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METAIS DE ENGENHARIA: ALUMÍNIO E SUAS LIGAS

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA I


METAIS DE ENGENHARIA: ALUMÍNIO E SUAS LIGAS

ALUMÍNIO E SUAS LIGAS

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I

Santos / SP

ALUMÍNIO

• É um metal branco
acinzentado
• leve
• não tóxico (no estado não
Universidade Santa Cecília – Santos / SP
particulado)
• 3° elemento em abundância
na litosfera
• encontrado na natureza
apenas na forma combinada
• muito reativo

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Características Físico-Químicas

• Símbolo Químico: Al Ponto de Ebulição: 2792,0


K
• Número Atômico: 5
Condutividade Térmica:
• Peso Atômico: 26,98153 235,0 W/m.K
• Grupo da Tabela: 13 Resistividade Elétrica:
Universidade Santa Cecília – Santos-8
• Configuração Eletrônica: 2,65 .10 / .Ohm.m
SP

[Ne].3s2.3p1 número de oxidação: +3


• Classificação: Metal (excepcionalmente +1)
Anfótero (reage c/ ácidos e
• Estado Físico (T=298K):
bases)
Sólido
Al + ácido --> Al+3 + H2
• Densidade: 2,702 g/cm3 Al + base --> Al(OH)4 + H2
• Ponto de Fusão: 933,7 K
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Características Físico-Químicas

• Energias de Ionização Raio Neutro (pm):


• 1ª 577,5 kJ/mol Raio Atômico Empírico:
• 2ª 1816,5 kJ/mol 125,0
Raio Atômico
• 3ª 2744,8 kJ/mol
Calculado: 118,0
• 4 11577,0
a Santa Cecília – Santos
kJ/mol
Universidade Raio/ SP
Covalente: 118,0
• 5ª 14842,0 kJ/mol Raio van der Waals:
• 6ª 18379,0 kJ/mol não tem
• 7ª 23326,0 kJ/mol Raio Iônico Íon Al (I):
50,0 pm
• Calor Específico: 0,9 J/g.K
• Eletronegatividade
(Pauling): 1,61

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Características Físico-Químicas

• Potencial Padrão de Redução (E°, eV):


+1 0
Universidade
3+
– Santos / SP
Santa Cecília-1,676
Solução ácida Al Al

Solução básica Al(OH)3 - 2,300 Al

Al(OH)4- - 2,310 Al

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Características Físico-Químicas

• Riscos: Não apresenta risco industrial


• Toxidade: Na forma de pó ou grânulos é tóxico por
inalação ouUniversidade
ingestão.Santa Cecília – Santos
O alumínio / SP
apresenta uma
propriedade acumulativa no corpo humano, que
após algum tempo torna-se nocivo, ocasionando
sérias conseqüências no sistema biológico dos
seres vivos. O metal está associado à doença de
Alzheimer (doença mental).

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Estrutura Cristalina: CFC

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HISTÓRICO

• Gregos e Romanos: medicina - alumina (Al2O3)


encontrada em minérios;
• 1787 - Lavoisier : suspeitou que esta substância era
um óxido de um metal desconhecido;
• 1807 - Davy:Universidade
propõe nome “Alumium”,
Santa Cecília – Santos / SP
posteriormente trocado para “Aluminium”
(alumínio);
• 1821 - Berthier (Les Baux, sul da França): bauxita
identificada pela primeira vez
• 1825 - Oersted: isolado Al reagindo cloreto de
alumínio (AlCl3) com amálgama de potássio;

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HISTÓRICO

• 1854 - Sainte-Claire Deville: obtenção industrial do


alumínio por via química;
• 1925 - Heroult (Normandia - França) e Hall (Ohio-
EstadosUniversidade
Unidos): Santa – Santos / SP
Cecíliaeletrolítico
processo

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PRINCIPAIS MINÉRIOS

• bauxita Al2O3.nH2O: 48% a 64% de alumina, de


aparência física é muito variável (branca, cinza
ou creme para baixa porcentagem de ferro;
amarelo, marrom-claro,
Universidade rosado
Santa Cecília – Santos
ou vermelho-
/ SP
escuro para altas percentagens de ferro).

