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Como Fazer
Mel Hidromel
Artesanal Caseiro
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Sumário
Historia do Hidromel ...................................................................................................................... 4
Limpar, limpar e limpar.................................................................................................................. 5
Receita de Hidromel Fácil: JAOM ................................................................................................. 6
Receita Hidromel Clássico Seco .................................................................................................. 8
Receita de Hidromel Tradicional – Suave ................................................................................... 9
Receita hidromel tradicional meio-seco .................................................................................... 10
Receita Hidromel de Camomila e Baunilha ............................................................................... 12
Receita de Hidromel de Abóbora ................................................................................................ 14
Receita Sack hidromel de frutas vermelhas .............................................................................. 16
Receita Hidromel BOMM (Bray´s One Month Mead) ................................................................. 18
Receita Hidromel: Metheglyn Chai ............................................................................................. 20
Receita de Hidromel de Frutas Vermelhas ................................................................................ 22
Receita Hidromel Capsicumel – Chocolate com Pimenta ........................................................ 24
Receita de Hidromel de Limão com Aniz Estrelado .................................................................. 25
Receita Hidromel de Manga com Pimenta Habanero................................................................ 26
Melomel de Goiabada ou Hidromel Cascão? ............................................................................ 27
Receita SACK Hidromel para guarda! ........................................................................................ 29
Receita Hidromel Metheglyn de Menta....................................................................................... 31
Receita Hidromel de Rosas Rhodomel ...................................................................................... 32
Receita Hidromel Metheglyn Café, Chocolate e Baunilha ........................................................ 33
Receita de Hidromel de Chocolate ............................................................................................. 34
Receita Hidromel Bouchet com Amoras!................................................................................... 35
Receita Hidromel Bouchet .......................................................................................................... 36
Receita de Hidromel de Pera....................................................................................................... 37
Receita Hidromel de Framboesa ................................................................................................ 38
Receita Melomel Abacaxi e Coco ............................................................................................... 40
Receita de Melomel de Laranja ................................................................................................... 41
Receita Hidromel de Amora ........................................................................................................ 42
Hidromel Sangue Viking .............................................................................................................. 43
Ajustando a doçura do seu Néctar ............................................................................................. 44
Quando fazer a primeira trasfega? ............................................................................................. 46
Fermentação primária e secundária: Qual a diferença? .......................................................... 47
Como reidratar as leveduras....................................................................................................... 48
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Como preparar um starter de qualidade .................................................................................... 50
Problemas na fermentação – Perdi meu hidromel? .................................................................. 53
Remover CO2 do mosto? Sim sempre!...................................................................................... 54
Dicas para o primeiro hidromel! ................................................................................................. 56
Densímetro – Tabela de Correção .............................................................................................. 58
Qual água usar no hidromel? ..................................................................................................... 59
Reaproveitamento de Levedura: Como fazer? .......................................................................... 61
Temperatura vs Leveduras .......................................................................................................... 63
Criando um fermentador de temperatura controlada ............................................................... 64
Iodo como sanitizante ................................................................................................................. 67
Como usar clara de ovos para clarificar hidromel .................................................................... 68
Como usar Bentonita no Hidromel ............................................................................................. 69
Mel – Ferver ou não ferver? ........................................................................................................ 71
Minha fermentação parou! E agora? .......................................................................................... 73
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Historia do Hidromel
Olá a todos as pessoas que querem aprender mais sobre Hidromel!
Gostaria de falar para vocês sobre a historia do Hidromel. Para vocês terem uma idéiao vinho
está presente a cerca de seis mil anos na história da humanidade e tem uma função muito
importante na dieta e na parte socio-religiosa da humanidade desde então. O hidromel é muito,
mas muito mais antigo que isso. Mas vamos começar do começo.
As abelhas melíferas provavelmente se separaram dos seus pares não melíferos a cerca
de um milhão de anos atrás e desde então tem travado uma batalha épica contra os micro-
organismos responsáveis pela fermentação (as leveduras). Isso porque todo produto em forma
de néctar ou xarope com baixo conteúdo de açúcar pode experimentar a fermentação espontânia
por leveduras naturais (presentes no meio ambiente naturalmente). Isso, claro, não é bom para as
abelhas melíferas, pois a fermentação consome todo o açúcar que elas precisam para seu
metabolismo e ciclos de vida. Quando colhem o néctar as abelhas transformam, através de
enzimas contidas em seu estômago, as longas moléculas de Sucrose em cadeias menores de
Frutose e Glucose e aprenderam com o tempo que desitratar um pouco o mel e aumentar a
pressão osmótica sobre o mesmo o deixaria menos e menos sucessetível ao ataque das
leveduras naturais obtendo assim sem perigo o mel tão necessário a elas. Mas as leveduras
foram se adaptando com o tempo e começaram a se tornar resistentes a pressão osmótica e o
resultado disso é que essas leveduras sobreviventes e adaptadas são as que usamos hoje em
dia para produzir vinhos, cervejas e até mesmo o pão.
Vamos nos mover para entre 40000 e 20000 anos atrás para onde temos as primeiras
evidências do conhecimento do homem sobre o hidromel. Conforme os nômades da andavam
pela África e pelo mediterrâneo, portavam com eles abelhas melíferas, o mel e claro as leveduras
fortalecidas pelo tempo. Foram essas leveduas trazidas com as abelhas pelos nômades africanos
que cerca de 30000 anos depois realizaram as primeiras fermentações em uvas. Até que Louis
Paster em meados de 1800 descobriu a ação dos micro-organismos as abelhas foram as maiores
responsáveis pela bio-seleção das leveduras para fermentação de bebidas alcoolicas.
Então, a mais de 20000 anos atrás em uma África onde o tempo era extremamente
quente no verão e muito úmido nas estações de chuva. Comunidades de abelhas bem
estabelecidas e elefantes caminhando por todos os lados, exatamente como hoje, e as abelhas
começaram a fazer suas colmeias em troncos de Baobad e Miombo, árvores nativas, e, através
dos galhos quebrados pelos elefantes da região, entrava muita água nestes troncos na estação
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chuvosa. Então temos dentro destes troncos: Mel, água e fermentos selecionados e melhorados
através dos milênios – Voilá! Temos hidromel! Então podemos realmente imaginar os nativos
colhendo mel destes troncos e com ele hidromel, e com o tempo, aprendendo o processo, pois
obviamente sentiam a diferença de quando provavam mel puro e quando provavam hidromel. E
em suas sucessivas migrações levavam com eles não apenas as abelhas o mel o as leveduras,
mas principalmente o conhecimento de como eram feitas estas bebidas.
O hidromel sempre esteve presente nas histórias das nações e não obstante foi muito importante
em todas elas. Existem muitos registros de hidromel, inclusive receitas, entre os Romanos,
Gregos, Chineses, povos Nórdicos principalmente. E porque o Hidromel é tão mais associado aos
povos Nórdicos em geral? Simples, no norte da Europa o plantio de uvas viníferas, aquelas que
são ideais para vinho não encontraram um clima propício o que facilitou a continuidade e
evolução da história do hidromel. Existem inúmeros mosteiros por toda Europa que possuem
tradição secular em produção de Hidromeis. E graças aos monges mantivemos isso vivo até os
dias de hoje.
Outro fato que auxiliou muito a colocar o hidromel em segundo plano foram as viagens
de Marco Polo que trouxeram a novidade do açúcar de cana, imensamente mais barato que o mel
para uso como fonte de açúcar. Logo o mel caiu em desuso e passou a ser disponível em grande
parte para a realeza apenas.
Hoje o Hidromel vive um momento de ressurgimento, na Europa, onde ele nunca morreu de fato,
encontram-se cada vez maior variedade de produtos. Nos Estados Unidos existe até mesmo uma
competição nacional de produtos de Hidromel: The Mazer Cup. E já existe uma organização a
nível mundial que congrega os produtores e suas ideias para dar um rumo definitivo ao Hidromel,
chama-se: International Mead Associacion – IMA.
No Brasil ainda é uma bebida muito desconhecida, mas que está ganhando seu espeço pouco a
pouco. Recentemente tivemos o lançamento do primeiro hidromel comercial do Brasil e cresce de
forma muito rápida a produção artesanal do mesmo. Nós da Pompeia Hidromeis estamos
desejosos de poder mostrar a todos o quão delicioso pode ser essa maravilhosa bebida, como
diriam os nórdicos, dos Deuses.
Vamos ver. Primeiro o que eu devo limpar? A resposta é simples: Tudo o que vai entrar em
contado com o mosto (a mistura que vai se transformar em hidromel), baldes, colheres,
mangueiras, densímetro, termômetro, panelas, tampas, airlockers, borrachas de vedação, etc.
Tudo tem que ser maravilhosamente limpo, qualquer falha nisso traz chances enormos de que
alguma cultura bacteriana se instale em seu mosto e coloque todo o seu trabalho daquele
domingo de sol a perder.
Como limpar: Use uma esponja nova de preferência, um bom detergente, água quente (tão
quente quanto você consiga aguentar!) para esfregar, água mais quente ainda para enxaguar e
água fria para dar o toque final. Nota: Existe um sistema de limpeza americano chamado Three
Bucket System (sistema dos três baldes) que segue uma filosofia muito próxima do que disse
acima, vale se informar.
Comece removendo toda a sujeira que você pode ver e depois se preocupe com a
“esterilização” dos utensílios.
Um produto que pode ser muito valioso para isso é o cloro. Aquele mesmo que você usa na
limpeza do dia a dia na sua casa, que você usa para desinfetar os legumes. Ele é excelênte para
sanitização. Só tome extremo cuidado para enxaguar MUITO bem ou você pode acabar matando
suas leveduras também. Para usar, dilua uma colher de sopa em um litro de água quente e use
essa água para dar um pré-enxágue, depois de uns 30 minutos enxague bastante com água fria
para remover todo o cloro presente.
Existem também produtos específicos no mercado que são feitos especialmente para tratar
material usado para fermentação e produção de bebidas em geral. Vale a pena dar uma
pesquisada.
Cuidado com detalhes bobos como usar o densímetro para medir o mosto dentro do
fermentador e depois colocá-lo sobre a mesa que não foi sanitizada e depois colocá-lo no
fermentador de novo… detalhe, mas que pode arruinar uma leva. O ideal é sanitizar também a
pia, mesa, todo o local de trabalho, assim terá mais segurança para trabalhar e correrá menos
riscos.
Uma outra parte da sanitização é a do Mosto propriamente dito. O mel, ou as frutas
principalmente, que você adicionou ao seu mosto podem contem também seus contaminantes e
precisamos nos livrar deles. Para isso existem basicamente duas maneiras: Uma é ferver o mosto
(pasteurizar) e outra é adicionar algum composto químico para sanitização, o mais usado é o
Metabissulfito de Potássio – K2S2O5 (Sulfitos).
Ferver o mosto tem seus contras por fazer o mel perder grande parte de suas proteinas e
também alguns compostos responsáveis pelos aromas. Mas em contrapartida não acrescenta
nenhum químico ao seu mosto.
Usar sulfitos é seguro se nas medidas recomendadas (O Ministério da Agricultura estabelece
limites de uso) e ajuda sobremaneira a preservar a bebida mesmo depois de muito tempo na
garrafa, por outro lado existem pessoas que são alérgicas a sulfitos e nem sempre agrada aos
mais “puristas”. O fato é que todo vinho comercial no mundo leva sulfitos.
Pode-se ainda fazer excelentes hidromeis sem usar nenhum dos dois métodos de sanitização
de mosto acima descritos. Eu mesmo produzi quase todos os meus hidromeis sem esses
métodos e o resultado pode ser excelente se muito cuidado for tomado ao limpar utensílios e
matérias primas.
Esta receita é uma receita muito tradicional que se encontra em vários lugares na internet e
principalmente em sites em inglês. Aliás não sei se vocês sabem, mas fora do Brasil o hidromel é
uma bebida relativamente bem conhecida e existe uma grande variedade de receitas que são de
domínio público. Esta que trago para vocês é uma das mais indicadas para quem quer começar.
Hidromel JAOM (Joey Ancient Orange Mead) Antigo Hidromel de Laranjas do Joey
Ingredientes: (Receita para 10 litros)
-3,5 kgs de Mel
–Três laranjas grandes cortadas em 8
– Três pedaços de Canela em rama
– 6 ou 8 cravos – a gosto – não exagere neste ingrediente
– Duas mãos cheias de uvas passas
– 20 gr de fermento para pão
Consiga um galão de 10 litros e o encha com o todo o mel dissolvido em água e coloque junto os
outros ingredientes. Após colocar tudo junto, chacoalhe bem a mistura para oxigenar o meio para
dar mais força as leveduras no começo das atividades delas. Pegue o fermento e apenas coloque
dentro do mosto. Feche com um airlocker e siga atentamente as seguintes orientações:
Não mexa.
Não coloque nutrientes.
Não oxigene mais.
Não toque.
Não abra.
Ok, pode dar uma olhadinha de vez em quando.
Mas a regra para este hidromel é deixar que a natureza haja e que as leveduras façam o seu
trabalho do jeito que elas sabem fazer e ponto.
Você vai deixar este hidromel em descanso por cerca de 3 meses. Após este período
provavelmente até as laranjas já terão ir parado no fundo do fermentador e você vai poder
trasfegar tranquilamente. Como eu disse no começo do post é um hidromel bem simples, mas
muito bacana como primeira experiência. Boa sorte a todos e SAÚDE!
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Ingredientes:
6,35 kg de Mel
Preparo:
Com essa quantidade de mel e água você vai ter uma gravidade original a cerca de 1.080 a 1.090
o que vai finalizar com álcool por volume a cerca de 11% a 12,5%.
Coloque a água no fermentador, dissolva o mel por completo. Use o densímetro para tirar a
gravidade original e anote isso. Aqueça 50ml de água a cerca de 38 – 40°C e coloque o fermento,
aguarde 15 minutos e mexa bem. Coloque o fermento no mosto, certificando-se de que a
diferença de temperatura entre o fermento e o mosto não é maior do que 10°C. Se colocar o
fermento com essa diferença de temperatura você certamente vai atrapalhar a qualidade da
fermentação pelo choque térmico causado nas leveduras.
Peque uma pequena quantidade do mosto e adicione 2 gramas do nutrientes para leveduras e
retorne no fermentador. Oxigene seu mosto, mexendo vigorosamente, chacoalhando o
fermentador, enfim, da maneira que conseguir colocar oxigênio dentro do mosto. A oxigenação
pode ser repetida no segundo e terceiro dia de fermentação. Nestes próximos dois dias adicione
o restante do nutriente para leveduras também garantindo assim um início de fermentação
vigoroso e saudável.
Monitore a fermentação cuidadosamente. Assim que a fermentação der sinal de diminuir o ritmo
deve-se fazer a primeira trásfega para evitar que a quantidade enorme de leveduras existente
entrem em autólise e acabem com nosso maravilhoso hidromel.
Nos próximos dias ou semanas realize trasfegas sempre que houver borra acumulada no fundo
do fermentador. E faça as trasfegas usando sifonamento ou usando torneiras no fundo do
fermentador. Mas usando apenas a gravidade e sem incorporar oxigênio no hidromel, pois nessa
fase ocorrerá certamente oxidação e não queremos isso!!!
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Assim que o hidromel estiver completamente clarificado você pode engarrafar seu hidromel.
Recomendo que aguarde 6 meses pelo menos, o ideal seria 1 aninho, para depois apreciar seu
encantador hidromel clássico.
A um tempo atrás eu postei para vocês uma receita de Hidromel Tradicional que terminava seco.
Hoje vou apresentar uma que eu fiz em casa em 2012 e que é um Hidromel Tradicional Suave.
Fica bem interessante e pode ser servido em diversas ocasiões e é bem flexível quanto a
temperatura de serviço também.
Vamos a ela?
Ingredientes:
Sanitize todo seu equipamento. Se ainda não entendeu a importância de sanitizar corretamente
todo o equipamento
Misture o mel e a água. Aqueça o mel se desejar para facilitar na hora de dissolver na água. A
gravidade deve ficar em torno de 1.120, o que é uma gravidade relativamente alta para início de
fermentação, o que requer atenção em todos os passos.
Assim que misturar o mel e a água, mexa seu mosto vigorosamente para colocar oxigênio lá
dentro. Você irá repetir isso pelos próximos dois dias para que as leveduras tenham todo o
oxigênio que elas vão precisar para se multiplicar e garantir uma boa quantia de células para a
fermentação.
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Após oxigenar o mosto, prepare a levedura. A Lalvin 71b-1122 é um fermento que é vendido na
forma desidratada, portanto existem cuidados para reidratá-la. Após a levedura estar reidratada
coloque-a no mosto.
Adicione metade do nutriente para leveduras. Eu particularmente recomendo o nutriente da
Wyeast mas existem muitas outras no mercado que são de excelente qualidade. Um dos
componentes mais importantes que deve existir é o DAP (Diamonium Phosphate) que fornece
nitrogênio para o processo de fermentação. Vale a pena conferir se o nutriente que você comprou
contem o DAP.
