O texto começa problematizando a compreensão da função paterna, pois o autor acredita
que no inconsciente não há feminino ou masculino, sendo conceitos sociais. O autor então questiona se é preciso que haja um homem para que haja um pai. As questões que regem o texto são: ”o homem, enquanto Pai, tem que dar provas, num dado momento, de que possui aquilo de que todo homem é desprovido; o Pai, enquanto homem, jamais pode dar outra prova senão dar aquilo de que é desprovido.” A função paterna está basicamente identificada à função fálica, ou seja, num dado momento (momento de Édipo), o homem que está na função de pai tem que dar prova de que possui a função fálica de que todo homem é desprovido. A questão da função paterna é algo de um momento específico que é o momento de Édipo. O homem como pai o papel de ser o proibidor do incesto. No Édipo é quando o pai mostra ao filho o que não pode ter, o que também inclui sua mãe, ou seja ele também é castrado. A reação do homem a castração é a criação de um semblante de completar uma mulher.