• criolita Na3AlF6 :só encontrado em jazida na


Groelândia, daí sua pouca importância no
cenário mundial.

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OUTROS MINERAIS

• óxidos, fluoretos e silicatos de constituição


complexa. O óxido de alumínio
(coríndon) apresenta-se de duas
formas:
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– coríndon límpido colorido (rubis e safiras) e

– coríndon impuro (esmeril) contendo ferro


como principal impureza.

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OBTENÇÃO DO ALUMÍNIO

• Fase química: extração do óxido


(Al2O3) que contém o metal;
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• Fase eletrolítica: eletrólise da


alumina dissolvida em um sal
fundido.

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FASE QUÍMICA

• Método Bayer
– moagem fina do minério;
– calcinação a 900 C;
– Moagem fina;
– autoclavar minério calcinado com soda cáustica a 180 C e 12-15 atm;
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– “germinação” (decomposição em presença de hidróxido de alumínio)
do aluminato de sódio obtido nas autoclaves, [
NaAl(OH)4 ------> Al(OH)2 + NaOH ];
– calcinação do hidróxido de alumínio separado a 1200 C obtendo a
alumina c/ 99,5% de pureza [
2Al(OH)2 ---> Al2O3 + 3H2O ]
– 2 kg de bauxita+ 2 kg de combustível e 2 kWh de eletricidade gastos
por kg de Al2O3 obtido

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FASE QUÍMICA

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FASE QUÍMICA

• TRTRTR
EXTRAÇÃO

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TRANSPORTE
EM CORREIAS

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FASE ELETROLÍTICA

• dissolução da alumina a 5%
em criolita fundida a 930°C;
• eletrólise emUniversidade
cuba Santa Cecília – Santos / SP
eletrolítica durante 24-18
horas a 100.000 A e 5-6 V;
• limpeza de escórias e
adição de ligantes em forno
contínuo;

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CUBA ELETROLÍTICA

• recipiente de ferro revestido por carvão nas laterais e parte


inferior, funcionando como cátodo
• o ânodo é formado por eletrodo tipo Söderberg: camisa metálica
na qual vai sendo despejada continuamente do alto uma pasta de
carvão e piche durante a eletrólise
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• decomposição se processa de forma contínua adicionando-se
alumina periodicamente ao banho, mantendo-a em uma
concentração superior a 2,5% para evitar decomposição da
criolita liberando gases ricos em flúor, interrompendo o processo
(fenômeno anódico)
• gases provenientes das cubas (CO, CO2, flúor e outros) são
passados por uma coluna de absorção contendo solução aquosa
de carbonato de sódio para retirar o flúor, altamente tóxico.

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CUBA ELETROLÍTICA

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CUBA ELETROLÍTICA

• Em geral são gastos 2 kg de alumina e de 16 a 18


kWh de energia para cada kg de alumínio 99,5%
puro obtido;
• Para fins especiais pode-se obter graus de pureza
Santa Cecília – Santos / SP
da ordem Universidade
de 99,99% e até 99,999% mediante
refinação eletrolítica a alta temperatura (750°C) em
processo denominado de “três camadas” em células
com eletrólito de mistura fundida de flouretos e
cloretos, ânodo de alumínio bruto e cátodo de
alumínio refinado, a um custo de 20 kWh de
eletricidade por kg de alumínio refinado.

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SALA DE CUBAS

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FORNO DE FUSÃO

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PRODUTO INTERMEDIÁRIO

LINGOTES
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PRINCIPAIS LIGAS

• a) Ligas tratáveis térmica ou b) Ligas para fundição


mecanicamente: Al-Cu
– ligas tratáveis termicamente: Al-Si
– Al-Cu Al-Si-Cu/Mg
Al-Mg
– Al-Zn-Mg
Universidade Santa Cecília – Santos / SP Al-Sn
– Al-Si-Mg;
– ligas endurecidas por trabalho a
frio (encruáveis):
– Al-Mg
– Al-Si

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INFLUÊNCIA DOS ELEMENTOS DE LIGA

