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Autor:
Equipe Exatas Estratégia
Concursos
Aula 07
13 de Fevereiro de 2021
Sumário
Gabarito .......................................................................................................................................... 84
1
Estatística p/ Polícia Federal (Agente) Pós-Edital
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1. VARIÁVEIS ALEATÓRIAS
1.1 Introdução
• 1º lançamento: X = 2.
• 2º lançamento: X = 1.
• 3º lançamento: X = 5.
Com isso, notamos duas coisas muito importantes. Primeiramente, X assume valores diferentes a
cada lançamento. Ou seja, X varia, logo é uma variável. Além disso, essa variação acontece de
forma aleatória. Isto significa que não é possível determinar com 100% de certeza, o resultado do
próximo lançamento.
Logo, podemos dizer que a variável em consideração é aleatória, pois assume diferentes valores
e cada resultado possível pode ser associado a uma dada probabilidade.
Além disso, meus amigos, a variável aleatória “lançamento de um dado” é discreta!
Muito bem, caro aluno! Vimos uma classificação das variáveis. Que tal relembrar a parte que nos
interessa?
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Discretas
À cada um de seus valores se associa uma
probabilidade.
VARIÁVEIS ALEATÓRIAS
Contínuas
Não é possível associar uma probabilidade à
cada um de seus valores.
Número de
Frequências
aprovações
0 22
1 5
2 2
3 1
Σ = 30
3
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22
𝑝= = 0,73
30
5
𝑝= = 0,17
30
2
𝑝= = 0,07
30
1
𝑝= = 0,03
30
Número de
Probabilidades
aprovações
0 0,73
1 0,17
2 0,07
3 0,03
Σ = 1,00
Essa tabela é denominada distribuição de probabilidade, que corresponde a uma lista de todos
os resultados possíveis de um experimento e também das probabilidades associadas a cada um
dos resultados. Obviamente, a soma de todas as probabilidades será sempre igual a 1 (= 100%).
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𝒇(𝒙) = 𝑷(𝑿 = 𝒙𝒊 )
Assim, fica claro que a função P(X = xi) determina a distribuição de probabilidade da variável
aleatória X.
Por exemplo, no lançamento de um dado honesto, a variável aleatória X, definida por “faces do
dado”, pode assumir os valores 1, 2, 3, ..., 6. Considerando que a cada um destes valores está
associada apenas uma probabilidade de realização e que Σ P(xi) = 1, então definimos uma função
de probabilidade, da qual resulta a seguinte distribuição de probabilidade:
( 𝒑𝒊 = 𝟏, 𝟎
𝒊#𝟏
A função de distribuição acumulada está definida para todos os números reais. Ou seja, podemos
calcular o valor de F(1,5) ou de F(-1), por exemplo.
O valor de F(1,5) corresponde à probabilidade acumulada até 𝑥! = 1,5, que, no nosso caso, é igual
à probabilidade acumulada até 𝑥! = 1. Assim, F(1,5) = F(1) = 1/6. Analogamente, o valor de F(-1)
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corresponde à probabilidade acumulada até 𝑥! = −1. Como não há valor algum de probabilidade,
temos F(-1) = 0.
Essa função é muito útil para calcular a mediana, assim como os quartis, de uma distribuição de
probabilidade. A mediana é o valor de x para o qual a função acumulada é F(x) = 50%.
Existem características numéricas que são muito importantes em uma distribuição de probabilida-
des de uma variável aleatória discreta. Na verdade, estamos falando dos parâmetros das distribui-
ções, que são:
• Esperança;
• Variância;
• Desvio Padrão;
• Covariância.
Dedicaremos um tópico específico a cada um dos itens acima, começando pela Esperança.
Considere mais uma vez o evento de lançamento de um dado honesto. Bem, após efetuarmos o
lançamento, sabemos exatamente os valores que saíram e podemos calcular a média com tran-
quilidade.
No entanto, por vezes queremos calcular uma “média” antes de lançarmos o dado. Mas, a verdade
é que antes de jogarmos o dado não sabemos quais os resultados sairão. Na realidade, trata-se
de uma missão impossível!
Porém, a estatística nos fornece uma ferramenta que nos ajuda nessa tarefa. Estamos falando da
Esperança ou Valor Esperado, que corresponde ao valor médio que esperaríamos encontrar se
as tentativas para realizar o evento pudessem continuar indefinidamente. Ela nos dá um indicativo
de centro, em torno do qual os possíveis valores da variável aleatória giram.
𝑬(𝑿) = 𝝁(𝑿) = ( 𝒙𝒊 × 𝒑𝒊
𝒊#𝟏
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Assim, de acordo com a fórmula acima, a média de uma variável aleatória discreta é igual à espe-
rança.
( 𝒑𝒊 = 𝟏, 𝟎 ( 𝒙𝒊 × 𝒑𝒊 = 𝟑, 𝟓
𝒊#𝟏 𝒊#𝟏
Portanto, para um número muito grande de lançamentos, é razoável esperar que a média se apro-
xime de 3,5. Em outras palavras, dizemos que 3,5 é a esperança dos resultados do lançamento
de um dado honesto.
(ESAF/MPU/2004) O preço de determinada ação fica constante, aumenta ou diminui R$ 1,00 por
dia com probabilidades 0,3, 0,3 e 0,4 respectivamente. Assinale a opção que dá o valor esperado
do preço da ação amanhã se seu preço hoje é R$ 8,00.
a) R$ 7,90
b) R$ 8,00
c) R$ 7,00
d) R$ 9,00
e) R$ 8,50
Comentários:
Se o preço da ação hoje é de R$ 8,00, então:
Há 30% de chance de o preço ficar constante (permanecer em 8,00).
Há 30% de chance de o preço aumentar R$ 1,00 (indo para 9,00).
Há 40% de chance de o preço cair R$ 1,00 (indo para 7,00).
Desse modo, a distribuição de probabilidades fica:
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De acordo com estes dados, o número médio de clientes na oficina (L), e o número médio de
clientes esperando para serem atendidos para a troca de óleo (Lq) é dado por:
a) L = 2,5 e Lq = 1,26.
b) L = 3 e Lq = 1,32.
c) L = 2 e Lq = 1,52.
d) L = 2 e Lq = 1,12.
e) L = 3 e Lq = 1,16.
Comentários:
Primeiramente, vamos calcular a quantidade de clientes que vão à oficina para trocarem óleo, pois
essa informação é dada pela questão.
Nesse sentido, percebemos que L se refere à quantidade de clientes que foram à oficina para
trocar óleo. Então, vamos montar uma tabela relacionando todos os seus valores e respectivas
probabilidades:
L P LxP
0 1/25 0
1 2/25 2/25
2 4/25 8/25
3 9/25 27/25
4 7/25 28/25
5 2/25 10/25
Total 75/25
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75
𝑬(𝑳) = =𝟑
25
Além disso, precisamos determinar a esperança de Lq, variável que indica a quantidade de clien-
tes esperando para serem atendidos na troca de óleo.
Quando L = 0, 1, 2, não há clientes esperando na fila, pois há duas vagas para troca de óleo. Na
verdade, só teremos clientes esperando na fila quando houver mais de dois clientes para troca de
óleo. Exemplificando, se L = 3, então Lq = 3 − 2 = 1.
Sendo assim, podemos montar a tabela seguinte:
L Lq P LxP
0 0 1/25 0
1 0 2/25 0
2 0 4/25 0
3 1 9/25 9/25
4 2 7/25 14/25
5 3 2/25 6/25
Total 29/25
Sejam A e B duas variáveis aleatórias, com os seus respectivos valores esperados E(A) e E(B).
Nesse caso, a Esperança possui as seguintes propriedades, que valem tanto para distribuições
discretas, quanto para distribuições contínuas:
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𝑬(𝒌 × 𝑨) = 𝒌 × 𝑬(𝑨)
𝑬(𝒌) = 𝒌
Por exemplo, Seja A uma variável aleatória de média 2. Seja B uma variável aleatória de média 5.
Sabendo que A e B são independentes, calcule a média da variável C em que: C = A + 3AB.
Este exemplo trata de aplicações das propriedades da esperança, em que precisamos calcular o
valor esperado da variável C. Ou seja:
Note que estamos diante de uma esperança de uma soma. Logo, separamos em uma soma de
esperanças.
Em seguida, temos uma constante multiplicando as variáveis aleatórias A e B. Mas, esta constante
pode sair da esperança:
Agora, ficamos com uma esperança de um produto. Visto que as variáveis são independentes,
podemos separar em um produto de esperanças:
𝐸(𝐶) = 2 + 3 × 2 × 5 = 𝟑𝟐
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Assim, a nossa tarefa consiste em calcular os desvios em relação à média. Ou seja, subtraímos cada
valor da média. Depois elevamos ao quadrado. E, por fim, dividimos pelo número de observações.
Dessa maneira, meus amigos, a variância nada mais é que a média dos quadrados dos desvios.
Em outras palavras, a variância é a esperança do quadrado do desvio:
𝜎 % = 𝐸 [𝑋 % − 2𝜇𝑋 + 𝜇% ]
𝒏 𝒏 𝟐
𝝈𝟐 = 𝑬(𝑿𝟐 ) − 𝑬(𝑿)𝟐 = O 𝒙𝒊 𝟐 × 𝒑𝒊 − PO 𝒙𝒊 × 𝒑𝒊 Q
𝒊'𝟏 𝒊'𝟏
Por sua vez, o desvio-padrão da variável aleatória é dado pela raiz quadrada da variância. Ele
também fornece um indicativo da dispersão dos dados em torno da média, com a vantagem de
ter a mesma unidade dos dados originais.
As propriedades da variância a seguir são válidas tanto para variáveis discretas quanto contínuas:
𝑽(𝑿 + 𝒌) = 𝑽(𝑿)
𝑽(𝑿 × 𝒌) = 𝒌𝟐 × 𝑽(𝑿)
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𝑿 𝑽(𝑿)
𝑽 R𝒌S = 𝒌𝟐
2. DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE
A distribuição uniforme discreta é o tipo mais simples de variável aleatória, em que todos os
valores têm a mesma probabilidade de ocorrer. Logo, se existem n valores possíveis, cada um
terá probabilidade igual a 1/n.
𝟏
𝑷(𝑿 = 𝒙𝒊 ) = 𝒑(𝒙𝒊 ) = 𝒑 =
𝒏
Por exemplo, no caso do lançamento do dado de seis faces. A variável que designa o resultado
do lançamento é discreta (podem ocorrer apenas os valores 1, 2, 3, 4, 5 e 6). Além disso, se o
dado for honesto, todos os resultados são equiprováveis. Assim, dizemos que a variável em ques-
tão é discreta e uniforme.
