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tudo que você

precisa saber
para aprender
a desenhar!
ou “o guia prático
(e rápido) da Quanta
para quem quer
embarcar no
nosso novo
curso on-line!”
ÍNDICE
Introdução, 03

01.
Descomplicando o desenho ou “afinal,
o que é saber desenhar?”
I. Desenho é coisa simples! - 06
II. Qualquer um pode desenhar! - 08

02.
Aprendendo a desenhar ou “o que você precisa saber
(e fazer!) para começar a desenhar”
I. Não tenha preguiça de praticar! - 13
II. Se liga nessas dicas! - 16

03.
Resumindo tudo ou “para você
não se esquecer do mais importante”
I. Sinta o gostinho do processo - 21
II. Quadro de resumo - 22

Expediente, 23
[3]

A
Quanta lança neste mês seu primeiro curso on-
-line! A partir de nossa experiência de mais de
20 anos ensinando artes, construímos uma ver-
são digital de nosso curso de Desenho. Nele,
os alunos poderão conhecer os fundamentos de pers-
pectiva, luz e sombra, anatomia e composição e cami-
nhar para montar o seu primeiro portfólio. As aulas
teóricas se somam a demonstrações práticas e pro-
postas de exercícios que os alunos deverão praticar.

Falando com muita sinceridade, passamos bastante


tempo pensando em como formatar um curso a dis-
tância porque não estávamos seguros quanto à eficá-
cia desse método para o aluno. Afinal, na sala de aula o
professor consegue chamar a atenção e auxiliar a corri-
gir certos problemas. Bem, depois de analisarmos mui-
to o conceito, acreditamos que sim, é possível ensinar
arte a distância de forma adequada. Mas, para que o
método funcione, o aluno precisa ser ainda mais parti-
cipativo e disciplinado com seus estudos. Este e-book
é dedicado especialmente aos futuros alunos do curso
de Desenho on-line da Quanta e pretende apresentar
os conceitos necessários para um bom aproveitamen-
to das aulas a distância.

Bora lá!?
01.
Descomplicando
o desenho!
ou “afinal, o que é
saber desenhar?”
[6] capítulo 01: descomplicando o desenho

DESENHO É COISA SIMPLES!

Você já se perguntou “o que é desenho”? Todo


mundo sabe o que é... É uma coisa simples, não? Mas
parece difícil de explicar... Bom, pra começar, dese-
nho não é só coisa de lápis sobre papel. A imagem é
só o resultado visível de um processo. Mas desenho é
também ação e ideia. Forma de pensamento. Tem um
lado mental e outro material. É um processo dinâmico
e complexo que envolve percepção, cognição, inter-
pretação e tradução de uma realidade observada em
um processo técnico e motor. Tudo isso acontece ao
mesmo tempo e justamente por isso é difícil defini-lo.

Muitos pensam que para desenhar é preciso ser ar-


tista, desenhista profissional, ilustrador ou então nas-
cer com um “dom” especial. Mas, pra ser sincero, qual-
quer pessoa consegue entender ou fazer um desenho.
Duvida? Você pode dizer: “Ah, eu só sei fazer boneco
de palitinho”. Mas se você fizer isso e mostrar pra um
amigo ele vai entender que esse desenho representa
um ser humano, assim como ele entende o desenho
de porta de banheiro. Mas se você der esse desenho
[7] capítulo 01: descomplicando o desenho

para um tigre, ele não vai comer o papel pensando


que é uma pessoa de verdade. Percebe? Só o ser hu-
mano tem a capacidade de fazer e entender desenhos.

Então, toda imagem, resultado de um desenho,


pode ser lida, interpretada. Todos nós atribuímos sig-
nificados ou valores ao que a gente vê. O desenho
pode ser usado como um veículo de expressão pes-
soal ou uma ferramenta de comunicação universal. As
imagens podem comunicar certas ideias, muitas vezes
de maneira mais clara e direta que as palavras! Enten-
da que seu desenho é uma importante ferramenta de
comunicação, seja pra você se tornar um artista, ilus-
trador, seja só por hobby mesmo.
[8] capítulo 01: descomplicando o desenho

Qualquer um pode desenhar!

