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Ele é
constituído por duas unidades de membrana concêntricas que limitam uma cavidade
chamada: espaço perinuclear. Sua membrana externa tem polirribossomos aderidos a sua
superfície citoplasmática, sendo contínua com esta organela celular e com proteínas comuns
ao do retículo. Por sua vez, a membrana interna é associada a uma rede de filamentos
intermediários chamada: lamina nuclear (sustentação mecânica ao envelope nuclear, entre
outras funções) com proteínas intrínsecas e extrínsecas próprias Sendo que as intrínsecas
correspondem: emerina, LBR (receptor para filamentos da lamina), LAP I e II (adesão da
membrana a lamina nuclear).
A lâmina nuclear está associada à superfície da membrana interna do núcleo. Com 10 a 20nm
de espessura, ela é composta de proteínas laminas que são semelhantes aos filamentos
intermediários (citoesqueleto). Nos vertebrados tem-se 3 genes que codificam 7 tipos de
laminas ( 2 do tipo A, 2 do tipo C e 3 do tipo B). As laminas do tipo B estão presentes em todas
as células, já as do tipo A e C só nas diferenciadas (células e tecidos específicos).
Dão forma e suporte estrutural ao envoltório nuclear e também são responsáveis pela ligação
das fibras cromatínicas ao envoltório nuclear. Durante a mitose, a fosforilação temporária das
laminas leva a desorganização do envoltório nuclear.
Laminopatias são patologias originadas a partir de desordens estruturais presentes nas lâminas
nucleares decorrentes de mutações em genes que codificam a proteína constituinte dessa
estrutura celular (lamina)
A fusão das membranas leve ao aparecimento de poros. Estes são estruturas muito complexas
formadas por diversas proteínas (regulam o transito de macromoléculas entre o núcleo e o
citoplasma). Sua quantidade por área membrana também é um indicativo da atividade
metabólica do núcleo celular. Dois anéis com arranjo octogonal – estabelecem o perímetro do
poro: o anel nuclear e o anel ciplasmático, além do transportador central. Sendo que são os
raios fibrilares (8) conectam os dois anéis e o transportador central; Ademais, o complexo de
poro é constituído também por 8 filamentos citoplasmáticos e 8 filamentos nucleares (cesta de
basquete). Os poros são ancorados por proteínas intrínsecas transmembranas (POM121 e
gp2010) no local da fusão das membranas plasmáticas do envelope nuclear. O complexo é
composto por cerca de 100 moléculas protéicas, chamadas de NUP (nucleoporinas).
O transporte citoplasma-núcleo: uma proteína destinada ao núcleo precisa ter um sinal que vai
se complementar a uma proteína chamada importina que vai levar a outra proteína ao núcleo.
O complexo de importação, proteína ou molécula que vai para o interior do núcleo juntamente
com a importina, consegue passar pelo poro do núcleo. A importina vai se ligar a uma enzima
chamada Ran. Tal procedimento necessita de energia, que será proveniente do GTP. No
momento em que ocorre a ligação, a importina perde a afinidade com a molécula importada,
liberando esta no núcleo. Para a importina voltar para o núcleo à enzima Ran ainda precisa
estar ligada a ela. Uma vez fora do núcleo, essa enzima precisa se desconectar com a
importina, isso ocorre através de uma enzima chamada GTP-asa, que vão desfosforilar o GTP
em GDP, o qual vai mudar sua conformação, perde afinidade pela importina, e esta volta a sua
conformação ativa.
O transporte núcleo-citoplasma: a Ran GDP migra do citoplasma para o núcleo através de uma
enzima chamada fator de intercambio nuclear (RCC1). Ela é fosforilada novamente (Ran- GTP).
Esta vai se ligar a exportina que vai se conectar as moléculas que precisam ir para o citoplasma
que estejam sinalizadas, formando um complexo de carga. Este consegue passar o
nucleoplasma para o citoplasma. Precisa-se modificar a exportina para esta perder a afinidade
com a molécula exportada. A GTP-asa vai desfosforilar a Ran GTP, se transformando em Ran
GDP, e ao mesmo tempo, a exportina perde afinidade pela carga, soltando-a. Tanto a
exportina quanto a GDP voltam para o nucleoplasma
A base genética foi descoberta em 2003, com achados de mutação no gene LMNA, o qual
codifica a lamina A, gerando uma produção de uma proteína aberrante chamada progerina,
classificando esta doença no grupo das laminopatias. A progerina está presente, em alta
concentração, nas células desses pacientes, tanto que promove uma distorção na membrana
nuclear, no que altera a função da cromatina e, assim, declina a expectativa de vida
Endoesqueleto ou matriz nuclear é composta pela lamina nuclear, estrutura nucleolar e a rede
fibrilar interna. Em relação às proteínas, as laminas não associadas a lamina nuclear (mais
estáveis e menor quantidade), matrinas, metaloproteinas, actina e miosina I. A matriz
compartimentaliza o núcleo: serve de ancora para as fibras cromatínicas, para as enzimas
envolvidas no processo de replicação e transcrição do DNA e para as proteínas envolvidas no
transporte dos RNAs.
