O documento resume um livro sobre escolas e professores reflexivos. Discute como a sociedade da informação afeta a educação e o papel da escola em formar cidadãos capazes de lidar com informações. Também aborda a importância da formação de professores reflexivos e da supervisão pedagógica para o desenvolvimento profissional dos professores. Finalmente, discute como gerir uma escola reflexiva com base em um projeto educativo democrático.
Descrição original:
Título original
Síntese - Professores reflexivos em uma escola reflexiva
O documento resume um livro sobre escolas e professores reflexivos. Discute como a sociedade da informação afeta a educação e o papel da escola em formar cidadãos capazes de lidar com informações. Também aborda a importância da formação de professores reflexivos e da supervisão pedagógica para o desenvolvimento profissional dos professores. Finalmente, discute como gerir uma escola reflexiva com base em um projeto educativo democrático.
O documento resume um livro sobre escolas e professores reflexivos. Discute como a sociedade da informação afeta a educação e o papel da escola em formar cidadãos capazes de lidar com informações. Também aborda a importância da formação de professores reflexivos e da supervisão pedagógica para o desenvolvimento profissional dos professores. Finalmente, discute como gerir uma escola reflexiva com base em um projeto educativo democrático.
RESENHA CRÍTICA – PROFESSORES REFLEXIVOS EM UMA ESCOLA
REFLEXIVA
ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva.- São Paulo,
Cortez, 2003.
O livro “Professores reflexivos em uma escola reflexiva” da autora Isabel
Alarcão é composto com quatro capítulos, além do prefácio, são estes: 1. Alunos, professores e escola face à sociedade da informação; 2. A formação do professor reflexivo; 3. Contributos da supervisão pedagógica para a construção reflexiva do conhecimento profissional dos professores; 4. Gerir uma escola reflexiva. Todos estes objetivando emergir uma discussão sobre o que há de ser uma escola reflexiva e como a mesma pode se formar e interferir na sociedade.
No primeiro capítulo do livro, Alarcão nos chama atenção a sociedade em que
vivemos, com acesso global aos mais diversos tipos de tecnologia, a qual ela nomeou sociedade da informação. Junto desta informação, exige-se competências específicas para lidar com elas, porém, nem todos tem essa oportunidade, gerando, pois, um fator de exclusão social, a info-exclusão. Deste modo, a autora afirma a necessidade de saber lidar com as informações que são diariamente distribuídas, já que é fato que existem informações que visam o bem, mas igualmente as que visam o mal. O indivíduo, então, deve ter a capacidade de discernimento para o que pode lhe ajudar ou não.
O papel da escola nesta nova era é um tanto complexo, já que a mesma,
diferindo de tempos passados, não mais tem o monopólio do saber, desta maneira a escola tem a missão de formar cidadãos que possam escolher as informações que serão importantes para sua formação, e que a partir destas possam criar conhecimento. Nos dias atuais, porém, não se exigem somente conhecimentos, mas também capacidades, experiências, contatos e valores, isto é , competências (“capacidade de utilizar saberes para agir em situação” (p.20) ) que devem ser objeto de ensino nas escolas, elevando o aluno “através da informação, da compreensão e da visão para chegar a sabedoria” (p. 18), criando assim, um sujeito adaptável e autônomo. O professor, pois, deve ser o estruturador e animador das aprendizagens e não, somente, estruturador do ensino. Portanto, uma escola reflexiva na era da informação é aquela que pensa incansavelmente em si própria, na missão social destinada a mesma e na sua organização para desenrolar um processo contínuo de formação e avaliação.
No segundo capítulo, Alarcão elucida sobre a formação do professor reflexivo,
primeiramente explicando o que seria um professor reflexivo, afirmando que o mesmo trata-se de um educador capaz de pensar e refletir, sendo criativo e não mero executor de ideias e práticas exteriores, para que isto ocorra é necessário todo um suporte a este profissional, que também, deste modo, não deve agir isolado na sua escola, tendo contato com os colegas de trabalho para assim construir uma profissionalidade docente. O desafio, pois, é formar professores reflexivos para e numa escola reflexiva, para isto, é essencial contextos que favoreçam o desenvolvimento deste profissional e desta escola, contextos de liberdade, responsabilidade, etc. Criando professores pensantes, intelectuais, que tenham a capacidade de gerir sua própria ação profissional. A autora, então, discorre algumas estratégias de desenvolvimento da reflexão que auxiliam a formação deste professor reflexivo, sendo elas: 1. Pesquisa-ação com abordagem reflexiva e aprendizagem experencial; 2. A análise de casoa; 3. As narrativas; 4. Os portfólios; e, finalmente, 5. As perguntas pedagógicas. No terceiro capítulo, a autora explana sobre qual a contribuição dada para o professor para sua formação reflexiva vinda da supervisão. Caracterizando, primeiramente, a natureza do conhecimento dos professores, dando assim múltiplos conhecimentos que este professor deve buscar. A supervisão diante destes diversos conhecimentos, segundo Alarcão, é uma atividade que visa o desenvolvimento profissional destes professores, situando-se em um nível imediato de ação, entendendo que sua atividade é psico-social, se utilizando de interação, animação e propiciar o desenvolvimento de capacidade, atitudes e conhecimentos para melhor realização do trabalho docente.
O quarto capítulo, Alarcão elucida seu pensamento sobre a gestão de uma
escola reflexiva. Assim, a escola deve ser pensada, segundo a autora, como uma organismo vivo, que é norteado pela concretização de um grande plano: o projeto educativo da escola. Isto quer dizer, que este projeto deve ser pensado de acordo com o contexto da escola e a finalidade principal da educação e ser realmente vivido por esta, tendo pensamento e vida próprios, onde os professores se sintam úteis e os alunos tenham desejo de aprender. Se constituindo em um ambiente democrático, gerir uma escola reflexiva seria, pois, ser capaz de mobilizar as pessoas para serem atores ativos sociais e transformarem o projeto educativo em um projeto de ação.
De fato, o livro trouxe uma essencial ideia sobre a importância da reflexão no
âmbito escolar, sendo o professor um profissional ativo na sua missão para com a sociedade e podendo formar também uma escola que reflita estes ideais. É entender que cada instituição de aprendizagem tem suas especificidades que devem ser respeitadas e principalmente que estas devem ter autonomia para decidir o que é melhor para a instituição, não tornando-se, apenas mera executora de ideias exteriores. O Brasil necessita de escolas reflexivas que tenham como seu principal objetivo a missão de educar para a criticidade, para autonomia, para formação de cidadãos que tenham as capacidades de liderança, partilha, aprendizagem em grupo e visão sistemática.