Energia Solar Caseira – Parte 3

Instalação e Montagem
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Conteúdo

Tabela de Figuras............................................................................................ 2
1 – Introdução.................................................................................................. 3
2 – Instalação Residencial............................................................................... 5
2.1 – Instalação dos Suportes...................................................................... 5
2.2 – Instalação dos Painéis ...................................................................... 10
2.3 – Instalação Elétrica............................................................................. 11
3 – Considerações Finais .............................................................................. 16
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Tabela de Figuras

Figura 2-1: Montagem de um sistema solar residencial..............................................5

Figura 2.1-1: Medição do telhado para instalação dos painéis. .................................6
Figura 2.1-2: Suportes fixados à estrutura do telhado. ...............................................6
Figura 2.1-3: Suportes e trilhos verticais ....................................................................7
Figura 2.1-4: Instalação dos suportes e trilhos com ajuda de amigos. .......................7
Figura 2.1-5: Posicionamento e espaçamento dos suportes verticais. ......................8
Figura 2.1-6: União de dois trilhos de alumínio para formar toda a estrutura ............9
Figura 2.2-1 – Início da instalação dos Painéis ..........................................................10
Figura 2.2-2: Checagem do alinhamento do primeiro painel ......................................10
Figura 2.2-2: Instalação dos painéis restantes ...........................................................11
Figura 2.3-1: Instalação Elétrica .................................................................................11
Figura 2.3-2: Imagens da instalação elétrica do sistema solar. ................................12
Figura 2.3-4: Posicionamento do Inversor e preparação da caixa de passagem .....13
Figura 2.3-5: Detalhes da montagem dos painéis ....................................................14
Figura 2.3-6: Detalhes do conduite que desce do telhado .......................................14
Figura 2.3-7: Relógio de medição para sistemas conectados à rede elétrica...........15
Figura 2.3-8: Detalhe do disjuntor especificado para o sistema. ..............................15
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1 – Introdução

A instalação do Painel Solar é uma das partes mais importantes na

montagem de um Sistema Solar Fotovoltaico. É na montagem que o usuário deve
definir a posição, local e ligações que o painel terá. Após a primeira instalação,
alterações podem ser feitas, mas, dependendo de como foi feita a instalação dos
suportes e fiação elétrica, pode ser muito difícil, ou muito caro alterar tudo
novamente.
O Painel Solar, depois de montado e pronto, deve ser instalado de maneira a
garantir as seguintes condições:
 Eficiência de captação de luz solar;
 Fácil acesso para manutenção;
 Ambiente livre de sombras, sujeiras e riscos de danos;

Eficiência na captação de luz significa inclinação adequada para uma maior

incidência de luz solar, ou seja, posição em que o painel receberá uma maior
quantidade de luz, ou luz solar por mais tempo. No Brasil é aconselhável instalar os
painéis na linha paralela ao movimento do sol, com pequena inclinação para o norte.
Dependendo do tipo do telhado da casa, o painel poderá ser instalado
diretamente sobre ele, sem a necessidade de suportes para inclinação, apenas para
fixação. Quanto mais direta for a incidência da luz solar no painel, maior será a
potência produzida por ele.
O acesso para manutenção ao painel solar é essencial para sistemas
caseiro, pois sempre estaremos ajustando ou aprimorando nosso sistema. Uma vez
que nos ambientamos com a construção e vemos o resultado deste trabalho, é
comum querermos construir mais painéis e conectá-los aos existentes, aumentando
a capacidade total do sistema. Além disso, a manutenção para os casos de
problemas elétricos e físicos, como sujeira, trincas, folhas, etc., podem ser
constantes, dependendo da região da residência. Ao contrário do que muitos
pensam, o telhado é um local de fácil acesso, pois com apenas uma escada
podemos alcançar os painéis, diferentemente de jardins, onde a sujeira e o risco de
danos com animais e pessoas são maiores. Além disso, a distância do telhado para
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o interior da casa, ou garagem, onde normalmente se encontram o resto do sistema

é bem menor do que qualquer outra. A distância do painel para os equipamentos do
SF (sistema fotovoltaico) é responsável por perdas de corrente nos fios elétricos.
Quanto maior a distância, maior a perda.
Um ambiente livre de sombras e sujeira possibilita mais eficiência, pois
proporciona maior incidência de luz às células solares. Para isso é importante ter
fácil acesso, para manter os painéis sempre limpos, e verificar se não há trincas ou
danos.
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2 – Instalação Residencial

Instalações residenciais típicas, em telhados, usam sistemas de montagem

em racks, sequência de painéis (fileiras) e conduítes para interconexões de todos.
Na figura abaixo, uma instalação residencial utilizando painéis com células mono-
cristalinas que produzem 0,5 Volts.

