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MÓDULO DE:

CIDADANIA AMBIENTAL E PLANETÁRIA

AUTORIA:

DORALICE VEIGA ALVES


JOSÉ CARLOS DOS SANTOS

Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil


Módulo de: CIDADANIA AMBIENTAL E PLANETÁRIA

Autoria: DORALICE VEIGA ALVES

JOSÉ CARLOS DOS SANTOS

Primeira edição: 2008

CITAÇÃO DE MARCAS NOTÓRIAS

Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste módulo. Mais do que simplesmente listar
esses nomes e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o
autor declara estar utilizando tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos.
Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente a aplicação didática,
beneficiando e divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas de
autenticidade de sua utilização e direitos autorais.
E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados
em pesquisas de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram expostas ao comércio
livre editorial.

Todos os direitos desta edição reservados à


ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA
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Av. Santa Leopoldina, nº 840/07
Bairro Itaparica – Vila Velha, ES
CEP: 29102-040
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil
A presentação

O módulo começa incentivando a investigação acerca do que compreendemos


sobre o conceito “cidadania”. Na sequência aplica duas definições divergentes na
compreensão do respectivo conceito. Adentra, brevemente, nos campos da ética e
estética – vistas como categorias para se pensar a cidadania. Passando para a
reflexão acerca dos desejos de cidadania mundial. Depois se encaminha para
pensar a pobreza como consequência dos problemas ambientais (e vice-versa).
No trânsito destina espaço de estudo para estimular o pensar sobre como
combater os mais diversos tipos de pobreza – pelo caminho da cidadania. Por fim,
destina-se ao estudo do panorama da pobreza e das questões ambientais nos
recantos mais pobres do mundo – sempre lançando a questão: o que se pode
fazer?

Este módulo possui as seguintes características:

 Textos selecionados pelo viés da (a) fácil compreensão e (b)


profundidade, que são dispostos para leitura em fragmentos e, na sequência,
discorrem baterias de exercícios e dicas complementares.

 O material produzido não serve somente como estudo para o aluno da


ESAB, mas foi pensado e desenvolvido para que sirva de apoio didático na prática
cotidiana da Educação ambiental (por isto a opção por uma linguagem clara e
simples em sua realização).

 O módulo incentiva a pesquisa e a compreensão do uso da internet como


forma de conhecer e interagir em rede com instituições e espaços acadêmicos e
cidadãos que abordam a questão ambiental. Visto também que o uso do
computador e de textos da internet e das multimídias (e-livros, etc) é um
componente que devemos incentivar visto a questão da preservação da natureza.
O bjetivo

Incentivar a consciência para o despertar da cidadania ambiental e planetária.

E menta

O que é cidadania; movimentos pela cidadania planetária; experiências nacionais


de cidadania planetária.

S obre o Autor

Doralice Veiga Alves:

 Mestre em Serviço Social (PUC-SP);

 Bacharel em Serviços Social (UFES).

José Carlos dos Santos:

 Doutorando em Ciências da Religião (PUC-SP);

 Licenciado em filosofia (PUC-MG);

 Sócio-fundador da Associação Brasileira de Serviço Social Ecológico


S UMÁRIO

APRESENTAÇÃO ..................................................................................3

OBJETIVO ..............................................................................................4

EMENTA .................................................................................................4

SOBRE O AUTOR ..................................................................................4

SUMÁRIO ...............................................................................................5

UNIDADE 1 .............................................................................................8
Imaginário pessoal acerca da Cidadania ............................................................. 8
UNIDADE 2 ...........................................................................................13
O que as pessoas falam sobre a cidadania ....................................................... 13
UNIDADE 3 ...........................................................................................15
Todo mundo deve ser cidadão? Devemos lutar para conquistar a cidadania?.. 15
UNIDADE 4 ...........................................................................................18
Conceito de Cidadania Planetária ..................................................................... 18
UNIDADE 5 ...........................................................................................23
Repensando o conceito de Cidadania Planetária .............................................. 23
UNIDADE 6 ...........................................................................................25
A Ética como impulso para as ações de cidadania ............................................ 25
UNIDADE 7 ...........................................................................................28
A Estética como impulso para as ações de cidadania ....................................... 28
UNIDADE 8 ...........................................................................................30
Os desejos de cidadania mundial- I ................................................................... 30
UNIDADE 9 ...........................................................................................33
Os desejos de cidadania mundial - II ................................................................. 33
UNIDADE 10 .........................................................................................34
O que é pobreza ................................................................................................ 34
UNIDADE 11 .........................................................................................36
As causas da Pobreza ....................................................................................... 36
UNIDADE 12 .........................................................................................40
A Pobreza gera problemas ambientais .............................................................. 40
UNIDADE 13 .........................................................................................43
Ação de cidadania Planetária: Combater a pobreza econômica ....................... 43
UNIDADE 14 .........................................................................................47
Estudo de caso: projetos de combate à pobreza econômica............................. 47
UNIDADE 15 .........................................................................................50
Ação de cidadania Planetária: Combater a pobreza social................................ 50
UNIDADE 16 .........................................................................................54
Estudo de caso: projetos de combate à pobreza social. .................................... 54
UNIDADE 17 .........................................................................................57
Ação de cidadania Planetária: Combater a pobreza material. ........................... 57
UNIDADE 18 .........................................................................................63
Estudo de caso: projetos de combate à pobreza material. ................................ 63
UNIDADE 19 .........................................................................................66
Ação de cidadania Planetária: Combater a pobreza energética (ou espiritual). 66
UNIDADE 20 .........................................................................................69
Estudo de caso: projetos de combate à pobreza energética (ou espiritual)....... 69
UNIDADE 21 .........................................................................................72
Parecer crítico das formas de combate à pobreza: tema para Fórum ............... 72
UNIDADE 22 .........................................................................................73
Como o meio ambiente afeta a pobreza. ........................................................... 73
UNIDADE 23 .........................................................................................77
Como o meio ambiente afeta a pobreza: questões para fixação. ...................... 77
UNIDADE 24 .........................................................................................79
Panorama sócio-ambiental da América Latina .................................................. 79
UNIDADE 25 .........................................................................................85
Exemplificando a Cidadania Planetária na América Latina................................ 85
UNIDADE 26 .........................................................................................86
Panorama sócio-ambiental da África ................................................................. 86
UNIDADE 27 .........................................................................................92
Exemplificando a Cidadania Planetária na África .............................................. 92
UNIDADE 28 .........................................................................................93
Panorama socioambiental da Ásia .................................................................... 93
UNIDADE 29 .........................................................................................99
Exemplificando a Cidadania Planetária na Ásia. ............................................... 99
UNIDADE 30 .......................................................................................100
Exemplos de construção de ações cidadãs: tema para fórum. ........................ 100
GLOSSÁRIO.......................................................................................105

BIBLIOGRAFIA ..................................................................................106
U NIDADE 1
Imaginário pessoal acerca da Cidadania

Objetivo: Despertar a mente para o estudo do conceito Cidadania.

Seja muito bem-vindo ao estudo deste módulo que quer, sobretudo, ampliar a
nossa compreensão sobre o que vem a ser cidadania.

Cidadania é uma palavra que está na boca do povo. Qualquer um fala e a usa.
Entretanto: o que é cidadania? E, sobretudo, devemos levantar neste nosso
estudo a seguinte questão: o que é cidadania planetária?

Garanto-lhe que o assunto é extremamente agradável e útil e sei que você muito
dele se aproveitará em seu trabalho junto aos seus destinatários. Muito bom
estudo é o que lhe desejo.

Mas, antes de iniciarmos o conteúdo específico, apresentaremos o objetivo geral e


uma breve exposição do que tanto abordará este módulo.

O nosso objetivo geral é incentivar a consciência para o despertar da cidadania


ambiental e planetária.

O nosso módulo começa incentivando a investigação acerca do que


compreendemos sobre o conceito “cidadania”. Na sequência aplica duas
definições divergentes na compreensão do respectivo conceito. Adentra,
brevemente, nos campos da ética e estética – vistas como categorias para se
pensar a cidadania. Passando para a reflexão acerca dos desejos de cidadania
mundial. Depois se encaminha para pensar a pobreza como consequência dos
problemas ambientais (e vice-versa). No trânsito destina espaço de estudo para
estimular o pensar sobre como combater os mais diversos tipos de pobreza – pelo
caminho da cidadania. Por fim, destina-se ao estudo do panorama da pobreza e
das questões ambientais nos recantos mais pobres do mundo – sempre lançando
a questão: o que se pode fazer?

Uma observação:

Como todos os módulos pertencentes ao programa de Educação Ambiental


Urbana, este possui as seguintes características:

- Textos selecionados pelo viés da (a) fácil compreensão e (b) profundidade, que
são dispostos para leitura em fragmentos e, na sequência, discorrem baterias de
exercícios e dicas complementares.

- O material produzido não serve somente como estudo para o aluno da ESAB,
mas foi pensado e desenvolvido para que sirva de apoio didático na prática
cotidiana da Educação ambiental (por isto a opção por uma linguagem clara e
simples em sua realização).

- O módulo incentiva a pesquisa e a compreensão do uso da internet como forma


de conhecer e interagir em rede com instituições e espaços acadêmicos e
cidadãos que abordam a questão ambiental. Visto também que o uso do
computador e de textos da internet e das multimídias (e-livros, etc) é um
componente que devemos incentivar visto a questão da preservação da natureza.

Muita atenção!

Agora, uma observação válida para a leitura de todos os textos selecionados


neste nosso módulo:

As referências bibliográficas das citações encontram-se na página virtual


BIBLIOGRAFIA. As citações no corpo deste módulo vêm sinaladas por um
asterisco (*) – solicito que você se dirija à página virtual para conferir, por
unidades, o que foi lançado.
Cite exemplos de como as pessoas exercem/ou não a sua cidadania nos espaços
abaixo levantados. E procure dar uma justificativa para o que faz, no seu
entendimento, que uma pessoa exercite/ou não no respectivo espaço a cidadania.

CIDADANIA FAMILIAR

Como se exercita Como se omite

* *

* *

* *

Questões:

Existe esta cidadania?

O que a caracteriza?

Como ela funciona?

Reprodução
CIDADANIA RELIGIOSA

Como se exercita Como se omite

* *

* *

* *

Questões:

Existe esta cidadania?

O que a caracteriza?

Como ela funciona?

CIDADANIA COMUNITÁRIA

Como se exercita Como se omite

* *

* *

* *

Questões:

Existe esta cidadania?

O que a caracteriza?

Como ela funciona?


CIDADANIA POLÍTICA

Como se exercita Como se omite

* *

* *

* *

Questões:

Existe esta cidadania?

O que a caracteriza?

Como ela funciona?

O que estes conceitos acima lhe fazem pensar? Por exemplo: existem diversos
âmbitos para se pensar o conceito cidadania? Cidadania se refere somente à
esfera social-política ou vai além dela?

É possível não ser cidadão na família, na igreja...

Como se estruturam as mais diversas facetas da cidadania?

Qual adjetivo você aplicaria para ajudar a conceituar cidadania? Explique o


uso deste.

Obs.: Não se esqueça de que todas estas atividades servem como estudo para
você e dinâmica a ser aplicada na comunidade, escola...
U NIDADE 2
O que as pessoas falam sobre a cidadania

Objetivo: Levantar opiniões sobre o que é cidadania.

Em um Fórum On-line realizado pela “Aprende Brasil” discutindo “O que é


Cidadania” os participantes foram apresentando suas opiniões.

De modo geral, numa dinâmica ou em um trabalho de educação ambiental sempre


comece a atividade perguntando aos seus destinatários como eles precisam
pessoalmente o conceito que irão trabalhar. Neste módulo, por exemplo,
iniciaremos por análises mais subjetivas para depois partir para estudos mais
objetivos e complexos. Faça o mesmo quando for trabalhar as categorias de
cidadania planetária na perspectiva da conscientização – para, depois estabelecer
paralelos entre o que as pessoas entendem por cidadania e o que é cidadania nas
mais variadas concepções.

 Re:o que é cidadania? - gostaria de saber o significado da palavra


... (dayse - 23/02/2001)

 Re:o que é cidadania? - Para mim cidadania é ser bom


... (ColégioCecap - 16/03/2001)

 Re:o que é cidadania? - Ser cidadão é ser alguém no Mundo


... (Bruno LOT - 16/03/2001)

 Re:o que é cidadania? - sem cidadania a cidade n cresce! (Taci -


28/06/2001)

 Re:o que é cidadania? - Ser cidadão é muito bom

 (Bruno LOT - 16/03/2001)


 Re:o que é cidadania? - Todos tem direito de ser cidadão (Bruno LOT
8ª - 16/03/2001)

 Re:o que é cidadania? - cidadania, é quando a pessoa exerce seus


direitos... (GABRIELADE FARIAS FORTE - 19/04/2001)

 Cidadania - Toda pessoa tem seus direitos e deveres ... (Ricardo e


Irineu - 03/07/2001)

 Re:CIDADANIA: uma questão de reconstruir a prática social - É de


muito valor a sua exposição ... (Marcia Fernandes - 29/03/2001)

 Re:para que cidadania estamos a educar? - Pois é, a cidadania é


uma prática ... (lucia gomes - 10/04/2001)
U NIDADE 3
Todo mundo deve ser cidadão? Devemos lutar para conquistar a cidadania?

Objetivo: Introduzir, por um viés específico, o conceito cidadania.

Estudaremos nesta unidade um fragmento do texto intitulado “As armadilhas da


Cidadania” de José Luís Vieira de Almeida (*) . O objetivo deste é apresentar um
posicionamento sobre o que é ser cidadão para, posteriormente, comparar e
discutir a questão com outro posicionamento teórico.

Para melhor clarear o estudo vamos dividir o texto em blocos. Cada bloco conterá
uma premissa argumentativa. No final você deverá fazer um apanhado das
premissas escrevendo o que o autor nos traz de novidade na forma de encarar os
velhos temas sobre “a conquista” e o “dever” da cidadania.

Bom estudo.

1)

De acordo com os seus principais formuladores, como por exemplo, John


Locke (1632-1704), o exercício da cidadania decorre da relação entre o
indivíduo e o Estado, por meio da correspondência entre direitos e deveres.
Portanto, não há como tornar-se cidadão, pois esta é uma prerrogativa que
nasce com o indivíduo e que lhe é outorgada pelo Estado. A cidadania é
fundada na igualdade formal que institui o preceito de que todos os membros
da sociedade são cidadãos desde que não haja a quebra da correspondência
entre o direito e o dever por parte do indivíduo.

2)

Por isso, não é possível ensinar os estudantes a serem cidadãos, como quer a
maior parte dos professores brasileiros.
No Brasil, a ideia de que todas as crianças e adolescentes são sujeitos de
direitos e, portanto, são cidadãos 1 foi assimilada pelo discurso dos
professores e educadores em geral, sobretudo aqueles que trabalham em
escolas públicas ou organizações não-governamentais, a partir da discussão
que antecedeu à promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente –
ECA – no ano de 1990 e que se ampliou após a sua vigência.

3)

Expressões como “conquista da cidadania”, “luta pela cidadania” e “resgate da


cidadania”, que sustentam aquele discurso, não têm o menor sentido diante do
conceito de cidadania. Como é possível, por exemplo, “conquistar a cidadania”
se ela é um atributo do indivíduo? O mesmo ocorre com a ideia de “luta pela
cidadania”. Se é preciso lutar por ela, então, o sonhado status de cidadão não
está garantido. É ainda mais difícil explicar o resgate da cidadania, pois só é
necessário “resgatar” algo que foi perdido. Quando é que as crianças e
adolescentes brasileiros pobres já foram cidadãos?

Exercício:

O texto acima nos apresenta de modo muito claro alguns posicionamentos


frente à formulação conceitual de Cidadania. Faça os exercícios de fixação
abaixo se apoiando no texto acima:

1)

Síntese do conceito formal de Cidadania dada por Locke:

2)

Por que é impossível ensinar a ser cidadão?

3)

Motivo que impossibilita a luta pela cidadania.


BENEVIDES, Maria Victória de M. A Cidadania Ativa: referendo, plebiscito e
iniciativa popular. 2 ed. São Paulo: Ática, 1996

FREIRE Paulo, Conscientização, teoria e prática da libertação: uma introdução ao


pensamento de Paulo Freire. 3ª ed. São Paulo: Moraes, 1980.

GADOTTI, Moacir, Cidadania Planetária. In: GUTIERREZ, Francisco; PRADO


Cruz R. Ecopedagogia e cidadania planetária. São Paulo: Cortez, 1999.

Atividades dissertativas

Acesse sua sala de aula, no link “Atividade Dissertativa” e faça o exercício


proposto.

