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AUTORIA:
Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste módulo. Mais do que simplesmente listar
esses nomes e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o
autor declara estar utilizando tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos.
Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente a aplicação didática,
beneficiando e divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas de
autenticidade de sua utilização e direitos autorais.
E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados
em pesquisas de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram expostas ao comércio
livre editorial.
E menta
S obre o Autor
APRESENTAÇÃO ..................................................................................3
OBJETIVO ..............................................................................................4
EMENTA .................................................................................................4
SUMÁRIO ...............................................................................................5
UNIDADE 1 .............................................................................................8
Imaginário pessoal acerca da Cidadania ............................................................. 8
UNIDADE 2 ...........................................................................................13
O que as pessoas falam sobre a cidadania ....................................................... 13
UNIDADE 3 ...........................................................................................15
Todo mundo deve ser cidadão? Devemos lutar para conquistar a cidadania?.. 15
UNIDADE 4 ...........................................................................................18
Conceito de Cidadania Planetária ..................................................................... 18
UNIDADE 5 ...........................................................................................23
Repensando o conceito de Cidadania Planetária .............................................. 23
UNIDADE 6 ...........................................................................................25
A Ética como impulso para as ações de cidadania ............................................ 25
UNIDADE 7 ...........................................................................................28
A Estética como impulso para as ações de cidadania ....................................... 28
UNIDADE 8 ...........................................................................................30
Os desejos de cidadania mundial- I ................................................................... 30
UNIDADE 9 ...........................................................................................33
Os desejos de cidadania mundial - II ................................................................. 33
UNIDADE 10 .........................................................................................34
O que é pobreza ................................................................................................ 34
UNIDADE 11 .........................................................................................36
As causas da Pobreza ....................................................................................... 36
UNIDADE 12 .........................................................................................40
A Pobreza gera problemas ambientais .............................................................. 40
UNIDADE 13 .........................................................................................43
Ação de cidadania Planetária: Combater a pobreza econômica ....................... 43
UNIDADE 14 .........................................................................................47
Estudo de caso: projetos de combate à pobreza econômica............................. 47
UNIDADE 15 .........................................................................................50
Ação de cidadania Planetária: Combater a pobreza social................................ 50
UNIDADE 16 .........................................................................................54
Estudo de caso: projetos de combate à pobreza social. .................................... 54
UNIDADE 17 .........................................................................................57
Ação de cidadania Planetária: Combater a pobreza material. ........................... 57
UNIDADE 18 .........................................................................................63
Estudo de caso: projetos de combate à pobreza material. ................................ 63
UNIDADE 19 .........................................................................................66
Ação de cidadania Planetária: Combater a pobreza energética (ou espiritual). 66
UNIDADE 20 .........................................................................................69
Estudo de caso: projetos de combate à pobreza energética (ou espiritual)....... 69
UNIDADE 21 .........................................................................................72
Parecer crítico das formas de combate à pobreza: tema para Fórum ............... 72
UNIDADE 22 .........................................................................................73
Como o meio ambiente afeta a pobreza. ........................................................... 73
UNIDADE 23 .........................................................................................77
Como o meio ambiente afeta a pobreza: questões para fixação. ...................... 77
UNIDADE 24 .........................................................................................79
Panorama sócio-ambiental da América Latina .................................................. 79
UNIDADE 25 .........................................................................................85
Exemplificando a Cidadania Planetária na América Latina................................ 85
UNIDADE 26 .........................................................................................86
Panorama sócio-ambiental da África ................................................................. 86
UNIDADE 27 .........................................................................................92
Exemplificando a Cidadania Planetária na África .............................................. 92
UNIDADE 28 .........................................................................................93
Panorama socioambiental da Ásia .................................................................... 93
UNIDADE 29 .........................................................................................99
Exemplificando a Cidadania Planetária na Ásia. ............................................... 99
UNIDADE 30 .......................................................................................100
Exemplos de construção de ações cidadãs: tema para fórum. ........................ 100
GLOSSÁRIO.......................................................................................105
BIBLIOGRAFIA ..................................................................................106
U NIDADE 1
Imaginário pessoal acerca da Cidadania
Seja muito bem-vindo ao estudo deste módulo que quer, sobretudo, ampliar a
nossa compreensão sobre o que vem a ser cidadania.
Cidadania é uma palavra que está na boca do povo. Qualquer um fala e a usa.
Entretanto: o que é cidadania? E, sobretudo, devemos levantar neste nosso
estudo a seguinte questão: o que é cidadania planetária?
Garanto-lhe que o assunto é extremamente agradável e útil e sei que você muito
dele se aproveitará em seu trabalho junto aos seus destinatários. Muito bom
estudo é o que lhe desejo.
Uma observação:
- Textos selecionados pelo viés da (a) fácil compreensão e (b) profundidade, que
são dispostos para leitura em fragmentos e, na sequência, discorrem baterias de
exercícios e dicas complementares.
- O material produzido não serve somente como estudo para o aluno da ESAB,
mas foi pensado e desenvolvido para que sirva de apoio didático na prática
cotidiana da Educação ambiental (por isto a opção por uma linguagem clara e
simples em sua realização).
Muita atenção!
CIDADANIA FAMILIAR
* *
* *
* *
Questões:
O que a caracteriza?
Reprodução
CIDADANIA RELIGIOSA
* *
* *
* *
Questões:
O que a caracteriza?
CIDADANIA COMUNITÁRIA
* *
* *
* *
Questões:
O que a caracteriza?
* *
* *
* *
Questões:
O que a caracteriza?
O que estes conceitos acima lhe fazem pensar? Por exemplo: existem diversos
âmbitos para se pensar o conceito cidadania? Cidadania se refere somente à
esfera social-política ou vai além dela?
Obs.: Não se esqueça de que todas estas atividades servem como estudo para
você e dinâmica a ser aplicada na comunidade, escola...
U NIDADE 2
O que as pessoas falam sobre a cidadania
Para melhor clarear o estudo vamos dividir o texto em blocos. Cada bloco conterá
uma premissa argumentativa. No final você deverá fazer um apanhado das
premissas escrevendo o que o autor nos traz de novidade na forma de encarar os
velhos temas sobre “a conquista” e o “dever” da cidadania.
Bom estudo.
1)
2)
Por isso, não é possível ensinar os estudantes a serem cidadãos, como quer a
maior parte dos professores brasileiros.
No Brasil, a ideia de que todas as crianças e adolescentes são sujeitos de
direitos e, portanto, são cidadãos 1 foi assimilada pelo discurso dos
professores e educadores em geral, sobretudo aqueles que trabalham em
escolas públicas ou organizações não-governamentais, a partir da discussão
que antecedeu à promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente –
ECA – no ano de 1990 e que se ampliou após a sua vigência.
3)
Exercício:
1)
2)
3)
Atividades dissertativas
Bons Estudos!
U NIDADE 4
Conceito de Cidadania Planetária
1. Nossa Mãe Terra (...) requer de nós uma consciência e uma cidadania planetárias,
isto é, o reconhecimento de que somos parte da Terra e de que podemos perecer com
a sua destruição ou podemos viver com ela em harmonia, participando do seu devir.
9. Uma educação para a cidadania planetária tem por finalidade a construção de uma
cultura da sustentabilidade, isto é, uma biocultura, uma cultura da vida, da convivência
harmônica entre os seres humanos e entre estes e a natureza. A cultura da
sustentabilidade deve nos levar a saber selecionar o que é realmente sustentável em
nossas vidas, em contato com a vida dos outros. Só assim seremos cúmplices nos
processos de promoção da vida e caminharemos com sentido. Caminhar com sentido
significa dar sentido ao que fazemos, compartilhar sentidos, impregnar de sentido as
práticas da vida cotidiana e compreender o sem sentido de muitas outras práticas que
aberta ou solapadamente tratam de impor-se e sobrepor-se a nossas vidas
cotidianamente.
http://mercadoetico.terra.com.br/
www.earthdance2007.eclipseartgate.com
2.1 Justifique a partir do texto “Carta da Ecopedagogia” os motivos que fazem de
Fábio Feldmann um cidadão planetário.