Assim que a fermentação primária der sinais de ter terminado faça a primeira trásfega. Não
espere demais para realisar as trafegas ou corre o risco de ocorrer autólise. Após, proceda com
as demais trasfegas até o mosto estar clarificado e pronto para engarrafar. Você pode usar algum
agente clarificante para limpar seu hidromel mais rapidamente, se desejar. Eu já usei e gosto da
bentonia enológica para este fim.
Engarrafe e aproveite.
Relembrando que esta é uma receita que eu fiz em 2012 e ficou muito bacana. Hoje já não existe
mais nenhuma garrafa desta leva. Estou me programando para fazer outra igual muito em breve.
Para esta receita eu vou usar apenas um dos métodos que exibi no post acima citado, mas você
pode usar quaisquer das técnicas descritas de acordo com a sua preferência.
Mas antes de tudo vamos falar um pouquinho novamente sobre o hidromel tradicional.
Certamente antes de surgirem os inúmeros estilos de hidroméis que conhecemos hoje o que era
produzido para todos era o atualmente conhecido Show Mead ou Hidromel Tradicional, que nada
mais é que o hidromel sem nenhum outro ingredientes adicionado, apenas mel, água e fermento.
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Como eu já disse no blog anteriormente, esse tipo de hidromel é sempre uma excelente
oportunidade para refinarmos a nossa competência como produtores de hidromel artesanal pois
nesse tipo de hidromel não há nenhum ingrediente para mascarar possíveis erros na produção, é
a expressão mais pura do hidromel.
Inclusive posso dizer que as maiores competições sobre hidromel no mundo começaram,
geralmente com esta categoria de hidromel, depois se abrindo para as demais.
Mas voltando à receita: Porque produzir meu hidromel Meio-Seco? Porque pode ser uma
excelente alternativa para agradar a todos os paladares de um evento com bastante pessoas as
quais você não conhece as preferências, ou simplesmente porque você não gosta do seco
porque acha rascante ou do doce por achar enjoativo! O hidromel meio-seco pode acabar
servindo com um grande coringa em um caso de necessidade!
A ideia aqui é que a levedura consuma os açúcares fermentáveis até que atinja a sua tolerância,
que para a cepa utilizada aqui é de 14% de álcool e depois disso morra deixando o açúcar
restante suficiente para tornar o hidromel meio-seco. Explicando melhor, para atingir 14% de
álcool precisamos de um mosto com 1.005, mas montamos o mosto com 1.010 assim sobrariam
naturalmente 0.005 de gravidade que é suficiente para deixar o hidromel levemente adocicado.
Ingredientes:
Preparo
Aqueça o mel, mas evite deixar que a temperatura do mesmo ultrapasse os 60°C. Coloque o mel
e a água no fermentador que você sanitizou perfeitamente antes de usar, e mexa até dissolver
completamente o mel.
Mexa vigorosamente seu mosto para que consiga colocar o máximo de oxigênio possível,
ajudando assim nossas amigas leveduras.
Adicione metade do nutriente para as leveduras. Lacre seu fermentados da melhor maneira
possível. Deixando apenas o airlock como escape do CO2 gerado pela fermentação.
Abra o fermentador nos dois primeiros dias após o o início do processo e oxigene novamente o
mosto, sempre sanitizando muito bem tudo o que vai entrar em contato com o mosto, e lacre
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muito bem o fermentador após cada processo. Quando completar 10 dias coloque o restante do
nutriente.
Após o final da fermentação primária realize a primeira trasfega após isso proceda com as demais
trasfegas até que esteja totalmente clarificado e pronto para ir para a garrafa.
Este hidromel deve ter seu mel escolhido com cuidado para que o mesmo não seja
excessivamente aromático e esse aroma acabe passando por cima dos ingredientes. Então
pesquise bem e escolha seu mel com cuidado.
Vou passar a receita para fazer este hidromel meio seco, mas ele fica bem legal seco também.
Quando comprar sua baunilha, escolha bem e faça de tudo para evitar extratos (a não ser que
você mesmo tenha feito) e dê total preferência para usar bagas que não estejam ressecadas, pois
estas já perderam parte do óleo essencial. A mesma coisa para a camomila. Lembre-se se usar
um ingrediente qualquer seu hidromel será um hidromel qualquer, logo, procure bons
ingredientes.
Selecionei a levedura Redstar Montrachet pois a mesma tem tolerância de 13% abv. Logo com
quantia de mel usada ele morrerá antes de fermentar todos esse mel, deixando assim o hidromel
naturalmente adocicado.
3 xícaras de camomila
Preparo:
Se o mel estiver cristalizado aqueça em banho maria, mas evite deixar que a temperatura do
mesmo ultrapasse os 50°C.
Aqueça metade da água até a mesma entrar em fervura. Assim que ferver apague o fogo e
adicione a camomila. Tampe a pane e aguarde 10 minutos. Retire a camomila depois dos 10
minutos.
Coloque o mel e a água (tanto a quente como a fria) no fermentador (que você sanitizou
perfeitamente antes de usar), adicione mel até atingir a gravidade de 1.115, e mexa até dissolver
completamente o mel. Se quiser sanitizar o seu mel usando a temperatura apenas mantenha o
mel a 60°C por 20 minutos, apesar de que não acho necessário.
Mexa bastante seu mosto para colocar o máximo de oxigênio possível ou use uma bomba de
aquário com pedra difusora, ou oxigênio hospitalar puro (o melhor para oxigenar).
Reidrate as leveduras . Após esse processo coloque a levedura no mosto quando a diferença de
temperatura entre eles não for maior que 10ºC.
Siga o procedimento de remover o CO2. E oxigene o mosto diariamente pelos primeiros 5 dias.
Depois faça oxigenações a cada 2 dias até a densidade do seu hidromel ter baixado 75%. Depois
não precisa mais oxigenar ou remover o CO2.
Retire provas constantes para controlar seu hidromel: verifique aromas, sabores, densidade…
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No segundo dia adicione mais 2 gramas de nutrientes. Quando seu hidromel chegar a 50% da
atenuação adicione outros 2 gramas de nutrientes. Quando chegar a 75% adicione os 2 gramas
restantes.
Após o final da fermentação realize a primeira trasfega tomando cuidado para passar o mínimo
possível de sujeira para o outro fermentador, então proceda com as demais trasfegas até que
esteja totalmente clarificado e pronto para ir para a garrafa.
3 gr de sementes de cardamomo
3 gr de pimenta da jamaica
Preparo:
Utilize apenas a poupa da abóbora, eu coloquei no forno a 200ºC por cerca de 1 hora, depois
esmaguei com as mãos para criar um purê bem grosseiro. Eu utilizei a abóbora de pescoço
(Paulista) para esse hidromel, por ser ao meu entendimento, mais adequada.
Moa a pimenta da jamaica e o cardamomo com um pilão de modo a quebrar todas as sementes.
Coloque estes ingredientes dentro de um saco feito com Voil (pano de cortina) se quiser facilitar a
limpeza e clarificação do seu mosto.
Se o mel estiver cristalizado aqueça em banho maria, mas evite deixar que a temperatura do
mesmo ultrapasse os 60°C. Coloque o mel e a água no fermentador (que você sanitizou
perfeitamente antes de usar), até atingir a gravidade de 1.093, e mexa até dissolver
completamente o mel. Se quiser sanitizar o seu mel usando a temperatura apenas mantenha o
mel a 60°C por 20 minutos, apesar de que não acho necessário.
Mexa bastante seu mosto para colocar o máximo de oxigênio possível ou use uma bomba de
aquário com pedra difusora, ou oxigênio hospitalar puro (o melhor para oxigenar).
Reidrate as leveduras. Após esse processo coloque a levedura no mosto quando a diferença de
temperatura entre eles não for maior que 10ºC.
Siga o procedimento de remover o CO2 E oxigene o mosto diariamente pelos primeiros 5 dias.
Depois faça oxigenações a cada 2 dias até a densidade do seu hidromel ter baixado 75%. Depois
não precisa mais oxigenar ou remover o CO2.
Retire provas constantes para controlar seu hidromel: verifique aromas, sabores, densidade…
Quando seu hidromel chegar a 50% da atenuação adicione outros 2 gr de nutrientes. Quando
chegar a 75% adicione os 2 gr restantes.
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Após o final da fermentação realize a primeira trasfega tomando cuidado para passar o mínimo
possível de sujeira para o outro fermentador, então proceda com as demais trasfegas até que
esteja totalmente clarificado e pronto para ir para a garrafa.
Se decidir mudar alguns dos ingredientes apenas tome cuidado com o gengibre que tende a dar
uma nota muito adstringente em grandes quantidades.
Então como produzir um Sack sem que tenhamos problemas com as leveduras?
O primeiro passo é escolher uma cepa de levedura que tenha alta tolerância ao álcool. Para isso
temos algumas que são facilmente encontradas: Lalvin EC-1118, Lalvin K1V-1116, Redstar
Pasteur Champagne (até uns 16%).
Outra coisa importante é controlar a gravidade original do seu mosto. Não é porque você vai fazer
um Sack que você vai inocular leveduras em um mosto com 1.150… isso vai, muito
provavelmente, causar um choque osmótico na levedura e ela vai entrar em dormência. O que
você vai querer fazer é iniciar com uma gravidade mais baixa (ex: 1.100 para ter um valor alto
mas ainda tolerável) e depois de consumido parte dos açúcares você faz um backsweetening
para aumentar novamente a gravidade. Ex:
Gravidade depois de 10 dias: 1.050 – aqui você adiciona mel novamente para que volte a 1.100
Com o exemplo acima teríamos uma gravidade total original de 1.160 e se considerarmos deixar
uma gravidade final de 1.010 então teríamos um sack hidromel com 18,3% ABV ((1.150 –
1.010)*131).
Fazendo desta maneira você não corre o risco de estressar as leveduras por excesso de açúcar
no mosto. Quando fazemos um Sack também é importante considerarmos deixar algum açúcar
residual para balancear o volume de álcool, “amaciando” a sensação de boca do mesmo.
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Mel suficiente para levar a gravidade do seu mosto a 1.150 (Colocados em duas etapas)
3 kg de amora
3 kg de morango
1 kg mirtillo
1 kg de framboesa
Preparo:
DEPOIS que seu mosto tiver fermentado até chegar a 1.050 você adiciona mais mel até a
gravidade subir novamente para 1.100.Aqueça o mel, mas evite deixar que a temperatura do
mesmo ultrapasse os 60°C. Coloque o mel e a água no fermentador até atingir a gravidade de
1.100, que você sanitizou perfeitamente antes de usar, e mexa até dissolver completamente o
mel. Se quiser sanitizar o seu mel usando a temperatura apenas mantenha o mel a 60°C por 20
minutos.
Mexa bastante seu mosto para colocar o máximo de oxigênio possível ou use uma bomba de
aquário com pedra difusora, ou oxigênio hospitalar puro (o melhor para oxigenar).
Um truque é aquecer o mirtilo por um tempo na água (não ferva, vá a uns 60ºC por uma meia
hora) e depois usa essa água com a fruta e tudo no mosto. Isso ajuda a extrair cor do mesmo.
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Reidrate as leveduras . Após esse processo coloque a levedura no mosto quando a diferença de
temperatura entre eles não for maior que 10ºC.
Quando a densidade chegar a 1.075 coloque mais dois gramas do seu nutriente.
Quando a densidade chegar a 1.050 é a hora de adicionar mais mel, até que densidade atinja
novamente. Cuidado com a sanitização do seu equipamento e mosto! Quando fizer a
segunda adição de mel no mosto coloque mais dois gramas do nutriente.
Quando a densidade chegar a 1.075 (sim novamente porque você adicionou mais mel,
lembra?) coloque mais dois gramas do seu nutriente.
Após o final da fermentação realize a primeira trasfega e adicione a baunilha (opcional), então
proceda com as demais trasfegas até que esteja totalmente clarificado e pronto para ir para a
garrafa.
Tem gente que gosta de congelar e descongelar as frutas repetidamente pois acredita-se que
assim a fruta liberaria mais aromas e sabores. Eu particularmente não sei se funciona.
Sugestão: Após colocar a baunilha prove regularmente para que o sabor da mesma não fique
exagerado.
O grande diferencial para este hidromel é que ele usa uma levedura normalmente utilizada na
produção de cervejas o Wyeast 1388 Belgian Strong Ale Yeast. Ele é um fermento que nessa
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receita tem o comportamento de uma besta faminta depois de hibernar. Vai devorar praticamente
todo o açúcar presente no mosto sem dó nem piedade. E no final de apenas um mês você já tem
seu hidromel pronto para beber! Isso mesmo! Por mais que a regra peça tempo para o hidromel
esse cara aqui desafia essa lógica, e segundo relatos fica extremamente macio em um mês!
O cara que postou a receita na internet disse ter feito o mesmo testo com diversos tipos de
leveduras e o que produziu o melhor resultado no melhor tempo foi a Wyeast 1388 Belgian Strong
Ale Yeast. Então vamos tentar conseguir sempre essa criança aqui pessoal, na falta dela outra
que chegue o mais próximo possível né?
Prepare um starter com a levedura Wyeast 1388 Belgian Strong Ale Yeast antecipadamente
usando ao invés de extrato de malte uma pequena quantidade de mel (150 ml) em 1 1/2 de água
fervida previamente.
Coloque uma pequena quantidade de Go Ferm (uma pitada) se você tiver em mãos.
Se tiver um stir plate deixe por dois ou três dias antes de preparar o mosto.
Dissolva o mel na água até atingir 1.096 aproximadamente. Mexe muito bem para deixar o mel
completamente dissolvido! Isso é sempre muito importante!
Adicione o Nutriente com DAP em três etapas: Uma parte de 3gr na montagem do mosto, outra
de 2gr depois da levedura consumir 1/3 do nutriente e outra de 2gr depois de consumir mais 1/3.
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Monitore constantemente a Massa Específica do seu mosto para saber quando realizar as
adições de nutrientes. Retire a amostra para a medição com o densímetro e depois descarte a
amostra (ou beba!), nada de devolver a amostra no fermentador para gerar contaminação ou de
colocar o densímetro dentro do fermentador…
Vede bem o fermentador e aguarde cerca de 25 dias para ter seu hidromel fermentado e seja
feliz!
Outra coisa interessante sobre essa receita é que o autor dá duas opções de leveduras e com o
uso de uma deles ele pede para deixar o hidromel sobre as borras pós fermentação por cerca de
30 dias! Isso normalmente causaria autólise de leveduras no nosso hidromel, mas para essa
receita ele diz que funciona.
Nessa receita também é feito o uso de blend ácido para regular a acidez final do seu hidromel. E
a combinação de ingredientes que é bem exótica como você vai ver abaixo:
10 Cravos
8 gramas de nutrientes
Levedura Lalvin D-47: Apenas use esta levedura se você tiver como manter a temperatura
de fermentação abaixo dos 20ºC durante todo o processo. Se optar pela D-47 também
deve deixar o hidromel sobre as borras por cerca de 30 dias ao final da fermentação.
Preparo
Aqueça o mel, mas evite deixar que a temperatura do mesmo ultrapasse os 60°C. Se quiser
mantenha nessa faixa de temperatura por 20 minutos, isso vai ter um efeito de pasteurização no
seu mel, o que eu acho desnecessário. Coloque o mel e a água no fermentador que você
sanitizou perfeitamente antes de usar, e mexa até dissolver completamente o mel.
Mexa bastante seu mosto para colocar o máximo de oxigênio possível ou use uma bomba de
aquário com pedra difusora, ou oxigênio hospitalar puro (o melhor para oxigenar!).
Reidrate as leveduras . Após esse processo coloque a levedura no mosto quando a diferença de
temperatura entre eles não for maior que 10ºC.
Após o final da fermentação primária realize a primeira trasfega. Proceda com as demais
trasfegas até que esteja totalmente clarificado e pronto para ir para a garrafa. Prove de tempo em
tempo o seu hidromel para testar a intensidade dos temperos se em algum momento notar que
um deles ou mesmo todos estão ficando potentes demais no seu metheglyn: remova do mosto!
Antes de engarrafar, prove seu hidromel e veja se existe necessidade de adicionar ou não o blend
ácido. Se o hidromel estiver meio que empapuçando a sua boca/língua então um pouco de acidez
pode ser bem vinda. O ideal é sempre que a acidez seja suficiente para dar uma leve limpada da
sua boca fazendo com que ela esteja pronta para mais uma taça na sequência.
A maneira de regular a acidez é ir colocando uma colher de blend ácido por vez e provar. Repita
isso com calma até ter alcançado a acidez ideal. Lembre-se: sempre se pode colocar mais ácido,
tirar é mais difícil.
Estou falando do meu Melomel Nefertari, ele é composto de 4 frutas: Mirtillo, Amora, Morango e
Framboesa e cada uma delas contribui para uma característica diferente na composição e o
resultado final fica muito harmonioso e com boa potência. Cor linda e melhora muito com o
tempo.