Bons Estudos!
U NIDADE 4
Conceito de Cidadania Planetária

Objetivo: Aqui cabem dois:

- Tomar ciência da carta da terra.

- Estudar o conceito de cidadania planetária.

Abaixo você encontrará a Carta da Ecopedagogia (que é uma minuta de


discussão do Movimento pela Ecopedagogia realizada no Primeiro Encontro
Internacional organizado pelo Instituto Paulo Freire – com apoio do Conselho da
Terra da Unesco). Leia com atenção e a partir do texto colha os motivos que dele
podemos extrair sobre o conceito de cidadania planetária. Vamos ao texto:

1. Nossa Mãe Terra (...) requer de nós uma consciência e uma cidadania planetárias,
isto é, o reconhecimento de que somos parte da Terra e de que podemos perecer com
a sua destruição ou podemos viver com ela em harmonia, participando do seu devir.

2. A mudança do paradigma economicista é condição necessária para estabelecer um


desenvolvimento com justiça e equidade. Para ser sustentável, o desenvolvimento
precisa ser economicamente factível, ecologicamente apropriado, socialmente justo,
includente, culturalmente equitativo, respeitoso e sem discriminação. O bem-estar não
pode ser só social; deve ser também sócio-cósmico.

3. A sustentabilidade econômica e a preservação do meio ambiente dependem


também de uma consciência ecológica e esta da educação. A sustentatibilidade deve
ser um princípio interdisciplinar reorientador da educação, do planejamento escolar,
dos sistemas de ensino e dos projetos político-pedagógicos da escola. Os objetivos e
conteúdos curriculares devem ser significativos para o(a) educando(a) e também para
a saúde do planeta.
4. A ecopedagogia, (...) Trata-se de uma opção de vida por uma relação saudável e
equilibrada com o contexto, consigo mesmo, com os outros, com o ambiente mais
próximo e com os demais ambientes.

5. A partir da problemática ambiental vivida cotidianamente pelas pessoas nos grupos


e espaços de convivência e na busca humana da felicidade, processa-se a consciência
ecológica e opera-se a mudança de mentalidade. A vida cotidiana é o lugar do sentido
da pedagogia, pois a condição humana passa inexoravelmente por ela. A
ecopedagogia implica numa mudança radical de mentalidade em relação à qualidade
de vida e ao meio ambiente, que está diretamente ligada ao tipo de convivência que
mantemos com nós mesmos, com os outros e com a natureza.

6. A ecopedagogia não se dirige apenas aos educadores, mas a todos os cidadãos do


planeta. Ela está ligada ao projeto utópico de mudança nas relações humanas, sociais
e ambientais, promovendo a educação sustentável (ecoeducação) e ambiental com
base no pensamento crítico e inovador, em seus modos formal, não formal e informal,
tendo como propósito a formação de cidadãos com consciência local e planetária que
valorizem a autodeterminação dos povos e a soberania das nações.

7. As exigências da sociedade planetária devem ser trabalhadas pedagogicamente a


partir da vida cotidiana, da subjetividade, isto é, a partir das necessidades e interesses
das pessoas. Educar para a cidadania planetária supõe o desenvolvimento de novas
capacidades, tais como: sentir, intuir, vibrar emocionalmente; imaginar, inventar, criar e
recriar; relacionar e interconectar-se, auto-organizar-se; informar-se, comunicar-se,
expressar-se; localizar, processar e utilizar a imensa informação da aldeia global;
buscar causas e prever consequências; criticar, avaliar, sistematizar e tomar decisões.
Essas capacidades devem levar as pessoas a pensar e agir processualmente, em
totalidade e transdisciplinarmente.

8. A ecopedagogia tem por finalidade reeducar o olhar das pessoas, isto é,


desenvolver a atitude de observar e evitar a presença de agressões ao meio ambiente
e aos viventes e o desperdício, a poluição sonora, visual, a poluição da água e do ar
etc. para intervir no mundo no sentido de reeducar o habitante do planeta e reverter a
cultura do descartável. Experiências cotidianas aparentemente insignificantes, como
uma corrente de ar, um sopro de respiração, a água da manhã na face, fundamentam
as relações consigo mesmo e com o mundo. A tomada de consciência dessa realidade
é profundamente formadora. O meio ambiente forma tanto quanto ele é formado ou
deformado. Precisamos de uma ecoformação para recuperarmos a consciência dessas
experiências cotidianas. Na ânsia de dominar o mundo, elas correm o risco de
desaparecer do nosso campo de consciência, se a relação que nos liga a ele for
apenas uma relação de uso.

9. Uma educação para a cidadania planetária tem por finalidade a construção de uma
cultura da sustentabilidade, isto é, uma biocultura, uma cultura da vida, da convivência
harmônica entre os seres humanos e entre estes e a natureza. A cultura da
sustentabilidade deve nos levar a saber selecionar o que é realmente sustentável em
nossas vidas, em contato com a vida dos outros. Só assim seremos cúmplices nos
processos de promoção da vida e caminharemos com sentido. Caminhar com sentido
significa dar sentido ao que fazemos, compartilhar sentidos, impregnar de sentido as
práticas da vida cotidiana e compreender o sem sentido de muitas outras práticas que
aberta ou solapadamente tratam de impor-se e sobrepor-se a nossas vidas
cotidianamente.

10. A ecopedagogia propõe uma nova forma de governabilidade diante da


ingovernabilidade do gigantismo dos sistemas de ensino, propondo a descentralização
e uma racionalidade baseadas na ação comunicativa, na gestão democrática, na
autonomia, na participação, na ética e na diversidade cultural. Entendida dessa forma,
a ecopedagogia se apresenta como uma nova pedagogia dos direitos que associa
direitos humanos – econômicos, culturais, políticos e ambientais - e direitos
planetários, impulsionando o resgate da cultura e da sabedoria popular. Ela
desenvolve a capacidade de deslumbramento e de reverência diante da complexidade
do mundo e a vinculação amorosa com a Terra.
De cada tópico numérico da Carta da Ecopedagogia extraia uma característica
que define em potência o conceito de Cidadão planetário.,

Dirija-se ao site do Mercado ético e assista ao vídeo “Fabio Feldmann:


coerência e coragem na militância ambiental” e responda as questões que
seguem.

http://mercadoetico.terra.com.br/

vídeo: “Fabio Feldmann: coerência e coragem na militância ambiental”

Reprodução - ORAÇÃO PELA PAZ

www.earthdance2007.eclipseartgate.com
2.1 Justifique a partir do texto “Carta da Ecopedagogia” os motivos que fazem de
Fábio Feldmann um cidadão planetário.

__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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2.2. Como a questão ambiental está ligada à proteção da vida humana – segundo
os acenos do vídeo assistido?

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2.3. Colete alguns exemplos no vídeo que demonstram a ignorância da


consciência brasileira no tocante às questões ambientais em seu viés social.

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U NIDADE 5
Repensando o conceito de Cidadania Planetária

Objetivo: Apresentar uma crítica ao conceito de Cidadania Planetária.

O texto intitulado “As armadilhas da Cidadania” de José Luís Vieira de Almeida (*)
faz uma crítica ao conceito de cidadania levantado na unidade anterior. Leia o
argumento para depois fazer um exercício comparativo-crítico com o estudado
anteriormente. Vamos ao texto:

Cabe-me informar aos leitores que, no Brasil, segundo estudo do Instituto de


Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, ligado ao Ministério do Planejamento do
governo brasileiro, cerca de 1% da população mais rica detém uma renda
equivalente à dos 50% mais pobres. Ainda, segundo o estudo, o país está na
frente só de Serra Leoa no ranking da desigualdade social. Diante do exposto, a
pergunta que me resta é: como é possível falar em cidadania no Brasil?

Há, porém, alguns intelectuais brasileiros de renome como, por exemplo, Gadotti
(1999), Romão (2000) e Benevides (1996) que defendem a possibilidade e até
mesmo a necessidade da re-significação do conceito de cidadania. Para isso,
recorrem à adjetivação e, assim, formulam outros conceitos, como por exemplo,
os de “cidadania planetária” (Gadoti), “escola cidadã” (Romão) ou “cidadania
ativa” (Benevides). O uso de adjetivos na formulação de conceitos ao contrário
de qualificá-los termina por desqualificá-los, porque os conceitos não admitem
qualidade. Assim, qualificar a cidadania como ativa ou planetária, no contexto da
sociedade burguesa, é redundante, pois é pressuposto da cidadania ser, por
exemplo, ativa ou planetária, afinal, ela é uma das formulações por meio das
quais a ideologia burguesa se expande. Assim, esses adjetivos são atributos da
própria cidadania e, desta forma, não podem distingui-la de outra cidadania.
Nesses casos, o adjetivo, ao contrário de esclarecer, obscurece o sentido do
conceito, estreitando a sua vinculação à ideologia burguesa. O mesmo processo
ocorre com o conceito de “escola cidadã”. Na sociedade burguesa, um dos
principais propósitos da escola é prover a cidadania. A defesa da adjetivação dos
conceitos é, normalmente, fundada na distinção entre a concepção burguesa e o
novo sentido a ser conferido a eles para distingui-los da primeira acepção com o
fito de superá-la, o que permitiria, re-significar os conceitos. Porém, de acordo
com Lefebvre (1983), conceitos como o de cidadania não podem ser re-
significados, porque estão vinculados a uma ideologia, no caso, a ideologia
burguesa e, portanto, necessariamente, a reproduzem. Em outras palavras, não
pode haver cidadania que não seja burguesa. Assim, o único adjetivo que
poderia ser associado à cidadania é o “burguesa”.

Leia as unidades 3 e 5 respectivamente e confronte-as em seguida com a unidade


4.

Elabore uma opinião fundamentada sobre os limites e a grandeza de ambos os


posicionamentos formulando, por sua vez, o seu argumento.

Bom trabalho. Lembre-se de que estes exercícios são importantes para o bom
desempenho de sua vida acadêmica.

GADOTTI, Moacir, Cidadania Planetária. In: GUTIERREZ, Francisco; PRADO


Cruz R. Ecopedagogia e cidadania planetária. São Paulo: Cortez, 1999.
U NIDADE 6
A Ética como impulso para as ações de cidadania

Objetivo: Questionar o poder da ética na construção da cidadania.

É muito comum dizermos que ações de cidadania são provocadas por motivações
éticas.

Neste sentido esta unidade quer fazer com que você avalie este postulado. E que
chegue a uma conclusão – mesmo sendo temporária – sobre o respectivo
postulado.

Nós simplesmente lançaremos as questões e sugerimos que você pesquise e


encontre respostas sobre elas. É claro que este tópico (nem o da próxima
unidade) cairá em exercícios e avaliações. O objetivo é somente questionar,
filosofar.

Reprodução - FACTORES Y FUNDAMENTOS DE ÉTICA ...

www.ugr.es
O que é ética? Existe diferença entre ética e moral?

O que faz algo ser ético ou moral? Quem é que oferece as normas para qualificar
algo de ético ou moral? Por exemplo: se a Igreja for a responsável por oferecer as
normas, estas normas não seriam mais universais uma vez que o pensamento
religioso é parcial e determinado culturalmente? O mesmo se pode dizer sobre a
política, sobre as regras de uma determinada sociedade (a europeia, por
exemplo).

Muitos dizem que a cidadania é um impulso ético/moral. Existem pessoas que por
condicionamento genético (vide as pesquisas da neurociência) não possuem os
atributos de análise moral. E outras que devido a sua pesada condição social não
se adequam à vivência dos valores éticos conforme formatados pela sociedade
ocidental cristã - por exemplo. Então, a pergunta: sem ética é possível gerar
impulsos de ação cidadã? Justifique seu ponto de vista.

Como que uma educação baseada nos pressupostos da ética pode contribuir
para o impulso de ações cidadãs? Justifique a sua resposta fornecendo
exemplos do cotidiano.
Sugiro que você leia de algum livro de filosofia (pode ser os dos mais conhecidos:
“Convite à filosofia” ou “Filosofando”) os capítulos sobre filosofia Moral ou ética
para melhor dialogar com estas perguntas.

Você pode dinamizar estas questões em seu trabalho. Elas dão o que falar...
U NIDADE 7
A Estética como impulso para as ações de cidadania

Objetivo: Levantar possibilidade sobre o poder da estética na construção dos


ideias e projetos de cidadania.

Continuaremos com a mesma dinâmica da unidade anterior. Apenas desta vez


enfocaremos a estética.

Sugiro que você leia de algum livro de filosofia (pode ser os dos mais
conhecidos: “Convite à filosofia” ou “Filosofando”) os capítulos sobre filosofia
da arte ou ética para melhor dialogar com estas perguntas. Também sugiro,
sobretudo, que leia algo sobre as relações entre ética e estética (pode ser
material publicado na internet).
Qual a relação existente entre estética e ética – conforme apontam as suas
pesquisas?

A estética é menos, ou mais, ou igual em grau de importância em relação à ética


na organização de nossas vidas no plano individual e social? Exponha-se e
justifique.

Você certamente já sabe acerca destes argumentos: A beleza atrai. O belo cativa.
O bem e o belo são semelhantes e se completam. E se afirmarmos o mesmo
sobre o feio e o mal: a feiura atrai. O feio cativa. O mal e o feio são semelhantes e
se completam? O que você teria a dizer sobre as implicações destes
argumentos?

É possível que o sentimento pela beleza gere responsabilidades e impulsos para


ações cidadãs? Exponha o seu ponto de vista procurando se ater em argumentos
consistentes e não em meros “achismos”.

Você conhece pessoas que fazem atividades no plano das ações socioambientais
motivadas por valores estéticos e não ético-religiosos de ajudar o próximo, etc?
Como você as observa?

Sugiro que você procure pessoas com o perfil da pergunta anterior e a questione
sobre:

- a forma de ela olhar o mundo (a estética);

- o quanto esta forma a ajuda a se relacionar com a realidade;

- qual a diferença e as proximidades de trabalhar por um mundo melhor e a


de trabalhar por um mundo mais bonito?
U NIDADE 8
Os desejos de cidadania mundial- I

Objetivo: Resgatar personalidades que viveram o sentido de cidadania mundial.

É muito importante que em seu trabalho de educação ambiental você resgate,


junto com os seus, algumas personalidades - conhecidas mundialmente ou não -
que viveram suas vidas numa perspectiva de cidadãos do mundo. A intenção
desta unidade e da próxima é fazer você refletir sobre a importância dos cidadãos
do mundo no plano pedagógico dos modelos (tão necessários para nós).

Abaixo você encontrará uma abordagem acerca da necessidade que temos de


cidadãos do mundo. Vamos ao texto (*)

CIDADANIA MUNDIAL

(...) força (...) militantes racistas, francamente em baixa nestes anos finais do
milênio e (...) crescente legião de pessoas de boa vontade que concebem a
visão de um mundo unido, onde cada cidadão possa exercitar o novo
paradigma da cidadania mundial. O contraste entre essas duas forças é que a
humanidade foi violentada por muito longo tempo por aceitar ou se omitir ante
aqueles que pregavam os falaciosos dogmas de uma pretensa pureza racial.
Os gritos e gemidos, os ossos alquebrados de seis milhões de judeus, há
pouco mais de quatro décadas, os massacres na Namíbia, Sudão ou Soweto,
não terão sido suficientes para comprovar a estupidez e a falácia de se
imaginar uma raça superior? Teriam sido os carrascos nazistas mais
inteligentes e poderiam ser considerados membros de uma raça superior por
colocarem em marcha a solução final, massacrando milhões de seres
inocentes, cuja única culpa era não pertencer ao mesmo credo e ter a mesma
cor da pele?

Ainda podemos ouvir os sons dos passos apressados de milhares de negros


nas ruas de Memphis e de San Francisco, participando de manifestações
públicas convocadas pelo líder negro Martin Luther King na busca dos direitos
civis negados aos negros nos Estados Unidos. Mais extremado, temos a figura
de Malcolm X em busca da dignidade humana: “Não lutamos por integração
ou por separação. Lutamos para sermos reconhecidos como seres humanos.
Lutamos por… direitos humanos.” E podemos visualizar as ruas de
Johannesburgo e de Soweto em festa com a realização das primeiras eleições
majoritárias em clima de unidade racial, consagrando Nélson Mandela para a
presidência da África do Sul.

Uma luta tenaz e constante contra a discriminação e o preconceito racial e que


já recebeu forte impulso internacional com a premiação de três líderes negros
com o Prêmio Nobel da Paz: Albert Luthulli (1960), Martin Luther King (1964) e
Desmond Tutu (1984), evidenciando que o racismo não é uma luta apenas das
vítimas, mas antes, de todos os cidadãos de boa vontade, não importando a
cor da pele ou sua ascendência étnica.

