PROJETO EXECUTIVO
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
MEMORIAL DESCRITIVO
DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
DOC.: CBF-PVE-ELE-PE-501-DOC-GER-V00-R00
REVISÃO: 01 – 12/06/2020
ÍNDICE GERAL
1. OBJETIVO _______________________________________________________ 3
Este documento tem como objetivo apresentar o Projeto Típico de instalações elétricas, incluindo
sistema de Aterramento, Proteção Contra Descargas Atmosféricas, Entrada de Energia, Sistemas
de Distribuição de Iluminação e força, infraestrutura para os sistemas em geral, para o CENTRO
DE DESENVOLVIMENTO DE FUTEBOL da CBF em Porto Velho-RO, considerando sua
aplicação “modelo/piloto” para os demais Centros de Distribuição a serem construídos em mais 13
estados do país.
Finalizando o capítulo dos Objetivos acrescentamos que esse projeto foi baseado em desenhos
do projeto de arquitetura, estrutura, climatização e hidráulica, além das premissas definidas em
reuniões técnicas junto a equipe de gerenciamento.
Esse Projeto foi elaborado seguindo critérios de engenharia e prescrições das normas da ABNT,
particularmente a NBR-5410/2008. Os equipamentos e materiais utilizados deverão atender às
normas ABNT prevalecendo sempre a última revisão.
A entrada de energia será em Média Tensão, com transformador aéreo fixado em poste e
medição em Baixa Tensão instalada em abrigo à frente do poste. O Transformador rebaixará a
tensão da rede da concessionária (13,2kV) para 380V (3F+N) e terá capacidade de 150kVA,
conforme apresentado no diagrama unifilar geral.
Ao lado da Caixa de Medição será posicionado o Quadro Geral de Baixa Tensão (QGBT) que
alimentará os Quadros de Distribuição da Portaria e do Edifício Principal, pontos de força para
Sistemas de Bombas Hidráulicas, além de previsão para alimentação do Quadro de Iluminação do
Campo de Futebol.
Deverão ser executados bancos de dutos de polietileno de alta densidade (PEAD) enterrados e
envelopados em concreto para passagem rede de Baixa Tensão – Alimentadores e Iluminação de
Emergia e infraestrutura seca cabeamento de dados / voz, conforme apresentado nos desenhos e
especificações do projeto básico. As tampas das caixas deverão ser identificadas com o tipo de
rede instalada: Baixa Tensão Força, Baixa Tensão Iluminação Externa, Telecomunicação etc.,
através da gravação em baixo relevo ou outra a definir.
Nos projetos em cidades que utilizam normalmente a tensão 220V para tomadas / equipamentos
deverá ser desconsidero o transformador 380/220V, alimentando o QT diretamente pelo QLF.
Segue abaixo a lista de tensão usual para as 14 cidades que fazem parte desse projeto.
Tomadas
Cidade - Estado Concessionária
Tensão usual
Poto Velho - RO 127V Energisa
Aracajú - SE 127V Energisa
Boa Vista - RR 127V Roraima Energia
Campo Grande - MS 127V Energisa
Florianópolis - SC 220V Celesc
Goiânia - GO 220V Enel
João Pessoa - PB 220V Energisa
Macapá - AP 127V CEA
Maceió - AL 220V Equatorial Energia Alagoas
Palmas - TO 220V Energisa
Rio Branco - AC 127V Energisa
São Luís - MA 220V Equatorial Energia Maranhão
Teresina - PI 220V Equatorial Piauí
Vitória - ES 110V EDP - Escelsa
Todos os circuitos terminais e alimentadores gerais deste projeto deverão estar aderentes às
prescrições das normas NBR 6148, 6880, 6245 e 6812, e dimensionados pela de acordo com a
NBR 5410.
3.3.1. Nomenclatura
NOMENCLATURA
n = Número de c = Número de Cabos n = Número de Veias do
PARA OS m = Número de Fases b = Bitola b = Bitola
Condutores por Fase Multipolares Cabo Multipolar
CONDUTORES
É importante observar que para cabos múltiplos há casos em que os condutores de proteção não
pertencem à formação do cabo pelas limitações de padronização dos fabricantes. Estes
condutores devem ser instalados sempre em conjunto com os seus cabos múltiplos equivalentes,
com fixação através de braçadeiras plásticas.
