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INTRODUÇÃO À GRAMÁTICA

(FUVEST 2011) Ao reproduzir um diálogo, o texto (usado para elaborar a


questão) incorpora marcas de oralidade, tanto de ordem léxica, caso da palavra
“garra”, quanto de ordem gramatical, como, por exemplo,
A) “lanço à queima-roupa”.
B) “Agora você me pegou”.
C) “deixa eu ver”.
D) “Bogotá é muito feiosa”.
E) “é algo que me toca”.

2. (FUVEST 2011)A linguagem de cunho popular que está presente


tanto na fala das personagens quanto no discurso do narrador do
romance de Manuel Antônio de Almeida, está mais bem
exemplificada em:
A) “quando tem pouco que fazer”; “cumpria sabê-lo aproveitar”.
B) “Foi a sua salvação”; “a que o marujo pertencia”.
C) “saber fazer render a nova posição”; “Chegaram com feliz
viagem ao seu destino”.
D) “puxar conversa”; “entendedor do riscado”.
E) “adoeceram dois marinheiros”; “sólida reputação”.

3. (UnB 2011/1) “O que torna a tortura atraente é o fato de ela


funcionar. O preso não quer falar, apanha e fala.”(Elio Gaspari. A
ditadura escancarada.)
No segundo período, não está estabelecida relação de causa e
efeito no nível sintático, mas se depreende tal relação no nível
semântico, na ordenação temporal das orações.

4. (UnB 2011/1) Há ambiguidade no trecho “a combinação da


ação mecânica do ar, da temperatura e da água”, visto que a
estrutura sintática permite duas interpretações: a combinação da
temperatura, da água e da ação mecânica do ar; a combinação
das ações mecânicas do ar, da temperatura e da água.

5. (UNEMAT 2011/1)
AS MARIPOSA
As mariposa quando chega o frio
Fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si isquentá
Elas roda, roda, roda, dispois se senta
Em cima do prato da lâmpida pra descansá
[...]
(BARBOSA, 2008).
Levando em conta o processo da variação linguística, assinale a
alternativa correta.
A) os “erros de concordância” nos permitem dizer que o
narrador faz uso de uma variedade errada da língua.
B) a troca das vogais “e” por “i” em casos como isquentá, si e
discansá ocorrem porque as pessoas falam sempre de forma
errada.
C) o texto explora uma variedade da língua diferente da padrão
ou culta.
D) o vocábulo vorta é um exemplo grosseiro de erro de
ortografia.
E) do ponto de vista da norma padrão ou culta, não há erro de
concordância no título do texto.

6. (UNAMA)
“(...) Meu último exemplo é baseado em um trecho de uma redação
de aluno que um professor de cursinho criticou em um jornal. O
aluno escreveu entre, outras coisas, a seguinte sequência: ‘...que
acabavam fazendo críticas destrutivas que não são construtivas,
quando levam a pessoas a reagir assim, de tal forma.’ Eu diria,
simulando estar numa sala de aula em que se discutem textos
produzidos por alunos, que o problema desse trecho, se é
que se pode falar de problema é que ele tem características
tipicamente orais. Nós falamos assim (...)” (Sírio Possenti. Por que
(não) ensinar gramática)

Nesse excerto, o linguista Sírio Possenti não só discorda de


um professor cursinho, como também evidencia a seguinte
questão de ensino da língua:
A) o conhecimento da natureza discursiva da comunicação
verbal impõe que o ensino da língua não se limite mais ao
universo da frase.
B) o ensino da língua, incluída a produção textual, requer do
professor conhecimento tanto da modalidade oral quanto
da escrita para que ele cumpra seu papel de mediador no
processo da aprendizagem.
C) a redundância, provocada pela repetição – uma das
características da fala, não deve ser considerada na
avaliação da produção escrita.
D) o ensino da gramática constitui indispensável
oportunidade para desenvolver no aluno a faculdade do
raciocínio que permite ao homem abstrair e generalizar.

7. (Unicamp 2009) Calvin é personagem de uma conhecida


tirinha americana traduzida para várias línguas. A primeira tira é
uma tradução portuguesa e a segunda, uma tradução brasileira. Dê
um exemplo de uma diferença sintática entre a tradução do
português europeu e a do português brasileiro. Descreva essa
diferença.

8. (UnB) Assinale a opção incorreta acerca dos conceitos de


gramática.
A) gramáticas normativas caracterizam-se por apresentar um
conjunto sistemático de normas que determinam o falar e o
escrever corretamente.
B) o conceito de gramática internalizada pressupõe o saber
linguístico que o falante de uma língua desenvolve.
C) gramáticas normativas e descritivas valem-se de critérios
estéticos ao estabelecer a estrutura de uma língua.
D) gramáticas descritivas estabelecem as estruturas e as regras
de uso de uma língua.

