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Universidade Federal de Uberlândia

FEELT – Faculdade de Engenharia Elétrica

TRANSFORMADORES - EXPERIMENTAL
Experimento 1 - Ensaio para Determinação da Rigidez Dielétrica do Óleo Isolante
Professor Carlos Salerno

Antonio Augusto Ananias Oliveira 11811EEL013

05 de agosto de 2021, Uberlândia – MG


ANTONIO AUGUSTO ANANIAS OLIVEIRA

EXPERIMENTO 1 - ENSAIO PARA DETERMINAÇÃO DA RIGIDEZ


DIELÉTRICA DO ÓLEO ISOLANTE

Relatório técnico-científico apresentado


ao curso de Engenharia Elétrica da
Universidade Federal de Uberlândia,
como requisito parcial de avaliação da
disciplina de Transformadores.
Prof.: Carlos Salerno

Uberlândia-MG
2021

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SUMÁRIO

1. OBJETIVOS ........................................................................................................................ 4
2. INTRODUÇÃO TEÓRICA .............................................................................................. 4
2.1. TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA .............................................................. 4
2.2. ÓLEO ISOLANTE ..................................................................................................... 5
2.3. RIGIDEZ DIELÉTRICA ........................................................................................... 6
3. PREPARAÇÃO .................................................................................................................. 6
3.1. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ......................................................................... 6
3.2. MONTAGEM .............................................................................................................. 6
4. ANÁLISE DE SEGURANÇA .......................................................................................... 8
5. CÁLCULOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS ......................................................... 8
6. QUESTÕES ......................................................................................................................... 9
7. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 12
8. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 13

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1. OBJETIVOS
O experimento em questão, tem como objetivo principal realizar a aferição da
rigidez dielétrica de uma amostra de óleo isolante, utilizado em transformadores de
potência. Os dados obtidos no experimento serão de suma importância para concluir a
qualidade de isolação do material.
No experimento espera-se determinar a tensão máxima suportada para aquele óleo
amostrado. Com isso será possível identificar problemas de operação do transformador
que estejam relacionados a qualidade do óleo utilizado.

2. INTRODUÇÃO TEÓRICA
2.1. TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA
Os transformadores são dispositivos que operam sobre corrente alternada, sua
aplicação se encontra em proporcionar a viabilidade do transporte da energia elétrica,
desde a sua geração até o consumidor final, como visto na Figura 1 presente em uma
subestação. Dessa forma, um transformador de potência se define como uma máquina
elétrica que transforma energia elétrica em energia elétrica, porém mantém as
características de entrada presentes na saída, com exceção dos níveis de tensão e corrente
elétrica. Logo, o transformador é responsável por elevar ou abaixar os níveis desses dois
parâmetros que sofrem alterações, a tensão e a corrente.

Figura 1: Transformador de Potência

Fonte: TSEA Energia, 2018

Um transformador é constituído por um núcleo de ferro, composto por um


material com baixa relutância magnética, assim se destina a condução do fluxo magnético
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criado. Esse fluxo é gerado pela corrente que circula pelas espiras enroladas no núcleo.
De um lado tem-se as espiras enrolados do primário, enrolamento do lado que estará
ligado a fonte de energia elétrica. Do outro se encontra o enrolamento secundário, lado
que estará ligado a carga.
O funcionamento de um trafo faz uso das Leis de Lenz e de Faraday. Quando a
corrente alternada chegada da fonte atravessa as espiras do enrolamento primário, esta
produz um campo magnético, causando o surgimento de um fluxo no núcleo do
equipamento. O fluxo ao atingir o enrolamento do secundário, produz então uma corrente
no lado da carga.

