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TÉCNICAS
1. Características da Obra
Trata-se do conjunto de serviços de pavimentação intertravada em pavers,
microdrenagem pluvial de trecho das seguintes ruas:
- Trecho das Ruas Henrique Dall’Igna, Atalibio Pinto Teixeira e João Albino
Valentini, Bairro Treze de Maio - Tapejara/RS.
2. Considerações Iniciais
2.1. Objetivo
Este memorial tem como finalidade orientar a execução dos serviços e especificar
as técnicas e materiais que serão empregados nas obras de pavimentação intertravada em
pavers e microdrenagem pluvial em ruas urbanas no Município de Tapejara.
Fica determinado, que os materiais empregados serão de primeira qualidade, e os
serviços executados com o esmero da boa técnica e com mão de obra e equipamentos
especializados.
3. Projetos Executivos
O projeto executivo e detalhes serão fornecidos pela Prefeitura Municipal de
Tapejara, sendo composto de pranchas e este memorial que o descreve.
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O revestimento é a camada final do pavimento destinada a proteger a superfície de
rolamento, e oferecer resistência as ações do tráfego. Tem a função de melhorar as
condições de rolamento, no que se refere ao conforto e a segurança.
Consiste no revestimento através blocos de formato regular, travados através de
cordões, ambos pré moldados, fabricados seguindo procedimentos tecnológicos rigorosos,
assentados por processo manual, rejuntados com areia e assentados sobre um colchão de
pó de pedra sobre base de brita graduada.
Os cordões são elementos de contenção e proteção dos bordos da pavimentação da
erosão causada pelo escoamento das águas de precipitações, interceptando o fluxo dessas
águas e conduzindo-as para os pontos de coleta, servem também para separar a pista de
rolamento do passeio público.
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Antes e durante a compactação, será necessário conhecer o teor de umidade do
material, que deverá ser ideal para o processo de compactação. Esta operação deverá ser
executada com o carro pipa, no caso umedecimento, e grade de disco para secagem.
No caso de encontrar um lençol de água, será necessário rebaixá-lo. O
reconhecimento será feito, pelo simples exame visual. Para fazer a drenagem, ou seja,
para retirar a água do subleito, é necessário conhecer a planta cadastral onde estão
registradas as tubulações existentes. Nas ruas, em geral, não é muito conveniente a
utilização do rolo vibratório, pois as vibrações do equipamento poderão romper as
tubulações enterradas, ou danificar as edificações existentes.
4.2. Materiais
4.2.1. Pavers
Os blocos pré moldados de formato de 16 faces (22x11) na pista de rolamento com
espessura de 8cm, e retangular (20x10cm) nos passeios com espessura de 6cm, deverão
ser em concreto simples, mostrar uma distribuição uniforme dos materiais constituintes e
não apresentar cantos quebrados e sinais de desagregação ou de segregação. Deverão ter
formato de quatro ou dezesseis faces, devendo ser planas as superfícies inferiores e
superiores. O aspecto visual deverá ser padronizado e uniforme em relação à coloração e
textura dos blocos, de forma a não prejudicar a estética do conjunto do pavimento. Os
blocos deverão ser fabricados com rigoroso controle tecnológico, atingir uma resistência
mínima a compressão de 35 Mpa, e deverão atender as NBR 9780 e NBR 9781.
Nos passeios deverão ser executada faixa tátil de 40cm de largura em blocos pré
moldados retangulares (20x10cm) com 6cm de espessura, colorido, de acordo com a NBR
9050.
4.2.2. Cordões
Os cordões deverão ser constituídos por blocos pré-moldados de formato
geométrico regular, deverão ser em concreto simples, mostrar uma distribuição uniforme
dos materiais constituintes e não apresentar cantos quebrados e sinais de desagregação
ou de segregação. Deverão ter suas faces laterais em formato prismático, devendo ser
planas as superfícies inferiores e superiores. O aspecto visual deverá ser padronizado e
uniforme em relação à coloração e textura dos cordões, de forma a não prejudicar a
estética do conjunto da pavimentação. Nas entradas de garagens os cordões deverão ter
as arestas biseladas de forma a não existir cantos vivos e serem rebaixados.
Os cordões deverão ser fabricados com rigoroso controle tecnológico, e deverão atingir
resistência mínima a compressão de 20 Mpa.
As dimensões geométricas dos cordões deverão estar compreendidas dentro dos
seguintes limites:
Comprimento: 1,00m;
Largura: Base 0,15m; Topo 0,13m;
Altura: 0,30m.
4.2.3. Argilas
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O material argiloso deverá apresentar coloração vermelha escura ou marrom, cores
características das argilas lateríticas encontradas em abundancia no Planalto do RS.