Quanto ao valor da Esperança de uma variável aleatória discreta uniforme, ele é dado simples-
mente pela média aritmética de todos os valores que possíveis:
𝒏
𝟏
𝑬(𝑿) = × O 𝒙𝒊
𝒏
𝒊'𝟏
1+2+3+4+5+6
𝝁= = 𝟑, 𝟓
6
(Cesgranrio/TJ-RO/2008) Uma urna contém dez bolas, cada uma gravada com um número dife-
rente, de 1 a 10. Uma bola é retirada da urna aleatoriamente e X é o número marcado nesta bola.
X é uma variável aleatória cujo(a)
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Note que na alternativa C é dito que a média seria 5, o que claramente está errado, de modo que
confirmamos que realmente a opção correta é a letra D.
Gabarito: Letra D.
Resultado Probabilidade
Fracasso q=1–p
Sucesso p
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Para exemplificar, tomemos o lançamento de uma moeda uma única vez. Caso a aposta seja na
cara, a probabilidade de sucesso (cara) é p = 1/2. Por outro lado, a probabilidade de fracasso
(coroa) é 1 – p = 1 – 1/2 = 1/2.
Além disso, é comum associar uma variável aleatória X aos possíveis resultados do experimento,
de modo que seja atribuído ao sucesso o valor 1 e ao fracasso o valor 0. Dessa forma, teremos:
𝟏 − 𝒑, 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐱 = 𝟎
𝑷(𝒙) = Z
𝒑, 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐱 = 𝟏
Assim, sempre que uma variável só possa assumir os valores 0 e 1, dizemos que ela tem distribui-
ção de Bernoulli.
Ademais, podemos concluir que X é uma variável aleatória discreta, já que assume apenas alguns
valores, quais sejam, 0 e 1.
Por sua vez, a Esperança de uma Distribuição de Bernoulli é calculada da seguinte forma:
𝐸(𝑋) = 0 × 𝑞 + 1 × 𝑝
𝑬(𝑿) = 𝒑
E, para finalizar, podemos determinar a Variância de uma Distribuição de Bernoulli por meio da
fórmula:
𝑽𝒂𝒓(𝑿) = 𝒑 − 𝒑𝟐 = 𝒑 × (𝟏 − 𝒑) = 𝒑 × 𝒒
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e) qui-quadrado.
Comentários:
A distribuição de probabilidade que está associada a eventos que podem apresentar apenas dois
resultados possíveis (sucesso ou fracasso; 0 ou 1) é a Distribuição de Bernoulli.
Gabarito: Letra A.
(CESPE/TCE-PA/2016) Se as variáveis aleatórias X e Y seguem distribuições de Bernoulli, tais que
P[X = 1] = P[Y = 0] = 0,9, então a distribuição de X2 é Bernoulli com média igual a 0,81.
Comentários:
Como a variável aleatória X só assume os valores 0 e 1, ela realmente segue a Distribuição de
Bernoulli. Vamos ver o caso de X2, que assume os valores:
12 = 1, com probabilidade igual a 0,9;
02 = 0, com probabilidade igual a 1 – 0,9 = 0,1.
Com relação a sua média, temos:
𝑬(𝑿) = 0 × 0,1 + 1 × 0,9 = 𝟎, 𝟗
Gabarito: ERRADO.
(Funiversa/SEJUS-DF/2010) Para uma determinada moeda “viciada”, a probabilidade de se obter
um resultado “cara” é igual a 30%. Seja, então, a variável aleatória X que assume apenas os valores
0 e 1, sendo 0 para resultado “coroa” e 1 para resultado “cara”. Assinale a alternativa que apre-
senta, respectivamente, o valor médio e a variância de X.
a) 0,21 e 0,3
b) 0,7 e 0,21
c) 0,21 e 0,7
d) 0,3 e 0,21
e) 0,3 e 0,7
Comentários:
Inicialmente, o enunciado afirma que a probabilidade de se obter um resultado “cara” é igual a
30%. Logo, podemos concluir que a probabilidade de sucesso é 30% e a de fracasso é 70%:
𝑝 = 0,3 ; 𝑞 = 0,7
Em seguida, a questão pede o valor médio e a esperança de X:
𝝁 = 𝒑 = 𝟎, 𝟑
𝑽𝒂𝒓(𝑿) = 𝑝𝑞 = 0,3 × 0,7 = 𝟎, 𝟐𝟏
Gabarito: Letra D.
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Vimos que na Distribuição de Bernoulli a realização do evento ocorria uma única vez, conduzindo
a sucesso ou fracasso. Por exemplo, Uma peça é escolhida ao acaso de um lote contendo 500
peças; essa peça é defeituosa ou não?
Imagine, agora, que repetimos um mesmo experimento de Bernoulli por n vezes, isto é, constitu-
ído de uma sequência de sucessos e fracassos. Exemplificando, se o número de repetições fosse
5 vezes (n = 5), um particular resultado poderia ser FSSFS. Logo, o número de sucessos nessa
amostra é igual a 3 e 2 o número de fracassos. Assim, a probabilidade de tal resultado será:
Nessa situação, trabalharemos com uma nova ferramenta, recorreremos à Distribuição de Proba-
bilidade Binomial, que possui as seguintes características:
Perceba que com a Distribuição Binomial resolveremos problemas do tipo: determinar a proba-
bilidade de se obterem k sucessos em n tentativas.
𝒏
𝑷(𝑿 = 𝒌) = R S × 𝒑𝒌 × 𝒒𝒏/𝒌
𝒌
Nessa fórmula:
• n é a quantidade de experimentos;
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𝒏 𝒏!
R S=
𝒌 𝒌! (𝒏 − 𝒌)!
Atenção: É possível que a questão trate de uma população com determinada característica biná-
ria, com proporção p, em que são retiradas amostras de tamanho n. Por exemplo, de uma popu-
lação, em que 10% da população apresenta uma doença, é retirada uma amostra de 5 pessoas.
Nesse caso, teremos uma distribuição binomial com parâmetros n (no caso, n = 5) e p (no caso, p
= 0,1), somente se a população for infinita, ou se for tão grande a ponto de podermos fazer essa
aproximação. Também teremos uma distribuição binomial se a amostra for retirada com reposi-
ção, isto é, quando devolvemos cada elemento selecionado à população, após verificar a sua ca-
racterística.
Se a população for finita e a amostra for retirada sem reposição ou simultaneamente, a distribui-
ção não será binomial.
Por fim, a média (Esperança) e a variância de uma variável aleatória binomial, com parâmetros n
e p, são dadas, respectivamente, por:
𝑬(𝑿) = 𝒏𝒑
𝑽𝒂𝒓(𝑿) = 𝒏𝒑𝒒
Por exemplo, considere que uma moeda é lançada 5 vezes seguidas e independentes. Calcule a
probabilidade de serem obtidas 3 caras.
Além disso, precisamos saber que, em cada experimento, a probabilidade de sucesso (ou ainda:
a probabilidade de obter cara) é de 1/2 (p = 1/2). Por sua vez, a probabilidade de fracasso é 1/2
(q = 1 – 1/2 = 1/2).
O nosso objetivo consiste em determinar a probabilidade de ocorrerem três caras (k = 3). Nesse
caso, recorreremos à fórmula da probabilidade binomial:
𝑛
𝑃(𝑋 = 𝑘) = R S × 𝑝0 × 𝑞1/0
𝑘
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5 1 2 1 3/2 5! 1 3 5 × 4 × 3! 1
𝑷(𝑿 = 𝟑) = k l × k l × k l = ×k l = ×
3 2 2 3! 2! 2 3! 2! 32
𝟓
𝑷(𝑿 = 𝟑) = = 𝟑𝟏, 𝟐𝟓%
𝟏𝟔
Nesse exemplo, temos três experimentos (n = 3), em que o sucesso corresponde a obter um
múltiplo de 3 no lançamento de um dado, de modo que existem dois casos favoráveis (3 e 6) em
seis possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6). Assim, a probabilidade do sucesso é de:
2 𝟏
𝒑= =
6 𝟑
1 𝟐
𝒒=1−𝑝 =1− =
3 𝟑
Agora precisamos calcular a probabilidade de se obter um múltiplo de 3 duas vezes (k = 2). Nesse
caso, usaremos a fórmula da probabilidade binomial:
3 1 % 2 2/% 3! 1 2 3 × 2! 1 2
𝑷(𝑿 = 𝟐) = k l × k l × k l = × × = × ×
2 3 3 2! 1! 9 3 2! 9 3
𝟐
𝑷(𝑿 = 𝟐) =
𝟗
Pontue-se, ainda, que a soma de distribuições binomiais independentes, com mesma probabili-
dade p, constitui uma nova distribuição binomial. Assim, a soma S = X + Y, em que X é uma
distribuição binomial com parâmetros nX e p, e Y é uma distribuição binomial com parâmetros nY
e p, também segue uma distribuição binomial com parâmetros nS = nX + nY e p.
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𝒀 = O 𝑿𝒊
𝒊'𝟏
𝐸(𝑌) = 𝐸 RO 𝑋! S
𝐸(𝑌) = O 𝐸(𝑋! ) = 𝑛𝑝
𝑉𝑎𝑟(𝑌) = 𝑉𝑎𝑟 RO 𝑋! S
Levando em conta que as variáveis Xi são independentes, a variância da soma é igual à soma das
variâncias:
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c) 𝑃(𝑋) = 𝑝 5 𝑞1/5
d) 𝑃(𝑋) = 1 + 𝐶1,5 𝑝 5 𝑞1/5
e) 𝑃(𝑋) = 𝑝 5 𝑞1/5
Comentários:
Trata-se de uma questão cobrando diretamente o conhecimento da fórmula da distribuição bino-
mial.
Sabemos que a probabilidade do sucesso é p. Ora, se temos x casos favoráveis, então a probabi-
lidade da intersecção, fica:
𝒑𝒙
Também, a probabilidade do fracasso é q. Como são (n – x) casos desfavoráveis, a probabilidade
de ocorrência destes casos é dada por:
𝒒𝒏/𝒙
Além disso, a probabilidade de x sucessos, seguidos de (n – x) fracassos é dada pelo produto dos
dois valores acima:
𝒑𝒙 × 𝒒𝒏/𝒙
E, considerando que podemos escolher quaisquer x eventos, dentre os n disponíveis, para alocar
os sucessos, concluímos que estamos diante de uma Combinação de n elementos, tomados x a x.
