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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO AMBIENTAL

DANIELLE SABRINE SILVA

A SOCIEDADE CIVIL E AS QUESTÕES AMBIENTAIS

Minas Gerais
2016
DANIELLE SABRINE SILVA

A SOCIEDADE CIVIL E AS QUESTÕES AMBIENTAIS

Artigo apresentado ao curso de Pós-


Graduação Lato Sensu em Direito
Ambiental da Universidade Cândido
Mendes, como parte dos requisitos para
a obtenção do título de especialista.
Orientador: Ms. Mauro Passetti

Minas Gerais
2016
A SOCIEDADE CIVIL E AS QUESTÕES AMBIENTAIS

DANIELLE SABRINE SILVA

Aprovado em ____/____/_____.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________
Orientador: Ms. Mauro Passetti

CONCEITO FINAL: _____________________


AGRADECIMENTOS

À Deus.
RESUMO

Nesse presente trabalho foi salientada a grande relação e dependência entre os


seres humanos e o meio ambiente, as consequências geradas a partir da ação
antrópica tanto para a natureza quanto para a própria saúde humana. Destaca-se
também que a degradação ambiental advém de longas datas. Contudo, há pouco a
preocupação e o interesse em recuperar a natureza vem ganhando espaço na
sociedade visto que para que possa ter um meio ecologicamente equilibrado e
garantir o futuro das próximas gerações é necessário que se desenvolva
sustentavelmente, além de que a economia é basicamente dependente dos recursos
oferecidos pela natureza. É ressaltado também os tipos de crimes ambientais,
envolvendo a fauna e flora.

Palavras-chave: degradação, meio ambiente, problemas de saúde, crimes


ambientais e direito ambientais.
ABSTRACT

In this present work has emphasized the great relationship and dependence between
humans and the environment, the consequences generated from human action both
for nature and for their own health. Also noteworthy is that environmental degradation
comes from long dates. However , there is little concern and interest in recovering
the nature has been gaining ground in seen society that so you can have an
ecologically balanced environment and ensure the future of the next generations is
necessary to develop sustainably , and that the economy is basically dependent the
resources provided by nature . It also highlighted the types of environmental crimes
involving flora and fauna.

Keywords:degradation, environment, health issues, environmental crimes and


environmental law.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................07
DESENVOLVIMENTO.................................................................................................08
1. A RELAÇÃO ENTRE O MEIO AMBIENTE E OS PROBLEMAS
SOCIAIS. .......................................................................................................................
.............08
1.1.DIREITO AGRÁRIO..............................................................................................09
2. AINTERLIGAÇAO ENTRE A ECONOMIA,MEIO AMBIENTE E O DIREITO
AMBIENTAL................................................................................................................10
2.1DEFINIÇÃO DE MEIO AMBIENTE...........................................................11
2.2 PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL.................................................11
2.3. A INFLUÊNCIA SOCIAL EM QUESTÕES AMBIENTAIS.......................13
3.LEI 6.938/81, SOBRE A POLÍTICANACIONAL DO MEIO AMBIENTE (PNMA) E
CRIMES AMBIENTAIS...............................................................................................15
3.1. CRIMES AMBIENTAIS: CONCEITO......................................................15
3.2 TIPOS DE CRIMES MBIENTAIS............................................................16
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................17
REFERÊNCIAS...........................................................................................................18
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INTRODUÇÃO