Você sabe desenhar? Não? Ah, você não é um “de-


senhista”, “ilustrador”, “artista”... Bem, você assovia,
não assovia? E por acaso você precisa ser músico pra
isso? Você também pode desenhar! Saber desenhar
não é exatamente uma questão de “dom” ou “talento”.
Qualquer um pode desenhar, ou melhor, qualquer um
pode se expressar com desenho. Desenhar pode ser
tão simples e despretensioso como assoviar.

A maioria das pessoas costuma achar que, para po-


der desenhar, você precisa saber desenhar “bem”, mas
essa ideia tem dois grandes problemas.
[9] capítulo 01: descomplicando o desenho

O primeiro é saber o que define um “bom” desenho.


A maior parte das pessoas costuma achar que um bom
desenho é aquele parecido com a realidade. Mas um
bom desenho pode ser de vários estilos, formas, téc-
nicas, usos. Toda imagem pode ser lida ou interpreta-
da e qualquer desenho é capaz de comunicar alguma
coisa. Cada um, à sua maneira, é capaz de comunicar
algo diferente. Depende de quem vê, do contexto e de
muitas outras coisas. Não tem um único jeito certo de
resolver. Cada um interpreta o que vê de forma dife-
rente porque cada um vê o mundo de forma diferente.
Justamente por isso, cada desenho é diferente: porque
cada desenhista é diferente. Cada um tem a sua pró-
pria maneira de ver, sentir, interpretar, traduzir.

O segundo problema é que se você não desenha


porque acha que não sabe desenhar “bem”, então você
nunca vai “saber” desenhar. Se você pensasse assim,
jamais aprenderia a tocar um instrumento musical. Ou
a falar uma outra língua. Porque, pode parecer óbvio,
mas é bom lembrar que a gente aprende a fazer as coi-
sas fazendo! E desenho a gente aprende desenhando!
A ideia é fazer do desenho uma prática cotidiana, sem
a pretensão de fazer a maior obra de arte da história
da humanidade a cada folha, página ou traço, mas “es-
tudando” e “evoluindo” sempre. Como qualquer outra
coisa que fazemos na vida, no desenho a gente tam-
[ 10 ] capítulo 01: descomplicando o desenho

bém pode evoluir. Para isso não tem fórmula mágica,


é preciso praticar. Sempre haverá algo novo para des-
cobrir nesse caminho e isso é que é fascinante.

Afinal, desenho é uma habilidade que qualquer


um pode desenvolver, praticando diariamente. Não é
questão de dom ou talento. Assim como você apren-
deu a assoviar uma música que você gosta, porque te
dá algum prazer, você também vai aprender a dese-
nhar se curtir o processo! Quanto mais você praticar
e estudar, mais você vai desenvolver essa habilidade!
Então, o primeiro passo para aprender a desenhar é se
libertar da ideia de que você não sabe desenhar, que
não tem o “dom” ou o “talento” pra isso. Qualquer um
pode desenhar!
02.
aprendendo
A desenhar
ou “o que você precisa
saber (e fazer!) para
começar a desenhar”
[ 13 ] capítulo 02: aprendendo a desenhar

Não tenha preguiça de praticar!

Vamos falar sobre preguiça? Isso mesmo, aquele


sentimento que nos acompanha no nosso dia-a-dia e
que, às vezes, domina geral! Bem, embora ela possa até
ser legal em alguns momentos (aos domingos, quem
sabe?), deve estar banida da carreira de um artista! A
preguiça é a principal pedra no caminho do estudante.

