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PARAIBUNA-SP
2016
INSTITUTO EDUCACIONAL DO VALE DO PARAÍBA
ALINE CRISTINE DOS SANTOS
PARAIBUNA-SP
2016
FICHA CATALOGRÁFICA
SANTOS, Aline Cristine dos.
MEDIAÇÃO DE CONFLITOS ESCOLARES, Paraibuna. 2016.
Orientação:João Tomaz de Oliveira.
PARAÍBA
APROVADA EM ........../............../........................
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr.
COORDENADORA
Paulo Freire
AGRADECIMENTOS
A deusa na qual tenho fé, onde busco forças e me torna possível respirar e
existir,
A minha mãe, que já não esta mais entre nós para ver esta conquista,
Meu filho amado que por vezes ficou sem a presença da mãe para que este
estudo pudesse de fato acontecer e a todos que contribuíram e acreditaram em meu
potencial.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a meu filho Ían Curtis com muito amor.
RESUMO
Atualmente precisamos rever nossas ideias sobre conflitos e de que forma podemos
gerencia-los. No ambiente escolar devemos identificar situações cotidianas em que
esses conflitos possam ser meios interessantes de gerar aprendizagens. A gestão
desses conflitos e a mediação devem ser aprendidas, praticadas e multiplicadas por
toda a comunidade escolar. Desafiar os envolvidos a criarem suas próprias
respostas para seus enfrentamentos, experimentando novos modos de pensar e
fazer, reinventando projetos, dando novos significados aos que já existem e integra-
los à proposta pedagógica da escola. Sugerir a construção de parcerias e alianças
que tirem a escola do isolamento. Os conflitos são parte de nossa realidade, de
nossa vida, simples ou graves nos obrigam a rever ou reafirmar valores e
posicionamentos. Não haveria mudança e nem aprendizagem sem eles. Conflitos
são diferentes de manifestações violentas, estas não podem e nem devem ser
toleradas, precisam ser interrompidas e reparadas com justiça restaurativa. À
medida que vamos compreendendo e lidando com os conflitos, a cultura da escola
irá se transformando e logo se terá uma cultura de dialogo e paz, que são a
verdadeira base para as mudanças.Este trabalho é um olhar sobre as possíveis
formas de se manejar os conflitos no espaço escolar, com base na escuta ativa, no
diálogo, no manejo das situações para que não se agravem.
Today we need to revise our ideas about conflict and how we can manage them. In
the school environment should identify everyday situations in which these conflicts
can be interesting means of generating learning. The management of these conflicts
and mediation must be learned, practiced and multiplied by the whole school
community. Challenge those involved to create their own answers to their struggles,
experimenting new ways of thinking and doing, reinventing projects, giving Giving
new meanings to those that already exist and integrates them to the pedagogical
proposal of the school. Suggest the construction of partnerships and alliances that
take the school of isolation. Conflicts are part of our reality, of our life, simple or
serious force us to revise or reaffirm values and positions. There would be no change
and no learning without them. Conflicts are different from violent demonstrations,
they cannot and should not be tolerated, need to be stopped and repaired with justice
restorative. As we understanding and dealing with the conflicts, the school culture will
be transformed and soon they will have a culture of dialog and peace, which are the
real basis for the changes.This work is a look into the possible ways to handle
conflicts at school, based on active listening, dialog, in the management of situations
for which does not worsen.
INTRODUÇÃO...........................................................................................................10
CAPÍTULO I – DIFERENÇA ENTRE CONFLITO E VIOLÊNCIA..............................14
CAPÍTULO II – MANIFESTAÇÕES VIOLENTAS NO AMBIENTE ESCOLAR.........20
2.1 – FATORES EXTERNOS QUE DESENCADEIAM VIOLÊNCIA........................21
2.2 – FATORES INTERNOS QUE DESENCADEIAM VIOLÊNCIA..........................23
CAPÍTULO III – ESCOLA CIDADÃ: UMA POSSIBILIDADE ENVOLVENDO TODA
A COMUNIDADE ESCOLAR.....................................................................................27
3.1 – A VOZ DOS JOVENS ALUNOS.......................................................................32
3.2 - A VOZ DA FAMÍLIA E DA COMUNIDADE..................................................... 34
3.3 – CONVIVÊNCIA E COMUNICAÇÃO PARA SE TER SEGURANÇA................36
CAPÍTULO IV - INTERROMPENDO VIOLÊNCIAS E REPARANDO DANOS........38
5.1 - O PROFESSOR MEDIADOR ESCOLAR E COMUNITÁRIO (PMEC)..............42
5.2 JUSTIÇA RESTAURATIVA- UMA PRÁTICA ALTERNATIVA PARA A
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS.................................................................................47
CONCLUSÃO............................................................................................................50
BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................52
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INTRODUÇÃO
A escola deveria ser o espaço onde esses conflitos fossem meios sadios para se
promover aprendizagens, por meio de situações vivenciadas no contexto do dia a
dia. Quando bem manejados, podem se desdobrar em situações de intensa
criatividade, mas em muitas vezes a falta de preparo para lidar acabam colaborando
para que os mesmos se transformem em incivilidades e violências. Os conflitos
estão em toda parte, fazem parte da vida e no ambiente escolar por se tratar de uma
micro sociedade eles ganham destaque. Não podemos classifica-los como bons ou
ruins mas a forma como lidamos com eles é que podem ser positivas ou negativas.