As questões ambientais estão presentes em nosso país desde a sua


colonização, onde os portugueses usavam nossas terras para vários fins, como por
exemplo, a extração do pau-brasil e minérios. Dessa forma é considerado que o
Direito agrário já existe desde a descoberta e colonização do Brasil.
Esse sistema de uso e exploração se perdurou por vários anos até o
Brasil promulgar a Constituição Federal em 1988.
A partir de então o país criou novas leis e após sua independência,
no ano de 1950 surgiu a primeira lei de terras nº 601.
Com todos os novos acontecimentos no Brasil, na década de 30
surge então uma crise mundial que afetou a economia agroexportadora, contribuindo
para a industrialização brasileira.
A chamada Revolução Industrial gerou grandes e importantes
benefícios, ao desenvolvimento econômico brasileiro, porém, por outro lado, trouxe
também a erradicação da pobreza, induzido pelo êxodo rural, onde as famílias
abandonavam suas terras no campo em busca de melhorias salarias e condições de
uma vida melhor nos grandes centros.
Entretanto, o crescimento acelerado e desordenado das cidades,
não garantiu as grandes melhorias de vida que o trabalhador rural buscava, apenas
agravou os problemas já existentes nas periferias, visto que não tinha capacidade
suficiente para abranger e proporcionar o bem-estar da população que estava em
busca de conforto e uma vida melhor, digna.
Contudo, se tratando dos problemas ambientais que
consequentemente estão relacionados aos problemas de saúde, pois afetam
simultâneas escalas e dimensões, o que se observa é um movimento atual pelas
soluções e formalizações dos problemas ambientais. Logo, pode se considerar que
um problema ambiental corresponde a uma multiplicidade de problemas, visto que
os ambientais são constituídos de variedades históricas, geográficas culturais e
sociais, que envolvem conflitos econômicos, políticos, sociais, e cultuais.
Neste sentido, o Direito Ambiental é de fundamental importância
considerando que o meio ambiente abrange várias áreas passiveis de soluções
através de ordenamentos jurídicos nacionais.
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DESENVOLVIMENTO:
1. A relação entre o meio ambiente e os problemas sociais.

O meio ambiente é correlacionado as questões sociais existentes,


desde a antiguidade.
O ambiente pode ser subdividido em cinco prismas diferenciados,
nos quais são:
- o ambiente natural: que pode ser definido como aquele que
abrange os recursos naturais, tais como, a atmosfera, as águas, o solo, os
elementos da biosfera, a fauna, a flora, etc;
- o ambiente artificial: é aquele construído pela ação do homem,
transformando espaços naturais em áreas urbanas;
- o meio ambiente cultural: que está relacionado aos bens material e
imaterial, conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, arqueológico,
paleontológicos, ecológico e cientifico;
- o meio ambiente do trabalho: no qual protege o homem em seu
local de trabalho de acordo as normas de segurança;
- o patrimônio genético: que deve ser preservado para garantir a
biodiversidade das espécies.
De acordo disposto no artigo 3º, inciso I, da Lei nº 6938/81, o meio
ambiente é:
“o conjunto de condições, leis, influências, e interações de ordem física,
química, e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas.”

Logo, podemos observar que existe uma forte e indissociável ligação


entre o meio ambiente e o ser humano, justificando assim os problemas e as
consequências geradas.
Em relação aos direitos fundamentais, o meio ambiente é o mais
importante, pois é através do meio ecologicamente equilibrado que se é possível
exercer os direitos sociais, civis, políticos e econômicos. Contudo, para que se
possa alcançar um meio ecologicamente equilibrado é necessário que haja
harmonia entre o meio ambiente e o homem, e para isso é de fundamental
importância que se desenvolva atividades sustentáveis visto que o meio ambiente
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não é capaz de se regenerar em curto espaço de tempo, pois muitos dos seus
recursos não são renováveis e os renováveis demoram anos para se recompor.

