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Ortopedia – Fraturas e Luxações

A ortopedia é:
 Luxação exposta:
 Resolutiva;
É possível encontrar luxaçõ es expostas, nas
 Sistemá tica;
quais ocorre contato do foco da lesã o com o
 Tecnoló gica;
meio externo.
 Estrutura;
 Ampla (subespecialidades).

Luxaçã o exposta de tornozelo

A agressã o à cartilagem é causada pela


mudança do ponto de pressã o articular, que
Manejo de luxações e fraturas:
passa a exercer pressã o sobre uma á rea
 Luxação: reduzida.

A luxaçã o corresponde à perda da congruência A urgência do quadro é maior quando se trata


articular, sendo classificada como total ou de grandes articulaçõ es (ombro, cotovelo,
parcial, popularmente conhecida como quadril e joelhos), sendo consideradas como
subluxaçã o. vaga zero, incapazes de serem controladas em
unidades de baixa complexidade.

Luxaçõ es sã o manejadas de forma inicial por


meio da reduçã o, que consiste na realizaçã o do
movimento articular fisioló gico de forma
passiva e sú bita, tendo como objetivo o retorno
do segmento ó sseo à regiã o articular.

Luxaçã o de cotovelo

As luxaçõ es sã o quadros urgentes, sendo


necessá rias intervençõ es breves de forma a nã o
haver comprometimento de nervos (paresia
temporá ria, comum em acometimentos do
ombro) ou de cartilagens, estas ú ltimas
Manobra hipocrá tica com lençol, utilizada na
representando o principal foco de preocupaçã o,
reduçã o do ombro
uma vez que nã o se regeneram.
Ortopedia – Fraturas e Luxações
De forma geral, toda luxaçã o de membro A série trauma do ombro é composta por AP
superior deve ser reduzida, mesmo que num verdadeiro (paciente rotacionado a 30º), perfil
centro de baixa complexidade. Nã o devem ser axilar e perfil da escá pula, que favorecem a
reduzidas sem assistência as articulaçõ es do observaçã o de toda a regiã o articular.
joelho e do quadril.

A realizaçã o de uma radiografia prévia à


reduçã o da luxaçã o é mandató ria, de forma a
avaliar a extensã o da lesã o e a presença de
fraturas concomitantes. Apó s o processo, outro
raio-X deve ser solicitado, de forma a verificar
se o encaixe foi feito adequadamente.

 Luxação de ombro:

As luxaçõ es glenoumeraisanteriores (ombro)


apresentam um sinal clínico bastante evidente,
o sinal da dragona, marcado pela perda do
contorno arredondado da articulaçã o.

Incidências radioló gicas empregadas na


avaliaçã o de luxaçã o glenoumeral

No perfil escapular, a identiticaçã o do Y da


escá pula indica integridade local. O
posicionamento da cabeça do ú mero indica o
tipo de luxaçã o.
Presença do sinal da dragona no ombro
esquerdo (observar a diferença no contorno do
ombro)

O ombro é a regiã o mais propensa a luxaçõ es,


pois existe uma grande desproporçã o entre a
cabeça do ú mero e a glenoide (pouca
estabilidade e muita amplitude de movimento).

Representaçã o radioló gica e anatô mico-


esquemá tica do perfil escapular
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Fraturas  Fratura patológica – Quando uma
doença subjacente enfraquece os ossos e
 Classificação: provoca a ruptura.
 Fratura em galho verde – O osso se
deforma, mas nã o ocorre a fratura. Ocorre
nas crianças. É dolorosa, mas está vel.
 Fratura incompleta – O osso é
parcialmente fraturado de um lado, mas
nã o quebra completamente e o resto do
osso permanecer intacto. É mais freqü ente
entre as crianças que têm ossos mais
elá sticos.
 Fratura com separação óssea –
Quando o osso é fraturado e um fragmento
se afasta do osso.
 Fratura longitudinal  – ao longo do
eixo do osso.
 Fratura espiral- uma fratura onde um
pedaço de osso é girado.
 Fratura por estresse – mais comum
entre os atletas. O osso se quebra devido ao
estresse repetido.
 Fratura transversa – O osso se fratura
transversalmente em relaçã o ao eixo.
 Fratura oblíqua – A fratura cresce na
diagonal.