Gostei tanto do que provei essa semana que resolvi colocar mais uma leva para fermentar com
uma receita levemente modificada, a que vou passar para vocês é a receita original como ainda
não sei se esta vai dar certo com as novas modificações.
Mel suficiente para levar a gravidade do seu mosto a 1.080 (ou 19.3 BRIX caso use
refratômetro)
2 kg de amora
2 kg de morango
1 kg mirtillo
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1/2 kg de framboesa
Preparo
Aqueça o mel, mas evite deixar que a temperatura do mesmo ultrapasse os 60°C. Coloque o mel
e a água no fermentador que você sanitizou perfeitamente antes de usar), e mexa até dissolver
completamente o mel. Se quiser sanitizar o seu mel usando a temperatura apenas mantenha o
mel a 60°C por 20 minutos.
Mexa bastante seu mosto para colocar o máximo de oxigênio possível ou use uma bomba de
aquário com pedra difusora, ou oxigênio hospitalar puro (o melhor para oxigenar). Nessa primeira
fase (fermentação primária) vamos adicionar apenas o mirtillo já que é mais difícil tirar cor e
aroma dele. Um truque é aquecer o mirtilo por um tempo na água (não ferva, vá a uns 60ºC por
uma meia hora) e depois usa essa água com a fruta e tudo no mosto.
Reidrate as leveduras. Após esse processo coloque a levedura no mosto quando a diferença de
temperatura entre eles não for maior que 10ºC.
Após o final da fermentação primária realize a primeira trasfega e adicione a baunilha (opcional) e
as frutas restantes, então proceda com as demais trasfegas até que esteja totalmente clarificado
e pronto para ir para a garrafa.
Tem gente que gosta de congelar e descongelar as frutas repetidamente pois acredita-se que
assim a fruta liberaria mais aromas e sabores. Eu particularmente não sei se funciona.
Sugestão: Após colocar a baunilha prove regularmente para que o sabor da mesma não fique
exagarado.
Você pode optar por uma imensa variedade de chocolates ou cacau em pó com diferentes níveis
de pureza. Algumas pessoas diriam para procurar chocolate belga para a sua receita ter o melhor
eu diria para procurar o que mais te agrada.
Sobre as pimentas, temos pimentas que são mais saborosas do que ardidas e outras que são
verdadeiras labaredas encapsuladas: Exemplos das saborosas: Jalapeño, dedo de moça,
malagueta (e também é forte), Chipotle (jalapeño defumada). Exemplos das fortes: Habanero,
Chili, Bhut Jolokia, Red Savina entre outras.
O Mel. Eu recomendaria um mel com mais personalidade, mas nada de delicadezas aqui. Eu iria
para um silvestre bem intenso.
Ingredientes
300 gramas do seu chocolate preferido (eu usaria Cacau puro em pó)
Preparo
Aqueça o mel, mas evite deixar que a temperatura do mesmo ultrapasse os 60°C. Coloque o mel
e a água no fermentador que você sanitizou perfeitamente antes de usar, e mexa até dissolver
completamente o mel. Se quiser sanitizar o seu mel usando a temperatura apenas mantenha o
mel a 60°C por 20 minutos.
Mexa vigorosamente seu mosto para que consiga colocar o máximo de oxigênio possível,
ajudando assim nossas amigas leveduras. Ou use uma bomba de aquário com pedra difusora, ou
oxigênio hospitalar puro.
Adicione metade do nutriente para as leveduras. Lacre seu fermentados da melhor maneira
possível
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Após o final da fermentação primária realize a primeira trasfega e adicione a baunilha e deixe
curtir por pelo menos 10 dias, então proceda com as demais trasfegas até que esteja totalmente
clarificado e pronto para ir para a garrafa.
Sugestão: Após colocar a baunilha prove regularmente para que o sabor da mesma não fique
exagarado.
Essa receita tem características muito leves e deve ficar um espetáculo (um petáculo, com diz um
amigo) se servido bem geladinho (não congelando!), o aniz estrelado mais o limão e a leveza do
mel de flor de laranjeira devem deixar esse hidromel uma coisa!!!
O limão aqui vai dar uma acidez extra que vai deixar esse hidromel com aquele apelo refrescante,
e o aniz vai dar profundidade de aroma e apesar da receita ter um alto potencial alcoólico ela vai
ficar leve ao paladar.
2 ½ pau de canela
4 cravos
Preparo:
Aqueça o mel, mas evite deixar que a temperatura do mesmo ultrapasse os 60°C. Coloque o mel
e a água no fermentador que você sanitizou, e mexa até dissolver completamente o mel. Se
quiser sanitizar o seu mel usando a temperatura apenas mantenha o mel a 60°C por 20 minutos.
Mexa vigorosamente seu mosto para que consiga colocar o máximo de oxigênio possível,
ajudando assim nossas amigas leveduras. Ou use uma bomba de aquário com pedra difusora, ou
oxigênio hospitalar.
Coloque o limão, o aniz estrelado, a pimenta do reino, a canela no mosto, mas lave muito bem
todos eles primeiro!
Adicione metade do nutriente para as leveduras. Lacre seu fermentados da melhor maneira
possível
Após o final da fermentação primária realize a primeira trasfega e adicione a baunilha e deixe
curtir por pelo menos 10 dias, então proceda com as demais trasfegas até que esteja totalmente
clarificado e pronto para ir para a garrafa.
Sugestão: Após colocar a baunilha prove regularmente para que o sabor da mesma não fique
exagarado.
Se você é leitor aqui do Brasil, nós não temos uma variedade tão grande de méis a nossa
disposição mas temos um que é muito famoso e que poderia pegar carona com o uso do limão e
entrar com mais aroma para a composição.
Pessoal, acredito mesmo que explorar a mistura de frutas tropicais com outros tipos de sabores,
principalmente pimentas e especiarias é muito produtivo para os hidroméis e dessas misturas que
podem, a primeira vista, parecer estranhas e sem sentido, pode ser que saia algo muito
surpreendente.
1 manga fatiada
1 limão
1 pimenta Habanero
Preparo:
Aqueça o mel, mas evite deixar que a temperatura do mesmo ultrapasse os 60°C. Coloque o mel
e a água no fermentador que você sanitizou, e mexa até dissolver completamente o mel.
Coloque as fatias de manga, a pimenta Habanero cortada em quatro, cuidado ao trabalhar com
esta pimenta, use luvas e se possível óculos, e desejável mascara, pois essa pimenta é forte de
verdade. Coloque o limão cortado em oito, mas antes retire a parte do meio do limão pois a
mesma amarga a bebida.
Mexa vigorosamente seu mosto para que consiga colocar o máximo de oxigênio possível,
ajudando assim nossas amigas leveduras. Se tiver um cilindro de oxigênio hospitalar use-o, pois
é o melhor meio de oxigenar o mosto. Também é possível usar um bomba de aquário com pedra
difusora. Sanitize bem tudo isso!
Adicione 3 gramas do nutriente para as leveduras. Lacre seu fermentados da melhor maneira
possível
Abra o fermentador nos dois primeiros dias após o o início do processo e oxigene novamente o
mosto, sempre sanitizando muito bem tudo o que vai entrar em contato com o mosto, e lacre
muito bem o fermentador após cada processo. Quando completar 10 dias coloque o restante do
nutriente.
Após o final da fermentação primária realize as trasfegas até que esteja totalmente clarificado e
pronto para ir para a garrafa.
de geleia dessa fruta. O que quero dizer é que não seria simplesmente incrível se nós
conseguíssemos trazer esse aroma complexo e intenso para dentro do nosso néctar?
Outro linha de pensamento para uso desta fruta na produção de hidromeis seria o uso dessa fruta
em grande quantidade para produzir um hidromel intenso e muito corpulento para guarda, ao
estilo Sack Hidromel! Pensem nisso!
Pois bem, antes de falarmos da receita, que também entrou para minha lista de “fermentar em
breve”, vamos dar uma rápida olhada na nova matéria prima:
A Goiaba
Super conhecida dos brasileiros o fruto da goiabeira é a matéria prima da deliciosa goiabada
mineira e é presente em praticamente todo o país e costuma não gostar muito de lugares onde há
vento frio. Existem duas variedades de goiaba que comumente encontramos no mercado que são
a goiaba branca e a vermelha. A branca, de casca esverdeada e interior amarelo-esverdeado
pálido, e a vermelha, de casca amarelada e interior rosado/avermelhado. Além de saborosa e
aromática ela também é rica em vitaminas (principalmente A, B1, C, cálcio, fósforo e ferro).
Apesar de ter uma aparência rústica a goiaba é uma fruta delicada e após ser colhida deve ser
armazenada de preferência dentro da geladeira para durar por mais tempo. Um incidente comum
é encontrar larvinhas conhecidas popularmente como bixo-de-goiaba, que é na verdade a larva
da mosca da fruta, que deposita seus ovos na casca da goiaba.
O Brasil é o maior produtor mundial de goiaba de polpa vermelha e produz tanto para a indústria
como para consumo in natura.
Conhecimentos sobre goiaba atualizado agora vamos a frente e dar uma olhada na receita que
eu criei e que vai para o fermentador muito em breve.
Ingredientes:
3,1 kg de mel – para este hidromel o mel deve ser mais leve, tente um mel de laranjeira ou
parecido, fuja dos intensos.
Preparo:
Sendo bem genérico: Com essa quantidade de mel e água você vai ter uma gravidade original a
cerca de 1.080 a 1.090 o que vai finalizar com álcool por volume a cerca de 11% a 12,5%.
Adicione 1 grama do nutriente para as leveduras. Lacre seu fermentados da melhor maneira
possível. Abra o fermentador nos dois primeiros dois dias após o o início do processo e oxigene
novamente o mosto, sempre sanitizando muito bem tudo o que vai entrar em contato com o
mosto, e lacre muito bem o fermentador após cada processo.
Após o final da fermentação primária realize a primeira trasfega e retire todos as frutas e adicione
agora a baga de baunilha aberta no sentido do comprimento para extrair melhor o aroma. Após
adicionar a baunilha prove frequentemente para que a baunilha não fique mais forte do que o
desejado, quando achar que está no ponto remova a baga de baunilha!
Siga com as trasfegas até que esteja totalmente clarificado e pronto para ir para a garrafa. Talvez
seja uma boa ideia pensar em um agente clarificante para usar com esse hidromel, pois acredito
que a goiaba vai gerar uma sujeirinha considerável!
Mas antes de começar a falar sobre a receita vamos relembrar o que é sack hidromel. Sack
hidromel é um hidromel com alto teor alcóolico ao mesmo estilo do que é o vinho do porto. Mas
não é simplesmente pegar um hidromel e ir elevando o álcool dele até chegar aos seus 18-20%,
você tem que ter um corpo que acompanhe tudo isso para poder manter um equilíbrio saudável.
Desafios
Para produzir um bom sack hidromel temos que superar alguns desafios: Primeiro é a questão de
como chegar ao volume de álcool desejado. De cara não é qualquer levedura que alcança
alguma coisa acima de 15%, outra é que iniciamos com um mosto de gravidade original muito
pesada (acima de 1.150) a levedura pode simplesmente não iniciar a fermentação e voltar ao
estado de dormência.
Outra coisa é conseguir um corpo que faça frente a essa quantidade de álcool. Precisamos
planejar bem e complementar o mel com adjuntos (frutas, especiarias, etc…) que atinjam um alto
grau de potência aromática e gerem um bom corpo.
Para o primeiro problema devemos escolher bem a cepa de levedura a usar e nesse ponto, na
realidade, não nos sobram muitas alternativas pois são muito poucas as leveduras que
conseguem gerar tanto álcool sem morrer. Ficamos restritos à Lalvin K1V-1116 e Lalvin EC-1118,
talvez tenhamos como usar a RedStar Pasteur Red, porém com ela corremos o risco de ficarmos
presos aos 16%. Para o problema do mosto de alta gravidade podemos dividir a adição do mel no
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mosto, ou seja, fazer um mosto de gravidade mais baixa para começar (cerca de 1.100, por
exemplo) e depois que já tiver atenuado uma boa quantidade então você adiciona o restante do
mel até atingir a gravidade de 1.100 novamente então terá um mosto onde usou mel para gerar
uma gravidade total de 1.150 (1.100 – 1.050, você converteu .050 em álcool e voltou a repor mais
.050) porém colocado em partes!
Já a questão do corpo você vai ter que adicionar ingredientes para complementar a potência
necessária. Aí, nesse caso, entra a sua criatividade.
Agora que já falamos um pouco mais sobre o sack hidromel vamos a receita que eu planejei.
Vale também dizer que a ideia deste hidromel é chegar aos 18% com doçura residual. Ou seja
forte, encorpado e com um toque de doçura. Isso tudo deve dar a este hidromel um grande
potencial de guarda.
Ingredientes:
Mel Silvestre de Excelente qualidade suficiente para atingir a gravidade de 1.150 / cerca de
7,700kg
3 kg de morangos
1 kg de mirtillos
3 kg de amora preta
Preparo
Aqueça o mel, mas evite deixar que a temperatura do mesmo ultrapasse os 60°C. Coloque o mel
no fermentador que você, e mexa até dissolver completamente o mel.
Mexa vigorosamente seu mosto para que consiga colocar o máximo de oxigênio possível,
ajudando assim nossas amigas leveduras, bata, chacoalhe, use bombinha de aquário ou se
possível oxigênio puro (cilindro).
Adicione 2 gramas do nutriente para as leveduras. Lacre seu fermentados da melhor maneira
possível
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Abra o fermentador nos dois primeiros dois dias após o o início do processo e oxigene novamente
o mosto, sempre sanitizando muito bem tudo o que vai entrar em contato com o mosto, e lacre
muito bem o fermentador após cada processo. Quando completar 10 dias coloque mais 1 grama
de nutriente.
Se ao final de 10 dias a gravidade já tiver atenuado para 1.050 adicione mais mel para fazê-la
chegar novamente a 1.100 totalizando assim um mosto com 1.150. Nesse momento é hora de
colocar todos os demais ingredientes também, frutas, especiarias e o restante do nutriente. Se
desejar prove frequentemente a partir de agora para que nenhum ingrediente passe da
intensidade que você deseja.
Após o final da fermentação primária realize a primeira trasfega e retire todos as frutas e
especiarias e siga com as trasfegas até que esteja totalmente clarificado e pronto para ir para a
garrafa. Este hidromel DEVERIA ser quardado por ao menos 1 ano antes de beber.
Primeiro vamos falar um pouco da menta: As mentas são plantas herbáceas vivazes,
compreendendo numerosas espécies, das quais muitas são cultivadas em função de suas
propriedades aromáticas, condimentares, ornamentais ou medicinais. Em suas propriedades
medicinais, é usada como anti-séptico, aromática, digestivo, estomáquica e expectorante. Menta
e hortelã são nomes populares usados para designar espécies que pertencem a um mesmo
gênero, chamado Mentha. Parte da confusão também se deve ao fato de os nomes populares
variarem de região para região. Enquanto no sul do Brasil a maioria das espécies é chamada de
menta, no interior de São Paulo e no Nordeste é mais comum usar hortelã para designar qualquer
uma delas.
Falado sobre o nosso principal adjunto de hoje para nosso hidromel, vamos a receita para um
hidromel bem diferente e refrescante.
Antes disso, outra coisa interessante desta receita é que usaremos uma levedura que não
tínhamos usado até então a Safbrew T-58. Usaremos esta levedura pela capacidade que ela tem
para realçar muito os aromas.
Ingredientes:
Preparo:
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Aqueça o mel, mas evite deixar que a temperatura do mesmo ultrapasse os 60°C. Coloque o mel
e a água no fermentador que você sanitizou e mexa até dissolver completamente o mel.
Pegue as folhas de menta e triture no liquidificador até obter um purê. Adicione ao mosto.
Mexa vigorosamente seu mosto para que consiga colocar o máximo de oxigênio possível,
ajudando assim nossas amigas leveduras.
Adicione metade do nutriente para as leveduras. Lacre seu fermentados da melhor maneira
possível
Abra o fermentador nos dois primeiros dias após o o início do processo e oxigene novamente o
mosto, sempre sanitizando muito bem tudo o que vai entrar em contato com o mosto, e lacre
muito bem o fermentador após cada processo. Quando completar 10 dias coloque o restante do
nutriente.
Após o final da fermentação primária realize a primeira trasfega e adicione mais 200 gramas de
folhas de menta frescas e deixe curtir por pelo menos 10 dias, então proceda com as demais
trasfegas até que esteja totalmente clarificado e pronto para ir para a garrafa.
Por ser um hidromel delicado tanto no aroma quanto no sabor, devemos primeiramente escolher
um mel que se adeque a esse estilo de receita. Não adianta nesse caso escolher o mais intenso
mel que encontrar na sua frente. Simplesmente não vai fazer um grande par com o aroma
delicado das rosas.
Ingredientes:
5,9 Kg de mel de excelente qualidade (ou o suficiente para montar um mosto com 1.080 de
Gravidade Inicial).
Preparo:
Aqueça o mel, mas evite deixar que a temperatura do mesmo ultrapasse os 60°C. Coloque o mel
e a água no fermentador que você sanitizou, e mexa até dissolver completamente o mel.
