Você está na página 1de 38

CIÊNCIAS POLÍTICAS – MÓDULO 1

A verdade é que, concordando com Bonavides (2009), a ciência


política é indiscutivelmente aquela em que as incertezas mais
afligem o estudioso, por decorrência de razões que a crítica
de abalizados publicistas tem apontado à reflexão dos
investigadores, levando alguns a duvidar se se trata aqui
realmente de ciência. Mesmo assim, a política é uma dimensão
essencial da vida humana, então podemos inferir que sua
finalidade consiste em organizar a sociedade de tal modo que
nela seja possível a cada cidadão viver uma vida virtuosa e
feliz e não apenas materialmente confortável.

Nesse sentido, a existência humana é essencialmente política


porque o homem é dotado não só de linguagem, mas
principalmente de razão (AZAMBUJA, 2008).» p. 7

[Ver o resumo do final da página 10, unidade 1, modulo 1]

A natureza humana não é nem boa nem má (Espinosa), mas construída


socialmente (?). P. 9, unidade 3, módulo 2.

«Da Filosofia de Hobbes podemos perceber o fundamento


essencial do Estado que é a segurança individual, o desejo
comum de viver em paz como aquilo que possibilita a
convivência de indivíduos desiguais em sociedade.»

Não seria então aquela concepção de Poder disseminada na campanha


eleitoral de 2018 pelo inominável, se mostrando autoritariamente
como protetor?

CIÊNCIAS POLÍTICAS – MÓDULO 3

Qual seria o veículo condutor e ao mesmo tempo o objeto que


permite a confluência das ações no totalitarismo, estabelecendo o
consenso como resultado da força?
[Claude Lefort (1924-2010), francês nascido em Paris, foi
historiador da filosofia e filósofo.]

[Ver também Arendt]

CIÊNCIAS POLÍTICAS – MÓDULO 4

Lopes e Freire (2009, p. 4) explicam que a passagem de uma


democracia representativa para uma democracia mais
participativa por parte do cidadão a partir dos meios digitais
não significa o fim do Estado, como Poder Público, nem o
surgimento de uma nova democracia, ao contrário, com o
surgimento da ciberdemocracia, o Estado torna a administração
pública mais democrática e transparente para o cidadão. De
fato, a criação de espaços virtuais, em escala planetária,
como as cidades digitais, que renovam as formas de deliberação
e do debate público só fazem aperfeiçoar a democracia local.
P. 4, un. 1, mód. 4.

A democracia indireta ou representativa é aquela que, nos ensinamentos de Kelsen (1992), a


função legislativa é exercida por um parlamento eleito pelo povo, e as funções administrativa
e judiciária, por funcionários igualmente escolhidos por um eleitorado.

Dessa forma, um governo é ‘representativo’ porque e na medida em que os seus


funcionários, durante a ocupação do poder, refletem a vontade do eleitorado e são
responsáveis para com este.

Já Dallari (2000) diz que na democracia representativa o povo concede um mandato a alguns
cidadãos, para, na condição de representantes, externarem a vontade popular e tomarem
decisões em seu nome como se o próprio povo estivesse governando.

UNIDADE 4: Temas emergentes em ciências políticas, p. 9.

Questões iniciais: 1) Democracia é o processo formalizado ou a


forma de sua utilização?; o uso fraudulento da
ciberdemocracia, que não seria a democracia em si, é um
exercício democrático?; não estaria sendo reproduzido o que se
é possível na prática da democracia formal, positivada em
direito, em leis, em regras institucionais, qual seja, o uso
do poder econômico para suplantar adversários?
Os partidos são inevitáveis. Nenhum país livre não conta com
eles. Ninguém até agora demonstrou como os governos
representativos podem funcionar sem eles. Eles ordenam o caos
para a multidão de eleitores (BRYCE, s.d. apud AMARAL, 2013).
P. 6, un. 1, mód. 4.

Das definições expostas, deduz-se sumariamente que vários


dados entram de maneira indispensável na composição dos
ordenamentos partidários:

a) Um grupo social.

b) Um princípio de organização.

c) Um acervo de ideias e princípios, que inspiram a ação do


partido.

d) Um interesse básico em vista: a tomada do poder.

e) Um sentimento de conservação desse mesmo poder ou de


domínio do aparelho governativo quando este lhes chega às mãos
(BONAVIDES, 2009).

