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- CURSO DE PEDAGOGIA -
Capivari, SP
2010
CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE
FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI – FACECAP
-CURSO DE PEDAGOGIA -
Capivari, SP
2010
Monografia defendida e aprovada em
11/11/2010 (onze de novembro de dois mil e
dez), pela banca examinadora constituída pelos
professores:
____________________________________________
____________________________________________
RESUMO
Introdução ................................................................................................................................. 8
Referências Bibliográficas........................................................................................................ 30
Anexos ..................................................................................................................................... 32
INTRODUÇÃO:
As Pré-escolas não faziam parte das creches como hoje, século XXI. A pré-escola era
um beneficio para filhos de pessoas nobres, pois o assunto em questão era a educação
formativa, diferente das creches, as quais tinham como objetivo apenas cuidar.
Atualmente a educação infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da
criança até os cinco anos de idade em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade.
Embora dependente do adulto, a criança é um ser capaz de interagir num meio
natural, social e cultural, desde bebê. Entretanto, por muito tempo a criança foi vista como
um ser “adulto”, ou um adulto em miniatura, mas hoje vemos que a criança é um ser único
que, ao mesmo tempo, está passando por fases de crescimento e de mudanças qualitativas e
quantitativas.
Ao iniciar a sua experiência na creche ou pré-escola esse ambiente lhe é novo, e a
criança poderá ou não se adaptar rapidamente. O bebê, por exemplo, que começa a
frequentar a creche poderá estranhar o lugar, o seu movimento, as profissionais, as pessoas
novas que a cercam e, com isso, poderá recusar a alimentação ou, também, poderá agir
normalmente e observar todo o movimento, aproveitando os diversos carinhos de boas
vindas como novo integrante da turma.
Para a criança que começa a frequentar a Pré-escola, a mudança mais importante é na
relação com os pais, porque agora é exigido dela que seja mais independente, o que
significa demonstrar mais responsabilidade por suas próprias necessidades. Este processo
está acontecendo desde o seu nascimento, mas, nesse ponto de transição, a criança se
depara com um repentino avanço. Aos cinco anos de idade, a maioria das crianças é capaz
de suportar a separação familiar durante parte do dia, sobretudo se isso já vier ocorrendo
no grupo de recreação ou no maternal.
A ligação entre a criança e o professor é muito importante e os pais devem facilitar
este contato. A figura materna jamais será abatida, mas é necessário que haja
também uma relação social em que se constitua um vínculo no qual a criança tenha
confiança para se desenvolver (RODRIGUES, apud GUIA DO BEBÊ, 2008).
Com certeza não deve ser nada fácil para os pais, nem para as crianças, mas a
iniciação escolar pode ser benéfica para todos. O contato com outras pessoas pode contribuir
para o desenvolvimento da autonomia da criança. De modo geral, as crianças, desde bebês,
gostam de frequentar a creche e de brincar, embora nem sempre os pais tenham essa visão.
8
Diante deste cenário, é que se deu a escolha do tema para a realização deste trabalho.
Para tanto, este trabalho aborda o tema educação infantil e foca especialmente a função das
Creches e Pré – Escolas.
O mesmo foi escolhido devido ao interesse que surgiu a partir do estágio realizado
numa escola de educação infantil, como parte da exigência para a conclusão do curso de
Pedagogia.
O objetivo geral deste trabalho é apresentar uma discussão a respeito da evolução do
conceito de infância, da constituição histórica desses segmentos de ensino, e das
expectativas de um grupo de pais quanto à função das creches e pré-escolas.
Para isso realizamos pesquisas bibliográficas onde buscamos informações referentes
ao surgimento das creches e pré-escolas e sobre qual a sua função de acordo com os
dizeres de um grupo de pais.
Para melhor compreensão, buscamos informações sobre o inicio do funcionamento
das creches (que coincide com a introdução da mulher no mercado de trabalho) e a
importância do brincar na infância, apontadas por autores especializados no tema, como
Oliveira(2007), Kramer(1999) e Leontiev(1998).
Para realização da presente pesquisa foi escolhido como procedimento metodológico
a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfica teve como intuito,
aproximar dizeres de diferentes autores comparando e analisando seus estudos sobre o
tema “Creches e Pré – Escolas”.
A pesquisa de campo foi desenvolvida em duas creches diferentes, com o objetivo de
identificar as concepções dos pais sobre os motivos pelos quais matricularam seus filhos na
instituição, e quais as suas expectativas em relação a mesma. Para isso foi elaborado um
questionário com cinco questões para que cada um dos quinze pais respondessem,
colocando no papel, ou até mesmo descrevendo um pouco de sua opinião quanto as
expectativas sobre a instituição e a aprendizagem de seu filho. Solicitamos a comparação
da infância do filho com a sua própria infância, com o objetivo de explicitar como as
condições de vida interferem no estabelecimento das funções dos segmentos de ensino
enfocados, e por fim, explicar o motivo que o levou a matricular seu filho na creche ou
pré-escola, pergunta a partir da qual analisamos as expectativas desses pais quanto à
função das creches e pré-escolas.
9
Sobre o tema em questão, de modo geral, as creches eram vistas como um lugar para
filhos de pessoas pobres, que tinham esse “privilégio” para, tendo onde deixar seus filhos,
trabalharem mais sossegadas.
Os objetivos desta pesquisa são de apresentar uma discussão a respeito da evolução do
conceito de infância segundo Àries (1981), de apresentar em capítulos a importância da
creche e pré - escola na vida dos pais e das crianças, e também investigar as expectativas dos
pais ao colocarem seus filhos na creche /pré-escola.