Queremos descansar, relaxar, ver uma série, deitar


na rede. Mas, para quem faz um curso presencial, por
exemplo, logo chega a aula da semana seguinte e... A
maioria das dificuldades da aula anterior ainda persis-
te! Em grande parte por não terem sido revisitadas e
trabalhadas nesses dias. Então, vem aquele sentimen-
to de frustração e desânimo. E para quem está pensan-
do em se aventurar em um curso on-line então, é mais
complicado ainda, já que nem a obrigação de ir até a
aula a gente tem! Por isso, é fundamental manter a dis-
ciplina e assistir as aulas dentro do seu cronograma,
sem faltar! Entenda seu curso, presencial ou on-line,
como um compromisso seu consigo mesmo.
[ 14 ] capítulo 02: aprendendo a desenhar

É por pura preguiça também que não seguimos o


processo longo (e correto!) de fazer diversos rascunhos
de uma mesma ideia para testar graficamente ideias
diferentes e descobrir as melhores composições, por
exemplo. É ela quem não nos deixa jogar fora aque-
le desenho todo detalhado que já está na metade da
produção, mas que, nitidamente, não tem nada a ver
com o que a gente queria. Enfim, a preguiça é aquele
peso que não deixa nossas melhores ideias chegarem
ao papel.
[ 15 ] capítulo 02: aprendendo a desenhar

E como lidamos com isso? Bem, a resposta é um


famoso clichê: cada um tem que descobrir o que fun-
ciona melhor para si. Tem gente que procura pensar
sempre no sentimento de recompensa que vem de-
pois de uma produção da qual nos orgulhamos; tem
gente que se anima em produzir aquilo que gosta; tem
gente que tenta criar o hábito. Mas não há uma fór-
mula mágica para todos, nem há receita melhor que
praticar sempre e não deixar a preguiça tomar conta e
atrapalhar nosso desenvolvimento como artistas!

Nas próximas páginas, vamos tentar dar algumas


dicas. Mas lembre-se sempre: praticar é a chave do seu
aprendizado. Desenhar se aprende desenhando!
[ 16 ] capítulo 02: aprendendo a desenhar

Se liga nas nossas dicas!

Uma grande dificuldade dos nossos alunos é con-


seguir administrar um tempo diário para desenhar.
Afinal, você deixa de fazer o curso presencial e procu-
ra um curso on-line exatamente para poupar tempo.
No meio da correria do dia a dia, realmente, fica difícil
conseguir estabelecer uma hora para se dedicar aos
estudos. Para ajudar com isso, aqui vão algumas dicas.
Em vez de só falar o óbvio que “tem que ter disciplina”,
vamos tentar tornar o ato de desenhar um pouco mais
natural no seu dia-a-dia:

1. Ande sempre com um sketchbook!

O sketchbook é um caderno qualquer, geralmente


de folhas brancas, sem pauta (mas pode combinar ma-
teriais diversos), não muito grande (para ser bem prá-
tico de levar para qualquer lugar), e costurado (para
você não ficar arrancando folhas o tempo todo e para
desenhar em todas as páginas sem aquela espiral atra-
palhando). Está na fila do banco? Do hospital? No me-
trô? Aproveite para dar umas rabiscadas despretensio-
sas! Se estiver sem criatividade, foque em elementos
e pessoas que está vendo e tente reproduzir no papel
a sua forma. Lembre-se do conteúdo das aulas e pra-
[ 17 ] capítulo 02: aprendendo a desenhar

tique. Aos poucos, isso se tornará mais natural e você


terá vários sketches mostrando sua evolução!