Fonte: http://www.cidadaodomundo.org/?page_id=55

Reprodução - Martin Luther King ml.


1) Como o artigo acima nos oferece a ideia do que vem a ser uma cidadania
planetária?

2) Por que geralmente quando citamos exemplos de degradações nos vêm a


mente os casos terríveis dos negros americanos e dos judeus na Alemanha? Não
seria o caso de lembrarmos a escravidão no Brasil (e de Zumbi); do massacre de
Ruanda, dentre tantos outros? Por que nós nos apoiamos nestes sentidos do
norte e não recordamos dos sentidos das lutas de cidadãos do mundo partidos do
hemisfério sul?

3) O conceito Cidadania Mundial diverge muito da Cidadania Planetária? O


primeiro estaria mais ligado às preocupações sociais deixando de lado as
questões socioambientais? Faça um pequeno debate mental sobre o assunto.

Reprodução - Malcolm X

www.cinema.ptgate.pt
U NIDADE 9
Os desejos de cidadania mundial - II

Objetivo: Resgatar personalidades que viveram o sentido de cidadania mundial.

ATIVIDADE OPTATIVA

Pesquise a bibliografia de personalidades conhecidas internacionalmente como


cidadãs do mundo:

Ex.:

- Gandhi.

- João XXIII

- Che Guevara

2) Responda as seguintes questões:

- Qual a causa que eles defendiam?

- Quanto que a defesa da causa fez mudanças planetárias?

3) Quando você for fazer esta atividade em seu trabalho procure dinamizar a
apresentação no formato de Painel.
U NIDADE 10
O que é pobreza

Objetivo: Ampliar o conceito de pobreza.

A pobreza será tema de discussão nas unidades que seguem. Isto se deve ao fato
de que a pobreza é a responsável pelo avanço dos problemas ambientais.
Todavia, é necessário ampliar a nossa visão sobre como definir e recortar o termo
pobreza que pode possuir diversas formas de ser definida, visto que este tema é
inerente à abordagem sobre o exercício da cidadania. Uma vez que a pobreza é
tida como um dos empecilhos para o exercício da cidadania. Vamos ao texto (*):

A pobreza pode ser entendida em vários sentidos, principalmente:

- Carência material; tipicamente envolvendo as necessidades da vida cotidiana


como alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde. Pobreza neste
sentido pode ser entendida como a carência de bens e serviços essenciais.

- Falta de recursos econômicos; nomeadamente a carência de rendimento ou


riqueza (não necessariamente apenas em termos monetários). As medições do
nível econômico são baseadas em níveis de suficiência de recursos ou em
"rendimento relativo". A União Europeia, nomeadamente, identifica a pobreza em
termos de "distância econômica" relativamente a 60% do rendimento mediano da
sociedade.

- Carência Social; como a exclusão social, a dependência e a incapacidade de


participar na sociedade. Isto inclui a educação e a informação. As relações
sociais são elementos chave para compreender a pobreza pelas organizações
internacionais, as quais consideram o problema da pobreza para lá da economia.

- Carência energética para mudar o que não pode ser mudado, o impossível está
dentro de vossa mente, a superação dos paradigmas faz a ponte de um estado-
baixo em estado-alto. Falta de autoestima, baixa espiritualidade.

Quando você for trabalhar com questões de educação ambiental é bom que
possa ajudar as pessoas a ampliarem o seu olhar sobre o que vem a ser pobreza.
Por isto sugerimos os seguintes passos:

1) Divida o grupo em quatro grupos.

2) Dê para cada grupo a responsabilidade de ler uma definição das quatro acima
dispostas.

3) Peça para que cada equipe arrume quatro exemplos para clarear os tipos
de pobreza acima. O importante é que ao pensarmos no problema ambiental
e dissermos que a pobreza é o seu motivador que logo pensemos nos quatro
tipos de pobreza.

Reprodução -... los mayores favelas de África.

www.shofco.org
U NIDADE 11
As causas da Pobreza

Objetivo: Tomar ciência de algumas causas da pobreza.

O fragmento do texto de Simon SCHWARTZAMAN (*) contribuirá com o nosso


objetivo para esta unidade. Certamente este assunto é causa de, pelo menos,
curiosidade para você. Bom estudo!

As causas da pobreza

"As causas da pobreza", dizia meu antigo professor de direito, "são duas: as
voluntárias e as involuntárias". Para nós, estudantes de ciências sociais, as
causas da pobreza não podiam ser individuais, mas estruturais: a exploração do
trabalho pelo capital, o poder das elites que parasitavam o trabalho alheio e
saqueavam os recursos públicos, e a alienação das pessoas, criada pelo sistema
de exploração, que impedia que elas tivessem consciência de seus próprios
problemas e necessidades. Quando a TV ainda engatinhava em Belo Horizonte,
participei de um programa ao vivo com uma senhora da tradicional família mineira
que organizava bailes beneficentes, e fiquei chocado quando percebi que não
conseguiria convencer ao apresentador, e muito menos ao público, que o que ela
fazia era cínico e nocivo, mantendo os pobres iludidos pelas migalhas que
sobravam das festas da alta sociedade. Como ousava este garoto, de mineiridade
incerta, duvidar do espírito caridoso da elegante dama? Falar com os pobres não
adiantava muito. Visitando um barraco de favela, comentei com o morador sobre
as péssimas condições em que ele vivia, tentando estimular sua consciência de
classe. A resposta foi de indignação. Ele era pobre, sim, mas tinha orgulho de seu
barraco limpo e arrumado. Que direito tinha eu de dizer que ele vivia uma vida
miserável?

A pobreza e a desigualdade são tão antigas quanto a humanidade, e sempre


vieram acompanhadas de forte sentimentos morais. Menos ingênuo do que
imaginávamos, o velho professor participava de uma corrente de pensamento que
se tornou famosa na época de Thomas Malthus, na Inglaterra, mas que ainda hoje
tem seus fortes adeptos: a de que uma parte, talvez a maior, dos problemas da
pobreza, é culpa dos próprios pobres, que não têm determinação e força de
vontade para trabalhar. Para Malthus, a causa principal da pobreza era a grande
velocidade com que as pessoas se multiplicavam, em contraste com a pouca
velocidade em que crescia a produção de alimentos. O problema se resolveria
facilmente se os pobres controlassem seus impulsos sexuais e deixassem de ter
tantos filhos. Minorar sua miséria só agravaria o problema, porque, alimentados,
eles se reproduziriam mais ainda. A melhor solução seria educá-los, para que
aprendessem a se comportar; ou então deixá-los à própria sorte, para que a
natureza se encarregasse de restabelecer o equilíbrio natural das coisas. Uma
outra versão desta associação entre pobreza e indignidade era dada pelo
protestantismo, que via na riqueza material um sinal do reconhecimento, por Deus,
das virtudes das pessoas, e na pobreza uma marca clara de sua condenação.

A visão maltusiana da pobreza era extrema, e colidia com o valor da caridade, tão
presente na tradição judaica, cristã e de outras religiões. Em todas as sociedades,
sempre se reconheceu a virtude de ajudar aos pobres, ao mesmo tempo em que
aceitava a inevitabilidade das diferenças sociais e da miséria humana. Michael
Katz, um historiador norte-americano que trata do tema das ideologias da pobreza
em seu país, observa que, "antes do século XIX teria sido absurdo imaginar a
abolição da pobreza. Os recursos eram finitos, e a vida era dura. A maioria das
pessoas nasciam, viviam e morriam na pobreza. As questões eram, então, quem,
entre os necessitados, deveria receber ajuda? De que maneira a caridade deveria
ser administrada?"

Para responder a estas questões era necessário classificar as pessoas. Katz


mostra como na Inglaterra, através das "poor laws" do século XIX(3), assim como
nos Estados Unidos na mesma época, dois tipos de classificação foram tentadas.
Havia, primeiro, um critério de proximidade - a prioridade deveria ser dada aos
parentes, vizinhos e concidadãos, e não aos desconhecidos, estranhos ou
estrangeiros. Esta classificação, em si, não tinha um sentido moral, e podia refletir,
simplesmente, uma visão realista sobre os recursos finitos disponíveis e as
necessidades infinitas dos pobres. Mas sabemos que, na prática, as distinções
entre "nós" e "os outros" costumam vir carregadas de preconceitos - os "outros"
são vistos não somente como distantes, mas também como desprovidos das
qualidades que mais apreciamos, as nossas. A outra classificação distinguia
claramente entre a pobreza involuntária - e por isto digna - dos órfãos, doentes e
viúvas, da pobreza voluntária - e por isto indigna - das pessoas saudáveis que não
queriam trabalhar para se manter. Katz fala da diferença que os autores
americanos e ingleses da época estabeleciam entre "poverty" e "pauperism", cuja
melhor tradução para o português talvez seja como "pobreza" e "mendicância". A
pobreza era entendida como uma condição natural das pessoas, que, em
situações especiais, ficavam desvalidas, e merecedoras de amparo; a
mendicância, por outro lado, era uma deformação de caráter, e por isto indigna de
apoio e ajuda.

Existe, no entanto, outra maneira, também antiga, de tratar o problema. A ideia de


que as causas da pobreza e os caminhos para sua solução não dependem da
vontade ou do caráter dos indivíduos, mas das relações entre as pessoas, sempre
esteve presente nas formas mais radicais do cristianismo, e, na época moderna,
nos escritos e movimentos políticos socialistas e comunistas. Para uns, a solução
dependia ainda de uma regeneração moral, não mais dos pobres, mas dos ricos,
cujo egoísmo e acaricia deveriam ser transformados em verdadeira caridade e
sentimento de justiça.

Para os marxistas, esta crença no poder transformador das convicções e da força


moral era o que caracterizava o "socialismo utópico", que deveria ceder lugar a um
"socialismo científico", que entendesse a verdadeira natureza dos conflitos sociais,
e os levasse à sua conclusão natural. A história da humanidade, dizia o Manifesto
Comunista, era a história da luta de classes, e era através dela que os problemas
da pobreza encontrariam sua solução. "Homens livres e escravos, patrícios e
plebeus, lordes e servos, mestres e empregados, em uma palavra, opressores e
oprimidos, sempre tiveram em oposição, em uma guerra sem fim, às vezes oculta,
às vezes aberta, que levava seja a uma reconstituição revolucionária da sociedade
como um todo, seja à ruína das classes em conflito." Com o capitalismo, as
antigas classes estavam desaparecendo, restando apenas à burguesia e ao
proletariado, que se confrontariam na luta final pelo fim da pobreza e da
desigualdade social.

Comparando esta unidade com a anterior – quais os tipos de pobreza


enumerados neste texto? Cite o trecho e defina o tipo de pobreza do mesmo.

Quais as teses sobre a pobreza levantadas como argumentos constitutivos


para definir suas causas?

Vá à página da ESAB e faça os exercícios correspondentes às


unidades anteriores – somente aquelas que têm conteúdo expositivo.
Bom trabalho
U NIDADE 12
A Pobreza gera problemas ambientais

Objetivo: Levantar uma breve discussão sobre a pobreza espiritual como geradora
de problemas ecológicos.

O fragmento do texto de Peter Parks (*) discutirá rapidamente o impacto da


pobreza espiritual (falta de conscientização e energia para a mudança) sobre o
meio ambiente. A discussão é a seguinte: o progresso é compatível com o meio
ambiente? Uma vez que a noção de progresso é companheira quase sempre da
pobreza.

A ideia de desenvolvimento sustentável tenta achar vias para que a humanidade


mantenha o progresso material em harmonia com a preservação da natureza

A melhor solução para o lixo, porém, é reaproveitá-lo para fazer novos bens,
reduzindo a sobrecarga dos depósitos. O reaproveitamento do lixo envolve o
princípio dos "3 Rs": reduzir, reutilizar, reciclar. Isso significa:
> reduzir a produção de resíduos, com a adoção de novos hábitos de compra;
> reutilizar potes, vasilhames, caixas e outros objetos de uso cotidiano e o material
neles contido;
> reciclar o lixo descartado após o consumo, transformando-o em matéria-prima
industrial para nova fabricação.

Para que seja reciclado, o lixo deve ser descartado de forma seletiva e entregue
em postos distribuídos pelas prefeituras (quando existem) ou por empresas em
locais predefinidos, doados a entidades que recebem material desse tipo e na
forma estabelecida pelos programas porta a porta.

O Brasil é um dos países que mais reciclam o lixo, a exemplo das latinhas de
alumínio (87% são recicladas). Apesar disso, segundo dados do Compromisso
Empresarial para Reciclagem
(Cempre), apenas 327 dos mais de 5 mil municípios brasileiros mantêm serviços
de coleta seletiva, e apenas 11% dos resíduos urbanos produzidos no país são
reciclados. Ainda há um longo caminho pela frente.

Veja aqui o que pode e o que não pode ser reciclado, e quanto tempo os materiais
levam para se degradar na natureza.

Conta-se que o líder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), ao ser perguntado se,
depois da independência, a Índia perseguiria o estilo de vida dos colonizadores
britânicos, teria respondido: "A Grã-Bretanha precisou de metade dos recursos do
planeta para alcançar a prosperidade; quantos planetas não seriam necessários
para que um país como a Índia alcançasse o mesmo patamar?"

A sabedoria de Gandhi já indicava, há mais de 50 anos, que algo tinha de mudar.


O estilo de vida das nações ricas e a economia mundial deveriam ser
reestruturados para levar em conta a preservação do meio ambiente, condição
básica para uma boa qualidade de vida.

Hoje se sabe que, se o atual ritmo de exploração dos recursos do planeta


continuar, não haverá no futuro fontes de água ou de energia, reservas de ar puro
nem terras para a agricultura em quantidade suficiente para a preservação da vida.

Com metade da humanidade vivendo abaixo da linha de pobreza, já se consomem


25% a mais do que a Terra consegue renovar. O perigo não atinge apenas as
nações pobres. Se a economia global continuar se apoiando sobre o uso de
combustíveis fósseis, o equilíbrio climático do planeta inteiro será afetado, como
advertiram os cientistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas
(IPCC).

Conceito
Demorou bastante para que a humanidade constatasse que estava caminhando
para um abismo. Desde a Revolução Industrial, há mais de dois séculos, entendia-
se que desenvolvimento e crescimento econômico eram a mesma coisa e que
dependiam do consumo crescente de recursos naturais.

Os países desenvolvidos - como os da Europa Ocidental, os Estados Unidos, o


Canadá e o Japão - destruíram suas florestas, cresceram e prosperaram. Hoje,
embora possuam só um quinto da população do planeta, detêm quatro quintos dos
rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da
produção de madeira mundial.

Verificou-se uma realidade óbvia, mas cruel: não há possibilidade de que a fartura,
os benefícios e o conforto trazidos por esse modelo de crescimento econômico
estejam ao alcance dos países que demoraram para se industrializar.

Na prática, isso significa que os países ricos devem buscar fontes de energia
menos poluentes e reduzir a produção de lixo e reciclá-lo, além de praticar um
consumo consciente, ou seja, repensar quais bens são necessários para uma vida
confortável.
U NIDADE 13
Ação de cidadania Planetária: Combater a pobreza econômica

Objetivo: Contemplar formas de combate à pobreza.

Esta unidade e as que virão apresentarão algumas iniciativas de combate à


pobreza. Lembre-se: combater a pobreza é sinônimo de ver o avanço da
dignidade dos cidadãos.

O que sugiro é o seguinte: leia os textos e a partir deles (assim creio) você terá
tempo para pensar e elaborar uma crítica sobre as formas apresentadas de
combate a pobreza isto ocorrerá na unidade 16) – texto que deverá ser lançado no
site da Escola Superior Aberta na página Fórum para divulgar ideias e fazer com
que técnicas pedagógicas sejam divulgadas.

Portanto, a sua tarefa nestas unidades (até a 15) será a de ler!

O texto (*) abaixo tratará de um projeto governamental de combate a pobreza


material. Vamos ao texto:

PROGRAMA ECONOMIA SOLIDÁRIA EM DESENVOLVIMENTO

INTRODUÇÃO

A Secretaria Nacional de Economia Solidária - SENAES - foi criada no Ministério


do Trabalho e Emprego - MTE - em junho de 2003 e ao longo do ano
desenvolveu ações de estruturação interna, de interlocução com a sociedade
civil com os diversos setores do próprio MTE e com outros órgãos
governamentais.

2004 foi o primeiro ano em que a SENAES contou com orçamento próprio.
Neste contexto teve como desafio a implementação do Programa Economia
Solidária em Desenvolvimento e a institucionalização dos procedimentos de
execução de suas políticas e dos recursos orçamentários disponíveis. Foi um
ano de experimentação, onde a partir das demandas apresentadas pela
sociedade civil e pelas políticas do Governo Federal, a SENAES ampliou a
esfera de suas ações e experimentou diferentes instrumentos para o
desenvolvimento de sua política e realização de seus objetivos.