Assim:
𝑷(𝑿) = 𝑪𝒏,𝒙 × 𝒑𝒙 × 𝒒𝒏/𝒙
Gabarito: Letra A.
(ESAF/Receita Federal do Brasil/2009) Em um experimento binomial com três provas, a proba-
bilidade de ocorrerem dois sucessos é doze vezes a probabilidade de ocorrerem três sucessos.
Desse modo, as probabilidades de sucesso e fracasso são, em percentuais, respectivamente, iguais
a:
a) 80 % e 20 %
b) 30 % e 70 %
c) 60 % e 40 %
d) 20 % e 80 %
e) 25 % e 75 %
Comentários:
Em uma distribuição binomial, a probabilidade de a variável aleatória X assumir um valor k pode
ser calculada por meio da fórmula da probabilidade binomial:
𝒏
𝑷(𝑿 = 𝒌) = R S × 𝒑𝒌 × 𝒒𝒏/𝒌
𝒌
Em que q é igual a (1 – p).
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O enunciado afirma que a “probabilidade de ocorrerem dois sucessos é doze vezes a probabili-
dade de ocorrerem três sucessos”. Logo, a probabilidade de exatamente dois sucessos em três
experimentos será:
3 3!
𝑷(𝑿 = 𝟐) = k l × 𝑝% × 𝑞7 = × 𝑝% × 𝑞 = 𝟑 × 𝒑𝟐 × 𝒒
2 2! 1!
Por sua vez, teremos a seguinte probabilidade para exatamente três sucessos em três experimen-
tos:
3
𝑷(𝑿 = 𝟑) = k l × 𝑝2 × 𝑞2/2 = 𝒑𝟑
3
A questão deixou claro que a primeira probabilidade é doze vezes a segunda:
3 × 𝑝% × 𝑞 = 12 × 𝑝2
Agora, dividindo ambos os lados por p2:
3𝑞 = 12𝑝
𝒒 = 𝟒𝒑
E, por fim, lembrando que q = 1 – p, obtemos:
1 − 𝑝 = 4𝑝
5𝑝 = 1
𝒑 = 0,2 = 𝟐𝟎%
𝒒 = 1 − 0,2 = 0,8 = 𝟖𝟎%
Gabarito: Letra D.
(ESAF/CGU/2008) Em um hospital, 20% dos enfermos estão acometidos de algum tipo de infec-
ção hospitalar. Para dar continuidade às pesquisas que estão sendo realizadas para controlar o
avanço deste tipo de infecção, cinco enfermos desse hospital são selecionados, ao acaso e com
reposição. A probabilidade de que exatamente três dos enfermos selecionados não estejam aco-
metidos de algum tipo de infecção hospitalar é igual a:
a) (0,8)3 (0,2)2
b) 10 (0,8)2 (0,2)3
c) (0,8)2 (0,2)3
d) 10 (0,8)3 (0,2)2
e) (0,8)3 (0,2)0
Comentários:
Vamos chamar de p a probabilidade de o enfermo não estar acometido por algum tipo de infec-
ção.
Logo de início, o enunciado diz que “20% dos enfermos estão acometidos de algum tipo de infec-
ção hospitalar”. Assim, podemos concluir que:
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22
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e) 25/81.
Comentários:
O enunciado inicia apresentando informações relativas à quantidade de bolas contidas na urna e
suas respectivas cores. Suponhamos que temos 1 bola vermelha. Logo:
5 bolas amarelas (igual a 5 vezes o número de bolas vermelhas);
10 bolas azuis (igual a 2 vezes o número de bolas amarelas);
20 bolas pretas (igual a 2 vezes o número de bolas azuis);
Nessa situação, teremos, então, 36 bolas na urna.
Num sorteio, a probabilidade uma bola preta ser escolhida é dada pela razão de 20 casos favorá-
veis e 36 possíveis:
20 𝟓
=
36 𝟗
Dessa forma, a probabilidade de não ser escolhida uma bola preta é de:
5 𝟒
1− =
9 𝟗
Em seguida, a questão trata do evento de retirada ao acaso de 3 bolas da urna obter-se 2 bolas
pretas. Ora, em três experimentos independentes, queremos exatamente dois sucessos (k = 2).
Assim, precisamos determinar a probabilidade de ocorrência desse evento numa distribuição bi-
nomial de parâmetros n = 3 e p = 5/9:
𝑃(𝑋 = 𝑘) = 𝐶1,0 × 𝑝0 × 𝑞1/0
5 % 4 2/% 25 4 𝟏𝟎𝟎
𝑷(𝑿 = 𝟐) = 𝐶2,% × k l × k l =3× × =
9 9 81 9 𝟐𝟒𝟑
Gabarito: Letra B.
(ESAF/MPOG/2012) Uma moeda é dita não viciada quando a probabilidade de ocorrer cara for
igual à probabilidade de ocorrer coroa. Assim, lançando-se 6 vezes uma moeda não viciada, a
probabilidade de se obter exatamente 5 caras é igual a:
a) 3/32
b) 1/64
c) 3/64
d) 1/32
e) 5/32
Comentários:
Estamos diante de uma distribuição binomial de parâmetros n = 6 (correspondente a seis lança-
mentos da moeda) e p = 0,5 (probabilidade de obter cara é de 50% em cada lançamento).
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Gabarito: Letra E.
(Universa/SEJUS–DF/2010) Em certo plano amostral, em uma população de 100 elementos, op-
tou-se pelo seguinte critério: joga-se uma moeda (honesta) e, se der cara, o elemento entra na
amostra; se der coroa, ele não entra na amostra. Qual o tamanho esperado dessa amostra?
a) 10
b) 20
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c) 30
d) 40
e) 50
Comentários:
Vamos chamar de X a quantidade de elementos selecionados. Perceba que X é uma variável bi-
nomial com n = 100 e p = 0,5.
Assim, a média de X fica:
𝑬(𝑿) = 𝑛𝑝 = 100 × 0,5 = 𝟓𝟎
Gabarito: Letra E.
Vimos que na distribuição binomial o experimento ocorria um número limitado de vezes (n). Agora
suponha que tivéssemos uma quantidade muito grande de ocorrências da amostra em análise,
sem limitação superior.
Bem, nessa situação, é possível demonstrar que a fórmula da distribuição binomial pode ser apro-
ximada por:
𝒆/𝒏𝒑 × (𝒏𝒑)𝒌
𝑷(𝑿 = 𝒌) =
𝒌!
E, dessa maneira, obtemos a fórmula da Distribuição de Poisson, que é uma distribuição de pro-
babilidade discreta que descreve muito bem a ocorrência de eventos ao longo de intervalos es-
pecíficos, como tempo, distância, área, volume ou alguma unidade similar. Veja alguns exemplos
práticos:
É importante frisar, ainda, que tais ocorrências devem ser aleatórias, independentes umas das
outras e uniformemente distribuídas sobre o intervalo em uso.
Atenção! O intervalo utilizado para np na fórmula deve ser o mesmo intervalo de k. Se não for,
é necessário calcular o valor de np para o intervalo de k, por meio de uma regra de três.
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Por exemplo, suponha que o número de carros que entram em um estacionamento a cada 10
minutos seja np = 4 e que é necessário calcular a probabilidade de entrarem 9 carros em um
intervalo de 20 minutos.
Para isso, é necessário, em primeiro lugar, passar o valor de np para o intervalo desejado. Se, em
média, entram 4 carros a cada 10 minutos, então, em 20 minutos entram, em média, 2 x 4 = 8
carros. Logo, aplicamos a fórmula acima com np = 8 e k = 9 para responder a questão.
Em relação à fórmula acima, dois aspectos merecem destaque. O primeiro diz respeito ao símbolo
e. Ele representa um número real, que vale aproximadamente 2,7. Como a forma ex (ou seja, e
elevado a algum número) é muito comum, é possível representar esse valor como exp(x).
O segundo ponto é que o produto np é normalmente substituído pela letra 𝜆 (Lâmbda). Esse valor
corresponde ao número esperado de ocorrências (Média ou Esperança). Assim:
𝑬(𝑿) = 𝑽𝒂𝒓(𝑿) = 𝝀
É importante ressaltar que a soma de variáveis com distribuição de Poisson independentes, por
exemplo, S = X + Y, também segue uma distribuição de Poisson. Considerando 𝐸(𝑋) = 𝜆= a mé-
dia de X e 𝐸(𝑌) = 𝜆> a média de Y, então a média de S pode ser calculado utilizando as proprie-
dades da esperança que aprendemos:
É possível, ainda, multiplicar uma ou mais distribuições de Poisson por uma constante, por exem-
plo, X + k.Y. O resultado também será uma distribuição de Poisson com parâmetro 𝜆= + 𝑘. 𝜆> .
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b) 0,667
c) 0,500
d) 0,577
e) 1,000
Comentários:
O enunciado afirma que o número de clientes atendidos tem distribuição de Poisson com média
de 3 clientes:
𝝀=𝟑
Em seguida, a questão pede a probabilidade de que mais de 2 clientes procurem atendimento
no período em consideração. Para isso, precisamos determinar a probabilidade de que dois clien-
tes ou menos apareçam, pois:
𝑷(𝑿 > 𝟐) = 𝟏 − 𝑷(𝑿 ≤ 𝟐)
Muito bem, vamos calcular as probabilidades da distribuição de Poisson para os casos de k = 0, k
= 1 e k = 2:
𝑒 /2 × 39
𝑷(𝑿 = 𝟎) = = 𝒆/𝟑
0!
𝑒 /2 × 37
𝑷(𝑿 = 𝟏) = = 𝟑𝒆/𝟑
1!
𝑒 /2 × 3%
𝑷(𝑿 = 𝟐) = = 𝟒, 𝟓𝒆/𝟑
2!
Dessa forma, somando as três probabilidades, temos:
𝑃(𝑋 ≤ 2) = 𝑃(𝑋 = 0) + 𝑃(𝑋 = 1) + 𝑃(𝑋 = 2)
𝑷(𝑿 ≤ 𝟐) = 𝑒 /2 + 3𝑒 /2 + 4,5𝑒 /2 = 𝟖, 𝟓𝒆/𝟑
E, por fim, substituímos o resultado encontrado na equação:
𝑃(𝑋 > 2) = 1 − 𝑃(𝑋 ≤ 2)
𝑷(𝑿 > 𝟐) = 1 − 8,5𝑒 /2 = 1 − 8,5 × 0,0498 ≈ 𝟎, 𝟓𝟕𝟕
Gabarito: Letra D.
