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TRABALHO DE

PARTICIPAÇÃO INDIVIDUAL

Matriz

Disciplina: Fundamentos Gerenciamento


Turma: 3
de Projetos

Nome: Caio Melo de Sales ROL escolhida: ROL 1

Resenha crítica sobre a reunião On-line


Para fazer este Trabalho de Participação Individual, você deverá escolher uma das três
primeiras reuniões on-line realizadas na disciplina e elaborar uma resenha crítica de duas páginas,
contemplando:
 o entendimento do conteúdo abordado na ROL, fazendo uma análise crítica e
apresentando exemplos, relatos ou experiências, e conhecimentos próprios
relacionados à temática da reunião.

Atenção: uma resenha crítica é um trabalho que possui característica analítica e interpretativa, ou
seja, é muito mais do que um resumo e, por isso, deve trazer ideias e referências complementares.

Atualmente no mundo corporativo os projetos surgem devido vários fatores, sejam eles devido ao
avanço tecnológico, lançamento de um novo produto ou um esforço coletivo para alcançar determinado
resultado exclusivo. É importante ressaltar que um projeto tem suas características, de acordo com o
guia PMBOK 6ª edição “Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto,
serviço ou resultado exclusivo. Os projetos e as operações diferem, principalmente, no fato de que os
projetos são temporários e exclusivos, enquanto as operações são contínuas e repetitivas .” Sabemos
que para o sucesso de um projeto é de extrema importância que este esteja entrelaçado com a
estratégia da empresa, desta forma a decisão de iniciar ou não um projeto antecede de uma análise
das necessidades da organização. Existe um documento para mapeamento e análise dessas
necessidades mais conhecido como business case, este documento é um estudo de viabilidade de um
projeto onde deve conter as informações relevantes como as razões para implantação do projeto, os
beneficios esperados, custos, data de início e término e prazos e riscos iniciais. Durante minha
experiência na área de manutenção, tive a oportunidade de acompanhar de perto diversas
implantações de projetos onde muitos deles sequer existiam um estudo detalhado das implantações
alinhado com a estratégia da empresa. Vejo isso como um erro gravíssimo e parte dessa
responsabilidade está entrelaçado com a companhia por não estar no nível de maturidade para

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implantação e gestão dos projetos ocasionando consequentemente grandes fracassos como um dos
que tive a oportunidade de acompanhar. Nascimento de projetos da noite para o dia através de idéias
surgidas de reuniões de brainstorm, onde não havia um estudo para implantação do projeto e nem ao
menos conhecimento das pessoas de como fazer. A falta de um departamento especializado como por
exemplo de um PMO, faziam com que os projetos já nascessem fadados ao fracasso. Prazos
inalcançaveis onde as idéias surgidas já eram exigidas a implantação de imediato das propostas,
consequente disto sem um prévio estudo os resultados negativos durante as execuções eram certos.
Sem o estudo de viabilidade acompanhei de perto grandes investimentos por parte da companhia para
não se alcançar nenhum retorno seja ele financeiro ou de impulsionar a marca ou produto. Foi imposto
com que fizessemos uma alteração de layout do parque fabril no ano de 2019 onde a companhia
investiu mais de R$ 340.000,00 reais com parte de infraestrutura e movimentação de equipamentos
pesados. Realizado o investimento e alterações de layout, no final de 2020 acabou-se o prazo de
locação do galpão onde era instalado o parque fabril e consequentemente o locador solicitou o galpão
desocupado. Um detalhe importante que nossa diretoria sabia do vencimento do contrato e o risco
eminente de solicitarem o galpão devido os investimentos em emprendimentos residenciais na região.
Ou seja, o recurso tanto financeiro quanto de pessoas que poderiam ser alocados em um potencial
investimento foi diretamente para o ralo, ocasionando um prejuízo de mais de R$340.000,00 reais. Este
exemplo que tive a oportunidade de acompanhar, revela a importância de realizarmos o business case.
A alteração do layout não estava entrelaçado com a estratégia da empresa. O investimento
desperdiçado se aplicaria muito bem na mudança de galpão para instalação de um novo parque fabril
no vencimento do contrato de locação. A aplicação do business case faz com que façamos toda essa
análise, respondendo alguns questionamentos como o de mapeamento de riscos do projeto, se vale a
pena iniciar o projeto, se vale a pena continuarmos com o projeto, os efeitos colaterais da proposta,
seus objetivos e um dos principais questionamentos se o projeto está alinhado com a estratégia da
empresa. Se tratando um pouco de estratégia da empresa, também vejo como um ponto de dificuldade
durante minhas experiencias, onde a companhia não deixava evidente de onde queria chegar, não era
claro essa informação aos funcionários, não tínhamos a informação dos objetivos mapeados
interligados com as metas. Um outro exemplo onde tínhamos bem claro as informações e era evidente
por parte da companhia a missão, visão e valores porém, as estratégias adotadas fugiam
completamente dos objetivos traçados dessa forma aumentando muito a dificuldade para implantação
de um projeto ou melhor, aumentando muito as chances de fracasso do projeto pois as vezes entender
se as estratégias da companhia estão interligadas com essa nova implantação é muito mais dificil do
que propriamente realizar todo estudo e mapeamento do projeto. Empresas com a maturidade elevada
na gestão de projetos possuem um portfolio bem definido e de acordo com o guia PMBOK 6ª edição
“Portfólio é um conjunto de projetos, programas e subportfólios e operações gerenciados em grupo,