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2.2. Como a questão ambiental está ligada à proteção da vida humana – segundo
os acenos do vídeo assistido?
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U NIDADE 5
Repensando o conceito de Cidadania Planetária
O texto intitulado “As armadilhas da Cidadania” de José Luís Vieira de Almeida (*)
faz uma crítica ao conceito de cidadania levantado na unidade anterior. Leia o
argumento para depois fazer um exercício comparativo-crítico com o estudado
anteriormente. Vamos ao texto:
Há, porém, alguns intelectuais brasileiros de renome como, por exemplo, Gadotti
(1999), Romão (2000) e Benevides (1996) que defendem a possibilidade e até
mesmo a necessidade da re-significação do conceito de cidadania. Para isso,
recorrem à adjetivação e, assim, formulam outros conceitos, como por exemplo,
os de “cidadania planetária” (Gadoti), “escola cidadã” (Romão) ou “cidadania
ativa” (Benevides). O uso de adjetivos na formulação de conceitos ao contrário
de qualificá-los termina por desqualificá-los, porque os conceitos não admitem
qualidade. Assim, qualificar a cidadania como ativa ou planetária, no contexto da
sociedade burguesa, é redundante, pois é pressuposto da cidadania ser, por
exemplo, ativa ou planetária, afinal, ela é uma das formulações por meio das
quais a ideologia burguesa se expande. Assim, esses adjetivos são atributos da
própria cidadania e, desta forma, não podem distingui-la de outra cidadania.
Nesses casos, o adjetivo, ao contrário de esclarecer, obscurece o sentido do
conceito, estreitando a sua vinculação à ideologia burguesa. O mesmo processo
ocorre com o conceito de “escola cidadã”. Na sociedade burguesa, um dos
principais propósitos da escola é prover a cidadania. A defesa da adjetivação dos
conceitos é, normalmente, fundada na distinção entre a concepção burguesa e o
novo sentido a ser conferido a eles para distingui-los da primeira acepção com o
fito de superá-la, o que permitiria, re-significar os conceitos. Porém, de acordo
com Lefebvre (1983), conceitos como o de cidadania não podem ser re-
significados, porque estão vinculados a uma ideologia, no caso, a ideologia
burguesa e, portanto, necessariamente, a reproduzem. Em outras palavras, não
pode haver cidadania que não seja burguesa. Assim, o único adjetivo que
poderia ser associado à cidadania é o “burguesa”.
Bom trabalho. Lembre-se de que estes exercícios são importantes para o bom
desempenho de sua vida acadêmica.
É muito comum dizermos que ações de cidadania são provocadas por motivações
éticas.
Neste sentido esta unidade quer fazer com que você avalie este postulado. E que
chegue a uma conclusão – mesmo sendo temporária – sobre o respectivo
postulado.
www.ugr.es
O que é ética? Existe diferença entre ética e moral?
O que faz algo ser ético ou moral? Quem é que oferece as normas para qualificar
algo de ético ou moral? Por exemplo: se a Igreja for a responsável por oferecer as
normas, estas normas não seriam mais universais uma vez que o pensamento
religioso é parcial e determinado culturalmente? O mesmo se pode dizer sobre a
política, sobre as regras de uma determinada sociedade (a europeia, por
exemplo).
Muitos dizem que a cidadania é um impulso ético/moral. Existem pessoas que por
condicionamento genético (vide as pesquisas da neurociência) não possuem os
atributos de análise moral. E outras que devido a sua pesada condição social não
se adequam à vivência dos valores éticos conforme formatados pela sociedade
ocidental cristã - por exemplo. Então, a pergunta: sem ética é possível gerar
impulsos de ação cidadã? Justifique seu ponto de vista.
Como que uma educação baseada nos pressupostos da ética pode contribuir
para o impulso de ações cidadãs? Justifique a sua resposta fornecendo
exemplos do cotidiano.
Sugiro que você leia de algum livro de filosofia (pode ser os dos mais conhecidos:
“Convite à filosofia” ou “Filosofando”) os capítulos sobre filosofia Moral ou ética
para melhor dialogar com estas perguntas.
Você pode dinamizar estas questões em seu trabalho. Elas dão o que falar...
U NIDADE 7
A Estética como impulso para as ações de cidadania
Sugiro que você leia de algum livro de filosofia (pode ser os dos mais
conhecidos: “Convite à filosofia” ou “Filosofando”) os capítulos sobre filosofia
da arte ou ética para melhor dialogar com estas perguntas. Também sugiro,
sobretudo, que leia algo sobre as relações entre ética e estética (pode ser
material publicado na internet).
Qual a relação existente entre estética e ética – conforme apontam as suas
pesquisas?
Você certamente já sabe acerca destes argumentos: A beleza atrai. O belo cativa.
O bem e o belo são semelhantes e se completam. E se afirmarmos o mesmo
sobre o feio e o mal: a feiura atrai. O feio cativa. O mal e o feio são semelhantes e
se completam? O que você teria a dizer sobre as implicações destes
argumentos?
Você conhece pessoas que fazem atividades no plano das ações socioambientais
motivadas por valores estéticos e não ético-religiosos de ajudar o próximo, etc?
Como você as observa?
Sugiro que você procure pessoas com o perfil da pergunta anterior e a questione
sobre:
CIDADANIA MUNDIAL
(...) força (...) militantes racistas, francamente em baixa nestes anos finais do
milênio e (...) crescente legião de pessoas de boa vontade que concebem a
visão de um mundo unido, onde cada cidadão possa exercitar o novo
paradigma da cidadania mundial. O contraste entre essas duas forças é que a
humanidade foi violentada por muito longo tempo por aceitar ou se omitir ante
aqueles que pregavam os falaciosos dogmas de uma pretensa pureza racial.
Os gritos e gemidos, os ossos alquebrados de seis milhões de judeus, há
pouco mais de quatro décadas, os massacres na Namíbia, Sudão ou Soweto,
não terão sido suficientes para comprovar a estupidez e a falácia de se
imaginar uma raça superior? Teriam sido os carrascos nazistas mais
inteligentes e poderiam ser considerados membros de uma raça superior por
colocarem em marcha a solução final, massacrando milhões de seres
inocentes, cuja única culpa era não pertencer ao mesmo credo e ter a mesma
cor da pele?
Fonte: http://www.cidadaodomundo.org/?page_id=55
Reprodução - Malcolm X
www.cinema.ptgate.pt
U NIDADE 9
Os desejos de cidadania mundial - II
ATIVIDADE OPTATIVA
Ex.:
- Gandhi.
- João XXIII
- Che Guevara
3) Quando você for fazer esta atividade em seu trabalho procure dinamizar a
apresentação no formato de Painel.
U NIDADE 10
O que é pobreza
A pobreza será tema de discussão nas unidades que seguem. Isto se deve ao fato
de que a pobreza é a responsável pelo avanço dos problemas ambientais.
Todavia, é necessário ampliar a nossa visão sobre como definir e recortar o termo
pobreza que pode possuir diversas formas de ser definida, visto que este tema é
inerente à abordagem sobre o exercício da cidadania. Uma vez que a pobreza é
tida como um dos empecilhos para o exercício da cidadania. Vamos ao texto (*):
- Carência energética para mudar o que não pode ser mudado, o impossível está
dentro de vossa mente, a superação dos paradigmas faz a ponte de um estado-
baixo em estado-alto. Falta de autoestima, baixa espiritualidade.
Quando você for trabalhar com questões de educação ambiental é bom que
possa ajudar as pessoas a ampliarem o seu olhar sobre o que vem a ser pobreza.
Por isto sugerimos os seguintes passos:
2) Dê para cada grupo a responsabilidade de ler uma definição das quatro acima
dispostas.