(ESAF/MPOG/2012) Amanda é médica ginecologista e, durante os finais de semana, ela recebe,
em média, 2 chamadas por hora em seu telefone celular. Assim, a probabilidade de, no próximo
final de semana, Amanda receber exatamente 3 chamadas em 2 horas é igual a:
@"
a) @!
𝑒 /2
@ #"
b) 2!
𝑒@
@"
c) 2!
𝑒 /@
@ #"
d) 2!
𝑒 /@
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@"
e) @!
𝑒 /@
Comentários:
Se a médica recebe, em média, duas chamadas por hora, então em 2 horas são esperadas 4 cha-
madas. Assim, o parâmetro λ da distribuição de Poisson é igual a 4.
Além disso, a quantidade de sucessos em que estamos interessados corresponde às 3 chamadas
recebidas por Amanda. Logo, k = 3.
Desse modo, vamos aplicar a fórmula da probabilidade para tal distribuição:
𝑒 /C × 𝜆0
𝑃(𝑋 = 𝑘) =
𝑘!
𝑒 /@ × 42
𝑃(𝑋 = 3) =
3!
Gabarito: Letra C.
(ESAF/Ministério do Turismo/2014) Uma máquina de produzir garrafas apresenta 2% das garrafas
com algum tipo de defeito. Reinaldo, que é engenheiro de produção, está realizando um trabalho
para diminuir o percentual de garrafas defeituosas. Para dar continuidade ao trabalho, ele precisa
conhecer a probabilidade de se obter 3 garrafas defeituosas. Para tanto, Reinaldo retirou, aleato-
riamente, uma amostra de 100 garrafas. Sabendo-se que Reinaldo utilizou a Distribuição de Pois-
son para calcular de modo aproximado essa probabilidade, então o resultado obtido por Reinaldo
é igual a:
@
a) 2 𝑒 /%
@
b) 2 𝑒 7/%
7
c) 2 𝑒 /7/%
@
d) 2 𝑒 /7/%
%
e) 2 𝑒 /%
Comentários:
Logo no início do enunciado, é dito que a “máquina de produzir garrafas apresenta 2% das garrafas
com algum tipo de defeito”. Consequentemente, em 100 garrafas esperamos que hajam duas
defeituosas. Assim, o número esperado (Esperança ou Média) de garrafas defeituosas é 2:
𝝀=𝟐
Além disso, a quantidade de sucessos em que estamos interessados corresponde às 3 garrafas
defeituosas no exame conduzido por Reinaldo. Logo, k = 3.
Desse modo, a probabilidade para a Distribuição de Poisson é:
𝑒 /C × 𝜆0
𝑃(𝑋 = 𝑘) =
𝑘!
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𝑒 /% × 22 𝑒 /% × 8 𝒆/𝟐 × 𝟒
𝑷(𝑿 = 𝟑) = = =
3! 6 𝟑
Gabarito: Letra A.
(ESAF/Ministério do Turismo/2014) Matias é arquiteto e está desenvolvendo o projeto para um
grande condomínio horizontal. Os condôminos sempre estão em contato com Matias pergun-
tando quando o projeto ficará pronto. Sabendo-se que Matias recebe desses condôminos, em
média, 2 mensagens por dia em seu celular, então a probabilidade de Matias receber 2 mensagens
em 4 dias é igual a:
7
a) 2% 𝑒 E
b) 32𝑒 /E
c) 64𝑒 /E
7
d) 8@ 𝑒 E
7
e) 8@ 𝑒 /E
Comentários:
Note que a questão nada falou sobre qual das distribuições de probabilidade iremos trabalhar.
No entanto, é possível perceber que estamos lidando com um evento que ocorre ao longo de um
intervalo de tempo, de modo que usaremos a distribuição de Poisson.
Se Matias recebe, em média, duas mensagens por dia, então em 4 dias esperados oito mensagens.
Logo, o número esperado (Esperança ou Média) de mensagens é 8:
𝝀=𝟐
Assim, a probabilidade de k = 2 mensagens é dada por:
𝑒 /E × 8% 64
𝑷(𝑿 = 𝟐) = = × 𝑒 /E = 𝟑𝟐 × 𝒆/𝟖
2! 4
Gabarito: Letra B.
(ESAF/ANAC/2016) Uma distribuição Binomial pode ser aproximada por uma distribuição de
Poisson, quando a probabilidade do evento é pequena de ocorrer e a população considerada é
relativamente grande. Assuma esta aproximação para o problema descrito a seguir. Considere
que passageiros chegam a um aeroporto a uma taxa média de três passageiros por segundo.
Pede-se para determinar, com uma boa aproximação, qual a probabilidade (P) de que não mais
de dois passageiros chegarão ao aeroporto em um intervalo de um segundo (caso seja necessário,
use o valor de e1 = 2,72).
a) P=0,28
b) P=0,22
c) P=0,36
d) P=0,25
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e) P=0,42
Comentários:
A questão inicia apresentando uma importante característica da Distribuição de Poisson: “Uma
distribuição Binomial pode ser aproximada por uma distribuição de Poisson, quando a probabili-
dade do evento é pequena de ocorrer e a população considerada é relativamente grande”.
Em seguida, é dito que “passageiros chegam a um aeroporto a uma taxa média de três passa-
geiros por segundo”. Logo:
𝝀=𝟑
E, por fim, pede-se para calcularmos a probabilidade de que não mais de dois passageiros che-
garem ao aeroporto em um intervalo de 1 segundo. Assim, a variável pode assumir os valores 0,
ou 1, ou 2, de modo que precisaremos aplicar a fórmula da distribuição de Poisson várias vezes,
para os casos de k = 0, k = 1 e k = 2:
𝑷(𝑿 ≤ 𝟐) = 𝑷(𝑿 = 𝟎) + 𝑷(𝑿 = 𝟏) + 𝑷(𝑿 = 𝟐)
𝑒 /2 × 39 𝑒 /2 × 37 𝑒 /2 × 3% 39 37 3%
𝑃= + + = 𝑒 /2 × • + + €
0! 1! 2! 0! 1! 2!
9 8,5 8,5
𝑷 = 𝑒 /2 × k1 + 3 + l = 𝑒 /2 × (4 + 4,5) = 8,5 × 𝑒 /2 = 2 = ≈ 𝟎, 𝟒𝟐
2 𝑒 2,722
Gabarito: Letra E.
Assim, 𝑋 = 1 corresponde à realização de 1 ensaio (ou tentativa) até a obtenção do primeiro su-
cesso, 𝑋 = 2 corresponde à realização de 2 ensaios até a obtenção do primeiro sucesso, ..., 𝑋 = 𝑘
corresponde à realização de 𝑘 ensaios até o primeiro sucesso.
𝑃(𝑋 = 𝑘) = 𝑞0/7 . 𝑝
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Observe que, conhecendo 𝑝 (e, portanto, 𝑞 = 1 − 𝑝), podemos calcular a probabilidade de qual-
quer valor de X (ou seja, toda a função de probabilidade). Por isso, dizemos que o único parâmetro
da distribuição geométrica é 𝑝.
7
𝐸(𝑋) = G
H
𝑉(𝑋) = G$
𝑃(𝑌 = 𝑘) = 𝑞0 . 𝑝
H
𝑉(𝑌) = G$
E a esperança se torna:
H
𝐸(𝑌) = G
(IBADE/2018 – IPM) Marque a alternativa correta em relação ao modelo probabilístico que mais
se adequa ao seguinte caso: lançamento de uma moeda honesta, contando o número de casos
até a realização da primeira coroa:
a) Poisson.
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b) Geométrica.
c) Hipergeométrica.
d) Uniforme Discreta.
e) Pareto.
Comentários:
Ensaios sucessivos e independentes de Bernoulli até o primeiro sucesso caracterizam a distribuição
geométrica.
Resposta: alternativa b.
(IBADE/2018 – IPM) Sabe-se que a distribuição geométrica pode ser interpretada como uma se-
quência de ensaios de Bernoulli, independentes, até a ocorrência do primeiro sucesso. Assinale a
alternativa que indica corretamente a média e a variância, respectivamente, de uma distribuição
geométrica cujo parâmetro é p = 0,64 e tendo como parametrização o número de ensaios de
Bernoulli até se obter um sucesso.
a) 1,56; 0,78
b) 1,56; 0,88
c) 0,56; 0,88
d) 0,56; 0,78
e) 1,56; 0,68
Comentários:
A média de uma distribuição geométrica, com p = 0,64, é dada por:
1 1
𝜇 = 𝐸(𝑋) = = ≅ 1,56
𝑝 0,64
E, sabendo que q = 1 – 0,64= 0,36, a variância é:
𝑞 0,36
𝜎% = %
= ≅ 0,88
𝑝 (0,64)%
Resposta: alternativa b.
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QUESTÕES COMENTADAS
Texto para as questões 1 e 2.
Com base nas informações da tabela acima, em que são dadas a distribuição e a classificação
do índice de qualidade da água (X), instrumento para a avaliação das condições bacteriológi-
cas e físico-químicas de um corpo d’água, julgue o item subsequente.
1. (CESPE/2007 – IEMA-ES/Analista) O valor mediano da distribuição do índice X está en-
tre 40 e 80.
Comentários:
Como vimos em aulas anteriores, a mediana divide a distribuição em duas metades (iguais). Pela
tabela, observamos que a probabilidade associada a valores menores que X = 80 é de 20%. Logo
a mediana é superior a esse valor, ou seja, está entre 80 e 100.
Gabarito: Errado.
𝑬(𝑿) = 𝝁(𝑿) = O 𝒙𝒊 × 𝒑𝒊
𝒊'𝟏
Como vimos em aulas anteriores, para dados agrupados, substituímos 𝒙𝒊 pelo ponto médio. Logo:
𝑬(𝑿) = 𝟐𝟎 × 𝟎, 𝟎𝟓 + 𝟔𝟎 × 𝟎, 𝟏𝟓 + 𝟗𝟎 × 𝟎, 𝟖𝟎 = 𝟏 + 𝟗 + 𝟕𝟐 = 𝟖𝟐
Gabarito: Certo.