9. (UnB) Tendo em vista os conceitos de gramática e de erro


gramatical, assinale a opção incorreta.
A) de acordo com a gramática internalizada, a inadequação à
variedade padrão e a ocorrência assistemática de um fato
linguístico devem ser considerados erros gramaticais.
B) de acordo com a gramática normativa, todo emprego da
língua em desacordo com o estabelecido em suas regras é
considerado erro linguístico.
C) a gramática normativa homogeneíza a língua;
consequentemente,
usos linguísticos que não se inserem na variedade
padrão são considerados erros gramaticais.
D) de acordo com a gramática descritiva, todo uso da língua que
não tenha ocorrência sistemática em uma de suas
variedades é considerado erro.

10. (UFG) Texto de Ricardo Freire para a questão.


NO FAROL
- Bem-vindo ao Esmola’s Drive Thru.
- Como?
- Bem-vindo ao Esmola’s Drive Thru.
- Peraí, até ontem isso aqui era um farol.
- Era, mas agora é mais uma franquia do Esmola’s Drive Thru.
Com concessão da prefeitura e tudo. Taqui, ó. Parte da renda é
revertida para a Associação Municipal dos Bi-rodais.
- Bi...rodais?
- Pessoal que anda em cadeira de rodas. Politicamente correto,
sacumé. Agora, por favor, peça pelo número.
- Hã?
- Peça pelo número. Não tá vendo o menu ali no painel ao lado do
semáforo?
- Ah...
- Eu ajudo. Número 1, abordagem seca, rápida, objetiva e fim de
papo – 1 real. Mas esse não dá mais porque o senhor ficou aí
embaçando.
- Sei.
- Número 2, abordagem piedosa com criança no colo e uso das
palavras “tio” e “tia” – 50 centavos.
- Número 3, abordagem infantil com caixa de Mentex à mão –
trerreal para carro importado, dorreal para carro nacional do ano,
1 real para “outros”. Grátis, três Mentex.
. Sei
- Enquanto o senhor pensa, deixa eu começar a atender o
cliente aqui do lado... Bem-vindo ao Esmola’s Drive Thru. Sua
parada é muito importante para nós. Por favor, aguarde que
logo será atendido...pronto, voltei. E aí?
- Aceita tíquete?
- Vale esmola, Ticket-Farol, Visa e Mastercard. O senhor
também pode comprar um carnê com 20 números 1, ou então
tudo sortido. Decidiu?
- Abriu o sinal. Fica pra próxima.
Observando os recursos linguísticos usados no texto “No
sinal”, responda:
Por que o emprego de expressões do tipo “Cuma” e
“parte da renda é revertida para a Associação Municipal do
Birodais”
caracteriza o texto como heterogêneo quanto aos
níveis de linguagem?

11. (UFG) Leia o texto:


Prinspiava a seca, naquele final de março, com uns trovões
assim como que disparados ali pelas três horas da tarde
reboando nas bocainas. [...] Nos currais, os bezerros berravam
vez por outra e algumas vacas mugiam a-mó-que
engasgadas. [...] Ao sair da lua havia tão-só algumas raras
nuvens arredondadas na barra do nascente, trocando entre si
aquelas lambadas de coriscos, sem estrondo nenhum de
ribombo de trovoada. Era uma guerra de silêncio. – É a seca,
esse menino – dizia pra ninguém e para todos o Zecavaqueiro,
caçando seu jeito de sentar ali na calçada da frente
da fazenda, naquela sonoite inda com os relâmpagos
retremendo o céu rabiscado do vôo cambaleante dos
morceguinhos, ao tempo que em derredor se postavam os
demais trabalhadores. Hoje, ali tinha mais gente, como era de
conforme se reunir quando o patrão aportava. A animação, amó-
que ensurdecia o gemer do gado por perto, sem descontar
os bezerros.
(TELES, Gilberto Mendonça (Org.). Os melhores contos de
Bernardo Élis)
Temática e gênero discursivo são fatores relacionados ao uso
de recursos da linguagem oral no conto João Boi, de Bernardo
Élis. Considere essa afirmativa para responder:
Na estruturação de a-mó-que, que características da oralidade
pretende-se representar? Justifique.