3) Peça para que cada equipe arrume quatro exemplos para clarear os tipos
de pobreza acima. O importante é que ao pensarmos no problema ambiental
e dissermos que a pobreza é o seu motivador que logo pensemos nos quatro
tipos de pobreza.
www.shofco.org
U NIDADE 11
As causas da Pobreza
As causas da pobreza
"As causas da pobreza", dizia meu antigo professor de direito, "são duas: as
voluntárias e as involuntárias". Para nós, estudantes de ciências sociais, as
causas da pobreza não podiam ser individuais, mas estruturais: a exploração do
trabalho pelo capital, o poder das elites que parasitavam o trabalho alheio e
saqueavam os recursos públicos, e a alienação das pessoas, criada pelo sistema
de exploração, que impedia que elas tivessem consciência de seus próprios
problemas e necessidades. Quando a TV ainda engatinhava em Belo Horizonte,
participei de um programa ao vivo com uma senhora da tradicional família mineira
que organizava bailes beneficentes, e fiquei chocado quando percebi que não
conseguiria convencer ao apresentador, e muito menos ao público, que o que ela
fazia era cínico e nocivo, mantendo os pobres iludidos pelas migalhas que
sobravam das festas da alta sociedade. Como ousava este garoto, de mineiridade
incerta, duvidar do espírito caridoso da elegante dama? Falar com os pobres não
adiantava muito. Visitando um barraco de favela, comentei com o morador sobre
as péssimas condições em que ele vivia, tentando estimular sua consciência de
classe. A resposta foi de indignação. Ele era pobre, sim, mas tinha orgulho de seu
barraco limpo e arrumado. Que direito tinha eu de dizer que ele vivia uma vida
miserável?
A visão maltusiana da pobreza era extrema, e colidia com o valor da caridade, tão
presente na tradição judaica, cristã e de outras religiões. Em todas as sociedades,
sempre se reconheceu a virtude de ajudar aos pobres, ao mesmo tempo em que
aceitava a inevitabilidade das diferenças sociais e da miséria humana. Michael
Katz, um historiador norte-americano que trata do tema das ideologias da pobreza
em seu país, observa que, "antes do século XIX teria sido absurdo imaginar a
abolição da pobreza. Os recursos eram finitos, e a vida era dura. A maioria das
pessoas nasciam, viviam e morriam na pobreza. As questões eram, então, quem,
entre os necessitados, deveria receber ajuda? De que maneira a caridade deveria
ser administrada?"
Objetivo: Levantar uma breve discussão sobre a pobreza espiritual como geradora
de problemas ecológicos.
A melhor solução para o lixo, porém, é reaproveitá-lo para fazer novos bens,
reduzindo a sobrecarga dos depósitos. O reaproveitamento do lixo envolve o
princípio dos "3 Rs": reduzir, reutilizar, reciclar. Isso significa:
> reduzir a produção de resíduos, com a adoção de novos hábitos de compra;
> reutilizar potes, vasilhames, caixas e outros objetos de uso cotidiano e o material
neles contido;
> reciclar o lixo descartado após o consumo, transformando-o em matéria-prima
industrial para nova fabricação.
Para que seja reciclado, o lixo deve ser descartado de forma seletiva e entregue
em postos distribuídos pelas prefeituras (quando existem) ou por empresas em
locais predefinidos, doados a entidades que recebem material desse tipo e na
forma estabelecida pelos programas porta a porta.
O Brasil é um dos países que mais reciclam o lixo, a exemplo das latinhas de
alumínio (87% são recicladas). Apesar disso, segundo dados do Compromisso
Empresarial para Reciclagem
(Cempre), apenas 327 dos mais de 5 mil municípios brasileiros mantêm serviços
de coleta seletiva, e apenas 11% dos resíduos urbanos produzidos no país são
reciclados. Ainda há um longo caminho pela frente.
Veja aqui o que pode e o que não pode ser reciclado, e quanto tempo os materiais
levam para se degradar na natureza.
Conta-se que o líder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), ao ser perguntado se,
depois da independência, a Índia perseguiria o estilo de vida dos colonizadores
britânicos, teria respondido: "A Grã-Bretanha precisou de metade dos recursos do
planeta para alcançar a prosperidade; quantos planetas não seriam necessários
para que um país como a Índia alcançasse o mesmo patamar?"
Conceito
Demorou bastante para que a humanidade constatasse que estava caminhando
para um abismo. Desde a Revolução Industrial, há mais de dois séculos, entendia-
se que desenvolvimento e crescimento econômico eram a mesma coisa e que
dependiam do consumo crescente de recursos naturais.
Verificou-se uma realidade óbvia, mas cruel: não há possibilidade de que a fartura,
os benefícios e o conforto trazidos por esse modelo de crescimento econômico
estejam ao alcance dos países que demoraram para se industrializar.
Na prática, isso significa que os países ricos devem buscar fontes de energia
menos poluentes e reduzir a produção de lixo e reciclá-lo, além de praticar um
consumo consciente, ou seja, repensar quais bens são necessários para uma vida
confortável.
U NIDADE 13
Ação de cidadania Planetária: Combater a pobreza econômica
O que sugiro é o seguinte: leia os textos e a partir deles (assim creio) você terá
tempo para pensar e elaborar uma crítica sobre as formas apresentadas de
combate a pobreza isto ocorrerá na unidade 16) – texto que deverá ser lançado no
site da Escola Superior Aberta na página Fórum para divulgar ideias e fazer com
que técnicas pedagógicas sejam divulgadas.
INTRODUÇÃO
2004 foi o primeiro ano em que a SENAES contou com orçamento próprio.
Neste contexto teve como desafio a implementação do Programa Economia
Solidária em Desenvolvimento e a institucionalização dos procedimentos de
execução de suas políticas e dos recursos orçamentários disponíveis. Foi um
ano de experimentação, onde a partir das demandas apresentadas pela
sociedade civil e pelas políticas do Governo Federal, a SENAES ampliou a
esfera de suas ações e experimentou diferentes instrumentos para o
desenvolvimento de sua política e realização de seus objetivos.
(...)
Para cumprir seu objetivo o Programa busca ainda integrar e articular diversas
políticas que vem sendo desenvolvidas pelo Governo Federal, além de criar
instrumentos para potencializá-las. Exemplificando ressaltamos: com o
Ministério do Desenvolvimento Social, articulando-se com os Programas Fome
Zero, Bolsa-
Roteiro de Pesquisa.
www.centrodametropole.org.br
3) Após ter escolhido faça o seguinte quadro de leitura comparativa:
Uma observação: este roteiro é um auxílio para o seu trabalho. Ele não cai em
avaliação. Serve como sugestão para que você faça o exercício proposto antes de
aplicar junto aos seus. No entanto, sobretudo, ele tem o caráter de ser material de
apoio para a sua atividade de educador ambiental. Você pode completar os dados
ou simplesmente xerocar e distribuir aos seus esta unidade.
bemcomum.wordpress.com
U NIDADE 15
Ação de cidadania Planetária: Combater a pobreza social
AUTOR CONCEITO
1. É individual 1. É coletivo
Produz bens e serviços Produz bens e serviços para si e Produz bens e serviços para
para o mercado para a comunidade a comunidade, local e global
Tem foco no mercado Tem o foco no mercado e atende Tem o foco na busca de
a comunidade conforme sua soluções para os problemas
missão sociais e necessidades da
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comunidade
Fonte: Elaborado e adaptado pelo autor a partir de MELO NETO E FROES, 2002
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U NIDADE 16
Estudo de caso: projetos de combate à pobreza social.
Para esta unidade vamos sugerir a realização de uma pesquisa (o material foi pensado para
você usar em seu trabalho de intervenção). Para tanto lançamos o seguinte roteiro de
pesquisa.
1) Lendo atentamente as unidades anteriores acerca das definições dos tipos de pobreza
e, após ter estudado a pobreza econômica como um tipo de pobreza específica
desenvolva uma pesquisa crítica seguindo os passos abaixo.
estudiosmetropolitanos.xoc.uam.mx
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3) Após ter escolhido faça o seguinte quadro de leitura comparativa:
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1) Faça um paralelo comparativo entre os dois blocos e apresente um parecer seu sobre
a viabilidade ou não das observações.
