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APOSTILA

LUCRO PRESUMIDO X LUCRO REAL


EFD ICMS IPI
LUCRO PRESUMIDO

O Lucro Presumido é uma forma de tributação com certa simplificação, em


relação ao Lucro Real, para determinação da base de cálculo do Imposto de
Renda - IRPJ, e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido - CSLL das
pessoas jurídicas.
Presumi-se o lucro da pessoa jurídica a partir de sua receita bruta e outras receitas
sujeitas à tributação.
Ou seja, trata-se de um lucro fixado a partir de percentuais padrões aplicados
sobre a Receita Operacional Bruta pré-determinados pela RFB
Sobre o referido resultado somam-se as outras receitas eventuais auferidas,
como receitas financeiras e alugueis.
Lembrando que não se trata de lucro contábil efetivo, mas sim uma mera
aproximação fiscal, fixada pela Receita Federal.

DAS PESSOAS JURÍDICAS AUTORIZADAS A OPTAR


Nem todas as pessoas jurídicas podem fazer a opção pelo lucro presumido,
somente podem optar aquelas que:
a) Cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior tenha sido igual ou

inferior a R$ 78.000.000,00, ou R$ 6.500.000,00 multiplicado pelo número de


meses de atividade no ano calendário anterior. Esta última situação é para as
empresas que tenham iniciadas suas atividades no ano anterior (Art. 516
RIR).
b) Que não estejam obrigadas a declarar com base no lucro real em função da
atividade que exerce;
c) As sociedades civis de profissão regulamentada, as sociedades que

explorem atividade rural, as sociedades por ação, de capital aberto, as


empresas que se dediquem à compra e à venda, ao loteamento, à incorporação
ou à construção de imóveis e à execução de obra da construção civil que não
estejam enquadradas no item b);
d) as empresas que tenham sócios ou acionistas residentes ou domiciliados no
exterior;
e) as empresas constituídas sob qualquer forma societária, de cujo capital

participem entidades da administração pública, direta ou indireta, federal,


estadual ou municipal;
f) que sejam filiais, sucursais, agências ou representação, no país, de pessoas
jurídicas com sede no exterior;
g) as empresas que vendam bens importados, qualquer que seja o valor da

receita auferida com a venda desses produtos.

DAS RECEITAS QUE DEVERÃO SER CONSIDERADAS PARA CÁLCULO DO


LIMITE

Consoante o regulamento de imposto de renda para efeito do cálculo do limite


serão consideradas as seguintes receitas:
a) As receitas brutas auferidas na atividade objeto das pessoas jurídicas;
b) Quaisquer outras receitas mesmo que seja de fontes não relacionadas com a

atividade principal da empresa;


c) Os ganhos de capital;
d) Os ganho líquidos obtidos em operações de renda variáveis;
e) Os rendimentos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa;
f) Os rendimentos decorrentes de participações societárias.
As pessoas jurídica que fizerem a opção pelo lucro presumido e durante o
anos extrapolarem os limites da receita não podem mudar para o lucro
naquele exercício sendo obrigado declarar com base no lucro real no ano
seguinte.
QUANDO FAZER A OPÇÃO

A opção pelo lucro presumido anteriormente podia ser feita até a data da
entrega da declaração do imposto de renda, desta forma o contribuinte poderia
fazer a escolha com segurança qual seria a forma de calcular seus impostos de
forma menos onerosa. Atualmente a opção será feita de forma irrevogável na
data do pagamento da primeira quota ou única nos casos em que se aplique,
sendo a manifestação de forma irrevogável.
É comum a pratica dos contribuintes tentar alterar a opção feita através de
retificação de DARF. Este procedimento não prospera, pois a Secretária da
Receita Federal já se manifestou através da consulta nº 216 da 8º RF (DOU
DE 01/10/01), que não aceita redarf para alteração de opção pela sistemática
de apuração do imposto.
PERCENTUAL

Sobre a recita bruta ajustada será aplicado um percentual que varia de acordo
com atividade exercida pelo contribuinte, conforme a seguir descrita:
a) Percentual de 8%
Revenda de mercadoria, fabricação própria, industrialização por encomenda,
transporte de cargas, serviços hospitalares, atividade rural e venda de imóveis
das empresas com esse objeto social.
b) Percentual de 1,6%
Receita de combustíveis.
c) Percentual de 32%
Nas receitas de prestação de serviço, exceto a de serviços hospitalares.
d) Percentual de 16%

BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO


A base de cálculo do imposto será o resultado da aplicação dos percentuais
correspondente a atividade exercida sobre a receita bruta, sendo acrescido as
seguintes receitas:
a) Ganhos de capital;
b) Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras;
c) As variações monetárias ativas e todos os demais resultados positivos

obtidos pela pessoa jurídica;


d) Juros sobre capital próprio recebido de empresa na qual pessoa jurídica

tenha participação societária;


e) Descontos financeiros obtidos;
f) Quaisquer juros ativos não decorrentes de aplicações.
g) Os valores referentes à recuperação de despesa, exceto de o contribuinte

comprovar de não deduziu como despesa àqueles valores na época em que


estava submetido ao lucro real.
LUCRO REAL

Um dos princípios fundamentais da contabilidade, é que possui extrema


relevância para entendimento e lógica do que vem a ser a ciência contábil e
sua importância para as atividades empresarias, é o princípio da confrontação
das receitas com as despesas.

Conforme trata o Art. 59 da IN 1700, estão obrigadas ao regime de tributação


com base no lucro real as pessoas jurídicas:
I - cuja receita total, no ano-calendário anterior, tenha excedido o limite de R$
78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou de R$ 6.500.000,00 (seis
milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses do
período, quando inferior a 12 (doze) meses;

II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos,

bancos de desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas,


sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio,
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento
mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização e entidades de previdência privada aberta;

III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais

relativos à isenção ou redução do imposto;


V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal

pelo regime de estimativa;

O Art. 66 IN 1700 traz que o imposto devido sobre o lucro real de que trata o
§ 6º do art. 2º será calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% (quinze
por cento) sobre o lucro real, sem prejuízo da incidência do adicional previsto
no § 3º do mesmo artigo.

§ 1º A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido


com observância das leis comerciais.

§ 2º Considera-se lucro real o lucro líquido do período-base, ajustado pelas


adições prescritas e pelas exclusões ou compensações autorizadas pela
legislação do imposto sobre a renda.

§ 3º Observado o disposto no § 4º do art. 2º, para efeitos de


determinação do saldo do imposto a pagar ou a ser restituído ou
compensado, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido o
valor:

a) dos incentivos fiscais de dedução do imposto, observados os limites

e prazos fixados na legislação vigente;

b) dos incentivos fiscais de redução e isenção do imposto, calculados

com base no lucro da exploração;


c) do imposto sobre a renda pago ou retido na fonte, incidente sobre

receitas computadas na determinação do lucro real;

d) do imposto sobre a renda calculado na forma prevista nos arts. 4º,


5º e 10, pago mensalmente. § 4º Para efeitos de determinação dos
incentivos fiscais de dedução do imposto, serão considerados os
valores efetivamente despendidos pela pessoa jurídica.

Sistemática de Apuração do Lucro Real

(+) Lucro líquido contábil


antes do IRPJ (+) Adições
(-) Exclusões
(=) Lucro Real do Período-Base
(-) Compensações de Prejuízos Fiscais (Limitada a 30% do
Lucro Real apurado) (=) Lucro Real (Se positivo)
(=) Prejuízo Fiscal (Se negativo)
(x) Alíquota (s)
do IRPJ (=)
IRPJ devido
(-) IRRF sobre Serviços
Prestados (=) IRPJ a
Pagar

Lucro Real alíquota: 15% sobre a base cálculo apurada + 10% do Adicional de
Imposto de Renda Pessoa Jurídica.

Formas de apuração do Lucro Real:


-lucro real trimestral
-recolhimento por estimativa
-redução ou suspensão do recolhimento
Lucro Real Trimestral:

Imposto de Renda Determinado com Base no Lucro Real


Trimestral
O imposto de renda devido, apurado trimestralmente, será pago em quota
única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período
de apuração.

À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três
quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três
meses subsequentes ao de encerramento do período de apuração a que
corresponder.

Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$1.000,00 (um mil reais) e o
imposto de valor inferior a R$2.000,00 (dois mil reais) será pago em quota
única.

As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial


do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - Selic, para títulos federais,
acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês subsequente
ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao
do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.