Elemento de Percentagem Vantagem Desvantagem


liga Típica
Cu 3 a 11% - confere alta resistência mecânica - diminui resistênciaà corrosão
- facilita trabalho de usinagem salina
- fragilidade a quente
Si 12 a 13% - aumenta fluidez na fundição - diminui usinabilidade
- reduz coeficiente de dilatação
- melhora a soldabilidade
Mg >Universidade
8% Santa
- confere Cecília – Santos- /dificulta
alta soldabilidade SP fundição devido a
- aumenta resistência a corrosão em oxidação (borra) e absorção
meio salino de impurezas (Fe e outros)
- possibilita tratamento térmico de
ligas de Al-Si (melhora das
características mecânicas)
Zn 0,05 a 2,2% - sempre associado ao Mg - diminui resistênciaà corrosão
- confere alta resistência mecânica salina
- ligas auto temperantes - fragilidade a quente
- aumenta dutilidade - alta contração em fundição
Mn 0,5 a 10,7% - como corretor - pequena diminuição da
- aumenta resistência mecânica a dutilidade
quente

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CARACTERÍSTICAS DAS LIGAS DE ALUMÍNIO

Ligas Designação Características Usos


Tratáveis AA
Al > 99,0% 1XXX - Tratáveis Termicamente - Condutores elétricos
- Ótima resistência à corrosão- Revestimento em Alclads
- Ótima soldabilidade - Equipamentos químicos e
- Ótima conformabilidade alimentares
- Embalagens
- Refletores
- Utensílios domésticos
- Aeronáutica sob a forma de Alclad
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com liga 2024
Al-Cu 2XXX - Tratáveis Termicamente - Peças usinadas ou forjadas sujeitas
- Boa resistência mecânica (RT 40 a a esforços médios, operando em
2
50 kgf/mm – T8) ambiente não corrosivo
- Baixa conformabilidade exceto - Aviões
recozidas ( - Automóveis
- Soldável apenas por resistência - Estruturas
- Boa usinabilidade - Relojoaria
Al-Mn 3XXX - Tratáveis Termicamente - Tubos soldados
- Boa dutilidade - Caldeiraria
- Média resistência mecânica (RT - Peças fabricadas por embutimento
2
11 a 20 kgf/mm )
- Excelente soldabilidade
- Baixa usinabilidade

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CARACTERÍSTICAS DAS LIGAS DE ALUMÍNIO


Ligas Designaçã Características Usos
Tratáveis o AA
Al-Si 4XXX - Tratáveis por - Peças forjadas (pouco
Encruamento usadas)
-
6% - T6)
- Média soldabilidade
- Boa resistência mecânica
(RT ~40 kgf/mm2 T6)
- Baixa usinabilidade
Al-Mg 5XXX - Tratáveis por - Formas arquitetônicas e
Encruamento estruturais
- Ótima resistência à - Equipamentos químicos,
Universidade Santa Cecília
corrosão – Santos
salina / SP
alimentares, têxteis e de
- Boa soldabilidade mineração
- Baixa usinabilidade - Depósitos sob pressâo de
gás liquefeito
- Navios
- Ferragens
Al-Mg-Si 6XXX - Tratáveis Termicamente - Formas aeronáuticas
- Fácil fabricação - Formas estruturais
- Boa resistência mecânica - Embalagens
(RT ~32 kgf/mm2 – T6) - Equipamentos químicos,
- Excelente alimentares
conformabilidade ( - Indústria elétrica
a 30% rec.)
- Boa resistência à corrosão

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CARACTERÍSTICAS DAS LIGAS DE ALUMÍNIO

