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Ciência da informação 1

Ciência da informação
Ciência da Informação é a ciência que estuda a informação desde a sua gênese até o processo de transformação de
dados em conhecimento. Estuda ainda a aplicação da informação em organizações, seu uso, e estuda as interações
entre pessoas, organização e sistemas de informação. Logística da Informação, planejamento de informação,
modelagem de dados e análise, são as principais áreas de estudo. Entre outras áreas estão a teoria da organização.
Todos os campos do conhecimento alimentam-se de informação, mas poucos são aqueles que a tomam por objeto de
estudo e este é o caso da Ciência da Informação. Por outro lado, esta informação de que trata a Ciência da
Informação movimenta-se num território multifacetado, tanto podendo ser informação numa determinada área
quanto sob determinada abordagem.
Assim, informação, por ser objeto de estudo da Ciência da Informação, permeia os conceitos e definições da área. E,
embora informação não possa ser definida nem medida, o fenômeno mais amplo que este campo do conhecimento
pode tratar é a geração, transferência ou comunicação e uso da informação, aspectos contidos na definição de
Ciência da Informação. Por outro lado, deve ser explicitado que, embora haja relação profunda entre conhecimento e
informação, os dois termos são distintos, portanto, não são sinônimos e, na literatura, esta é uma questão
recorrente.[1]

Origens e Evolução da Ciência da Informação


A Ciência da Informação nasceu no bojo da evolução científica e técnica que se seguiu à Segunda Guerra Mundial.
A história da Ciência da Informação sofreu influência de duas disciplinas, que contribuíram não só para sua gênese,
mas , também para o seu desenvolvimento: a Documentação, que trouxe novas conceituações e a Recuperação da
Informação, que viabilizou o surgimento de sistemas automatizados de recuperação de informações. Com a
Revolução Industrial na Europa e nos Estados Unidos, no final do século XIX, a quantidade de informações
registradas cresceu de forma assustadora, e várias tentativas foram feitas para realizar um Controle Bibliográfico
Universal.
O documento ampliou o campo de atuação dos profissionais da área ao ultrapassar os limites do espaço da biblioteca
e agregar novas práticas de organização e novos serviços de documentação. Sendo, o Instituto Internacional de
Bibliografia pode ser compreendido como acontecimento importante na gênese da Ciência da Informação, do qual
brota a idéia de bibliografia e registro, memória do conhecimento científico, desvinculada dos organismos como
arquivos e bibliotecas, e de acervos.
O Surgimento dos Sistemas Automatizados de Recuperação da Informação é considerado o sustentáculo para
surgimento da Ciência da Informação. A situação após a Segunda Guerra despertou, notadamente nos países
desenvolvidos, um grande interesse pelas atividades de ciência e tecnologia, ocasionando um aumento considerável
de conhecimentos. Esse Fenômeno, denominado como “explosão de informação”, caracterizou-se por um
crescimento exponencial de registros de conhecimento, particularmente em ciência e tecnologia. Tal fenômeno trazia
em seu bojo um problema básico, que era a tarefa de tornar mais acessível um acervo crescente, proveniente
daqueles registros.
O emprego do computador no tratamento e na recuperação da informação de maneira sistemática trouxe novas
perceptivas para serviços de bibliotecas e de informação, notadamente, nas indústrias. O computador permite um
comportamento mais preciso e racional no tratamento da informação, além de possibilitar a manipulação de grade
dados. O trabalho com a recuperação de informações deu subsídio para o desenvolvimento de inúmeras aplicações
bem-sucedidas (produtos, sistemas, redes, serviços).[2]
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Gênese da Ciência da Informação