3) Uma observação: este roteiro é um auxílio para o seu trabalho. Ele não cai em
avaliação. Serve como sugestão para que você faça o exercício proposto antes de
aplicar junto aos seus. No entanto, sobretudo, ele tem o caráter de ser material de
apoio para a sua atividade de educador ambiental. Um dado muito importante: adapte
o material. Tire o texto, as palavras, unidades, etc.
jpn.icicom.up.pt
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U NIDADE 17
Ação de cidadania Planetária: Combater a pobreza material.
O que é?
O PBF integra o FOME ZERO, que visa assegurar o direito humano à alimentação
adequada, promovendo a segurança alimentar e nutricional e contribuindo para a
erradicação da extrema pobreza e para a conquista da cidadania pela parcela da população
mais vulnerável à fome.
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- promoção do alívio imediato da pobreza, por meio da transferência direta de renda à
família;
- reforço ao exercício de direitos sociais básicos nas áreas de Saúde e Educação, por meio
do cumprimento das condicionalidades, o que contribui para que as famílias consigam
romper o ciclo da pobreza entre gerações;
O Bolsa Família prevê a unificação dos Programas Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Auxílio
Gás e Cartão Alimentação. São os chamados “programas remanescentes”.
Critérios de Inclusão
- famílias com renda de R$ 60,01 (sessenta reais e um centavo) a R$ 120,00 (cento e vinte
reais) por pessoa, com crianças de 0 a 15 anos.
A renda da família é calculada a partir da soma do dinheiro que todas as pessoas da casa
ganham por mês (como salários e aposentadorias). Esse valor deve ser dividido pelo número
de pessoas que vivem na casa, obtendo assim a renda per capita da família. (Nessa conta
não entram os benefícios de outros programas como Peti e Agente Jovem).
Famílias que se encontram na faixa de renda de até meio salário mínimo - R$ 190,00 per
capita - também podem se cadastrar, pois existem outros programas sociais, tanto em
âmbito federal, quanto estadual e municipal, destinados a essa faixa de renda.
Critérios de Seleção
O Programa Bolsa Família seleciona as famílias a partir das informações inseridas pelo
município no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico. O
CadÚnico é um instrumento de coleta de dados que tem como objetivo identificar todas as
famílias em situação de pobreza existentes no País.
Cada município tem um número estimado de famílias pobres considerado como a meta de
atendimento do Programa naquele território específico. Essa estimativa é calculada com
base numa metodologia desenvolvida com apoio do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (IPEA) e tem como referência os dados do Censo de 2000 e da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2004, ambos do IBGE.
Benefícios e Condicionalidades
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(Última modificação 30/07/2007 - 09:37)
Benefícios
Os valores pagos pelo Programa Bolsa Família variam de R$18,00 (dezoito reais) a
R$112,00 (cento e doze reais), de acordo com a renda mensal por pessoa da família e o
número de crianças, gestantes e nutrizes. No caso de famílias que migraram de programas
remanescentes o valor do benefício pode ser maior, tendo como base o valor recebido
anteriormente.
- básico: no valor de R$ 58,00, concedido às famílias com renda mensal de até R$ 60,00 por
pessoa, independentemente da composição familiar;
- variável: no valor de R$ 18,00, para cada criança ou adolescente de até 15 anos, no limite
financeiro de até R$ 54,00, equivalente a três filhos por família.
60
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Critério de Elegibilidade Ocorrência de
crianças /
Quantidade e Valores do
adolescentes
Renda Tipo de Benefício
Situação das 0-15 anos,
Mensal per Benefícios
Famílias gestantes e (R$)
capita
nutrizes
Condicionalidades
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Principais resultados
O PBF está bem focalizado, ou seja, efetivamente chega às famílias que dele necessitam e
que atendem aos critérios da lei;
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U NIDADE 18
Estudo de caso: projetos de combate à pobreza material.
Roteiro de Pesquisa.
1) Lendo atentamente as unidades anteriores acerca das definições dos tipos de pobreza
e, após ter estudado a pobreza econômica como um tipo de pobreza específica
desenvolva uma pesquisa crítica seguindo os passos abaixo.
naminhaopiniao.blog.com
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3) Após ter escolhido faça o seguinte quadro de leitura comparativa:
Leia o material publicado pelo próprio projeto e nesta coluna Na sequência procure textos
anote: de organizações (ou mesmo
entreviste pessoas) que
- o objetivo do projeto.
criticam o projeto. Observe
- a quem se destina o projeto como eles estabelecem a sua
crítica ao projeto seguindo o
- os parceiros do projeto.
roteiro disponível no quadro
- se o projeto é uma iniciativa da organização (governo, Ong...) ao lado.
que acontece de modo vertical, isto é: feito sem consulta ou
* Sugiro que você leia artigos
envolvimento dos destinatários; ou se o projeto foi planejado
que falem sobre a
de modo horizontal: com envolvimento e planejamento junto
importância da cooperação
com os destinatários.
dos participantes e
- Pesquise como o projeto foi desenvolvimento. organizadores de projetos
tocando nos assuntos:
- Pesquise sobre o processo de avaliação do projeto por parte
autonomia e desenvolvimento
dos realizadores (se a avaliação foi permanente; as
pessoal/comunitário. Estas
dificuldades encontradas; o resultado obtido; os motivos do
leituras facilitarão a sua
resultado; os pontos positivos e negativos do projeto).
compreensão e conexão com
os assuntos que serão
levantados.
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1) Faça um paralelo comparativo entre os dois blocos e apresente um parecer seu sobre a
viabilidade ou não das observações.
3) Uma observação: este roteiro é um auxílio para o seu trabalho. Ele não cai em avaliação.
Serve como sugestão para que você faça o exercício proposto antes de aplicar junto aos
seus. No entanto, sobretudo, ele tem o caráter de ser material de apoio para a sua
atividade de educador ambiental. Um dado muito importante: adapte o material. Tire o
texto, as palavras, unidades, etc.
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U NIDADE 19
Ação de cidadania Planetária: Combater a pobreza energética (ou espiritual).
Nesta unidade será exposta uma forma de combate à pobreza energética ou espiritual que
são as leis de incentivo à cultura. A intenção é fazer com que você tenha conhecimento delas
(uma vez que poderá se apoiar nelas para desenvolver projetos de caráter cultural/social).
Também avultamos a intenção e fazer com que você tenha um exemplo claro do que são os
projetos de combate a pobreza espiritual. O material desta unidade é o de divulgação do
Ministério da Cultura do Brasil (na gestão governamental de 2006-2010). Boa contemplação!
Vamos ao texto (*):
Lei Rouanet
Ela institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), que é formado por três
mecanismos: o Fundo Nacional de Cultura (FNC), o Incentivo Fiscal (Mecenato) e o
Fundo de Investimento Cultural e Artístico (Ficart).
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benefícios fiscais para investidores que apoiam projetos culturais sob forma de doação
ou patrocínio. Empresas e pessoas físicas podem utilizar a isenção em até 100% do
valor no Imposto de Renda e investir em projetos culturais. Além da isenção fiscal, elas
investem também em sua imagem institucional e em sua marca.
Depois da aprovação do projeto divulgada por meio de portaria ministerial no Diário Oficial
da União (D.O.U.), o proponente deverá buscar empresas ou pessoas físicas interessadas
em financiar a execução, por meio de patrocínio ou doação.
Em relação aos investidores o proponente deve ter especial atenção, pois só poderão
investir no projeto por via Mecenato as empresas tributadas com base no lucro real. O
Decreto nº. 3.000, de 26 de março de 1999, estabelece as empresas que se enquadrar
nesse regime de tributação.
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O projeto pode ser financiado em sua totalidade por meio do Mecenato. Se o proponente,
no entanto, pretender utilizar recursos de outras fontes, deverá indicá-las ao entregá-lo, e
posteriormente, na prestação de contas.
Neste caso, ele deve informar detalhadamente no orçamento o que será arcado com
recursos próprios, por exemplo, ou por meio de algum outro mecanismo de financiamento, e
o que será custeado pelo Mecenato.
Projetos que não obtiverem captação poderão ter o período designado prorrogado por mais
12 meses, a contar do final do prazo inicial concedido na aprovação.