12. (UFG)
Em uma entrevista, Ferreira Gullar, ao ser perguntado: “Você
começou estudando gramática. É preciso isso para escrever
bem?”, responde: “Não (com ironia). E nem é preciso saber
português. É ler os jornais e ver a TV para perceber. Outro dia
ouvi ‘as quinhentas milhões de pessoas’. Eles não sabem que
‘quinhentos’ é palavra masculina. Confundem ‘este’ com
‘esse’. ‘Esse programa que estão vendo...’. Para eles é tudo a
mesma coisa. Ignoram que as palavras têm sentido preciso e,
para escrever bem, é preciso saber o significado, as relações
entre elas, quais se combinam, como convivem. Para isso é
preciso ter lido algo”.
(LÍNGUA PORTUGUESA, São Paulo: Segmento, ano 1, n. 5, 2006.)
Considerando-se o trecho transcrito da entrevista de Ferreira
Gullar, explique a regra que os falantes utilizam quando dizem
“as quinhentas milhões de pessoas”.
13. (PUC-GO -2010/2)
LELÉU – Quando eu era pequeno[...] Eu nasci num lugar
chamado São José da Coroa Grande. Um dia, a gente ouviu
dizer que o Zepelim ia passar por lá. Foi um alvoroço! Todo
mundo queria, antes de ver, saber mais do que outro como era
o Zepelim. [...] Devia ser no verão. Tinha lá uma porção de
povo e a noite estava tão bonita. Eu tinha uns oito anos.
Quando vi, foi aquela beleza atravessando o céu. Me esqueci
de tudo e saí andando atrás daquela claridade. [...]
(LINS, Osman. Lisbela e o Prisioneiro. São Paulo: Planeta, 2003. p.
57.)
Segundo as teorias linguísticas, “Gramática é o estudo de uma
língua como sistema de meios de expressão” (SAUSSURE, F. de
Curso de linguística geral. A Gramática e suas subdivisões). Mais
stritamente, é o estudo das palavras, sua organização na frase e
suas complicações de significação no enunciado. Acrescenta-se,
aí, o estudo de traços fônicos e de questões de escrita abarcando
a gramática do texto. De acordo com essa teoria e com o texto
acima, marque a única alternativa correta:
A) esse texto não apresenta elementos de gramaticidade, pois
os enunciados são despretensiosos e o objetivo do autor é
comunicar.
B) observando-se as dimensões da análise linguística na
gramática da palavra, da frase e do texto, pela definição de
gramática acima, é pertinente dizer que a gramática está
presente como suporte de construção textual, suficiente e
bom, para o processo interacional.
C) contextualmente, as palavras, suas formas e conteúdos não
resistem a um sistema de classificação (substantivos,
adjetivos, verbos etc.), porque são representações abstratas
desarticulando a proposta enunciativa.
D) os enunciados, caracterizados pelo uso de uma variedade
linguística oposta ao uso da norma culta, desqualificam o
texto literário. Dessa forma, sem gramática, o texto se torna
inadequado à expressão da cultura brasileira.

14. (UEPA – 2007)


Esta é uma mensagem que se lê, com frequência, em vidros de
pára-brisa de automóveis. Assinale a alternativa correta.
A) ela não se constitui como texto, pois nada significa: há
números ao lado de expressões da língua portuguesa sem
qualquer relação.
B) trata-se de um texto verbal coerente, que se manifesta
através de números e palavras, os quais, na escrita,
provocam estranheza, mas, lidos, cumprem sua função
comunicativa.
C) constitui-se como um texto não-verbal, escrito, com signos
lexicais e numéricos, mas sem qualquer aceitação, devido à
ambiguidade de sentido.
D) não se constitui como texto, pois o jogo arbitrário de números
e palavras a transforma num código sem acesso
interpretativo.
E) trata-se de um texto verbal, escrito, com sentido, porém
agramatical, pois não usa veiculadores de ligação para
estabelecer coesão e coerência.
15. (UnB 2010)
FRAGMENTO DE A PALO SECO, DE BELCHIOR
Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava.
De olhos abertos, lhe direi:
— Amigo, eu me desesperava.
A supressão do pronome “você”, nos dois primeiros versos, não
acarretaria prejuízo sintático nem semântico no texto.
16. (UEPA-2007)
Fala n laminha...
ontem eu tava em offf geral...
sem poder nem comer... PASSEI O DIA E SOH COMI UMA
MAÇA
E UMA BANAA... FUI PRO PP
e passei mal de fome... tu acredita... ai a gente foi comer
arrumadinho
(q programão ir pro PP n beber)...
Fosse ontem??
bjux!!!
O “Scrap” acima, retirado do ORKUT, revela um(a)
A) registro equivocado da norma culta, que empobrece o uso
da língua escrita.
B) forma de comunicação grafolinguística que aproxima os
interlocutores e apresenta características próprias da
dinamicidade da língua.
C) uso inaceitável de registro que apresenta uma forma
ininteligível, pois privilegia uma escrita silábica.
D) indução ao erro, tendo em vista o efeito causado à
elaboração da sintaxe.
E) ameaça ao uso da língua escrita em virtude do excesso
das marcas de oralidade e da presença de registro formal.