O presente trabalho está organizado em três capítulos, onde o primeiro aborda a
história do desenvolvimento do conceito de infância, o qual versa, segundo Àries (1981) que
aproximadamente no século XII as crianças eram vistas como adulto em miniatura. Desta
forma, podemos estabelecer comparações e perceber que o tratamento dado à infância difere
dependendo do local e do tempo em que esta é considerada.
O segundo capítulo traz informações sobre o surgimento das creches e pré- escolas
no Brasil. Esse “benefício” surgiu inicialmente, no período da Revolução Industrial, na
Europa. Chegou ao Brasil e foi intensificado devido as Guerras Mundiais, durante as quais a
mulher teve que ir a busca de emprego, e necessitavam de um lugar para deixar seus filhos e
por isso foram criadas essas instituições. Ainda no capítulo dois encontramos um subtítulo
no qual destacamos a importância das brincadeiras para o desenvolvimento da criança.
E para finalizar, no terceiro capítulo apresentamos as análises realizadas a partir do
questionário respondido pelos pais. É neste capítulo que procuramos entender quais as
necessidades dos pais quanto à educação de seus filhos e as expectativas dos mesmos.
Através desta organização da presente investigação buscamos subsídios para responder ao
problema desta pesquisa: “Qual a função das Creches e Pré- Escolas?”
10
CAPÍTULO 1
INFÂNCIA: QUE HISTÓRIA É ESSA?
Na idade média, por volta do século XII, o conceito de infância deferia muito do
conceito que temos atualmente, a criança era vista como um adulto em miniatura.
Nessa época, podemos dizer que as crianças não eram tratadas como hoje, com
carinho, atenção e amor, não havia lugar para as crianças desenvolverem a sua infância como
vemos nos dias de hoje, pois as crianças tinham rotinas de adultos, onde incluia o trabalho,
jogos e responsabilidades.
A criança não era diferenciada dos adultos nem mesmo em pinturas, pois elas eram
retratadas com traços, roupas, e expressões de adultos.
Segundo Áries (1981, p. 51) [...] “No mundo das fórmulas românticas, e até o fim do
século XIII, não existem crianças caracterizadas por uma expressão particular, e sim,
homens de tamanho reduzido.”
A iconografia1 começou a retratar algumas crianças no século XIII como anjos, tendo
como foco principal Jesus e sua Mãe, a Virgem. Então surgiram outras pinturas de famílias
inspiradas na “sagrada família”, segundo Àries (1981, p.19), “Com a Maternidade da
Virgem, a tenra infância ingressou no mundo das representações. No século XIII ela inspirou
outras cenas familiares”.
A partir daí, crianças começaram a ser retratadas com mais freqüência, passaram a
ser retratadas com seus pais, e logo tomaram espaço nas pinturas.
Primeiro, as crianças eram retratadas nuas, como anjos, simbolizando a pureza. Em
seguida, começaram a ser retratadas com seus pais, com seus amigos, companheiros. Esse
tipo de pintura foi sendo inspirada até o século XIX. Àries comenta:
Salientamos aqui apenas o fato de que a criança se tornou uma das personagens
mais freqüentes dessas pinturas anedóticas: a criança com sua família; a criança
com seus companheiros de jogos, muitas vezes adultos; a criança na multidão, mas
“ressaltada” no colo de sua mãe, ou segurada pela mão ou brincando, ou ainda
urinando, a criança no meio do povo assistindo os milagres ou os martírios
(ÁRIES, 1981, p.55.)
1
Iconografia: (do grego "Eikon", imagem, e "graphia", descrição, escrita) é uma forma de linguagem visual que
utiliza imagens para representar determinado tema
11
Ainda segundo Áries, (1981.p.52.) podemos constatar que surgiram no século XIII
também, alguns tipos de representações de crianças, essas eram um pouco mais próximas do
conceito de infância moderno. O primeiro tipo era o das crianças que correspondem àquelas
que classificamos como adolescentes hoje, mas que naquela época eram chamadas crianças
“mais ou menos grandes”, eram educadas para ajudar os padres nas missas. O segundo tipo
de criança destacava as crianças de colo, aquelas que se ligavam ao mistério da maternidade.
E o terceiro tipo de criança surge na fase Gótica, em que eram retratadas nuas, como
símbolo de pureza.
Entre os séculos XVI e XVII a infância ganhou maior ênfase, pois foi aí que as
crianças burguesas deixaram de se vestir como adultos, e passaram a ter suas roupas
apropriadas. Esse simples fato diferenciava muito os pequenos dos adultos, mas as crianças
mais pobres continuavam com vestimentas de adulto.
Embora a mudança na vestimenta fosse um passo importante para essa evolução,
outra ainda era a questão afetiva, já que as crianças eram colocadas desde cedo para trabalhar
pesado.
Os adultos não expressavam seu amor pelas crianças, porém a partir do século XVII
houve uma mudança: a criança além de retratada era, agora, também notada e amada.
Essa concentração em volta da criança é particularmente notável, no grupo
familiar de Rubens, em que a mãe segura a criança pelo ombro, e o pai dá-lhe a
mão, e (...) em que as crianças se beijam se abraçam, e animam o grupo dos
adultos sérios com suas brincadeiras e carinhos. (ÀRIES, 1981, p.65).