1.1Direito Agrário
A partir da citação acima, podemos destacar a função do Direito
Agrário no qual abrange o conjunto de normas e princípios jurídicos que organiza
ações da atividade rural, buscando alcançar o progresso social e econômico do
trabalhador do campo e o enriquecimento da coletividade a partir da promoção
social da terra. Pode-se dizer que o direito agrário é um ramo do direito que regula a
relação do indivíduo com a terra. Entre as características do Direito Ambiental
podemos destacar a função social da propriedade rural, a preservação da
biodiversidade a realização da justiça social, entre outros.
No artigo 186º da Constituição Federal, são especificados os
requisitos para o adequado cumprimentoda função social da sociedade, ressaltando
que o seu descumprimento pode resultar em desapropriação de terra. Tais requisitos
são: I aproveitamento racional e adequado; II utilização adequada dos recursos
naturais disponíveis do meio ambiente; III observância das disposições que regulam
as relações de trabalho; IV exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e
dos trabalhadores.
É importante salientar também os princípios do Direito Agrário, cujos
quais são:
- Monopólio legislativo da União – a União é a única competente
para legislar em matéria de direito agrário;
- Proteção à propriedade familiar e a pequena e média propriedade –
a lei deve buscar a manutenção da propriedade que sirva ao sustento de um núcleo
familiar, e as pequenas e médias propriedades – sempre produtivas– devem ter o
estímulo do poder público;
- Fortalecimento da empresa rural – deve ser estimulada a unidade
que se dedica a culturas agrícolas, criação de gado ou culturas florestais, com a
finalidade de obtenção de renda.
- Conservação e preservação dos recursos naturais e do meio
ambiente. – a produção rural colocar em risco os recursos naturais disponíveis;
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Mais uma vez podemos observar a grande dependência do homem


em relação a natureza e os recursos disponíveis para nossa sobrevivência.

2. A interligação entre a Economia, Meio Ambiente e o Direito Ambiental.

É evidente que a economia está diretamente ligada e dependente


dos recursos naturais, pois somos submissos a eles para que possamos suprir
nossas necessidades diárias, logo, tudo que está relacionado a natureza nos afeta
direta ou indiretamente. A partir daí surge a necessidade de preservar e recuperar
áreas degradadas para que o futuro das próximas gerações esteja garantido.
Fábio Nusdeo esclarece:

“A economia parte da denominação e transformação da natureza e é por


isto que depende da disponibilidade dos recursos naturais. Esta
denominação/transformação está direcionada à obtenção de valor, que se
materializa em forma de dinheiro, riqueza criada. Como equilibrar riqueza
coletiva existente e esgotável com riqueza individual e criável é a grande
questão para conciliação entre economia e ecologia. Não há verdadeiro
progresso com deterioração da qualidade de vida, e será ilusório qualquer
desenvolvimento à custa da degradação ecológica.” (NUSDEO, 1975,
P.94).

É inviável considerar uma vida com dignidade e com qualidade em


um ambiente totalmente degradado, sem qualquer condição de sustentabilidade,
assim como é inimaginável a busca por desenvolvimento econômico à custa do
sacrifício dos recursos naturais e de direitos previstos como fundamentais a toda a
sociedade.
Portanto, afirma-se que a finalidade do Direito Econômico e do
Direito Ambiental é a mesma, ou seja, a busca pela qualidade de vida conquistada
através dos parâmetros de existência com dignidade.
A partir de normas contidas nos artigos 170 e 225 da Constituição
Federal, a Lei Maior integra a ordem econômica e a ambiental, atribuindo a estas as
mesmas preocupações. Com base nos artigos, tais normas buscam a conciliação
das atividades econômicas e da grande exigência da proteção ambiental como
garantia para que se continuem os processos produtivos.
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2.1Definição de Meio Ambiente.

A Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 (BRASIL, 1981), que dispõe


sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação
e aplicação, em seu artigo 3º, item I, define meio ambiente como: “O conjunto de
condições, leis e influências e interações de ordem física, química e biológica, que
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
Em um contexto geral, o ambiente é o meio de onde a sociedade
extrai os recursos essenciais à sobrevivência e os recursos demandados pelo seu
processo de desenvolvimento socioeconômico.

2.2Princípios do Direito Ambiental.