A experiência de 2004 nos permite, a partir de 2005, amadurecer algumas


políticas, definir prioridades e consolidar instrumentos que levem ao
fortalecimento da economia solidária no Brasil.

A elaboração do Programa Economia Solidária em Desenvolvimento e a


definição de suas ações e prioridades para 2005 e 2006 expressam a
plataforma do Fórum Brasileiro de Economia Solidária e o diálogo com a
sociedade civil, a inserção da Secretaria no Ministério do Trabalho e Emprego e
a articulação com as demais políticas de geração de trabalho e renda, de
combate à pobreza e de inclusão social do Governo Federal e de outros entes
federativos.

(...)

A ECONOMIA SOLIDÁRIA NO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

O Programa Economia Solidária em Desenvolvimento tem como objetivo


promover o fortalecimento e a divulgação da economia solidária, mediante
políticas integradas, visando à geração de trabalho e renda, a inclusão social e
a promoção do desenvolvimento justo e solidário. Assim, está relacionado com
os objetivos da política setorial do Ministério do Trabalho e Emprego, ou seja,
“crescimento com geração de trabalho, emprego e renda, ambientalmente
sustentável e redutor das desigualdades sociais”, ao desenvolver políticas de
fomento e estímulo às atividades econômicas orientadas e organizadas pela
autogestão.

A Economia Solidária tem-se mostrado um importante instrumento de combate à


pobreza e geradora de inclusão social, tendo-se constituído em política
transversal no interior do Governo Federal.

As mudanças estruturais, de ordem econômica e social, ocorridas no mundo,


nas últimas décadas, fragilizaram o modelo tradicional da relação de trabalho
capitalista. O aumento da informalidade e a precarização dos contratos de
trabalho afirmaram-se como tendência em uma conjuntura de desemprego em
massa. São milhões de trabalhadores que se sujeitam a abdicar de seus direitos
sociais para garantir a sobrevivência. De outro lado, o aprofundamento dessa
crise abriu espaço para o surgimento e avanço de outras formas de organização
do trabalho, consequência, em grande parte, da necessidade dos trabalhadores
encontrarem alternativas de geração de renda. Na Economia Solidária
encontramos milhares de trabalhadores organizados de forma coletiva, gerindo
seu próprio trabalho e lutando pela sua emancipação. São iniciativas de
Organizações Não Governamentais voltadas para projetos produtivos coletivos,
cooperativas populares, redes de produção–consumo–comercialização;
instituições financeiras voltadas para empreendimentos populares solidários,
empresas recuperadas por trabalhadores, organizados em autogestão,
cooperativas de agricultura familiar, cooperativas de prestação de serviços,
dentre outras.

Esta nova realidade do mundo do trabalho contribui, de forma significativa, para


o surgimento de novos sujeitos sociais e para a construção de novos espaços
institucionais. Neste contexto, o Ministério do Trabalho e Emprego assume, para
além das iniciativas de emprego e de proteção dos trabalhadores assalariados,
o desafio de implementar políticas que incluam as demais formas de
organização do mundo do trabalho e proporcionem a extensão dos direitos ao
conjunto dos trabalhadores.

Políticas de geração de renda para a inclusão daqueles menos favorecidos na


sociedade, a fim de que exerçam a cidadania com dignidade, têm,
obrigatoriamente, que levar em consideração, em níveis iguais de importância,
tanto o emprego quanto a relação de trabalho que não patrão-empregado.

É propósito da SENAES, em consonância com a missão do Ministério do


Trabalho e Emprego, combater a desigualdade e a exclusão social mediante a
operacionalização do Programa Economia Solidária em Desenvolvimento.

Para cumprir seu objetivo o Programa busca ainda integrar e articular diversas
políticas que vem sendo desenvolvidas pelo Governo Federal, além de criar
instrumentos para potencializá-las. Exemplificando ressaltamos: com o
Ministério do Desenvolvimento Social, articulando-se com os Programas Fome
Zero, Bolsa-

Família e com a Política Nacional de Assistência Social; com o Ministério do


Desenvolvimento Agrário, através da Secretaria de Desenvolvimento Territorial
e da Secretaria de Agricultura Familiar; com as Secretarias Especiais de Pesca
e Aqüicultura e de Promoção da Igualdade Racial, entre outros.

Para operacionalizar estas ações e como estratégias de implantação de suas


Políticas, a SENAES/MTE trabalha em parceria com a Fundação Banco do
Brasil, com a qual firmou convênio para desenvolver o Programa Trabalho e
Cidadania. Através deste Programa a SENAES tem realizado parcerias com
entidades da sociedade civil ligadas à Economia Solidária e que auxiliam na
implantação da política. Além disso, a SENAES firma parcerias diretas com
entidades da economia solidária e Governos Estaduais e Municipais para
implantar e operacionalizar suas ações.
U NIDADE 14
Estudo de caso: projetos de combate à pobreza econômica.

Objetivo: Rastrear e observar criticamente os pontos positivos e negativos de


projetos de combate à pobreza econômica no seu município ou estado.

Roteiro de Pesquisa.

1) Lendo atentamente as unidades anteriores acerca das definições dos tipos


de pobreza e, após ter estudado a pobreza econômica como um tipo de
pobreza específica desenvolva uma pesquisa crítica seguindo os passos
abaixo.

2) Pesquise em seu município (preferencialmente) ou Estado (também pode


ser no país) um projeto social (que pode ou não vir da conjuntura política
governamental/ como também de ONGs etc.) que tenha as características
de um projeto de combate à pobreza (assim como sinaliza a unidade 09 e
exemplificada na unidade 12).

Reprodução - ... políticas de combate à pobreza e ...

www.centrodametropole.org.br
3) Após ter escolhido faça o seguinte quadro de leitura comparativa:

Nome do Projeto de combate à pobreza material

Leia o material publicado pelo próprio Na sequência procure textos de


projeto e nesta coluna anote: organizações (ou mesmo entreviste
pessoas) que criticam o projeto.
- o objetivo do projeto.
Observe como eles estabelecem a sua
- a quem se destina o projeto crítica ao projeto seguindo o roteiro
disponível no quadro ao lado.
- os parceiros do projeto.
* Sugiro que você leia artigos que falem
- se o projeto é uma iniciativa da
sobre a importância da cooperação
organização (governo, Ong...) que
entre os participantes e organizadores
acontece de modo vertical, isto é: feito
de projetos tocando nos assuntos:
sem consulta ou envolvimento dos
autonomia e desenvolvimento
destinatários; ou se o projeto foi
pessoal/comunitário. Estas leituras
planejado de modo horizontal: com
facilitarão a sua compreensão e
envolvimento e planejamento junto com
conexão com os assuntos que serão
os destinatários.
levantados.
- Pesquise como o projeto foi
desenvolvimento.

- Pesquise sobre o processo de


avaliação do projeto por parte dos
realizadores (se a avaliação foi
permanente; as dificuldades
encontradas; o resultado obtido; os
motivos do resultado; os pontos
positivos e negativos do projeto).
Faça um paralelo comparativo entre os dois blocos e apresente um parecer seu
sobre a viabilidade ou não das observações.

Argumente como o projeto de combate à pobreza econômica em questão é/ou


poderia ser um fator de gestão ambiental – no sentido de sua contribuição para as
questões socioambientais.

Uma observação: este roteiro é um auxílio para o seu trabalho. Ele não cai em
avaliação. Serve como sugestão para que você faça o exercício proposto antes de
aplicar junto aos seus. No entanto, sobretudo, ele tem o caráter de ser material de
apoio para a sua atividade de educador ambiental. Você pode completar os dados
ou simplesmente xerocar e distribuir aos seus esta unidade.

Reprodução - O combate à pobreza e a conservação ...

bemcomum.wordpress.com
U NIDADE 15
Ação de cidadania Planetária: Combater a pobreza social

Objetivo: Contemplar formas de combate à pobreza.

Uma forma muito conhecida de combate à pobreza social é o empreendedorismo.


Na sequência iremos expor uns quadros comparativos sobre a dimensão cidadã
do empreendedorismo e o quanto ele contribui para o enfraquecimento da pobreza
social e energética (ou espiritual). Os quadros comparativos foram elaborados por
Edson Marques Oliveira (*).

QUADRO 1: CONCEITOS DIVERSOS SOBRE EMPREENDEDORISMO SOCIAL,


VISÃO NACIONAL

AUTOR CONCEITO

LEITE (2003) - “O empreendedor social é uma das espécies do gênero dos


empreendedores”;

- “São empreendedores com uma missão social, que é sempre


central e explicita;”

ASHOKA; “Os empreendedores sociais possuem características distintas


MCKINSEY dos empreendedores de negócios. Eles criam valores sociais
(2001) através da inovação da força de recursos financeiros em prol do
desenvolvimento social, econômico e comunitário. Alguns dos
fundamentos básicos do empreendedorismo social estão
diretamente ligados ao empreendedor social, destaca-se a
sinceridade, paixão pelo que faz, clareza, confiança pessoal,
valores centralizados, boa vontade de planejamento, sonhar e
uma habilidade para o improviso.”
MELO NETO; “Quando falamos de empreendedorismo social, estamos
FROES buscando um novo paradigma. O objetivo não é mais o negócio
(2002) do negócio [...] trata-se, sim, do negócio do social, que tem na
sociedade civil o seu principal foco de atuação e na parceria
envolvendo comunidade, governo e setor privado a sua estratégia
[...] Quando falamos de empreendedorismo social, estamos
buscando um novo paradigma. O objetivo não é mais o negócio
do negócio [...] trata-se, sim, do negócio do social, que tem na
sociedade civil o seu principal foco de atuação e na parceria
envolvendo comunidade, governo e setor privado a sua
estratégia.”

RAO, (2002) “Empreendedores sociais, indivíduos que desejam colocar suas


experiências organizacionais e empresariais mais para ajudar os
outros do que para ganhar dinheiro.”

ROUERE; “Constituem a contribuição efetiva de empreendedores sociais


PÁDUA inovadores, cujo protagonismo na área social produz
(2002) desenvolvimento sustentável, qualidade de vida e mudança de
paradigma de atuação em benefício de comunidades menos
privilegiadas.”

Fonte: Elaborado pelo autor, a partir de OLIVEIRA, 2004,


QUADRO 2: DIFERENÇA ENTRE EMPREENDEDORISMO EMPRESARIAL E
EMPREENDEDORISMO SOCIAL

Empreendedorismo empresarial Empreendedorismo social

1. É individual 1. É coletivo

2. Produz bens e serviços 2. Produz bens e serviços a comunidade

3. Tem o foco no mercado 3. Tem o foco na busca de soluções para


os problemas sociais

4. Sua medida de desempenho é o lucro 4. Sua medida de desempenho é o


impacto social

5. Visa satisfazer necessidades dos clientes e 5. Visa respeitar pessoas da situação de


ampliar as potencialidades do negócio risco social e promovê-las

Fonte: elaborado pelo autor a partir de MELO NETO e FROES, 2002, p. 11

QUADRO – 3: CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDORISMO SOCIAL,


RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL E EMPREENDEDORISMO PRIVADO.

Empreendedorismo Responsabilidade Social Empreendedorismo social


privado Empresarial

É individual Individual com possíveis parcerias É coletivo e integrado

Produz bens e serviços Produz bens e serviços para si e Produz bens e serviços para
para o mercado para a comunidade a comunidade, local e global

Tem foco no mercado Tem o foco no mercado e atende Tem o foco na busca de
a comunidade conforme sua soluções para os problemas
missão sociais e necessidades da

52
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil
comunidade

Sua medida de Sua medida de desempenho é o Sua medida de desempenho


desempenho é o lucro retorno aos envolvidos no é o impacto e a
processo Stakeholders transformação social

Visa satisfazer Visa agregar valor estratégico ao Visa resgatar pessoas da


necessidades dos negócio e atender expectativas do situação de risco social e
clientes e ampliar as mercado e da percepção da promovê-las, gerar capital
potencialidades do sociedade/consumidores social, inclusão e
negócio emancipação social

Fonte: Elaborado e adaptado pelo autor a partir de MELO NETO E FROES, 2002

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U NIDADE 16
Estudo de caso: projetos de combate à pobreza social.

Objetivo: Rastrear e observar criticamente os pontos positivos e negativos de projetos de


combate à pobreza econômica no seu município ou estado.

Para esta unidade vamos sugerir a realização de uma pesquisa (o material foi pensado para
você usar em seu trabalho de intervenção). Para tanto lançamos o seguinte roteiro de
pesquisa.

1) Lendo atentamente as unidades anteriores acerca das definições dos tipos de pobreza
e, após ter estudado a pobreza econômica como um tipo de pobreza específica
desenvolva uma pesquisa crítica seguindo os passos abaixo.

2) Pesquise em seu município (preferencialmente) ou Estado (também pode ser no país)


um projeto social (que pode ou não vir da conjuntura política governamental/ como
também de ONGs etc.) que tenha as características de um projeto de combate à
pobreza (assim como sinaliza a unidade 09 e exemplificada na unidade 14).

Reprodução - Investigación urbana, social y ...

estudiosmetropolitanos.xoc.uam.mx

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3) Após ter escolhido faça o seguinte quadro de leitura comparativa:

Nome do Projeto de combate à pobreza social

Leia o material publicado pelo próprio Na sequência procure textos de


projeto e nesta coluna anote: organizações (ou mesmo entreviste
pessoas) que criticam o projeto.
- o objetivo do projeto.
Observe como eles estabelecem a sua
- a quem se destina o projeto crítica ao projeto seguindo o roteiro
disponível no quadro ao lado.
- os parceiros do projeto.
* Sugiro que você leia artigos que
- se o projeto é uma iniciativa da
falem sobre a importância da
organização (governo, Ong...) que
cooperação dos participantes e
acontece de modo vertical, isto é: feito
organizadores de projetos tocando nos
sem consulta ou envolvimento dos
assuntos: autonomia e
destinatários; ou se o projeto foi
desenvolvimento pessoal/comunitário.
planejado de modo horizontal: com
Estas leituras facilitarão a sua
envolvimento e planejamento junto
compreensão e conexão com os
com os destinatários.
assuntos que serão levantados.
- Pesquise como o projeto foi
desenvolvimento.

- Pesquise sobre o processo de


avaliação do projeto por parte dos
realizadores (se a avaliação foi
permanente; as dificuldades
encontradas; o resultado obtido; os
motivos do resultado; os pontos
positivos e negativos do projeto).

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1) Faça um paralelo comparativo entre os dois blocos e apresente um parecer seu sobre
a viabilidade ou não das observações.

2) Argumente como o projeto de combate à pobreza econômica em questão é/ou poderia


ser um fator de gestão ambiental – no sentido de sua contribuição para as questões
socioambientais.

3) Uma observação: este roteiro é um auxílio para o seu trabalho. Ele não cai em
avaliação. Serve como sugestão para que você faça o exercício proposto antes de
aplicar junto aos seus. No entanto, sobretudo, ele tem o caráter de ser material de
apoio para a sua atividade de educador ambiental. Um dado muito importante: adapte
o material. Tire o texto, as palavras, unidades, etc.

Reprodução - ONU: Pobreza extrema mundial ...

jpn.icicom.up.pt

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U NIDADE 17
Ação de cidadania Planetária: Combater a pobreza material.

Objetivo: Contemplar formas de combate à pobreza.

Na busca de exemplificar ações de caráter de combate à pobreza material apresentamos,


em meio a todas as críticas ou elogios, o projeto governamental brasileiro Bolsa Família
(presente no governo Lula e nos anteriores – sob outros nomes).

O material aqui exposto é o de divulgação do Ministério do desenvolvimento Social. O artigo


de divulgação percorre os seguintes itens explicativos sobre o Bolsa Família: O que é;
Critérios de Inclusão; Critérios de Seleção; Benefícios e Condicionalidades e, por fim,
Principais Resultados. O texto é de Aline Aguiar (*).

O que é?

(com a modificação última datada em 17/12/2006)

O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência direta de renda com


condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza (com renda mensal por
pessoa de R$ 60,01 a R$ 120,00) e extrema pobreza (com renda mensal por pessoa de até
R$ 60,00), de acordo com a Lei 10.836, de 09 de janeiro de 2004 e o Decreto nº 5.749, de 11
de abril de 2006.

O PBF integra o FOME ZERO, que visa assegurar o direito humano à alimentação
adequada, promovendo a segurança alimentar e nutricional e contribuindo para a
erradicação da extrema pobreza e para a conquista da cidadania pela parcela da população
mais vulnerável à fome.