Aqueles que captarem pelo menos 20% do valor aprovado e completarem 12 meses da
data da aprovação também podem solicitar prorrogação por 12 meses. O pedido não é
aceito se o projeto completar 24 meses da aprovação sem captação ou se esta for inferior a
20% do valor aprovado.
No caso de eventos, o prazo máximo para obter recursos é de 60 dias após o término do
evento, e também não é admitida a prorrogação.
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U NIDADE 20
Estudo de caso: projetos de combate à pobreza energética (ou espiritual).
Roteiro de Pesquisa.
1) Lendo atentamente as unidades anteriores acerca das definições dos tipos de pobreza
e, após ter estudado a pobreza econômica como um tipo de pobreza específica
desenvolva uma pesquisa crítica seguindo os passos abaixo.
escritaacordadora.blogspot.com
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Nome do Projeto de combate à pobreza Energética ou espiritual
Leia o material publicado pelo próprio projeto e nesta Na sequência procure textos de
coluna anote: organizações (ou mesmo
entreviste pessoas) que criticam
- o objetivo do projeto.
o projeto. Observe como eles
- a quem se destina o projeto estabelecem a sua crítica ao
projeto seguindo o roteiro
- os parceiros do projeto.
disponível no quadro ao lado.
- se o projeto é uma iniciativa da organização (governo,
* Sugiro que você leia artigos
Ong...) que acontece de modo vertical, isto é: feito sem
que falem sobre a importância da
consulta ou envolvimento dos destinatários; ou se o projeto
cooperação dos participantes e
foi planejado de modo horizontal: com envolvimento e
organizadores de projetos
planejamento junto com os destinatários.
tocando nos assuntos:
- Pesquise como o projeto foi desenvolvimento. autonomia e desenvolvimento
pessoal/comunitário. Estas
- Pesquise sobre o processo de avaliação do projeto por
leituras facilitarão a sua
parte dos realizadores (se a avaliação foi permanente; as
compreensão e conexão com os
dificuldades encontradas; o resultado obtido; os motivos do
assuntos que serão levantados.
resultado; os pontos positivos e negativos do projeto).
1) Faça um paralelo comparativo entre os dois blocos e apresente um parecer seu sobre a
viabilidade ou não das observações.
3) Uma observação: este roteiro é um auxílio para o seu trabalho. Ele não cai em avaliação.
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Serve como sugestão para que você faça o exercício proposto antes de aplicar junto aos
seus. No entanto, sobretudo, ele tem o caráter de ser material de apoio para a sua
atividade de educador ambiental. Um dado muito importante: adapte o material. Tire o
texto, as palavras, unidades, etc.
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U NIDADE 21
Parecer crítico das formas de combate à pobreza: tema para Fórum
Após a leitura e o estudo de casos acerca da relação pobreza e meio ambiente passaremos
para a realização de uma atividade prática: a sua participação no fórum da Escola Superior
Aberta. Após fazer a atividade, lance-a na respectiva página.
Peço que você realize uma das pesquisas sugeridas nas unidades intituladas “Estudo de
caso: projetos de combate à pobreza...” e faça um texto dissertativo seguindo a seguinte
estrutura de parágrafos:
1º. Parágrafo:
- comentar acerca da pobreza como um problema para o avanço dos problemas ambientais
e sociais.
2º. Parágrafo: Elaborar uma síntese do primeiro quadro de análise (sobre o material do
projeto e suas anotações). Lembre-se que este texto deverá estar em conexão com o
próximo parágrafo.
3º. Parágrafo: Elaborar uma síntese do segundo quadro de análise (sobre as críticas
contrárias ao projeto)
4º. Parágrafo: Relacionar criticamente a discussão do 2º. e 3º. Parágrafos com a questão
dos problemas ambientais.
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U NIDADE 22
Como o meio ambiente afeta a pobreza.
Seria ingenuidade pensar que somente a pobreza é que gera a degradação ambiental.
Também o meio ambiente incide sobre o avanço/permanência da pobreza. É o que nos
apresentarão alguns recortes de um artigo de Isabel Abreu (*) sobre esta incidência. É claro
que com estratégias racionais o problema da incidência pode ser minimizado. Por exemplo:
os canadenses têm um território muito mais hostil para a vida humana que o sertão
nordestino. No entanto, é o sertão nordestino o sinônimo de pobreza. Então, podemos
concluir numa primeira premissa que a incidência do meio sobre a pobreza pode ser menor
do que o da pobreza sobre o meio ambiente.
De uma forma geral, nos países pobres registram-se elevados níveis de degradação
ambiental. A falta de recursos financeiros para investimento no tratamento de
resíduos sólidos e esgotos e em tecnologias pouco poluentes, conduzem à
contaminação dos rios, dos solos e do ar. Por outro lado, os problemas ambientais,
como as alterações climáticas, são responsáveis pelo aumento da pobreza ao
colocarem em risco muitas das atividades econômicas de que as comunidades mais
pobres dependem: como as pescas e a agricultura.
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Pobreza a nível mundial
Uma das formas utilizadas para a caracterização da pobreza no Mundo é através da Linha
ou Limiar de Pobreza. O Limiar de Pobreza atual é de 1 dólar/dia, correspondendo ao valor
mínimo necessário para se adquirir um conjunto de bens essenciais à sobrevivência. Trata-
se de um valor simbólico que deve ser recalculado para cada país tendo em conta o
respectivo nível de vida.
De uma forma geral, nos países pobres registram-se elevados níveis de degradação
ambiental. A falta de recursos financeiros para investimento no tratamento de resíduos
sólidos e esgotos e em tecnologias pouco poluentes, conduzem à contaminação dos rios,
dos solos e do ar. Por outro lado, os problemas ambientais, como as alterações climáticas,
são responsáveis pelo aumento da pobreza ao colocarem em risco muitas das atividades
econômicas de que as comunidades mais pobres dependem, como a pesca e a agricultura.
Uma das formas utilizadas para a caracterização da pobreza no Mundo é através da Linha
ou Limiar de Pobreza. O Limiar de Pobreza atual é de 1 dólar/dia, correspondendo ao valor
mínimo necessário para se adquirir um conjunto de bens essenciais à sobrevivência. Trata-
se de um valor simbólico que deve ser recalculado para cada país tendo em conta o
respectivo nível de vida.
Vários aspectos ambientais contribuem para a vulnerabilidade da população mais pobre. Por
exemplo, a poluição da água e do ar conduz ao aparecimento de doenças, que tornam a
população enfraquecida para trabalhar e usufruir de rendimento.
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comunidades pobres que dependem da pesca, da agricultura e da exploração de florestas,
sectores bastante vulneráveis às alterações climáticas e às associadas secas, cheias e
temperaturas elevadas.
O grande crescimento populacional nos países pobres representa uma maior produção de
esgotos e de resíduos que geralmente são lançados no meio ambiente sem tratamento,
levando à contaminação do solo, lençóis freáticos e rios. Além disso, a necessidade de água
para satisfazer uma população crescente conduz muitas vezes à grande exploração dos
recursos hídricos.
Recursos naturais
Uma correta gestão dos recursos naturais é importante para a redução da pobreza, uma vez
que a sobrevivência de cerca dos 75% da população dos países pobres depende da
produção de mel, tabaco, resina, cogumelos, nozes, algodão, café, chá, cacau, entre outros.
Se por um lado estes sectores econômicos são muito vulneráveis às alterações climáticas,
por outro, os países pobres têm dificuldades em retirar benefício econômico da venda destes
produtos. Além de terem de competir com a qualidade dos produtos dos países ricos com
melhores condições de produção, transporte e conservação, os produtos dos países pobres
chegam ao mercado internacional com preços elevados, devido aos subsídios praticados nos
países ricos.
Graças aos subsídios à produção e à exportação, os países ricos conseguem vender os seus
produtos a preços abaixo do custo de produção. Uma vez que os países pobres não
conseguem competir com preços tão baixos, são obrigados a abandonar certas atividades
econômicas que deixam de ser rentáveis e a importar dos países ricos. Com o objetivo de
aumentar o seu rendimento, os países pobres procuram aumentar a sua produção, muitas
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vezes à custa da grande exploração dos recursos naturais. Assim, é comum registrarem-se
níveis elevados de pesticidas nos recursos hídricos, nomeadamente na água utilizada para
consumo humano, devido a práticas agrícolas incorretas.
