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Subsídios:
1. Visão espírita do casamento e do celibato:
O Espiritismo esclarece que o [...] casamento constitui um dos primeiros atos
de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade
fraterna e se observa entre todos os povos, se bem que em condições
diversas. Elucida igualmente que o [...] casamento ou a união permanente de
dois seres, como é óbvio, implica o regime de vivência pelo qual duas criaturas
se confiam uma à outra, no campo da assistência mútua. Essa união reflete as
Leis Divinas que permitem seja dado um esposo para uma esposa, um
companheiro para uma companheira, um coração para outro coração ou vice-
versa, na criação e desenvolvimento de valores para a vida.
O casamento deve ser, pois, [...] a união permanente de um homem e uma
mulher, atraídos por interesses afetivos e vínculos sexuais profundos. Essa
união não é uma invenção humana, mas, sim, o resultado da Lei Divina que
nos criou para o regime de interdependência. Imperioso, porém, que a ligação
se baseie na responsabilidade recíproca, de vez que na comunhão sexual um
ser humano se entrega a outro ser humano e, por isso mesmo, não deve haver
qualquer desconsideração entre si.
Dessa forma, o [...] casamento será sempre um instituto benemérito,
acolhendo, no limiar, em flores de alegria e esperança, aqueles que a vida
aguarda para o trabalho do seu próprio aperfeiçoamento e perpetuação. Com
ele, o progresso ganha novos horizontes e a lei do renascimento atinge os fins
para os quais se encaminha. Com a união conjugal, nasce automaticamente o
compromisso de um para com o outro, pois ambos viverão na dependência um
do outro. [...] O casamento não é, pois, somente um contrato de compromisso
jurídico, mas, muito mais, um contrato espiritual de consciência para
consciência, de coração para coração, onde surgem compromissos mútuos:
materiais, afetivos, morais, espirituais e cármicos, determinando
responsabilidades intransferíveis de apoio mútuo. A responsabilidade conjugal
não se resume simplesmente em adquirir um título de mulher e de marido, de
mãe e de pai, mas, muito mais, o desenvolvimento da compreensão precisa,
do desejo sincero e do esforço constante para cumprir da melhor maneira
possível os compromissos individuais, visando a um fim único, que é a
sustentação da união para a felicidade mútua dos cônjuges e,
conseqüentemente, a dos filhos. Essas são, pois, as razões de os Espíritos
Superiores afirmarem incisivamente que o casamento é [...] um progresso na
marcha da Humanidade.
Sabemos, no entanto, que existem muitas pessoas que preferem não se casar,
optando pela vida celibatária. A propósito, Emmanuel assim nos esclarece a
respeito: Abstinência, em matéria de sexo e celibato, na vida de relação
pressupõe experiências da criatura em duas faixas essenciais — a daqueles
Espíritos que escolhem semelhantes posições voluntariamente para
burilamento ou serviço, no curso de determinada reencarnação, e a daqueles
outros que se vêem forçados a adotá-las, por força de inibições diversas.
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Módulo XV: Lei de Reprodução.
normativa para regulamentar as relações humanas, uma vez que a [...] lei civil
tem por fim regular as relações sociais e os interesses das famílias, de acordo
com as exigências da civilização; por isso, é útil, necessária, mas variável.
Deve ser previdente, porque o homem civilizado não pode viver como
selvagem; nada, entretanto, nada absolutamente se opõe a que ela seja um
corolário da lei de Deus.
Em suma, temos consciência à luz do entendimento espírita, [...] que há
casamento de amor, de fraternidade, de provação, de dever [...]. O matrimônio
espiritual realiza-se, alma com alma, representando os demais simples
conciliações indispensáveis à solução de necessidades ou processos
retificadores, embora todos sejam sagrados.