3. (CESPE/2011 – SEDUC-AM/Estatístico)
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A tabela acima contém um conjunto de dados formado por quatro variáveis: RG; gênero ( M
= masculino; F = feminino); grau de instrução (1 = analfabeto; 2 = fundamental incompleto; 3
= fundamental completo; 4 = médio incompleto; 5 = médio completo ou superior); e hipera-
tividade (S = sim; N = não). Com base nessa tabela, julgue o item seguinte.
Com relação à variável dicotômica hiperatividade, atribuindo-se valor 1 para uma categoria e 0
para a outra, a média dessa variável binária representa a frequência relativa de observações que
receberam valor 1.
Comentários:
Considerando que os possíveis resultados para a variável são apenas 2, 0 (fracasso) ou 1 (sucesso),
então essa variável segue uma distribuição de Bernoulli, cuja média (ou esperança) é dada por:
𝑬(𝑿) = 𝒑
Sabendo que p corresponde à probabilidade de sucesso (1), então a média, de fato, corresponde
à frequência relativa de observações com valor 1.
Gabarito: Certo.
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aos assistentes sociais; e W = 0, no caso de nenhuma das pessoas envolvidas nessa ocorrência ser
encaminhada aos assistentes sociais. Nessa situação, a variância da variável aleatória W é superior
a 0,30.
Comentários:
Como cada ocorrência só tem duas possibilidades, a variável W segue uma distribuição de Ber-
noulli. A variância desse tipo de distribuição é dada por:
𝑽𝒂𝒓(𝑾) = 𝒑𝒒
A questão informa que em 25% das ocorrências as pessoas foram encaminhadas aos assistentes
sociais. Portanto a probabilidade de sucesso é p = 0,25 e a probabilidade de fracasso é q = 1 – p
= 0,75. Logo:
𝑽𝒂𝒓(𝑾) = 𝟎, 𝟐𝟓 × 𝟎, 𝟕𝟓 = 𝟎, 𝟏𝟖𝟕𝟓
Gabarito: Errado.
Com respeito ao texto, considere que cada imóvel ofertado em determinado ano seja classifi-
cado como vendido ou não-vendido, e, a um imóvel e classificado como vendido seja atribuído
um valor Z = 1, e, ao imóvel classificado como não-vendido, seja atribuído um valor Z = 0.
Supondo-se que as classificações dos imóveis como vendido ou não-vendido em um dado ano
possam ser consideradas como sendo realizações de uma amostragem aleatória simples, jul-
gue o item a seguir.
A variância de Z é superior a 0,30 e inferior a 1,0.
Comentários:
Considerando que os possíveis resultados para a variável Z são apenas 2, vendido (fracasso) ou
não vendido (sucesso), então essa variável segue uma distribuição de Bernoulli. A probabilidade
de vender (p) corresponde à proporção de imóveis vendidos:
𝑽𝒆𝒏𝒅𝒊𝒅𝒐𝒔 𝟏𝟐𝟎𝟎
𝒑= = ≅ 𝟎, 𝟐𝟑
𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 𝟓𝟐𝟓𝟎
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𝑽(𝑿) = 𝒑. 𝒒 = 𝟎, 𝟐𝟑 × 𝟎, 𝟕𝟕 ≅ 𝟎, 𝟏𝟕𝟖
Gabarito: Errado.
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𝑷(𝑿 = 𝒌) = 𝒒𝒌/𝟏 . 𝒑
A probabilidade de fracasso (decisão favorável) é q = ¾, conforme enunciado. Assim, a probabili-
dade de sucesso (decisão desfavorável) é p = 1 – q = ¼.
A probabilidade de X > 3 é igual a:
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de cada indivíduo ser sorteado seja a mesma para todos os indivíduos da amostragem e que,
após cada sorteio, haja reposição do indivíduo selecionado na amostragem. A partir dessas
informações, julgue o item subsequente.
9. (CESPE/2016 – TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Se for coletada uma amostra de
tamanho n = 20, o número total de observações sorteadas com valor 1 terá distribuição bino-
mial com parâmetros n e p.
Comentários:
Considerando que a variável é binária, assumindo apenas os valores 0 (fracasso) ou 1 (sucesso) e
que será coletada uma amostra de n = 20, então temos uma distribuição binomial, com n = 20,
com a probabilidade de sucesso informada, p = 0,3.
Gabarito: Certo.
10. (CESPE/2016 – TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Se, dessa população, for coletada
uma amostra aleatória de tamanho n = 1, a probabilidade de um indivíduo apresentar valor 1
é igual a 0,5.
Comentários:
Conforme o enunciado, a probabilidade de selecionar um indivíduo com valor 1 (sucesso) é p =
0,3.
Gabarito: Errado.
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12. (CESPE/2010 – ABIN/Oficial) Considere a seguinte situação hipotética. De uma urna que
contém 15 bolas brancas e 1 bola vermelha serão retiradas aleatoriamente 12 bolas. Em cada
retirada, será observada a cor da bola selecionada. Se branca, a bola não será devolvida à
urna; se vermelha, a bola será devolvida à urna. Ao final do processo, será registrado o número
X de vezes que a bola vermelha foi observada nessas doze retiradas. Em face dessa situação,
é correto afirmar que X é uma variável aleatória com distribuição binomial com n = 12.
Comentários:
Considerando que a população é de 16 bolas (não infinita) e que não há reposição de todas as
bolas retiradas, X não segue uma distribuição binomial.
Gabarito: Errado.
13. (CESPE/2010 – ABIN/Oficial) Considerando-se que Y siga uma distribuição binomial com
parâmetros m e p e que X e Y sejam variáveis aleatórias independentes, é correto afirmar que
a soma X + Y segue uma distribuição binomial com parâmetros (n + m) e p.
Comentários:
A soma X + Y, em que X apresenta distribuição binomial com parâmetros n e p, e Y apresenta
distribuição binomial com parâmetros m e p, segue uma distribuição binomial com parâmetros n
+ m e p.
Gabarito: Certo.
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𝑷[𝑿 = 𝟎 ∩ 𝒀 = 𝟎] = 𝟎, 𝟏 × 𝟎, 𝟗 = 𝟎, 𝟎𝟗
Gabarito: Errado.
𝑬(𝒀) = 𝒑
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𝑬(𝒀) = 𝟎, 𝟏
Gabarito: Errado.
𝑽(𝑿) = 𝒑. 𝒒
Sabemos que a probabilidade de sucesso de X é p = P[X = 1] = 0,9, logo a probabilidade de
fracasso é q = 1 – p = 1 – 0,9 = 0,1:
𝑽(𝑿) = 𝟎, 𝟗 × 𝟎, 𝟏 = 𝟎, 𝟎𝟗
Já, a probabilidade de fracasso de Y é q = P[Y = 0] = 0,9, logo, a probabilidade de sucesso de Y é
p = 1 – q = 1 – 0,9 = 0,1:
𝑽(𝒀) = 𝟎, 𝟏 × 𝟎, 𝟗 = 𝟎, 𝟎𝟗
Gabarito: Certo.
𝑷(𝑿𝟐 = 𝟎) = 𝑷(𝑿 = 𝟎) = 𝟏 − 𝟎, 𝟗 = 𝟎, 𝟏
𝑷(𝑿𝟐 = 𝟏) = 𝑷(𝑿 = 𝟏) = 𝟎, 𝟗
Ou seja, temos uma distribuição de Bernoulli com probabilidade de sucesso p = 0,9.
Sabemos que a média (ou esperança) dessa distribuição é:
𝑬(𝑿) = 𝒑 = 𝟎, 𝟗
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Gabarito: Errado.
𝑬(𝑿) = 𝑬(𝒀) = 𝟎 × 𝟎, 𝟒 + 𝟏 × 𝟎, 𝟔 = 𝟎, 𝟔
A média (ou esperança) de S é, portanto:
𝑬(𝑺) = 𝟎, 𝟔 + 𝟎, 𝟔 = 𝟏, 𝟐
Gabarito: Certo.
𝑬(𝑿) × 𝑬(𝒀) = 𝟎, 𝟔 × 𝟎, 𝟔 = 𝟎, 𝟑𝟔
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O enunciado informa que E(X.Y) = 0,5, logo 𝑬(𝑿. 𝒀) ≠ 𝑬(𝑿) × 𝑬(𝒀) e, consequentemente, as vari-
áveis não são independentes. Portanto, a soma S = X + Y não segue uma distribuição binomial.
Gabarito: Errado.
𝑷(𝑨) = 𝑷[𝑿 = 𝟏]
𝑷(𝑩) = 𝑷[𝒀 = 𝟏]
É informado ainda que A e B são mutuamente exclusivos, logo:
𝑷(𝑨 ∩ 𝑩) = 𝟎
Assim, a probabilidade da união corresponde a:
𝑷(𝑨 ∪ 𝑩) = 𝟎, 𝟒 + 𝟎, 𝟒 = 𝟎, 𝟖
Além disso, como S = X + Y, a probabilidade P(S = 1) corresponde à probabilidade de X = 1 e Y
= 0 ou de Y = 1 e X = 0. Como [X = 1] e [Y = 1] são eventos mutuamente exclusivos, então a
probabilidade de X = 1 e Y = 0 é igual à probabilidade de X = 1; e a probabilidade de Y = 1 e X =
0 é igual à probabilidade de Y = 1, então:
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𝑷([𝑿 = 𝟎] ∩ [𝒀 = 𝟎]) = 𝟏 − 𝟎, 𝟖 = 𝟎, 𝟐
Gabarito: Errado.
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Sabendo que a probabilidade de uma pessoa estar dentro dos critérios requeridos pelo benefício
é 0,9, a probabilidade de exatamente 2 pessoas observadas na amostra estarem dentro dos crité-
rios requeridos pelo benefício é superior a 0,10.
Comentários:
Podemos verificar a afirmativa utilizando uma distribuição binomial. Neste caso, vamos considerar
como "probabilidade de sucesso" a probabilidade de uma pessoa estar dentro dos critérios re-
queridos e a negativa como probabilidade de fracasso. Portanto, p = 0,9 (probabilidade de su-
cesso, isto é, estar dentro dos critérios); n é o número de ocorrências, ou seja, número de pessoas
da amostra, portanto n = 100; e k é a quantidade de pessoas dentro dos critérios, neste caso k =
2. Logo:
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Comentários:
Considerando que Y é o número de urnas que apresentam problemas e que, para cada urna há
apenas 2 resultados disponíveis (defeito ou não), então Y tem distribuição binomial com parâme-
tros p = 0,08 e n = 40. O valor esperado é então:
𝑬(𝒀) = 𝒏𝒑 = 𝟒𝟎 × 𝟎, 𝟎𝟖 = 𝟑, 𝟐
E a variância é, sendo q = 1 – p = 1 – 0,08 = 0,92:
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𝝈 = •𝑽(𝑿) = √𝟏𝟒𝟒 = 𝟏𝟐
Gabarito: Certo.