Compreender tudo isso acaba por se tornar o maior desafio para todos da
comunidade escolar, em especial gestores e professores.
Os conflitos quando são ignorados podem ter consequências não desejadas,
causam sentimento de insegurança que podem reforçar ações violentas. É muito
comum a confusão entre conflito e violência e suas denominações erronêas são as
possíveis causas da inabilidade no manejo das situações conflituosas. Quando os
sentimentos de insegurança surgem com ou sem razões objetivas, todo o
aprendizado fica comprometido, assimilar o que é proposto fica muito mais difícil. A
mídia tendenciosa reforça ainda a ideia de que não se pode fazer nada a respeito,
que os comportamentos comprometidos em conflitos ou violências que acontecem
em tantas escolas é reflexo de nossa sociedade e situação econômica, parte da
cultura atual e que devemos aceita-lá. Essa ideia não deve ser aceita visto que
mesmo em situações extremas e difíceis é possível fazer da escola um local seguro,
alegre e estimulante para todos que ali estão. Para isso de fato acontecer é
necessário interesse por parte de todos os envolvidos, em especial gestores,
professores, família e parceiros, visto que causas internas de origem pedagógicas,
administrativas são tão relevantes quanto as externas de cunho social ou
econômico. A relação escola-comunidade deve ser olhada como transformadora,
onde um ambiente aprendiz, de paz possa exercer influência positiva. Sem
desconsiderar os fatores externos, este trabalho foca em causas internas que
podem gerar rupturas de equilíbrio no ambiente escolar. Condutas e atitudes como a
dificuldade de reconhecer e lidar com conflitos, aulas sem sentido, incoerência na
equipe, ausência de protagonismo juvenil, desestrutura dos colegiados, regras
impostas e punições são alguns fatores que colocam a escola em risco e
envenenam o ambiente. A gestão escolar pode criar condições para provocar
reflexões e agir coletivamente, fortalecendo um clima favorável ao dialogo. Criar e
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escola rotulada por uma cultura desordenada em espaço de cultura de paz, onde
pessoas compreendem e lidam com conflitos de forma eficaz, impedindo que se
transformem em violências. Orientar políticas públicas que complementem e torne
ainda mais viável à proposta de desenvolvimento do trabalho do professor mediador.
E, ainda mais, fomentem a possibilidade de instauração de uma mentalidade voltada
para a restauração das relações harmoniosas que devem existir dentro da escola.
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porque se esta com medo. Violência e conflito estão próximos e parecem-se muito,
porém não são iguais.
Dos conflitos podem nascer pensamentos criativos que são transformados em
arte. A criação nasce partindo do conflito entre o que se tem e aquilo que não se
tem, do que existe e do que não existe, do que não satisfaz e da perspectiva. Da
destruição para a construção. Segundo Nietzsche o conflito é importante para a
criatividade “É preciso ter caos dentro de vocês mesmos afim de dar a luz uma
estrela dançante. O preço da fertilidade é ser rico em oposições internas.” (Assim
falava Zaratustra). Comumente ouvimos professores dizendo que seus alunos são
violentos, que sua sala ou escola é violenta ao invés de dizer que estão havendo
conflitos, os quais não se estão sabendo lidar. Juntamente com essas falas vem as
justificativas, onde procuram-se culpados para as situações e não soluções para os
possíveis problemas. Isso porque é inerente do ser humano negar, esconder ou
ignorar os conflitos. Essas colocações se dão pelo despreparo e inabilidade em lidar
com eles. É relutante admitir os conflitos ou a violência, tanto os interpessoais com
também os intrapessoais “Seja para preservar a imagem da instituição e seus
funcionários, seja como estratégia de sobrevivência quando confrontados com a
incapacidade para lidar com problemas diários” (RUOTTI,2007, p.51).
Para lidar com os conflitos e com a violência são necessários três passos
iniciais. O primeiro passo é reconhecer sua existência, depois diferenciar um do
outro, por último – que demanda mais tempo – desenvolver as competências
necessárias para transformar conflitos em oportunidades de mudança no
comportamento e aprendizagem “Competência é a capacidade de agir eficazmente
em um determinado tipo de situação, apoiando-se em conhecimentos, mas sem se
limitar a eles” (PERRENOUD,2000).