 Localização:
 Fraturas por avulsão – uma forte
contraçã o muscular separa o tendã o do
osso.
 Fratura cominutiva – osso se quebra
em vá rios pedaços.
 Fratura
por compressão (esmagamento) –
geralmente ocorre nas vértebras. Por
exemplo, o corpo de uma vértebra da
coluna vertebral pode colapsar por causa da
osteoporose.
 Fratura com luxação – A articulaçã o se
torna luxada e um dos ossos apresenta uma
fratura.
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 Fratura exposta:  Tipo III: contempla fraturas que resultem
em lesõ es com mais de 10 cm, com elevada
As fraturas expostas, com comunicaçã o entre o
contaminaçã o. Pode ser dividida em 3
foco de fratura e o meio externo, apresentam subclasses, conforme o comprometimento
manejo sempre cirú rgico, de forma a
de partes moles e a possibilidade de
reaproximar as extremidades ó sseas e cobertura.
incentivar a osteogênese.
 IIIa: apresenta esmagamento de partes
moles, porém a cobertura cutâ nea da lesã o
ainda é possível;

 IIIb: a cobertura ó ssea é prejudicada, sendo


necessá ria reconstruçã o de partes moles;

 IIIc: difere-se da anterior por apresentar


lesõ es vasculares importantes.

 IV: amputaçã o traumá tica parcial ou total.


Lesã o vascular requer reparo para
Esse tipo de fratura pode ser categorizado de viabilidade do membro.
acordo com a classificaçã o de Gustillo e
Anderson, que auxilia a determinar o Nessa categoria, a antibioticoprofilaxia conta
tratamento e o prognó stico das lesõ es. Ainda com os msmos processos implementados para
que nã o seja a ferramenta mais atualizada, é o as categorias I e II, acrescido de
mecanismo mais conhecido para a aminoglicosídeos (Gentamicina).
estratificaçã o desse tipo de trauma. Contempla:

 Tipo I: há formaçã o de feridas com menos


de 1 cm, com baixo grau de contaminaçã o
(considerada limpa). Lesõ es de partes
moles sã o mínimas, e o tratamento pode
seguir a conduta de uma fratura fechada;

 Tipo II: a extensã o da ferida é semelhante à


categoria anterior, porém há contaminaçã o
moderada e maior comprometimento de
partes moles.

A antibioticoprofilaxia em ambos os tipos


de fratura é composta por 2g de cefazolina
(dose de ataque) + 1g a cada 8h por 24h.
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Em acidentes em á reas contaminadas, além dos Princípios de tratamento:
medicamentos supracitados, indicados para  Estabilidade Absoluta x Relativa;
cada tpo de fratura, adiciona-se a penicilina G  Método ( Tutor, compressã o
benzatina (benzetacil) ou gentamicina interfragmentá ria, banda de tensã o,
(metronidazol). artroplastia;
Além do tratamento direto da lesã o, com a  Controle de danos X sintese definitiva.
fixaçã o da fratura, a antibioticoprofilaxia deve
ser instaurada, de forma a evitar pioartrite
Exame físico:
(acú mulo de pus na articulaçã o, manejado em
centro cirú rgico) ou artrite reativa (condçã o  Deformidade;
viral e nã o cirú rgica). A profilaxia antitetâ nica  Perda da ADM;
também deve ser executada, avaliando o estado  Comprometimento neurovascular;
vacinal do paciente.  Tromboembolismo venoso (MMII);
 Desvios;
Contaminantes grosseiros (terra, areia, galhos,
etc.) devem ser retirados no momento inicial  Sindrome compartimental;
do atendimento, porém, caso nã o sejam A síndrome compartimental é um quadro
identificados debris. A lavagem, na ausência de urgente, que pode levar a amputaçã o se nã o for
debris, nã o necessita de ser executada no tratado adequadamente. Seu diagnó stico é
atendimento clínico inicial, uma vez que já será clínico, baseado na presença de edema duro,
executada no centro cirú rgico. alteraçõ es no pulso periférico local, dor intensa
A sutura da ferida formada é recomendada e perda de mobilidade, verificados na
apenas na presença de sangramento movimentaçã o passiva do membro.
significante ativo.