Todos os condutores de Proteção (PE) deverão ter suas seções referidas à bitola dos condutores
fase e ter isolação preferencialmente na cor verde, ou conforme tabela abaixo.
Todos os condutores Neutro terão as mesmas características físicas e elétricas dos condutores
fase, exceto a bitola, porém com isolação na cor azul claro, ou conforme tabela abaixo.
QUALQUER COR
QUALQUER COR QUALQUER COR
OUTRA COR, INCLUSIVE EXCETO VERDA,
Fases (R/S/T) OUTRA COR OUTRA COR EXCETO VERDE ou EXCETO VERDE ou
AZUL-CLARO VERDE-AMARELO
VERDE-AMARELO VERDE-AMARELO
e AZUL-CLARO
QUALQUER COR
QUALQUER COR QUALQUER COR
EXCETO VERDE
Neutro (N) AZUL-CLARO AZUL-CLARO - EXCETO VERDE ou EXCETO VERDE ou
ou VERDE-
VERDE-AMARELO VERDE-AMARELO
AMARELO
Para subsidiar a etapa de precificação, em todos os quadros elétricos deverão ser consideradas
as recomendações descritas na “Especificação Técnica para Quadros de Distribuição”.
Os quadros elétricos sempre serão posicionados dentro de salas elétricas ou espaços adequados
para acesso e que permitam intervenções de manutenção sem interromper a circulação de
pessoas.
Possuirão interruptores diferenciais residuais (DRs) para proteção contra fuga à terra em todos os
circuitos de tomadas localizadas em áreas molhadas ou externas, conforme NBR-5410.
Os circuitos formados por cabos singelos terão seus condutores fases, neutro e de proteção,
quando instalados em infraestrutura aberta, em rede de bandejas (“eletrocalhas”) e perfilados
fixados no teto que ficarão aparentes em áreas com forro, e serão agrupados por meio de
braçadeiras plásticas ao longo do seu percurso.
Todos os condutores de proteção dos circuitos elétricos (todos) caminharão em conjunto com os
condutores fase de forma a minimizar a reatância e consequentemente a impedância do caminho de
falta, facilitando a atuação dos dispositivos de proteção.
Todas as tomadas da área de concessão deverão ser de 20A e possuir grau de proteção mínimo
IP44 (Fabricante Pial Ref. Aquatic), exceto onde indicação contrária.
Os circuitos de iluminação serão alimentados a partir do QLF de cada ambiente (portaria e ed.
principal).
O controle de iluminação se dará por interruptores simples e paralelo em algumas áreas com 2
acessos. Os pontos de alimentação de cada luminária serão através de uma saída lateral
adaptada ao perfilado, fixadas através de porca losangular, equipada com prensa-cabos com o
obturador dimensionado de acordo com a bitola do condutor de ligação. Cada derivação será
equipada com conector macho-fêmea 2P+T 250V 10A padrão brasileiro (ABNT NBR 14146),
através de rabicho em condutor múltiplo de 3x#1,5mm², conforme detalhe presentes na
documentação do projeto.
Fase Vermelha
Fase Preta
Neutro Azul claro
Terra Verde
Retorno Amarela
Tomadas:
220V - Vermelha
Todas as partes de uma instalação elétrica devem ser claramente identificadas com informações
gerais sobre suas características funcionais, capacidades e elétricas. Todas as identificações de
campo devem ter intercorrelação com as peças gráficas constantes do projeto de instalações,
permitindo que o sistema seja operado com segurança e baixo custo operacional.
Não deve haver na instalação nenhum circuito, ponto de força, tomada de corrente ou
equipamento sem sua respectiva identificação, que deve ser clara, legível e não permitir dúvida
aos operadores do sistema.
A identificação externa dos quadros elétricos será através de plaquetas de acrílico fundo preto e
letras brancas com o nome do painel, a tensão nominal e número de fases.