2. Crie temas e desenhe o que você gosta!

Tá “empolgadaço” com a última temporada de


GOT? Ou viciou em Steven Universe? Aproveite o hype
que está vivendo para desenhar! Seja a Daenarys ou os
cenários de animações que você curte. Veja o que tem
te empolgado mais e use essa energia para desenhar!
O importante é praticar! Produzir aquilo que a gente
goste, aquilo que dá um quentinho no coração e que
nos motiva a ir para a próxima obra imediatamente! É
o melhor jeito de driblar a preguiça!
[ 18 ] capítulo 02: aprendendo a desenhar

3. Não pule etapas!

É bem normal pararmos de desenhar por nos sen-


tirmos frustrados com o que criamos. Mas essa frustra-
ção vem de uma expectativa que muitas vezes não é
realista com a sua vivência e (o mais importante) está
tudo bem! Os desenhos “feios” são aqueles que abrem
o caminho para que os “bonitos” possam surgir. Por
isso, são extremamente necessários! Se preferir, en-
care da seguinte maneira: todo mundo traz dentro de
si uns dez mil garranchos e, depois de gastá-los, uns
desenhos mais bacanas começam a surgir. Praticar de-
senhos rápidos e despretensiosos é muito importante.
É assim que a gente vai soltando o traço, “desinibindo”
o gesto, automatizando processos, revelando um “es-
tilo” e tornando o ato de desenhar um hábito diário.
Com isso, conseguimos tirar um pouco do “peso” que
a ideia do “bom desenho” carrega.
03.
RESUMINDO
TUDO
ou “para você não
se esquecer das
dicas importantes!”
[ 21 ] capítulo 03: resumindo tudo

Sinta o gostinho do processo!

Aqui na Quanta, a gente sempre diz que é mais


importante gostar de desenhar (do processo) do que
gostar do próprio desenho (do resultado). Isso porque
a gente sabe que é praticando que a gente aprende!
Por isso é tão importante criar o hábito, de modo que
o exercício seja também um prazer e não um martírio.
Tente também vivenciar o desenho no seu dia a dia,
indo a exposições, buscando referências, pesquisan-
do artistas que te interessem. Enfim, formando reper-
tório. Se você incorporar o desenho no seu cotidiano,
temos certeza de que notará a evolução na sua habi-
lidade de desenhar.
[ 22 ] capítulo 03: resumindo tudo

E
aí, curtiu? Como você pôde perceber, isso foi só
um tira-gosto, um aperitivo. Neste e-book a gen-
te tentou mostrar algumas coisas. Vamos ver se
você se lembra das mais importantes?

01 03
Querendo ou não, o Cuidado com a ideia de
desenho faz parte da que saber desenhar é
nossa vida e está em fazer desenhos pareci-
todos os lugares. E todo mundo, dos com fotos. Um bom desenho
de alguma forma, sabe desenhar. pode ser de vários estilos, formas,
Desenhar pode ser simples e des- técnicas. Depende do contexto e
pretensioso como assoviar! de muitas outras coisas...

02 04
Como qualquer outra E, por fim, que a cami-
coisa que fazemos nhada do aprendizado
na vida, no desenho do desenho é tortu-
a gente também pode evoluir. E osa, cheia de bifurcações, trajetos
para isso não tem fórmula mágica, diferentes e… infinita! Sempre
é preciso desenhar. Praticar muito haverá algo novo para descobrir, e
para “gastar” os desenhos “ruins”! no fundo, é isso que é legal!

Quanto mais treinamos, estudamos, praticamos,


enfim, desenhamos, melhor! Lembre-se de que a
Quanta está aqui para te ajudar em todo o processo.
Esperamos te ver em breve, seja pessoalmente ou,
agora também, on-line!
Rua Doutor José de Queirós Aranha, 246.
Vila Mariana, São Paulo, SP, Brasil.
CEP 04106-061

+55 11 5083-8425
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© Quanta Academia de Artes, 2019


Todos os direitos reservados.

Textos: MarceloCampos | Gil Tokio


Olavo Costa | Helena Enne
Ilustrações: Pietro Antognioni
Revisão: Alexandre Ganan de Brites Figueiredo
Coordenação Editorial: Ronaldo Barata
Olavo Costa | Carol Fernandez
Alexandre Ganan de Brites Figueiredo

Este livro foi revisado de acordo com as regras


do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Primeira edição,
novembro de 2019

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