Os subsídios à produção do algodão dos produtores dos EUA levaram ao aumento da taxa
de pobreza de países africanos que dependiam da exportação deste produto, como o Benin,
Mali, Burkina Faso e Chade.
www.unicamp.br
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U NIDADE 23
Como o meio ambiente afeta a pobreza: questões para fixação.
1) O que é linha ou limiar da pobreza? Para que serve esta categoria de observação da
pobreza?
3) Como você opina sobre esta relação acima abordada pela autora? Você não acha que
ela tem um olhar onde apresenta as soluções para a pobreza muito dadas nas mãos
das autoridades?
4) Como, segundo a autora o meio ambiente afeta a pobreza? Você concorda com ela?
Em que medida? Você conseguiria ampliar a reflexão da autora? Pois procure ampliar!
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FÓRUM II
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U NIDADE 24
Panorama sócio-ambiental da América Latina
Desta unidade até a 27 faremos alguns estudos de casos relacionando cidadania planetária
e problemas socioambientais. Para tanto lançamos a seguinte proposta de trabalho:
Recortamos alguns flashes na tentativa de levantar alguns problemas socioambientais dos
continentes – começando sempre por elementos econômicos e políticos do respectivo
continente. Escolhemos a África, Ásia e América Latina por serem mais significativos os seus
problemas no contexto por nós recortado.
1) Panorama da Pobreza.
3) Organizações que buscam soluções cidadãs para os problemas ambientais das cidades.
www.hoteleskolping.net
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Vamos ao estudo acerca da América Latina.
Mesmo que não seja um exemplo a ser seguido, podemos aprender com a
experiência da América Latina a partir do fim da década de 1980: ela mostra a
importância crucial da estabilidade macroeconômica e crescimento econômico
para a redução da pobreza, como ilustrado pelos casos do México e Peru.
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2) Os problemas ambientais das cidades na América Latina. Vamos ao texto (**):
A América Latina é uma região de grandes contrastes, tanto sob o aspecto social quanto
econômico. Enquanto que certas regiões do continente já atingiram um grau de organização
social e desenvolvimento econômico comparável a certas partes da Europa, a maioria dos
países latino-americanos ainda vive em condições precárias. Esta disparidade no grau de
desenvolvimento tem uma influência na maneira como as sociedades encaram a questão da
proteção ambiental. Países com mais alto grau de industrialização, desenvolvimento
humano e conscientização – como o México, o Brasil, o Chile a Argentina e o Uruguai -
possuem uma ordenação ambiental mais desenvolvida e específica.
Outro fator que exerce uma grande influência neste contexto é o grau de organização da
sociedade civil. A maioria dos países latino-americanos viveu durante grande parte do
século XX sob ditaduras que restringiram as liberdades individuais. Grandes projetos,
implementados por governos ou grandes companhias nacionais ou multinacionais, não
tiveram seus impactos ambientais avaliados e discutidos com os grupos sociais atingidos
pelos projetos. A própria ação das ONGS (Organizações Não-Governamentais) era tolhida e
encarada como ingerência externa nos interesses dos países, já que a maioria destas
organizações à época era de origem estrangeira.
A questão ambiental começou a ser discutida com mais profundidade na maioria dos países
latino-americanos somente a partir de meados da década de 1980. Neste período temos,
por um lado, o aumento dos problemas ambientais ocasionados pela concentração
populacional nas grandes metrópoles, como a questão do acesso à água, o tratamento do
esgoto e a coleta do lixo. Por outro lado, acentuaram-se as conseqüências da degradação
ambiental causada pelas diversas atividades econômicas, como a agricultura (monocultura
voltada para a exportação) a mineração e a atividade industrial.
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3) Visões de soluções para os problemas ambientais das cidades na América Latina.
Vamos ao texto (**):
A biodiversidade da América Latina é uma das maiores do mundo. Segundo dados da ONG
“Conservation International”, que compilou diversos dados estatísticos no ano 2000, a
America Latina abriga:
Sete dos países no mundo com mais de 70% de seu território ainda coberto por vegetação
natural.
Quanto aos recursos hídricos, a bacia do rio Amazonas é a maior em todo o planeta. As
bacias dos rios Paraná e Prata - localizadas entre a Bolívia, Paraguai, Brasil e Argentina - e
a do rio Orenoco, localizada entre a Venezuela e a Colômbia, estão entre as mais
importantes em todo o planeta. A América do Sul dispõem do maior aqüífero em todo o
mundo, o Guaraní, cobrindo parte do território do Brasil, da Bolívia, Paraguai, Uruguai e da
Argentina.
(...)
A legislação ambiental, que até há cerca de 30 anos era praticamente inexistente na região,
foi rapidamente implantada. O principal sinal desta mudança é que a questão ambiental foi
incorporada às constituições da maioria dos países da região, em diversos níveis de
profundidade. Nos últimos 25 anos, 14 países latino-americanos promulgaram novas
constituições, todas elas contendo capítulos específicos tratando sobre a questão ambiental.
(...)
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A maior parte dos países latino-americanos também desenvolveu estratégias nacionais e
planos de proteção ambiental, geralmente contando com financiamento e assistência técnica
de organismos internacionais. Durante as décadas de 1980 e 1990 muitos países da região
criaram novas instituições ambientais na forma de ministérios, secretarias, agências
controladoras, conselhos e comissões. Países como o México, Honduras e Nicarágua são
bons exemplos de países que implementam sua política ambiental através de Ministérios.
Outros, como o Chile, Equador, Guatemala e Peru optaram por conduzir a questão ambiental
através de Comissões Coordenadoras.
A América Latina, encarada como um todo, já deu seus primeiros passos no estabelecimento
de uma legislação ambiental. Novos fatos, na área econômica e social, estão forçando cada
país a aprimorar e alterar suas leis e avançar cada vez mais em direção ao conceito de
desenvolvimento sustentável. O maior problema, no atual estágio de desenvolvimento das
sociedades latino-americanas não é a falta ou o pouco desenvolvimento da legislação. O que
mais afeta o meio ambiente na região é a fraca implementação da legislação existente.
Existem inúmeros exemplos em toda a região, como:
No México, grande parte dos recursos hídricos esta poluída por efluentes domésticos e
industriais, apesar de existir legislação que exige o tratamento destas emissões.
(...)
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(...)
Por outro lado, os mesmos analistas apontam tendências que deverão contribuir para a
melhoria do controle ambiental e a criação de leis mais restritivas:
O papel cada vez mais forte desempenhado pela opinião pública sob regimes democráticos;
Diversos países da região já criaram leis de proteção ao consumidor e com isto também
órgãos de proteção ao consumidor;
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U NIDADE 25
Exemplificando a Cidadania Planetária na América Latina
Roteiro de Pesquisa
2) Procure na internet alguma ONG que trabalhe no meio urbano com a vertente que você
escolheu no plano no continente latino-americano.
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U NIDADE 26
Panorama sócio-ambiental da África
A partir de 1996, a situação econômica indica alguma recuperação após uma prolongada
recessão: a taxa de crescimento é de um 5 % ou mais em 22 países e em outros 11 é
superior a 6 %.
Porém, a situação social da população tem continuado piorando e os dois terços dela se
acham em uma pobreza absoluta.
O incremento do emprego em quase todos os países tem ficado por baixo do incremento da
força de trabalho e uma parte importante dos empregos que se têm criado corresponde ao
setor não estruturado.
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1997 e 2010 (comparativamente para a América Latina e a Ásia sul-oriental, as taxas
previstas são do 1,8-1,9 % ), o que implica a incorporação de 8,7 milhões de pessoas ao
mercado de trabalho cada ano.
A taxa de crescimento da PEA masculina e feminina entre 1980 e 1996 na África é a mais
alta de todas as regiões do mundo comparativamente, com exceção da taxa feminina para
América Latina (é superior ao 4 %).