Mexa vigorosamente seu mosto para que consiga colocar o máximo de oxigênio possível,
ajudando assim nossas amigas leveduras.
Adicione metade do nutriente para as leveduras. Lacre seu fermentados da melhor maneira
possível
Abra o fermentador nos dois primeiros dias após o o início do processo e oxigene novamente o
mosto, sempre sanitizando muito bem tudo o que vai entrar em contato com o mosto, e lacre
muito bem o fermentador após cada processo. Quando completar 10 dias coloque o restante do
nutriente.
Após o final da fermentação primária realize as trasfegas até que esteja totalmente clarificado e
pronto para ir para a garrafa.
Aqui temos uma série de ingredientes que se complementam e criam uma séria de camadas em
sabores e aromas que vão surgindo um após o outro na taça. Ou pelo menos é essa a intenção
dessa receita. Escolha seus ingredientes com carinho, procure antes de comprar e dê valor para
os mais aromáticos e complexos que possa encontrar.
Aqui mais um vez a baunilha vai fazer o papel de background, preenchendo as lacunas deixadas
pelos outros ingredientes e melhorando o aspecto geral da receita. O Café e o Chocolate vão
compor sabores e aromas ligados pelos toques de tostados onde, nesse caso, um pode
complementar o outro.
Ingredientes:
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10 colheres de cacao em pó
10 colheres de café
10 cravos
1 baga de baunilha
Preparo
Antes de pensar em começar efetivamente limpe e sanitize todo o seu material, superfícies de
contato, e áreas de trabalho bem como os utensílios.
Dissolva o mel na água, pode aquecer o mel a até o limite de 60°C se desejar para facilitar o
processo de mistura. Coloque os cravos, o café, o chocolate e o extrato de baunilha.
Prepare as leveduras com indicado pelo fabricante. Coloque a levedura no seu mosto juntamente
com 5 gramas dos nutrientes para leveduras. Oxigene nos três primeiros dias e no final da
primeira semana adicione metade do nutriente restante e o restante ao final de 15 dias.
Após a fermentação primária faça a trasfega e adiciona a baga de baunilha aberta ao meio no
sentido do comprimento. Após adicionar a baunilha tire provas constantes para não correr o risco
da baunilha ficar forte demais no seu hidromel.
Eu já obtive informações que duas dificuldade tem que ser superadas quando se pensa em fazer
um hidromel com chocolate na receita. Uma é a questão das gorduras presentes no chocolate e
que se em excesso podem prejudicar a aparência e até o paladar. A outra é a questão da limpeza,
uma vez que o mesmo demoraria muito para decantar e separar do mosto, fato que leva muitos
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dos produtores caseiros que tentar colocar chocolate nas receitas acabem por usar extrato de
chocolate ao invés do chocolate propriamente dito. Outros ainda debatem sobre o uso do
chocolate em barra ralado e o uso do chocolate em pó. É um tema que ainda tem muito estudo e
experiências pela frente. Por agora vamos ficar com esta receita. Quem se habilita a fazer a
primeira leva??
Ingredientes:
5 colheres de cacau em pó
Preparo
Em uma panela grande, funda e grossa, coloque metade do mel e todo o melaço e deixe em fogo
baixo até começar a ferver. Deixe caramelizar até ganhar uma cor mais escura e ficar com aroma
de toffee e café, isso deve ser feito de acordo com a sua preferência. Assim que atingir o ponto
desejado, coloque o restante do mel e desligue o fogo, isso serve apenas para ajudar a dissolver
todo o mel, e assim, facilitar a dissolução do mesmo na água. Coloque todo o mel no seu
fermentador e adicione a água dissolvendo tudo muito bem.
Em uma tigela pegue um pouco do mosto mel aquecido coloque um pouco de água e adicione o
chocolate, dissolvendo completamente. Coloque o conteúdo da tigela no mosto.
Adicione também as frutas desidratadas de sua escolha. Cerca de 100 gramas no máximo.
Prepare a sua levedura como indica o fabricante. Antes de inocular a levedura oxigene o mosto o
máximo que puder e se possível repita este procedimento nos três primeiros dias para manter o
nível de oxigênio sempre alto. Isso, nesta fase, favorece e muito a saúde das leveduras. Após o
terceiro dia começa a ficar com perigo de oxidar a já pequena quantidade de álcool presente,
Sele bem seu fermentador e assim que a fermentação primária der sinais de que está acabando
trasfegue, e realize novas trasfegas frequentemente para evitar acumulo de borra no fundo do
fermentador e principalmente evitar a autólise.
Aqui cabe um adendo. Se você quiser assim que sair da primária você pode adicionar um pouco
de especiarias para deixar seu hidromel mais complexo! Fica a seu critério e imaginação.
Após o hidromel estar completamente limpo e cristalino passe para as garrafas e armazene até a
hora de beber. Lembre-se de que o hidromel melhor muito com o tempo então é prudente esperar
pelo menos 6 meses até que fique no ponto!
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O que ficaria interessante é misturar estes dois conceitos de produção de hidromeis. O Bouchet
entraria com corpo, intensidade e um toque de amargor, o Melomel emprestaria os aromas, a
acidez e a presença! Enfim, nas quantidades corretas seria uma dupla de muita presença!
Imagina aquelas barras de chocolate com pedacinhos de frutas vermelhas… é esse o objetivo
desta receita!
Ingredientes:
1,65 kg de mel para queimar (escolha um mel mais intenso, mineral, ficam melhores
quando queimados)
2 kgs de Amoras grandes e maduras – melhor se frescas, senão procure por amoras
congeladas.
Preparo:
Sanitize todo o equipamento que usará na produção do seu hidromel, bem como todas as
superfícies que usará para preparar seu mosto.
Para queimar o mel, escolha uma panela grande, coloque sobre fogo baixo e deixe ele começar a
borbulhar, mexa de vez em quando. Tome muito cuidado ao trabalhar o mel ele aquece-se a mais
de 100°C quando na panela para caramelizar, então se uma das bolhas que estouram com
frequência acertar sua pele, é queimadura das bravas na certa! Use uma colher de cabo bem
longo. Queime o seu mel até estar com uma cor bem escura e com aromas de toffee, café e
chocolate.
Assim que o mel chegar no ponto desejado, misture o mel cru junto com o mel queimado.
Para aproveitar melhor as amoras, congele-a e descongele-a algumas vezes assim ajuda a
romper as paredes celulares e liberar melhor os aromas e sabores.
Adicione as amoras no mosto, elas devem estar descongeladas para fazer esse processo.
Adicione também metade dos nutrientes para leveduras, e oxigene muito bem o seu mosto.
Lembre-se que oxigenar o mosto é importante para que o início da fermentação ocorra o mais
saudável possível.
Feche bem seu fermentador, coloque o airlocker e coloque em um local apropriado para a
fermentação.
Após uma semana abra o fermentador e adicione o restante dos nutrientes e agora só volte a
abrir seu fermentador quando a fermentação primária der sinais de que está terminando. Para
identificar esse momento, fique de olho nas bolhas do airlocker se elas cessarem comece a
analisar as amostras do seu mosto, quando a gravidade específica se manter estável por cerca
de 3 a 5 dias pode então realizar a primeira trasfega e prosseguir trasfegando até ter um mosto
limpo e pronto para o engarrafamento.
Eu acredito que esse hidromel leve um bom tempo para limpar usando apenas as trasfegas,
então usar algum agente clarificante pode ser uma boa idéia!
Para produzir um Bouchet você deve ter um mel de qualidade (sempre!) e colocá-lo ao fogo
até que ele comece a caramelizar. Porém, deve-se tomar muito cuidado nessa etapa, pois o mel
quando ferve produz bolhar que estouram e saltam fora da panela e essas bolhas causam
queimaduras bem sérias. Experiência própria.
Você vai queimar o mel até dar o ponto que o paladar dele te agradar, quero dizer, não deixe
o mel em um estado que você não o consumiria. Eu já cheguei a queimar o mel por quatro dias
(fervia uns 30 minutos cada dia) até que chegou ao ponto que eu queria.
Para este tipo de hidromel tenho usado o fermento RedStar Pasteur Champagne e estou
satisfeito com ele. Outra coisa que tenho misturado no meu mosto o mel queimado com mel cru,
pois somente o mel queimado deixa muitos aromas tostados e fica enjoativo (mel ponto de vista)
e o mel cru ajuda a diversificar os aromas. Você também pode considerar colocar especiarias
(cravo e canela aqui vão bem!). É um hidromel que pede um tempo de envelhecimento não tão
longo, provei alguns que estavam muito bons com 6 meses de idade, mas que prometem
melhorar muito com mais tempo de garrafa.
Este é um estilo bem diferente que agrada a quem gosto da sabores levemente amargos,
tostados e que lembram café. É fácil de produzir e pode ser um alternativa para criar algo
diferente do tradiconal!
Ingredientes:
7 litros de água
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Preparo:
Pegue metade do mel e coloque em uma panela grossa e de preferência funda para evitar que
o mel fervente pule para fora e atinga quem está alí, coloque ao fogo baixo e mexa sem parar até
que o mesmo comece a ferver, não pare de mexer. Monitore constantemente o aroma do mel e
pare de ferver assim que atingir o ponto que mais te agrade.
Pegue agora o fermentador que você limpou maravilhosamente bem, desinfetou e deixou
completamente livre de fontes de contaminação, coloque a água e misture o mel. Tanto o
queimado quanto o mel cru. Aqueca o mel em banho maria se desejar, isso faz com que ele se
dissolva mais facilmente na água.
Lacre bem o fermentador. No dia seguinte, coloque o restante dos nutrientes e volte a lacrar.
A partir daqui é só seguir o processo normal para cuidar do seu mosto (fermentação primária,
trasfegas, decantacao, etc).
A pera já é usada a muitos séculos para a produção de bebidas alcoólicas e é usada tanto para
compor receitas como para produzir bebidas feitas exclusivamente com elas ex: Perry (uma
espécie de cidra feita com peras) e Poire Williams um destilado feito na França, e pálinka um
destilado feito na Hungria.
No nosso caso para o preparo do melomel vamos fazer uma receita com uma adição de peras
para atingir uma intensidade média de influência desta fruta no nosso produto. Se quiser saber
mais sobre as quantidades das frutas a serem adicionadas nos melomeis dê uma olhada no
nosso post Tabela para Adição de Futas.
É muito importante procurar peras frescas e de boa qualidade para usar no seu melomel. Escolha
você mesmo se possível. As peras serão usadas na forma de purê para que possamos extrair a
maior quantidade possível de aromas e sabores da fruta. Lembre-se de lavar muito bem a casca
para remover toda a levedura selvagem que pode haver ali, a fim de não haver culturas
concorrentes no mosto do nosso melomel.
Preparo:
Adicione também metade dos nutrientes para leveduras, e oxigene muito bem o seu mosto.
Lembre-se que oxigenar o mosto é importante para que o início da fermentação ocorra o mais
saudável possível.
Feche bem seu fermentador, coloque o airlocker e coloque em um local apropriado para a
fermentação.
Após uma semana abra o fermentador e adicione o restante das leveduras e agora só volte a
abrir seu fermentador quando a fermentação primária der sinais de que está terminando. Para
identificar esse momento, fique de olho nas bolhas do airlocker se elas cessarem comece a
analisar as amostras do seu mosto, quando a gravidade específica se manter estável por cerca
de 3 a 5 dias pode então realizar a primeira trasfega e prosseguir trasfegando até ter um mosto
limpo e pronto para o engarrafamento.
Tem várias coisas que me atraem nesse fantástico melomel: primeiro a cor, quando jovem a cor é
pink, conforme vai envelhecendo vai ganhando tons mais avermelhados, mas é sempre um cor
viva e chamativa. Segundo, quando você bebe um melomel de framboesa o equilíbrio entre o
aroma adocicado com a adstringência da framboesa é simplesmente fabuloso. Me encanta todas
as vezes que eu provo. Envelhece muito bem também.
Ingredientes:
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Preparo:
Antes do preparo, congele e descongele as framboesas algumas vezes. Isso ajuda a quebrar as
paredes celulares e extrai aromas e cores com maior facilidade.
Sanitize todo o seu equipamento e local de trabalho. Sanitize de novo para garantir.
Aqueça o mel para dissolver mais facilmente, se você gosta de sanitizar o mosto usando fervura:
vá em frente. Mas como eu já disse inúmeras vezes, eu não costumo fazer isso e nunca tive
problemas com contaminações do mel. Dissolva o mel na água. Mexa bastante para conseguir
colocar oxigênio no mosto. É importante fazer isso nesta fase lembre-se disso.
Por último coloque as framboesas no mosto, feche bem o fermentador, abasteça seu airlock e
lacre tudo.
Dê um jeito de, nos três primeiros dias, colocar oxigênio neste mosto. Chacoalhe, mexa, bata,
faça o que quiser, mas oxigene.
Após a terminar a primária faça uma trasfega e siga normalmente o processo de clareamento do
mosto.
Eu aconselho a não usar bentonita para clarear este mosto, pois se errar minimamente na medida
a bentonita tira um pouco da cor do mosto (experiência própria).
Esse melomel vale deixar envelhecer o máximo que conseguirem. Ele amacia e melhora
imensamente com o tempo.
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Sempre que pensamos em produzir um melomel e elegemos a(s) nossa(s) fruta(s) temos que
pensar na acidez e nos taninos das mesmas. Só para relembrar:
Acidez causa aquela sensação que se tem na língua quando tomamos uma limonada com pouco
açúcar.
Tanino causa adstringência tal como comer uma banana verde.
Existem frutas que a acidez e ou tanino é uma característica marcante (ex: framboesa tem ambas
fortes, amoras tem acidez, abacaxi tem acidez, laranja tem acidez, uvas tem acidez e taninos).
Então quando escolhemos as frutas para nosso melomel o que temos que observar? A fruta
escolhida não pode deixar a bebida ácida ou tânica em excesso. Praticamente todas as frutas
quanto mais maduras diminuem a acidez. Quando eu escolhi o abacaxi para esta receita eu
procurei por frutas mais maduras e aromáticas. Assim teria um hidromel mais complexo (mais
aroma) sem correr o risco de acidez excessiva. Isso serve também para as outras frutas.
Ingredientes:
6,8 kgs de mel (dê preferência por um mel mais leve e aromático)
Preparo:
Limpe e sanitize todo seu equipamento, utensílios e superfícies de trabalho. Aqueça o mel para
facilitar a dissolução do mesmo na água. Se você quiser pode proceder à pasteurização do mel
antes de usá-lo, mas isso é completamente opcional.
Misture o mel e a água e chacoalhe, bata, faça o que quiser mas coloque oxigênio nessa mistura.
Nos três primeiros dias repita o processo de colocar oxigênio no mosto, seja chacoalhando ou
outra maneira quer consiga ter um bom resultado. Já vi pessoas até pegarem uma poção do
mosto o colocar no liquidificador.
Após o fermentação der sinais de estar terminando, proceda com as trasfegas até que esteja
clarificado.
Notas
Este melomel, por usar coco na receita, vai ter um aspecto mais “cremoso” no visual e no olfato.
Isso porque o coco possui uma boa quantidade de óleos. O que, na minha opinião só o deixa
ainda mais charmoso. Se decidir mudar a receita, lembre-se da questão do óleo do coco.
Hidromeis com mel de laranjeira já tem um charme a parte seja pela cor ou pelos aromas
delicados mas firmes.
A laranja, e outras frutas cítricas, tem a enorme vantagem de serem fonte de ácido cítrico para
o melomel. Ácido Cítrico não só ajuda no equilíbrio da bebida como também é um poderoso anti-
oxidante que vai colaborar, e muito, com a conservação do seu hidromel.
Ingredientes:
Tiras das cascas de 16 laranjas (remova todo o branco para evitar amargor)
Preparo:
Aqueça o mel em uma panela grande. Aqui pode seguir usando o processo de fervura do mel
como método de sanitização do mesmo. Lembre-se que sempre digo aqui que isso é opcional.
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Faço sempre se fervura e nunca tive problemas. Dissolva o mel na água. Garanta que tenha
dissolvido por completo.
Após o final da fermentação primária, trasfegue e adicione as cascas de laranja e o suco. Deixe
por 15 dias e prossiga normalmente com as trasfegas e o engarrafamento.
O processo todo de produção deste melomel não deve ser maior que dois meses e elle pode ser
bebido jovem!
A receita abaixo vai terminar bem seca. Uma excelente graduação alcoólica 13,1%
aproximadamente. E pela quantia de amoras usadas acredito que vá ficar um cor entre o rosa
escuro e o vermelho e com um aroma de encher o nariz.
Segue a receita.
Ingredientes:
5,44 kgs de mel de boa qualidade (Se for um mel claro melhor, pois irá valorizar mais a cor
das amoras.)
Preparo:
Sempre, eu disse sempre, antes de iniciar o preparo de qualquer receita é importante pensar na
sanitização de todo o equipamento envolvido.