Cada um tem uma opinião diferente a cerca do que são conflitos, dependendo
da idade, condição social, posição que ocupa, ideologias ou cultura. Independente
disso sabemos que conflitos tem origem nas diferenças, estão de dentro e entre os
seres humanos já que nenhum é igual ao outro. A interação se da dispondo de
diferentes condições, recursos, bens, diretrizes, valores, normas, procedimentos,
interpretações, valores, buscando chegar a um mínimo de equidade. Nos registros
históricos existe por traz de cada conquista um conflito, seja na arte, politica,
economia. Os conflitos ocasionam mudanças. Segundo Michael Fullan no ambiente
escolar o conflito bem gerido pode colaborar com o aperfeiçoamento.
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sido atingida. O desequilíbrio social também gera violências no que tange a privação
de direitos e imposição de sofrimentos desnecessários. A falta de tempo que as
famílias tem para dedicar-se a dialogar com os filhos e educa-los em parceria com a
escola é resultado das condições exaustivas de trabalho as quais as pessoas são
submetidas. Faltam também politicas públicas que realmente beneficiem a todos e a
participação efetivas dos membros da sociedade. A concentração de riquezas nas
mãos de poucos é um desrespeito à cidadania e os recursos insuficientes
destinados a educação nascem no contexto socioeconômico de violência e
exclusão. Dificilmente conseguimos estabelecer relações horizontais quando se tem
dificuldade em partilhar decisões e participar efetivamente de políticas que definam o
destino de suas vidas, seja pela falta de conhecimento, apropriação ou experiência.
Essa realidade dificulta o monitoramento e cobrança de ações de seus
representantes e também dos servidores públicos. Nas unidades escolares isso é
refletido na dificuldade em dialogar e expressar conflitos de forma positiva, criativa,
não violenta. A burocracia e rigidez dos sistemas de ensino não colaboram na oferta
de boas condições de trabalho e remuneração digna, obrigando os docentes a
deslocar-se por várias escolas, revelando com isso uma situação de violência que
gera outras.
A descontinuidade nas políticas públicas em relação à educação e o próprio
sistema de ensino também é outro aspecto que que afeta escolas e as impede de
construir um ambiente seguro e equilibrado. Quando um projeto é interrompido,
todos os envolvidos sentem-se desrespeitados já que muitos empenham-se e
dedicam-se totalmente para o sucesso do mesmo. Quando isso acontece muitos se
desencantam e já não aceitam outras propostas, resistem as mudanças. A ausência
de diálogo oculta conflitos e desencadeia manifestações violentas em sala de aula e
na escola. Condutas como racismo e machismo que estão enraizadas em nossa
cultura patriarcal, contribuem e muito para que a discriminação e violência contra
mulheres, negros e homossexuais sejam toleradas. Noções diferenciadas do que é
legal ou ilegal depende da circunstância, classe social dos envolvidos, consumismo
e exposição à cenas de violência na mídia que geram diferentes manifestações e
desconsideração pelas necessidades e direitos dos outros. Os meios de
comunicação colaboram como influência negativa, mesmo que não visem criar
realidades eles os expõem para a sociedade.
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acontece os resultados podem ser graves. A forma como lidamos com nossa
agressividade que pode tornar-se em algo positivo ou negativo.
O bullying tem sido um dos mais graves casos de violência dentro e fora de
escolas, ele vai de incivilidades, agressões físicas podendo evoluir pra fatalidades.