O Direito Constitucional não trata apenas do “Meio Ambiente”, mas


sim pela busca de um Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado. Como se pode
observar segundo a Constituição Federal de 1998:

Art.225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,


bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Ao longo do artigo 225 da Constituição Federal, é listado vários


princípios específicos que formula instrumentos de proteção ao meio ambiente,
fundamentados no Direito Ambiental. Segue enumerados alguns de maior destaque:
a) Princípio do Direito Humano Fundamental ao Meio Ambiente
Sadio: Este é um dos mais importantes princípios, se não o mais importante, no qual
busca a garantia de uma vida saudável em conformidade com o meio ambiente.
Pretende assegurar a continua utilização dos recursos naturais sem comprometer o
futuro das gerações seguintes.
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Nesta finalidade, o Princípio do Direito Humano fundamental ao meio


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ambiente sadio, deve ser considerado como dever do Estado a necessidade em
trabalhar ações que visão medidas de preservação e proteção.
b) Princípio da Interdisciplinaridade: o Direito Ambiental exige o
conhecimento de outras áreas, outros temas que envolvem a aplicabilidade de
dispositivos pertinentes a natureza ambiental, sendo necessário o apoio de outras
disciplinas para o auxílio e execução das normas ambientais.
c) Princípio da Prevenção: o princípio da prevenção se aplica em
situações em que há riscos de causar impactos ambientais. No princípio da
prevenção pode tomar medidas para preservar o meio ambiente independente de
comprovações de riscos.
d) Princípio do Desenvolvimento Sustentável: é considerado um
dos mais importantes, pois ele intervenciona todos os outros em relação ao avanço
econômico, tecnológico e social além de garantir a preservação dos recursos
naturais. Em maior relevância, o desenvolvimento sustentável busca pela
simultaneidade entre as relações econômicas e a conservação do meio ambiente,
atendendo as necessidades presentes sem comprometer o futuro das próximas
gerações.
e) Princípio da Precaução: este princípio é o que se empenha para
assegurar a manutenção da qualidade de vida e disposição dos recursos naturais.
O princípio da precaução tem o objetivo de agir de forma cautelosa,
ou seja, instrui a não tomar nenhuma medida sem que antes tenha a absoluta
certeza de que não irá causar nenhum dano ambiental.
f) Princípio do Poluidor- Pagador: este princípio não dá o direito
subjetivo de pagar para poluir, mas sim um direito de “ressarcimento” devido à
coletividade pelos danos ambientais causados por determinadas ações.
Como o meio ambiente é um bem de todos, ele deve ser utilizado de
forma equitativa. De acordo expresso pela Lei 9.433/1997, a efetivação do Princípio
do Poluidor-pagador não tem por pressuposto permitir que haja a poluição sob o
argumento de que houve o devido pagamento para tanto.
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2.3A influência social em questões ambientais

O envolvimento social com questões ambientais está cada vez mais


frequente, visto que há a necessidade e preocupação em manter um meio ambiente
ecologicamente equilibrado.
O compromisso em melhorar as condições de uso do meio
ambiente, adquiriu maior ênfase a partir do momento em que as degradações
estavam cada vez mais visíveis e perceptíveis, a destruição do meio ambiente
desenfreada, e consequentemente a população submetida a complicações de saúde
provenientes de problemas causados através da destruição e poluição da natureza,
tais como problemas respiratórios e infecciosos. Por conseguinte, observou-se que o
meio ambiente apresentava condições alarmantes em relação ao seu uso e sua
capacidade. Desde então, houve um interesse na busca por soluções dos problemas
gerados.
Miller Junior (2008, p.9) afirma:

[...] a quantidade de água e terra biologicamente produtivas


necessárias para fornecer a cada pessoa os recursos que ela usa e
para absorver os resíduos gerados desses recursos. Trata-se de
uma estimativa do impacto ambiental médio dos indivíduos em
diferentes países e áreas.
[...] As pegadas ecológicas da humanidade ultrapassam a
capacidade ecológica da Terra de repor seus recursos renováveis e
de absorver os resíduos em cerca de 21%.

