diretamente, cópia dos mundos, e está
funcionando perfeitamente nos outros planos.
Todas as falanges têm suas histórias. Por exemplo, as Yuricys fizeram
trabalho maravilhoso atendendo, no Templo de Apolo, aos soldados feridos;
acompanharam Pytia, no templo de Leônidas, etc. As Nityamas foram bailarinas
dos templos hindus, praticando danças iniciáticas, onde elas cantavam e
dançavam os mantras. Por isso é que elas ficam andando e cantando no Templo.
Salve Deus!

SALVE DEUS!

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