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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Deste modo, a biomassa gerada pela casca do coco pode ser utilizada na produção
de carvão vegetal aplicado na produção de energia, gás combustível ou ainda na filtragem
de água contaminada. O uso dessa biomassa na produção de carvão pode agregar valor
e constituir renda a comunidade onde se descarta esses produtos, bem como diminuir os
impactos causados a natureza [1].
Uma aplicação que vem ganhando visibilidade nos últimos anos é a utilização de
resíduos na forma de carvão para filtragem de água. O processo de filtragem comum é
constituído por um conjunto de processos e operações que visam adequar as
características físico-químicas e biológicas da água bruta, visando o consumo humano [3].
Por mais que seja essencial a saúde humana a água encontrada em rios e lagos
contêm compostos inorgânicos e orgânicos que são prejudiciais a saúde humana caso
não sejam eliminados ou reduzidos [3]. O processo de adsorção em carvão ativado tem
sido uma das técnicas mais utilizadas para complementar o tratamento de água
convencional, pois é capaz de remover substâncias causadoras de cor, odor e sabor.
2 METODOLOGIA
Essa técnica foi escolhida pois, é possível queimar quase que qualquer tipo de
biomassa com teor de umidade menor do que 50% e devido à falta de equipamentos
adequados para aplicação de outras técnicas. Após, passar pelo processo de pré-
tratamento de secagem e corte o material foi inserido no forno caseiro confeccionado. O
intuito inicial de se utilizar um forno caseiro foi facilitar a aplicação desse método de
filtragem por meio do carvão produzido.
O forno consiste em uma lata de tinta (900ml) de aço preenchida com areia grossa
com um tubo centralizado de ar, onde as amostras foram inseridas. O forno possui uma
tampa com um furo de 2mm de diâmetro no centro que evita a entrada excessiva de ar. A
base do forno é submetida ao calor da chama constante de forma a aquecer todo
invólucro.
Para determinar o teor de umidade final dos carvões produzidos seguiu-se a norma
ASTM D 3175-85. O teor de umidade foi obtido por meio da aplicação da equação (1), a
seguir.
(𝑃0 + 𝐶 ) − 𝑃1
%𝑈𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = [ ] × 100%
𝐶
O teor de material volátil foi obtido por meio do método apresentado por Sánchez et al,
(2009). Onde se utiliza a massa do carvão antes e depois de ser submetido a uma
temperatura de aproximadamente 800C° na ausência de oxigênio. O valor final do material
volátil foi calculado com a aplicação da equação abaixo.
𝑃1 − 𝑃2
%𝑀𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑉𝑜𝑙á𝑡𝑖𝑙 = [ ] × 100%
𝐶
No caso do teor de cinzas cerca de 6g da biomassa foram pesadas e submetidas a uma
temperatura de 900C° por 20 minutos na presença de oxigênio. Seu valor final foi
calculado a partir da equação a seguir.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
1 30 6,001 2,709
2 45 6,003 2,041
3 60 6,002 2,021
O teor de cinzas encontrado pelo método aplicado está diretamente ligado a presença
de substâncias minerais, tais como, cálcio, potássio, fósforo, magnésio, ferro sódio
concentrados principalmente na área do mesocarpo. Deste modo, valores elevados de
cinzas representam baixo poder calórico e consequentemente um carvão de má
qualidade.
A umidade por sua vez está relacionada a perda, em peso, sofrida pelo produto quando
este é aquecido até sua água e outras substâncias voláteis serem removidas. Assim,
quanto maior o teor de umidade, menor é o poder de combustão do produto, devido ao
processo de evaporação da umidade que absorve a energia em combustão.
A determinação de material volátil e carbono fixo são fundamentais para a obtenção de
energia, uma vez que, valores altos de material volátil e baixo teor de carbono fixo estão
relacionados a um combustível com queima rápida. Portanto, para o caso de análise do
atual trabalho esses valores são possuem grande valor.
[2] Goyal, H. B., Diptendu Seal, and R. C. Saxena. "Bio-fuels from thermochemical
conversion of renewable resources: a review." Renewable and sustainable energy
reviews 12.2 (2008): 504-517.
[3] Fernandes, Kendra AN, FA dos SANTOS, and GW BRUN. "Uso de carvão ativado
de endocarpo de coco no tratamento de água." Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química (2010).
[4] Antal MJ, Gronli M. The art, science, and technology of charcoal production. Ind.
Eng. Chem. Res. 42(8), 1619–1640 (2003).
[11] Sohi S, Krull E, Lopez-Capel E, Bol R. A review of biochar and its use and function
in soil. Adv. Agron. 105, 47–82 (2010).