17. (UFG) Leia o texto abaixo:


Uma mensagem comum em fotologs...
“Oiieee... td bemmm galera!?! espero q sim... essa fotin eh um
pokito antigs, mas como eu xonei nelaaa to postandu... pra qm
naum conhece, esse eh meu cafofo, moh lindu, fla seriu!!
Ahuahuaha. Essa semana foi xuper cansativa, altas provas e
talz... nd + a declarar... huhu... Lunch entre amigonasss, tarde
sussa... =) dps preciso de ajuda nakele post special das p.i.’s*
dessa semana gnt!! Hauhauha... Aguardem!! grd bjooo...”
* p.i.’s: piadas internas
FOLHA DE S. PAULO, São Paulo, 24 abr. 2005, p. C6.
Pode-se dizer a respeito da constituição textual em “Uma
mensagem comum em fotologs” que se trata de
A) um vocabulário restrito aos jovens, cuja composição
remete a um único campo semântico, como em “galera”,
“amigonasss” e “gnt”.
B) sequências de orações sem valor referencial, como se
pode observar em expressões do tipo “xonei nelaaa to
postandu...”.
C) um tipo discursivo cuja estruturação recruta elementos de
textos mais formais, como se vê na afirmação “nd + a
declarar”.
D) formas linguísticas que atestam a velocidade das
mudanças sofridas pela língua escrita padrão, como no
caso do diminutivo “fotin”.
E) um padrão de organização segundo normas da língua
falada e recursos da escrita, como a segmentação das
palavras em “moh lindu, fla seriu!!”.

Texto para a questão 18.


Era meia-noite. O sol brilhava. Pássaros cantavam
pulando de galho em galho. O homem cego, sentado à mesa
de roupão, esperava que lhes servissem o desjejum. Enquanto
esperava, passava a mão na faca sobre a mesa como se a
acariciasse tendo idéias, enquanto olhava fixamente a esposa
sentada à sua frente. Esta, que lia o jornal, absorta em seus
pensamentos, de repente começou a chorar, pois o telegrama
trazia a notícia de que o irmão se enforcara num pé de alface.
[...]
18. (UNIFAP) A leitura do texto permite afirmar que:
A) o uso incorreto da pontuação acarreta o não
entendimento do texto.
B) texto, apesar de gramatical, é incoerente.
C) a agramaticalidade do texto implica na sua aceitabilidade.
D) o texto, apesar de inteligível, é agramatical.
E) o texto não apresenta aspectos morfossintáticos
fundamentais para a compreensão.

19. (UNIFAP)
Eu me fiz por si mesmo.
(Ex-dep. Severino Cavalcante)
Na construção do texto, o autor cometeu uma transgressão à
variedade padrão da língua, referente ao/à:
A) morfologia B) sintaxe C) ortografia
D) fonética E) léxico

A questão 20 refere-se às propagandas abaixo.


I – Aproveite o Dia mundial da AIDS e faça um cheque ao
portador. Bradesco, Ag. 093-0,C/C076095-1. (Agência Norton)
II – Bi Bi – General Motors: duas vezes bicampeã do carro
do ano. (Agência Colucci e Associados)
20. (ITA) Nos anúncios, os publicitários utilizam recursos
gramaticais diferentes para possibilitar, ao menos duas leituras.
Observando os textos e os sentidos pretendidos pelos
elaboradores, pode-se dizer que:
A) os dois textos recorrem a aspectos sintáticos da língua.
B) os dois textos usam recursos morfológicos para a construção
dos sentidos.
C) o texto I recorre a domínios fonéticos e semânticos.
D) o texto II faz uso de recurso da fonética e da morfologia.
E) os textos mantêm-se no plano semântico, sem fazer uso de
outros recursos linguísticos.

Leia o texto abaixo para responder à questão 21.


21. A interação verbal presente na tira, associada ao que se
sabe sobre língua, linguagem e o padrão ditado pela
gramática normativa, permite a afirmação de que
A) há, na tira, uma língua verbal nova, advinda das técnicas
de abreviação no internetês.
B) no primeiro quadrinho, quando o senhor diz “nosso
maravilhoso idioma”, tem-se uma referência à gramática
natural dos falantes da língua.
C) na fala do garoto, vê-se que o internetês propõe, a fim de
agilizar a digitação, soluções linguísticas que atingem
também o nível sintático de nossa língua.
D) o vocativo “tiu”, além de denotar familiaridade, denota
respeito pelo senhor com o qual o garoto conversa.
E) existe uma falha conceitual na formulação do humor da
tira, uma vez que, nas falas do garoto, se nota que o
internetês ocorre no nível gráfico da língua. E como se
trata de uma conversa no plano da oralidade, o senhor
não perceberia a afronta à variedade padrão da língua.