"A repercussão negativa das políticas de ajuste estrutural, a limitada capacidade do Estado,
o lento crescimento econômico em grande parte da África e a persistência da pobreza, têm
aumentado a vulnerabilidade de alguns grupos sociais e corroído a previdência social".
"O rápido incremento do número de pessoas impossibilitadas de obter seu sustento parece
ameaçador e torna a colocar na agenda dos debates de políticas a questão da previdência
social".
Para as mulheres "é mais difícil fugir da miséria, devido às desigualdades que seu sexo lhes
impõe na família, nas instituições e no mercado de trabalho, reduzindo suas opções para
obter ingressos e para voltar a incorporar-se a seu trabalho e à educação".
"O emprego assalariado é para uma percentagem muito baixa de pessoas, já que a maioria
depende da agricultura de subsistência. O escasso número de pessoas que podem ser
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beneficiárias da previdência social formal inclui uma quantidade ainda mais ínfima de
mulheres..."
Além disso, "a retirada dos Estados do investimento social tem conduzido a uma maior
participação de novos atores, como os governos locais, as ONG, as redes locais e as
famílias".
(...) Determinadas áreas têm sofrido por muito tempo de inundar e de seca, mas estes
fenômenos parecem estar na ascensão na severidade e na duração. Da década de 1970,
uma seca prolongada no Sahel era responsável para as mortes de 300.000 povos. O Sahel é
seção de terra larga que estica do Oceano Atlântico a o que é conhecido como o chifre de
África, abrangendo Burkina Faso, República do Tchad, Djibouti, Eritrea, Etiópia, Mali,
Mauritânia, Niger, Nigéria, Senegal, Somália e Sudão. Esta região é uma zona da transição
entre o deserto de Sahara no norte e o sul subtropical e tropical. Previamente, a tragédia no
Sahel foi atribuída aos fatores tais como o excesso de pastagem e à superpopulação, porém
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a informação recente está provando de outra maneira.
(...) A natureza da mudança não é tão simples quanto um aumento direto na temperatura,
entretanto.
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incluem as espécies dos peixes que fornecem também o sustento para povos. As
populações dos peixes estão deixando cair enquanto a temperatura de ar se levanta,
interferindo com a produção das algas, a ligação essencial na correia(...) . Houve um declínio
de 30 por cento no estoque de peixes no lago Tanganyika sobre os últimos 80 anos. O
estoque de peixes em Ghana está para baixo por 50 por cento. (...) A pressão aumentada foi
colocada também no jogo selvagem, agora caçado cada vez mais para o alimento.
"Desde reservas de água fresca a bosques e minerais, o continente só está utilizando uma
fração do potencial econômico de seus recursos naturais", afirma a segunda edição do
informe Perspectivas do Meio Ambiente na África, que tem como subtítulo Nosso Meio
Ambiente, Nossa Riqueza.
Contudo, o informe do Pnuma diz que assuntos como o rápido ritmo do desflorestamento ou
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a degradação do solo supõem desafios que devem ser abordados com urgência.
"Este informe contradiz a versão de que a África é pobre: na realidade tem uma riqueza
natural que poderia ser a base de um renascimento do continente, se utilizada de forma
sensata e sustentável", disse Steiner.
"Mas se as políticas não mudarem, a África tomará o caminho menos sustentável e a erosão
de sua riqueza natural a empurrará ainda mais para a pobreza", apontou.
Segundo Steiner, o cuidado com o meio ambiente não deve supor um grande custo,
podendo, ao contrário, contribuir para poupar gastos derivados de não ter as condições
ambientais sob controle, e deu como exemplo os milhões perdidos em inundações na
Europa, devido à má administração das bacias fluviais.
Nascido no Brasil, mas de nacionalidade alemã, Steiner, de 45 anos e antigo diretor da União
Mundial para a Conservação (IUCN, na sigla em inglês) tomou posse como novo diretor
executivo em 15 de junho, substituindo Klaus Toepfer, de 67 anos, que terminou seu
segundo mandato à frente da agência em março.
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U NIDADE 27
Exemplificando a Cidadania Planetária na África
Roteiro de Pesquisa
2) Procure na internet alguma ONG que trabalhe no meio urbano com a vertente que
você escolheu no plano no continente africano.
d) Se possível entre em contato com esta ONG para colher pessoalmente (por meio
de entrevista feita via telefone ou e-mail) as informações necessárias para esta
pesquisa – ou se os informes do site permitir simplesmente faça a análise e a
exposição do conteúdo solicitado seguindo este roteiro
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U NIDADE 28
Panorama socioambiental da Ásia
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2) Os problemas ambientais das cidades na Ásia. Vamos ao texto (**):
Em 2005 a China sozinha usou 26 por cento do aço do mundo, 32 por cento
do arroz, e 47 por cento do cimento. Embora que para a sua renda per capita
o consumo do recurso é ainda baixo (devido a sua enorme população).
Reprodução – Ásia
www.asia-turismo.com
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3) Possibilidades de soluções cidadãs para os problemas socioambientais asiáticos.
Vamos ao texto (***):
Mas há muitos sinais positivos de um despertar das pessoas que possa contrapor esse
quadro negativo. É por isso que podemos afirmar com convicção que uma Ásia diferente é
possível. Quais são os fatores que nos levam a vislumbrar esse futuro melhor?
É comum se dizer que conhecimento é poder. Hoje conhecimento é saber usar a mídia
eletrônica. As pessoas se referem a isso como tecnologia da informação. Os jovens asiáticos
são reconhecidos globalmente como tendo afinidade com essas formas de tecnologia e
conhecimento. Certamente eles terão um papel importante no desenvolvimento do mundo
futuro. A tecnologia da informação transformará a vida das pessoas na Ásia. Pode ajudá-los
a pular alguns estágios do desenvolvimento industrial pelo qual passou a Europa.
As pessoas também estão ficando politicamente mais atentas. Em todos os países, grupos
subjugados estão se conscientizando dos seus direitos e os afirmando através de todo o tipo
de movimentos sociais e políticos. Apesar de ainda haverem governos violentos em alguns
países, ditaduras militares estão governando apenas poucos países como Birmânia e Tibet.
A democracia está se afirmando devagar e sempre em muitos países. O poder do povo se
percebe em toda a parte. Nos últimos dez anos o povo Filipino derrubou dois presidentes
através do movimento popular. Os indonésios derrubaram o seu presidente em uma
revolução sangrenta. O Timor Leste ganhou a sua independência. Similares reafirmações da
democracia têm acontecido em Taiwan e na Coréia do Sul. A Índia permanece como a maior
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democracia em funcionamento no mundo com mais de um bilhão de pessoas.
O que é impressionante é que a maioria dos países asiáticos é multicultural e multi-religioso.
Apesar de todas as tensões eles têm sido bem sucedidos em viver unidos e criar uma
comunidade. Nas Filipinas, no Sri Lanka, na Índia, na Birmânia e na Indonésia as
negociações pela paz têm substituído conflitos ativos e até violentos. Essas negociações
representam o reconhecimento de identidades de = diferentes e a sua autonomia dentro de
uma unidade política federal. Dessa forma, grupos de pessoas podem participar nos
processo de tomada de decisão e determinar seu próprio futuro.
Também tem havido um despertar para a área da ecologia. As pessoas estão mais sensíveis
para o papel da Terra na vida humana e cósmica. Os grupos pobres e tribais em áreas de
floresta se tornaram conscientes da crescente destruição do meio-ambiente e têm resistido
ativamente ao avanço da tecnologia. Eles também têm protestado contra o despejo dos
povos e contra a destruição do seu habitat cultural. Houve um caso famoso no norte da Índia
em que mulheres abraçaram árvores na floresta para evitar que elas fossem cortadas,
mesmo que alguns dos empregados para cortar as árvores fossem seus próprios maridos.
No sul da Índia as pessoas desenvolveram modos alternativos de represar rios e utilizá-los
para irrigação. Pescadores têm se organizado em lutas contra barcos de arrasto mecanizado
que destroem a cultura de peixes no mar e privam os pescadores originais de seu modo de
vida. O povo das Filipinas tem conseguido parar a destruição de florestas para serem
substituídas por fazendas produzindo bens para exportação. Esses movimentos dos povos
têm sido capazes de forçar governos a proteger os seus interesses no balanço ecológico do
universo. O que também é significativo é que muitos desses movimentos não são violentos,
seguindo o exemplo de Mahatma Gandhi.