Ele não acontece somente entre alunos mas também entre professores e alunos,
professores e professores, trata-se de um relacionamento abusivo que deve ser
reconhecido pelas atitudes intimidadoras, uso de força física, influência psicológica e
agressões verbais. Um dos pontos de partida para uma escola ser segura, livre de
hostilidade, acolhedora e pacifica é a prevenção e prática de justiça restaurativa,
reconhecendo que os alunos desenvolvem-se melhor em um ambiente onde sintam-
se seguros. Prevenir é o caminho para que o sentimento de insegurança e
impotência diminua e o consequente endurecimento e radicalismo social que se
infiltra nas escolas também. È importante ressaltar que se a comunicação entre os
atores da escola estiver envenenada será impossível criar vínculos positivos e a falta
de transparência e comunicação direta acarretará em acusações, julgamentos e
sermões. A incapacidade de dialogar com escuta ativa procurando perceber as reais
necessidades por meio de perguntas e da observação da linguagem não-verbal, faz
com que os conflitos que poderiam ser superados por acordos se transformarem em
confrontos.Segundo Bohm, 1996 a palavra diálogo significa através da palavra e não
palavra entre duas pessoas. O diálogo pode se dar com qualquer número de
pessoas, não apenas entre duas. Até mesmo uma pessoa sozinha pode ter o
sentimento dialógico dentro de si, se o espírito do diálogo estiver presente. O diálogo
seria a amálgama que mantém juntas as pessoas e a sociedade. As vezes faltam
canais ou estes são insuficientes para permitir e estimular a participação de todos os
envolvidos em uma dada situação. Toda participação começa pela escuta. Quando
membros da comunidade escolar não são ouvidos por seus pares ou não possuem
voz, não há como se estabelecer vínculos. O diálogo é também participação,
corresponsabilidade e poder compartilhado. Todos devem agir como protagonistas
pois são agentes de mudança que necessitam sentir-se conectados à escola. As
necessidades básicas de sentirem-se competentes e autônomas precisam ser
atendidas e se isso não acontece o equilíbrio se rompe. É difícil para os alunos
sentirem –se conectados com a escola quando a mesma não faz sentido algum para
eles. Se eles sentem que não estão aprendendo e são obrigados a fazer lições que
não tem nada a ver com sua realidade, seus interesses e aspirações. A abordagem
de matérias descontextualizadas e fragmentadas que não fazem sentido e a falta de
relevância curricular, dividido em disciplinas que não se comunicam e metodologias
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degrau mostra o jovem manipulado, onde o adulto usa o jovem para apoiar suas
causas e finge uma inspiração. No segundo, o jovem aparece como adereço,
decorando apenas a situação onde eles ajudam ou impulsionam uma causa de
forma indireta, os adultos então fingem que ela foi inspirada pelos jovens. No
terceiro o jovem é usado como efeito de demonstração onde aparentemente tem
voz, mas possuem pouca escolha ou nenhuma a respeito do que farão e de como
farão. Em todos esses degraus são consideradas práticas de adultismo, onde todas
as decisões são tomadas pelos adultos, e o jovem silenciado de forma direta ou
indireta. No quarto degrau os jovens recebem um papel definido, do qual serão
informados, determinado um papel especifico e informam de como e por que estão
sendo envolvidos. Nessa prática se tem um conselho comunitário com jovens. No
quinto degrau o protagonismo juvenil inicia-se já com conselhos consultivos de
jovens, onde eles são consultados e informados. Essa prática se da quando o jovem
dá assessoria em projetos desenhados e conduzidos por adultos. Oferecem
sugestões e recomendações a esses projetos.
São informados sobre como seu input será usado e sobre os resultados das
decisões tomadas pelos adultos. No sexto degrau o protagonismo juvenil surge das
participações compartilhadas, os adultos iniciam as atividades e compartilham as
decisões com os jovens. Isso ocorre quando projetos ou programas são iniciados
por adultos, mas o processo decisório é compartilhado com os jovens. No sétimo
degrau o protagonismo juvenil aparece através das atividades que são lideradas por
jovens, eles lideram, iniciam as ações e dirigem um projeto. Os adultos são
envolvidos apenas como apoio. No oitavo e ultimo degrau percebemos o
protagonismo juvenil de fato acontecendo quando existe parceria entre jovens e
adultos, juntos compartilham e tomam decisões. Isso acontece em projetos ou
programas nos quais o processo de tomada de decisões é compartilhado entre
jovens ao mesmo tempo que lhes permitem aprender com a experiência e a
expertise dos adultos.
nem sabiam como seria a função. Alguns também veêm na função uma forma de
ajudar os alunos como um motivo.
Casos de discussões, provocações, fofocas no bairro e em redes sociais são
muito comuns nas escolas e para evitar que se transformem em brigas no interior
das Unidades os PMECs são chamados a orientar. Ocorrem os mais variados tipos
de conflitos no dia a dia escolar, desde alunos com algum tipo de dor,
descumprimento às normas de convivência e regras escolares, queixas de alunos
contra outros alunos até situações em que necessitam de algum outro tipo de
intervenção junto a rede de garantia e proteção ao menor.
Esta é apenas uma parcela dos problemas que o profissional tem enfrentado
como professor mediador escolar e comunitário, ele deve escolher de acordo com
suas experiências e preparo a melhor forma de mediação dos conflitos que ocorrem
na escola, já que não teve uma formação eficaz para a mediação.
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
BRASIL, LDB – Lei das diretrizes e bases da educação nacional. Lei nº 9394 de 20
de dezembro de 1996.
FULLAN,M. Change Forces – Probing the Dephts of Education Reform. London: The
Falmer Press,1993.
NEUBAUER,R. et al. A escola que faz diferença. São Paulo: SEE-SP; CECIP,1999.
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RESNIK,M.D. et al. “Protecting Adolescents from Harm: Finding from the National
Longitudinal Study on adolescent Health”. JAMA,v. 278,n.10,pp.823-833,1997.