Possibilidades de partidos políticos:

Santano (2007) faz questão de lembrar que somente existirão


partidos políticos em um sistema de democracia indireta ou
representativa.

A democracia indireta ou representativa é aquela que, nos


ensinamentos de Kelsen (1992), a função legislativa é exercida
por um parlamento eleito pelo povo, e as funções
administrativa e judiciária, por funcionários igualmente
escolhidos por um eleitorado. P. 10, un. 1, mód. 4.

Já Dallari (2000) diz que na democracia representativa o povo


concede um mandato a alguns cidadãos, para, na condição de
representantes, externarem a vontade popular e tomarem
decisões em seu nome como se o próprio povo estivesse
governando.

Questões suscitadas pela Un.3, p. 16 do Mód.o 4: 1) no processo


eleitoral de 2018 onde se situaram os movimentos sociais?; 2)
quais tipos de movimentos sociais?
Como a Teoria dos Jogos funcionou nas eleições de 2018 e como a
ciberdemocracia serviu a ela? V. Un. 5, p. 28, Mód. 4.

A reflexão sobre as conexões entre arte e política deve partir


da análise histórica da “produção cultural” como um todo,
definida como produção de fenômenos que contribuem, mediante a
representação ou reelaboração simbólica das estruturas
materiais, para a compreensão, reprodução ou transformação do
sistema social, relativa a todas as práticas e instituições
dedicadas à administração, renovação e reestruturação de
sentido (CANCLINI, 1982, p.29). V. Un. 7, p. 37, Mód. 4.

CIÊNCIAS POLÍTICAS – MÓDULO 9

TRABALHO DE PESQUISA

O problema: A mentira travestida de informação influenciou no


resultado eleitoral de 2018?

Por que pesquisar?, Qual a relevância do problema?, E quem


será o beneficiário do resultado?.

Hipóteses: A ciberdemocracia como ambiente virtual agregador das


possíveis influências nos resultados eleitorais. A Teoria dos
Jogos foi aplicada?, A Guerra Híbrida é uma realidade?, Como a
ciberdemocraia foi ambiente de difusão das informações?, A ética
prevaleceu na propaganda eleitoral?

Delimitação: A fontes desta pesquisa serão parte das mensagens


veiculadas nas redes sociais no perío de 16 de agosto de 2018 a 27
de outubro de 2018; artigos e noticiários veiculados na mídia;
artigos científicos publicados a partir de 2010, textos teóricos,
vídeos sobre o uso indevido de dados de usuários da internet.

Palvras-chave: cibercultura, ciberdemocracia, ciberética,


ciberespaço, ciberpolítica, espaço público, eleições, lei
eleitoral, líderes de opinião, redes sociais digitais.
PROJETO DE PESQUISA

I. Título da pesquisa

II.Objeto e Justificativa.

1)  Introdução ao tema.

2) O Problema da pesquisa (o que será pesquisado; a


“pergunta”).

3)  Justificativa (por que escolheu esse problema).

III. Revisão Bibliográfica: leitura e exposição das ideias


já discutidas por outros autores; levantamento de críticas
e dúvidas; explicar no que o seu trabalho se diferenciará
dos demais já produzidos sobre o problema; esclarecer de
que forma o seu trabalho contribuirá para o conhecimento do
mesmo.

IV. Hipóteses: explicar a obtenção das respostas provisórias


baseadas na revisão bibliográfica que foram formuladas para
estudar o problema.

V. Procedimentos Metodológicos (como verificar as hipóteses):


realizar a pesquisa, suas etapas e os procedimentos que
serão adotados. Explicar o tipo de pesquisa (estudo
setorial, histórico, de caso, entre outros); tipo de dados;
período coberto; âmbito espacial, fontes de informação
qualitativa e quantitativa.