A Ciência da Informação nasceu para resolver um grande problema, que foi também grande preocupação tanto para
Documentação quanto da Recuperação da Informação. Que é o de reunir, organizar e tornar acessível o
conhecimento cultural, científico e tecnológico produzindo em todo mundo.
Um evento importante para o desenvolvimento da área, foi quando passou por uma acentuada evolução após
Segunda Guerra Mundial, ocasionada pelo surgimento da Teoria da Matemática da Informação, descrita por Shanon
e Weaver no final dos anos 1940. Essa teoria, adotada por muitas outras áreas, explica os problemas de transmissão
de mensagens através de canais mecânicos de comunicação. O princípio de toda comunicação implica na
transmissão de uma mensagens entre uma fonte(emissor) e um destino (receptor) utilizando um canal. O emissor ou
fonte pode ser um individuo , um grupo ou um empresa. O receptor ou destinatário e quem recebe a mensagem. Esse
modelo de comunicação, elaborado por engenheiros para comunicação entre máquinas, não atendeu às necessidades
teóricas da Ciência da Informação, mas vez que, ao se que chegam em todos os lados, sendo necessária uma seleção
para compreender aquelas que interessam particularmente a um individuo. A data de 1958 é assinalada como uns dos
marcos na formalização da nova disciplina, quando foi fundado, no Reino unido, o Institute of Information Scientists
(IIS).Na industria moderna houve um acrescente demanda de informação para maior desempenho das organizações.
Como a atividade se expandiu e se formalizou, houve necessidade de treinamento para aqueles que optavam por essa
atividade, o conjunto desse treinamento passou a se chamar “Ciência da Informação”. O uso do termo cientista da
informação pode ter tido a intenção de distinguir os cientistas de laboratório, uma vez que o interesse principal
daqueles membros era a organização da informação científica e tecnológica. Os membros denominados cientistas da
informação eram profissionais de várias disciplinas que se dedicavam às atividades de organizar e suprir de
informação científica.
Os avanços da informática desde a década de 1960 transformaram e estimularam as atividades de armazenamento e
recuperação da informação. Com a utilização do computador , a Ciência da Informação passou a enfrentar novos
desafios. Assim , da atividade de recuperar informações emergiram novas questões a serem estudadas, necessidades
de novas conceituações e construções teóricas, empíricas e pragmáticas. O impacto dos computadores e das
telecomunicações no gerenciamento da informação foi tão grande que hoje a Ciência da Informação e tecnologia da
informação estão frequentemente juntas na discussão sobre o percurso da área.[3]
Está estreitamente relacionada a outras ciências como:
• Arquivologia
• Administração
• Biblioteconomia
• Ciência da Computação
• Comunicação Social
• Contabilidade
• Engenharia de Produção
• Engenharia de software
• Gestão do Conhecimento
• Gestão da Informação
• Gestão de Projetos
• Museologia
• Sistemas de Informação
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Programas de Pós-Graduação
A formação de recursos humanos qualificados constitui elementos básicos para desenvolvimento e a consolidação de
todo campo de conhecimento. No caso da Ciência da Informação, essa formação ocorre em dois momentos. O
primeiro é a graduação em Biblioteconomia ou em Ciência da Informação, quando se possibilita ao aluno a
introdução na prática da pesquisa por meio dos programas de iniciação Científica.
Entretanto, a formação de recursos humanos para pesquisa e a docência ocorre em um segundo momento, por meio
dos cursos e programas de pós-graduação, que oferecem a pós-graduação, que oferecem a pós-graduação stricto
sensu, ou seja, nível de mestrado e doutorado. Estes são abertos a graduados proveniente de diferentes áreas, desde
que atendam aos critérios de seleção estabelecidos.
No Brasil, segundo o site da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação
(ANCIB), o campo conta com 8 programas de pós-graduação, abrigados nas seguintes instituições:
• Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT)), em convênio com a Universidade Federal
Fluminense (UFF) - Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação – Mestrado - 1970. Doutorado -
1992.
• Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação –
Mestrado 1976 e Doutorado – 1997
• Universidade Federal da Paraíba (UFPB) - Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação – Mestrado –
1977
• Universidade de Brasília (Unb) Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação– Mestrado – 1978 e
Doutorado - 1982
• Universidade Estadual Paulista “Julio de mesquita Filho” (Unesp de Marília) Programa de Pós-Graduação em
Ciência da Informação – Mestrado – 1998 e Doutorado - 2005
• Universidade Federal da Bahia (UFBA) Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação – Mestrado -
1998
• Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação -
Mestrado – 2003
• Universidade de São Paulo - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP – ECA) -
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação - Mestrado e Doutorado - 2006 (Origem: Mestrado, 1972.
Doutorado, 1980, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação).
A Ciência da Informação está também presente em outros programas:
• Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação –
Mestrado – 1995 e Doutorado - 2000.
• Universidade Estadual de Londrina (UEL) - Mestrado Profissional em Gestão da Informação - Mestrado
profissional - 2008.
• Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) - Programa De Pós-Graduação Em Memória Social
– Mestrado - 1988. Doutorado - 2005.
• Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) - Programa De Pós-Graduação Em Museologia e
Patrimônio - Mestrado, 2006.[4] .[5]
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Ver também
• Arquitetura de Informação
• Biblioteconomia
• Ciência da computação
• Sistemas de Informação
• Informática
• Inteligência Organizacional
• Design de informação
[1] PINHEIRO, Lena Vânia Ribeiro, Informação: esse obscuro objeto da ciência da informação. Morpheus, vol 2, n.4, 2004. Disponível em :
http:/ / www. unirio. br/ morpheusonline/ Numero04-2004/ lpinheiro. htm
[2] ANDRADE, M. E. A.; OLIVEIRA, M. A. Ciência da Informação no Brasil. In: OLIVEIRA, Marlene de.(Coord.). Ciência da informação e
biblioteconomia: novos conteúdos e espaço de atuação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005. p. 09-12
[3] ANDRADE, M. E. A.; OLIVEIRA, M. A. Ciência da Informação no Brasil. In: OLIVEIRA, Marlene de.(Coord.). Ciência da informação e
biblioteconomia: novos conteúdos e espaço de atuação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005. p. 13-14
[4] Pós-Graduações em CI (http:/ / www. ancib. org. br/ pos-graduacoes-em-ci). ancib.org.br. Página visitada em 17 de Junho de 2010.
[5] ANDRADE, M. E. A.; OLIVEIRA, M. A. Ciência da Informação no Brasil. In: OLIVEIRA, Marlene de.(Coord.). Ciência da informação e
biblioteconomia: novos conteúdos e espaço de atuação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005. p. 45-60

Ligações externas
• Portal de Referência em Arquivologia, Biblioteconomia e Ciência da Informação NDC/UFF (http://www.ndc.
uff.br/portaldereferencia/)
• Portal do ANCIB (http://www.ancib.org.br/)
• Periódico Científico Ciência da Informação (http://www.ibict.br/cienciadainformacao/)
• Periódico Científico Arquivística.net (http://www.arquivistica.net/ojs/index.php)
• Dicionário Electrônico de Terminologia em Ciência da Informação - DeltCI (http://www.ccje.ufes.br/dci/
deltci/index.htm)
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Ciência da informação  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=22098232  Contribuidores: Aleph73, Alexanderps, Ana 9, Andreia Morais, AndreiaFSP, Andrericardoluz, Enock, Gil
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