O Programa pauta-se na articulação de três dimensões essenciais à superação da fome e


da pobreza:

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- promoção do alívio imediato da pobreza, por meio da transferência direta de renda à
família;

- reforço ao exercício de direitos sociais básicos nas áreas de Saúde e Educação, por meio
do cumprimento das condicionalidades, o que contribui para que as famílias consigam
romper o ciclo da pobreza entre gerações;

- coordenação de programas complementares, que têm por objetivo o desenvolvimento das


famílias, de modo que os beneficiários do Bolsa Família consigam superar a situação de
vulnerabilidade e pobreza. São exemplos de programas complementares: programas de
geração de trabalho e renda, de alfabetização de adultos, de fornecimento de registro civil e
demais documentos.

O Bolsa Família prevê a unificação dos Programas Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Auxílio
Gás e Cartão Alimentação. São os chamados “programas remanescentes”.

Critérios de Inclusão

(Última modificação 12/04/2007 - 14:48 )

Podem fazer parte do Programa Bolsa Família:

- famílias com renda de até R$ 60,00 (sessenta reais) por pessoa;

- famílias com renda de R$ 60,01 (sessenta reais e um centavo) a R$ 120,00 (cento e vinte
reais) por pessoa, com crianças de 0 a 15 anos.

A renda da família é calculada a partir da soma do dinheiro que todas as pessoas da casa
ganham por mês (como salários e aposentadorias). Esse valor deve ser dividido pelo número
de pessoas que vivem na casa, obtendo assim a renda per capita da família. (Nessa conta
não entram os benefícios de outros programas como Peti e Agente Jovem).

O responsável pela operacionalização do Programa é o município. Se a família se encaixa


numa das faixas de renda definidas pelo Programa, deve procurar o setor responsável pelo
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Programa Bolsa Família no município, munido de documentos pessoais (título de eleitor ou
CPF), para se cadastrar no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal -
CadÚnico.

Famílias que se encontram na faixa de renda de até meio salário mínimo - R$ 190,00 per
capita - também podem se cadastrar, pois existem outros programas sociais, tanto em
âmbito federal, quanto estadual e municipal, destinados a essa faixa de renda.

Critérios de Seleção

( Última modificação 17/12/2006 - 16:13 )

O Programa Bolsa Família seleciona as famílias a partir das informações inseridas pelo
município no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico. O
CadÚnico é um instrumento de coleta de dados que tem como objetivo identificar todas as
famílias em situação de pobreza existentes no País.

Cada município tem um número estimado de famílias pobres considerado como a meta de
atendimento do Programa naquele território específico. Essa estimativa é calculada com
base numa metodologia desenvolvida com apoio do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (IPEA) e tem como referência os dados do Censo de 2000 e da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2004, ambos do IBGE.

O cadastramento não implica a entrada imediata dessas famílias no Programa e,


consequentemente, o recebimento do benefício.

A partir das informações inseridas no CadÚnico, por meio de sistema (software)


desenvolvido para esse fim, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome -
MDS seleciona, de forma automatizada, as famílias que serão incluídas no Programa a cada
mês. O critério central é a renda per capita da família e são incluídas, primeiro, as famílias
com a menor renda.

Benefícios e Condicionalidades

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(Última modificação 30/07/2007 - 09:37)

Benefícios

Os valores pagos pelo Programa Bolsa Família variam de R$18,00 (dezoito reais) a
R$112,00 (cento e doze reais), de acordo com a renda mensal por pessoa da família e o
número de crianças, gestantes e nutrizes. No caso de famílias que migraram de programas
remanescentes o valor do benefício pode ser maior, tendo como base o valor recebido
anteriormente.

Os benefícios financeiros estão classificados em dois tipos, de acordo com a composição


familiar:

- básico: no valor de R$ 58,00, concedido às famílias com renda mensal de até R$ 60,00 por
pessoa, independentemente da composição familiar;

- variável: no valor de R$ 18,00, para cada criança ou adolescente de até 15 anos, no limite
financeiro de até R$ 54,00, equivalente a três filhos por família.

Existe ainda o Benefício Variável de Caráter Extraordinário (BVCE) que é concedido às


famílias dos Programas Remanescentes (Programas Bolsa Escola, Bolsa Alimentação,
Cartão Alimentação e Auxílio-gás), cuja migração para o PBF implique perdas financeiras à
família. Nestes casos, o valor concedido é calculado caso a caso e possui prazo de
prescrição, além do qual deixa de ser pago, nos termos da Portaria MDS/ GM no 737, de
15/12/2004.

O quadro abaixo mostra os valores de benefícios que as famílias integrantes do Programa


podem receber:

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Critério de Elegibilidade Ocorrência de
crianças /
Quantidade e Valores do
adolescentes
Renda Tipo de Benefício
Situação das 0-15 anos,
Mensal per Benefícios
Famílias gestantes e (R$)
capita
nutrizes

1 Membro (1) Variável 18,00


De R$ 60,01
Situação de a 2 Membros (2) Variável 36,00
Pobreza
R$ 120,00 3 ou + (3) Variável 54,00
Membros

Sem Básico 58,00


ocorrência

1 Membro Básico + (1) 76,00


Situação de Variável
Extrema Até R$ 60,00
Pobreza 2 Membros Básico + (2) 94,00
Variável

3 ou + Básico + (3) 112,00


Membros Variável

Condicionalidades

Ao entrar no PBF, a família se compromete a cumprir as condicionalidades do Programa nas


áreas de saúde e educação, que são: manter as crianças e adolescentes em idade escolar
frequentando a escola e cumprir os cuidados básicos em saúde, ou seja, o calendário de
vacinação, para as crianças entre 0 e 6 anos, e a agenda pré e pós-natal para as gestantes e
mães em amamentação.

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Principais resultados

( Última modificação 05/12/2006 - 13:04 )

O Programa Bolsa Família atende 11,1 milhões de famílias residentes em todos os


municípios brasileiros. Vários estudos mostram que o Programa, apesar de recente, já
apresenta resultados importantes:

O PBF está bem focalizado, ou seja, efetivamente chega às famílias que dele necessitam e
que atendem aos critérios da lei;

O Programa contribui de forma significativa para a redução da extrema pobreza e da


desigualdade;

O Programa contribui para a melhoria da situação alimentar e nutricional das famílias


beneficiárias.

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U NIDADE 18
Estudo de caso: projetos de combate à pobreza material.

Objetivo: Rastrear e observar criticamente os pontos positivos e negativos de projetos de


combate à pobreza econômica no seu município ou estado.

Roteiro de Pesquisa.

1) Lendo atentamente as unidades anteriores acerca das definições dos tipos de pobreza
e, após ter estudado a pobreza econômica como um tipo de pobreza específica
desenvolva uma pesquisa crítica seguindo os passos abaixo.

2) Pesquise em seu município (preferencialmente) ou Estado (também pode ser no país)


um projeto social (que pode ou não vir da conjuntura política governamental/ como
também de ONGs etc.) que tenha as características de um projeto de combate à
pobreza (assim como sinaliza a unidade 09 e exemplificada na unidade 16).

Reprodução ... o dia mundial contra a pobreza.

naminhaopiniao.blog.com

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3) Após ter escolhido faça o seguinte quadro de leitura comparativa:

Nome do Projeto de combate à pobreza Material

Leia o material publicado pelo próprio projeto e nesta coluna Na sequência procure textos
anote: de organizações (ou mesmo
entreviste pessoas) que
- o objetivo do projeto.
criticam o projeto. Observe
- a quem se destina o projeto como eles estabelecem a sua
crítica ao projeto seguindo o
- os parceiros do projeto.
roteiro disponível no quadro
- se o projeto é uma iniciativa da organização (governo, Ong...) ao lado.
que acontece de modo vertical, isto é: feito sem consulta ou
* Sugiro que você leia artigos
envolvimento dos destinatários; ou se o projeto foi planejado
que falem sobre a
de modo horizontal: com envolvimento e planejamento junto
importância da cooperação
com os destinatários.
dos participantes e
- Pesquise como o projeto foi desenvolvimento. organizadores de projetos
tocando nos assuntos:
- Pesquise sobre o processo de avaliação do projeto por parte
autonomia e desenvolvimento
dos realizadores (se a avaliação foi permanente; as
pessoal/comunitário. Estas
dificuldades encontradas; o resultado obtido; os motivos do
leituras facilitarão a sua
resultado; os pontos positivos e negativos do projeto).
compreensão e conexão com
os assuntos que serão
levantados.

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1) Faça um paralelo comparativo entre os dois blocos e apresente um parecer seu sobre a
viabilidade ou não das observações.

2) Argumente como o projeto de combate à pobreza econômica em questão é/ou poderia


ser um fator de gestão ambiental – no sentido de sua contribuição para as questões
socioambientais.

3) Uma observação: este roteiro é um auxílio para o seu trabalho. Ele não cai em avaliação.
Serve como sugestão para que você faça o exercício proposto antes de aplicar junto aos
seus. No entanto, sobretudo, ele tem o caráter de ser material de apoio para a sua
atividade de educador ambiental. Um dado muito importante: adapte o material. Tire o
texto, as palavras, unidades, etc.

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U NIDADE 19
Ação de cidadania Planetária: Combater a pobreza energética (ou espiritual).

Objetivo: Contemplar formas de combate à pobreza.

Nesta unidade será exposta uma forma de combate à pobreza energética ou espiritual que
são as leis de incentivo à cultura. A intenção é fazer com que você tenha conhecimento delas
(uma vez que poderá se apoiar nelas para desenvolver projetos de caráter cultural/social).
Também avultamos a intenção e fazer com que você tenha um exemplo claro do que são os
projetos de combate a pobreza espiritual. O material desta unidade é o de divulgação do
Ministério da Cultura do Brasil (na gestão governamental de 2006-2010). Boa contemplação!
Vamos ao texto (*):

Lei Rouanet

Concebida em 1991 para incentivar investimentos culturais, a Lei Federal de Incentivo à


Cultura (Lei nº 8.313/91), ou Lei Rouanet, como também é conhecida, poder ser usada
por empresas e pessoas físicas que desejam financiar projetos culturais.

Ela institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), que é formado por três
mecanismos: o Fundo Nacional de Cultura (FNC), o Incentivo Fiscal (Mecenato) e o
Fundo de Investimento Cultural e Artístico (Ficart).

O FNC destina recursos a projetos culturais por meio de empréstimos reembolsáveis ou


cessão a fundo perdido. O Programa de Difusão e Intercâmbio Artístico e Cultural, que
viabiliza o repasse de recursos para a compra de passagens para a participação de
eventos de natureza cultural a serem realizados no Brasil ou no exterior, também utiliza
recursos deste Fundo.

Já o mecanismo de Incentivo Fiscal, mais conhecido como Mecenato, viabiliza

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benefícios fiscais para investidores que apoiam projetos culturais sob forma de doação
ou patrocínio. Empresas e pessoas físicas podem utilizar a isenção em até 100% do
valor no Imposto de Renda e investir em projetos culturais. Além da isenção fiscal, elas
investem também em sua imagem institucional e em sua marca.

A Lei também autoriza a constituição de Fundos de Investimento Cultural e Artístico -


FICART, sob a forma de condomínio, sem personalidade jurídica, caracterizando
comunhão de recursos destinados à aplicação em projetos culturais e artísticos. Desde
a sua criação, o mecanismo não foi utilizado.

Outra lei que compõe o cenário do incentivo a cultura do Ministério da Educação:

Incentivos fiscais (Mecenato)

O mecanismo de financiamento a projetos culturais por meio de Incentivos Fiscais da Lei


Rouanet, conhecido como Mecenato, possibilita o apoio de pessoas físicas e de empresas
para a execução do seu projeto cultural, desde que esse seja antes aprovado pelo
Ministério da Cultura. E aos investidores é permitido, por sua vez, deduzir do imposto de
renda o valor repassado.

O mecanismo NÃO possibilita a transferência direta de recursos para o projeto, como no


FNC.

Depois da aprovação do projeto divulgada por meio de portaria ministerial no Diário Oficial
da União (D.O.U.), o proponente deverá buscar empresas ou pessoas físicas interessadas
em financiar a execução, por meio de patrocínio ou doação.

Em relação aos investidores o proponente deve ter especial atenção, pois só poderão
investir no projeto por via Mecenato as empresas tributadas com base no lucro real. O
Decreto nº. 3.000, de 26 de março de 1999, estabelece as empresas que se enquadrar
nesse regime de tributação.

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O projeto pode ser financiado em sua totalidade por meio do Mecenato. Se o proponente,
no entanto, pretender utilizar recursos de outras fontes, deverá indicá-las ao entregá-lo, e
posteriormente, na prestação de contas.

Neste caso, ele deve informar detalhadamente no orçamento o que será arcado com
recursos próprios, por exemplo, ou por meio de algum outro mecanismo de financiamento, e
o que será custeado pelo Mecenato.

O prazo para captar recursos é determinado pela portaria de divulgação da aprovação e


varia conforme o perfil do projeto e o período de exercício fiscal. Se o proponente não
conseguir recursos durante o prazo determinado, poderá solicitar a prorrogação do período
de captação para o exercício seguinte, com justificativa, até 30 dias corridos antes do fim do
prazo estabelecido na portaria.

Projetos que não obtiverem captação poderão ter o período designado prorrogado por mais
12 meses, a contar do final do prazo inicial concedido na aprovação.

Aqueles que captarem pelo menos 20% do valor aprovado e completarem 12 meses da
data da aprovação também podem solicitar prorrogação por 12 meses. O pedido não é
aceito se o projeto completar 24 meses da aprovação sem captação ou se esta for inferior a
20% do valor aprovado.

No caso de eventos, o prazo máximo para obter recursos é de 60 dias após o término do
evento, e também não é admitida a prorrogação.

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U NIDADE 20
Estudo de caso: projetos de combate à pobreza energética (ou espiritual).

Objetivo: Rastrear e observar criticamente os pontos positivos e negativos de projetos de


combate à pobreza econômica no seu município ou estado.

Roteiro de Pesquisa.

1) Lendo atentamente as unidades anteriores acerca das definições dos tipos de pobreza
e, após ter estudado a pobreza econômica como um tipo de pobreza específica
desenvolva uma pesquisa crítica seguindo os passos abaixo.

2) Pesquise em seu município (preferencialmente) ou Estado (também pode ser no país)


um projeto social (que pode ou não vir da conjuntura política governamental/ como
também de ONGs etc.) que tenha as características de um projeto de combate à
pobreza (assim como sinaliza a unidade 09 e exemplificada na unidade 18).

Reprodução - .. Álcool não é uma droga perigosa.

escritaacordadora.blogspot.com

3) Após ter escolhido faça o seguinte quadro de leitura comparativa:

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Nome do Projeto de combate à pobreza Energética ou espiritual

Leia o material publicado pelo próprio projeto e nesta Na sequência procure textos de
coluna anote: organizações (ou mesmo
entreviste pessoas) que criticam
- o objetivo do projeto.
o projeto. Observe como eles
- a quem se destina o projeto estabelecem a sua crítica ao
projeto seguindo o roteiro
- os parceiros do projeto.
disponível no quadro ao lado.
- se o projeto é uma iniciativa da organização (governo,
* Sugiro que você leia artigos
Ong...) que acontece de modo vertical, isto é: feito sem
que falem sobre a importância da
consulta ou envolvimento dos destinatários; ou se o projeto
cooperação dos participantes e
foi planejado de modo horizontal: com envolvimento e
organizadores de projetos
planejamento junto com os destinatários.
tocando nos assuntos:
- Pesquise como o projeto foi desenvolvimento. autonomia e desenvolvimento
pessoal/comunitário. Estas
- Pesquise sobre o processo de avaliação do projeto por
leituras facilitarão a sua
parte dos realizadores (se a avaliação foi permanente; as
compreensão e conexão com os
dificuldades encontradas; o resultado obtido; os motivos do
assuntos que serão levantados.
resultado; os pontos positivos e negativos do projeto).

1) Faça um paralelo comparativo entre os dois blocos e apresente um parecer seu sobre a
viabilidade ou não das observações.

2) Argumente como o projeto de combate à pobreza econômica em questão é/ou poderia


ser um fator de gestão ambiental – no sentido de sua contribuição para as questões
socioambientais.

3) Uma observação: este roteiro é um auxílio para o seu trabalho. Ele não cai em avaliação.

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Serve como sugestão para que você faça o exercício proposto antes de aplicar junto aos
seus. No entanto, sobretudo, ele tem o caráter de ser material de apoio para a sua
atividade de educador ambiental. Um dado muito importante: adapte o material. Tire o
texto, as palavras, unidades, etc.