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para alcançar objetivos estratégicos.” Desta forma, companhias que tem um portfolio estabelecido
conseguem repassar com clareza aos seus funcionários e clientes os seus objetivos, consequente a isto,
o gerente de projetos tem uma maior facilidade de entender se as implantações estão entrelaçadas
com a estratégia empresarial. O gerente de projetos tem papel fundamental na companhia quando
falamos em gestão de projetos, é de sua responsabilidade gerenciar o projeto através das suas
variaveis sendo custos, prazos e escopo. Essas três variávies são bem populares na rotina do gestor de
projetos e conhecidas como “tripla restrição”. Quando alteramos uma delas consequentemente
impactamos em outra, exemplificando, se durante a execução de um projeto o cliente anuncia um corte
inesperado no orçamento, teremos impacto diretamente no escopo do projeto, a qualidade do projeto é
diminuida e o cronograma do projeto é reduzido fazendo com que o gerente de projetos faça uma nova
avaliação verificando se o projeto não sairá da sua baseline. Quando falamos de empresas com um alto
nível de maturidade na gestão de projetos, sabemos que ela definirá toda estrutura possível para este
gerenciamento, porém, o fato que nem todas as empresas possuem uma equipe multidisciplinar para
projetos. Já tive experiências na área de engenharia onde a companhia não possuia um gerente de
projetos na planta ou coorporativamente e nem ao menos uma equipe específica de projetos, deixando
integralmente responsável das implantações no setor de engenharia o gerente de manutenção. Alguns
grandes casos de implantações eram tocados por equipes que não obtinham conhecimento na área de
projetos, não possuiam competências e habilidades para fazer este gerenciamento e como resultado
vinham os impactos negativos, como por exemplo aumento do custo do projeto durante as execuções
devido retrabalhos, as falhas de comunicação da equipe de gestão com a equipe operacional, as faltas
de equipamentos específicos ou materiais para execução de determinada atividade deixando toda
equipe operacional ociosa e consequentemente impactando no cronograma da entrega do projeto,
riscos e restrições não definidos antecipadamente sendo descobertos durante as execuções das etapas
do projeto, com esta sequencia de erros e impactos durante a implantação do projeto, observamos a
grande importância de ter uma equipe responsável conhecedora da gestão de projetos e suas boas
práticas, saber gerenciar um projeto de engenharia demanda um alto conhecimento tanto das
metodologias do PMBOK quanto técnicamente. Em resumo, nesta análise vimos a importância de
termos os projetos alinhados com a estratégia da empresa, bem como, a importância do documento de
estudo do business case mapeando as razões de se fazer o projeto, os beneficios esperados, prazos,
custos, riscos e a importância do gerente de projetos e sua equipe multidisciplinar para o sucesso do
portfólio da companhia.

Referências:
PMI. Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos. Guia PMBOK 6ª. ed. - EUA:
Project Management Institute, 2017.

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