Devem atender um CBR mínimo de 9% e expansão <2% na energia normal de
compactação. Recomenda-se como limites físicos índice de plasticidade 6<IP<15 e Limite
de Liquidez LL<50% o que caracteriza, preferencialmente, argilas de média plasticidade e
baixa compressibilidade.
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longitudinais espaçadas de 2,50m, para facilitar a localização das linhas de referência para
o assentamento.
Cravam-se ponteiros de aço ao longo do eixo da pista, afastados entre si não mais
de 10,00m. Marca-se com giz, nestes ponteiros, com auxílio de régua e nível de pedreiro,
uma cota tal que, referida ao nível da guia, dê a seção transversal correspondente ao
abaulamento ou superelevação estabelecida pelo projeto. Distende-se fortemente um
cordel pela marca de giz, de ponteiro a ponteiro, e um outro de cada ponteiro às guias,
normalmente ao eixo da pista. Entre o eixo e as guias, outros cordéis devem ser
distendidos paralelamente ao eixo, com espaçamento não superior a 2,50m. Inicia-se
então, o assentamento blocos.
Em trechos retos, pronta a rede de cordéis, principia-se o assentamento da
primeira fileira, normal ao eixo. Nesta fileira deverá haver uma junta coincidindo com o
eixo da pista. Os blocos deverão ser colocados sobre a camada nivelada de areia / pó de
pedra, acertada anteriormente ao assentamento dos blocos pelo construtor, de modo que
sua face superior fique cerca de 0,01m acima do cordel. O construtor deverá golpear o
bloco com o martelo de borracha de modo a acomodar o mesmo em relação à camada
nivelada e também em relação aos alinhamentos dos blocos vizinhos.
Assentado o primeiro bloco, o segundo será colocado a seu lado, tocando-o
ligeiramente pelo relevo lateral e formando uma junta pela regularidade da face do bloco
vizinho, este, por sua vez, será assentado como o primeiro. A fileira deverá progredir do
eixo da pista para os cordões, devendo terminar junto a estes.
A segunda fileira deverá iniciar colocando-se o primeiro bloco sobre o cordel do eixo
da pista. Os demais blocos serão assentados como os da primeira fileira.
As juntas da terceira fileira deverão, ficar no prolongamento das juntas da primeira
fileira; os da quarta, no prolongamento da segunda e assim sucessivamente, de modo que
as juntas dos blocos de cada fileira se alternem com relação às duas fileiras vizinhas, isto
é, que cada junta fique em frente ao bloco adjacente, dentro do seu terço médio. As
juntas longitudinais e transversais não deverão exceder a largura do relevo existente no
bloco.
Em trechos curvos – Nas curvas de grande raio, pela padronização dos tamanhos
dos blocos e pela padronização da espessura da junta transversal, manter-se-ão as fileiras
normais ao eixo da pista.
Em trechos de entroncamento – Na pista principal, a pavimentação deverá
continuar sem modificação do seu aparelho; na pista secundária, o assentamento seguirá
da mesma forma até encontrar o alinhamento do bordo da pista principal, tomando-se a
atenção devida para a perfeita concordância das funções das duas vias.
O rejuntamento dos blocos será efetuado logo que seja concluído o seu
assentamento. O intervalo entre uma e outra operação fica a critério da Fiscalização,
entretanto, o rejuntamento deverá acompanhar, de perto, o assentamento, principalmente
em regiões chuvosas ou sujeitas a outras causas que possam danificar os blocos já
assentados, porém ainda não fixados e protegidos pelo rejuntamento.
O rejuntamento deverá ser feito com areia. O rejuntamento com areia será
executado espalhando-se uma camada de 0,01m de espessura, sobre o pavimento, e
forçando-se a penetração deste material nas juntas dos blocos, por meio de vassourões
adequados.
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Logo após a conclusão do serviço de rejuntamento dos blocos, o pavimento será
devidamente compactado com a utilização de placa vibratória lisa. A compactação deverá
progredir dos bordos para o centro, paralelamente ao eixo da pista, de modo uniforme,
devendo cada passada atingir a metade da outra faixa compactada, até a completa
fixação do pavimento, isto é, até quando não se observar mais nenhuma movimentação
da base pela passagem da placa vibratória. Qualquer irregularidade ou depressão que
venha surgir durante a compactação, deverá ser prontamente corrigida, removendo e
recolocando os blocos utilizando as técnicas apresentadas anteriormente.
A compactação das partes inacessíveis aos rolos compactadores ou placas
vibratórias deverá ser efetuada por meio de soquetes mecânicas ou manuais adequados.