Figura 2-1: Montagem de um sistema solar residencial

2.1 – Instalação dos Suportes

A equipe de instalação mede a área do telhado e checa exatamente onde

devem ser posicionados os painéis. Mesmo que o painel adicione uma carga a mais
no telhado, o peso não é suficiente para alterar a estrutura, nenhuma alteração é
necessária numa instalação residencial caseira. Porém, as bases do rack devem ser
presos ao esqueleto da estrutura do telhado, não apenas às telhas.
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Figura 2.1-1: Medição do telhado para instalação dos painéis.

Os suportes ou espaçadores mostrados abaixo são afixados à estrutura do

telhado utilizando brocas de 3 e parafusos de 6 centímetros. Os buracos são pré
marcados e perfurados. Selantes são utilizados para evitar problemas no telhado.

Figura 2.1-2: Suportes fixados à estrutura do telhado.

Na figura seguinte, as trilhas frontais terão pequenos clipes imobilizadores

para segurar a parte da frente de cada painel. Os trilhos verticais servem para
elevar os painéis ao ângulo desejado para a latitude da residência. Os clipes são
ajustáveis lateralmente. Os trilhos de suportes verticais, também servem para
ajustar o nível dos painéis. Esta instalação foi ajustada com 35º.
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Figura 2.1-3: Suportes e trilhos verticais

Embora a instalação possa ser feia por apenas uma pessoa, uma ajuda de
alguns amigos podem facilitar bastante o trabalho, segurando os tilhos nos suportes
verticais.

Figura 2.1-4: Instalação dos suportes e trilhos com ajuda de amigos.

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Estas tilhas são de alumínio, muito leve e fácil de cortar e posicionar para
montagem.
O espaçamento entre as fileiras de painéis solares são cruciais. À medida
que o sol se move da posição máxima, durante o verão, para uma posição mais
baixa, durante o inverno, os painéis não podem fazer sombra uns nos outros.
Sombras horizontais podem diminuir a produção de energia nos painéis. O
espaçamento deve ser feito no projeto, e pode ser testado antes da instalação.
Podem ser utilizados alguns suportes móveis para os ajustes.

Figura 2.1-5: Posicionamento e espaçamento dos suportes verticais.

Os trilhos em “C”, construídos de alumínio, devem ser colados ou

parafusados juntos para formar a estrutura completa dos trilhos, no caso de vários
painéis. Na imagem abaixo, o instalador está segurando dois trilhos, pré perfurados,
que serão unidos para formar uma estrutura maior. Um pedaço de alumínio é usado
junto com uma arruela para unir os trilhos.
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Figura 2.1-6: União de dois trilhos de alumínio para formar toda a estrutura

Os trilhos e suportes devem ser medidos para ficar alinhados e nivelados.

Uma nova checagem é feita quando os suportes estão levantados, para evitar um
possível desnível e fazer os ajustes finais. Esta instalação tem 33 painéis de 170
Watts cada, formando um total de 5,6KW. A instalação dos suportes e racks foi feita
em 2 dias e meio.

Figura 2.2-7: Inspeção no alinhamento da montagem dos racks.

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2.2 – Instalação dos Painéis

O primeiro painel é colocado e é checado o nível e alinhamento. Será

colocado 11 painéis por trilhos, ou fileira. Esse painel oferece tensão de circuito
aberto igual a 43,2 Volts, tensão máxima de 34,8 V, corrente máxima de 4,9
Amperes e eficiência de 13, 1%.

Figura 2.2-1 – Início da instalação dos Painéis

Os painéis devem ser instalados no mesmo ângulo, por isso é importante a

checagem na parte final da instalação dos suportes. Com os painéis no mesmo
ângulo a produção de todos os painéis se manterá igual. Alguns ajustes podem ser
necessários. Os painéis devem ser colocados na posição antes de fixá-los nos
trilhos.

Figura 2.2-2: Checagem do alinhamento do primeiro painel

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Figura 2.2-2: Instalação dos painéis restantes

Todos os painéis devem ser colocados em esquadro. A mínima diferença de

alinhamento entre os painéis é suficiente para diminuir a eficiência de todo o arranjo.
Com o primeiro painel de cada fileira bem alinhado, a instalação dos demais fica
fácil, seguindo o esquadro inicial.

2.3 – Instalação Elétrica

A instalação dos conduites deve ser feita respeitando as normas estipuladas

na ABNT. Uma consulta às normas ABNT podem ser feitas facilmente pelo site
www.abnt.org.br.

