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Capítulo 2:
Defeitos cristalinos e discordâncias nos metais
Conforme visto no item anterior, os metais se combinam formando uma
estrutura cristalina e ordenada, normalmente do tipo CCC, CFC ou HC (fig.
1.22 a 1.24). É possível que os átomos metálicos se arranjem ordena-
damente, sem falhas em pequenas regiões, conforme ilustrado na figura 2.1.
Figura 2.2 –
Esquema ilustrando
os quatro graus de
defeitos na estrutura
cristalina de um
metal (Engel e
Klingele, 1981).
G = H – TS = nHf - TS (3)
Hf
n −
VDefeitos = = e kT (4)
N
onde n é o número de defeitos; N é o número total de sítios na rede cristalina;
Hf é a entalpia de formação do defeito; k é a constante de Boltzmann
(13,81x10-24 J/K ou 86,20x10-6 eV/K) e T é a temperatura em Kelvin.
0,01 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
0,0001
Concentração de defeitos (adim.)
1E-06
1E-08
1E-10
1E-12
Figura 2.5 – Variação
1E-14 Platina da concentração de
Alumínio
1E-16 Tungstênio defeitos pontuais com
1E-18
base nos dados
apresentados pela
1E-20
tabela 2.1.
1E-22 (temperatura homóloga
Temperatura homóloga (adim.) = Ti/Tf , em Kelvin).
Cap. 2 – Defeitos nos materiais ____________________________________________ 43
• Gvacâncias = 83 kJ/mol
• Gintersticiais = 580 kJ/mol
• Hf = 5,63x10-19 J;
• B = 0,96x10-19 J.
(a) (b)
1
Deve-se salientar que este metal não apresenta transformação de fase na faixa de temperaturas
testadas (ou seja, não endurece por têmpera como alguns tipos de aço).
Cap. 2 – Defeitos nos materiais ____________________________________________ 47
(a) (b)
Figura 2.9 –Curvas tensão versus deformação para (a) monocristais de alumínio
puro normalizados ou temperados (Maddin e Cotrell) e (b) a liga Zircaloy com e sem
irradiação por nêutrons (Meyers e Chawla, 1999).
(a) (b)
Figura 2.10 – (a) Representação esquemática de dois planos atômicos de um metal
perfeito. (b) Tensão necessária para separar estes planos (figura dos autores).
Materiais de Construção Mecânica I 48
⎛π x⎞
σ = σ c sen ⎜ ⎟ (6)
⎝ d ⎠
onde σc é a tensão máxima para a clivagem e d é a metade do período da
onda.
Para pequenos deslocamentos atômicos, a equação (6) reduz-se a :
⎛π x ⎞
σ = σc ⎜ ⎟ (7)
⎝ d ⎠
e a inclinação da curva tensão × deslocamento fica sendo :
dσ σc π
= (8)
dx d
tensão σ
E = = (9)
deformaç ão x
ao
dσ E
= (10)
dx ao
onde ao é a separação de equilíbrio. Combinando as equações (8) e (10) e
resolvendo para σc tem-se (tomando-se d = ao):
E d E
σc = ≈ (11)
π ao π
∫
d
⎛π x⎞ 2d
trabalho de fratura = σ c sen ⎜ ⎟ dx = σc (12)
⎝ d ⎠ π
0
Eγ
σc = (13)
ao
⎛ 2π x⎞
τ = k sen ⎜ ⎟ (14)
⎝ b ⎠
Gb
τ max = (16)
2π a
E E
≤ σ c≤ (17)
15 5
(b)
(a) (b)
(a)
(b)
Figura 2.15 – Definição do vetor de Burges para (a) discordância em cunha e (b)
discordância em parafuso, Reed-Hill (1994).
→
o sobre tensões de cisalhamento (do tipo )
←
uma discordância “positiva” move-se para a direita,
uma “negativa” move-se para a equerda.
• discordâncias em parafuso
o a linha de uma discordância em parafuso é paralela ao seu
respectivo vetor de Burges;
o a discordância move-se (direção de escorregamento) na
direção perpendicular ao do seu vetor de Burges.
(a) (b)