CAPÍTULO 2
SURGIMENTO DAS CRECHES E PRÉ-ESCOLAS NO BRASIL
13
As creches, porém eram vistas como um lugar adequado para os filhos de famílias
pobres, até que os movimentos feministas dos EUA mudaram essa visão, pois elas passaram a
lutar pela idéia de que as creches deveriam atender os filhos de todas as mulheres.
Na década de 70, esse movimento feminista chegou ao Brasil, e a partir da
Constituição de 1988, a Educação Infantil passou a ser um direito da criança, um dever do
Estado e uma opção da família, assim como afirma Haddad (1993).
Embora os pais tenham conseguido o direito de colocar seus filhos em creches, houve
quem não aceitou essa situação, pois muitos consideravam as creches como prejudicial à
criança pelo fato de “tirá-la” de perto da mãe muito cedo. Esse motivo não foi suficiente para
que as mães deixassem seus empregos, pelo contrário, cada vez mais o índice de mulheres
trabalhando aumentava, com isso, consequentemente, o número de matrículas de crianças nas
instituições também crescia, como pode se constatar na citação abaixo:
14
(onze) anos a 14 (catorze) anos, estudam no Segundo Ciclo do Ensino Fundamental e de 15
(quinze) a 17 (dezessete) estudam no ensino Médio, o que difere dos séculos passados,
quando as crianças começavam a freqüentar a escola aos 7 (sete) anos de idade, pois desde o
nascimento até os 6 (seis) anos era a fase em que estavam sob os cuidados de suas mães, ou
de suas amas.
Atualmente a escola de educação infantil é organizada da seguinte maneira:
A. Sala de berçário, destinada ao atendimento de crianças de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos de idade, possui geralmente um professor e um auxiliar, pois nessa faixa etária os adultos
precisam dedicar total atenção aos menores. Os bebês, que muitas vezes, estão aprendendo a
engatinhar, requerem muito cuidado e espaço adequado. A educação passa a ser ensinada por
meio da vivência do professor e aluno.
B. Maternal I é chamada a sala que atende crianças de 2 a 3 anos de idade, e maternal
II, é a sala que possui crianças de 3 a 4 anos, as crianças de ambas idades necessitam de
cuidados. Nessa fase os educadores passam a cuidar e educar fazendo atividades que
desenvolvam e estimulem a coordenação motora, a atenção,etc.
As crianças de dois anos brincam com qualquer objeto principalmente os que façam
barulho, como panelas e talheres. Enquanto brincam, as crianças de dois anos aprendem a
discriminar a diferença entre a imaginação e a realidade.
Nas salas de Fase II, as crianças têm de 5 a 5 anos e 11 meses, quase seis anos de
idade. Essas não são mais crianças que necessitam de tanto cuidado como os bebês, pois nessa
faixa etária as crianças já começam a fazer a maior parte das coisas sozinhas, como ir ao
banheiro, por exemplo, porém ainda necessitam de acompanhamento e ajuda constantemente
Diferente dos tempos passados, as creches possuem um papel fundamental na vida das
crianças, pois além de uma necessidade é um direito de toda e qualquer criança, independente
15
de classe, gênero, raça ou cor. A instituição de Educação Infantil deve ainda, preocupar-se
com os interesses imediatos da criança e os saberes já adquiridos por elas e acima de tudo
comprometem-se em garantir a elas o direito à infância, que toda criança tem.
A creche, em seu inicio, tinha o papel de guardar a criança, e em dar conselhos às
mães, ensiná-las a ter um contato mais próximo com seus filhos, portanto, segundo Haddad,
[...] Ao objetivo de atender aos filhos, das famílias pobres que precisam trabalhar
também se propagavam critérios considerados apropriados ao cuidado da criança,
evitando os perigos que levasse à vagabundagem e à morte. (1993, p.25)
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) – nº. 9.394/96, o trabalho dos educadores
de creche corresponde à assistência e à educação, oferecendo um atendimento comprometido
com o desenvolvimento da criança em seus aspectos físicos, emocionais, cognitivos e sociais.
Quando deixadas pelos pais nas creches, as crianças ficam sob total zelo dos
monitores, professores, e funcionários, os quais têm o dever de cuidar e educar das crianças,
enquanto seus pais estão trabalhando.
Permaneci em duas creches e pré-escolas para realização deste, durante o período que
me mantive lá, pude perceber que um dos objetivos das creches é dar aconchego às crianças,
tornando a escola um espaço que atenda as suas necessidades. Para que isso se torne possível,
as creches fornecem o café da manhã, que geralmente é logo após a entrada, em torno das 9
horas da manhã é sempre servida uma fruta, depois disso as crianças tiram um cochilo até a
hora do almoço que geralmente é servido às onze horas.
Nas horas vagas entre uma refeição e outra, as crianças têm seus horários divididos
para a realização de várias atividades como: brincadeira com livre acesso aos brinquedos,
tomar sol da manhã, pois, conforme diz Campos em “Critérios para um atendimento em
creches que respeite os Direitos Fundamentais das crianças” “Nossas crianças tem direito à
brincadeira [...] Nossas crianças têm direito a um ambiente aconchegante, seguro e
16
estimulante [...] Nossas crianças têm direito ao contato com a natureza [...]” (2009. p.14, 17 e
18).
Ainda de acordo com minha experiência nas instituições notei que depois do almoço,
as funcionárias dão banho nas crianças que ficam em tempo integral na creche, pois no
próximo período, geralmente à tarde, vão para a sala de aula, com isso, dado o horário estão
cheirosos e saciados para terem um bom rendimento escolar.