Dirija-se à página de exercícios da Escola Superior Aberta e faça a lista 2. O


conteúdo corresponde às unidades que possuem conteúdo temático a começar
da unidade 11 a 19. Bom trabalho.

Reprodução -, Hoje eu vim falar sobre a angústia, ...


meupequenouniverso.zip.net

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U NIDADE 21
Parecer crítico das formas de combate à pobreza: tema para Fórum

Objetivo: Desenvolver um texto crítico para lançar na página Fórum da ESAB.

Após a leitura e o estudo de casos acerca da relação pobreza e meio ambiente passaremos
para a realização de uma atividade prática: a sua participação no fórum da Escola Superior
Aberta. Após fazer a atividade, lance-a na respectiva página.

Peço que você realize uma das pesquisas sugeridas nas unidades intituladas “Estudo de
caso: projetos de combate à pobreza...” e faça um texto dissertativo seguindo a seguinte
estrutura de parágrafos:

1º. Parágrafo:

- introduzir o assunto em questão (ver o tópico por vocês escolhido)

- comentar acerca da pobreza como um problema para o avanço dos problemas ambientais
e sociais.

- citar o projeto escolhido para a análise crítica de sua produção.

2º. Parágrafo: Elaborar uma síntese do primeiro quadro de análise (sobre o material do
projeto e suas anotações). Lembre-se que este texto deverá estar em conexão com o
próximo parágrafo.

3º. Parágrafo: Elaborar uma síntese do segundo quadro de análise (sobre as críticas
contrárias ao projeto)

4º. Parágrafo: Relacionar criticamente a discussão do 2º. e 3º. Parágrafos com a questão
dos problemas ambientais.

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U NIDADE 22
Como o meio ambiente afeta a pobreza.

Objetivo: Discutir as influências do meio na propagação da pobreza.

Seria ingenuidade pensar que somente a pobreza é que gera a degradação ambiental.
Também o meio ambiente incide sobre o avanço/permanência da pobreza. É o que nos
apresentarão alguns recortes de um artigo de Isabel Abreu (*) sobre esta incidência. É claro
que com estratégias racionais o problema da incidência pode ser minimizado. Por exemplo:
os canadenses têm um território muito mais hostil para a vida humana que o sertão
nordestino. No entanto, é o sertão nordestino o sinônimo de pobreza. Então, podemos
concluir numa primeira premissa que a incidência do meio sobre a pobreza pode ser menor
do que o da pobreza sobre o meio ambiente.

Na unidade 23 teremos algumas perguntas para fixação do estudado nesta unidade.


Portanto, esta unidade se restringe ao exercício da leitura na busca pela compreensão do
que será exposto. Bom estudo.

Vamos ao texto de Isabel Abreu:

De uma forma geral, nos países pobres registram-se elevados níveis de degradação
ambiental. A falta de recursos financeiros para investimento no tratamento de
resíduos sólidos e esgotos e em tecnologias pouco poluentes, conduzem à
contaminação dos rios, dos solos e do ar. Por outro lado, os problemas ambientais,
como as alterações climáticas, são responsáveis pelo aumento da pobreza ao
colocarem em risco muitas das atividades econômicas de que as comunidades mais
pobres dependem: como as pescas e a agricultura.

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Pobreza a nível mundial

Uma das formas utilizadas para a caracterização da pobreza no Mundo é através da Linha
ou Limiar de Pobreza. O Limiar de Pobreza atual é de 1 dólar/dia, correspondendo ao valor
mínimo necessário para se adquirir um conjunto de bens essenciais à sobrevivência. Trata-
se de um valor simbólico que deve ser recalculado para cada país tendo em conta o
respectivo nível de vida.

De uma forma geral, nos países pobres registram-se elevados níveis de degradação
ambiental. A falta de recursos financeiros para investimento no tratamento de resíduos
sólidos e esgotos e em tecnologias pouco poluentes, conduzem à contaminação dos rios,
dos solos e do ar. Por outro lado, os problemas ambientais, como as alterações climáticas,
são responsáveis pelo aumento da pobreza ao colocarem em risco muitas das atividades
econômicas de que as comunidades mais pobres dependem, como a pesca e a agricultura.

Pobreza a nível mundial

Uma das formas utilizadas para a caracterização da pobreza no Mundo é através da Linha
ou Limiar de Pobreza. O Limiar de Pobreza atual é de 1 dólar/dia, correspondendo ao valor
mínimo necessário para se adquirir um conjunto de bens essenciais à sobrevivência. Trata-
se de um valor simbólico que deve ser recalculado para cada país tendo em conta o
respectivo nível de vida.

Como é que o Ambiente afeta a Pobreza?

Vários aspectos ambientais contribuem para a vulnerabilidade da população mais pobre. Por
exemplo, a poluição da água e do ar conduz ao aparecimento de doenças, que tornam a
população enfraquecida para trabalhar e usufruir de rendimento.

Além disso, as condições ambientais são um fator determinante no rendimento de muitas

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comunidades pobres que dependem da pesca, da agricultura e da exploração de florestas,
sectores bastante vulneráveis às alterações climáticas e às associadas secas, cheias e
temperaturas elevadas.

Água e saneamento básico

O grande crescimento populacional nos países pobres representa uma maior produção de
esgotos e de resíduos que geralmente são lançados no meio ambiente sem tratamento,
levando à contaminação do solo, lençóis freáticos e rios. Além disso, a necessidade de água
para satisfazer uma população crescente conduz muitas vezes à grande exploração dos
recursos hídricos.

Recursos naturais

Uma correta gestão dos recursos naturais é importante para a redução da pobreza, uma vez
que a sobrevivência de cerca dos 75% da população dos países pobres depende da
produção de mel, tabaco, resina, cogumelos, nozes, algodão, café, chá, cacau, entre outros.

Se por um lado estes sectores econômicos são muito vulneráveis às alterações climáticas,
por outro, os países pobres têm dificuldades em retirar benefício econômico da venda destes
produtos. Além de terem de competir com a qualidade dos produtos dos países ricos com
melhores condições de produção, transporte e conservação, os produtos dos países pobres
chegam ao mercado internacional com preços elevados, devido aos subsídios praticados nos
países ricos.

Graças aos subsídios à produção e à exportação, os países ricos conseguem vender os seus
produtos a preços abaixo do custo de produção. Uma vez que os países pobres não
conseguem competir com preços tão baixos, são obrigados a abandonar certas atividades
econômicas que deixam de ser rentáveis e a importar dos países ricos. Com o objetivo de
aumentar o seu rendimento, os países pobres procuram aumentar a sua produção, muitas

75
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vezes à custa da grande exploração dos recursos naturais. Assim, é comum registrarem-se
níveis elevados de pesticidas nos recursos hídricos, nomeadamente na água utilizada para
consumo humano, devido a práticas agrícolas incorretas.

Os subsídios à produção do algodão dos produtores dos EUA levaram ao aumento da taxa
de pobreza de países africanos que dependiam da exportação deste produto, como o Benin,
Mali, Burkina Faso e Chade.

Reprodução - ... sociais e de combate à seca, ...

www.unicamp.br

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U NIDADE 23
Como o meio ambiente afeta a pobreza: questões para fixação.

Objetivo:Pensar os fragmentos do texto de Isabel Abreu.

Com vista o estudado na unidade anterior faça os exercícios que segue.

Exercício para fixação

1) O que é linha ou limiar da pobreza? Para que serve esta categoria de observação da
pobreza?

2) Como a autora postula a intima relação do bem-estar social com os problemas


ambientais e as finanças para investimento social?

3) Como você opina sobre esta relação acima abordada pela autora? Você não acha que
ela tem um olhar onde apresenta as soluções para a pobreza muito dadas nas mãos
das autoridades?

4) Como, segundo a autora o meio ambiente afeta a pobreza? Você concorda com ela?
Em que medida? Você conseguiria ampliar a reflexão da autora? Pois procure ampliar!

5) Comparando o olhar da autora com o que já estudamos sobre permacultura, que


sugestões você daria para os problemas de água e saneamento e o uso dos recursos
naturais? Uma vez que estes problemas podem ser pensados no micro e não somente
no macro ( soma de investimentos do grande capital).

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FÓRUM II

Como a pobreza afeta o meio ambiente?

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U NIDADE 24
Panorama sócio-ambiental da América Latina

Objetivo: Ampliar a consciência sobre os problemas sócio-ambientais da América Latina.

Desta unidade até a 27 faremos alguns estudos de casos relacionando cidadania planetária
e problemas socioambientais. Para tanto lançamos a seguinte proposta de trabalho:
Recortamos alguns flashes na tentativa de levantar alguns problemas socioambientais dos
continentes – começando sempre por elementos econômicos e políticos do respectivo
continente. Escolhemos a África, Ásia e América Latina por serem mais significativos os seus
problemas no contexto por nós recortado.

As unidades com conteúdo seguirão a seguinte estrutura:

1) Panorama da Pobreza.

2) Os problemas ambientais das cidades.

3) Organizações que buscam soluções cidadãs para os problemas ambientais das cidades.

Reprodução - América Latina a primera Vista ...

www.hoteleskolping.net

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Vamos ao estudo acerca da América Latina.

1) Panorama acerca da Pobreza na América Latina. Vamos ao texto (*)

Na América Latina e no Caribe, a pobreza aumentou substancialmente


durante a crise dos anos 1980 e então estabilizou com a retomada do
crescimento dos anos 1990. Taxas robustas de expansão econômica nos anos
recentes em países como Chile e Peru, os resultados de reformas econômicas
no Brasil e a diminuição de conflitos civis na América Central, tudo isso ajudou
a reduzir a pobreza. Entretanto, as sucessivas crises financeiras de 1995 no
México, 1997 no sudeste asiático e 1998 na Rússia, produziram
conseqüências negativas para a maioria dos países da região. Esse fator,
somado com os outros problemas econômicos e sociais, levou os números da
pobreza subirem em 20% na última década.

Apesar de não se tratar da região em desenvolvimento mais pobre do mundo,


um quarto da população da América Latina e Caribe vive abaixo da linha de
pobreza, ou seja, vivem com menos de US$ 1.00 ao dia. A maior distribuição
da pobreza é localizada na América Central, onde aproximadamente 60% da
população é considerada pobre. Essa situação se torna ainda mais
complicada porque a distribuição de renda na região é a mais desigual do
mundo.

Mesmo que não seja um exemplo a ser seguido, podemos aprender com a
experiência da América Latina a partir do fim da década de 1980: ela mostra a
importância crucial da estabilidade macroeconômica e crescimento econômico
para a redução da pobreza, como ilustrado pelos casos do México e Peru.

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2) Os problemas ambientais das cidades na América Latina. Vamos ao texto (**):

A América Latina é uma região de grandes contrastes, tanto sob o aspecto social quanto
econômico. Enquanto que certas regiões do continente já atingiram um grau de organização
social e desenvolvimento econômico comparável a certas partes da Europa, a maioria dos
países latino-americanos ainda vive em condições precárias. Esta disparidade no grau de
desenvolvimento tem uma influência na maneira como as sociedades encaram a questão da
proteção ambiental. Países com mais alto grau de industrialização, desenvolvimento
humano e conscientização – como o México, o Brasil, o Chile a Argentina e o Uruguai -
possuem uma ordenação ambiental mais desenvolvida e específica.

Outro fator que exerce uma grande influência neste contexto é o grau de organização da
sociedade civil. A maioria dos países latino-americanos viveu durante grande parte do
século XX sob ditaduras que restringiram as liberdades individuais. Grandes projetos,
implementados por governos ou grandes companhias nacionais ou multinacionais, não
tiveram seus impactos ambientais avaliados e discutidos com os grupos sociais atingidos
pelos projetos. A própria ação das ONGS (Organizações Não-Governamentais) era tolhida e
encarada como ingerência externa nos interesses dos países, já que a maioria destas
organizações à época era de origem estrangeira.

A questão ambiental começou a ser discutida com mais profundidade na maioria dos países
latino-americanos somente a partir de meados da década de 1980. Neste período temos,
por um lado, o aumento dos problemas ambientais ocasionados pela concentração
populacional nas grandes metrópoles, como a questão do acesso à água, o tratamento do
esgoto e a coleta do lixo. Por outro lado, acentuaram-se as conseqüências da degradação
ambiental causada pelas diversas atividades econômicas, como a agricultura (monocultura
voltada para a exportação) a mineração e a atividade industrial.

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3) Visões de soluções para os problemas ambientais das cidades na América Latina.
Vamos ao texto (**):

A biodiversidade da América Latina é uma das maiores do mundo. Segundo dados da ONG
“Conservation International”, que compilou diversos dados estatísticos no ano 2000, a
America Latina abriga:

Sete dos países com maior diversidade de vertebrados no mundo;

Doze dos países com maior diversidade de aves;

Doze dos países no mundo com maior variedade de anfíbios;

Cinco dos doze países no mundo com maior variedade vegetal;

Sete dos países no mundo com mais de 70% de seu território ainda coberto por vegetação
natural.

Quanto aos recursos hídricos, a bacia do rio Amazonas é a maior em todo o planeta. As
bacias dos rios Paraná e Prata - localizadas entre a Bolívia, Paraguai, Brasil e Argentina - e
a do rio Orenoco, localizada entre a Venezuela e a Colômbia, estão entre as mais
importantes em todo o planeta. A América do Sul dispõem do maior aqüífero em todo o
mundo, o Guaraní, cobrindo parte do território do Brasil, da Bolívia, Paraguai, Uruguai e da
Argentina.

(...)

A legislação ambiental, que até há cerca de 30 anos era praticamente inexistente na região,
foi rapidamente implantada. O principal sinal desta mudança é que a questão ambiental foi
incorporada às constituições da maioria dos países da região, em diversos níveis de
profundidade. Nos últimos 25 anos, 14 países latino-americanos promulgaram novas
constituições, todas elas contendo capítulos específicos tratando sobre a questão ambiental.

(...)

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A maior parte dos países latino-americanos também desenvolveu estratégias nacionais e
planos de proteção ambiental, geralmente contando com financiamento e assistência técnica
de organismos internacionais. Durante as décadas de 1980 e 1990 muitos países da região
criaram novas instituições ambientais na forma de ministérios, secretarias, agências
controladoras, conselhos e comissões. Países como o México, Honduras e Nicarágua são
bons exemplos de países que implementam sua política ambiental através de Ministérios.
Outros, como o Chile, Equador, Guatemala e Peru optaram por conduzir a questão ambiental
através de Comissões Coordenadoras.

A América Latina, encarada como um todo, já deu seus primeiros passos no estabelecimento
de uma legislação ambiental. Novos fatos, na área econômica e social, estão forçando cada
país a aprimorar e alterar suas leis e avançar cada vez mais em direção ao conceito de
desenvolvimento sustentável. O maior problema, no atual estágio de desenvolvimento das
sociedades latino-americanas não é a falta ou o pouco desenvolvimento da legislação. O que
mais afeta o meio ambiente na região é a fraca implementação da legislação existente.
Existem inúmeros exemplos em toda a região, como:

Extensas áreas de floresta amazônica localizada no Peru, no Brasil e na Colômbia – apesar


de estarem sob proteção legal – ainda são derrubadas por falta de controle das autoridades
da região.

No México, grande parte dos recursos hídricos esta poluída por efluentes domésticos e
industriais, apesar de existir legislação que exige o tratamento destas emissões.

(...)

Especialistas latino-americanos e de diversos órgãos internacionais apontam os seguintes


fatores como principais impedimentos a um efetivo controle ambiental e cumprimento da
legislação na região:

Pouca coordenação entre os diversos órgãos ambientais, agências econômicas e sociais;

Falta de recursos financeiros para implementação de programas e projetos;

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(...)

Por outro lado, os mesmos analistas apontam tendências que deverão contribuir para a
melhoria do controle ambiental e a criação de leis mais restritivas:

O papel cada vez mais forte desempenhado pela opinião pública sob regimes democráticos;

A atuação dos meios de comunicação, apontando os problemas ambientais e informando a


população;

O fortalecimento das procuradorias públicas em todos os países da América Latina;

Crescimento da importância das normas técnicas em economias cada vez mais


internacionalizadas;

Empresas multinacionais e locais voltadas para o mercado exportador estão introduzindo


sistemas de gerenciamento ambiental e obtendo certificações na norma ambiental ISO
14001;

Diversos países da região já criaram leis de proteção ao consumidor e com isto também
órgãos de proteção ao consumidor;

O aumento do numero de ONGs, com grande atuação na área ambiental e social;

A “indústria ambiental” apresenta um rápido crescimento, abrindo novas oportunidades de


trabalho e ampliando a oferta de cursos especializados.