2.2. ÓLEO ISOLANTE


A parte ativa de um transformador, ou seja, os seus enrolamentos e o núcleo,
produzem calor quando a corrente elétrica circulante no equipamento passa pelas espiras,
ocasiona um aquecimento devido a resistência do fio das espiras. Dessa forma, um trafo
é dotado de um sistema de refrigeração afim de limitar a temperatura dos materiais
isolantes, seguindo os níveis de temperatura adequados de acordo com as normas
reguladoras. Assim é possível garantir uma vida útil longa ao equipamento elétrico.
Os trafos utilizam, na maioria das vezes, como material isolante no seu interior o
óleo isolante para transformadores. Ou seja, o núcleo e enrolamentos e encontraram
imersos num tanque repleto de óleo isolante. Este óleo apresenta duas funções cruciais
para a máquina elétrica: a refrigeração térmica e o isolamento elétrico do equipamento.
A primeira função é desempenhada pelo fato de o óleo efetuar uma circulação por
meio da convecção. Assim, quando o óleo se esquenta na parte ativa, tende a circular e se
resfriar ao entrar em contato com os radiadores presentes nas paredes dos
transformadores. Dessa forma, o óleo escolhido para preencher o transformador deve
apresentar boa condutibilidade e estabilidade térmica, além de uma baixa viscosidade.
A segunda função é desempenhada pelo óleo isolante com a finalidade de
extinguir possíveis descargas elétricas e arcos elétricos no interior do equipamento. Dessa
forma, é de extrema importância que o óleo utilizado apresente também uma boa
característica de isolamento elétrica.

Haja visto a importância do óleo isolante, é de suma importância que o mesmo


seja constante monitorado e analisado. O óleo amostrado de um transformador deve

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passar por ensaios físico, químicos e cromatográficos, com a finalidade de se levantar
índices indicativos da qualidade do óleo. Dentre os índices estão o teor de água,
densidade, cor, tensão interfacial, fator de potência, neutralização. Além do principal
deles, a rigidez dielétrica, que irá assegurar o isolamento entre as bobinas e a carcaça do
equipamento de potência.

2.3. RIGIDEZ DIELÉTRICA


Os dielétricos são meios isolantes, ou seja, dificultam a passagem de corrente
elétrica. Esse meio tende a se polarizar perante a um campo elétrico externo e de grande
intensidade. Um exemplo é o ar, um bom dielétrico por sinal, este necessita de um grande
campo elétrico para se tornar um condutor
Quando o dielétrico é polarizado, este produz um campo elétrico interno e que se
opõe ao externo. Assim, quando o campo externo é superior ao interno, a corrente elétrica
flui pelo dielétrico. Esse processo é chamado de ruptura da rigidez dielétrica.
Uma vez que a rigidez dielétrica nada mais é que o limite superior da intensidade
do campo que este meio é capaz de suportar sem se tornar um condutor elétrico. A rigidez
dielétrica é uma propriedade de extrema importância em transformadores, uma vez que
por ela se define qual o maior campo que o material isolante pode suportar. Assim o
isolante pode garantir que não apareça faíscas, descargas ou arcos, capaz de danificar o
equipamento.

3. PREPARAÇÃO
3.1. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
• Analisador portátil de rigidez dielétrica;
• Amostras de óleo isolante do transformador;

3.2. MONTAGEM
Neste experimento é proposto o estudo da rigidez dielétrica, colocando uma
amostra de óleo mineral entre dois eletrodos imersos e a uma distância de 0,1 polegadas.
Em seguida, será aplicada uma tensão aos eletrodos, aumentando gradualmente e

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cautelosamente até que aconteça a ruptura do material isolante e seja possível ver o arco
elétrico entre os eletrodos.
A montagem do experimento se dá após seguir todas as recomendações para
amostragem do óleo em equipamentos elétricos, desde a segurança e qualidade da
amostragem, aos cuidados com o local de amostragem, aos requisitos de conexão entre o
ponto de amostragem e o dispositivo, a escolha do recipiente de amostra correto, o
procedimento assertivo da amostragem, e por fim, a identificação das amostras coletadas.
Com a amostra de óleo do transformador obtida seguindo todas as recomendações
levantadas acima e descritas no material de suporte, segue-se para o passo a passo do
ensaio proposto.
1. Retirar a cuba de prova do analisador portátil e lavá-la, junto com os eletrodos e
com uma parte do óleo de amostra;
2. Posicionar as placas a 0,1 polegadas, como trata a norma;
3. Encher a cuba de óleo, até 1cm acima dos eletrodos, evitando bolhas no óleo;
4. Movimentar o óleo na cuba, para retirar as possíveis bolhas;
5. Colocar a cuba no analisador e deixar repousar por 5 minutos, para extinguir as
bolhas e igualar a temperatura a do ambiente;
6. Medir e anotar a temperatura do líquido;
7. Fechar a tampa de segurança;
8. Verificar se o potenciômetro está na posição mínima;
9. Ligar o analisador na tomada, tomando cuidado com a tensão de alimentação
correta;
10. Ligar o botão de alta tensão;
11. Girar o potenciômetro vagarosamente para aumentar a tensão;
12. Observar no display do voltímetro o valor indicado da tensão de ruptura do
dielétrico, tensão para quando houver a abertura do arco e acontecer o desarme
automático do aparelho;
13. Anotar o valor de tensão;
14. Voltar o potenciômetro para a posição mínima e aguardar 3 minutos;
15. Repetir os passos 10, 11, 12, 13 e 14 para repetir o ensaio;
16. Realizar o ensaio mais 5 vezes e anotar a tensão de ruptura observada;
17. Esvaziar a cuba e lavá-la com óleo.

