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Mossoró-RN
Março, 2021
FICHAMENTO
A Sociologia de Émile Durkheim (p. 38 - 44). Terceiro capítulo.
“Para Durkheim, os fatos sociais distinguem-se dos fatos orgânicos ou psicológicos por se
imporem ao indivíduo como uma poderosa força coercitiva à qual ele deve,
obrigatoriamente, se submeter.” (p. 39).
“A força coercitiva dos fatos sociais se manifesta pelas “sanções legais” ou “espontâneas”
(...). “Legais” são as sanções prescritas pela sociedade, sob a forma de leis (...).
“Espontâneas” são as que afloram como resposta a uma conduta considerada inadequada
por um determinado grupo ou por uma sociedade.” (p. 39).
1.1.2. Exterioridade
“A segunda característica dos fatos sociais é que eles existem e atuam independentemente
da vontade ou adesão consciente dos indivíduos, sendo assim, “exteriores” a eles.”
“(..) os fatos sociais são ao mesmo tempo coercitivos e dotados de existência exterior às
consciências individuais.” (p. 39).
1.1.3. Generalidade
“(...) é possível distinguir fatos sociais porque eles não se apresentam como fatos isolados.
Eles são dotados de generalidade, envolvem muitos indivíduos e grupos ao longo do tempo,
repetem-se e difundem-se.” (p. 40).
1.2. A objetividade do fato social
“(...) Deveria deixar de lado seus preconceitos, isto é, valores e sentimentos pessoais em
relação àquilo que está sendo estudado, pois tudo que nos mobiliza - nossas simpatias,
paixões e opiniões - dificulta o conhecimento verdadeiro, fazendo-nos confundir o que
vemos com aquilo que queremos ver.” (p. 41).
“(...) Durkheim aconselhou o sociólogo a encarar os fatos sociais como “coisas”, isto é,
objetos que lhe são exteriores.” (p. 41).
1.3. Suicídio
“(...) Considerou-o fato social por sua presença universal em toda e qualquer sociedade, e
por suas características exteriores e mensuráveis, completamente independente das razões
que levam cada suicida a acabar com a própria vida.” (p. 41).
“(...) Para Durkheim, a prova de que o suicídio depende de leis sociais e não da vontade
dos sujeitos estava na regularidade com que variavam as taxas de suicídio de acordo com
as alternâncias das condições históricas.” (p. 41).
“Pode-se considerar um fato social como “normal” quando se encontra generalizado pela
sociedade ou quando desempenha alguma função importante para sua adaptação ou sua
evolução.” (p. 42).
“(...) Embora todos tenham sua “consciência individual”, seu modo próprio de se comportar
e interpretar a vida, podem-se notar, no interior de qualquer grupo ou sociedade, formas
padronizadas de conduta e pensamento. Essa constatação está na base do que Durkheim
chamou de “consciência coletiva” (p. 43).
“(...) Durkheim propunha que toda sociedade tivesse evoluído de uma forma social mais
simples, a horda, constituída de um único segmento de indivíduos. Das combinações entre
essas formas simples e igualitárias originaram-se as sociedades mais complexas (...).” (p.
43).
“Solidariedade mecânica, para Durkheim, era aquela que predominava nas sociedades
pré-capitalistas, em que os indivíduos se identificavam por meio da família, da religião, da
tradição e dos costumes, permanecendo em geral independentes e autônomos em relação
à divisão social do trabalho (...).” (p. 44).
“Solidariedade orgânica seria aquela típica das sociedades capitalistas, em que, pela
acelerada divisão social do trabalho, os indivíduos se tornavam interdependentes. (...) Nas
sociedades capitalistas, a consciência coletiva se afrouxa, ao mesmo tempo que os
indivíduos se tornam mutuamente dependentes, cada qual se especializa numa atividade e
tende a desenvolver maior autonomia pessoal.” (p. 44).
“Essa postura estava centrada na na verificação dos fatos que poderiam ser observados,
mensurados e relacionados por meio de dados coletados diretamente pelo cientista.
Observação, mensuração e interpretação eram aspectos complementares do método
durkheimiano.” (p. 44).