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I. Conceito
Rácios são relações entre grandezas que ajudam a obter explicações sobre
determinadas situações patrimoniais bem como a sua evolução
II. Classificação
- Rácios de estrutura
- Rácios de liquidez
- Rácios de rendibilidade
- Rácios de actividade
A. Rácios de estrutura
• Rácio de solvabilidade
• Rácio de autonomia financeira
• Rácio de endividamento ou dependência
• Rácio de cobertura do activo fixo
I. Rácio de solvabilidade
1. Indicador
2. Interpretação
Indica-nos, por cada 100Kz aplicados na empresa, quantos são próprios e quantos
são alheios, ou seja, mede a participação do capital próprio no financiamento de
empresa
Este indicador varia entre 0 e 1. Zero é a total dependência de terceiros, um, significa
que uma autonomia total, ou seja, o activo é totalmente financiado pelo capital próprio
Exemplo apresentado
2006: Rácio de autonomia financeiro = 10.020 / 15.900 x 100% = 63%
2007: Rácio de autonomia financeiro = 11.820 / 24.860 x 100% = 48%
A empresa piorou a sua situação de um exercício para o seguinte. Enquanto no
exercício 2006, por cada 100Kz investidos na empresa, 63Kz eram próprios e 37 eram
alheios. No exercício 2007, por cada 100Kz investidos, só eram próprios 47.5Kz e
52.5Kz eram alheios.
III. Rácio de endividamento ou dependência
1. Indicador
Rácio de endividamento = Passivo / Activo líquido x 100%
− Valor < 0.7: Valor muito bom
− Valor >=0.7 : dependência da empresa em relação a terceiros
− Valor = 1: Máxima dependência (situação anormal)
2. Interpretação
Dá-nos a conhecer em que medida é que a empresa financia os seus activos com
capitais alheios
A máxima dependência é atingida quando valor de rácio for igual a 1, trata-se de uma
situação anormal e só chega a esta situação quando a empresa tiver perdas
contínuas que levam à absorção da totalidade do capital próprio
Exemplo apresentado.
2006 Rácio de endividamento = 5.880 / 15.900 x 100% = 37%
2007 Rácio de endividamento = 13.040 / 24860 x 100% = 53%
Exemplo apresentado
2006 Rácio de cobertura do activo fixo = 13.520 / 10.710 x 100% = 126%
2007 Rácio de cobertura do activo fixo = 16.820 /21.020 x 100% = 80%
Exemplo apresentado
2006: Rácio de liquidez geral = 5.190 / 2.380 x 100% = 218%
2007: Rácio de liquidez geral = 3.840 / 8.040 x 100% = 48%
Nota: Consideram-se como valores ideais na actividade comercial, valores entre 0.9
e 1.1
Exemplo apresentado:
Exemplo apresentado:
2006: Rácio de liquidez imediata = 424 / 2.380 x 100% = 18%
2007: Rácio de liquidez imediata = 90 / 8.040 x 100% = 1%
C. Rácio de rendibilidade
Exemplo apresentado:
2006: Rácio de rendibilidade dos capitais próprios = 440/10.020 x 100%= 4,4%
2007: Rácio de rendibilidade dos capitais próprios = 1.830/11.820 x 100%= 15,5%
Estes valores indicam que esta empresa melhorou de forma acentuada a sua
capacidade para gerar lucros. Enquanto no 2006, cada 100Kz de capitais próprios
nela aplicados renderam 4.4Kz, no ano 2007cada 100Kz de Capitais próprios
renderam 15.5Kz
Exemplo apresentado.
2006: Rácio de rendibilidade do activo total = 440/15900 x 100% = 2,8%
2007: Rácio de rendibilidade do activo total = 1.830/24.860 x 100% = 7,4%
Em 2006, por cada 100Kz colocados na empresa conseguiu-se um lucro de 2.8Kz,
em exercício seguinte, por cada 100Kz investidos na empresa conseguiu-se 7.4Kz.
Este facto significa que houve um melhor aproveitamento dos capitais próprios e
alheios colocados à disposição da empresa.
Exemplo apresentado
2006: Rácio de rendibilidade líquida das vendas = 440 / 10.500 x 100%=4,2%
2007: Rácio de rendibilidade líquida das vendas = 1.830 / 16.000 x 100%=11,4%
Estes valores indicam que no 2006 em cada 100Kz de vendas, obteve um lucro de
4.2Kz, no exercício seguinte, em cada 100Kz de vendas teve um lucro de 11.4Kz o
que revela uma melhoria bastante acentuada em relação a este indicador
D. Rácio de actividade
• Rotação do activo total
• Rotação do activo fixo
• Rotação do activo circulante
• Rotação de existências
• Tempo médio de duração das existências
• Tempo médio de cobrança
• Tempo médio de pagamento
I. Rotação do activo total
1. Indicador
Rotação do activo total = Vendas / Activo total
2. Interpretação
Este rácio mede o grau de utilização dos activos, ou seja, dá a conhecer a eficiência
com que a empresa consegue gerir o activo foi colocados à sua disposição. Um valor
elevado significa que a empresa está a trabalhar perto do limite da sua capacidade;
um valor baixo pode significar subutilização dos recursos.