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A probabilidade de a fila não crescer é igual à probabilidade de um aluno entrar na fila e outro
sair, nos dois instantes, dada por:
𝑷(𝑿 = 𝟏) = 𝑪𝟐,𝟏 𝟎, 𝟔𝟏 𝟎, 𝟒𝟎 = 𝟐 × 𝟎, 𝟔 × 𝟎, 𝟒 = 𝟎, 𝟒𝟖
Logo, a probabilidade de não crescer é menor do que a probabilidade de ela não crescer ou de
ela crescer.
Gabarito: Errado.
32. (CESPE/2018 – BNB/Analista Bancário) Julgue o próximo item, relativos a análise com-
binatória e probabilidade.
Situação hipotética: Para cada um dos 16 itens da prova objetiva de informática de um con-
curso público, o candidato deverá marcar na folha de respostas se o item é certo ou errado.
A condição para não desclassificação do candidato é que ele acerte o gabarito de pelo menos
10 desses itens.
Assertiva: Nesse caso, se o candidato marcar aleatoriamente todos os 16 itens, a probabilidade
𝟕×𝟏𝟏×𝟏𝟑
de ele não ser desclassificado é igual 𝟐𝟏𝟑
.
Comentários:
Considerando que as possíveis respostas são apenas 2, certo (sucesso) ou errado (fracasso), e que
há 16 questões, então temos uma distribuição binomial, com n = 16. Se o candidato marcar a
resposta aleatoriamente, então a probabilidade de sucesso (acerto) é p = ½.
Assim, a probabilidade de o candidato não ser desclassificado é igual à probabilidade de ele acer-
tar 10 questões ou mais:
𝑷 = 𝑷(𝑿 = 𝟏𝟎) + 𝑷(𝑿 = 𝟏𝟏) + 𝑷(𝑿 = 𝟏𝟐) + 𝑷(𝑿 = 𝟏𝟑) + 𝑷(𝑿 = 𝟏𝟒) + 𝑷(𝑿 = 𝟏𝟓) + 𝑷(𝑿 = 𝟏𝟔)
𝟏 𝟏𝟎 𝟏 𝟔 𝟏 𝟏𝟏 𝟏 𝟓 𝟏 𝟏𝟐 𝟏 𝟒 𝟏 𝟏𝟑 𝟏 𝟑
𝑷 = 𝑪𝟏𝟔,𝟏𝟎 × k l × k l + 𝑪𝟏𝟔,𝟏𝟏 × k l × k l + 𝑪𝟏𝟔,𝟏𝟐 × k l × k l + 𝑪𝟏𝟔,𝟏𝟑 × k l × k l
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟐
𝟏 𝟏𝟒 𝟏 𝟐 𝟏 𝟏𝟓 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏𝟔 𝟏 𝟎
+ 𝑪𝟏𝟔,𝟏𝟒 × k l × k l + 𝑪𝟏𝟔,𝟏𝟓 × k l × k l + 𝑪𝟏𝟔,𝟏𝟔 × k l × k l
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟐 𝟐
𝟏 𝟏𝟔
𝑷 = k l × (𝑪𝟏𝟔,𝟏𝟎 + 𝑪𝟏𝟔,𝟏𝟏 + 𝑪𝟏𝟔,𝟏𝟐 + 𝑪𝟏𝟔,𝟏𝟑 + 𝑪𝟏𝟔,𝟏𝟒 + 𝑪𝟏𝟔,𝟏𝟓 + 𝑪𝟏𝟔,𝟏𝟔 )
𝟐
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𝟏 𝟏𝟔 𝟏𝟔 × 𝟏𝟓 × 𝟏𝟒 × 𝟏𝟑 × 𝟏𝟐 × 𝟏𝟏 𝟏𝟔 × 𝟏𝟓 × 𝟏𝟒 × 𝟏𝟑 × 𝟏𝟐 𝟏𝟔 × 𝟏𝟓 × 𝟏𝟒 × 𝟏𝟑
𝑷=k l ×k + +
𝟐 𝟔×𝟓×𝟒×𝟑×𝟐 𝟓×𝟒×𝟑×𝟐 𝟒×𝟑×𝟐
𝟏𝟔 × 𝟏𝟓 × 𝟏𝟒 𝟏𝟔 × 𝟏𝟓 𝟏𝟔 𝟏𝟔
+ + + + l
𝟑×𝟐 𝟐 𝟏 𝟏𝟔
𝟏 𝟏𝟔
𝑷 = k l × (𝟒 × 𝟏𝟒 × 𝟏𝟑 × 𝟏𝟏 + 𝟐 × 𝟏𝟒 × 𝟏𝟑 × 𝟏𝟐 + 𝟐 × 𝟓 × 𝟏𝟒 × 𝟏𝟑 + 𝟏𝟔 × 𝟓 × 𝟕 + 𝟖 × 𝟏𝟓 + 𝟏𝟕)
𝟐
(𝟕 × 𝟏𝟑 × 𝟏𝟏 + 𝟕 × 𝟏𝟑 × 𝟔 + 𝟐, 𝟓 × 𝟕 × 𝟏𝟑 + 𝟐 × 𝟓 × 𝟕 + 𝟏𝟓 + 𝟐, 𝟏𝟐𝟓)
𝑷=
𝟐𝟏𝟑
𝟕×𝟏𝟏×𝟏𝟑
Podemos observar que esse valor é superior a 𝟐𝟏𝟑
.
Gabarito: Errado.
33. (CESPE/2018 – ABIN/Oficial Técnico) Julgue o item que se segue, relativo a análise mul-
tivariada.
Se X e Y forem variáveis independentes e tiverem distribuição normal com médias 𝝁𝑿 e 𝝁𝒀 , res-
pectivamente, e variâncias 𝝈𝟐𝑿 e 𝝈𝟐𝒀 , respectivamente, então a soma X + Y terá média 𝝁𝑿 + 𝝁𝒀 e
variância 𝝈𝟐𝑿 + 𝝈𝟐𝒀 .
Comentários:
Para qualquer distribuição, vimos que a esperança da soma de variáveis é:
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34. (CESPE/2004 – Petrobras/Analista de PO) Julgue o item a seguir, a respeito dos mode-
los matemáticos de simulação.
As Distribuições de Poisson, Normal e Exponencial são distribuições contínuas, usadas para des-
crever o comportamento de variáveis em um processo de simulação.
Comentários:
Ainda não vimos as distribuições normal e exponencial, porém, sabemos que a distribuição de
Poisson é discreta, e não contínua.
Gabarito: Errado.
35. (CESPE/2010 – DETRAN-ES/Estatístico) Considerando que foi realizado estudo para mo-
delar a distribuição da quantidade X de pontos acumulados por infrações de trânsito cometi-
das por um condutor de veículo de passeio ao longo de um ano, julgue o item a seguir, rela-
tivos a probabilidades e inferência estatística.
Nessa situação, caso X siga uma distribuição de Poisson com desvio padrão 𝜎, o coeficiente de
𝟏
variação de X será igual a 𝝈.
Comentários:
O coeficiente de variação é a razão entre o desvio padrão e a média:
𝝈
𝑪𝑽 =
𝝁
Sendo 𝝈 o desvio padrão, a variância será 𝑽(𝑿) = 𝝈𝟐 .
Na distribuição de Poisson, temos E(X) = V(X). Assim, 𝝁 = 𝑬(𝑿) = 𝝈𝟐 .
Substituindo na fórmula do coeficiente de variação, temos:
𝝈 𝟏
𝑪𝑽 = =
𝝈𝟐 𝝈
Gabarito: Certo.
36. (CESPE/2005 – SEAD-PA/Técnico) Uma variável aleatória de Poisson, com média 5, apre-
senta variância igual a.
a) 25
b) 15
c) 10
d) 5
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e) √𝟓
Comentários:
Para a distribuição de Poisson, a variância é igual à média, V(X) = E(X) = 5.
Gabarito: D.
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𝑒 /C 𝜆0
𝑃(𝑋 = 𝑘) =
𝑘!
𝑒 /C 𝜆?
𝑃(𝑋 = 7) = ≠ 0
7!
Gabarito: Errado.
𝑒 /C 𝜆0
𝑃(𝑋 = 𝑘) =
𝑘!
Gabarito: Errado.
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Considere que o número diário de clientes que entram na fila para demandar o serviço S siga um
processo de Poisson. Nessa situação, estima-se que a taxa média de chegada de clientes na fila
seja superior a 400 clientes por dia.
Comentários:
A cada 10 clientes que entram na fila para solicitar um certo tipo de serviço S, um atendente
entrega um pequeno questionário, que deve ser preenchido pelo cliente e devolvido ao caixa do
banco.
Conforme os dados da tabela, podemos concluir que, se na segunda-feira foram observados 30
clientes, então no mínimo 300 clientes visitaram a agência nesse dia; na terça, no mínimo 400
clientes visitaram a agência; na quarta, no mínimo 200 clientes visitaram a agência; na quinta, no
mínimo 500 clientes; e na sexta, no mínimo 700 clientes.
Assim, o total mínimo foi = 300 + 400 + 200 + 500 + 700 = 2100
A média por dia é portanto 2100/5 = 420
Gabarito: Certo.
55
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𝒆/𝝀 . 𝝀𝒌
𝑷(𝑿 = 𝒌) =
𝒌!
Logo, com 𝝀 = 𝟏, temos:
𝒆/𝟏 . 𝟏𝟎 𝒆/𝟏 . 𝟏 𝟏 𝟏
𝑷(𝑿 = 𝟎) = = = 𝒆/𝟏 = ≅ ≅ 𝟎, 𝟑𝟕
𝟎! 𝟏 𝒆 𝟐, 𝟕
𝒆/𝟏 . 𝟏𝟏 𝒆/𝟏 . 𝟏 𝟏 𝟏
𝑷(𝑿 = 𝟏) = = = 𝒆/𝟏 = ≅ ≅ 𝟎, 𝟑𝟕
𝟏! 𝟏 𝒆 𝟐, 𝟕
Assim:
𝑷(𝑿 ≤ 𝟏) ≅ 𝟎, 𝟑𝟕 + 𝟎, 𝟑𝟕 = 𝟎, 𝟕𝟒
Gabarito: Certo.