Todas a atividades exercidas sobre o meio ambiente, seja ela de


preservação ou degradação irá gerar um retorno na proporção em que foi efetuado
determinada ação, no qual toda a sociedade sofrerá as consequências.
Muitas destas consequências são negativas, considerando os
grandes danos causados ao meio ambiente atualmente, como por exemplo, o
rompimento da barragem na cidade de Mariana, Minas Gerais. Este grave acidente,
causado por irresponsabilidades de empresas, causou grandes impactos ambientes
em destaque a destruição de ecossistemas terrestres e aquáticos, atravessando
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estados pelos rios até atingir seu destino final, o mar. Extinguiu a cidade de Mariana,
deixando apenas vestígios de destruição e causando danos ambientais irreversíveis,
além de danos culturais, paisagísticos, psicológicos e propensão ao
desenvolvimento de doenças causadas pela “lama tóxica” que invadiu toda a cidade.
A partir de problemas como este é inquestionável a importância da
Legislação ambiental, principalmente a que trata de crimes ambientais que envolvem
a fauna e a flora.
Com o propósito de harmonizar os interesses econômicos com a
proteção ambiental, coube aos Órgãos Públicos á criação de meios de fiscalização
que presem pela proteção dos bens ambientais, da exploração predatória, e também
alcançar o objetivo maior do governo, que é o desenvolvimento econômico.
Através da publicação da Lei de Crimes Ambientais em 1998, Lei
9605, a legislação ambiental adquiriu mais um instrumento de preservação
ambiental a partir da responsabilização e aplicações de sanções penais ou
administrativas, aos responsáveis pelo, agora considerados crimes ambientais.
Em relação á competência administrativa, pertinente a matéria
ambiental o artigo 23 da Constituição Federal determina que é competência comum
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: proteger os
documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; proteger o
meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas ; preservar as
florestas, a fauna e a flora; registrar, acompanhar as concessões de direito de
pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios.
Referente a competência legislativa ambiental, esta tem a finalidade
de fornecer aos órgãos capacidade para a elaboração de leis. Segundo o artigo 24 e
30 da Constituição Federal, dos Estados e do Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre: florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza,
defesa do solo e recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da
poluição; proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
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3.Lei 6.938/81, sobre a Política Nacional do Meio ambiente (PNMA) e Crimes


Ambientais.

A lei de Política Nacional do Meio ambiente, “[...] tem por objetivo a


preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia a vida,
visando assegurar, no país, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos
interesses da segurança nacional e a proteção da dignidade da vida humana [...].”
(Brasil,1981).
É importante destacar alguns instrumentos enumerados pela referida
Lei em seu 9º artigo:
I- O estabelecimento de padrões de qualidade ambiental.
II- O zoneamento ambiental.
III- A avaliação de impactos ambientais.
IV- O licenciamento e a revisão de atividades potencialmente
poluidoras.
V- Os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a
criação ou absorção de tecnologia voltada para a melhoria da qualidade ambiental.

3.1. Crimes Ambientais: conceito.

É interpretado como crime segundo o artigo 1º do Decreto Lei nº


3.914 de 1941, a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou detenção, seja
isoladamente, cumulativa ou alternativamente, sujeito a pena de multa, e,
contravenção, a infração penal que a lei determina, isoladamente, penas de prisões
simples ou multas, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.
Em 1998, foi promulgada a Lei nº 9.605, que trata de Crimes
Ambientais, na qual trata de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Logo,
no artigo 2º da referida Lei, esclarece que:
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes
previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua
culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, os membros de
conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o proposto ou mandatário
de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar
de impedir a sua prática, quando pode agir para evitá-la.
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São considerados como crimes ambientais aqueles que causam


algum dano ao meio ambiente, ultrapassando os limites estabelecidos ou ignorando
as normas ambientais estabelecidas por lei.