Trimestres:
-Janeiro, fevereiro e março – vencimento até o último dia útil do mês
subsequente ao do encerramento do período, exemplo vencimento em
30/04/2018;
-Abril, maio e junho - vencimento até o último dia útil do mês subsequente ao do
encerramento do período, exemplo vencimento em 31/07/2018;

-Julho, agosto e setembro - vencimento até o último dia útil do mês


subsequente ao do encerramento do período, exemplo vencimento em
31/010/2018;

-Outubro, novembro e dezembro - vencimento até o último dia útil do mês


subsequente ao do encerramento do período, exemplo vencimento em
30/01/2019.

Como pagar:
Por meio do DARF - Documento de Arrecadação de Receitas Federais.

Códigos:
1599 – IRPJ - Instituição Financeiras;
0220 – IRPJ – Obrigadas a Apurar o Lucro Real;
3373 – IRPJ – Optantes pela Tributação com base no Lucro Real.
-------------------------------------------------------------------------------------------
Recolhimento por estimativa - lucro real

INTRODUÇÃO

As pessoas jurídicas obrigadas ou optantes pela tributação com base no lucro real
poderão, alternativamente à apuração trimestral, optar pelo pagamento mensal do
imposto calculado por estimativa com base nos procedimentos focalizados neste
trabalho.

OPÇÃO PELO PAGAMENTO POR ESTIMATIVA

O exercício da opção pelo pagamento mensal por estimativa será formalizado por
meio do primeiro pagamento do imposto do ano-calendário, uma única vez, e
implica a obrigatoriedade de apuração anual do lucro real, ficando a pessoa jurídica
impedida de optar pela tributação com base no lucro presumido, mesmo que não
esteja enquadrada em nenhuma das hipóteses que obrigam a apuração pelo lucro
real (Lei nº 9.430/1996, artigos 2º e 3º).

FORMA DE APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO

Percentuais Aplicáveis Sobre a Receita Bruta

A base de cálculo do imposto devido mensalmente será determinada mediante


aplicação sobre a receita bruta auferida na(s) atividade(s) explorada(s) pela
empresa, dos percentuais conforme o quadro abaixo (Lei nº 9.249/1995, art. 15,
com as alterações introduzidas pelo art. 29 da Lei nº 11.727/2008, Instrução
Normativa SRF nº 93/1997 e o Ato Declaratório Normativo COSIT nº 06/1997):
% Reduzido para
Percentuais empresa
ATIVIDADES com Receita Bruta
Anual até R$ 120.000,00
Receita bruta mensal proveniente: 8% Não se aplica
a) da venda de produtos de fabricação
própria;
b) da venda de mercadorias adquiridas para
revenda;
c) da industrialização de produtos em que a

matéria-prima, ou o produto intermediário ou o


material de embalagem tenham sido fornecidos
por quem encomendou a industrialização;
d) da atividade rural.
Transporte de cargas 8% Não se aplica
Serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e 8% Não se aplica
terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia
patológica e citopatologia, medicina nuclear e
análises e patologias clínicas, desde que a
prestadora destes serviços seja organizada sob a
forma de sociedade empresária e atenda às
normas da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária - Anvisa (art. 29 da Lei nº 11.727/2008).
Construção por empreitada, quando houver 8% Não se aplica
emprego de materiais em qualquer quantidade
(Ato Declaratório Normativo COSIT nº 06/97).
(vide nota nº 5 abaixo)
Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária 8% Não se aplica
e venda de imóveis construídos ou adquiridos
para revenda
Serviços de transporte de passageiros 16% Não se aplica
Revenda, para consumo, de combustível 1,6% Não se aplica
derivado de petróleo, álcool etílico carburante e
gás natural
Prestadoras de serviços relativos ao exercício de 32% Atividade não
profissões legalmente regulamentada, inclusive beneficiada com
escolas a redução do
percentual
Intermediação de negócios, inclusive corretagem 32% 16%
(seguros, imóveis, dentre outros) e as de
representação comercial
Administração, locação ou cessão de bens 32% 16%
imóveis, e móveis.

Construção por administração ou por 32% 16%


empreitada unicamente de mão-de-obra

Serviços de gráfica, com ou sem fornecimento de 32% 16%


material, em relação à receita bruta que não
decorra de atividade comercial ou industrial

Serviços de suprimento de água tratada e coleta 32% 16%


de esgoto e exploração de rodovia mediante
cobrança de pedágio (Ato Declaratório COSIT nº
16/2000)
Compra e venda de veículos usados. (vide nota nº 32% 16%
4 abaixo)

1) A pessoa jurídica que explorar atividades diversificadas deverá aplicar o

percentual correspondente sobre a receita bruta de cada atividade.