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Gabarito: Certo.
44. (CESPE/2010 – TRE-ES/Analista Judiciário) Uma empresa iniciou suas atividades com R$
30 mil de capital. O custo fixo mensal da empresa é de R$ 5 mil. As vendas de seus produtos
ocorrem segundo um processo de Poisson, com taxa igual a R$ 1 mil por mês. A empresa
fechará no momento que o seu capital for igual ou inferior a zero. Com base nessa situação, e
considerando exp(– 6) = 0,0025, julgue o item seguinte.
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Um ambulatório oferece atendimento médico rápido. Durante todo o dia, há sempre um único
médico de plantão que encaminha o paciente para um especialista se o caso for complicado
ou propõe um tratamento para os casos mais simples. Em 30% dos casos, os pacientes são
encaminhados para especialistas. O tempo t gasto pelo médico de plantão no atendimento
de cada paciente segue uma distribuição exponencial. Em média, o médico de plantão precisa
de 20 minutos para atender cada paciente. Os pacientes chegam ao ambulatório aleatoria-
mente, seguindo um processo de Poisson, a uma taxa média de 2 pacientes por hora.
Com relação à situação hipotética descrita acima, julgue o item a seguir, considerando a tabela
de 𝒆/𝒖 apresentada.
𝟐 × 𝟎, 𝟑 = 𝟎, 𝟔
Gabarito: Certo.
58
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𝟑!
𝑷(𝑿 = 𝟐) = . 𝟎, 𝟑𝟐 . 𝟎, 𝟕𝟏 = 𝟑 × 𝟎, 𝟎𝟗 × 𝟎, 𝟕 = 𝟎, 𝟏𝟖𝟗
𝟏! 𝟐!
Gabarito: Certo.
Sabendo que a mediana é o valor que acumula 50% das probabilidades, a mesma é igual a 2
(inferior a 3), motivo pelo qual a questão está errada.
Gabarito: Errado.
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Podemos observar que, na distribuição acima, temos 2 modas: 1 e 2. Concluímos que a questão
está incorreta, uma vez que a moda do número de pacientes que chegam ao ambulatório em um
intervalo de 1 hora é menor que 3.
Gabarito: Errado.
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Gabarito: Errado.
𝑬(𝑾𝟏 + 𝑾𝟐 + ⋯ + 𝑾𝒏 ) = 𝟏 + 𝟏 + ⋯ + 𝟏 = 𝟏 × 𝒏 = 𝒏
Gabarito: Certo.
61
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A figura acima apresenta um trecho de uma rodovia com três faixas de rolamento. Considere
que X(t) represente o número de veículos que passam nesse trecho durante um intervalo de
tempo de duração t (em minutos) e que X(t) siga um processo de Poisson com parâmetro 6t,
𝒆#𝟔𝒕 (𝟔𝒕)𝒙
ou seja, P(X(t) = x) = 𝒙!
. Suponha, ainda, que, no intervalo t, cada veículo selecione alea-
toriamente as faixas de rolamento 1, 2 e 3 com probabilidades 0,5; 0,3 e 0,2, respectivamente.
Com base nessas informações, julgue o próximo item.
O número de veículos que passam nesse trecho pela faixa de rolamento 3 durante um intervalo
de tempo de duração t (em minutos) segue um processo de Poisson com parâmetro 1,2t.
Comentários:
O número de veículos que passam nesse trecho segue uma distribuição de Poisson, com parâme-
tro 𝝀𝑿 = 𝟔𝒕 e média 𝑬(𝑿) = 𝝀 = 𝟔𝒕. Considerando que 20% desses veículos passam pela faixa 3,
ou seja, X3 = 0,2.X, então, pelas propriedades da esperança, temos:
Gabarito: Certo.
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Comentários:
O enunciado informa que X assume apenas dois valores X = 0, quando o processo vai para a
superintendência B, e X = 1, quando o processo vai para a superintendência A. Consta, ainda, a
informação de que a probabilidade de X = 1 é P(X = 1) = 0,8, que corresponde à probabilidade
de qualquer processo ir para a superintendência A.
Considerando que o número de processos que entram seguem uma distribuição de Poisson, então
o número de processos que vão para a superintendência A também seguem uma distribuição de
Poisson com parâmetro 𝝀 = 𝒏𝒑 = 𝟎, 𝟖𝒏, em que n corresponde ao número de processos que en-
traram.
𝑬(𝑨) = 𝝀 = 𝒏. 𝒑 = 𝟓 × 𝟎, 𝟖 = 𝟒
Gabarito: Certo.
𝑬(𝑩) = 𝝀 = 𝒏. 𝒑 = 𝟓 × 𝟎, 𝟐 = 𝟏
Gabarito: Certo.
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55. (CESPE/2012 – CNJ/Analista Judiciário) menos de três chamadas em uma hora é igual a
𝟖𝟓𝒆/𝟏𝟐 .
Comentários:
A probabilidade de receber menos de 3 chamadas corresponde a:
Comentários:
Em uma distribuição de Poisson, a probabilidade de [X = k] é dada por:
𝒆/𝝀 𝝀𝒌
𝑷(𝑿 = 𝒌) =
𝒌!
Pontue-se que a pergunta se refere a chamadas em 20 minutos, enquanto o parâmetro foi infor-
mado por hora, sendo 1 hr = 60 minutos = 3 x 20 minutos. Logo, o valor do parâmetro a cada 20
minutos é:
𝟏𝟐
𝝀= =𝟒
𝟑
Assim, a probabilidade de [X = 2] é:
𝒆/𝟒 𝟒𝟐
𝑷(𝑿 = 𝟐) = = 𝟖𝒆/𝟒
𝟐!
Gabarito: Errado.
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−𝝀 = 𝐥𝐧 𝟎, 𝟓
Como a questão trata de ln 2, vamos representar 0,5 = ½ como 2-1 e aplicar a propriedade do
logaritmo:
𝝀 = − 𝐥𝐧(𝟐/𝟏 ) = −(−𝟏 × 𝐥𝐧 𝟐) = 𝐥𝐧 𝟐
Logo, E(X) = 𝝀 = 0,2
Gabarito: Certo.
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𝒆/𝝀 𝝀𝒌
𝑷(𝑿 = 𝒌) =
𝒌!
𝒆/𝝀 𝝀𝟎 𝒆/𝝀 . 𝟏
𝑷(𝑿 = 𝟎) = = = 𝒆/𝝀 = 𝟎, 𝟏
𝟎! 𝟏!
Pela definição de logaritmo e sabendo que ln é o logaritmo na base e, temos:
−𝝀 = 𝐥𝐧 𝟎, 𝟏
Como temos ln 10, vamos representar 0,1 = 1/10 como 10-1 e aplicar a propriedade do logaritmo:
𝝀 = 𝟐, 𝟑
Em relação à alternativa A, sabemos que para a distribuição de Poisson, a variância é 𝑽(𝑿) = 𝝀.
Logo, o desvio padrão, que corresponde à raiz da variância é:
𝝈 = •𝑽(𝑿) = √𝝀 = •𝟐, 𝟑 ≅ 𝟏, 𝟓
Logo, a alternativa A está incorreta.
Em relação à alternativa B, a probabilidade de X > 1 é o complementar da probabilidade de X ≤
𝟏:
𝑷(𝑿 = 𝟏) = 𝟐, 𝟑 × 𝟎, 𝟏 = 𝟎, 𝟐𝟑
Portanto, a probabilidade P(X > 1) é:
Em relação à alternativa E, vimos que a esperança da distribuição de Poisson é igual ao seu parâ-
metro, ou seja:
𝑬(𝑿) = 𝝀 = 𝟐, 𝟑
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Gabarito: C.
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b) E(Y) < 20
c) O desvio padrão de Y é igual a 5.
d) Para k = 1, 2, 3, 4, 5, tem-se que P(Y = 0) >= P(Xk = 0)
e) A média semanal de erros processuais, denotada por Y/5, segue uma distribuição normal.
Comentários:
Considerando que a média da distribuição de Poisson é 𝝀𝑿 = 𝟓 e sabendo que a soma de variáveis
com distribuição de Poisson também apresenta distribuição de Poisson com parâmetro igual a
soma dos parâmetros, temos:
𝝀𝒀 = 𝟓 + 𝟓 + 𝟓 + 𝟓 + 𝟓 = 𝟐𝟓
Em relação à alternativa A, o coeficiente de variação de Y é dado por:
𝝈𝒀
𝑪𝑽 =
𝝁𝒀
Em uma distribuição de Poisson, temos 𝝁𝒀 = 𝑬(𝒀) = 𝝀𝒀 = 𝟐𝟓. Também sabemos que 𝑽(𝒀) = 𝝀𝒀 =
𝟐𝟓. Logo, o desvio padrão é 𝝈𝒀 = •𝑽(𝒀) = √𝟐𝟓 = 𝟓. Assim, o coeficiente de variação é:
𝟓 𝟏
𝑪𝑽 = =
𝟐𝟓 𝟓
Logo, a alternativa A está errada.
Em relação à alternativa B, vimos que 𝑬(𝒀) = 𝝀𝒀 = 𝟐𝟓. Logo, a alternativa B está errada.
Em relação à alternativa C, vimos que 𝝈𝒀 = •𝑽(𝒀) = √𝟐𝟓 = 𝟓. Logo, a alternativa C está correta.
𝑷(𝒀 = 𝟎) = 𝒆/𝟐𝟓
𝑷(𝑿𝒌 = 𝟎) = 𝒆/𝟓
Observa-se que 𝒆/𝟐𝟓 < 𝒆/𝟓 , logo P(Y = 0) < P(Xk = 0). Logo, a alternativa D está errada.
Em relação à alternativa E, a média semanal de erros processuais segue distribuição de Poisson.
Logo, a alternativa E está errada.
Gabarito: C.
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LISTA DE QUESTÕES
Texto para as questões 1 e 2.
Com base nas informações da tabela acima, em que são dadas a distribuição e a classificação
do índice de qualidade da água (X), instrumento para a avaliação das condições bacteriológi-
cas e físico-químicas de um corpo d’água, julgue o item subsequente.
1. (CESPE/2007 – IEMA-ES/Analista) O valor mediano da distribuição do índice X está en-
tre 40 e 80.