3.2 Tipos de Crimes Ambientais.

A lei de crimes ambientais nº 9.605 de 13 de fevereiro de 1998,


estabeleceu seis tipos de crimes diferentes cujos quais são: contra a fauna, a flora,
contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural, crimes de poluição, contra a
administração ambiental e as infrações administrativas.
Todos eles são de grande importância, contudo, podemos citar
alguns que se destacam em nossos estudos cujos quais são:
Crimes contra a fauna são aqueles em que há maus tratos contra
animais silvestres, nativos ou que esteja em rota migratória, pescar, caçar, adquirir,
apanhar, vender, exportar, impedir a procriação, manter em cativeiros, espécimes,
ovos, ou larvas sem a autorização ambiental com o objetivo de praticar o comércio
ilegal.
Os crimes contra a flora é o que envolve o desmatamento,
resultando na interrupção do prosseguimento da vegetação nativa, interferindo
diretamente no habitat e no ecossistema existente no local. É característica também
do crime contra a flora, a destruição de florestas de preservação ambiental; causar
danos diretos ou indiretos a unidades de conservação; provocar incêndios; extração,
corte, aquisição, venda de madeira, para fins comerciais, como por exemplo, a
lenha, o carvão e outras atividades de origem vegetal sem que haja a autorização do
órgão competente. Tais ações podem causar mudanças climáticas, terrestres (solo),
e hídricas.
Há também os Crimes de Poluição do ar, sonora, hídrica e do solo.
É crime a poluição que esteja acima dos “limites permitidos” e que possa provocar
danos à saúde, prejuízos significativos da flora e a mortandade de animais. A
poluição hídrica pode ser provocada pelo lançamento de esgotos domésticos e
industriais, produtos agrotóxicos, outros efluentes industriais, etc.
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E por fim, as Infrações Administrativas que é toda a ação que viole


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regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção, e recuperação do meio ambiente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A respeito à conclusão deste trabalho, podemos dizer que nos


permite observar a importância que há em preservar o meio ambiente visto que a
humanidade é relativamente dependente dos recursos provenientes da natureza.
Logo, é imprescindível que haja conscientização em sua utilização para que se
possa garantir o futuro das presentes e futuras gerações.
Para que os direitos sociais e ambientais sejam preservados, é de
extrema necessidade a aplicabilidade de normas e leis pertinentes, tais como, a Lei
de Crimes Ambientais e o Código Florestal Brasileiro.
Entretanto, é indispensável que a economia cresça de forma
sustentável, pois no ritmo em que estamos á natureza será incapaz de repor os
recursos necessários em curto prazo de tempo. E para isso, é necessária a
colaboração tanto do governo, quanto da população e dos empreendedores, pois o
dever de preservaré de todos, para que assim possamos garantir um meio
ecologicamente equilibrado e a sadia qualidade de vida.
Logo, pode se concluir que não há impunidade em relação aos
crimes ambientais. Toda a ação que possa atingir o meio ambiente de forma a
prejudicar a natureza e a qualidade de vida se enquadrará na respectiva lei de
crimes ambientais, e o autor da atividade seja ele pessoa física ou jurídica, deverá
responder judicialmente.
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REFERÊNCIAS

Avaliação do impacto ambiental e licenciamento- Livro Unopar.


Direito Ambiental.
http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/sistema-nacional-do-meio-
ambiente/comiss%C3%A3o-tripartite-nacional/direito-ambiental
Desenvolvimento Econômico x Meio
Ambiente.http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/57009/desenvolvimento
-economico-x-meio-ambiente
Elaboração e análise de projetos de conservação e proteção ambiental- Livro
Unopar.
Lei de Crimes Ambientais- Lei 9605/98 /| Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.
http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/104091/lei-de-crimes-ambientais-lei-
9605-98
Responsabilidade do Poder Público por danos decorrentes de chuvas, enchentes,
alagamentos e outros.

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