Exemplo apresentado
2006: Rotação do activo total = 10.500 / 15.900 = 0,66
2007: Rotação do activo total = 16.000 / 24.860 = 0,64
2. Interpretação
Este rácio mede o grau de utilização dos activocirculante
Exemplo apresentado
2006: Rotação do activo circulante = 10.500 / 5.190 = 2
2007: Rotação do activo circulante = 16.000 / 3.840 = 4,2
Exemplo apresentado
2006: Grau de rotação das mercadorias=5.600/(600+2.196)/2=4
2007: Grau de rotação das mercadorias =8.200/(2.196+1.780)/2=4,1
Estes valores significam que a empresa efectuou uma melhor gestão de seus stocks
em 2007 em que conseguiu uma rotação de 4.1 vezes enquanto no exercício 2006
só as conseguiu rodar 4 vezes.
Exemplo apresentado
2006 Tempo médio de permanência das existências=(600+2196)/2/5.600 x
365=91dias
2007 Tempo médio de permanência das existências=(2.196+1.780)/2/8.200 x
365=73dias
No exercício 2006, a empresa rodou as suas mercadorias em armazém de 91 dias
em 91 dias, ou seja 4 vezes no ano. No período 2007, a empresa rodou as
mercadorias, em média, de 73 em 73 dias, ou seja, 5 vezes por ano
VI. Tempo médio de cobrança (de recebimento)
1. Indicador
Tempo médio de cobrança = Saldo médio de Clientes/Vendas x 365
2. Interpretação
Exemplo apresentado
2006: Tempo médio de Cobrança=(2.480+2.570)/2/10.500 x 365=88dias
2007: Tempo médio de Cobrança=(2.570+1.970)/2/16.000 x 365=52dias
2. Interpretação
Este indicador dá-nos a conhecer, em média, o tempo que a empresa demora a pagar
aos seus fornecedores
Nota: Intimamente relacionados com o tempo médio de cobrança está o tempo médio
de pagamento que deve ser superior ao tempo médio de cobrança, pois só assim a
empresa estará a ser financiadas por fornecedores e não a financiar os clientes
E. O cash-flow e Autofinanciamentos
I. O cash-flow
1. Conceito
O cash-flow é o conjunto de meios líquidos libertados pela actividade desenvolvida
pela empresa em determinado exercício económico
2. Fórmula de Cálculo
Resultado antes de impostos
+ Amortizações
+ Provisões
______________________________
= Cash-flow bruto
- Imposto sobre o rendimento
______________________________
= Cash-flow líquido
Exemplo apresentado
Cash-flow
II. O autofinanciamento
1. Conceito
Chama-se autofinanciamento à parte do financiamento obtido como resultado da
própria actividade da empresa. Corresponde aos lucros reais retidos, quer pela sua
não distribuição, quer pela sua ocultação (reservas ocultas)
2. Fórmula
Resultado antes de imposto
- Imposto sobre o rendimento
- Dividendos a pagar
___________________________
= Autofinanciamento
Exercício aplicado
Dos registo contabilístico da empresa “Sociedade de Construções, Lda” em
31/12/2005 obtiveram –se as seguintes informações
Unidade 1.000Kz
Resultados operacionais 12.058
Resultados financeiros 300
Resultados extraordinários 215
Imposto s/o rendimento do exercício 3.810
Amortizações do exercício 1.260
Variação de provisões 485
Dividendos a pagar (distribuição de Res.) 920
Pedido:
1. Determine o cash-flow líquido gerado pela empresa neste exercício
2. Determine o valor do auto financiamento conseguido
Resolução
1. Cash-flow líquido
Resultado antes de imposto = R. Operacional + R. Financeiro + R.
Extraordinário
Exercício aplicado.
A serração “Maiombe” produz placas de madeira para a indústria de mobiliário. No
exercício económico 2008 t eve os seguintes custos em milhares de Kz
Custo
Rubricas Custo fixo Custo total
variável
Matérias - 800.000 800.000
Mão – de - obra 200.000 600.000 800.000
Gastos de fabrico 600.000 400.000 1.000.000
Gastos de Administração 1.400.000 600.000 2.000.000
Total 2.200.000 2.400.000 4.600.000
1. Conceito
O painel de gestão é constituído por um conjunto de indicadores que possibilitam, de
um modo rápido e articulado, fazer uma análise da situação global da empresa
FINANCEIRO
1. Fundo de maneio patrimonial
2. Solvabilidade
3. Liquidez geral
4. Liquidez reduzida
5. Liquidez imediata
RENDIBILIDADE
6. Dos capitais próprios
7. Do activo total
8. Líquida das vendas
ACTIVIDADE
9. Rotação do activo total
10. Rotação do activo fixo
11. Rotação do activo circulante
12. Rotação de existências
13. Tempo médio de existências
14. Tempo médio de
recebimentos
15. Tempo médio de pagamento
PONTO CRÍTICO
16. Proveitos operacionais
17. Custos operacionais
18. Margem bruta
19. Custos variáveis
20. Custos fixos
21. Ponto crítico