.
23.(Enem) Leia com atenção o texto:
[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar
numa loja de roupa desconhecendo certas sutilezas na língua.
Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos – peça pra
ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é
camisola – mas não se assuste, porque calcinhas femininas
são cuecas. (Não é uma delícia?)
(Ruy Castro, Viaje Bem, ano VIII)
O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de
Portugal quanto:
A) ao léxico. B) à gênero. C) à fonologia.
D) à morfologia. E) à sintaxe
24. Observe os enunciados:
I. Você trabalhou muito bem!
II. Você trabalhou muito, bem!
A vírgula colocada em II tem o seguinte valor, ao ser comparada
com:
A) apenas fonológico. D) apenas morfológico
B) apenas sintático E) apenas lexical
C) semântico e sintático.

GABARITO
1. C 2. D 3. E 4. C 5. C 6.B,
7. Em classe
8. c 9.a
10. Porque é construído ora com recurso de linguagem não
padrão, informal (cuma), ora com recursos de linguagem padrão,
normativa, formal (“parte da renda revertida para a Associação
Municipal dos Bi-Rodais”). “Cuma” é uma expressão característica
da linguagem coloquial, enquanto “parte da renda revertida para a
Associação Municipal dos Bi-Rodais” é característica da
linguagem culta.
11. Observa-se a supressão, a redução, o apagamento de sílabas
e a não-segmentação de palavras, típico da língua falada. Esse
uso está correlacionado a características sociais (baixa
escolaridade), pois, no texto, homem e linguagem se fundem para
compor o universo rural, em que predomina a naturalidade, a
espontaneidade da linguagem oral. O dinamismo e a rapidez da
língua falada são revelados na redução da expressão “de modo
que”.
12. Os falantes fazem a concordância de gênero entre a palavra
quinhentas e o termo pessoas e não com milhões.
13. B 14.B 15.E 16.B 17.E 18.B 19.B 20. D
21. E 22. D 23. A 24. C