Ligas Designação Características Usos


Tratáveis AA
Al- outros 8XXX - Tratáveis Termicamente
Ligas para fundição Designação Características Usos
AA
Al > 99,0% 1XX.X
Tratáveis Termicamente
- - Utensílios domésticos
Ótima resistência à corrosão
- - Acessórios p/ ind. Química
Ótima soldabilidade
- - Rotores p/ motores de indução
Ótima conformabilidade
- - Ferragens elétricas
Al-Cu 2XX.X Tratáveis Termicamente
- - Peças fundidas e/ou usinadas
Universidade Santa Cecília – Santos
Boa resistência mecânica (RT
-
~36 kgf/mm2 – T6)
/ SPsujeitas a esforços, operando
em ambiente não corrosivo
- Baixa conformabilidade(
<1%)
- Baixa resistência à corrosão
- Boa usinabilidade
- Fragilidade a quente
Al-Si-Cu/Mg 3XX.X - Tratáveis Termicamente - Automóveis
- Fácil fabricação inclusive - Navios
fundição sob pressão (FSP) - Carcaças de ventiladores e
- Boa resistência mecânica (RT bombas
~32 kgf/mm2 – T6 –FSP) - Peças fundidas em geral sujeitas
- a solicitações de carga
>4%)
- Boa resistência à corrosão

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CARACTERÍSTICAS DAS LIGAS DE ALUMÍNIO

Ligas para Designação Características Usos


fundição AA
Al-Si 4XX.X - Tratáveis por Encruamento - Peças fundidas de paredes
- Baixo alongamento ( = 8% finas e intrincadas
- Fundido) - Peças anodizadas p/
- Excelente soldabilidade arquitetura
- Excelente fluidez na - Utensílios domésticos
fundição - Peças p/ aparelhos industriais
- Baixa usinabilidade
- Boa resistência à corrosão
Al-Mg 5XX.X - Não tratável termicamente, - Peças fundidas que exigem a
exceto a AA 520.2 máxima resistência à
Universidade Santa Cecília – Santos /
(9,5%Mg) SPcorrosão
- Melhores combinações de - Navios
usinabilidade, propriedades - Peças ornamentais e
mecânicas (RT 34 kgf/mm2 anodizadas
– T4 FSP), resistência a
corrosão e acabamento
- Baixa soldabilidade
- Baixa fluidez na fundição
Al-Sn e 8XX..X - Tratáveis Termicamente - Mancais e buchas em eixos
outros - Excelente resistência à de caminhões e laminadores
corrosão a óleos
lubrificantes
- Boa resistência à fadiga (7
kgf/mm2)

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RESISTÊNCIA À CORROSÃO
• Extremo anódico (corroído)
Mg
• Ligas de Mg
• Zn
• Ligas Al 7072, Alclad 7071, Alclad 7073
• Ligas Al 6XXX
• Ligas Al 1XXX, Al 3XXX, Al 5XXX, Alclad 2XXX
• Cd
• Liga Al 7075
• Ligas Al 2XXX
• Universidade Santa Cecília Aço–macio,
Santosferro/ fundido
SP
• Soldas Pb-Sn
• Pb
• Sn
• Latões
Cu
Bronzes
Monel, inconel
Ni
Extremo catódico (protegido) Aço inox (ativo)
• Ti

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RESISTÊNCIA À CORROSÃO

Acetato de Pb
Água régia
Cloreto de metila
• Inibidores: quando alumínio Hipoclorito de Na
Ácido brômico
Aguardentes
ou suas ligas são usados Cloreto de nitrosila
Hipoclorito de I
em equipamentos químicos Ácido clorídrico
Arseniato de Pb
onde circulam líquidos de Cl
Hipoclorito de Hg
certa agressividade, a Ácido fluorídrico
Brometo de etila
Sais deCu
corrosão pode ser bastante Sais de Hg
Universidade Ácido fluorsilícico
– Santos / SP
atenuada pela adição de SantaXarope
Cecília
de Coca Cola
Carbonato de K
agentes inibidores Sais de Ni
Ácido fórmico
(geralmente entre 50 a Cianeto de K
Compostos de Co
2000 ppm). Pickles
Ácido fosfórico
Cloreto de acetila
• Os agentes mais Fosfato de Na
Compostos de Ag
agressivos em relação ao tribásico
Cloreto de Ca
Ácido perclórico
alumínio ou suas ligas Sulfato férrico
Fosgênio
estão relacionados ao lado: Cloreto de Fe
Ácidosulfúrico
Hidróxido de Na

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TRATAMENTOS TÉRMICOS

• Envelhecimento: precipitação expontânea (ou induzida) de fase


composta pelo agente de endurecimento, enrijecendo a liga por
obstrução de discordâncias que facilitam a deformação plástica, sem
alterar o alongamento.
– aquecimento do material entre a linha solvus e a linha liquidus
para realizarUniversidade Santa Cecília – Santos / SP
a solubilização
– esfriamento em água gelada para temperar produzindo solução
sólida supersaturada instável à temperatura ambiente
– precipitação ocorre após a têmpera com o passar do tempo
naturalmente (envelhecimento natural) ou acelerada por
aquecimento moderado para certas ligas (revenido ou
envelhecimento artificial).