Previamente congele a amora, descongele e congele novamente. Isso ajuda muito a quebrar as
paredes celulares da fruta e assim extrai melhor os aromas e saboras da mesma. As amoras não
vão ser usadas na primária. Apenas na secundária. Então mantenha-as congeladas até lá.
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Aqueça o mel Para ajudar a dissolver. Se desejar e for habitualpara você também pode dar uma
leve esterilizada usando a temperatura. Mas evite ferver.
Dissolva o hidromel em água suficiente para 20 litros. Isso deve te dar um mosto com Gravidade
Específica próxima de 1.098 e dado o fermento usado (Lalvin K1-V1116) a atenuação deverá ser
alta, ou seja, a Gravidade deverá terminar a cerca de 0.998, bem sequinho.
Adicione também metade (2g) do nutriente de leveduras. E coloque ar dentro do seu mosto.
Mexa, bata, chacoalhe, mas coloque oxigênio nele.
Após mais uma semana comece as trafegas para limpar o melomel. Na primeira trasfega que
fizer nessa fase já tente remover o máximo possível das frutas.
Para preparar este hidromel precisaremos mudar um pouco nosso processo de produção, vamos
ao método:
Coloque metade do mel em uma panela com uns 10 litros de água (ok, se você não uma panela
deste tamanho, use uma para pelo menos uns 5 litros com 2 kg de mel) e deixe no fogo até que
levante fervura, mexa bem durante este tempo. Assim que der 5 minutos de fervura coloque 10
gramas do lúpulo Goldings, com 15 minutos coloque as outras 10 gramas e quando der 30
minutos coloque as 10 gramas do Magnum. Essa diferença entre os tempo de lupulagem se deve
ao fato de que diferentes momentos extraem diferentes características do lúpulo.
Após a fervura atingir 45 minutos apague o fogo e coloque as flores de hibiscos, transfira para
seu fermentador e adicione o restante do mel e mais água até completar os 20 litros ou o seu
fermentador ficar no limite para que a espuma não escape pelo airlocker.
Prepare o fermento de acordo com as instruções do fabricante e adicione ao mosto, lacre e deixe
nossos amigos agirem. Aqui, obviamente, você pode ter preferências sobre o método de oxigenar
seu mosto, adicionar ou não nutrientes, e deve ficar a vontade para isso!
A OG deste mosto deve ter ficado com algo em torno de 1.120-1.130 e isso é alto, mas normal
para este hidromel. Não estranhe se a fermentação não começar muito vigorosa. Uma dica é não
começar com todo o mel no mosto, comece com uma parte e assim que a gravidade for baixando
adicione mais mel até que tenha se esgotado os 8 kg da receita.
Dadas as características do fermento e da receita, eu acredito que a Gravidade Final deverá ficar
em torno de 1.015 – 1.020, ou seja: doce! Mas como usamos lúpulos na receita e estes
emprestam amargor, vamos obter um equilíbrio interessante. A flor de hibiscos vai conferir cor,
além de uma leve acidez que também ajuda a balancear o adocicado.
Bem felizmente para estas perguntas existem boas respostas. Algumas técnicas podem ser
usadas para criar sua receita e deixar seu néctar adocicado e com o tempo e com as devidas
provas você vai poder escolher o método que mais lhe agrada. O mais importante é controlar a
gravidade do mosto, seja inicial ou então durante o processo de fermentação. Mas vamos deixar
de detalhes agora e colocar isso em cada uma das diferentes técnicas.
Back Sweeting
Uma maneira de realizar o controle da doçura do nosso hidromel é a técnica de back sweeting
que consiste em adicionar mais mel após a fermentação ter terminado completamente. As
vantagens desse método é que você controla facilmente a quantidade de açúcar que deseja. Um
ponto muito importante para usar essa técnica é ter a mais absoluta certeza de que as leveduras
morreram, de outra maneira pode haver refermentação e se isso se der na garrafa pode inclusive
causar acidentes pela explosão das garrafas.
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Aos poucos
Outra técnica que podemos usar e que é particular uma das minhas preferidas é a de após iniciar
a fermentação você vai adicionando mel conforme a gravidade do seu mosto for baixando.
Explico: Para obter a doçura desejada você projetou seu mosto e ele devia ter no total 1.160 de
gravidade original. Claro que com essa gravidade é muito difícil iniciar a fermentação, pois é
muito alta. Então você poderia começar com um mosto a 1.100 e a cada 10 que baixar, ou seja,
aos 1.000 você adiciona mel suficiente para voltar a 1.100. Então vai somando as gravidades
adicionadas à gravidade original até atingir o objetivo desejado.
Controle total
E, finalmente, uma grande alternativa e a que dá menos trabalho no geral é planejar muito bem a
construção do seu mosto, para que ao final da fermentação que deve ocorrer no limite máximo de
álcool suportado pela levedura usada, sobre o açúcar desejado. Ex, quero um hidromel meio
seco. Então vou usar a levedura Lalvin 71B-1122 que sabidamente tem uma tolerância de
aproximadamente 12-14%, então para ter todo esse álcool eu necessitaria de um mosto com
cerca de 1.110 de gravidade original, e o que eu colocar acima disse vai sobrar pois as leveduras
terão morrido pois terão atingido o seu limite de álcool.
Para ajudar a ter certeza de que a fermentação não irá recomeçar nós podemos fazer uso do
Metabissulfito de Potássio para ajudar a garantir a morte das nossas amigas leveduras. Porém
lembre-se de que esse produto deve ser usado com extremo cuidado pois em acima de um limite
muito baixo é prejudicial à saúde. Se não sabe usar não use
Gostaria de compartilhar com vocês uma tabela extraída do livro: The Complete MeadMaker do
autor e produtor Ken Schramm, um dos mais conceituados pesquisadores e produtores de
hidromel dos Estados Unidos. A tabela trata das recomendações dele sobre a quantidade de
diferentes frutas a serem adicionadas no mosto de acordo com o efeito pretendido.
Eu particularmente gosto desta tabela como referência. Mas lembre-se sempre de que a sua
intuição e gosto pessoal também devem pesar muito na hora de escolher quanta fruta você vai
colocar no seu Melomel.
Algumas observações:
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O morango não é uma fruta que empresta facilmente cor e aroma. Eu gosto de usar uma
quantia na fermentação primária e depois mais um pouco na secundária, assim o morando
fica mais presente!
Para o Mirtilo realmente emprestar cor para o seu melomel é necessária dar uma quase
fervida nele antes de produzir. Coloque o mirtilo em água e leve ao fogo até que a água
atinja 60°C e mantenha nesta temperatura por 10 minutos. Depois use esta mesma água
para fazer o hidromel com os mirtilos já dentro.
A framboesa dá uma cor espetacular no Melomel, mas cuidado com a acidez e com a
adstringência da mesma.
Frutas cítricas também tem que ser usado com cuidado! Você pode desequilibrar o
Melomel final se não cuidar da acidez!
Densímetro
Uma das perguntas que mais ouço e que gera muitas dúvidas sobre a produção caseira de
hidromel é sobre a hora de decidir sobre a primeira trasfega. E essa hora é realmente muito
importante, pois errar a hora da trasfega pode causar autólise se feita em atraso ou mesmo
atrasar o término da fermentação se feita adiantada.
Um dos principais problemas que vejo é que grande número de pessoas acaba se baseando mais
nas bolhas do airlock como auxílio para essa tomada de decisão. Porém as bolhas do airlock não
são de maneira alguma um indicativo confiável para saber se a fermentação primária acabou ou
não.
A maneira ideal de saber quando conduzir a trasfega é assim que a fermentação der sinais de
que está parada, inicie medições diárias com um densímetro e assim que a medida for a mesma
por pelo menos três dias seguidos então, aí sim, está na hora de trasfegar.
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Lembramos também que para realizar as medições com o densímetro, devem ser retiradas
amostras e as mesmas devem ser descartadas após o teste. Ou bebidas, o que é bem mais
interessante. Porque isso, porque por mais que mantenhamos o nosso densímetro limpo e
sanitizado ainda existe um pequeno risco de contaminar o mosto e não custa evitar esse risco,
certo?
Vedação
Outro ponto que sempre gera dúvidas e é frequentemente um ponto falho na produção dos
nossos hidromeis caseiros é a vedação dos nossos fermentadores. Qualquer vazamento mínimo
já é suficiente para que a atividade do airlock pare e isso acaba dando a impressão de que a
atividade fermentativa acabou, ou pior, se for no início do processo pode dar a impressão de que
está com problemas. Isso geralmente não causa problemas de contaminação, pois existe uma
pressão positiva (de dentro para fora do fermentador) o que acaba impedindo a entrada de
agentes contaminantes mesmo que a vedação esteja falha.
Para garantir que sua vedação está boa use sempre fermentadores com sua tampa original para
que o encaixe seja perfeito, garanta que encaixou perfeitamente a tampa e use algum material a
mais para obter uma vedação completa. Ex: Plástico Filme. Também vede muito bem o local onde
o airlock foi inserido. Eu costumo selar com cola quente pela parte externa do fermentador para
ter certeza de que ficou bem lacrado.
Bem pessoa por hoje é isso espero que este artigo ajude. Um abraço a todos e boas
fermentações!
Bem vindos hidromeleiros! Cada vez que falo com mais pessoas sobre o tema sinto que ainda
existe confusão sobre esse assunto que é de extrema importância para a produção de nossos
néctares artesanais.
A fermentação primária é aquela que acontece a partir do momento em que você inocula a
levedura no seu mosto, as leveduras vão usar o oxigênio e os nutrientes para começar uma fase
de crescimento exponencial e então, quando acabar o oxigênio disponível elas vão procurar outra
maneira de sobreviver, que é consumir açúcares e gerar CO2 e álcoois.
Durante toda essa primeira etapa existe atividade visível (efervescência, bolhas no airlock) e até
se pode ouvir a atividade acontecendo. A fermentação primária vai durar até que sejam
consumidos praticamente todos os recursos (açúcar, oxigênio, nutrientes) presentes no mosto. Aí
a coisa começa a ficar complicada para as leveduras. Falta de comida, nível de álcool alto
(dependendo de quanto pode ser mortal para a levedura)… É nesse momento, de tempos
difíceis, que acontece a transição.
Fermentação secundária
Nessa fase, que é quando quase tudo está acabando para a levedura, que ela começa a
consumir alguns dos bio produtos que ela mesma gerou na fermentação primária. Dentre estes
bio produtos estão muitos que se permanecerem no mosto vão ser responsáveis por vários dos
off-flavors que existiram no seu hidromel. As leveduras nessa fase vão consumir Diacetil,
Acetaldeídos entre outros. Esses compostos são considerados falhas na produção da bebida, o
sulfeto de hidrogênio que possa ter sido produzido, e que tem um delicioso cheiro de ovos
podres, vai ter a chance de escapar do mosto também.
O tempo que o seu mosto vai ficar na secundária não é um tempo fixo. NÃO existe uma fórmula
pronta e cada mosto pode requerer um tempo específico. Provar e analisar com cautela é a
melhor tática. Normalmente alguns dias a pouco mais de uma semana é suficiente.
Claro que se a fermentação parou por falta de açúcares fermentáveis, ou seja, a gravidade foi
para 1.000 ou abaixo, você não vai deixar o mosto em contato com essa levedura por mais um
mês… vai ser autólise na certa. Seja cauteloso. Se a densidade do seu mosto estabilizou acima
de 1.000, pode ser que as leveduras estejam parando por excesso de álcool (lembra que o álcool
é tóxico para elas?), mas ainda assim, sempre vão haver células ativas para fazer o serviço de
limpeza no mosto.
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A primeira vista parece uma etapa tão simples que normalmente nos passa despercebida,
mas ela tem uma importância fundamentar para a qualidade e saúde da nossa fermentação.
O processo é simples e não leva mais que 20 a 30 minutos no total. Mas não segui-lo pode
querer dizer que você perdeu até 60% das células totais do fermento que colocou no mosto e por
isso prejudicou toda a fermentação. Não vale a pena arriscar. Vamos ao método:
Primeiramente o equipamento:
um termômetro culinário
o fermento desidratado
Preparo:
Aqueça a água entre 38 a 41°C, esta é a melhor faixa de temperatura para a maioria dos
fermentos para hidromel, porém na embalagem sempre vem indicada a melhor faixa de
temperatura para cada cepa de levedura. A Lalvin por exemplo pede de 40 a 43°C para o seu K1-
1116. Então leia com atenção a melhor faixa de cada levedura.
Se sua levedura estava guardada na geladeira ou mesmo no freezer, o que aliás é uma indicação
de todos os fabricantes para que levedura se mantenha com mais qualidade, retire do ambiente
refrigerado uma hora antes do processo de reidratação para que volta a temperatura ambiente, se
você ignorar essa etapa e colocar direto na água morna pode matar toda sua levedura por
choque térmico. Abra o pacote de fermento e espalhe delicadamente sobre a superfície da água e
NÃO MISTURE. Apenas quebre eventuais aglomerados que não esteja completamente em
contado com a água. Aguarde então 15 minutos!
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Depois de 15 minutos é muito provável que quase todos os grânulos de fermento tenham se
dissolvido e ido parar no fundo do seu recipiente. Agora de uma boa mexida usando sua colher
sanitizada, depois adicione um pouco do mosto de cada vez no seu fermento, até que
temperatura dos dois não tenham mais do que 10°C de diferença e então coloque gentilmente
sobre o mesmo!
Fazendo assim, o despertar das células das leveduras se dá de maneira gradual, sem choques
térmicos, e faz com que as leveduras cresçam em um ambiente mais agradável para elas,
recompondo as células da melhor maneira possível.
Uma adição muito bem vinda para esse processo é adicionar um pouco de nutrientes ou mesmo
de energizante (Ex: Go-Ferm) na água. Isso ajudaria ainda mais a recuperação das células. Mas
atenção coloque uma pequena quantidade destes componentes. Pois queremos leveduras
saudáveis e famintas! Assim quando colocarmos as mesmas no mosto elas estarão no ponto para
iniciar uma fermentação saudável!
Olá pessoal! Aproveitando o embalo da conversa sobre leveduras, onde falamos da necessidade
de preparar um starter se formos usar a levedura líquida, resolvi escrever para vocês um artigo
sobe o tema: Como preparar um starter de qualidade. Ainda por cima adaptado para a produção
de hidroméis.
O starter é importante por vários fatores: aumentar a quantidade de células viáveis de levedura,
melhorar a saúde delas, ajustar a quantidade de células de levedura para o mosto em que será
usado, dentre outros. O fato é que pegar o vial (embalagem em que é disponibilizada a levedura
líquida) e simplesmente colocar o conteúdo no fermentador é correr um risco enorme que pode
ser evitado com algumas etapas simples.
Outro fator importante é que preparando o starter, além de você garantir a quantidade de células
inoculada, você ainda economiza em leveduras, pois o processo de starter pode facilmente
duplicar a quantidade de leveduras em um meio.
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Calculando a viabilidade
Uma coisa importante é aprendermos a calcular a viabilidade da levedura que está no vial que
temos em mãos. As leveduras em ambiente líquido morrem muito, mas muito mais rápido do que
as desidratadas, posto isso, é importante sabermos a taxa em que elas morrem para podermos
calcular o quanto de células vivas ainda devemos ter em nosso vial, para então, calcularmos
quanto de starter precisaremos produzir para fermentar nosso mosto com qualidade.
Para calcular a viabilidade das células de leveduras dentro de um vial usamos o seguinte cálculo:
Explicando: um vial de levedura líquida assim que sai da produção tem cerca de 95% das células
vivas e t = tempo de vida do vial em dias. Logo para um vial com dois meses o cálculo ficaria
assim:
Cada vial de leveduras (usando como exemplo o SuperYeast da BIO4) contém cerca de 100 –
120 bilhões de células ativas assim que sai da produção e se mantido em temperatura de 5ºC
mantém a melhor taxa de viabilidade possível. Vamos chamar essa média de 100-120 bilhões de
células de células iniciais, ok?
Para o cálculo da quantidade células necessárias para fermentar o mosto do hidromel, vamos
usar como referência o usado para fermentar mosto de vinho. Profissionais da área normalmente
usam cerca 3-6 milhões de células ativas por ml de mosto. Quanto maior a densidade do mosto
mais próximo de 6 milhões de células por ml, quanto menor a densidade mais próxima de 3
milhões de células por ml. Então para um mosto de 50 litros temos:
50.000ml (20 litros) x 4.500.000 (milhões de células/ml) = 225 bilhões de células ativas
(referência: https://www.wyeastlab.com/Making-a-Starter-Culture.cfm?)
Então se eu tenho 2 vial de levedura com 65 bilhões de células de leveduras cada eu tenho um
total de 130 bilhões de células de levedura. Posso usar esses dois vial para preparar o meu
starter e aguardar o tempo necessário para que cresçam e atinjam a quantidade desejada (225
bilhões de células ativas). Nesse ponto eu já começo a economizar!