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4. ANÁLISE DE SEGURANÇA
Dentro do laboratório de transformadores há normas que devem ser seguidas à
risca, devido aos riscos significativos em cada um dos alunos e professores estão expostos
ao lidarem com níveis elevados de tensão. Assim, alguns tópicos de segurança devem ser
atendidos com a finalidade de proteger os operadores dos equipamentos, minimizar riscos
e possíveis danos, além de garantir a vida útil dos equipamentos utilizados.
Alguns comportamentos de segurança e comportamento adotados ao longo dos
ensaios são:
• Vestimentas adequadas: calça e sapatos fechados;
• Não portar objetos metálicos, como aliança, colar e relógio;
• Mulheres devem apresentar os cabelos amarrados;
• Utilizar os EPI’s, como os óculos de proteção, e se possível luva;
• Evitar deixar sobre a bancada objetos como mochila e garrafas d’água;
• Verificar se a bancada se encontra desligada ao iniciar as montagens;
• Verificar se a tensão de suprimento coincide com a placa do equipamento;
• Não energizar nenhum ensaio antes do professor conferir e autorizar;
• Conferir se os equipamentos se encontram na menor posição de ajuste;
• Voltar os equipamentos na posição zero após terminar de usar;
• Excursionar vagarosamente os cursores dos equipamentos elétricos;
• Seguir os procedimentos à risca, conforme as normas;

5. CÁLCULOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS


A partir das medições seguindo a montagem do experimento método padrão do
ensaio, foi possível preencher a Tabela 1 abaixo, apresentando os resultados de tensão
dos 6 ensaios realizados.

Tabela 1: Medição das seis rupturas


1ª Leitura 2ª Leitura 3ª Leitura 4ª Leitura 5ª Leitura 6ª Leitura
41,6 kV 48 kV 50,9 kV 48,2 kV 45,8 kV 37,3 kV
Média Geral 45,3 kV/0,1pol
Desvio Padrão 5,0 kV/0,1pol
CV 11,04%
Excedeu limite? Não

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Analisando os valores obtidos na Tabela 1, constata-se a rigidez dielétrica do óleo
amostrado como 45,3kV/0,1pol. Na Tabela 2, o resultado é comparado com a rigidez do
ar.
Tabela 2: Comparação da rigidez dielétrica
Óleo Ensaiado (kV/0,1 pol.) Ar (kV/0,1 pol.)
45,3 7,62

6. QUESTÕES
1. Compare o óleo das amostras e o ar, quanto à sua capacidade de isolamento
elétrico.
Como verificado na Tabela 2, o óleo analisado possui rigidez dielétrica maior que
o ar. Dessa forma, conclui-se que o óleo pode suportar níveis de tensões mais elevados
que o ar sem que se torne um condutor da corrente elétrica, mostrando ser uma isolante
mais confiante e propício para a utilização nos transformadores.

2. O ar poderia substituir o óleo nos tanques dos transformadores? Por que isto não
é feito nos transformadores de médio e grande porte?
Sim, porém considerando que o ar representa apenas 16,8% da capacidade isolante
do óleo analisado, o uso do ar como isolante em trafos é limitado aos de pequeno porte.
O exemplo mais famoso desse tipo de transformadores são os transformadores a seco,
onde o isolamento e refrigeração e feito pelo ar. Esses transformadores representam um
nível de segurança maior, devido a não ter risco de explosão do óleo, porém se limita a
pequeno porte.
Em trafos de médio e grande porte exige um resfriamento maior, devido aos níveis
de tensão e corrente maior nessa classe de equipamento, o calor gerado será maior e o
risco de ruptura também.