De acordo com o mini dicionário Aurélio, (1993, p.156) Cuidar significa: “v.t.1-
imaginar, meditar, cogitar. 2- Julgar, supor. 3-Aplicar atenção, o pensamento, a imaginação.
4- Ter cuidado. 5- Fazer os preparativos. 6- Prevenir-se. 7- Ter cuidado consigo mesmo.”
O cuidado qual citamos, não se trata de ficar o tempo todo vigiando, cercando a
criança, mas sim de atender as suas necessidades, observá-las e valorizá-las mesmo por um
simples fato ocorrido, dando a ela atenção necessária para que confiem em suas próprias
capacidades. Embora haja, também, a necessidade de cuidados básicos, onde se enquadram a
parte de alimentação, proteção, higiene, etc.
Com um bebê que ainda não fala, tratamos de cuidar de acordo com suas necessidades,
interpretando o seu choro, por exemplo, pois é através dele que a criança expressa se está com
fome, sono, se precisa ser trocado, ou até mesmo se quer um pouquinho de atenção.
17
Com crianças na faixa etária de 1 a 2 anos, o cuidado maior já deve ser com o que ela
pega. Nessa idade tudo o que a criança vê e pega leva até a boca, podendo representar perigo,
como por exemplo, de se afogar com objetos pequenos ou se ferir ao contato com objetos
pontiagudos, mas isso não quer dizer que o cuidado deve ficar apenas nesse sentido. Todas as
crianças independentemente da idade tem direito a brincadeira. Nesse caso, ao atender
crianças de creche na idade de um a dois anos o cuidado mais apropriado é o da proteção.
Quando falamos de cuidar, seja quando nos referimos à criança maior ou menor
enfatizamos também o educar, pois através do cuidado e da brincadeira a criança está sendo
educada de uma forma lúdica.
Educar não é simplesmente dizer à criança o que fazer ou não fazer, mas orientar,
cuidar, brincar, interagir com a criança, fazer com ela atividades que desenvolvam suas
capacidades, aprendizagens, etc. Novamente recorremos ao dicionário Aurélio (1993, p.197),
que define educar como: Promover a educação de alguém ou de si mesmo; instruir-se.
Educar também é uma tarefa das creches e pré-escolas, pois de acordo com o
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998),
Para educar precisamos amar, seja como mães, ou professoras, mas temos que lembrar
que o limite faz parte da educação. Não se educa uma criança com chantagens, ameaças, ou
promessas que não serão cumpridas, pois assim a criança cresce manipulador, chantagista,
deixando de acreditar em todos, e em si.
18
Portanto, o papel das creches na atualidade deixou de ser aquela educação voltada aos
cuidados básicos.
Neste item, pretende – se promover discussões sobre uma das estratégias pedagógicas
mais utilizadas nas instituições de Educação Infantil, que é a brincadeira.
19
montar, jogos de encaixe, e outros brinquedos que estimulem a criança a soltar sua
imaginação.
Através das brincadeiras, podemos explorar muito o conhecimento das crianças, como
formas, textura (áspero, liso, escorregadio), consistência (duro, macio), cor, gosto, regras,
ordens, etc.
Teles (1997.p.15) afirma que “a criança reproduz na brincadeira a sua própria vida.
Através dela, ela constrói o real, delimita os limites frente ao meio e o outro e sente o prazer
de atuar entre as situações e não ser dominado por elas”.
Com isso, podemos constatar que as crianças têm em sua mente um mundo de faz de
contas, encantamentos e fantasias, o que torna para elas o seu mundo imaginário. Nele, elas
decidem o que fazer, o que criar, ou até mesmo o que ser, como, mãe, médico, estrela de
cinema, ou o que a faz feliz. Contudo, esses papéis que a criança passa a assumir na
brincadeira têm por base suas experiências sociais.
20
Muitos professores, especialmente os que trabalham com pré-escola, ainda seguem o
modelo de escola tradicional, onde a brincadeira espontânea é deixada um pouco de lado e as
crianças vivenciam mais o teórico, não tendo envolvimento com o lúdico.
A brincadeira, não só dentro ou fora da sala de aula, mas nos dois ambientes é
fundamental para as crianças. Por que não desenvolver uma brincadeira com objetivos
relacionados ao conteúdo dado pelo educador na pré–escola? Ou, por que não brincar também
na hora do intervalo, com crianças de todas as idades, onde possam passar suas experiências
umas para outras? Isso contribuiria para a socialização.
Teles, (1997, p.16) diz que o tempo que as crianças têm à disposição para brincar
também deve ser considerado: é importante dar tempo suficiente para que as brincadeiras
surjam, se desenvolvam, e se encerrem.
A citação acima menciona a brincadeira dirigida, que é aquela que o professor escolhe
a brincadeira para desenvolver seus objetivos específicos com as crianças, onde o mesmo
orienta o que ela deve ou não fazer.
21
simbolizando que está cavalgando, ela está imitando um cavalo de acordo com a experiência
vivida por ela, ou quando brinca de casinha, provavelmente ela vai se comportar de modo
como ela representa o agir de seus pais. Assim podemos concordar com o Referencial
Curricular Nacional, que diz:
Através das brincadeiras espontâneas, nas quais as crianças brincam de acordo com o
que vivem, o professor ou os pais podem observar as crianças caso demonstrem alguma
diferença em seu comportamento, pois se brincam de escolinha por exemplo, eles vão agir
devidamente como seu professor, ou então se brincam de casinha onde é a mãe ou o pai,
agirão conforme eles representam.