FONOLOGIA
1. Nos trechos de textos a seguir, o emprego de certos fonemas
cria efeitos sonoros que realçam a expressividade. Identifique o
efeito que o autor buscou obter em cada caso e aponte o(s)
fonema(s) que mais contribui(em) para criá-lo.
A) “Bomba atômica que aterra!/ Pomba atônita da paz! / Pomba
tonta, bomba atômica.”
B) vamos ver que é que sabe/ soltar fogos de S. João?/
Foguetes, bobas, chuvinhas,/ chios, chuveiros, chiando/
chiando, chovendo/ chuvas de fogo!/ Chá - bum!
2. (Ufc) A lista a seguir apresenta pares de palavras nos quais as
alterações gráficas indicam as alterações sonoras das respectivas
variantes dialetais.
acredita ë credita
assim ë ansim
haverá ë havéra
pântanos ë pantanos
rastro ë rasto
alemão ë alamão
brava ë braba
metade ë ametade
precisão ë percisão
sedutor ë sudutor
Transcreva os pares de palavras no espaço em que se
descrevem as alterações sonoras ocorridas entre a forma culta e
a variante dialetal. Todos os pares deverão ser transcritos,
portanto, em alguns itens, haverá mais de um par.
1. Acréscimo de fonema:
2. Supressão de fonema:
3. Deslocamento de fonema:
4. Deslocamento de acento tônico:
5. Transformação de fonema oral em nasal:
6. Transformação de fonema vocálico oral em outro fonema
vocálico oral:
7. Transformação de fonema consonantal em outro fonema
consonantal:
3. Em qual opção as letras x e s, presentes nas duas palavras,
apresentam a mesma relação entre grafia e som que possuem,
respectivamente, em exemplo e universo, vocábulos do
texto?
A) exercício - crises; D) examinar - presente;
B) existência - considerados. E) sexuais - brasileiro;
C) luxo - sapo;
4. (UEPB 2011/1)
Na charge acima:
( ) A palavra “bicha”, muito comum no uso da linguagem
coloquial, foi usada no sentido de nomear um objeto
estranho para a personagem.
( ) Há referência à leitura imprecisa do “código de barras”,
provocando um efeito de humor.
( ) A expressão “HMMM...” é um recurso de linguagem
utilizado para repetir um mesmo som consonantal.
( ) Apresenta-se uma interação verbal conflituosa em
consequência da ausência de envolvimento com as
múltiplas práticas de leituras.
Analise as proposições e coloque V para as verdadeiras
e F para as falsas.
Marque a alternativa correta.
A) F V V V B) V V F V C) V F V V D) F V F V E) V V V
F
5. (UFG) Leia abaixo as seguintes “definições”, publicadas no
Jornal do Sint-UFG.
Cálice – ordem para ficar calado.
Esfera – animal feroz amansado.
Exótico – algo que deixou de ser ótico, passou a ser olfativo
ou auditivo.
Karma – expressão mineira para evitar o pânico.
Sabe-se que o humor deriva, muitas vezes, da
quebra de expectativa do interlocutor com relação a quaisquer
elementos e/ou níveis de linguagem.
Tendo em vista as observações anteriores, é possível
afirmar que:
A) ( ) com a definição “ordem para ficar calado”, a palavra
cálice expressa o sentido de um verbo pronominal,
utilizado na forma imperativa.
B) ( ) as definições das palavras esfera e exótico indicam, nesse
contexto, a idéia de um estado anterior.
C) ( ) na língua portuguesa, letras diferentes podem representar
o mesmo som, como c e s em cálice e cale-se ou s e x em
esfera e ex-fera.
D) ( ) a definição de karma demonstra estigmatização quanto ao
falar do povo mineiro, generalizando a troca do l pelo r.
6. Explique o que se procura sugerir com a divisão silábica das
palavras em cada item a seguir.
A)
B)
7. (FUVEST) Compare o provérbio “Por fora bela viola, por dentro
pão bolorento” com a seguinte mensagem publicitária de um
empreendimento imobiliário:
Por fora as mais belas árvores. Por dentro a melhor planta
Os recursos sonoros utilizados no provérbio mantêm-se na
mensagem publicitária? Justifique sua resposta.
8. (Mackenzie-SP adaptada) Considere as seguintes afirmações
sobre as formas Gooool! Gooool! Para responder à questão
abaixo.
I. A repetição de uma letra sugere o modo como a palavra é
pronunciada.
II. O alongamento da vogal constitui uma tentativa de
representar a entoação descendente do grito.
III. A repetição das palavras e da pontuação busca representar
a intensificação do grito.
Assinale se:
A) todas estiverem corretas.
B) apenas I e III estiverem corretas.
C) apenas II e III estiverem corretas.
D) apenas I e II estiverem corretas.
E) nenhuma estiver correta.
9‘. (Uepa-SP)
“... Conto a vocês uma conversa que tive com um índio muito
inteligente – o cacique Juruna. Ele me perguntou um dia quem
inventou o “papé”. Eu quis explicar como é que se fabrica papel
com madeira esmagada. Juruna reclamou que queria saber é do
‘papé’ verdadeiro. Esse que levado na mão de um homem o torna
dono de terras que nunca viu e onde um povo viveu há séculos”
(Darcy Ribeiro)
Comparando a pronúncia predominante da palavra papel com a
do cacique Juruna, {papéw] e [papé] respectivamente, observa-se
que a variante fonológica caracteriza-se pela:
A) substituição de um fonema consonantal por um fonema
vocálico.
B) supressão de uma vogal final.
C) supressão de uma consoante final.