2) As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços mencionadas nos

itens com redução do percentual da base de cálculo poderão fazê-lo enquanto a sua
receita bruta acumulada do ano em curso não ultrapassar a R$ 120.000,00 (cento e
vinte mil reais), devendo-se observar o seguinte (Lei nº 9.250/1995, art. 40, e
Instrução Normativa SRF nº 93/1997, art. 36, §§ 3º ao 6):

a) se a receita bruta anual ultrapassar esse limite, a pessoa jurídica ficará sujeita

ao percentual de 32% (trinta e dois por cento), retroativamente ao mês de


janeiro, devendo efetuar o recolhimento das diferenças do imposto apuradas,
até o último dia útil do mês subsequente àquele em que ocorrer o excesso,
sem nenhum acréscimo;

b) no ano-calendário seguinte ao da ocorrência do excesso de receita, a


empresa poderá voltar a utilizar o percentual de 16% (dezesseis por cento)
enquanto a receita bruta anual não exceder a R$ 120.000,00 (cento e vinte
mil reais por cento).

3) As atividades de corretagem (seguros, imóveis, etc.) e as de representação

comercial são consideradas atividades de


intermediação de negócios.
4) No caso de comercialização de veículos usados, a base de cálculo do IRPJ
será a diferença entre o valor pelo qual o veículo usado houver sido
alienado, constante da Nota Fiscal de venda, e o seu custo de aquisição,
constante da Nota Fiscal de entrada (Instrução Normativa SRF nº 152/1998).

O custo de aquisição de veículo usado é o preço ajustado entre as partes.

5) O percentual a ser aplicado sobre a receita bruta para apuração da base de

cálculo do lucro presumido/estimado na atividade de prestação de serviço de


construção civil é de 32% (trinta e dois por cento) quando houver emprego
unicamente de mão-de-obra, e de 8% (oito por cento) quando se tratar de
contratação por empreitada de construção civil, na modalidade total, fornecendo o
empreiteiro todos os materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais
incorporados à obra.

Código do Darf:
Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ Estimativa

Código Sigla Descrição


2319 IRPJ PJ obrigadas à apuração com base no Entidades
lucro
Financeiras
real – Estimativa Mensal.
2362 IRPJ PJ obrigadas à apuração com base no Demais Entidades
lucro
real – Estimativa Mensal.
5993 IRPJ PJ não obrigadas à apuração com
base no lucro real - optantes pela
apuração com
base no lucro real – Estimativa
Mensal.

Exemplo: Determinada empresa optante pelo Lucro Real Trimestral apresentou os


seguintes dados ao longo do exercício de X2, sabendo-se que a mesma têm
Prejuízos Fiscais registrados na Parte B do Lalur no valor de R$ 20.000,00 :

1º.Trimestre - Prejuízo Fiscal R$


80.000,00 2 º.Trimestre – Lucro Real
R$ 30.000,00 3º.Trimestre – Lucro
Real R$ 50.000,00
4º. Trimestre – Lucro Real R$ 100.000,00

Demonstração da Base de Cálculo

IRPJ: 1º .Trimestre/2019
Prejuízo Fiscal------------------------>R$ 80.000,00

2 º.Trimestre/2019
Lucro Real -----------------------------------------------> R$ 30.000,00
(-) Compensação de 30% --------------------------------->R$ 9.000,00
(=) Base de Cálculo do IRPJ ---------------------------> R$ 21.000,00
3º. Trimestre/2018
Lucro Real --------------------------------------------------> R$
50.000,00 (-) Compensação de 30% ---------------------------
---->R$ 15.000,00
(=) Base de Cálculo do IRPJ --------------------------->R$ 35.000,00
4º .Trimestre/2019

Lucro Real---------------------------------------------------> R$
100.000,00 (-) Compensação de 30% ----------------------------
---> R$ 30.000,00
(=) Base de Cálculo do IRPJ ---------------------------->R$ 70.000,00
IRPJ ANUAL
Nessa opção, é considerado o número de meses de forma acumulada não cabendo
observar o limite de 30% para compensar prejuízos fiscais gerados no decorrer no
ano calendário.