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TRATAMENTOS TÉRMICOS

• Estabilização: tratamento usual para ligas encruáveis


– aquecimento a cerca de 150°C por algumas horas para obtenção
de material estável e dúctil, pois certas ligas apresentam ligeira
variação dimensional e amolecimento com o passar do tempo.
• Recozimento: é o tratamento que confere ao material a maleabilidade
Universidade
máxima, aplicável a ambas Santa
as classes – Santos
Cecíliade / SP
material tratável
– consiste no aquecimento a uma temperatura a qual os grãos
quebrados pelo encruamento são recristalizados, resultando em
uma condição de liga esfriada lentamente, pois ocorre precipitação
gradual de constituintes.
• Modificação: aplicado apenas para ligas Al-Si de fundição
– consiste no tratamento do metal líquido com sódio, produzindo
fina dispersão das partículas de Si, aumentando drasticamente a
ductilidade e a resistência mecânica.
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TRATAMENTOS TÉRMICOS

• Aquecimento a 500ºC
produzindo estruturas
e propriedades estáveis,
tais como tamanho de
grão, estampabilidade
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HOMOGENEIZAÇÃO

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TRATAMENTOS TÉRMICOS

ESTABILIZAÇÃO

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• Encruado a frio além do necessário, seguido de um aquecimento a


150ºC para aliviar as tensões residuais e recuperar as propriedades
mecânicas. (H3X)
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TRATAMENTOS TÉRMICOS
SEQUÊNCIAS USUAIS
Símbolo Tratamento
T1 Esfriamento de temperatura elevada de processo de
conformação, seguida de envelhecimento natural
T2 Recozido (somente para ligas de fundição)
T3 Tratamento térmico de solubilização e posterior
encruamento a frio
T4 Tratamento térmico de solubilização e posterior
envelhecimento natural
T5 Envelhecimento artificial (nenhum tratamento térmico
prévio, exceto esfriamento do estado de fabricação)
T6 Tratamento térmico de solubilização e posterior
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envelhecimento artificial
T7 Tratamento térmico de solubilização e posterior
estabilização
T8 Tratamento térmico de solubilização e posterior
encruamento a frio e envelhecimento artificial
T9 Tratamento térmico de solubilização e posterior
envelhecimento artificial e encruamento a frio
T10 Envelhecimento artificial (sem tratamento de
solubilização) e encruamento a frio
O Recozido (recristalizado)
F Como fabricado (sem tratamento)
H, H12-19 Encruado a frio (duro, ½ duro, etc)
H22, H24 Encruado a frio e recozido parcialmente
H32, H34 Encruado a frio e estabilizado

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TRATAMENTOS MECÂNICOS

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS

- Laminação a quente ou a frio (chapas e folhas)


- Trefilação (fios)
- Extrusão a quente ou a frio (perfis, barras, tubos sem
costura)
- Forjamento a quente ou a frio
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- Metalurgia do pó (peças delicadas de pequenas
dimensões)
- Estampagem (estruturas de carrocerias)
- Embutimento (utensílios domésticos)
- Fudição em coquilha
- Fundição sob pressão
- Como metal de adição em solda por brasagem

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
LAMINAÇÃO

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
LAMINAÇÃO A QUENTE

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
LAMINAÇÃO A FRIO

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
LAMINAÇÃO DUPLADA

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS

EXTRUSÃO

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
PERFIS EXTRUDADOS

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
FORJAMENTO

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
PISTÕES FORMADOS DE ALUMÍNIO

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
PEÇAS FUNDIDAS DE ALUMÍNIO

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
FUNDIÇÃO EM MATRIZ SOB PRESSÃO