D) redução de um ditongo aberto a uma vogal aberta.
E) redução de um ditongo aberto a uma vogal fechada
Leia o texto abaixo para responder à questão 10.
O CASO
“Recebi do Klube de Ortografia Fonétika uma cartinha
muito interessante, com a Proposta de Ortografia Fonêmika,
cuja regra básica é kada letra só tem um son, e vise-versa.
Para análise de meus leitores, transcrevo a seguir um
trecho da Krônica: vantajens da ortografia fonétika:
A gente agora não konfunde o ‘G’(ge) kon o ‘J’ (jê).
[...]
A agora maior respeito entre as letras, não invadindo
umas o terreno das outras, numa verdadeira polítika de boa
vizinhansa. Isto, sem ezajero, fasilita bastante a aprendizajen.
Modernamente pasou-se a eskrever tal komo se fala
e vise-versa. A konsekuência natural disto; os índises de
analfabetistmo tem kaído verticalmente. As kriansas estão
aprendendo kon muito mais fasilidade e dá gosto ver komo
elas eskrevem bem komo gente grande.
Gostaria de saber a opinião de meus leitores a
respeito desta proposta, pois tenho algumas dúvidas:
1º ) Será que o brasileiro escreve mal por culpa das atuais
regras de ortografia?
2º ) Será que a ortografia fonética realmente facilitaria o ensino
da Língua Portuguesa?
3º ) Será que o alto índice de analfabetismo é consequência
das regras gramaticais da Língua Portuguesa?
4º ) Se a regra é ‘escrever como se fala’ como ficariam as
vogais?
5º ) Um desafio especial para os defensores da ortografia
fonética. O certo seria:
pepino; b) pepinu; c) pipino; d) pipinu; e) pépinu.
Aguardo respostas”.
DUARTE, Sérgio Nogueira. Língua viva III – Uma análise simples e
bemhumorada
da linguagem do brasileiro.
10. Assinale a única alternativa ERRADA acerca das idéias
explícitas e implícitas do texto acima.
A) apontar as regras gramaticais da língua portuguesa como
a causa do alto índice de analfabetismo no país não é
pertinente, pois no Brasil se devem a fatores
socioeconômicos.
B) Sérgio Nogueira Duarte faz uma crítica ao sistema
ortográfico baseado na fonética e propõe um desafio aos
defensores da ortografia fonétika: a grafia da palavra
“pepino”.
C) ao ler o texto, percebe-se que os idealizadores do sistema
da Ortografia Fonétika não levam em consideração as
variantes de pronúncia das vogais (abertas, fechadas ou
nasais). O que propõem é “escrever como se fala” apenas
os fonemas consonantais.
D) Aao apresentar cinco possibilidades de se escrever a
palavra “pepino”, dadas as diferenças de pronúncia que
ela pode ter, Sérgio Nogueira mostra que diferenças
socioculturais e geográficas interferem na língua falada.
E) nota-se que Sérgio Nogueira aprova o alfabeto fonético e
concorda com ele.
11. (UEG)
A leitura da tira permite perceber:
A) a complexidade do processo de alfabetização, em que mais
de uma letra pode representar um único som.
B) a inconsistência da explicação da professora.
C) os limites do método utilizado pela professora.
D) o grau limitado da inteligência dos dois alunos.
E) a importância da dúvida e do questionamento na
aprendizagem.
GABARITO
1. a) O barulho da explosão de uma bomba. Criam esse efeito
sonoro a aliteração /p/b/t/ e a assonância (alternância entre o som
fechado/nasal /õ/ e os abertos /i/, /é/ e /a/.
b) Barulhos de fogos de artifício. Criam o efeito o fonema /x/ e
alternância dos fonemas vocálicos /õ/,/u/, /i/, /e/, /ã/, /ě/, /ŭ /
2. . 1: metade - ametade; 2: acredita - credita; rastro - rasto; 3:
precisão - percisão; 4.: haverá - havéra; pântanos - pantanos; 5.:
assim - ansim; 6.: alemão - alamão; sedutor - sudutor; 7.: brava -
braba.
3. b 4. b 5. C C C C
6. a) Sugere que o aprendizado se fará vagarosamente, por
etapas, aos poucos, e que se destina, portanto, a quem vai
começar a aprender a bordar.
b) Reproduz a maneira carinhosa, afetiva, que às vezes os
adultos usam para falar com crianças pequenas.
7. Não. No provérbio, ocorre a repetição do fonema consonantal /
ℓ / e dos fonemas vocálicos / o / e / e /, aproximação rímica, além
da simetria rítmica das duas partes. Esses recursos sonoros não
aparecem no texto publicitário.
8. b 9. d 10. e 11. a
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
1. (UFGD 2011)O uso da acentuação é um recurso linguístico
normalizado por regras. Se usado inadequadamente, um acento
pode mudar o sentido de uma palavra e alterar a compreensão de
uma informação no texto. A presença do acento na palavra
ANHANGABAÚ demonstra que é uma palavra:
A) oxítona terminada em u.
B) própria de origem indígena.
C) oxítona terminada em hiato u. tônico.
D) paroxítona terminada em ditongo.
E) oxítona terminada em ditongo aú. tônico.
Leia para a questão 2
SÓ OS CAGADOS TÊM NOÇÃO EXATA DE COMO
É IMPORTANTE ACENTUAR AS PALAVRAS
CORRETAMENTE.
2. A acentuação é o recurso da escrita que permite reconhecer o
tom humorístico da frase. Explique.
3. Qual dentre as palavras abaixo deve ser necessariamente
acentuada:
A) ai B) pais C) doida D) sauva E) saia
Leia a charge para as questões 4 e 5.