3. Justifique as grandes divergências entre os diversos valores de rigidez dielétrica


para uma mesma amostra, caso existam.
As divergências se devem a velocidade com que o usuário do equipamento
excursionou o potenciômetro referente ao nível de tensão, podendo ter girado muito
rápido ou em outras amostras muito devagar. Outro fator pode ter sido em relação ao
tempo entre ensaios, 3 minutos pode ser que não tenham sido suficientes para o óleo se

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resfriar para a próxima análise. Além disso, outros fatores que impactam são a
temperatura ambiente no momento do ensaio, a umidade do local, presença de pequenas
bolhas entre um experimento e outro.

4. Efetue o diagnóstico do óleo com base nos resultados finais.


Com base na Figura 1.2 e na Tabela 1.4 do material de apoio ao ensaio, pode-se
concluir que o óleo ensaiado se encontra nos padrões das normas. Haja visto que sua
rigidez dielétrica média foi de aproximadamente 45kV/0,1pol e seu coeficiente de variação
foi de 11%. Dessa forma, os níveis não excederam o limite, uma vez que o limite para 11% é
cerca de 20kV/0,1pol.

5. Explique a razão da observância de intervalo de tempo entre as diversas medidas


de rigidez dielétrica do óleo.
O tempo entre um ensaio e outro se deve pelo motivo do óleo se estabilizar quanto
a temperatura e homogeneidade. Assim, é preciso que o óleo se resfrie a temperatura
ambiente, evitando a interferência nos resultados. É preciso que o óleo volte a se tornar
homogêneo, isento de bolhas que possam ter surgido em uma ruptura anterior, fato este
que pode também interferir nos resultados.

6. O que ocorreria se a distância entre os eletrodos fosse reduzida pela metade? Os


valores assim medidos, poderiam ser usados para análise do óleo sob a luz da
teoria vista?
Reduzindo a distância entre os dois eletrodos pela metade, resultaria em duplicar
o valor do campo elétrico criado entre as placas. Logo, a redução da rigidez dielétrica
seria reduzida pela metade. Dessa forma, não seria possível usar os resultados, uma vez
que a norma NBR IEC 60156 solicita que a distância para o ensaio seja de 0,1pol.

7. A rigidez dielétrica do óleo isolante é afetada pela ocorrência de uma faísca no


mesmo? No instante da faísca, qual é o valor da rigidez? O que acontece com ela
após a extinção da faísca? Em que condições isso não ocorre?
Sim, quando ocorre uma faísca no ensaio é sinal que o óleo venceu o dielétrico e
conduziu eletricidade por um curto instante de tempo. Com isso, a rigidez deve ser baixa
o suficiente para permitir essa ruptura. Após a ocorrência da faísca, a rigidez volta então

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aos poucos ao seu valor inicial. Uma faísca não ocorre quando não há grande quantidade
de carga elétrica em uma pequena área, além do fato de bolhas entre os eletrodos pode
contribuir para o surgimento de faíscas.

8. Qual é a forma dos eletrodos recomendada pelas normas? Haveria diferença dos
valores obtidos se os eletrodos fossem pontiagudos? Porquê?
As normas recomendam que os eletrodos sejam em formato de esfera, disco
planos ou cilíndricos. Se tivessem formato pontiagudo os resultados seriam diferentes
devido ao Poder das Pontas, onde haveria uma maior densidade de cargas elétricas nas
pontas do eletrodo. Logo, o campo elétrico seria mais elevado para uma mesma tensão,
então o valor de rigidez medido seria menor, apresentando resultados diferentes e
incorretos.

9. Quais as vantagens e desvantagens do Askarel em relação aos óleos minerais?


O óleo Askarel apresenta alto teor de cloro na composição química, logo
proporciona alta rigidez dielétrica, alta condutividade térmica, excelente estabilidade
química, não é inflamável e é capaz de resistir a elevadas temperaturas. Entretanto, é um
óleo com alta toxicidade, bioacumulativo e cancerígeno.
Já os minerais, não suportam temperaturas tão altas quanto ao Askarel e são
combustíveis. Porém são biodegradáveis, apresentam um baixo custo e são mais seguros
aos seres humanos.