Figura 2.3-1: Instalação Elétrica

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As caixas de passagem devem ser afixadas ao chão, no caso do telhado

plano, ao telhado. Mas se o telhado for inclinado, preferir a instalação das caixas e
conduites acima da laje, ou na parte interna do telhado.
Por isso há algumas questões sobre a escolha das caixas e conduites. Para
peças que ficarão expostas ao sol e chuva, melhor escolher peças de metal, pois
são mais resistentes e melhor vedadas. Para aquelas instaladas sob o telhado
podem ser escolhidas as de plástico, pois além de mais baratas, são mais leves. As
caixas podem ser presas com cola adesivo, do tipo epóxi.
O dimensionamento dos fios e cabos devem ser feitas levando em conta as
correntes e voltagem do sistema todo. Há tabelas para dimensionamento de fios
elétricos, também definidas pela ABNT. Você encontra uma tabela no Anexo 2 do
ebook Energia Solar Caseira.
Para fios ou cabos que serão instalados na superfície do telhado, que ficarão
expostos sob o sol, deve-se superdimensionar a bitola, para evitar perdas por
aquecimento dos mesmos.

Figura 2.3-2: Imagens da instalação elétrica do sistema solar.

Podemos ver na figura 2.3-2, alguns passos da instalação elétrica do sistema

solar. Na imagem 1 temos várias bobinas de fios elétricos de diversas cores, usadas
para facilitar a identificação de cada circuito. Na imagem 2, a caixa de distribuição e
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disjuntores ligam todas as fileiras ao inversor. As caixas de passagem, como

mostrado na imagem 3, que estão colocadas sobre o telhado, são minimamente
elevadas para evitar contato com água ou detritos que podem se depositar sob o
telhado. Os conduites são projetados com a ajuda de linhas que servem para
alinhá-los em relação às caixas de passagem, mostrado na imagem 4.

O inversor, as baterias, o controlador de carga e os outros equipamentos do

SF precisam ser colocados em local seguro, e coberto. Não podem receber chuva.
Na figura abaixo, 2.3-4, o inversor é colocado abaixo da aba de um telhado, um
nível acima. Na figura ao lado, o instalador prepara os fios na caixa de passagem.

Figura 2.3-4: Posicionamento do Inversor e preparação da caixa de passagem

O painel solar, desta instalação, foi comprado com uma fiação pronta, como
mostrado na figura 2.3-5, imagens 1 e 2, com um plugues machos e fêmea para
conexão. Observe também na figura 1 que os cabos são cuidadosamente
encaixados nos conduites do suporte para evitar estrangulamento. Na imagem 3
podemos visualizar a distância entre os painéis e o inversor. O conduite que leva os
fios aos equipamentos restantes, no piso térreo, pode ser visto na imagem 4.
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Figura 2.3-5: Detalhes da montagem dos painéis

Na próxima figura, 2.3-7, é mostrado o conduite, vindo telhado para alimentar

o relógio de medição.

Figura 2.3-6: Detalhes do conduite que desce do telhado

No detalhe da figura a seguir, está um relógio de medição da potência

produzida pelo painel. No caso de sistemas conectados à rede elétrica, a
concessionária exige um relógio de medição como esses, para evitar realimentação
à rede elétrica, o que prejudicaria a malha da concessionária.
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Figura 2.3-7: Relógio de medição de potência para sistemas conectados à rede elétrica.

Se o seu sistema exigir disjuntores, eles não devem exceder 20% do total do
painel de distribuição. Neste caso, o painel de distribuição era de 200A, isso limitava
o disjuntor a 40A, a máxima corrente do sistema foi de 25A. No estudo do painel de
distribuição, verificou-se que seria necessário aumentar a bitola do fio para o
disjuntor do sistema.

Figura 2.3-8: Detalhe do disjuntor especificado para o sistema.

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3 – Considerações Finais

Um Sistema Solar Fotovotaico pode ser montado e instalado em qualquer

parte de um prédio ou residência que há incidência de luz solar.
Deve ser levado em consideração para definir o local da montagem e
instalação: o tipo de construção: casa ou prédio, o local: telhado ou jardim, no caso
de telhado, o tipo do telhado: plano ou inclinado e principalmente o custo da
montagem.
Como estamos direcionados para construções caseiras, do tipo faça você
mesmo, o ideal é uma instalação simples, que fique mais próximo do usuário, utilize
a menor quantidade de fios e cabos, sem estrutura metálica e que não interfira na
estrutura da construção. Normalmente, no primeiro projeto, é feito uma montagem
simples, apenas para verificar que o SF é muito útil e que de fato funciona. A
medida que o usuário vai experimentando mais sofisticação e aumentando seu
sistema a montagem pode ser repensada e otimizada para uma perfeita harmonia
entre design e funcionalidade.