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Para preparar o starter propriamente dito: recomenda-se que se use um meio muito próximo ao
mosto ao qual se pretende inocular aquele fermento, e a gravidade ideal do starter deve ser por
volta de 1.040. No nosso caso com o hidromel podemos preparar esse meio com água destilada
e mel. Não vale a pena preparar o starter com a mesma gravidade do seu mosto, pois como
hidromel normalmente tem mosto de gravidade mais alta normalmente de 1.080 para cima, essa
gravidade pode causar um choque na levedura. O ideal seria preparar o starter em várias etapas
e cada uma delas elevar a gravidade um pouco para que o fermento se acostume com o meio
sem choques. Mantenha o meio do seu starter bem nutrido (nutrientes para leveduras), com
fartura de oxigênio e boa oferta de nitrogênio (DAP).
O volume do starter não deve ser maior que 15-20% do total do mosto. Ou seja para um mosto de
20 litros não devemos ter mais de 2 litros de starter.
Se você sabe realizar contagem de leveduras, após 24 horas do preparo do starter realize
contagem de amostras do seu starter periodicamente para saber se atingiu a quantidade de
células necessária. (vamos falar sobre contagem em um post futuro). Quando atingir a quantidade
necessária, despreze o líquido presente no starter e inocule somente a lama no seu mosto.
Método simplificado
Ken Schramm em seu livro The Compleat Meadmaker defende que se você tiver como realizar a
contagem de células para controle durante a produção do starter muito bem, você vai saber
quando atingiu a quantidade de células acima, se não sabe contar celular de levedura ou não tem
como, prepare um starter com volume total de 10% do mosto (mosto com 50 litros starter com 5
litros) isso vai render um volume de lama de fermento de cerca de 1% do total do volume do
mosto que ele considera o ideal para hidroméis.
Use o método de preparo explicado acima e caso quando a atividade diminua o ritmo a
quantidade de lama de fermento não for de cerca de 10% do volume do starter (e portanto 1% do
volume do mosto), siga o mesmo procedimento de adição do novo meio descrito acima até que
tenha o volume desejado.
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Após termos levantado essas informações agora precisamos propiciar um meio onde essas
leveduras possam crescer com saúde e muita disposição de trabalhar. Sempre que possível
preparem um starter para sua fermentação, a saúde das leveduras e a qualidade da sua
fermentação agradecem.
Outra coisa importante, se tiver um stir plate para deixar seu erlenmeyer durante a preparação,
tanto melhor!
Como postei ontem coloquei mais uma série de hidromeis “oficiais” da Pompeia Hidromeis para
fermentar e revendo todas etapas de produção me veio a cabeça a questão dos problemas na
fermentação e o que fazer com eles. Existem inúmeros problemas, ou coisas que parecem
problemas, e que podem apenas assustar, afetar ou mesmo te dar de presente uma quantidade
enorme de vinagre de hidromel. O importante quando você notar algum problema (e aí está a
importância do monitoramento constante sobre o seu pet fermentativo) é tomar imediatamente a
providência cabível. Claro, se houver uma. Mas o quanto antes você tentar recuperar melhor.
Sintoma: Você fez tudo como manda o figurino, mas o fermento colocado parece estar com uma
extrema preguiça de viver. Nenhuma atividade pode ser notada, sem bolhas no airlocker e a
gravidade do mosto não diminui.
O que fazer: Uma coisa, é perfeitamente normal a fermentação levar até cerca de 72 horas para
começar, acima disso provavelmente ela não vai começar. Primeiro veja se a gravidade inicial não
está muito alta para o fermento usado pois alguns tem dificuldades em fermentar mostos com
gravidade alta e a maioria sofre com mostos acima de 1.150, se for o caso e o mosto estiver a
temperatura ambiente você pode tentar colocar mais água no mosto para diminuir a gravidade.
Outra solução aqui seria colocar outro fermento que você saiba ser mais tolerante altos níveis de
açúcar. Agora, o pior: Se você não conseguir remover corretamente os sanitizantes do seu
equipamento, ou usou água com muito cloro, usou alguma fruta que continha agrotóxica nas
cascas que não foram bem lavadas ou ainda usou sucos de frutas com conservantes, pode ter
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ocorrido que estes elementos mataram as leveduras e neste caso meu amigo… você tem uma
leva perdida, pois colocar outra cultura de leveduras apenas irá matá-las também.
O que fazer: Bem, isso pode ser até normal. Apesar do odor não muito agradável que fica na sua
casa. Normalmente desaparece nos primeiros dias de fermentação. Minha sugestão para você é:
Se a fermentação estiver nos primeiros dias dê uma aerada no mosto e coloque um pouquinho de
nutrientes. Isso deve acelerar a saída destes odores do mosto. Se estiver acabando a
fermentação e os odores de sulfídricos persistem, coloque Metabissulfito de Potássio 0,01 grama
por litro (cuidado, em quantidade é tóxico, senão souber usar, nem tente!). Fora do Brasil este
problema é conhecido como “Rhino Fart”.
O que fazer: Gosta de vinagre? Que bom… Para a próxima leva eu aconselho a evitar o máximo
o contato com o ar para não oxidar o mosto, tente manter o PH abaixo de 3,2 e o álcool a pelo
menos 12-14% ajudam a prevenir sua nova produção de vinagre, digo, hidromel.
Sintomas: A fermentação demora muito e nunca fica intensa, a gravidade está baixando muito
lentamente.
O que fazer: Bom isso normalmente acontece por falta de nutrientes. O que pode ser feito é
colocar um pouco de nutrientes no mosto (0,25 grama por litro) e dê uma chacoalhada no mosto
para colocar algum oxigênio. Deve resolver.
O que fazer: Quanto ao Bouchonné: é um tipo de fungo que normalmente infecta as garrafas
depois de arrolhadas. Não é prejudicial a saúde e a alteração do aroma é mínima, normalmente
apenas sommeliers notam então não se preocupe.
Quanto a autólise: amigo… eu vivo dizendo que a paciência é o principal ingrediente do hidromel,
não digo? Então, isso é causado pelo fato de que o hidromel ficou tempo demais sobre a sua
borra. As leveduras que ficaram sem nutrientes acabam devorando a si mesmas e isso libera
aromas e sabores bem ruizinhos no mosto. Para a próxima tenha mais atenção as decantações e
trasfegas.
Pessoal, claro que estes não são todos os problemas que podem ocorrer com a produção de
hidromeis mas são com certeza os que acontecem mais frequentemente e sabendo lidar com
eles vocês quase sempre terão sucesso em suas levas de hidromel.
Olá a todos! Pesquisando alguma novos métodos de fermentação para o hidromel, encontrei a
informação, que depois foi cruzada, bateu com mais algumas fontes, e que, depois de
devidamente testada se comprovou de extrema importância para avançarmos na qualidade da
produção de nosso hidromel: A remoção do CO2 do mosto em fermentação.
Esse simples procedimento, junto com uma correta oxigenação e uma correta nutrição das
leveduras faz com que tenhamos umas fermentação muito mais limpa e rápida. Limpa no sentido
de ausência de off-flavors no mosto. E também foi constatado uma redução significativa no tempo
total de fermentação, inclusive, mantendo a levedura bem ativa até o final do processo, o que
mostra a saúda das mesmas. Lembre-se: levedura saudável e sem estresse = você feliz.
As leveduras não produzem CO2 porque gostam dele. Produzem CO2 porque necessitam, mas
isso faz mal para elas. Funciona da mesma forma com o álcool. Se a levedura pudesse ela viveria
sempre com oxigênio a sua volta, mas na fermentação nós as forçamos a mudar de aeróbica
para anaeróbica e nessa ausência de oxigênio elas necessitam converter os açúcares do mosto
para poderem sobreviver, em contrapartida elas liberam no mosto álcool, que é o que queremos,
e CO2 que podemos ou não querer no mosto. O álcool, inclusive, sabemos que mata as
leveduras ao atingir determinada concentração no mosto, essa é a tolerância de cada levedura. A
maioria morre quando atinge cerca de 12-14% de álcool.
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Agora vamos pensar: se o álcool é tóxico ao ponto de, nas devidas concentrações, matar as
leveduras, porque devemos achar que o CO2 faz bem às mesmas?
E foi essa informação que encontrei em alguns podcasts de grandes produtores americanos de
hidromel, também em literatura de produção de vinhos. Por exemplo, na produção de vinhos,
todas as vezes que se empurra o chapéu do mosto* acaba também por fazer com que o CO2
saia do mosto.
Então coloquei um hidromel para fermentar. Oxigenação e nutrientes ok, em etapas, como já
discutimos em outros artigos (aqui, aqui e aqui), conduzi uma movimentação do mosto, com pá
de polietileno devidamente sanitizada, uma vez por dia. Apenas para deixar o mosto deixar o CO2
sair. Quando movimentamos o mosto em fermentação, percebemos que ele passa por uma
“efervescência”, que nada mais é que o CO2 indo embora. Como está saindo uma quantidade
enorme de CO2 nesse momento, não há necessidade de se preocupar com oxigenação e
consequente oxidação.
O resultado foi que atenuei um mosto com OG de 1.100 para 1.007 em 20 dias! E a fermentação
foi limpa, sem off-flavor algum, com atividade forte de fermentação do início ao fim do processo.
Como poderia ser apenas uma coincidência coloquei outro mosto para fermentar: OG 1.107 e
menos de 15 dias depois estamos em 1.020… e a atividade fermentativa está a mil.
Então, coloquem o foco de vocês na oxigenação, nutrição e remoção de CO2 que verão grandes
resultados em seus futuros hidroméis.
Para tentar ajudar esses jovens Padawans do mundo dos fermentados resolvi fazer esse post
com as dúvidas mais comuns. Quem sabe possa ajudar. Mas antes um aviso, produzir sua
própria bebida é um caminho sem volta. Uma vez que fizer seu próprio néctar não vai parar nunca
mais.
Alguém diria: comprando o mel. E não deixa de ter razão, mas até mesmo antes disso, procure
ler sobre o assunto, por mais que ainda não tenha provado um hidromel, conheça a história, os
estilos, converse com quem faz (não falta, hoje no Brasil, produtores artesanais que queiram
ajudam quem está começando) e depois defina uma meta sobre o que quer fazer.
Existem opções para se começar de diferentes maneiras e todas elas vão levar para o mesmo
lugar: o aperfeiçoamento da produção em busca de um hidromel sempre melhor. Então desde o
primeiro momento: estude!
Para um primeiro hidromel você pode tentar uma receita extremamente simples como o JAOM
(clique aqui para ver a receita) ou algo um pouco mais elaborado e em um caminho mais “correto”
usando uma receita de hidromel tradicional (clique aqui para ver a receita). De qualquer maneira
tenha em mente que é sua primeira experiência e problemas podem acontecer mesmo quando
seguimos um passo a passo. O importante aqui são as lições aprendidas para a próxima leva.
A JAOM é uma receita praticamente a prova de falhas. Então é seguir a receita à risca e esperar
ficar pronto. Essa receita não vai te render um hidromel campeão, mas também não é uma
bebida ruim e tem pessoas que conseguem ser feliz fazendo JAOM a vida toda.
Se você quer se atrever um pouco mais tente a receita de hidromel tradicional, ela usa técnicas
mais adequadas, bem como seus ingredientes e necessita de mais controle e monitoração para
dar seus melhores resultados. Mas também ensina muito mais! Se você conseguir trabalhar bem
essa receita já conseguirá seguir muito facilmente receitas de outros estilos e até começar a
pensar em suas próprias receitas.
Para produzir uma receita mais elaborada como o hidromel tradicional indicado, recomendo dar
uma olhada neste artigo, sobre material básico para produzir hidromel.
Se você quiser um produto de qualidade preste muita atenção nos ingredientes. Você nunca
conseguirá fazer um hidromel melhor que sua matéria prima. Logo quanto melhor a qualidade dos
seus ingredientes melhor poderá ser seu hidromel.
Se nunca fez nenhuma receita de hidromel não invente uma! Use uma pronta.
Você não sabe qual o resultado de determinado proporção de ingredientes, então, como acha que
pode adivinhar as quantidade que deve usar? Teste algumas receitas prontas primeiro, depois,
quando já tiver alguma experiência com as quantidades, a maneira com qual os ingredientes
afetam a receita, aí sim, invente a sua!
Limpar -> processo de remover toda a sujeira visível, por ação mecânica com ou sem o auxílio de
químicos (detergentes, sabões)
Sanitizar -> eliminar com o auxílio de algum químico a maior parte das bactérias e fungos. Não
posso sanitizar um objeto ou uma superfície que não tenha sido limpa!
Entendido isso sabemos que temos que: lavar, esfregar e remover todas as sujeiras visíveis e
após isso usar algum agente sanitizante (IODO, ácido Peracético, etc…) Esses agentes vão
realmente garantir a morte dos contaminadores que podem acabar com sua produção!
Uma dúvida que normalmente gera um turbilhão de ansiedade nos iniciantes é o tempo que o
hidromel deve ficar em fermentação. Perguntas como: pararam as bolhas do airlock e agora?
Meu hidromel fermentou por 10 dias e agora parece estar perdendo força, perdi meu hidromel?
Tenho que abrir meu fermentador não vai contaminar tudo?
O tempo de fermentação VAI variar de hidromel para hidromel, de receita para receita e as vezes
vai variar mesmo dentro da mesma receita. Pois sempre vai ter algum fator que muda o
comportamento da sua fermentação. Com o tempo você aprende a ter um maior controle sobre
isso. Mas até lá tem que aprender a ter paciência.
Não é porque a atividade do airlock diminuiu ou parou que a fermentação acabou. As vezes a
pressão gerada é pequena demais para mover o líquido sanitizante do airlock, mas as leveduras
podem ainda estar trabalhando. Então calma. Também não quer dizer que assim que a atividade
do airlock parar você deve correr para trasfegar. Como saber a hora de trasfegar?
Fatores como temperatura de fermentação, nutrientes, quantidade de mel no mosto (mais mel =
maior massa específica = mais tempo para fermentar), oxigênio, nitrogênio, tudo isso vai
influenciar na produção do seu néctar. Por isso que é aconselhado a ter sempre um densímetro
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por perto, não é caro e é o equipamento que pode te ajudar a monitoração o estágio da
fermentação. Como usar o densímetro?
Também é muito importante saber reconhecer os sinais de problemas no seu hidromel e como
resolver esses problemas. Alguns depois que aparecem não tem mais jeito, mas outros ainda
podem ser contornados, o mais importante é aprender a identificar.
Espero que este artigo ajude a solucionar pelo menos parte das dúvidas de quem está
começando. Se não ajudou deixe sua dúvida abaixo que farei o possível para tentar ajudar.
Vou deixar para vocês mais uma tabela muito, mas muito importante para o controle da nossa
produção de hidromeis. A tabela apresentada a seguir é usada para corrigir a leitura do
densímetro.
Lê sim, mas como praticamente todos os densímetros vem calibrados para leituras a 20°C de
temperatura do mosto, qualquer alteração nesta temperatura vai causar uma leve diferença do
que está sendo marcado no densímetro para a gravidade real do mosto.
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Usando a tabela a seguir e sabendo a temperatura do mosto durante a leitura da gravidade é
possível fazer a correção dos valores:
Um Exemplo: Se a temperatura do mosto estava a 26°C e a leitura foi de 1.005, a tabela nos
mostra que para essa temperatura a correção deve ser de 1,2 logo a leitura correta da Gravidade
do mosto é de: 1.0062.
Use sempre que possível estas correções, pois no final de todo um ciclo de produção, a soma da
diferença de todas as leituras podem enganar consideravelmente o produtor e pode acabar
induzindo opiniões e ações errôneas. Capriche, pois este “detalhe” faz diferença.
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Os grandes produtores de hidromel preferem dar mais atenção aos outros ingredientes do que à
água. Mas mesmo assim, ela é parte fundamental das bebidas fermentadas podendo mesmo
chegar a enormes proporções de mais de 90% da composição da mesma. Então temos que ter
ao menos alguns cuidados com o uso da água para nossos hidroméis.
De uma maneira geral e bem simplista: Se a água é boa para beber também é boa para fazer
meu hidromel. Será? Provavelmente sim. Hoje temos nas torneiras de nossas residências água
que passa por um grande controle de qualidade. Algumas empresas que provém água realizam
análises de hora em hora sobre a qualidade da mesma. O maior problema costuma ser a nossa
própria caixa d’água que pode ter sua limpeza esquecida em alguns momentos. Mas se você
confia muito na sua água e tem como realizar uma boa filtração da mesma, vá em frente.
Antes de falarmos sobre o que procurar para escolher ou não uma água vamos falar rapidamente
sobre filtragem. É interessante e não custa uma fortuna, que você possa montar um filtro em série
na sua casa para filtrar sua água de torneira e assim ter uma água de qualidade excelente para
produzir o seu hidromel. Use um filtro para partículas de 1 micra ou menor seguido por um ou
dois filtro de carvão ativado que vão remover completamente odores indesejados e o cloro.