VI. Desenho da Pesquisa: o conteúdo que terá o relatório


final da pesquisa;

VII. Bibliografia: relacionar os autores utilizados e


citados;

VIII. Cronograma: delimitar as datas para as ações.

A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA:
a) escolha do tema;
b) elaboração do plano de trabalho;
c) identificação;
d) localização;
e) compilação;
f) fichamento;
g) análise e interpretação;
h) redação.

RESUMO: VER ITEM 7 NA P. 22 DO ARQUIVO «artigo cientifico - 01


– Metodos_e_tecnicas_de_pesquisa»

ESTRUTURA DO ARTIGO

INTRODUÇÃO

No início deste século 21, quase nada do que acontece na vida


real está fora do ambiente virtual da rede mundial de
comunicação movida pelas tecnologias digitais (daqui em
diante, designada como web, rede digital ou rede), mesmo que
seja como metáforas ou mentiras. CASTTELS 2009 Invertendo a
ordem da informação, a vida real é profundamente influenciada
pelo movimento virtual, causando reações nos navegantes e
alterando a direção de seu pensamento sobre coisas concretas
ou imaginárias. Consequentemente, a abrangência do mundo
digital inclui de maneira definitiva as relações políticas em
todas as instâncias dessa atividade.

Pretendemos encontrar respostas, mesmo que provisórias, às


questões de como se deu a utilização do ambiente
ciberdemocrático na difusão das informações; e como se deu a
relação da informação com a ética, tendo como parâmetros os
limites estabelecidos pelo ordenamento jurídico do País. Ambas
as questões no contexto das eleições presidenciais do Brasil
em 2018. O objetivo é analisar essas duas problemáticas, tendo
como parâmetros artigos científicos e teorias já consolidadas,
ilustradas com alguns fatos exemplares do objeto da pesquisa.

O ambiente jurídico nacional, sob a égide da Constituição da


República Federativa do Brasil e do Estado democrático de
direito, define o exercício da democracia representativa.
Democracia aqui entendida como o exercício do direito e
obrigação de comparecer às urnas eleitorais periodicamente
para escolher representantes para atuarem nos vários níveis do
poder Executivo e Legislativo do País, em ambiente de livre-
escolha e voto secreto de candidatos previamente homologados
pela Justiça Eleitoral, em estado de liberdade de ir e vir, de
livre associação, de liberdade de opinião e expressão, de
livre manifestação, de exercício de seus direitos e deveres,
limitados seus direitos econômicos às oportunidades de escolha
da livre iniciativa, do livre mercado e do poder econômico de
cada um dos cidadãos. Trata-se de uma definição quem tem
origem nas concepções liberais e sua evolução, na qual, para
cuidar de seus interesses nas instituições do Estado, o
cidadão outorga seu poder a um representante escolhido pelo
voto. E igualmente com todos os acúmulos de conquistas
individuais e coletivas desde a Revolução Francesa até hoje,
sempre dentro dos parâmetros de regime representativo. Tal
democracia política não está dissociada do exercício
concomitante e pleno dos deveres e direitos humanos no sentido
amplo e estabelecidos pelo arcabouço jurídico vigente. Os
autores clássicos precursores e construtores de tais
concepções vêm desde JONH LOCKE, ROUSSEAU, MONTESQUIEU, MAX
WEBER, entre outros, e os mais recentes como KELSEN e DALLARI,
também entre muitos outros.

Na pesquisa sobre a produção a respeito da temática, fizemos


um recorte de artigos publicados a partir de 2010, com algumas
exceções, considerando que estes analisam as recentes
experiências de utilização da web para fins organizativos e de
difusão política em campanhas eleitorais que aconteceram a
partir da década de 1990, levando em conta as redes sociais e
a ferramenta tecnológica; e, a partir de 2003, com o uso em
massa das combinações algorítmicas. Este recorte,
reconhecemos, tem o risco de deixar de fora alguns estudos que
possam aprofundar mais algumas questões, como, por exemplo, a
definição da esfera pública no ambiente virtual ou estudos de
outras experiências eleitorais não contempladas neste
levantamento.