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
ESTAMPAGEM

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
SOLDAGEM TIG

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
SOLDAGEM MIG

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
PRODUTOS

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
OUTRAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

• Para o alumínio elementar


- condutores aéreos de eletricidade, devido a sua melhor
relação condutibilidade/peso que o Cu;
- na redução de óxidos de metais (Mg, Cr) devido a sua
afinidade com o oxigênio quando finamente divido,
Universidade
reduzindo-os ao Santa
seu Cecília
estado – Santos / SP
elementar (Reação de
Goldschmidt – Aluminotermia);
- misturado a óxido de Fe e areia silicosa (termite), com
ignição por combustão de fita de magnésio, em operações
de soldagem;
- nas estruturas internas de reatores nucleares por absorver
pouco os neutrons;
- nos espelhos refletores de telescópios;

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
OUTRAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

• Para a alumina
- como desidratante e catalisador de muitas reações;
- material de preenchimento em colunas cromatográficas;
- abrasivo na industria mecânica e óptica;
- lentes transparentes à radiação UV e IR;
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- produção de gemas industriais sintéticas (rubís e safiras) p/
relojoaria
- fabricação de tijolos refratário (95% de alumina);
• Para os sais de alumínio:
- Al2(SO4)3 misturado com sulfato de K hidratado (alúmen),
usado como mordente em tinturaria (fixador de corantes em
fibras têxteis).

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
ACABAMENTOS E PROTEÇÕES SUPERFICIAIS

• A resistência à corrosão do alumínio e suas ligas depende da


manutenção de uma fina camada (filme) de óxido
• convém provocar o surgimento desta camada de forma
artificial para produção de filmes mais espessos dentro de
condições controladas em lugar de depender do seu
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surgimento natural.
• Processo começa com uma limpeza da superfície por meios
mecânicos para o emparelhamento da superfície
(esmerilhamento, oleamento, lustramento e colorimento) e
para a retirada de graxas, óleo sujeira, escamas de
tratamentos térmicos e agentes químicos (desengraxamento,
limpeza alcalina com agente inibidor, limpeza ácida e limpeza
eletrolítica);

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
ACABAMENTOS E PROTEÇÕES SUPERFICIAIS

• Segue-se a formação da camada de óxido por


processo de anodização, onde a peça é
colocada como ânodo em eletrólito de baixo pH
promovendo o reforço
Universidade Santa da – Santos / de
camada
Cecília SP óxido,

completando-se com a selagem (fechamento


dos poros da camada de óxido) feita em água
fervente ou soluções de sais entre 90-100°C por
15 a 60 minutos.

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
ACABAMENTOS E PROTEÇÕES SUPERFICIAIS
ANODIZAÇÃO

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PROCESSAMENTOS INDUSTRIAIS
ACABAMENTOS E PROTEÇÕES SUPERFICIAIS
PINTURA

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CARACTERÍSTICAS
BELEZA

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CARACTERÍSTICAS
RESISTÊNCIA

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CARACTERÍSTICAS
IMPERMEABILIDADE

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CARACTERÍSTICAS
LEVEZA

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CARACTERÍSTICAS
RECICLABILIDADE

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CARACTERÍSTICAS
DIAGRAMA DE RECICLAGEM

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BIBLIOGRAFIA

• GOMES, Mário Rennó; Emprego do Alumínio e suas Ligas,


ABM, SP 1976
• MAGAROLA, Carlos S.; BELTRÁN, José; Manual del Aluminio,
Ed Reverté SA, 11ª ed. Barcelona
• BRICK, Robert M., GORDON, Robert B., PHILLIPS, Arthur;
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and Properties – Santos
of Alloys, Ed/ SP
McGraw-Hill Book
Company, 3ª ed., pg 147-189, USA, 1965
• Enciclopédia Ciência Ilustrada, Ed. Abril Cultural, SP, 1972
• www.merck.com.br/quimica/tpie/index.htm Tabela Periódica
Interativa da Merck
• www.aia.aluminium.pc.ca/english/index.htm Aluminium
Associated of Canada
• www.abal.org.br Associação Brasileira do Alumínio

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