A coesina promove a união das cromátides irmãs no centrômero ou também conhecido como
“constrição primária” (DNA altamente repetitivo, inativo, também conhecido como DNA
satélite). O centrômero mantém unidas as cromátides irmãs e também classifica os
cromossomos de acordo com sua localização: acrocêntrico, metacêntrico, submetacêntrico e
telocêntrico.
A porção final (telo) do cromossomo é chamada telômero. Este tem grande importância no
processo de divisão celular, na manutenção e integridade dos cromossomos. Em células que se
dividem muitas vezes os telômeros vão se desgastando, a enzimas telomerase é responsável
por manter constante o tamanho e as propriedades dos telômeros. Eles possuem sequências
de DNA bastante conservadas ao longo da filogenia. Consiste de DNA altamente repetitivo em
“tandem” e nos humanos possui a sequencia TTAGGG.
Ciclo celular
Conceitos
Compreende os processos que ocorrem desde a formação de uma célula até sua própria
divisão em duas células filhas com o mesmo número de cromossomos da célula que lhe deu
origem - mitose . Serve tanto para gerar a vida em seres unicelulares e pluricelulares como
para mante-la nos pluricelulares.
A duração do ciclo celular está relacionada ao tempo de que a célula necessita para duplicar
seu tamanho. A divisão celular controla e mantém constante o número de células em tecidos e
órgãos.
Na origem de células gaméticas o processo não é cíclico. Os gametas surgem da divisão de uma
célula somática especial presentes nas gônadas dos órgãos reprodutores dos animais com
reprodução sexuada. Estas células somáticas especiais darão origem aos gametas – células
germinativas – através de uma divisão reducional designada meiose, tendo em cada célula
filha metade do número cromossômico presente na célula somática. A meiose dá origem a
células diferentes da pré-existente e diferentes entre si.
Período G
Período de duração mais variável, depende de estimulas hormonais ou ambientes para ser
ativado
Caracteriza-se pelo inicio da síntese de RNA e proteínas que estava interrompida durante a
mitose – M
Período S – Síntese
Passado o ponto de restrição, a célula entra no período S, quando ocorre o início da síntese ou
duplicação do DNA.
Essa é a fase cuja duração é a mais constante entre os diferentes tipos de células
Independe de estímulos externos. Após a célula passar o ponto de restrição em G1. Na fase S
ocorre um disparo de estímulos intracelulares que levarão a célula a duplicação do seu DNA.
Replicação do DNA
Características da replicação
A RNA polimerase não consegue copiar de maneira contínua, dando origem a fragmentos
(fragmentos de orazaki). Esses fragmentos vão ser complementados pela DNA-ligase.
A enzima responsável pela ligação entre os ribonucleotídeos que pareiam com a fita molde de DNA é
denomina RNA polimerase. Essa enzima pode ser considerada auto-suficiente para a realização do
processo de transcrição. Diferente das DNAs polimerases, as RNAs polimerases não possuem atividade
de revisão e correção, ou seja, não detectam erros de pareamento e não são capazes de remover
nucleotídeos mal pareados. Por isso, as RNAs polimerases não necessitam de seqüências iniciadoras
(primers) e não são tão precisas como as DNAs polimerases. Estima-se que as RNAs polimerases
cometam um erro a cada104 nucleotídeos copiados, mas isso não traz grandes prejuízos para a célula
pois o RNA não é usado como uma forma permanente de armazenamento da informação genética. A
ADN ligase ou DNA ligase é uma enzima que possui como função facilitar a união de cadeias de
DNA, catalisando a formação de uma ligação fosfodiéster. É a enzima responsável por unir
covalentemente os fragmentos de Okazaki após a retirada dos iniciadores pela DNA
polimerase
Primeiro ocorre as múltiplas origens de replicações de réplicons, isso ocorre por meio de uma
proteína chamada helicase, que alem de abrir o DNA, rompe as ligações púricas entre as bases
nitrogenadas. Feito isso, ela dá acesso ao DNA polimerase, que só funciona no sentido 3’ para
5’ com relação a fita pré-existente.
Período G2
Em G2 ocorre uma rigorosa checagem de possíveis danos no DNA e se todo o DNA for
replicado antes da célula entrar em mitose
Neste período ocorre a síntese das proteínas não histônicas que vão se associar aos
cromossomos para sua condensação.
Produção de um complexo protéico chamado complexo ciclina- CDK. Está proteína; regula a
célula a entrar em mitose, é uma das responsáveis pela condensação cromossômica, coordena
a montagem do fuso mitótico, coordena a montagem do fuso mitótico, promove a ruptura do
envelope nuclear - fosforilação das laminas, degradação da ciclina – interrupção da mitose.