Exemplo:

Determinada empresa que apura o Lucro Real Anual apresenta os seguintes dados
relativos ao primeiro quadrimestre de 2018, sabendo-se que a mesma têm
registrado na Parte B do Lalur o valor de R$ 420.000,00 relativos a Prejuízos
Fiscais de períodos anteriores.

Janeiro – Lucro Real – R$

80.000,00 Fevereiro – Lucro

Real – R$ 100.000,00 Março –

Lucro Real – R$ 160.000,00

Abril – Prejuízo Fiscal – R$

100.000,00
EFD ICMS IPI

A Escrituração Fiscal Digital (EFD) foi instituída por meio do Convênio ICMS
143/2006 e posteriormente pelo Ajuste SINIEF 02/2009, e é um arquivo digital, de
uso obrigatório para os contribuintes do ICMS e/ou do IPI, que se constitui de um
conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras informações de
interesse dos fiscos das Unidades Federadas e da Secretaria da Receita Federal do
Brasil, bem como de registros de apuração de impostos referentes às operações e
prestações praticadas pelo contribuinte.

O arquivo digital da EFD será gerado pelo contribuinte de acordo com as


especificações do leiaute definido em Ato COTEPE/ICMS 09/2008 e conterá a
totalidade das informações econômico- fiscais e contábeis correspondentes ao
período compreendido entre o primeiro e o último dia do mês civil, inclusive, que
deverão ser prestadas sob o enfoque do declarante.
Considera-se totalidade das informações:

a) as relativas às entradas e saídas de mercadorias bem como aos serviços prestados

e tomados, incluindo a descrição dos itens de mercadorias, produtos e serviços;

b) as relativas à quantidade, descrição e valores de mercadorias, matérias-primas,

produtos intermediários, materiais de embalagem, produtos manufaturados e


produtos em fabricação, em posse ou pertencentes ao estabelecimento do
contribuinte declarante, ou fora do estabelecimento e em poder de terceiros e de
terceiros de posse do informante;

c) as relativas à produção de produtos em processo e produtos acabados e

respectivos consumos de insumos, tanto no estabelecimento do contribuinte quanto


em estabelecimento de terceiro, bem como o estoque escriturado;

d) qualquer informação que repercuta no inventário físico e contábil, no processo

produtivo, na apuração, no pagamento ou na cobrança de tributos de competência


dos entes conveniados ou outras informações de interesse das administrações
tributárias.

A Escrituração Fiscal Digital - EFD compõe-se da totalidade das informações, em


meio digital, necessárias à apuração do imposto referente à operação e prestação
praticada pelo contribuinte do ICMS ou IPI, bem como outras de interesse da
administração tributária e da Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB -
(Ajuste SINIEF 2/09, cláusula primeira, § 1º).

§ 1º O contribuinte deve utilizar a EFD para efetuar a escrituração dos seguintes


livros fiscais (Ajuste SINIEF 2/09, cláusula primeira, § 3º):

I - Registro de Entradas;
II - Registro de Saídas;
III - Registro de Inventário;
IV - Registro de Apuração do IPI

V - Registro de Apuração do ICMS.

VI - Registro de Controle de Crédito de ICMS do Ativo


Permanente - CIAP. VII - Livro Registro de Controle da
Produção e do Estoque.

Perfil A
É a apresentação dos documentos de forma detalhada.

1. Itens de cupom fiscal registros C460 e C470 (modelo 2D).


2. Itens do resumo diário de notas de venda a consumidor (código 02) registro C321

Perfil B
É apresentado o agrupamento dos itens dos documentos.
1. Não é apresentado os registros C460 e C470 (modelo 2D). Porém, é informado o

registro C425 que é o agrupamentos os itens. Somente é gerado para os


totalizadores "Tributados", "Isentos", "Não tributados" e "Substituição tributária".
2. Não são gerados os registros C350, C370 e C390 (Modelo 02). São gerados os
registros:

