EP9–Gabarito

1. (Cederj, EP12–Calculo III. Ex: 2) Suponha que em uma região do espaço o potencial elétrico V seja
dado por
V (x, y, z) = 5x2 − 3xy + xyz.

(a) Determine a taxa de variação do potencial em P = (3, 4, 5), na direção do vetor ~i + ~j − ~k.
(b) Em qual direção V varia mais rapidamente em P ?
(c) Qual é a taxa de variação máxima em P ?
Solução:
(a) Como V é uma função diferenciável, temos

∂V
(3, 4, 5) = ∇V (3, 4, 5) · ~u,
∂~u
~i + ~j − ~k 1
onde ~u = = √ (1, 1, −1). Sendo ∇V (x, y, z) = (10x − 3y + yz, −3x + xz, xy), segue
k~i + ~j − ~kk 3
que ∇V (3, 4, 5) = (38, 6, 12) e, consequentemente,
 
∂V 1 1 1 32
(3, 4, 5) = (38, 6, 12) · √ , √ , − √ =√ .
∂~u 3 3 3 3

(b) Sabemos que a direção de máxima variação de V , partindo de P , é dada pelo vetor ∇V (3, 4, 5) =
(38, 6, 12).
(c) Nesse caso, a taxa de variação máxima de V em P é dada por

∂V ∇V k∇V k2 p p √
= ∇V · = = k∇V k = 382 + 62 + 122 = 22 (192 + 32 + 62 ) = 2 406.
∂~u k∇V k k∇V k

2. (Cederj, EP12–Calculo III. Ex: 3) Seja ~u = (a, b) um vetor unitário dado e seja

x3
 se (x, y) 6= (0, 0)
f (x, y) = x + y2
2
.
0 se (x, y) = (0, 0)


∂f
(a) Calcule (0, 0).
∂~
u
(b) Mostre que f não é diferenciável em (0, 0).
Solução:

1
 (a) Usando a definição de derivada direcional temos:


∂f u − f (0, 0)
f (0, 0) + h~
(0, 0) = limh→0
∂~
u h
f (ha, hb) − f (0, 0)
= limh→0
h
(ha)3
−0
(ha)2 + (hb)2
= limh→0
h
a3 h3
= limh→0

h3 a2 + b2

a3
=
a2 + b2

= a3 ,
√
pois 1 = k~uk = a2 + b2 .
∂f
Portanto, (0, 0) = a3 , para todo vetor unitário ~u = (a, b).
∂~
u
(b) Do item (a) sabemos que para ~u = (1, 0), ∂f ∂x (0, 0) = ∂~
∂f 3
u (0, 0) = 1 = 1, e para ~
u = (0, 1),
∂f ∂f
∂y (0, 0) = ∂~
u (0, 0) = 0. Assim,
 
∂f ∂f
∇f (0, 0) = (0, 0), (0, 0) = (1, 0).
∂x ∂y
Se f for diferenciável em (0, 0) teríamos que para todo vetor unitario ~u = (a, b),
∂f
(0, 0) = ∇f (0, 0) · ~u = (1, 0) · (a, b) = a,
∂~u
√ √ 
∂f 2 2
mas do item (a) sabemos que (0, 0) = a3 . Por exemplo, para ~u = 2 , 2 obteríamos duas
∂~
u
∂f
respostas diferentes para (0, 0), o qual não pode acontecer. Por isto, f não pode ser diferenciável
∂~
u
em (0, 0).
3. (Cederj, EP12–Calculo III. Ex: 7) Determine a equação do plano tangente ao elipsoide
(x − 1)2 (y − 2)2 2
+ + (z + 1) = 1 no ponto (2, 3, −1).
2 2
Solução: Quando uma superfície é dada na forma implícita como conjunto de nível F (x, y, z) = k, em
que F : D ⊂ R3 → R é uma função diferenciável, a equação do plano tangente à superfície no ponto
(x0 , y0 , z0 ) é dada por
∇F (x0 , y0 , z0 ) · (x − x0 , y − y0 , z − z0 ) = 0,
sendo ∇F (x0 , y0 , z0 ) um vetor normal ao conjunto de nível k e portanto ao plano tangente.

Assim, para nós

(x − 1)2 (y − 2)2
F (x, y, z) = + + (z + 1)2
2 2
e (x0 , y0 , z0 ) = (2, 3, −1). Logo,
 
∂F ∂F ∂F

∇F (x, y, z) = , , = x − 1, y − 2, 2(z + 1) .
∂x ∂y ∂z

Assim, ∇F (2, 3, −1) = (1, 1, 0). Logo, a equação do plano tangente é

(1, 1, 0) · (x − 2, y − 3, z + 1) = 0 ⇐⇒ x + y − 5 = 0 .

2
 7
4. (Cederj, EP12–Calculo III. Ex: 8) Determine a equação do plano tangente à esfera x2 + y 2 + z 2 = que
2
é paralelo ao plano 2x + 3y + z = 1.
Solução: Sabemos que planos paralelos tem vetores normais paralelos. Assim, como:
7
• o vetor normal ao plano tangente à esfera x2 + y 2 + z 2 = no ponto (x0 , y0 , z0 ) é dado por
| {z } 2
F (x,y,z)

 
∂F ∂F ∂F
~n1 = ∇F (x0 , y0 , z0 ) e ∇F (x, y, z) = , , = (2x, 2y, 2z),
∂x ∂y ∂z

ou seja, ~n1 = ∇F (x0 , y0 , z0 ) = (2x0 , 2y0 , 2z0 ).

• o vetor normal ao plano 2x + 3y + z = 1 é ~n2 = (2, 3, 1),
segue que
(2x0 , 2y0 , 2z0 ) = λ(2, 3, 1),
7
onde (x0 , y0 , z0 ) satisfaz x2 + y 2 + z 2 = .
2

Assim, 
2x = 2λ =⇒ x0 = λ
 0


3λ 2
3λ
   2
λ 7
2y0 = 3λ =⇒ y0 =
2
=⇒ (λ)2 + + = =⇒ λ = ±1.
2 2 2
2z0 = λ =⇒ z0 = λ


2
   
3 1 3 1
Assim, temos duas soluções (x0 , y0 , z0 ) = 1, , e (x0 , y0 , z0 ) = −1, − , − .
2 2 2 2
 
3 1
Se (x0 , y0 , z0 ) = 1, , então ~n = (2x0 , 2y0 , 2z0 ) = (2, 3, 1) e a equação do plano tangente é dada por
2 2
 
3 1
~n · x − 1, y − , z − =0
2 2
 
3 1
=⇒ (2, 3, 1) · x − 1, y − , z − =0
2 2
9 1
=⇒ 2x − 2 + 3y − +z− =0
2 2
=⇒ 2x + 3y + z − 7 = 0

 
3 1
Se (x0 , y0 , z0 ) = −1, − , − então ~n = (2x0 , 2y0 , 2z0 ) = (−2, −3, −1) e a equação do plano tangente
2 2
é dada por
 
3 1
~n · x + 1, y + , z + =0
2 2

3 1
=⇒ (−2, −3, −1) · x + 1, y + , z + =0
2 2
9 1
=⇒ −2x − 2 − 3y − −z− =0
2 2
=⇒ −2x − 3y − z − 7 = 0
=⇒ 2x + 3y + z + 7 = 0