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Seminário Teológico do Nordeste STNe- MIPC

Disciplina: Evangelização
Professor: Rogério Cunha
Aluno: Thiago Carvalho Sousa
Observações:
a) Todas as respostas devem conter justificativas bíblicas;
b) As respostas devem (no mínimo) demostrar conhecimento do que foi dito em
sala de aula e nas literaturas básicas.
c) Uma média de 150 palavras em cada resposta.
d) O tempo de prova será de 19: 00 às 21: 30
e) Escolha 5 das questões para responder.
f) Cada uma das respostas vale 1, 0 ponto.
g) A prova deve ser respondida individualmente com consulta.

Avalição (Vale 5 pontos)

1) O que é evangelização e qual a importância de um arcabouço teológico saudável


para a correta execução dessa tarefa?
A palavra evangelho significa “boas novas”, assim a evangelização consiste na
proclamação dessas boas notícias. Esse conceito é utilizado nas Escrituras a fim de
explicitar que os eventos relacionados ao plano redentivo de Deus são uma maravilhosa
obra, a qual deveria impelir os homens ao regozijo. Citando Isaías 52.7, Paulo afirma a
beleza que há no ato da propagação das boas novas de Salvação (Rm 10.15). A
apropriada proclamação dessas boas notícias requer o conhecimento das verdades
teológicas presentes nessa mensagem. Tal conhecimento é indispensável, pois trata-se
de uma mensagem construídas ao longo de milhares de anos, sendo anunciada
embrionariamente logo após a queda (Gn 3.15), progredindo até seu ápice, na
encarnação de Cristo. O conhecimento desse arcabouço teológico é indispensável para
que possamos relacionar apropriadamente os atos redentivos de Deus e apresentá-los
corretamente aos que nos ouvem (veja-se Lc 24.27 At 8.26-35).
2) De acordo com o que foi visto no módulo, explique a afirmação: “O Deus trino é
o autor da evangelização.”
O Deus trino é o autor da salvação, pois a mesma foi planejada pela divindade naquilo
que conhecemos como pactum salutis. Esse pacto foi firmado antes mesmo da queda, de
modo que cada uma das três pessoas da Trindade exerceria uma função que resultaria na
salvação dos eleitos de Deus. Todo o processo de nossa salvação foi projetado por Deus
(Rm 8.29-30) e só se tornou possível por sua ação soberana. Foi o Pai quem enviou o
Filho (1Jo 4.10) e o qualificou para o exercício de sua obra (Lc 4.18,19), a fim de que
nossos a condenação do nosso pecado estivesse sobre ele (Is 53.10) e por fim,
ressuscitando-o dentre os mortos (At 2.24). Quanto ao Filho, este se entregou pro nós
(Fp 2.6,7), fazendo-se maldição em nosso lugar (Gl 3.10,13). Por fim, o Espírito, é
aquele que abre nosso entendimento, conduzindo-nos à verdade (Jo 16.13),
testemunhando acercado do Filho e de sua obra.

3) Cite e desenvolva pelo menos 4 razões para se envolver na evangelização?

4) O que é um Evangelista? Qual a diferença entre os evangelistas descritos nas


Escrituras Sagradas e os atuais evangelistas? Justifique sua resposta.

À luz do Novo Testamento, os evangelistas desenvolviam uma função semelhante à dos


apóstolos. Assim como Cristo enviou seus doze apóstolos (Lc 9.1-6), posteriormente
enviou setenta de seus discípulos a anunciar as boas novas, conferindo-lhes autoridade e
poder assim como havia feito com os apóstolos (Lc 10.1, 17-20). Além dos apóstolos,
em Atos temos relatos sobre a vida dos apóstolos que pregavam o evangelho e
operavam milagres, por semelhante modo, temos os evangelistas exercendo tais coisas
(At 6.8-14; 8.4-8). Apesar de exercer funções semelhantes, os evangelistas não gozavam
da mesma autoridade apostólica relacionada à liderança da igreja de Deus, mas
podemos considera-los como auxiliares dos apóstolos. Assim como o ministério
apostólico, o ministério dos evangelistas cessou, por tratar-se de funções que eram
acompanhadas de dons extraordinários. Aqueles denominados evangelistas em nosso
tempo não podem ser vistos sob a mesma perspectiva dos evangelistas descritos na
Escritura, ainda que haja semelhança no que diz respeito à função exercidas por eles na
propagação do evangelho.

5) Como lidar com as questões culturais na evangelização? Seria necessário adaptar


algo? O que deveria ser adaptado.
Conhecer os aspectos culturais de um povo a quem pretendemos evangelizar é
essencial. Este é um fator importante por alguns fatores: (1) Conquanto saibamos da
liberdade que gozamos em Cristo, se preciso for, devemos abrir mão de certas
liberdades a fim de que nossa liberdade não fira a consciência daqueles que tenham
resistência a determinadas questões culturais. O propósito disso é impedir que tais
cosias constituam-se um empecilho para a mensagem que transmitimos (ver 1Co 9.20);
(2) O evangelismo não consiste em pregar mudança de costumes, salvo aqueles que
ferem os princípios bíblicos; (3) por fim, a mensagem pregada precisa oferecer resposta
apropriada às necessidades e questionamentos de cada cultura. Embora a mensagem
bíblica seja a mesma para todos os povos, a aplicação da mesma deve mostrar a
relevância da mesma para qualquer cultura na qual se está inserido.
6) Como você incentivaria sua igreja a se envolver com a atividade da
evangelização? Justifique com as Escrituras Sagradas.
Todo cristão deve conscientizar-se de que a todos os povos cabe o dever de Louvar a
Deus (Sl 117.1), e se tiver amor e zelo pela glória de Deus, certamente desejaremos ver
que todos os povos se prostrem ante a ele glorificando seu nome. Contudo, para que isso
ocorra, é preciso que os ímpios ouçam a pregação do evangelho. Assim, todos devem
engajar-se na obra de evangelização, seja atendendo ao chamado para ser um arauto,
dando cumprimento à grande comissão (Mt 28.19,20) ou então rogando a Deus para que
ele levante pessoas dispostas a fazê-lo (Mt 9.37,38), esforçando-se para testemunhar
com a própria vida acerca do poder transformador do evangelho, evitando que o nome
de Deus seja blasfemados por causa do nosso mau proceder (Rm 2.24).

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