REGISTRO C300: RESUMO DIÁRIO DAS NOTAS FISCAIS DE VENDA A


CONSUMIDOR (CÓDIGO 02)
REGISTRO C310: DOCUMENTOS CANCELADOS DE NOTAS FISCAIS DE
VENDA A CONSUMIDOR (CÓDIGO 02).REGISTRO
REGISTRO C320: ANALÍTICO DO RESUMO DIÁRIO DAS NOTAS FISCAIS
DE VENDA A CONSUMIDOR (CÓDIGO 02).
REGISTRO C321: ITENS DO RESUMO DIÁRIO DOS DOCUMENTOS (CÓDIGO
02).
Principais características da EFD
 Bloco 0 – Identificação,
 Bloco C – Doctos. Fiscais I (Mercadorias)
 Bloco D – Documentos Fiscais II (Serviços)
 Bloco E – Apuração do ICMS e do IPI
 Bloco G – CIAP
 Bloco H – Inventário Físico
 Bloco 1 – Outras Informações
 Bloco 9 – Encerramento

TABELAS

BLOCO 0
Tabela de Cadastro de Participantes
Tabela de Identificação do Item (Produtos e Serviços)
Tabela de Natureza da Operação/Prestação
Tabela de Informação Complementar do Documento Fiscal
Tabela de Observações do Lançamento Fiscal
Tabela de Identificação das Unidades de Medidas
Tabela Fatores de Conversão de Medidas Tabela Cadastro de Bens ou Componentes
do Ativo Imobilizado

Será informado a respeito do contribuinte do ICMS/IPI, a sua identificação e dados de


referências utilizados nos outros blocos. Nesse Bloco 0, o contribuinte deve criar e
informar os seus
• códigos de produtos,
• clientes,
• fornecedores,
• unidades de medidas,
• os dados do contabilista,
• tabelas,
• o plano de contas da PJ, entre outras informações.

BLOCO C
N.F. DE COMPRA E VENDA
Serão prestadas informações relativas a (mercadorias sujeitas ao ICMS/IPI),
entradas e saídas, detalhamento de operações de compra e vendas, documentos
fiscais (NF, NF-e, NF Consumidor, equipamento ECF e outros tipos). Serão
lançados também documentos de entrada e saída de energia elétrica.

BLOCO D
TRANSPORTE E TELECOMUNICAÇÃO
Serão prestadas informações relativas a serviços sujeitos ao ICMS/IPI, entradas e
saídas, detalhamento de operações de prestações e de aquisições, documentos
fiscais (CTRC, Conta de Telefone e outros tipos).

BLOCO E
APURAÇÃO DO ICMS E DO IPI

• Neste bloco será feita a apuração do ICMS e do IPI, resultante dos lançamentos

realizados no blocos C, D e 1.
• O bloco será informado mesmo que não haja movimento, conforme é possível

constatar na orientação do registro E110: “Este registro tem por objetivo informar
os valores relativos à apuração do ICMS referentes às operações próprias. O
registro deve ser apresentado inclusive nos casos de períodos sem movimento.
Neste caso, os valores deverão ser apresentados zerados.”

BLOCO G
CIAP
Serão prestadas informações relativas ao aproveitamento de credito na aquisição de
ativo permanente. Os obrigados a este bloco deverão também cadastrar os bens do
ativo objeto de crédito no Registro 0300 Bloco Descrição Registro
G Abertura do Bloco G G001
G ICMS - Ativo Permanente – CIAP G110
G Movimentação de Bem do Ativo Imobilizado G125

G Outros créditos CIAP G126


G Identificação do documento fiscal G130
G Identificação do item do documento Fiscal

G140 G Encerramento do Bloco G G990

BLOCO H
INVENTÁRIO
• Bloco apresentado para discriminar os valores do inventário realizado em 31 de

dezembro de cada exercício, ou nas demais datas estabelecidas pela legislação


fiscal ou comercial.

• CNAE-Fiscal 4681-8/01 e 4681-8/02 deverão apresentar este registro, mensalmente.


 Deve ser elaborado na data de encerramento do balanço
 O envio ao SPED ocorre no segundo mês após a data do balanço
 Ao ingressar no SPED a empresa deve enviar o estoque do último dia do
mês anterior à obrigatoriedade.
Bloco H
H Abertura do Bloco H H001

H Totais do Inventário H005

H Inventário H010
H Informação complementar do Inventário
H020 H Encerramento do Bloco H H990

BLOCO 1
OUTRAS INFORMAÇÕES
• Este bloco destina-se à prestação de outras informações exigidas pelo fisco.

Serão prestadas informações relativas a exportação, combustíveis, cartão de


crédito e outros tipos.

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