Para identificação dos circuitos elétricos serão utilizadas anilhas plásticas fixadas ao grupo de
condutores de cada circuito através de braçadeiras plásticas. Devem conter a nomenclatura do
circuito e sua correspondente tensão nominal.
A localização dos pontos de identificação dos circuitos elétricos será na sua origem na saída do
dispositivo de proteção, no destino junto ao ponto de entrega no equipamento alimentado ou da
tomada de corrente, e em todos os pontos de inspeção existentes (caixas de passagem,
aberturas, espaços de construção etc.). Para condutores instalados em infraestrutura aberta
(perfis metálicos, alisares, calhas, leitos, bandejas, etc.), a identificação será realizada a cada 3
metros.
Não deverá haver nenhum ponto visível do circuito sem a presença de um ponto de identificação.
Para identificação das tomadas, pontos de força ou equipamentos, deve-se utilizar etiquetas
plásticas, que não se deteriorem com o tempo. Devem conter a nomenclatura do circuito e sua
correspondente tensão nominal.
Para os elementos destinados a receber os circuitos elétricos (eletrodutos, leitos, calhas, etc.),
estes devem ser identificados a cada 2 metros aproximadamente, contendo o nível de tensão e o
tipo de sistema contido (elétrica, automação, dados, voz, CFTV, etc.). Quando estes componentes
Proteção de pessoas contra contatos indiretos através do contato com partes metálicas da
instalação energizadas acidentalmente (contatos indiretos, baixa impedância de caminhos
de falta)
Para garantir a continuidade elétrica ao longo dos condutos metálicos deverão ser instalados
cabos de cobre nu garantindo a continuidade elétrica entre as partes. Esses cabos deverão estar
interligados ao BEP.
O projeto prever cabo de cobre nu #50mm² com condutor de aterramento principal. A conexão de
deste condutor com o eletrodo deverá ser realizada conforme descrito a seguir:
a) o primeiro elemento, que realiza a derivação do eletrodo para fora do concreto, deve ser
constituído por barra de aço zincada, com diâmetro de no mínimo 10 mm, ou fita de aço
zincada de 25 mm x 4 mm e ligada ao eletrodo por solda elétrica. A barra ou fita deve ser
protegida contra corrosão
Todos os elementos metálicos não destinados à condução de corrente elétrica deverão ser
interligados ao BEP. Segue abaixo exemplos de elementos a serem equipotencializados:
c) os condutos metálicos das linhas de energia e de sinal que entram e/ou saem da edificação;
e) os condutores de proteção das linhas de energia e de sinal que entram e/ou saem da
edificação;
Foi prevista infraestrutura seca para entrada de operadoras de telecomunicações até a guarita e o
edifício principal, como pode ser observado na implantação. Deverá ser fornecida caixa de
passagem R2 para entrada dos cabos das operadoras.
Na guarita deverá ser instalada caixa de sobrepor padrão Telebrás em chapa de aço com placa
de madeira no fundo para fixação dos equipamentos, com fecho TIPO fenda – Fabricação Cemar
Legrand Ref. TLBS 9.005.07 ou equivalente técnico.
No edifício principal deverá ser instalado Rack 24Us - 600x600x1.226mm com portas laterais
únicas (removíveis e com fecho), estruturas ajustáveis em profundidade, entrada de cabos pelo
topo e base (tampas incluídas), longarinas verticais com furação de 1/2U e numeração de U´s,
para uso interno IP20, porta frontal (removível) com vidro temperado e sistema de fecho com
chave – Fabricação Legrand Ref. Linkeo 19” 4 661 04 ou equivalente técnico.
O conceito é que a operadora forneça os cabos até o “DG” e instale seus equipamentos dentro
dessa caixa. A construtora deverá fornecer um cabo telefônico de 20 pares CTP-APL-0,65
(0,65mm) e um Cabo Óptico Multimodo OM3 4FO interligando o DG ao Rack do edifício.
Para distribuição do DG ou do rack para os pontos de utilização deverão ser previstos cabo
U/UTP CAT6 23AWGx4P RoHS - Fabr. Furukawa Ref. GIGALAN (rede) e cabo CCI-50 2 pares
(telefonia).