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U NIDADE 25
Exemplificando a Cidadania Planetária na América Latina

Objetivo:Dinamizar a pesquisa sobre instituições e ações que cooperam com ideias e


projetos de cidadania planetária no continente.

Roteiro de Pesquisa

1) Escolha uma vertente de preocupação socioambiental: saneamento básico; emprego e


qualidade de vida; família e qualidade de vida; educação e alternativas de vida;
economias sustentáveis... (esta escolha deverá se repetir nas unidades 26 e e28).

2) Procure na internet alguma ONG que trabalhe no meio urbano com a vertente que você
escolheu no plano no continente latino-americano.

3) Procure recolher as seguintes informações sobre a vertente escolhida:

a) Há quanto tempo desenvolve este projeto?

b) No que consiste o projeto: objetivos; como se justifica; o desenvolvimento.

c) As ações implantadas e como foram implantadas

d) Se possível entre em contato com esta ONG para colher pessoalmente


(por meio de entrevista feita via telefone ou e-mail) as informações
necessárias para esta pesquisa – ou se os informes do site permitir
simplesmente faça a análise e a exposição do conteúdo solicitado
seguindo este roteiro

4) Ao terminar este estudo (anotando detalhadamente os tópicos solicitados) dirija-se à


unidade 29 para completar a atividade – que será a realização de um Fórum. Bom
estudo.

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U NIDADE 26
Panorama sócio-ambiental da África

Objetivo:Ampliar a consciência sobre os problemas socioambientais da África.

1) Panorama acerca da Pobreza na África. Vamos ao texto (*):

A partir de 1996, a situação econômica indica alguma recuperação após uma prolongada
recessão: a taxa de crescimento é de um 5 % ou mais em 22 países e em outros 11 é
superior a 6 %.

Porém, a situação social da população tem continuado piorando e os dois terços dela se
acham em uma pobreza absoluta.

Os fatores que explicam a recuperação são:

  Condições meteorológicas especialmente propícias para a agricultura;

 Subida de preços de certos produtos de exportação;

 Desvalorização do franco CFA que melhorou a competitividade;

 Melhora da competitividade e maior atração para o investimento estrangeiro direto


pelas mudanças políticas e reformas estruturais.

Contudo, a recuperação não deve incitar a um otimismo excessivo: recentemente se tem


produzido uma baixa dos preços do petróleo e as condições climáticas são imprevisíveis.

O incremento do emprego em quase todos os países tem ficado por baixo do incremento da
força de trabalho e uma parte importante dos empregos que se têm criado corresponde ao
setor não estruturado.

Se prevê um crescimento anual do 2,9 % da população economicamente ativa (PEA) entre

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1997 e 2010 (comparativamente para a América Latina e a Ásia sul-oriental, as taxas
previstas são do 1,8-1,9 % ), o que implica a incorporação de 8,7 milhões de pessoas ao
mercado de trabalho cada ano.

A taxa de crescimento da PEA masculina e feminina entre 1980 e 1996 na África é a mais
alta de todas as regiões do mundo comparativamente, com exceção da taxa feminina para
América Latina (é superior ao 4 %).

Fonte: OIT, Relatório sobre o emprego no mundo 1998-99.

"A repercussão negativa das políticas de ajuste estrutural, a limitada capacidade do Estado,
o lento crescimento econômico em grande parte da África e a persistência da pobreza, têm
aumentado a vulnerabilidade de alguns grupos sociais e corroído a previdência social".

"O rápido incremento do número de pessoas impossibilitadas de obter seu sustento parece
ameaçador e torna a colocar na agenda dos debates de políticas a questão da previdência
social".

"Em alguns países da região o ajuste estrutural tem se convertido em crescimento


econômico (...) mas algumas comprobações indicam que esse crescimento não sempre tem
melhorado o bem-estar da maioria dos cidadãos". (...) " Os bens e serviços básicos resultam
inalcançáveis para os pobres que são na maioria mulheres e crianças".

Para as mulheres "é mais difícil fugir da miséria, devido às desigualdades que seu sexo lhes
impõe na família, nas instituições e no mercado de trabalho, reduzindo suas opções para
obter ingressos e para voltar a incorporar-se a seu trabalho e à educação".

"A epidemia do HIV/SIDA e os desastres naturais, particularmente as secas e as enchentes,


também tiveram um efeito adverso sobre o crescimento da região e têm incrementado a
demanda de previdência social" . Também se menciona o subemprego e a baixa
produtividade.

"O emprego assalariado é para uma percentagem muito baixa de pessoas, já que a maioria
depende da agricultura de subsistência. O escasso número de pessoas que podem ser

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beneficiárias da previdência social formal inclui uma quantidade ainda mais ínfima de
mulheres..."

"Mesmo quando o emprego assalariado esteja disponível, as remunerações não são


adequadas para que os trabalhadores possam satisfazer suas necessidades imediatas, e
menos ainda para que possam poupar em previsão de seu futuro" .

Além disso, "a retirada dos Estados do investimento social tem conduzido a uma maior
participação de novos atores, como os governos locais, as ONG, as redes locais e as
famílias".

2) Os problemas ambientais das cidades na África. Vamos ao texto de Mordomo de Tina


(**):

O aquecimento Global na África: a mudança do clima ameaça o futuro do continente.

O aquecimento global transformou-se um tópico cada vez mais comum de discussão e de


interesse para a comunidade científica. (...) Todavia, em nenhuma outra parte o fenômeno é
mais presente do que na África. Uma série de estudos recentes revelou um futuro assustador
para a maioria do continente. Um futuro predicado pela mudança significativa do clima. A
ameaça atravessa todos os níveis das esferas ambientais, sociais, políticas e econômicas,
avançando junto às populações dos peixes (...) ocasionando fome desesperada.

(...) Determinadas áreas têm sofrido por muito tempo de inundar e de seca, mas estes
fenômenos parecem estar na ascensão na severidade e na duração. Da década de 1970,
uma seca prolongada no Sahel era responsável para as mortes de 300.000 povos. O Sahel é
seção de terra larga que estica do Oceano Atlântico a o que é conhecido como o chifre de
África, abrangendo Burkina Faso, República do Tchad, Djibouti, Eritrea, Etiópia, Mali,
Mauritânia, Niger, Nigéria, Senegal, Somália e Sudão. Esta região é uma zona da transição
entre o deserto de Sahara no norte e o sul subtropical e tropical. Previamente, a tragédia no
Sahel foi atribuída aos fatores tais como o excesso de pastagem e à superpopulação, porém

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a informação recente está provando de outra maneira.

(...) A natureza da mudança não é tão simples quanto um aumento direto na temperatura,
entretanto.

As secas regulares dizimaram rendimentos da colheita em várias partes do continente desde


1970. Os modelos dos cientistas revelam aquecer-se consistente e marcado do Oceano
Índico, implicando a ocorrência persistente e aumentada da seca (...) Com este aquecimento
as estações chuvosas estão tornando-se mais curtas.

Outro indicador para os efeitos da mudança do clima é vegetação. Os cientistas acreditam


que a maioria da matéria atual da planta em África está ameaçada pela variação nova de
testes padrões seasonal, de fonte de água e de uma tendência se aquecendo geral. Os
investigadores da universidade de Inglaterra de York especulam que um efeito comparável à
idade de gelo a mais recente e ao declínio africano da floresta 2500 anos pode ocorrer na luz
do dinâmico climático em mudança. Com a criação de modelos da flutuação do clima, os
cientistas puderam determinar o impacto hipotético da mudança climática predita nas
respostas sobre de 5000 espécies da planta nativa. As simulações revelam os resultados
similares a outros estudos, a saber, uma ascensão na frequência e na intensidade da seca
no Sahel. As migrações reais da planta fora das regiões como os rainforests de Congo foram
agravados pelos modelos.

Os Participantes no estudo extraíram a conclusão compartilhada que além do ambiente, a


mudança predita do clima conduziria aos impactos sociais em grande escala no continente.
Enquanto os recursos crescem mais escassos, a tensão aumenta proporcionalmente. Os
efeitos sociais que resultam da mudança do clima são amarrados inevitavelmente à política.

A fome afeta atualmente a metade dos povos do continente. Presentemente, as várias


organizações humanitárias contribuem seis bilhões dólares anualmente à alimentação da
ajuda o continente.

Os animais domésticos estão afetados também pela mudança enquanto os animais se


esforçam para encontrar a água e a vegetação para pastar. Outros organismos ameaçados

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incluem as espécies dos peixes que fornecem também o sustento para povos. As
populações dos peixes estão deixando cair enquanto a temperatura de ar se levanta,
interferindo com a produção das algas, a ligação essencial na correia(...) . Houve um declínio
de 30 por cento no estoque de peixes no lago Tanganyika sobre os últimos 80 anos. O
estoque de peixes em Ghana está para baixo por 50 por cento. (...) A pressão aumentada foi
colocada também no jogo selvagem, agora caçado cada vez mais para o alimento.

3) Possibilidades de soluções para os problemas socioambientais africanos. Vamos ao texto


(***):

Meio ambiente pode acabar com a pobreza na África, diz ONU

A pobreza na África acabaria se os recursos naturais do continente fossem administrados de


maneira efetiva e sustentável, segundo uma declaração divulgada nesta terça-feira (27) pelo
Pnuma - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

"Desde reservas de água fresca a bosques e minerais, o continente só está utilizando uma
fração do potencial econômico de seus recursos naturais", afirma a segunda edição do
informe Perspectivas do Meio Ambiente na África, que tem como subtítulo Nosso Meio
Ambiente, Nossa Riqueza.

O novo diretor-executivo da organização, Achim Steiner, admitiu, em sua primeira coletiva de


imprensa, que "o meio ambiente sempre foi um ativo invisível, e existem poucos dados
econômicos disponíveis", mas afirmou que há exemplos suficientes que mostram "o potencial
gigantesco da África".

Charles Sebukeera, da Divisão de Alerta e Avaliação Antecipada do Pnuma, que apresentou


o informe, acrescentou que o rio Congo tem potencial para gerar 40 mil megawatts de
eletricidade, "o que serviria para iluminar todo o continente e ainda sobraria algo para
exportação".

Contudo, o informe do Pnuma diz que assuntos como o rápido ritmo do desflorestamento ou

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a degradação do solo supõem desafios que devem ser abordados com urgência.

"Este informe contradiz a versão de que a África é pobre: na realidade tem uma riqueza
natural que poderia ser a base de um renascimento do continente, se utilizada de forma
sensata e sustentável", disse Steiner.

"Mas se as políticas não mudarem, a África tomará o caminho menos sustentável e a erosão
de sua riqueza natural a empurrará ainda mais para a pobreza", apontou.

"O desenvolvimento da África deve se basear na premissa de uma melhor administração e


não em ver os recursos naturais como fontes ilimitadas", acrescentou.

Segundo Steiner, o cuidado com o meio ambiente não deve supor um grande custo,
podendo, ao contrário, contribuir para poupar gastos derivados de não ter as condições
ambientais sob controle, e deu como exemplo os milhões perdidos em inundações na
Europa, devido à má administração das bacias fluviais.

Nascido no Brasil, mas de nacionalidade alemã, Steiner, de 45 anos e antigo diretor da União
Mundial para a Conservação (IUCN, na sigla em inglês) tomou posse como novo diretor
executivo em 15 de junho, substituindo Klaus Toepfer, de 67 anos, que terminou seu
segundo mandato à frente da agência em março.

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U NIDADE 27
Exemplificando a Cidadania Planetária na África

Objetivo:Dinamizar a pesquisa sobre instituições e ações que cooperam com ideias e


projetos de cidadania planetária no continente.

Roteiro de Pesquisa

1) Escolha uma vertente de preocupação socioambiental: saneamento básico; emprego


e qualidade de vida; família e qualidade de vida; educação e alternativas de vida;
economias sustentáveis... (esta escolha já iniciada na unidade 24 se repetirá nesta e
na unidade 28).

2) Procure na internet alguma ONG que trabalhe no meio urbano com a vertente que
você escolheu no plano no continente africano.

3) Procure recolher as seguintes informações sobre a vertente escolhida:

a) Há quanto tempo desenvolve este projeto?

b) No que consiste o projeto: objetivos; como se justifica; o desenvolvimento.

c) As ações implantadas e como foram implantadas

d) Se possível entre em contato com esta ONG para colher pessoalmente (por meio
de entrevista feita via telefone ou e-mail) as informações necessárias para esta
pesquisa – ou se os informes do site permitir simplesmente faça a análise e a
exposição do conteúdo solicitado seguindo este roteiro

4) Ao terminar este estudo (anotando detalhadamente os tópicos solicitados) dirija-se à


unidade 29 para completar a atividade – que será a realização de um Fórum. Bom
estudo.

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U NIDADE 28
Panorama socioambiental da Ásia

Objetivo:Ampliar a consciência sobre os problemas socioambientais da Ásia.

1) Panorama acerca da Pobreza na Ásia. Vamos ao texto (*):

A Ásia tem a metade da população mundial. Tirando alguns países como


Japão, Taiwan, Hong Kong, Cingapura e Coréia do Sul, ela pertence ao
terceiro mundo. Há muitas pessoas pobres e a distância entre ricos e pobres
está aumentando. Ansiosos para alcançar as economias mais ricas, os países
asiáticos investiram em um desenvolvimento tecnológico sem planejamento
que levou à destruição do meio-ambiente. As multinacionais são autorizadas a
explorar os seus recursos humanos e materiais. A mão-de-obra barata de
mulheres e crianças é utilizada para reduzir os custos de produção. A
chamada fuga de cérebros e o trabalho migrante estão esgotando os seus
recursos humanos. O turismo sexual envolvendo mulheres e crianças é
incentivado e tolerado como uma fonte de renda. O processo de globalização
econômica está concentrando o poder político e econômico, apoiado pelo
poder militar, na América do Norte e na Europa, tornando a Ásia um grande
mercado aberto para as suas mercadorias e uma fonte de mão-de-obra
barata. A população está crescendo na maioria dos países. A competição
pelos limitados recursos disponíveis está criando muitas tensões entre
diferentes grupos de pessoas, unidos em nome da religião, da etnia, da
nacionalidade ou do idioma. Há conflitos de baixa intensidade acontecendo
agora em diversos países. O quadro geral realmente é sombrio e o futuro
parece triste.

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2) Os problemas ambientais das cidades na Ásia. Vamos ao texto (**):

Em 2005 a China sozinha usou 26 por cento do aço do mundo, 32 por cento
do arroz, e 47 por cento do cimento. Embora que para a sua renda per capita
o consumo do recurso é ainda baixo (devido a sua enorme população).

A China tem somente 8 % da água fresca do mundo. Na Índia a demanda


urbana da água é o dobro e dobrada é a demanda industrial – que será
triplicada em 2025.

O uso do óleo na Índia dobrou desde 1992 (...) As companhias de óleo


chinesas e Indianas estão procurando agora o óleo nos países tais como
Sudão e Venezuela (...).

(...) A China é já o segundo emissor maior do mundo do dióxido de carbono.

Reprodução – Ásia

www.asia-turismo.com

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3) Possibilidades de soluções cidadãs para os problemas socioambientais asiáticos.
Vamos ao texto (***):

Mas há muitos sinais positivos de um despertar das pessoas que possa contrapor esse
quadro negativo. É por isso que podemos afirmar com convicção que uma Ásia diferente é
possível. Quais são os fatores que nos levam a vislumbrar esse futuro melhor?

O fator mais importante é a grande riqueza da Ásia em recursos humanos. Em termos da


idade da população, a Ásia é um continente muito jovem, comparada com as populações em
envelhecimento da Europa e América do Norte. Há um vasto exército de jovens. Essas
pessoas estão enraizadas e vêm se sustentando em uma cultura asiática milenar, liderada
pela China e pela Índia. Essas culturas têm sido capazes de resistir ao impacto das culturas
européias durante o período colonial e crescer através de uma interação criativa. Elas
também têm sido capazes de integrar a ciência e a tecnologia modernas sem nenhum
prejuízo dos seus valores básicos. A secularização não é um problema na Ásia.

