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A lei 8.078 tratou especificamente de regular as práticas abusivas em três artigos: 39, 40 e 41.
Mas apenas no art. 39 as práticas que se pretendem coibir, e que lá são elencadas
exemplificativamente, são mesmo abusivas. O art. 40 regula o orçamento e o art. 41 trata de
preços tabelados.
Obs:
É claro que a não entrega do orçamento e a violação do sistema de preços controlados são
também consideradas práticas abusivas. Porém, a organização do texto não foi muito boa. A
rigor, as chamadas práticas abusivas previstas no art. 39 têm apenas um elenco mínimo ali
estampado. Há outras espalhadas pelo CDC. Por exemplo, a desconsideração da personalidade
jurídica em caso de abuso do direito (art. 28), a cobrança constrangedora (que é regulada no art.
42, c/c o art. 71), a “negativação” nos serviços de proteção ao crédito de maneira indevida (que o
art. 43 regulamenta), o anúncio abusivo e enganoso, previsto nos parágrafos do art. 37 etc.
Práticas abusivas
As chamadas "práticas abusivas" são ações e/ou condutas que, uma vez existentes,
caracterizam-se como ilícitas, independentemente de se encontrar ou não algum consumidor
lesado ou que se sinta lesado. São ilícitas em si, apenas por existirem de fato no mundo
fenomênico.
O mercado de consumo é tão imprescindível para o sistema capitalista como o oxigênio o é para
a sobrevivência do ser humano, tais aspectos devem estar sempre equilibrados em prol do
sistema político-econômico. Partindo desse pressuposto se vê importância, quanto aos efeitos e
ao alcance da Lei 8.078/90, que devem ser produzidos na sociedade brasileira ao criar normas de
proteção às relações de consumo
3-?
A prática "pós-contratual" surge como ato do fornecedor por conta de um contrato de consumo
preexistente. Como exemplo, tome-se a "negativação" indevida nos serviços de proteção ao
crédito.
Anotações
Art 39
STJ tem entendido que supermercado pode limitar o quantitativo para proteção de um consumidor face a outro.
Inciso 7 – ex entra na justiça contra loja que vc teve problema. Daí a loja expõe lista com consumidores q causaram
problema
Este inciso cuida da tão conhecida “venda casada”, que ocorre quando há a alienação de outro
produto e/ou serviço (geralmente comercializado de maneira autônoma) juntamente com aquilo
que foi adquirido originalmente pelo consumidor;
O inciso II objetiva proibir a discriminação (por raça, cor, sexo, classe social etc.) do consumidor
pelo fornecedor; ou seja, se houver produto disponível à venda, qualquer um – que disponha dos
recursos necessários, naturalmente – poderá comprá-lo indistintamente;
Obs::: STJ tem entendido que supermercado pode limitar o quantitativo para proteção de um consumidor face a
outro.
III – enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer
qualquer serviço.
O fornecedor não pode enviar um produto (ou prestar um serviço) ao consumidor sem que este o
tenha solicitado e fazer presunção de seu silêncio como uma aceitação tácita do bem oferecido.
Aquilo que for enviado será presumido como amostra grátis;
Este inciso tem como objetivo impedir que o fornecedor realize determinado serviço, ou forneça
algum produto, sem que que antes haja sido realizada uma estimativa dos valores a serem pagos
pelo consumidor. Caso contrário, o contratante ficaria à mercê do arbítrio do contratado, o que
seria fonte de grandes injustiças;
VII – repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de
seus direitos.
Este inciso apregoa que os produtos e serviços postos em circulação no mercado devem observar
estritamente as normas de natureza técnica emanadas dos órgãos oficiais;
Estabelece que se o consumidor se dispor a pagar à vista aquilo que está sendo adquirido o
fornecedor não pode recusar-se aceitar o pagamento com o intuito de auferir juros parcelando a
dívida;
Este inciso assenta que os preços referentes aos produtos e serviços oferecidos pelo fornecedor não
poderão sofrer um aumento arbitrário, ou seja, sem justa causa, sem um embasamento fático que
justifique a mudança;
XII – deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu
termo inicial a seu exclusivo critério.