4. (IFRN) Sobre a grafia das palavras Etiópia e miopia, é correto
afirmar que texto.
A) a palavra miopia deveria ser acentuada porque é derivada de
míope.
B) a palavra Etiópia é acentuada porque tem um hiato.
C) a palavra Etiópia é acentuada porque é paroxítona
terminada em ditongo.
D) a palavra miopia não é acentuada porque é paroxítona
terminada em ditongo.
5. (IFRN) Assinale a opção que melhor expressa a idéia
contida no texto.
A) os etíopes que morrem de fome não enxergam a Europa.
B) os europeus estão engajados na luta contra a miopia dos
famintos da Etiópia.
C) a fome na Etiópia e a miopia na Europa são os dois
problemas do mundo.
D) a Europa está cega para o problema da fome na Etiópia.
6. Das palavras abaixo, uma admite duas formas de justificar o
acento gráfico:
A) combustível B) está C) três
D) países E) veículo
7. (Enem) Diante da visão de um prédio com uma placa
indicando SAPATARIA PAPALIA, um jovem deparou com a
dúvida:
Como pronunciar a palavra PAPALIA?
Levado o problema à sala de aula, a discussão girou em torno
da utilidade de conhecer as regras de acentuação e,
especialmente, do auxílio que elas podem dar à correta
pronúncia de palavras. Após discutirem pronúncia, regras de
acentuação e escrita, três alunos apresentaram as seguintes
conclusões a respeito da palavra PAPALIA
I. Se a sílaba tônica for o segundo PA, a escrita deveria ser
PAPÁLIA, pois a palavra seria paroxítona terminada em
ditongo crescente.
II. Se a sílaba tônica for LI, a escrita deveria ser PAPALÍA,
pois “i” e “a” estariam formando hiato.
III. Se a sílaba tônica for LI, a escrita deveria ser PAPALIA,
pois não haveria razão para o uso de acento gráfico.
Das três conclusões apresentadas, somente:
A) I está correta. D) I e II estão corretas
B) II está correta. E) I e III estão corretas
C) III está correta.
8. O Acordo Ortográfico – Decreto nº 6583/2008 – aboliu o
acento que distinguia a forma verbal “pára” (presente do
indicativo e imperativo afirmativo) da preposição “para”. Em
razão disso, qual das construções abaixo poderá a partir da
utilização do Acordo Ortográfico gerar ambiguidade pela
ausência do acento diferencial?
A) esse jovem não para de falar.
B) ao vir para Curitiba, deixei para trás bons e velhos
amigos.
C) para não te perderes, para o carro no posto e pede ao
frentista para ajudar-te.
D) manchete de jornal: “Mais um congestionamento para
Curitiba”.
E) para agradar-nos, ela não para de elogiar-nos.
9. O Acordo Ortográfico (Decreto 6583/2008) fez desaparecer o
acento gráfico nos ditongos de timbre EI e OI da sílaba tônica de
palavras paroxítonas. Para efeito deste exercício foram retirados,
propositadamente, os acentos de todas as palavras. Em uma das
alternativas, no entanto, o acento deve permanecer em pelo
menos um dos vocábulos. Assinale essa alternativa.
A) panaceia e Coreia. D) europeia e hebreia
B) apoio e espermatozoide. E) heroico e herois.
C) joia e jiboia.
10. Assinale o item em que todas as palavras são acentuadas
pela mesma regra de: também, incrível e caráter.
A) alguém, inverossímil, tórax
B) hífen, ninguém, possível
C) têm, anéis, éter
D) há, impossível, crítico
E) pólen, magnólias, nós
11. Assinale a alternativa correta
A) não se deve colocar acento circunflexo em palavra como avo,
bisavo, porque há palavras homógrafas com pronúncia
aberta.
B) não se deve colocar trema em palavras como tranquilo,
linguiça, sequência
C) deve-se colocar acento em palavras derivadas como
avozinho, vovozinho
D) o emprego do trema é facultativo.
E) emprega-se hífen apenas em palavras estrangeiras.
12. Assinale a opção em que as palavras, quanto à acentuação
gráfica, estejam agrupadas pelo mesmo motivo gramatical.
A) problemáticos, fácil, álcool
B) já, até, só
C) também, último, análises
D) porém, detêm, experiência
E) país, atribuíram, cocaína
13. "À luz de seu magnífico ______ -de-sol ______ parece uma
cidade ______ .
A) por, Itaguaí, tranquila
B) por, Itaguai, tranqila
C) por, Itaguaí, tranquila
D) pôr, Itaguaí, tranqüila
E) pôr, Itaguai, tranquila
14. Marque item em que necessariamente o vocábulo deve
receber acento gráfico:
A) historia
B) ciume
C) amem
D) numero
E) ate
15. São acentuadas graficamente pela mesma razão as palavras
da opção:
A) há - até - atrás
B) história - ágeis - você
C) está - até - você
D) ordinário - apólogo - insuportável
E) mágoa - ícone – número
16. Das alternativas abaixo, aquela em que as demais não se
acentuam com base na mesma regra da palavra entre aspas é:
A) "holandês" - anunciá-lo / paletós
B) "desejável" - açúcar / hífen
C) "público" - súbito / álcool
D) "matéria" - glória / papéis
E) "daí" - viúva / sanduíche
GABARITO
1.c
2. CÁGADO é uma proparoxítona e, por isso, acentuada.
Esquecer o acento gera outra palavra da língua, de sentido
desagradável. E evidentemente nenhum cágado quer ser
chamado de cagado, por isso o acento é fundamental.
3. d 4. c 5. d 6. e 7. e 8. d 9. e 10. a 11. e
12. e 13.d 14.b 15. c 16. d

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