10. Explique o princípio e a aplicação do relé Buchholz.


O relé Buchholz é um dispositivo de segurança, cuja função é proteger
equipamentos elétricos que trabalham imersos em líquidos isolantes. Este componente
indica pontos inadequados na operação do equipamento, como descargas internas, má
isolação dos enrolamentos, perda de óleo, sobrecargas e sobrecorrentes.
Esse relé é colocado entre o tanque de expansão e o tanque principal do
transformador, com dois visores para mostrar o volume de gás presente em seu interior. As
falhas resultam na produção excessiva de calor, este excesso de calor decompõe o isolante
do transformador, produzindo gás. O tipo de gás e a quantidade depende da falha
existente. Esse gás gerado tende a ir em direção ao tanque de expansão, logo são coletadas
pelo Relé Buchholz.
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Quando soa o alarme do equipamento, é preciso então fazer o teste de gás que
podem ser identificados problemas como:
Gás acetileno: falhas elétricas;
Gás incombustível: Neste caso temos o ar puro. Indica ar penetrando no transformador;
Nenhuma formação de gás: Nível do óleo está muito baixo, possivelmente devido a um
vazamento;
Trafo desligando sem aviso: Transformador sobrecarregado termicamente. O defeito
poderá ser encontrado no contato de curto-circuito ou no sistema de relés;

7. CONCLUSÃO
Findado os experimentos propostos pelo professor, pode-se tomar algumas
conclusões acerca do tema estudado: determinação da rigidez dielétrica do óleo isolante,
tomando como base toda a teoria que envolve o assunto e que pôde ser aplicada com êxito
em tal experimento.
O ensaio em questão foi de suma importância para complementar a vivência de
um engenheiro graduando. Com o experimento foi possível observar a importância da
isolação de um transformador de potência, além de como se dá essa isolação com óleo
mineral e com ar, além de poder comparar ambos isolamentos. Foi possível concluir a
eficácia do óleo como isolante elétrico, com excelentes níveis de rigidez dielétrica e sua
vantagem perante ao óleo ascarel.
Com o experimento também pode se tirar conclusões quanto ao formato dos
eletrodos, este é essencial ser plano ou esférico para não influenciar os resultados da
medição da rigidez. Além de garantir a distância correta entres os eletrodos. Com isso,
retrata a importância de seguir as normas reguladoras durante todo o experimento,
garantindo a precisão e idoneidade dos resultados obtidos.
Outro ponto importante a ser levantado é o fato de o óleo amostrado estar dentro
dos padrões solicitados para operação do transformador. Visto pelo seu coeficiente de
variação estar abaixo do limite, assim este óleo não trará malefícios ao funcionamento da
máquina, garantirá a qualidade da energia fornecida por ela e assegurará uma vida útil ao
equipamento.
Portanto, pode se dizer que o roteiro de ensaio proposto executa com êxito o seu
propósito. Entregando de forma precisa o passo a passo conforme as normas para se

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realizar um experimento que será rotina na vivência de um engenheiro eletricista. O
ensaio foi de extrema importância para a complementação da teoria fixada em sala de
aula na disciplina teórica, podendo experimentar na prática como se dá a rigidez do óleo
isolante, os cuidados a serem tomados conforme as normas e como tomar as medições.

8. REFERÊNCIAS

1. AGUIAR, A. L.; CAMACHO, J.; SILVA, E. P.; BERNARDES, W. M. S. -


“Transformadores de Potência: Aulas e Ensaios Práticos” – UFU – 2021.

2. WEG, “Manual: Transformador a Óleo até 4MVA”, WEG Equipamentos Elétricos


S/A – Transmissão e Distribuição Manual 10000892317 – 12/2010.

3. SIMONE, “O Uso De Óleo Vegetal Em Transformadores De Distribuição De Energia


Elétrica”, UFSC 2017.

4. RAFAEL HELERBROCK, “Como os transformadores funcionam?”, Mundo


Educação, 2017.

5. CADIUM, “Funções e características do óleo isolante para transformador”,


Cadium Soluções em Lubrificação, 2018.

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