Observação: Onde teremos interrupção da pavimentação em pavers, esta deverá ser
travada com cordões que ficarão no mesmo nível da pavimentação.
Nos passeios deverão ser executada faixa tátil de 40cm de largura de acordo com a
NBR 9050.
5. Microdrenagem
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- determinação de passeios públicos.
- determinação das profundidades das redes públicas de água, esgoto, telefone e
energia.
A caixa coletora (boca-de-lobo) deverá ter dimensões internas de 0,80m x 0,80m
e terá na sua parte superior uma grelha com barras de aço ø 25mm soldados, apoiada
sobre uma cinta de concreto armado. As paredes laterais das caixas serão construídas de
tijolos maciços e apoiadas sobre uma laje de concreto aramado de Fck ≥ 15,00 Mpa com
espessura de 15,00cm. As paredes internas das caixas serão revestidas com chapiscos e
emboço de argamassa de cimento e areia, traço 1:3, desempenados e alisados na
espessura final de 2,00cm. As lajes de concreto, a serem executadas sob as paredes das
caixas serão assentadas sobre um colchão de areia e/ou pedra de 5,00cm de espessura.
Todos os dispositivos de drenagem estão projetados e detalhados, além dos
elementos necessários para a sua locação e execução.
Algumas bocas de lobo existentes executadas em local não compatível com o
projeto apresentado, deverão serem ajustadas sua altura e isoladas com laje de concreto
armado.
Q = C x I x A, onde:
Q = vazão, em L/s;
C = coeficiente de escoamento superficial, adimensional;
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I = intensidade de precipitações, em L/s.há
A = área da bacia, em há
Q = (A x Rh x I) , onde:
N
Q = vazão, em m³/s;
A = área molhada, em m²
I = declividade, em m/m
Rh = raio hidráulico, em m
N = coeficiente de Manning (no caso de tubos de concreto N =0,013)
5.4. Materiais
Qualidade: os materiais e peças deverão ser testados na fábrica e fornecidos
conforme exigências da ABNT.
Materiais para Canalização: serão utilizados nas redes pluviais tubos de diâmetro
nominais (internos) de acordo com projeto e com comprimento útil de 1,00m no mínimo.
Os tubos serão do tipo simples de seção circular, com ponta e bolsa, classe 02,
conforme ABNT. Todos os tubos deverão ser vibrados, isentos de rachaduras, trincos, ou
outros defeitos de fabricação. Seu transporte será executado com cautela, evitando que
ocorram danos a esses mesmos tubos.
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Deverá ser feito com material compatível e com o nível de compactação adequado.
Cuidados especiais deverão ser tomados com o reaterro inicial ao lado dos tubos, pois
normalmente o local é de difícil acesso, dificultando a compactação do solo.
O material do reaterro deverá ser lançado em camadas de no máximo 20cm, com
umidade próxima da ótima e compactado com equipamento manual do tipo “sapo
mecânico”, até uma altura mínima de 80cm sobre a geratriz superior do tubo, quando
poderá ser compactado com equipamento autopropelido.
Antes de iniciar a compactação mecânica do reaterro com equipamento de grande
porte, é importante verificar se o tubo foi dimensionado para aquela determinada
solicitação de carga.
Após a execução das caixas coletora (bocas-de-lobo) o espaço resultante entre as
paredes da caixa e o terreno escavado deverá ser preenchido com material argiloso e
compactado com os mesmos procedimentos do reaterro dos tubos. Este reaterro deverá
atingir a altura original do terreno.
6. Sinalização Viária
Os trechos a serem pavimentados serão sinalizados através de placas de
regulamentação e placas de indicação de logradouros.
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Obs.: As pinturas das faixas de travessia de pedestres deverão estar em
conformidade com o Manual de Sinalização Horizontal (Volume IV) do
CONTRAN/DENATRAN.
7. Considerações Finais
Todos os materiais e equipamentos a serem empregados deverão atender as
prescrições das Normas Brasileiras ABNT que lhes forem aplicáveis, devendo ser utilizados
materiais de alta qualidade e confiabilidade técnica.
7.1. Acabamento
Todas as etapas da obra deverão ser executadas com o máximo esmero e capricho,
devendo apresentar na conclusão dos mesmos, um padrão de acabamento condizente.
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8. Conclusão da Obra
A conclusão da obra se dará quando a Empresa construtora tiver realizado todos
os serviços indicados por este memorial, demais projetos e memoriais.
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Leonardo M. Menegaz
Eng.a Civil CREA RS 123177
______________________
Vilmar Merotto
Prefeito Municipal
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