É comum se dizer que conhecimento é poder. Hoje conhecimento é saber usar a mídia
eletrônica. As pessoas se referem a isso como tecnologia da informação. Os jovens asiáticos
são reconhecidos globalmente como tendo afinidade com essas formas de tecnologia e
conhecimento. Certamente eles terão um papel importante no desenvolvimento do mundo
futuro. A tecnologia da informação transformará a vida das pessoas na Ásia. Pode ajudá-los
a pular alguns estágios do desenvolvimento industrial pelo qual passou a Europa.
As pessoas também estão ficando politicamente mais atentas. Em todos os países, grupos
subjugados estão se conscientizando dos seus direitos e os afirmando através de todo o tipo
de movimentos sociais e políticos. Apesar de ainda haverem governos violentos em alguns
países, ditaduras militares estão governando apenas poucos países como Birmânia e Tibet.
A democracia está se afirmando devagar e sempre em muitos países. O poder do povo se
percebe em toda a parte. Nos últimos dez anos o povo Filipino derrubou dois presidentes
através do movimento popular. Os indonésios derrubaram o seu presidente em uma
revolução sangrenta. O Timor Leste ganhou a sua independência. Similares reafirmações da
democracia têm acontecido em Taiwan e na Coréia do Sul. A Índia permanece como a maior

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democracia em funcionamento no mundo com mais de um bilhão de pessoas.
O que é impressionante é que a maioria dos países asiáticos é multicultural e multi-religioso.
Apesar de todas as tensões eles têm sido bem sucedidos em viver unidos e criar uma
comunidade. Nas Filipinas, no Sri Lanka, na Índia, na Birmânia e na Indonésia as
negociações pela paz têm substituído conflitos ativos e até violentos. Essas negociações
representam o reconhecimento de identidades de = diferentes e a sua autonomia dentro de
uma unidade política federal. Dessa forma, grupos de pessoas podem participar nos
processo de tomada de decisão e determinar seu próprio futuro.

Também tem havido um despertar para a área da ecologia. As pessoas estão mais sensíveis
para o papel da Terra na vida humana e cósmica. Os grupos pobres e tribais em áreas de
floresta se tornaram conscientes da crescente destruição do meio-ambiente e têm resistido
ativamente ao avanço da tecnologia. Eles também têm protestado contra o despejo dos
povos e contra a destruição do seu habitat cultural. Houve um caso famoso no norte da Índia
em que mulheres abraçaram árvores na floresta para evitar que elas fossem cortadas,
mesmo que alguns dos empregados para cortar as árvores fossem seus próprios maridos.
No sul da Índia as pessoas desenvolveram modos alternativos de represar rios e utilizá-los
para irrigação. Pescadores têm se organizado em lutas contra barcos de arrasto mecanizado
que destroem a cultura de peixes no mar e privam os pescadores originais de seu modo de
vida. O povo das Filipinas tem conseguido parar a destruição de florestas para serem
substituídas por fazendas produzindo bens para exportação. Esses movimentos dos povos
têm sido capazes de forçar governos a proteger os seus interesses no balanço ecológico do
universo. O que também é significativo é que muitos desses movimentos não são violentos,
seguindo o exemplo de Mahatma Gandhi.

Os valores básicos do povo estão enraizados na religião. A Ásia é o berço de todas as


religiões mundiais: Hinduismo, Confucionismo, Budismo, Cristianismo e Islamismo. Todas
essas religiões são renascidas e adquiriram um novo propósito no contexto do impacto da
modernidade. O secularismo é a consequência de uma luta entre a Igreja e o Estado na
Europa. Conflitos semelhantes não existem na Ásia e, portanto, ela não é secularizada como
a Europa. Apesar de as religiões asiáticas parecerem transcendentes, na verdade elas são

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muito focadas numa boa vida aqui e agora. Sistemas de meditação como a Yoga e o Zen
buscam promover a paz e harmonia interior em meio a um mundo confuso. Esses sistemas
estão se tornando cada vez mais populares. Métodos alternativos de cura promovem uma
saúde completa. Os sistemas tradicionais de da medicina na Índia e na China são baseados
em ervas e nas energias do próprio corpo. Práticas como acupressão e acupuntura
estimulam o corpo a curar a si mesmo. Da mesma maneira, o fluxo de energia no corpo tem
sido estudado experimentalmente. Essa energia é canalizada para propósitos de cura por
sistemas como o Reiki e a cura Pranic. A concentração mental, a energia psicofísica e as
ervas da natureza formam uma combinação poderosa para a promoção de uma saúde
completa.
Apesar de haver certas correntes de fundamentalismo religioso e movimentos que usam as
religiões como forças políticas, as religiões asiáticas são na sua maioria pacíficas e
amorosas. Mesmo o fundamentalismo religioso é uma reação à opressão econômica, política
e cultural pelos grupos globalmente dominantes.

Na Ásia do futuro as mulheres terão autonomia. É verdade que as culturas asiáticas


oprimiram as mulheres de diversas formas no passado. Mas em tempos recentes a
necessidade econômica colocou a mulher em praça pública a procura de empregos. Isso tem
dado a elas uma nova independência, confiança e uma representação crescente na política.
Na Índia, por exemplo, há um movimento para garantir 33% da representação parlamentar
para as mulheres. Novas áreas como a Tecnologia da Informação são acessíveis para as
mulheres por não exigirem força física bruta, mas sim inteligência. Na verdade na Ásia
tivemos mulheres primeiras-ministras no Paquistão, na Índia e em Bangladesh. Há mulheres
presidentes no Sri Lanka e nas Filipinas.
Um dos motivos do atraso asiático hoje é a dominação colonial nos séculos recentes. Sua
nova independência certamente confere a Ásia uma oportunidade. Uma Ásia alternativa é
possível porque a Ásia tem culturas que oferecem uma visão do mundo e um sistema de
valores alternativos à cultura Euro-Americana dominante que é consumista e orientada para
a competição, prejudicial ao corpo e a terra. As culturas asiáticas são favoráveis e integradas
ao corpo e à natureza. Enquanto culturas Euro-Americanas são individualistas, as culturas

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asiáticas são comunitárias. Elas são sensíveis ao ‘outro’. A inteligência emocional é parte do
seu sistema e elas são igualmente racionais também. A harmonia tem sido o seu objetivo.
Elas são enraizadas na religião. Os asiáticos estão lentamente se tornando conscientes das
riquezas que possuem. Se eles puderem desenvolver seus recursos eles poderão atingir as
necessidades de todos igualmente. A juventude de sua população garante que o futuro do
mundo seja seu.

Como a recente guerra contra o Iraque tem demonstrado, o colonialismo, político e


econômico, ainda não acabou. Mas a arrogância das forças colonialistas será a sua
destruição. Essa é a oportunidade dos asiáticos para mostrarem ao mundo que eles têm um
modo de vida alternativo real.

Reprodução - Explicação: os pobres não têm seguro ...


www.kalashnikov.blogger.com.br

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U NIDADE 29
Exemplificando a Cidadania Planetária na Ásia.

Objetivo: Dinamizar a pesquisa sobre instituições e ações que cooperam com ideias e
projetos de cidadania planetária no continente.

Roteiro de Pesquisa

1) Escolha uma vertente de preocupação socioambiental: saneamento básico; emprego e


qualidade de vida; família e qualidade de vida; educação e alternativas de vida;
economias sustentáveis... (esta escolha repetida nas unidades 24 e 25 deverá aqui
também se fazer presente tendo em vista o trabalho da unidade 29)

2) Procure na internet alguma ONG que trabalhe no meio urbano com a vertente que você
escolheu no plano no continente latino-americano.

3) Procure recolher as seguintes informações sobre a vertente escolhida:

a) Há quanto tempo desenvolve este projeto?

b) No que consiste o projeto: objetivos; como se justifica; o desenvolvimento.

c) As ações implantadas e como foram implantadas.

d) Se possível entre em contato com esta ONG para colher pessoalmente (por meio de
entrevista feita via telefone ou e-mail) as informações necessárias para esta
pesquisa – ou se os informes do site permitir simplesmente faça a análise e a
exposição do conteúdo solicitado seguindo este roteiro

4) Ao terminar este estudo (anotando detalhadamente os tópicos solicitados) dirija-se à


unidade 29 para completar a atividade – que será a realização de um Fórum. Bom
estudo.

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U NIDADE 30
Exemplos de construção de ações cidadãs: tema para fórum.

Objetivo: Construção de um painel panorâmico sobre uma questão socioambiental em três


continentes.

Estamos no final de nosso módulo. Esperamos que as sugestões aqui estudadas e


contempladas lhe sirvam de inspiração para que você crie mais alternativas de didáticas para
se pensar a educação ambiental na vertente da cidadania planetária.

Agora apresentaremos um roteiro (que você deverá seguir) na procura de fazer um painel
panorâmico sobre a questão socioambiental por você escolhida lá na unidade 24 e que foi
mantida nas pesquisas das unidades 26 e 28.

Este painel tem a intenção de fazer com que compreendamos como que ações similares em
suas intenções são pensadas nos diversos cantos do planeta. Isto é cidadania planetária:
onde pessoas em seu devido espaço fazem algo micro que tem repercussão no macro.

Então, siga o roteiro que se encontra na outra página:

Reprodução - Estrada para a Cidadania

www.viaoeste.com.br

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ROTEIRO PARA A REALIZAÇÃO DO PAINEL PANORÂMICO.

1) Retome as anotações das unidades 24, 26 e 28. Releia e procure traçar um panorama
sobre elas. Observe o que há de similar nas ações desenvolvidas por estas ONGs e o
que há de diferente. Se possível for, mediante os dados coletados, dê o seu parecer
sobre o estado de avanço ou de limitação das respectivas ações (numa perspectiva de
quem olha de modo crítico – como se fosse um consultor ambiental de ONGs).

2) Na sequência redija um texto (que será um painel)

O texto deverá ser escrito seguindo a estrutura abaixo:

1º Parágrafo:

- desenvolva uma breve reflexão sobre o seu parecer acerca das ações cidadãs
desenvolvidas na vertente por você escolhida num contexto intercontinental.

- cite os continentes sobre os quais o seu painel se desenvolverá.

2º Parágrafo:

Apresente o panorama da vertente por você escolhido especificando os seguintes


pontos: o desenvolvimento da Ação pela ONG “X” do continente latino-americano;
como a ação foi pensada e feita; os resultados da ação; os participantes/os
envolvidos pela ação.

3º Parágrafo.

Faça o mesmo sugerido no 2º. Parágrafo, somente destinando o seu olhar para a
ONG que trabalha no continente africano.

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4º Parágrafo.

Faça o mesmo sugerido nos parágrafos anteriores - somente destinando o seu


olhar para a ONG que trabalha no continente asiático.

5º Parágrafo:

Conclua a atividade vertendo o seu olhar para um discurso de esperança.


Sinalizado por um teor poético.

Lance o seu texto no link FÒRUM da ESAB – os melhores textos serão publicados
na página da ESAB e você poderá tê-lo (se ele for eleito) como uma publicação
sua. Por isto não se esqueça de colocar o seu nome completo abaixo do título do
texto e, em uma nota de rodapé, especifique a sua profissão ou algo que
componha o gênero para a publicação. Ex.:

(Título: ) Ações cidadãs no mundo.

(autor/a:) Márcia Monteneli *

(referencias *): bióloga pela Universidade de Monte Verde com especialização em


Educação Ambiental Urbana (em fase de conclusão) pela Escola Superior Aberta.

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Última atividade (optativa).

Por favor, envie para o tutor a sua avaliação acerca do módulo com suas notas e sugestões.

Sobre a escolha dos textos usados nos módulos


Ruim Regular Bom Muito bom

Especificar críticas

Gerar sugestões

Sobre as perguntas dos exercícios e avaliações


Ruim Regular Bom Muito bom

Especificar críticas

Gerar sugestões

Sobre as perguntas e orientações dadas ao longo dos textos


Ruim Regular Bom Muito bom

Especificar críticas

Gerar sugestões

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Sobre o processo de aprendizagem que você teve
Ruim Regular Bom Muito bom

Especificar críticas

Gerar sugestões

Sobre os vídeos
Ruim Regular Bom Muito bom

Especificar críticas

Gerar sugestões

FÓRUM II

Cite uma ação de cidadania planetária no combate a pobreza material. Comente.

MUITO OBRIGADO PELA SUA PARTICIPAÇÃO!

Na sua alma toda a tranqüilidade!

104
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G LOSSÁRIO

Caso haja dúvidas sobre algum termo ou sigla utilizada, consulte o link glossário em sua sala
de aula, no site da ESAB.

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B IBLIOGRAFIA

MELO NETO, Francisco Paulo de Melo e FROES, César. Empreendedorismo social: a


transição para a sociedade sustentável. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.

OLIVEIRA, Edson Marques Empreendedorismo social no Brasil: fundamentos e estratégias.


Franca-SP: Unesp, 2004. (tese de doutorado).

1) Referências fundamentais: sugeridas para pesquisa sobre a temática do módulo.

FREIRE Paulo, Conscientização, teoria e prática da libertação: uma introdução ao


pensamento de Paulo Freire. 3ª ed. São Paulo: Moraes, 1980.

GADOTTI, Moacir, Cidadania Planetária. In: GUTIERREZ, Francisco; PRADO Cruz R.


Ecopedagogia e cidadania planetária. São Paulo: Cortez, 1999

BEI Comunicação. Como cuidar do seu meio ambiente. São Paulo, 2002.
PORTILLO, Fátima. Sustentabilidade ambiental, consumo e cidadania. São Paulo, Cortez
Editora, 2005.
SCHWARTZAMAN, Simon. As causas da pobreza. Rio de Janeiro: Editora da Fundação
Getúlio Vargas, 2004.

2) Referências complementares: livros para aprofundamento

BENEVIDES, Maria Victória de M. A Cidadania Ativa: referendo, plebiscito e iniciativa


popular. 2 ed. São Paulo: Ática, 1996

PELIZZOLI, M.L. Correntes da ética ambiental. 2a ed. Petrópolis, Editora Vozes, 2002.

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PIGNATTI, Marta Gislene. As Ongs e a política ambiental nos anos 90: um olhar sobre Mato
Grosso. São Paulo, Annablume, 2005.
SOUZA DE CASTRO, Ronaldo. Sociedade e meio ambiente: a educação ambiental em
debate. 2a ed. São Paulo, Cortez Editora, 2002.
SCHARF, Regina. Manual de negócios sustentáveis: como aliar rentabilidade e meio
ambiente. São Paulo, Amigos da Terra- Amazônia Brasileira; Fundação Getúlio Vargas,
Centro de Estudos em Sustentabilidade, 2004.

KÜNG, Hans. Projeto de ética mundial: uma moral ecumênica em vista da sobrevivência
humana. São Paulo: Paulinas, 1993.

3) Fragmentos de Textos usados coletados de sites (seguindo a ordem das unidades)

http://www.proformar.org/revista/edicao_11/cidadania.pdf

http://www.proformar.org/revista/edicao_11/cidadania.pdf

http://www.cidadaodomundo.org/?page_id=55

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pobreza

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/conteudo_253481.shtml

http://e-revista.unioeste.br/index.php/expectativa/article/view/745/630

4) Vídeos

http://mercadoetico.terra.com.br/ vídeo: “Fabio Feldmann: coerência e coragem na militância


ambiental”

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5) Referências das citações usadas no conteúdo do módulo

UNIDADE 03

http://www.proformar.org/revista/edicao_11/cidadania.pdf

UNIDADE 04

http://mercadoetico.terra.com.br/

UNIDADE 05

http://www.proformar.org/revista/edicao_11/cidadania.pdf

UNIDADE 08

http://www.cidadaodomundo.org/?page_id=55

UNIDADE 10

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pobreza

UNIDADE 11

SCHWARTZAMAN, Simon. As causas da pobreza. Rio de Janeiro: Editora da Fundação


Getúlio Vargas, 2004.

UNIDADE 12

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/conteudo_253481.shtml

Revista Vestibular Atualidades - 09/2007

UNIDADE 13

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO; SECRETARIA NACIONAL DE ECONOMIA


SOLIDÁRIA; SENAES/M

UNIDADE 15

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http://e-revista.unioeste.br/index.php/expectativa/article/view/745/630

UNIDADE 22

http://www.naturlink.pt/canais/artigo.asp?iCanal=1&iSubCanal=11&iArtigo=21442&iLingua=1

UNIDADE 24

(*) http://www.universia.com.br/html/materia/materia_ebbh.html

(**) fragmentos do artigo de Ricardo Rose - disponibilizado no site Reciclagem.Net


http://www.reciclagem.net

UNIDADE 26

(*) “O gênero e a reforma da previdência social na África" Deborah Kasente, Univ. de


Makerere, Kampala, Uganda. Revista Internacional da Previdência Social, AISS, 3/2000

(**)Fonte: http://pt.mongabay.com/news/2005/1011-tina_butler_africa.html

(***) Estadão Online

UNIDADE 28

(*): Fragmento do texto de Michel Amaladoss “Uma outra Ásia é possível” do Instituto para o
Diálogo com Culturas e Religiões, Chennai, Índia

(**)Fonte: http://pt.mongabay.com/news/2006/0112-worldwatch.html

(***) Fragmento do texto de Michel Amaladoss “Uma outra Ásia é possível” do Instituto para o
Diálogo com Culturas e Religiões, Chennai, Índia

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