Podemos perceber que o trabalho com a Educação Infantil requer do profissional, além
do amor à criança, a paixão pelo ensinar, um profundo respeito e um constante
aprimoramento das informações acerca do conhecimento do desenvolvimento da criança, das
suas características e possibilidades educativas.
assumindo outro papel. Hoje são instituições essencialmente formativas, e não mais
assistencialista.
Educação formativa no sentido de tornar as crianças pessoas criativa, formar nelas um
caráter.
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CAPÍTULO 3
AS EXPECTATIVAS DE ALGUNS PAIS ...
Para ampliar a visão sobre a função da educação infantil optamos por uma pesquisa
de campo, através da qual buscamos, nas opiniões de alguns pais, identificar as suas
expectativas e necessidades, as quais evidenciam a função desse segmento de educação.
Este capítulo tratará da análise da opinião de alguns pais de crianças que freqüentam
creches e pré-escolas do município de Rio das Pedras.
Rio das Pedras é uma cidade com aproximadamente 30.000 (trinta mil) habitantes, tem
um crescimento de 2,9 % ao ano2. A cidade conta com 05 (cinco) creches municipais, situadas
em bairros distantes, sendo próximas da clientela que as mesmas atendem.
Durante dois dias em cada uma das creches das quais permaneci, entreguei a alguns
pais uma folha com questionários a serem respondidos e também recolhi depoimentos
sobre a instituição em que seus filhos estão matriculados, dentre as perguntas buscamos
especificar os motivos pelos quais os responsáveis deixam seu filho nessas instituições, e o
que eles esperam das mesmas.
Através das respostas, cada responsável destacou o motivo pelo qual matriculou o
seu filho na creche, e o que espera da Instituição de Ensino quanto à aprendizagem de seu
filho.
É importante destacar que o nome das crianças e das mães aqui mencionado é
fictício, para assim preservar suas identidades.
Após os depoimentos realizamos uma análise de cada caso procurando interpretá-los,
com destaque sobre o que pensam sobre a função das creches e a diferença da sua infância
passada com a infância atual.
Com a autorização da diretora das creches foi enviado aos pais uma lista com as
questões a serem respondidas, dentre as quais se perguntava sobre a idade da criança, a idade
que a mesma começou a freqüentar a creche ou pré-escola, o motivo que levou a mãe a
matricular o filho na creche ou pré-escola, etc. As perguntas foram as seguintes:
Qual a idade de seu filho(a)?
Por que você não colocou seu filho (a) na creche ou pré-escola?
2
Fonte: http:// www.riodaspedras.sp.gov.br
23
Por que você colocou seu filho (a) na creche ou pré-escola?
Qual a importância desse segmento de ensino para a criança? E para vocês, pais?
Como você vê esse período que seu filho (a) se encontra (infância)? É parecido com a sua
infância?
Analisando os quinze depoimentos pudemos perceber que esses pais têm filhos que
foram matriculados em creches e pré-escolas com idades variantes de 6 (seis) meses a 5
(cinco) anos.
Em apenas um caso, dos quinze analisados, a criança foi matriculada apenas na pré-
escola.
Maria, a mãe de Isabel afirma: “Não coloquei ela na creche, mas sim na pré-escola,
pois no período em que eu trabalhava, ela ficava com a minha mãe (avó da criança)”.
Tal resposta é um indício de que a necessidade de trabalho dificulta que a educação
primária tradicional seja realizada pelas mães e que, neste caso, assim como em muitos
outros, a avó assumiu a responsabilidade que antes era da mãe.
A expectativa dos pais em relação a creche e pré-escola pode ser analisada a partir
das respostas dadas quando indagadas sobre os motivos de colocarem seus filhos na escola.
Um exemplo pode ser a resposta de Maria, mãe de Isabel, de 5 anos.
Espero que ela aprenda a lidar com regras, saber que tudo tem limite, quero que ela
aprenda a dividir com os amigos seus brinquedos. Acho importante ela saber essas
coisas, porque na vida temos limites. Para nós pais, é importante esse segmento
para que ela melhore seu comportamento em casa, com os primos, avós,
familiares.(Maria, mãe de Isabel, de 5 anos).
24
Observando os depoimentos, podemos perceber que alguns pais destacam que
esperam que seus filhos aprendam na escola a dividir, respeitar, ler e escrever, etc. Mas
também pode se inferir que alguns deles esperam que a creche ensine o que os pais não
conseguem ensinar ou dar para as crianças em casa. Como exemplo, podemos também tomar
o depoimento de Vânia, mãe de Janaely de 5 anos.
Espero que na creche ela aprenda a conviver com outras crianças, a lidar com as
diferenças, para ter um bom relacionamento social, e uma relação boa com o
pedagógico, porque quase todos os conceitos e valores se aprendem quando criança.
(VÂNIA, mãe de Janaely de 5 anos)
E o de Maria, mãe de Isabel de 5 anos, quando a mesma diz com suas próprias
palavras: “Em casa a Isa é uma criança sem limite, rebelde, acha que tudo é do jeito dela, mas
na escola ela é boa aluna, só recebo reclamação de que ela é muito tagarela”.
Espero que na creche ele aprenda regras, respeito para assim conviver com outras
pessoas, por que é muito importante principalmente para o desenvolvimento dele.