3. (CESPE/2011 – SEDUC-AM/Estatístico)
A tabela acima contém um conjunto de dados formado por quatro variáveis: RG; gênero ( M
= masculino; F = feminino); grau de instrução (1 = analfabeto; 2 = fundamental incompleto; 3
= fundamental completo; 4 = médio incompleto; 5 = médio completo ou superior); e hipera-
tividade (S = sim; N = não). Com base nessa tabela, julgue o item seguinte.
Com relação à variável dicotômica hiperatividade, atribuindo-se valor 1 para uma categoria e 0
para a outra, a média dessa variável binária representa a frequência relativa de observações que
receberam valor 1.
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os 250 municípios do estado. Nesse período experimental, foram registradas 48.000 ocorrên-
cias nos 10 municípios selecionados. Em 25% dessas ocorrências, as pessoas envolvidas foram
encaminhadas aos assistentes sociais. A partir dessas ocorrências, os 100 assistentes sociais
envolvidos nesse projeto atenderam, em média, 500 pessoas por mês. Os resultados obtidos
foram positivos, observando-se uma queda na reincidência de denúncias e ocorrências regis-
tradas nesses municípios após a implementação do projeto.
A partir dos dados apresentados no texto acima, julgue o item subsequente.
Para cada ocorrência registrada, considere uma variável aleatória binária W definida da seguinte
maneira: W = 1, no caso de pelo menos uma pessoa envolvida nessa ocorrência ser encaminhada
aos assistentes sociais; e W = 0, no caso de nenhuma das pessoas envolvidas nessa ocorrência ser
encaminhada aos assistentes sociais. Nessa situação, a variância da variável aleatória W é superior
a 0,30.
Com respeito ao texto, considere que cada imóvel ofertado em determinado ano seja classifi-
cado como vendido ou não-vendido, e, a um imóvel e classificado como vendido seja atribuído
um valor Z = 1, e, ao imóvel classificado como não-vendido, seja atribuído um valor Z = 0.
Supondo-se que as classificações dos imóveis como vendido ou não-vendido em um dado ano
possam ser consideradas como sendo realizações de uma amostragem aleatória simples, jul-
gue o item a seguir.
A variância de Z é superior a 0,30 e inferior a 1,0.
Texto para as questões 6 a 8.
(CESPE/2019 – TJ-AM/Analista Judiciário) É igual a 3/4 a probabilidade de determinado ad-
vogado conseguir decisão favorável a si em cada petição protocolada por ele na vara cível de
certo tribunal. O plano desse advogado é protocolar, sequencialmente, 12 petições nessa vara
cível durante o ano de 2020. Favoráveis ou não, as decisões do tribunal para petições são
emitidas na mesma ordem cronológica em que são protocoladas e são sempre independentes
entre si.
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A partir dessa situação hipotética, julgue os próximos itens, considerando as variáveis aleató-
rias X e Y, em que X = quantidade de decisões emitidas pelo tribunal até que ocorra a primeira
decisão não favorável ao advogado, e Y = quantidade de decisões emitidas pelo tribunal fa-
voráveis ao advogado.
6. (CESPE/2019 – TJ-AM/Analista Judiciário) Espera-se que, ao longo de 2020, exatamente
9 decisões sejam favoráveis ao advogado.
10. (CESPE/2016 – TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Se, dessa população, for coletada
uma amostra aleatória de tamanho n = 1, a probabilidade de um indivíduo apresentar valor 1
é igual a 0,5.
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13. (CESPE/2010 – ABIN/Oficial) Considerando-se que Y siga uma distribuição binomial com
parâmetros m e p e que X e Y sejam variáveis aleatórias independentes, é correto afirmar que
a soma X + Y segue uma distribuição binomial com parâmetros (n + m) e p.
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50.000, com probabilidade de 1/10 ou nenhuma venda, com probabilidade de 9/10. Conside-
rando que V seja a variável aleatória que indica o valor total de vendas diárias desse vendedor,
em milhares de reais, julgue o item que se segue.
Supondo-se que Xi seja a variável aleatória que indica o número de visitas do vendedor a clientes
no i-ésimo dia do mês de novembro, que Yi = Xi – 1 e que Z = Y1 + Y2 + ... + Y30, é correto afirmar
que Z será uma distribuição binomial de parâmetros n = 30 e p = 2/3.
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Considerando que a população de crianças nesse país seja muito grande, tomando-se uma amos-
tra aleatória de 10 crianças, a probabilidade de se encontrar nessa amostra exatamente três crian-
ças com algum tipo de dificuldade de aprendizagem é superior a 0,15.
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32. (CESPE/2018 – BNB/Analista Bancário) Julgue o próximo item, relativos a análise com-
binatória e probabilidade.
Situação hipotética: Para cada um dos 16 itens da prova objetiva de informática de um con-
curso público, o candidato deverá marcar na folha de respostas se o item é certo ou errado.
A condição para não desclassificação do candidato é que ele acerte o gabarito de pelo menos
10 desses itens.
Assertiva: Nesse caso, se o candidato marcar aleatoriamente todos os 16 itens, a probabilidade
𝟕×𝟏𝟏×𝟏𝟑
de ele não ser desclassificado é igual 𝟐𝟏𝟑
.
33. (CESPE/2018 – ABIN/Oficial Técnico) Julgue o item que se segue, relativo a análise mul-
tivariada.
Se X e Y forem variáveis independentes e tiverem distribuição normal com médias 𝝁𝑿 e 𝝁𝒀 , res-
pectivamente, e variâncias 𝝈𝟐𝑿 e 𝝈𝟐𝒀 , respectivamente, então a soma X + Y terá média 𝝁𝑿 + 𝝁𝒀 e
variância 𝝈𝟐𝑿 + 𝝈𝟐𝒀 .
34. (CESPE/2004 – Petrobras/Analista de PO) Julgue o item a seguir, a respeito dos mode-
los matemáticos de simulação.
As Distribuições de Poisson, Normal e Exponencial são distribuições contínuas, usadas para des-
crever o comportamento de variáveis em um processo de simulação.
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35. (CESPE/2010 – DETRAN-ES/Estatístico) Considerando que foi realizado estudo para mo-
delar a distribuição da quantidade X de pontos acumulados por infrações de trânsito cometi-
das por um condutor de veículo de passeio ao longo de um ano, julgue o item a seguir, rela-
tivos a probabilidades e inferência estatística.
Nessa situação, caso X siga uma distribuição de Poisson com desvio padrão 𝜎, o coeficiente de
𝟏
variação de X será igual a 𝝈.
36. (CESPE/2005 – SEAD-PA/Técnico) Uma variável aleatória de Poisson, com média 5, apre-
senta variância igual a.
a) 25
b) 15
c) 10
d) 5
e) √𝟓
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44. (CESPE/2010 – TRE-ES/Analista Judiciário) Uma empresa iniciou suas atividades com R$
30 mil de capital. O custo fixo mensal da empresa é de R$ 5 mil. As vendas de seus produtos
ocorrem segundo um processo de Poisson, com taxa igual a R$ 1 mil por mês. A empresa
fechará no momento que o seu capital for igual ou inferior a zero. Com base nessa situação, e
considerando exp(– 6) = 0,0025, julgue o item seguinte.
A probabilidade de a empresa sobreviver além do sexto mês de funcionamento é inferior a 0,95.
Um ambulatório oferece atendimento médico rápido. Durante todo o dia, há sempre um único
médico de plantão que encaminha o paciente para um especialista se o caso for complicado
ou propõe um tratamento para os casos mais simples. Em 30% dos casos, os pacientes são
encaminhados para especialistas. O tempo t gasto pelo médico de plantão no atendimento
de cada paciente segue uma distribuição exponencial. Em média, o médico de plantão precisa
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Com relação à situação hipotética descrita acima, julgue o item a seguir, considerando a tabela
de 𝒆/𝒖 apresentada.
45. (CESPE/2004 – Prefeitura Natal-RN/Estatístico) No ambulatório, em média, 0,6 paciente
por hora é encaminhado para especialista.
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A figura acima apresenta um trecho de uma rodovia com três faixas de rolamento. Considere
que X(t) represente o número de veículos que passam nesse trecho durante um intervalo de
tempo de duração t (em minutos) e que X(t) siga um processo de Poisson com parâmetro 6t,
𝒆#𝟔𝒕 (𝟔𝒕)𝒙
ou seja, P(X(t) = x) = 𝒙!
. Suponha, ainda, que, no intervalo t, cada veículo selecione alea-
toriamente as faixas de rolamento 1, 2 e 3 com probabilidades 0,5; 0,3 e 0,2, respectivamente.
Com base nessas informações, julgue o próximo item.
O número de veículos que passam nesse trecho pela faixa de rolamento 3 durante um intervalo
de tempo de duração t (em minutos) segue um processo de Poisson com parâmetro 1,2t.
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de pessoas que sofrem algum tipo de acidente em um centro comercial siga uma distribuição
de Poisson. Considerando que P(X = 0) = 0,1 e ℓn10 = 2,3, assinale a opção correta.
a) A distribuição X possui desvio padrão igual ou superior a 2.
b) P(X > 1) = 0,9.
c) 0,20 < P(X = 1) < 0,25
d) P(X < 0) > 0.
e) A esperança de X é igual ou superior a 3.
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e) A média semanal de erros processuais, denotada por Y/5, segue uma distribuição normal.
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GABARITO
1. ERRADO 21. ERRADO 41. CERTO
2. CERTO 22. CERTO 42. CERTO
3. CERTO 23. ERRADO 43. CERTO
4. ERRADO 24. CERTO 44. ERRADO
5. ERRADO 25. ERRADO 45. CERTO
6. CERTO 26. ERRADO 46. CERTO
7. ERRADO 27. CERTO 47. ERRADO
8. CERTO 28. CERTO 48. ERRADO
9. CERTO 29. CERTO 49. ERRADO
10. ERRADO 30. ERRADO 50. CERTO
11. ERRADO 31. ERRADO 51. CERTO
12. ERRADO 32. ERRADO 52. CERTO
13. CERTO 33. CERTO 53. CERTO
14. ERRADO 34. ERRADO 54. CERTO
15. ERRADO 35. CERTO 55. CERTO
16. ERRADO 36. LETRA D 56. ERRADO
17. ERRADO 37. ERRADO 57. CERTO
18. CERTO 38. ERRADO 58. LETRA C
19. ERRADO 39. ERRADO 59. ERRADO
20. CERTO 40. CERTO 60. LETRA C
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CONTROLE DE ALTERAÇÕES
Data da Alteração Descrição da Alteração
Correção dos comentários da questão 20; e
08/02/2021
Correção dos comentários e do gabarito da questão 21.