Apó s a limpeza geral da á rea lesionada, um


curativo deve ser aplicado, de forma a
minimizar a exposiçã o e a contaminaçã o local.
A imobilizaçã o, por sua vez, é um item crucial,
tanto pelo conforto quanto pela segurança do
paciente, evitando lesõ es vasculares ou de
partes moles secundá rias ao transporte. Representaçõ es de síndrome compartimental
secundá ria a fraturas
Todo tipo de exposiçã o osteoarticular deve ser
tratado como fratura exposta.
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Exames de imagem: Fratura na criança

 RX – no mínimo 2 incidências (AP, P e Peculiaridades:


Oblíquas);
 Tendência ao tratamento conservador;
 Papel da tomografia e RNM;
 Fise de crescimento;
 Ultrassonografia;
 Maior flexibilidade;

 Contorno “liso” = fise de crescimento


normal
 Contorno serrilhado = fratura
 Tó rus = deformidade conservadora
Profilaxias:
decorrente de trauma axial (compressã o do
 Mecâ nicas (Controle de danos, elevaçã o de osso.
membro, mobilidade precoce, compressã o
pneumá tica).
 Importâ ncia da fisioterapia;
 Química;

A profilaxia química é crucial em pacientes


acamados com fratura de membros Fratura em tó rus num paciente
inferiores,evitando a ocorrência de eventos pediá trico
trombó ticos que causem risco à vida.Sã o
Fratura supracondiliana:
utilizados medicamentos antiagregantes
plaquetá rios (preferencialmente clexane 40mg  5 – 6 anos;
de forma subcutâ mea diariamente),
 RX AP e perfíl / bilateral;
interrompidos antes da evetual correçã o
cirú rgica.  Clinica – dor, edema e deformidade +
hematoma;
 Neurovascular;
Ortopedia – Fraturas e Luxações
Fratura do adulto
Fratura do idoso
Peculiaridades:
Peculiaridades:
 Tendência ao tratamento cirú rgico;
 Trauma de maior energia;  Osteoporose;
 Urgências: expostas, diafisá ria de fêmur,  Trauma de baixa energia;
fraturas de anel pélvico, flutuantes.  Operar? Indicaçã o?
As fraturas diafisá rias de fêmur podem levar à  20% das fraturas operadas;
formaçã o de trombos de gordura (embolia  50% das fraturas de quadril;
gordurosa), potenciais indutores de quadros  Idade maior ou = 62 anos;
que ameaçam a vida.  Fator de risco: queda e osteoporose;
 Clínica da fratura de colo: encurtamento de
Fraturas flutuantes sã o comprometimentos MI fraturado em 1,5 a 2cm e rotaçã o
simultâ neos de dois ossos interpostos por uma externa (pé para fora).
articulaçã o (ex.: joelho flutuante, fratura de
coxa e perna).
As fraturas mais comuns no idoso sã o ombro,
Fratura de tornozelo: punho (normalmente com tratamento
 10% de todas as fraturas; conservador) e fêmur proximal (tratamento
cirú rgico é prescrito como redutor de
 2% dos MMII;
mortalidade).
 Idade média 45 anos;
 Trauma torcidonas; A cirurgia ortopédica em idosos é indicada em
 Clinica: dor e edema. pacientes que deambulam e naqueles que
apresentam teto cirú rgico.
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Fratura Transtrocantérica

Peculiaridades:

 9 em 10 > 65 anos;
 3 em 4 sã o mulheres;
 Mais operado;
 Aumentam em 5x a mortalidade se doenças
crô nicas;

Evolução ortopédica:

 DT: 16/02/2021
 MP: QPA
 P1) Fratura Transtrocantérica – 31 A2;
 NV Preservado, s/SS SD comp. e tev;
 Pele integra sem bloqueio articular, sem
deformidade.

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