(FRANCISCO, pai de Fabrício, de 1 ano e 5 meses)
Espero que na creche ele receba o amor que eu dou, claro que não é igual, mas
espero que elas (as professoras) cuidem bem dele. Quero que ele cresça esperto, que
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aprenda desde pequeno ser independente e inteligente que aprenda as letras, os
números, o nome das coisas. (NATALIA Mãe de Felipe)
Para encerrar, foi questionado aos pais sobre a semelhança entre sua infância em
relação à de seu filho. A partir das respostas foi possível analisar que a infância de cada
criança varia mais ou menos com relação à criação recebida pelos pais, pois há sete (07) pais
que citaram que a sua infância é parecida com a de seu filho, mas houve também oito (08)
mães que citaram que tiveram a infância diferente. Algumas pelo fato de, na sua infância, não
ter acesso a creche e outros motivos, como vemos abaixo:
A infância dele é parecida com a minha, pois meus pais também trabalhavam fora de
casa e eu ficava com a tia, que cuidou de mim até eu me virar sozinha. (LUCIANE,
mãe de Henrique, de 1 ano e 3 meses)
Nossa infância é parecida, pois minha mãe também tinha que ir trabalhar e minha
avó cuidava de mim e dos meus irmãos, a única diferença é que quem cuida dele
(filho) são as tias da creche. (EDNA, mãe de Ruan, de 2 anos de idade).
Temos depoimentos que expressam que a infância dos pais foi diferente da infância
de seus filhos. Como exemplo, transcrevemos o depoimento de Francisco, pai de Fabrício de
1 ano e 5 meses:
Vejo muita diferença entre a minha infância e a infância dele, principalmente nas
condições de vida, porque antes era tudo mais difícil, hoje é um pouco mais fácil. As
condições de vida que meus pais tinham era bem mais baixa que a minha para
sustentar meus filhos.(FRANCISCO, pai de Fabrício de 1 ano e 5 meses).
Nesse caso, a diferença citada pelo pai trata-se da diferença financeira, que o mesmo
diz que antes era mais difícil o emprego, a renda era mais baixa, e a quantidade de filhos
geralmente era maior, o que dificultava os pais de sustentar os filhos e manter todos na escola,
mas hoje, o Senhor Francisco afirma ser mais fácil manter a sustentação da casa e o filho na
escola, pois a creche ajuda muito com uma boa alimentação, e o material escolar.
A infância dela é muito boa em vista da minha, ela brinca, vai para a escola, tem
vários amigos na creche. Já a minha infância, eu não tinha nada, morava numa casa
simples, com minha mãe e meus dois irmãos, era difícil ter material para levar na
escola, comida boa para comer, mas a forma de educar que eu trago é igual a da
minha mãe, então educo a minha filha como fui educada. (SELMA, mãe de Eloá de
3 anos)
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Dona Selma nos relata que na sua infância não tinha os materiais escolares suficientes
para levar para a escola, nem comidas variadas, mas que isso nunca foi motivo para ela e seus
irmãos serem mal educados. Comparando a sua infância com a de sua filha, a mãe diz ser
diferente, pois Eloá sua filha, estuda, tem amigos, e também boa educação. Apesar de
ressaltar as diferenças materiais entre seu o modo de vida e o de sua filha Eloá, a senhora
Selma tem em sua mãe a maior referência de como educar.
Felipe é uma criança muito esperta, e têm acesso a muitas coisas que eu não tinha na
minha época, como brinquedos, carinho, creche, e comida na hora certa. Na minha
infância, mamãe ia pra roça e me deixava e minhas irmãs com a vizinha, e quando a
gente queria brinquedo a gente fazia de papelão. (NATALIA, mãe de Felipe)
No depoimento acima, a mãe Natalia fala a respeito dos brinquedos dela e de seu filho,
com isso, a mesma compara que seu filho tem brinquedos, carinho, comida na hora certa e é
matriculado numa creche para que ela possa trabalhar. Com esse depoimento podemos
ressaltar as mudanças sociais, dentre elas o acesso às creches que passaram a fazer parte do
nosso cotidiano. Natalia, quando criança, ficava com a vizinha enquanto sua mãe trabalhava.
Outro fato importante de se destacar é que a mãe deixa claro que não tinha acesso a
brinquedos como seu filho, mas isso não a impedia nem às suas irmãs de brincarem. Elas
confeccionavam seus brinquedos com papelão, e assim, estavam brincando e aprendendo,
pois com essa atividade que não era dirigida, mas sim uma necessidade, elas estavam usando
a imaginação, criatividade e coordenação motora. Para fazer uma simples boneca ela teria
que realizar diversas atividades: imaginar, desenhar, colorir, criando assim uma personagem,
uma fantasia, na qual ela escolhia as características, para somente depois recortar e brincar.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS:
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esperam que as creches e pré-escolas ofereçam a seus filhos o cuidado, e a educação
formativa. Com isso, podemos constatar que a sociedade também passou a perceber que essas
instituições deixaram de ser apenas assistencialistas voltadas apenas ao cuidado básico, mas
que são instituições que contribuem para a formação de seus educandos.
Portanto, concluímos que a função da Creche e Pré – Escola nos dias atuais é de
estimular a criança a usar a imaginação, criar situações, estimular a brincadeira, porque
Creche e Pré-Escola têm o papel fundamental de cuidar dos educandos e contribuir para a sua
educação.
Esse trabalho procurou, por meio de pesquisa bibliográfica, entrevistas, e análise das
mesmas, ampliar a compreensão sobre a função das creches e pré-escolas na sociedade atual.