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muito focadas numa boa vida aqui e agora. Sistemas de meditação como a Yoga e o Zen
buscam promover a paz e harmonia interior em meio a um mundo confuso. Esses sistemas
estão se tornando cada vez mais populares. Métodos alternativos de cura promovem uma
saúde completa. Os sistemas tradicionais de da medicina na Índia e na China são baseados
em ervas e nas energias do próprio corpo. Práticas como acupressão e acupuntura
estimulam o corpo a curar a si mesmo. Da mesma maneira, o fluxo de energia no corpo tem
sido estudado experimentalmente. Essa energia é canalizada para propósitos de cura por
sistemas como o Reiki e a cura Pranic. A concentração mental, a energia psicofísica e as
ervas da natureza formam uma combinação poderosa para a promoção de uma saúde
completa.
Apesar de haver certas correntes de fundamentalismo religioso e movimentos que usam as
religiões como forças políticas, as religiões asiáticas são na sua maioria pacíficas e
amorosas. Mesmo o fundamentalismo religioso é uma reação à opressão econômica, política
e cultural pelos grupos globalmente dominantes.
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asiáticas são comunitárias. Elas são sensíveis ao ‘outro’. A inteligência emocional é parte do
seu sistema e elas são igualmente racionais também. A harmonia tem sido o seu objetivo.
Elas são enraizadas na religião. Os asiáticos estão lentamente se tornando conscientes das
riquezas que possuem. Se eles puderem desenvolver seus recursos eles poderão atingir as
necessidades de todos igualmente. A juventude de sua população garante que o futuro do
mundo seja seu.
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U NIDADE 29
Exemplificando a Cidadania Planetária na Ásia.
Objetivo: Dinamizar a pesquisa sobre instituições e ações que cooperam com ideias e
projetos de cidadania planetária no continente.
Roteiro de Pesquisa
2) Procure na internet alguma ONG que trabalhe no meio urbano com a vertente que você
escolheu no plano no continente latino-americano.
d) Se possível entre em contato com esta ONG para colher pessoalmente (por meio de
entrevista feita via telefone ou e-mail) as informações necessárias para esta
pesquisa – ou se os informes do site permitir simplesmente faça a análise e a
exposição do conteúdo solicitado seguindo este roteiro
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U NIDADE 30
Exemplos de construção de ações cidadãs: tema para fórum.
Agora apresentaremos um roteiro (que você deverá seguir) na procura de fazer um painel
panorâmico sobre a questão socioambiental por você escolhida lá na unidade 24 e que foi
mantida nas pesquisas das unidades 26 e 28.
Este painel tem a intenção de fazer com que compreendamos como que ações similares em
suas intenções são pensadas nos diversos cantos do planeta. Isto é cidadania planetária:
onde pessoas em seu devido espaço fazem algo micro que tem repercussão no macro.
www.viaoeste.com.br
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ROTEIRO PARA A REALIZAÇÃO DO PAINEL PANORÂMICO.
1) Retome as anotações das unidades 24, 26 e 28. Releia e procure traçar um panorama
sobre elas. Observe o que há de similar nas ações desenvolvidas por estas ONGs e o
que há de diferente. Se possível for, mediante os dados coletados, dê o seu parecer
sobre o estado de avanço ou de limitação das respectivas ações (numa perspectiva de
quem olha de modo crítico – como se fosse um consultor ambiental de ONGs).
1º Parágrafo:
- desenvolva uma breve reflexão sobre o seu parecer acerca das ações cidadãs
desenvolvidas na vertente por você escolhida num contexto intercontinental.
2º Parágrafo:
3º Parágrafo.
Faça o mesmo sugerido no 2º. Parágrafo, somente destinando o seu olhar para a
ONG que trabalha no continente africano.
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4º Parágrafo.
5º Parágrafo:
Lance o seu texto no link FÒRUM da ESAB – os melhores textos serão publicados
na página da ESAB e você poderá tê-lo (se ele for eleito) como uma publicação
sua. Por isto não se esqueça de colocar o seu nome completo abaixo do título do
texto e, em uma nota de rodapé, especifique a sua profissão ou algo que
componha o gênero para a publicação. Ex.:
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Última atividade (optativa).
Por favor, envie para o tutor a sua avaliação acerca do módulo com suas notas e sugestões.
Especificar críticas
Gerar sugestões
Especificar críticas
Gerar sugestões
Especificar críticas
Gerar sugestões
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Sobre o processo de aprendizagem que você teve
Ruim Regular Bom Muito bom
Especificar críticas
Gerar sugestões
Sobre os vídeos
Ruim Regular Bom Muito bom
Especificar críticas
Gerar sugestões
FÓRUM II
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G LOSSÁRIO
Caso haja dúvidas sobre algum termo ou sigla utilizada, consulte o link glossário em sua sala
de aula, no site da ESAB.
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B IBLIOGRAFIA
BEI Comunicação. Como cuidar do seu meio ambiente. São Paulo, 2002.
PORTILLO, Fátima. Sustentabilidade ambiental, consumo e cidadania. São Paulo, Cortez
Editora, 2005.
SCHWARTZAMAN, Simon. As causas da pobreza. Rio de Janeiro: Editora da Fundação
Getúlio Vargas, 2004.
PELIZZOLI, M.L. Correntes da ética ambiental. 2a ed. Petrópolis, Editora Vozes, 2002.
106
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PIGNATTI, Marta Gislene. As Ongs e a política ambiental nos anos 90: um olhar sobre Mato
Grosso. São Paulo, Annablume, 2005.
SOUZA DE CASTRO, Ronaldo. Sociedade e meio ambiente: a educação ambiental em
debate. 2a ed. São Paulo, Cortez Editora, 2002.
SCHARF, Regina. Manual de negócios sustentáveis: como aliar rentabilidade e meio
ambiente. São Paulo, Amigos da Terra- Amazônia Brasileira; Fundação Getúlio Vargas,
Centro de Estudos em Sustentabilidade, 2004.
KÜNG, Hans. Projeto de ética mundial: uma moral ecumênica em vista da sobrevivência
humana. São Paulo: Paulinas, 1993.
http://www.proformar.org/revista/edicao_11/cidadania.pdf
http://www.proformar.org/revista/edicao_11/cidadania.pdf
http://www.cidadaodomundo.org/?page_id=55
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pobreza
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/conteudo_253481.shtml
http://e-revista.unioeste.br/index.php/expectativa/article/view/745/630
4) Vídeos
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5) Referências das citações usadas no conteúdo do módulo
UNIDADE 03
http://www.proformar.org/revista/edicao_11/cidadania.pdf
UNIDADE 04
http://mercadoetico.terra.com.br/
UNIDADE 05
http://www.proformar.org/revista/edicao_11/cidadania.pdf
UNIDADE 08
http://www.cidadaodomundo.org/?page_id=55
UNIDADE 10
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pobreza
UNIDADE 11
UNIDADE 12
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/conteudo_253481.shtml
UNIDADE 13
UNIDADE 15
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http://e-revista.unioeste.br/index.php/expectativa/article/view/745/630
UNIDADE 22
http://www.naturlink.pt/canais/artigo.asp?iCanal=1&iSubCanal=11&iArtigo=21442&iLingua=1
UNIDADE 24
(*) http://www.universia.com.br/html/materia/materia_ebbh.html
UNIDADE 26
(**)Fonte: http://pt.mongabay.com/news/2005/1011-tina_butler_africa.html
UNIDADE 28
(*): Fragmento do texto de Michel Amaladoss “Uma outra Ásia é possível” do Instituto para o
Diálogo com Culturas e Religiões, Chennai, Índia
(**)Fonte: http://pt.mongabay.com/news/2006/0112-worldwatch.html
(***) Fragmento do texto de Michel Amaladoss “Uma outra Ásia é possível” do Instituto para o
Diálogo com Culturas e Religiões, Chennai, Índia
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