Vamos também lembrar que existe muito mais pessoas cuidando e monitorando a qualidade da
água que vai até sua residência do que para a produção de água “mineral”. Em alguns casos a
água mineral não passa de água encanada que vai para dentro da garrafa…
Odores
Se a água tem algum odor estranho, mesmo que não pareça ação de micro organismos, não use,
esse aroma, na melhor da hipóteses vai parar no seu hidromel também.
Se o cloro não conseguir matar suas leveduras, ele vai formar um composto chamado Clorofenol
que com certeza vai destruir sua tentativa de criar um hidromel com aromas agradáveis. Nesse
caso uma boa fervura ou um filtro de carvão ativado conseguem resolver o problema e deixar a
água utilizável, se não tiver como remover o cloro nem tente.
Água de Poço
Nunca use água de poço. Poxa, mas é natural, melhor que a de torneira, você pode querer me
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dizer, mas você não sabe de onde essa água vem, se o seu vizinho usa agrotóxicos ou outros
químicos agressivos no terreno dele e se isso pode ou não parar no lençol freático da sua
região… E outra coisa, não conheço muita gente que tem poço em casa e que manda
frequentemente sua água para fazer uma análise completa com varredura por químicos e micro
organismos. Então descarte água de poço.
Água Destilada
Até dá para usar, mas você vai ter que adicionar todos os minerais que ela perdeu quando não
era destilado ou suas leveduras vão sentir falta deles. Se eu preciso reconstituir a água porque
não a utilizar enquanto completinha?
Ok pessoal? Então escolham sua água e vamos colocar esses hidroméis para fermentar!
Reaproveitamento de Levedura:
Como fazer?
Bem vindos amigos hidromeleiros e futuros hidromeleiros. Até agora aqui no blog falamos muito
sobre as leveduras, como hidratá-las, suas cepas e de como as tratar da melhor maneira possível
para que tenhamos o melhor resultado em nossa fermentação. Pois bem, agora vamos começar
a tratar de assuntos um pouquinho mais avançados para a produção de nossa bebidas. Quero
discutir com vocês uma série de assuntos relacionados a coleta de leveduras para
reaproveitamento suas vantagens e desvantagens e após esse artigo vamos conversar sobre
como isolar, cultivar, armazenar e propagar nossa própria levedura.
Sobre o reaproveitamento: essa é uma prática comum tanto entre o pessoal que fermenta em
casa e, dizem, até entre algumas empresas maiores e consiste em aproveitar a lama de levedura
de uma fermentação (a ser colhida no término da primária) e usá-la para fermentar um segundo
mosto.
O método mais adequado é o que usa um processo de lavagem da levedura, para limpar toda a
“herança” deixada pelo mosto anterior.
Material:
2 potes de vidro com cerca de 500 ml de capacidade com tampa (pote de maionese por ex.)
sanitizante de sua preferência (ex: Iodophor)
Preparo do Material
Após limpar todo o material a ser usado com o seu sanitizante preferido, coloque os potes com
tampa e tudo dentro de um panela de pressão, encha com água, tampe e deixe ferver por cerca
de 10 minutos.
Toda a água utilizada no processo deve ser estéril. É só colocar a água no microondas por cerca
de 5 minutos.
Colhendo
Camadas
Aguarde cerca de 5 minutos e você vai ver que uma camada razoavelmente escura se formou no
fundo do pote. Essa camada é sujeira, então, bem devagar para não agitar a solução, derrame
apenas o líquido que está sobre essa sujeira para o outro pote sanitizado. Adicione mais água no
pote (água estéril e fria) e coloque em uma geladeira próximo a 0ºC. Isso vai fazer nossas amigas
dormirem o que previne autólise e outros possíveis problemas. Mas mesmo parecendo tudo
calmo ainda há alguma produção de CO2 então de quando em quando de uma afrouxada na
tampa do pote para que não vire uma granada de leveduras. No dia seguinte faça uma nova
separação. Agora é provável que você tenha três camadas no seu pote: uma mais escura no
fundo que é novamente sujeira, uma mais clara no meio, é que queremos, e uma bem clara em
cima que é a água. Então com cuidado e carinho você vai descartar a água, e coletar apenas a
parte clara e transferir para outro pote, que para o segundo dia passou novamente pelo processo
de limpeza. Agora volte a guardar esse fermento na geladeira e você pode usá-lo em até 5 dias.
Claro que irá preparar um starter para adequar a quantidade fermento necessária à sua
fermentação.
E é isso aí galera. Não é uma prática que eu uso, mas como tem muita gente que pergunta e
gosta de usar, fica aí a dica. Na sequência pretendo falar um pouco sobre banco de leveduras, e
esse é um assunto muito mais complexo.
Temperatura vs Leveduras
Olá a todos e mais uma vez sejam bem vindos. Um grande tema e que é muito extenso é a
questão da temperatura de fermentação. tenho produzido alguns textos sobre o tema e quanto
mais eu pesquiso mais se torna evidente a importância de conduzir (ou pelo menos tentar) a
fermentação em uma dada temperatura correta. Mas agora a questão que surge é qual a
temperatura correte de fermentação.
Como sabemos e já vimos inúmeras vezes aqui no blog as leveduras tem uma faixa de
temperatura considerada ideal: Ex a Lalvin 71B-1122 tem como faixa 15ºC a 30ºC. Mas, se eu
tenho um fermentador de temperatura controlada, em que temperatura eu devo deixar? Muitos
defendem que próximo ao meio da faixa ideal, ou seja, usando a Lalvin 71B-1122 eu deveria
fermentar em cerca de 22ºC, certo? Nem sempre.
produzir substâncias para se defender do meio que para ela está se tornando agressivo, só que
essas substâncias não são boas para nossas bebidas.
Entenda que o calor é um catalizador para as leveduras. Quanto mais próximo da temperatura
máxima permitida para aquela levedura você estiver mais rápido ele vai fermentar, quanto mais
fria a fermentação (respeitando o limite mínimo daquela levedura) mais lenta vai ser a
fermentação. Ultrapassando o limite máximo você mata as leveduras e isso somente depois dela
ter produzido um monte de coisa ruim. Ultrapassando a mínima ela provavelmente vai entrar em
dormência.
Imprimindo características
Temperaturas mais altas causam uma maior perda de aromas frutados (primários), mas pode ser
bom para hidroméis mais potentes e encorpados dos quais queremos um maior tempo de guarda.
Mas cuidado, chegando muito perto do limite máximo você pode acabar dando um belo sabor de
cozido ao seu hidromel.
Se você quer extrair o máximo de elegância, fruta e delicadeza e a máxima expressão do mel
usado, recomendo fortemente explorar as faixas mais frias de temperatura. Isso ajuda a reter as
características originais dos insumos usados. Claro que fazendo isso você vai ter uma
fermentação mais lenta, pode causar excesso de produção de SO2 e ainda corre o risco de a
levedura ter dificuldades para se desenvolver e isso pode acabar em uma fermentação parada.
Mas com nutrição adequada, oxigênio e nitrogênio no ponto certo, o risco cai bastante. Exagere
no frio e as leveduras vão dormir! Produtores de vinho pelo mundo todo estão cada vez mais
lutando para conseguir fermentar seus produtos em temperaturas mais baixas pois isso causa
uma melhor expressão da localidade de origem do produto. Isso pode ser notado por exemplo no
aparecimento de leveduras que se dão melhor a fermentação à baixa temperaturas, como por
exemplo a Lalvin QA23, que promete inclusive baixos níveis de produção de SO2 se fermentado
a baixa.
Pense nisso da próxima vez que for produzir o seu hidromel, aproveite esse controle que está
completamente ao nosso lado. Ajustar esses detalhes pode fazer a diferença entre um bom
hidromel e um hidromel excelente.
Se está se perguntando: Como controlar a temperatura? Dê uma olhada nos links no final do
artigo!
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Criando um fermentador de
temperatura controlada
Termostato TIC-17RGTi
Olá a todos! Depois de um breve período de recuperação das festas de fim de ano vamos iniciar
os trabalhos de 2014!
A alternativa que trago para vocês aqui é relativamente barata e rende resultados muito bons e
ainda de quebra ocupa pouco espaço.
Vamos transformar uma velha geladeira em fermentador de temperatura controlada! Isso mesmo!
Como? Simples, acompanhem:
Material necessário:
Uma geladeira: pode ser dessas velhinhas mesmo. Aqui em Curitiba consigo comprar essas
geladeiras muito barato mesmo. Em cidades do interior sei de pessoas que dão geladeiras de
modelos bem antiguinhas ou que tem pintura feia, pequenos pontos de ferrugem externa, etc,
sem cobrar nada! E funcionando e estando ok por dentro, para nosso uso está perfeito.
Um Termostato: o mais usado no meio de quem faz bebidas artesanais é o Fullgauge TIC-
17RGTi (eu também uso o MT-511Ri), que você encontra em lojas virtuais por preços que variam
de R$59,00 – R$ 100,00, portanto procure bastante! Claro que se você conhece outro termostato
que tenha um sensor com cabo longo e boa precisão no controle de temperatura pode
perfeitamente usar no lugar desse que citei, pois é apenas um exemplo, certo?
Fios, tomadas macho e fêmea, fita isolante, alicate de corte e chave de fenda:
Normalmente esses termostatos não vem com a fiação de saída, ou seja a que vai ser ligada na
tomada da geladeira. Faça você mesmo, contrate um amigo eletricista ou converse com o
pessoal da loja que lhe vendeu o termostato para que mande com a fiação completa para você.
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Quando conseguir sua geladeira faça antes de tudo uma verificação nas vedações da borracha
da porta da mesma para que não fique perdendo temperatura e gaste mais energia do que o
necessário.
Com todos os itens acima em mãos comesse montando a fiação do termostato. Ele tem,
normalmente na parte de trás, os pinos para a fixação da fiação. Vou usar como exemplo o
esquema de montagem do TIC_17RGTi da Fullgauge, se você conseguiu outro no manual com
certeza tem o esquema correto de montagem.
Montagem do TIC-17RGTi
No pontos 1 e 2 são ligados os cabos do sensor. No ponto 7 é ligado o neutro vindo da tomada da
residência, do qual você vai fazer uma ponte para ligar diretamente no neutro da tomada da
geladeira. Não importa a voltagem utilizada o neutro é sempre usado no ponto 7. Já para o
positivo existe uma diferença: se for 110v, o fio vindo da tomada da residência vai ser ligado no
ponto 8com uma ligação em ponte no ponto 10. se for 220v o ponto utilizado para ligar o fio vindo
da tomada da residência é o 9 também com uma ponte para o ponto 10. No ponto 11 você deve
ligar o fio que vai alimentar o positivo da tomada da geladeira, esse ponto só será acionado
quando a temperatura selecionada for atingida ligando assim a sua geladeira.
Não é algo complicado e no manual do termostato vem o esquema explicadinho. Leia e releia
antes de ligar na tomada para evitar queimar o seu termostato.
Retire de dentro da sua geladeira todas as prateleiras e demais cacarecos que estejam presos na
porta, deixando o maior espaço possível livre dentro dela. Afinal você não vai precisar de nada
disso mesmo.
Quando tiver seu fermentador com o mosto pronto para iniciar a fermentação coloque o mesmo
dentro da geladeira e prenda o sensor do termostato na lateral do fermentador e coloque sobre
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ele um pedaço de isopor de maneira que cubra completamente o sensor, deixando que o mesmo
“sinta” apenas a temperatura do fermentador, pois é ele que queremos controlar. Se for preciso
faça um relevo no isopor para que vede melhor o sensor. Prenda o isopor com a silvertape na
lateral do fermentador. Feche a geladeira, regule o termostato e deixe o conjunto trabalhar!
Os bons termostatos tem precisão de 0,1ºC e como tem acionamento imediato a temperatura vai
ser praticamente sempre a mesma no nosso mosto, o que é excelente para a fermentação e
ainda te dá margem para ir com o tempo explorando fermentações em diferentes faixas de
temperatura.
Olá a todos! Tema corriqueiro e grande preocupação para toda pessoa que produz bebidas
artesanais e também para os grandes produtores, claro, é a sanitização. Esse item deve ser visto
e revisto, e grande parte da atenção no processo de produção tem que ser dedicada a ela, a
sanitização pode garantir uma leva de sucesso ou um tremendo fracasso por contaminação com
algum tipo de fungo ou bactéria indesejados no seu mosto.
Há bastante tempo atrás já falamos aqui no blog sobre limpeza e sanitização (clique aqui para ver
o artigo) mas naquele artigo eu não fui muito a fundo na questão dos produtos a serem usados
para a sanitização, deixando esse ponto mais pela preferência do leitor. Hoje, e depois de muitos
testes, vou falar para você do produto que ando usando atualmente e que cada vez mais pessoas
com quem converso sobre o assunto me confirmam sua eficácia: o Iodo!
O iodo (do grego iodes, que significa “violeta”) foi descoberto na França pelo químico Bernard
Courtois em 1811 a partir de algas marinhas, é um elemento do grupo dos Halogênios e é o
menos reativo e o menos eletronegativo de todos os elementos do seu grupo. O Iodo é essencial
para a saúde humana e sua presença está diretamente ligada ao funcionamento da glândula
tireoide.
O Iodo é amplamente conhecido e usado também por suas propriedades medicinais, ou melhor,
de sua capacidade de eliminação de bactérias e fungos, e é exatamente essa parte que nos
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interessa, pois isso por ter muita utilidade em nosso processo de limpeza e sanitização de tudo o
que vai entrar em contato com nosso hidromel.
O Iodo além de ser muito eficiente, pois elimina 99,9% de células contaminantes, pode ser usado
com a técnica de borrifar e secar, ou seja, ao contrário dos ácidos ou do cloro que depois de
usados precisamos enxaguar muito bem todo o material para ter a mais absoluta certeza de que
não ficarão vestígios dos mesmos, o iodo pode ser aplicado após os equipamentos serem
lavados com sabão neutro, e isso continua importante, e apenas deixamos secar naturalmente,
pois o Iodo irá se vaporizar após um tempinho. Lindo isso não?
Claro que temos que preparar o Iodo antes de usar e isso se dá diluindo o mesmo até termos a
proporção de 12,5 ppm (parte por milhão) de Iodo diluídos em água, borrifa-se em todo
equipamento e superfície que entrará em contato com o seu hidromel e deixe agir por pelo
menos dois minutos para ter certeza de que os pequenos e repugnantes contaminadores foram
completamente extintos. Depois é só usar.
Cristais de Iodo
Para calcular a diluição e chegar aos 12,5 ppm basta fazer uma regrinha de três bem simples. E
observe que o Iodo (povidine, iodophor) que se vende por aí não é Iodo puro, pelo contrário tem
uma pequena quantidade de Iodo puro (normalmente não mais de 2%) e então deve-se levar isso
em consideração antes de fazer suas contas, ou seja, em 10ml de Iodophor quanto eu realmente
tenho de Iodo? É esse valor que você tem que diluir para chegar aos 12,5 ppm.
Se usado nessa proporção o Iodo não deixa cheiro, sabor e nem interfere na produção do seu
hidromel. E também usando da maneira correta não corremos o risco de que bebendo o hidromel
estejamos ingerindo uma superdosagem de iodo no nosso organismo, pois ou o mesmo evaporou
todo ou então a quantidade que sobrará no hidromel vai ser tão pequena que passará a não ter
significância.
Um ponto negativo do uso prolongado do Iodo sobre seus equipamentos é que com o tempo eles
tender a ganhar uma coloração levemente alaranjada, mas isso só prejudica esteticamente.
Um ponto imensamente positivo, além dos que já citamos aqui, é que o Iodo é um sanitizando
muito mais barato que os normalmente encontrados no mercado.
Eu, particularmente, tenho usado Iodo e desde que comecei a usar não tive mais problemas com
contaminação. Recomendo! Mas claro que uma lavagem com sabão neutro, e muito bem feita,
não deixa de ser essencial para que o processo de limpeza e sanitização tenha sucesso.
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Estou escrevendo este post a pedido do leitor Marcio Villela, já que era um dos temas que eu
tinha em mente para um próximo post vamos adiantá-lo!
Na verdade a clara de ovos é um dos agentes clarificantes mais antigos que se tem
conhecimento, e ainda hoje é usada na produção de vinho por grandes nomes. Ao contrário da
bentonita a clara de ovo é carregada positivamente e ela se une a partículas carregadas
negativamente formando uma partícula pesada e indo parar no fundo do seu fermentador.
É na verdade um excelente agente clarificante, não leva muito tempo para agir, não altera o sabor
ou o aroma, não deixa resíduos de albumina, se o hidromel contém grandes quantidades de
taninos, adquiridos por exemplo com uso de frutas como Framboesa em meloméis, as claras de
ovos podem exercer um grande papel em arredondar esse hidromel já que carrega os taninos
mais “agressivos” para o fundo do fermentador. Ou seja, após gerar uma certa bagunça
espumosa no seu hidromel nasce uma bebida melhor e mais equilibrada.
Outro ponto positivo é a quantidade a ser usada: Apenas meia clara de ovo para cada 20 litros de
mosto. Isso mesmo. A quantidade é muito pequena e com meia dúzia de ovos você pode clarificar
até 120 litros de mosto. O preparo também ajuda pela simplicidade.