De acordo com as respostas das perguntas realizadas aos pais sabemos que eles, na
maioria dos casos, matriculam seus filhos em creches para saírem trabalhar, e geralmente não
têm quem fique com seus filhos em casa. Deste modo, a função das creches e pré-escola, na
visão desses pais, parece ser a de suplementar a educação familiar. Isso acentua a importância
formativa desse segmento escolar, o que vem a corroborar com os dizeres de Kramer (1998),
que afirma que a Educação Infantil deve:
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Editions du Seuil. França. 1978.
CAMPOS, Maria Malta. Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos
fundamentais das crianças. Brasília: MEC, SEB, 2009.
FARIA, Ana Lucia Goulart de. Educação pré-escolar e cultura: para uma pedagogia da
educação infantil. Cortez editora. Campinas-SP.1999
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio século XXI escola.4º edição.Rio de
Janeiro:2001
GESELL, Arnold. Desenvolvimento da criança do 0 aos 5 anos. Martins Fontes, São Paulo,
1999.
HADDAD, Lenira. A creche em busca de identidade. Edições Loyola.São Paulo- SP. 1993.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação infantil: muitos olhares. Cortez editora. São Paulo-
SP.1996
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação infantil: fundamentos e métodos. Cortez editora.
São Paulo/ SP - 2007
30
RODRIGUES, Bruno. O “dia da separação”: a primeira ida à creche. Disponível em
<http://guiadobebe.uol.com.br/bb1ano/a_primeira_ida_a_creche.htm>. Acesso em 21 maio
2009.
Anexos:
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Seguem os depoimentos dos quinze pais que responderam aos questionários para essa
pesquisa, lembrando mais uma vez que os nomes dos pais e das crianças aqui mencionados
são fictícios para preservação de suas identidades.
1º Depoimento
Espero que ela aprenda a lidar com regras, saber que tudo tem limite, quero que ela
aprenda a dividir com os amigos seus brinquedos. Acho importante ela saber essas coisas,
porque na vida temos limites. Para nós pais, é importante esse segmento para que ela melhore
seu comportamento em casa, com os primos, avós, familiares.
Em casa a Isa é uma criança sem limite, rebelde, acha que tudo é do jeito dela, mas na
escola ela é boa aluna, só recebo reclamação de que ela é muito tagarela.
Minha infância foi totalmente diferente, sempre fui calma e quieta. Outra diferença é
que eu sempre gostei de brincar com os amigos, mas minha filha prefere brincar sozinha a ter
que dividir seus brinquedos.
2º Depoimento
Minha filha tem três aninhos e já freqüenta a escola, comecei a trabalhar, e não podia
deixá-la sozinha. Achei melhor colocar ela na escolinha do que ter que pagar uma pessoa para
ficar com ela, porque na creche ela vai interagir com outras crianças, pois ela é filha única.
Espero que na creche a Ju (modo como chama a filha) aprenda a conviver com outras
crianças, de culturas diferentes, tenha uma boa educação em relação ao que é certo e errado,
aprenda a conviver em comunhão e união, saber compartilhar as coisas.
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Afinal todo esse segmento é importante para o dia a dia da família, não deixa a
educação limitada apenas ao centro familiar, e principalmente para o futuro da criança.
A infância dela (da filha) é parecida com a minha infância apenas na maneira de
educar, acho que nossos pais influenciam no modo que vamos criar nossos filhos,
principalmente se tivermos uma boa educação, nos estimula a criar nossos filhos igual como
fomos educados.
3º Depoimento
Felipe tem hoje um ano e três meses. Coloquei meu bebê na creche por que tive que
procurar um emprego para ajudar meu marido em casa, só o dinheiro dele não estava dando
para nos sustentar.
Espero que na creche ele receba o amor que eu dou, claro que não é igual, mas espero
que elas (as professoras) cuidem bem dele. Quero que ele cresça esperto, que aprenda desde
pequeno ser independente e inteligente que aprenda as letras, os números, o nome das coisas.
Acho muito importante tudo isso na vida dele, porque talvez eu e o meu marido, não
consigamos dar atenção suficiente pra ele, e pra não crescer com essa falta de atenção a
creche é muito importante!
Felipe é uma criança muito esperta, e têm acesso a muitas coisas que eu não tinha na
minha época, como brinquedos, carinho, creche, e comida na hora certa. Na minha infância,
mamãe ia pra roça e me deixava e minhas irmãs com a vizinha, e quando a gente queria
brinquedo a gente fazia de papelão.
4º Depoimento
Coloquei a Elo (apelido pelo qual chama a filha) na creche quando ela completou 3
anos de idade,porque eu precisava trabalhar de faxineira e não tinha com quem deixar ela.
Com ajuda da Creche, quero que minha filha seja mais independente, viva um pouco
mais com outras crianças, pra ela é importante para que um dia na ausência minha e do meu
marido, que ela saiba se virar, que não fique dependendo de nós para fazer alguma coisa.
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A infância dela é muito boa em vista da minha,ela brinca, vai para a escola, tem vários
amigos na creche, já a minha infância eu não tinha nada, morava numa casa simples, com
minha mãe e meus dois irmãos, era difícil ter material para levar na escola, comida boa para
comer, mas a forma de educar que eu trago é igual a da minha mãe, então educo a minha filha
como fui educada.
5º Depoimento
A Bruna tem dois aninhos e já freqüenta a creche. Matriculei ela lá ( na creche) porque
eu trabalho, e acho que essa é a melhor escolha.
Espero que na creche ela faça várias atividades, que aprenda bastante sobre educação,
pois as crianças de hoje tem muito a aprender, e pra nós pais é muito bom que na creche eles
aprendam sobre isso.
