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Cubismo
As damas d’Avignon, Pablo Picasso,
Surrealismo
O Grande Masturbador (1929), Salvador Dalí
Mário de Andrade
Poesia
Há uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917)
Pauliceia Desvairada (1922) p. 28/30/36
Losango Cáqui (1926) p. 63, 66, 78
Clã do Jabuti (1927) p. 114
Remate de Males (1930) p. 163, 181
Poesias (1941)
Póstumo:
Lira Paulistana (1946) p. 311
O Carro da Miséria (1946)
Poesias Completas (1955).
Manuel Bandeira
Carnaval, 1919
Os sapos
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.
Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".
Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- A grande arte é como
Lavor de joalheiro.
Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo".
Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas,
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".
II
III
IV
E encontrando-o Colombina,
Se lhe dá, lesta, socapa,
Em vez de beijo um tapa,
O pobre rosto ilumina-se-lhe!
Gesso
Sente-se bem que para eles ali na feira os balõezinhos de cor são a
única mercadoria útil e verdadeiramente indispensável.
O vendedor infatigável apregoa:
- "O melhor divertimento para as crianças!"
Libertinagem, 1930
Pneumotórax
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
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Poética
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um
vocábulo
Abaixo os puristas
Porquinho da índia
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num
barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
Poema de beco
A morte absoluta
Morrer.
Morrer de corpo e de alma.
Completamente.