Para distribuição do cabeamento de dados/voz foi previsto rede de eletrocalhas em paralelo com a
calha de elétrica no edifício principal e todas as derivações em eletroduto de aço galvanizado /
zincado. Para instalações aparentes ao tempo os eletrodutos deverão galvanizados a fogo.
O sistema elétrico contemplado neste memorial deverá ser avaliado quanto à qualidade de
instalação e quanto ao seu desempenho técnico e operacional, baseado nos testes abaixo
mencionados.
Os testes deverão ser executados pela própria instaladora, inseridos no cronograma de obra e
deverão ser acompanhados, sempre que possível, pelo Agente de Comissionamento (CxA). Em
caso de impossibilidade de acompanhamento pelo CxA, a construtora deverá apresentar para a
gerenciadora e CxA os registros fotográficos e relatórios com os resultados dos testes de
desempenho.
SISTEMA ELÉTRICO
Seguem as recomendações gerais que devem ser seguidas no que se refere às prescrições da
Norma Regulamentadora nº 10 (NR 10 das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho
aprovadas pela Portaria nº 3214), e devem ser observadas em todas as fases dos trabalhos de
engenharia, desde os primeiros Estudos Preliminares até a fase final de execução e
comissionamento das instalações.
Documentação do Projeto
Todos os dispositivos de manobra devem ser sinalizados pelas cores verde e vermelha,
letras “D” e “L”, para as posições “Desligado” e “Ligado”, respectivamente;
Os dispositivos de proteção aplicados devem ser automáticos, tais como deverão estar
indicados nos esquemas do projeto elétrico (disjuntores, DRs, fusíveis, etc.);
Todos os itens referentes à execução das obras de instalações elétricas, bem como da
operação posterior descritos nesta Norma Regulamentadora devem ser rigidamente
observados, não sendo admissível a não observação dos mesmos sob alegação de
omissão de sua determinação explícita nos projetos.
Entre dois pontos de enfiação de qualquer linha de condutos fechados (eletrodutos) não
poderá ser feita uma curvatura maior que aquela equivalente a três curvas de 90 graus;
Os eletrodutos, conduletes e acessórios poderão ser unidos por meio de luvas não
rosqueadas do tipo encaixada, com fixação através de parafusos perpendiculares;
Todas as conexões de eletrodutos a caixas, calhas, etc. devem ser realizados com uso
de bucha de acabamento e arruela de fixação;
Não deverão ser utilizados condutores de fio sólido (encordoamento classe 0) no lugar
de condutores flexíveis especificados;
Escadas para cabos (leitos) e bandejas, além de perfis, vergalhões e demais materiais
em aço a serem utilizados na distribuição de força deverão ser galvanizados
eletroliticamente e ter sua continuidade elétrica garantida por cabos. Quando instalados
em áreas externas ou agressivas deverão ser galvanizados a quente;
Para melhor resultado dos acabamentos e para evitar futuras situações incógnitas é
recomendado que todas as instalações existentes e sem utilização deverão ser
removidas;
Todos os circuitos deverão ser identificados nos respectivos quadros e nos pontos
terminais, através de anilhas ou outro dispositivo que não se deteriore ao longo do
tempo. Todos os pontos de acesso (caixas de passagem, espaços, etc.) dos circuitos
devem possuir a referida identificação. Deve constar a identificação do circuito e tensão
nominal do mesmo;
Todas as tomadas e pontos de força devem possuir de forma visível a identificação dos
respectivos circuitos, bem como da tensão elétrica dos mesmos;
Todas as partes vivas devem ser isoladas por meio de materiais isolantes ou através de
barreiras, de forma a evitar choques elétricos por contato direto;
Os dispositivos de manobra devem possuir indicação de posição por cor e letra, sendo a
cor verde, letra “D” para indicação desligado e cor vermelha, letra “L” para ligado;
As tomadas utilizadas nas instalações devem ser do tipo 2P+T, padrão brasileiro, ABNT
NBR 14146 independentemente dos modelos selecionados;
1 via impressa dos Diagramas Trifilares Executivos e Funcionais dos quadros fornecidos
(desenhos de fabricação) deverão estar depositados nos porta-documentos dos
respectivos quadros;