A minha infância com a da Bruninha é parecida na parte de educação, eu sempre fui
bem educada, ela também, desde pequena já sabe respeitar os mais velhos, isso é muito
importante!
A creche vai fazer muita diferença n vida das crianças, porque lá elas têm uma boa
alimentação, aprendem sobre respeito, educação, regras e limites desde pequenininhos, isso
vai fazer um futuro melhor.
6 º Depoimento
O Gabriel freqüenta a creche desde os quatro anos, hoje ele já tem cinco anos.
Coloquei ele lá para trabalhar, e trabalhar tranqüila, pois sei que lá está sendo bem cuidado, e
o ensino é muito bom.
Espero que ele aprenda a ler e escrever, para ser alguém importante futuramente, pois
todas as crianças precisam se desenvolver e aprender as coisas da vida.
A minha infância e a dele é muito parecida, eu também fui pra escola cedo, brinquei
muito, fui uma criança muito feliz com isso, e hoje graças aos estudos eu sou um alguém.
7º Depoimento
8º Depoimento
A Janaely tem três anos de idade, só coloquei ela na creche por muita necessidade para
ir trabalhar.
Espero que na creche ela aprenda a conviver com outras crianças, a lidar com as
diferenças, para ter um bom relacionamento social, e uma relação boa com o pedagógico,
porque quase todos os conceitos e valores se aprendem quando criança, e para nós pais é bom
que as crianças vão para a escola cedo para nos desprender um pouco deles e aprender que
eles não são aqueles bebês que a gente sempre acha que é.
A minha infância e a dela é muito diferente, porque quando eu era criança vivi toda a
minha infância com outra família, e meus filhos vivem comigo e com o meu marido que é a
família deles, procuro sempre passar para meus filhos uma vida diferente da que eu vivi.
E todo o aprendizado que eles têm na creche vai servir muito para eles futuramente,
quando forem adultos vão lembrar eu sempre foram bem cuidados.
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9º Depoimento
Matriculei o Pietro na escola quando ainda tinha seis meses de idade, hoje ele tem dois
anos e adora as tias, os amigos e a creche.
Coloquei-o na creche por motivo de necessidade de trabalho, claro que também pensei
muito que seria bom para o aprendizado dele, com o auxilio das creches ele aprendeu a viver
em sociedade. Acho muito importante que ele saiba relacionar com as pessoas, assim ele
nunca vai estar sozinho.
Nossa infância não é parecida, pois na minha época não havia necessidade dos pais
deixarem seus filhos tão cedo em creche, não tinha a facilidade de hoje em dia.
A creche futuramente terá muita importância para o meu filho, pois terá conhecimento
e disciplina, mas depende muito de cada creche, pois tem algumas que não tem organização
para com a educação.
10º Depoimento
Meu filho tem um ano e três meses, coloquei ele na creche desde pequeno porque
tenho que trabalhar fora de casa, também pensei muito que vai ser bom para o
desenvolvimento dele.
Espero que com a convivência na creche ele se desenvolva com outras crianças , pra
ele ter uma qualidade de vida melhor pois lá ( na creche) tem pessoas capacitadas e estudadas
para fazer que a criança se desenvolva melhor na vida e no aprendizado.
A infância dele é parecida com a minha, pois meus pais também trabalhavam fora de
casa e eu ficava com uma tia, que cuidou de mim até eu me virar sozinha.
Com a creche o Henrique vai saber a conviver com outras pessoas, e se Deus quiser ter
uma boa educação.
11º Depoimento
O Fabrício tem um ano e cinco meses, e começou a ir à creche com sete meses, porque
eu e minha esposa trabalhamos fora, não tinha como ela para de trabalhar para ficar com ele.
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Espero que na creche ele aprenda regras, respeito para assim conviver com outras
pessoas, por que é muito importante principalmente para o desenvolvimento dele.
Vejo muita diferença entre a minha infância e a infância dele, principalmente nas
condições de vida, porque antes era tudo mais difícil, hoje é um pouco mais fácil. As
condições de vida que meus pais tinham era mais baixa do que a minha para sustentar os meus
filhos.
No amanhã tenho certeza que o Fabrício vai lembrar da creche e ver que foi lá que ele
aprendeu a ter educação, onde teve uma boa alimentação e muito carinho das professoras.
12º Depoimento
Desde pequenino o Mateus vai pra escola, hoje ele está com um ano e oito meses.
Matriculei ele na creche por que tenho que trabalhar para ajudar meu marido com as despesas
da casa.
Sei que a creche é um ótimo lugar para as crianças, pois lá eles aprendem a ter horário,
a ser independente, coisa que ele já está aprendendo.
Isso é muito bom, por que ele não vai ficar mais tão apegado comigo, vai saber se
virar sozinho e dar um pouco de sossego para os pais, já que ele é tão teimoso igual a mim
quando era pequena.
13º Depoimento
14º Depoimento
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Mãe: Francisca / Filha: Ingrid
Minha filha tem três anos, e vai à creche desde bebê, pois eu trabalho e precisava da
creche para cuidar dela, para ajudar na educação.
Espero que a Ingrid respeite sempre os mais velhos e os mais novos, também que
tenha interesse pelos estudos, porque conheço muitas crianças que eram “anti-sociais”, e
depois que freqüentou a creche transformou-se.
Na minha infância eu era muito quietinha, meus pais não precisavam brigar comigo, e
na infância dela preciso chamar sua atenção várias vezes, por ser teimosa e uma menina
levada.
15º Depoimento
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