Técnica de uso:
Pegue meia clara de ovo para cada 20 litros de mosto, um pouquinho do próprio mosto a ser
clarificado e uma pitadinha de sal (pouquinho mesmo). Mexe tudo até misturar bem, mas cuidado
para não transformar a clara de ovo em neve ou o efeito não vai ser o desejável. Coloque no
mosto a mistura e mexe bem por cerca de um minuto. A partir de 3 ou 4 dias os efeitos já serão
visíveis e a clarificação deve ser total em cerca de quinze dias. Quando chegar ao ponto de
clarificação desejado faça uma trasfega tomando cuidado para não passar a clara usada para o
novo fermentador. Teoricamente você já poderia engarrafar após essa etapa.
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Bentonita
O que fazer quando temos aquela leva de hidromel que teima e não limpar nunca? Ou quando
gostaríamos de dar uma mãozinha a natureza e acelerar esse processo de trasfegas e
decantações que as vezes simplesmente parecem não ter fim? Será que temos que esperar por
mais tempo que demore? Nem sempre! As vezes nós podemos dar uma acelerada na clarificação
dos nossos hidroméis usando agentes clarificantes.
No nosso caso, ou seja, na produção de hidroméis, alguns deles já são conhecidos e usados a
séculos, como por exemplo a clara de ovos! E atualmente temos amplamente disponível e
facilmente encontrados diversos outros produtos clarificantes entre eles e a sobre a qual vamos
falar hoje: a Bentonita.
Provavelmente você vai encontrar diversos tipos de bentonita no mercado mas a que nós
queremos para usar em nosso hidromel é a bentonita enológica que é destinada especificamente
a clarificação de mostos e pode ser facilmente encontrada em lojas de produtos vinícolas e de
cerveja artesanal.
Outro ponto positivo sobre a bentonita: é muito barata e tem um prazo de validade indeterminado
desde armazenada corretamente.
Como usar?
A bentonita é bem densa e se não for corretamente preparada simplesmente vai precipitar para o
fundo do seu fermentador e não vai alterar em nada o seu mosto, portanto é importante preparar
corretamente antes de usar.
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Deve-se primeiro calcular a quantidade de bentonita a ser usada. Se usada pouco não vai surtir o
efeito desejado e se usada muito corre-se o risco de a bentonita tirar também parte da cor do
hidromel, principalmente se for um melomel.
A medida que eu uso é no padrão 20 a 60 gramas de bentonita para cada 100 litros de mosto
dependendo do grau de turbidez. Se o mosto ainda for bem jovem e estiver muito turvo então
recomento de 60 a 100 gramas a cada 100 litros. Claro que nós raramente fazemos essa
quantidade em casa então é só diminuir proporcionalmente.
Depois de selecionada a quantia devemos diluir a bentonita na proporção 1:10 (para cada grama
de bentonita usar 10 de água) em água, agitar até dissolver completamente e durante 24 horas
agitar de tempos em tempos para homogeneizar completamente. Essa parte é muito importante
pois a bentonita precisa ser muito bem hidratada para que funcione corretamente. Aplique e
trasfegue.
Em poucos dias você verá que a bentonita carregará grande parte, se não toda, a sujeira do
mosto para o fundo do fermentador!
Importante salientar que a bentonita não altera o sabor ou aroma do hidromel. Mas o que é bem
saber é o poderoso aliado que ela pode ser para nós os produtores caseiros!
Existem várias outras substâncias que podem ser utilizadas como clarificantes e várias delas
serão temas de futuros posts aqui no nosso blog.
Outro tema que é muito recorrente em rodas de discussão sobre hidromel é a questão da fervura
do mel. Muitos defendem, muitos são contra. Mas vamos olhar as coisas por partes.
Nós já falamos aqui no Blog sobre mel, mas mesmo assim vamos a um breve resumo. O mel é o
néctar das flores capturado pelas abelhas e que passou por ações enzimáticas, induzidas pelas
abelhas, e depois levemente desidratadas e acondicionadas nos favos dentro das colmeias. É
rico em vitaminas e minerais, possui grande ação antibacteriana e é historicamente um dos
produtos mais importantes para a humanidade. Teve ser uso reduzido após a introdução do
açúcar de cana e lentamente esta voltando a ser mais utilizado.
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Pois bem, os tempos mudaram e hoje nós temos pleno conhecimento e material para evitar as
contaminações dos nossos mostos. Mas ainda existe um grande grupo de pessoas que segue
usando a fervura como aliada na produção do hidromel.
Porque ferver?
Fervendo você vai matar com certeza as bactérias e fungos que poderiam crescer em seu mel e
causar a perda de uma leva em produção, principalmente as leveduras selvagens. Você também
vai ter muito mais facilidade em se livrar de abelhas, pedaços de abelha, favos, e outras coisas
que estejam mergulhadas em seu mel e que seriam praticamente impossíveis de serem
removidas com o mel em estado natural. Além de tudo o mel depois de fervido fica muito mais
fácil para dissolver na água para formar o mosto.
O mel é carregado de compostos aromáticos que são facilmente evaporados e você como uma
pessoa que escolheu seu mel com tanto cuidado não quer perder estes compostos. Fervendo
também matamos juntamente com as bactérias e fungos ruins as bactérias e fungos bons e
alguns são exatamente os que ajudam a manter a estabilidade do mel e sabidamente o mel não
estraga se mantido longe da umidade. A espuma que é formada no topo do mel quando fervido,
normalmente é descartada, mas isso não seria recomendável, pois muito dessa espuma é
proteína e elas ajudam no fornecimento do nitrogênio tão essencial a vida leveduras que
adicionamos ao mosto.
Opinião
Estudos realizados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos sugerem que talvez
exista um meio termo para essa questão. Pois segundo o Dr. Jonathan White, autor do estudo,
não seria necessária uma real fervura do mel, e fim aquecê-lo a 60°C por 22 minutos ou 66°C por
5 minutos, e isso já seria suficiente para uma boa sanitização. Ainda assim conheço pessoas que
defendem que mesmo esse aquecimento controlado seria demasiado e causaria perda das
qualidades do mel. O fato é que sem nenhum tipo de sanitização o mosto dificilmente poderá
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ficar, e se não usarmos nenhum método de aquecimento para o mosto teremos que cedo ou tarde
(e tomara que não seja tarde demais) usar algum produto químico, mesmo que em pequenas
quantidades para garantir a saúde do mosto. Ex: Metabissulfito de Potássio.
Eu, particularmente, tenho produzido com o método de aquecimento a 60°C e não tive maiores
problemas com isso. Na verdade mesmo preparando um hidromel Bouchet onde é necessária a
fervura do mel por algumas horas para que o mesmo se caramelize, o hidromel final ainda assim
ficou com uma intensidade de aroma muito aceitável. Eu acredito que deva ser usado antes de
tudo o bom sendo na hora de produzir e avaliar a necessidade de fervura mais intensa, mais
branda, ou se a qualidade do mel inspira tanta confiança a ponto de não utilizar sanitização
alguma. Tudo vai de analisar cuidadosamente caso a caso .
Para quem tiver interessa em avaliar com mais profundidade e também a fim de ampliar mais e
mais os seus conhecimentos sobre as diferenças entre o hidromel produzido com mel fervido e
não fervido dou a sugestão de produzirem duas pequenas levas cada uma com o mesmo mel,
mesma Gravidade Original e usando a mesma levedura porém um com mel fervido e outra não.
Quando terminar a fermentação poderá então avaliar com muito mais profundidade as diferenças
entre um e outro método.
Você seguiu todos os passos ao preparar o mosto: Limpou e sanitizou todos os utensílios,
fermentador e absolutamente tudo o que iria entrar em contato com o mosto, você tomou os
cuidados necessários na hora de reidratar as leveduras (se ainda não sabe o método clique
aqui!), vedou bem o seu fermentador e o colocou em um local arejado ou mesmo tomou o
cuidado de o colocar em um ambiente sob temperatura controlada (aprenda mais sobre a
temperatura de fermentação – clique aqui!), o seu hidromel começou a fermentar você já fazia
planos para ele e de repente sem “mais nem menos” ele parou a fermentação e foi muito, mas
muito antes da hora. E agora?
O que aconteceu não é uma coisa tão rara e que pode ter diversos fatores causadores e para a
nossa sorte, pode sim, ter como reiniciar a fermentação travada. Nós já havíamos falado aqui no
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blog sobre outros problemas que podem ocorrer no seu hidromel (clique aqui para ver o post)
mas esse merece uma atenção especial.
PH muito baixo: Se o PH do seu mosto está abaixo de 3,2 então provavelmente esta é a causa da
sua fermentação ter parado pois se torna um ambiente muito inóspito para as leveduras viverem.
Para corrigir este problema basta adicionar Carbonato de Cálcio. Adiciona uma pequena
quantidade por vez e realize nova medição. Vá adicionando o Carbonato de Cálcio até chegar a
3,8.
Temperatura de Fermentação muito baixa: Isso vai variar de levedura para levedura pois a
tolerância varia de cepa para cepa. Para corrigir o problema basta aumentar a temperatura de
fermentação talvez trocar o local onde está o fermentador resolva.
Conservantes nos ingredientes: Você pode ter optado por usar, por exemplo, suco de frutas
pronto para facilitar a vida, mas se não prestou atenção na embalagem do produto comprado e
este tinha na composição conservantes você pode ter matado as coitadas das leveduras. Nesse
caso não há muito que fazer, seu exterminador de leveduras…
Falta de Nutrientes: Leveduras não precisam somente de açúcar para viver, elas também
necessitam de vários nutrientes (clique aqui para ler mais sobre o assunto) variados,
principalmente no início da fermentação e se você não adicionou a quantidade correta ou não
adicionou nada isso pode ser a causa da sua fermentação parada. Preparar um novo fermento e
agora colocar a quantidade correta de nutrientes pode ajudar a reiniciar a fermentação. Mais
abaixo eu mostro como preparar um novo fermento para isso.
Levedura viável em quantidade insuficiente: A partir do momento que as leveduras são colocadas
no seu recipiente de venda até a sua data de validade expirar ela perde dia a dia um pouco das
células que são viáveis e se você usou seu fermento muito próximo da data de validade ou ainda
usou menos do que a recomendação do fabricante para a quantidade de mosto pretendido então
ela pode simplesmente não ter dado conta do recado.
Falta de Oxigênio: É sabido que um dos mostos mais difíceis de oxigenar é o de hidromel, isso
decide a características próprias do mel. E também sabemos que oxigênio é fundamental para as
primeiras horas de vida das nossas amigas leveduras. Então se não teve oxigênio em quantidade
necessária… possíveis soluções: 1) Se a fermentação ainda estava bem no inicio coloca oxigênio
neste mosto! Se tiver um cilindro de oxigênio puro (hospitalar) ótimo! Com uma mangueira de
silicone e uma pedra difusora (destas de aquário) é só deixar o oxigênio fluir para dentro do
mosto por um minuto. 2)Preparar um novo fermento e agora colocar a quantidade correta de
nutrientes e oxigênio pode ajudar a reiniciar a fermentação. Mais abaixo eu mostro como
preparar um novo fermento para isso.
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Temperatura de fermentação muito alta: Isso vai variar de levedura para levedura, pois a
tolerância varia de cepa para cepa. Bem, além de expor suas amigas leveduras a possibilidade
de morrerem cozidas, você corre grande risco de criação de off-flavors. Para corrigir: bem essa foi
mesmo a causa você já deve ter matado todas as leveduras cozidas. Então deve preparar um
novo fermento. Mais abaixo eu mostro como preparar um novo fermento para isso.
Novos caminhos!
Muito bem, se nossa levedura possivelmente morreu ou então não deu conta do recado então é
hora de colocarmos uma nova cultura de leveduras e agora devemos tomar todo cuidado, pois
nosso mosto já foi exposto ao ambiente e é até possível que já exista uma pequena flora de
leveduras silvestres se instalando, então uma ótima opção de levedura para essa tentativa de
reanimação é a Lalvin K1V-1116 que é conhecida por se sobrepor a todos os outros seres que
poderiam atrapalhar nossa fermentação, ou seja, é o verdadeiro Yeast Killer!
Se seguir esse passo a passo tem muitas chances de reativar sua fermentação com sucesso. E
mantenha todos os utensílios usados para esse processo limpos e sanitizados, mas não morra de
medo de contaminações agora, pois o seu mosto estava praticamente perdido de qualquer
maneira!
TABELA DE CALCULOS
obs: galão imperial = 4,546 litros libra= 453,59 gramas onça=28,3495 gramas
observe ainda que para os ingleses o ponto separa as decimais como nossa vírgula e quarto se
refere a quarta parte do galão
o galão imperial ( Inglaterra) é maior que o americano (3,7853 litros)
assim a tabela acima poderia ser expressa em nosso sistema decimal, como abaixo:
Atenção: a mistura a ser pesada deve estar 15 graus centígrados, do contrário deve ser usada a
a tabela de correção apropriada
Pese um litro da mistura, não se esqueça de descontar o peso do recipiente, e interpretre a tabela
se a mistura por exemplo estiver pesando 1,098 kg ou 1098 gramas , o seu hidromel resultará
em muito doce , pois deve ter aproximadamente a proporção de 400g de mel por litro, com um
teor de açúcar a fermentar de aproximadamente 22,81 %. A rigor o peso específico seria 1,098
g/l, mas a nossa tabela aponta para 1,096, devido à aproximações entre os sistemas e
arredondamentos, etc.
A tabela abaixo, tem mais de 100 anos de idade, foi elaborada para se evitar cálculos,no fabrico
do hidromel. Embora estes cálculos sejam muito fáceis, a tabela é precisa e prática, pois quando
se está elaborando o mosto, para se fazer o hidromel, não se pode errar as proporções, sob pena
de muitos meses depois ,se verificar, que houve um lamentável e irreparável engano.
Mel (em
0,25 0,50 1 1,25 2,50 5 10 12,50 25
litros)
Mel (em
0,37 0,74 1,48 1,85 3,70 7,40 14,80 18,50 37
quilogramas)
Ácido
tartárico em 0,05 1 2 2,05 5 10 20 25 50
pó (g)
Pólen Fresco
0,05 1 2 2,05 5 10 20 25 50
(g)
Subnitrato de
bismuto em 1 2 4 5 10 20 40 50 100
pó (g)
Tabela 3
Proporções/Tipo de Hidromel
Conteúdo
Mel/ Densidade
de
Hidromel agua. relativa do
açúcar do
g/l mosto
mosto
espumante 200 g 1,053 13,0%
seco 250 g 1,064 15,6%
seco 300 g 1,075 18,1%
seco 350 g 1,086 20,6%
meio seco 400 g 1,096 22,8%
doce 500 g 1,114 26,1%
dulcíssimo 600 g 1,128 29,7%
Tabela 5 -
22,00 0,0013
23,00 0,0016
24,00 0,0018
Tabela 6 -
A tabela abaixo é empregada para calcular o teor alcoólico que o mosto atingiu após ter sido
fermentado .Não é possível medir o teor alcoólico de uma mistura desconhecida de água,álcool e
açúcar (do mel). O alcoômetro, similar ao densímetro deve ser usado para uma mistura de água e
álcool , para dar uma medida aceitável. Em última análise, um alcoômetro não deixa de ser um
flutuador, assim como o densímetro, que afunda mais na mistura se esta for menos densa.
Quanto maior o teor alcoólico menor é a densidade, menor o peso específico da mistura. Mas
relativamente, é possível se obter uma mistura de elevado teor alcólico, mas com elevada
densidade relativa. Por exemplo, um licor, pode ter um teor alcoólicos de 30 % e é um líquido
açucarado,feito com uma mistura de xarope e álcool. Caso se vá mensurar o teor alcoólico desta
bebida ( que é na verdade uma mistura) com um alcoômetro que foi construído para se medir
uma mistura de álcool e água, ter-se-á uma leitura inteiramente falsa, por estar altamente
influenciada pelo teor de açúcar da mistura, que apresentará zero % de álcool !
Ou seja a densidade relativa da mistura é igual ou superior a da água pura. Ou seja, o alcoômetro
não vai afundar, como se houvesse tão somente água e álcool na mistura.Para contornar este
problema, deve-se então, empregar o densímetro em duas medições. Quando se inicia a
fermentar o mosto e depois de (alguns meses) completamente fermentado. Pela diferença dos
pesos específicos se faz a estimativa de álcool na mistura. Abaixo apresenta-se um exemplo
ilustrativo da situação de um mosto antes e depois de ser fermentado.
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Para se ter uma ideia exata do teor alcoólico da hidromel, somente por destilação, em ambiente
fechado, um trabalho de laboratório, com diversos controles, quase que alquimia .
A mistura inicial com peso específico digamos de 1,114 foi sendo devorada pelos fermentos que
transformaram o açúcar em álcool, assim o peso específico foi baixando até digamos 1,002.
=0,112
vezes 105 = 11,76 % de Álcool
vezes 125 da 14 % de Álcool por
volume ( mais comumente usado)