No caso das eleições de 2018 no Brasil, o conteúdo


propagandístico veiculado pela web pelas diversas candidaturas
e seus apoiadores causaram também reações na lei eleitoral.
Buscando mudar a realidade, os emissores difundiram
informações veiculadas virtualmente na tentativa de mudar o
comportamento do eleitorado. Entretanto, nem sempre tais
informações corresponderam à realidade dos fatos, provocando a
reação da legislação eleitoral vigente no País.
A legislação eleitoral brasileira disciplinando o uso da web
para fins de campanhas políticas tem como marco a Lei 12.034,
de 29 de setembro de 2009. Até então,

«Até a eleição majoritária de 2010, só eram admitidas


publicações em sites oficiais de candidatos e de partidos
políticos, sendo vedada a utilização de redes sociais e blogs
para fins de campanha político-partidária. Portanto, nas
eleições de 2002 até a de 2006, somente sites podiam ser
utilizados, o que muda nas eleições de 2010, tendo em vista a
entrada em vigor da lei n. 12.034/09, que alterou o Código
Eleitoral Brasileiro, para regulamentar o uso da internet como
mecanismo de propaganda eleitoral.

Ressalte-se que, antes da criação desta lei, a regulamentação


das campanhas on-line era de competência do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), com a edição de resoluções, que atribuíam
competência aos juízes eleitorais locais para tomar
providências sobre as propagandas eleitorais, coibir eventuais
abusos, bem como julgar os conflitos submetidos à sua
jurisdição, o que gerava decisões conflitantes entre os
diversos Tribunais Regionais Eleitorais no País, e,
consequentemente, um quadro de instabilidade jurídica.» (p.
284) Essa atuação descentralizada da Justiça Eleitoral
provocava incertezas nas campanhas eleitorais, diante de um
padrão nacional para saber o que estava permitido e que estava
proibido.

REDES SOCIAIS, CIBERDEMOCRACIA, ESFERA PÚBLICA

O ambiente ciberdemocrático se dá por meios das tecnologias


digitais utilizando-se as ferramentas das redes sociais. Mas o
que são redes sociais?

De acordo com Recuero (2009), uma Rede Social é composta por atores
(pessoas ou grupos) e conexões (a interação entre os atores). Segundo a
autora, o surgimento da Internet auxiliou as pessoas a difundirem as
informações de forma mais rápida e mais intera􏰀va. Tal mudança “criou
novos canais e, ao mesmo tempo, uma pluralidade de novas informações
circulando nos grupos sociais” (RECUERO, 2009, p. 116). (texto 12, p. 44)

«convém ressaltar que a credibilidade de quem passa a informação é tão


importante quanto o que está sendo disseminado. É neste campo que Solove
(2007) afirma que a reputação está diretamente ligada à confiança. De
acordo com o autor, com a constante expo- sição do co􏰀diano na internet, a
quan􏰀dade de informações pessoais na web se torna cada vez maior e mais
acessível, o que deixa a reputação de pessoas e organizações exposta e
vulnerável». (texto 12, p. 44)

«Teixeira (2013) por sua vez, ressalta que é necessário também entender a
diferença entre mídias sociais e redes sociais. Segundo ela, mídias sociais é o
termo mais abrangente para referir-se a todas as ferramentas com
intera􏰀vidade e da geração de conteúdo por meio de novas mídias. As redes
sociais estão dentro desse cenário e cons􏰀tuem um 􏰀po de mídia social. As
redes so- ciais existem desde sempre e “são formadas por um agrupamento
de pessoas ou organizações, que se unem com o obje􏰀vo em comum de
estabelecer relacionamento e debater assuntos de interesse” (TEIXEIRA,
2013, p. 16).» (texto 12, p. 46)SEGURADO:«Outro aspecto importante desse debate é
a capilaridade da ação política possibilitada pelo uso das redes sociais, que se apropriam das
novas mídias para intervir na conjuntura política do país. » (textp 5, p. 1678)

SEGURADO: «As ações políticas digitais promovem o aumento de instrumentos, meios e


oportunidades para que as minorias políticas se representem e sejam representadas na esfera
pública e nas instâncias de produção da decisão política, sendo fundamentais para o processo
de potencialização da democracia contemporânea. A cibercultura seria responsável por
impulsionar a ciberdemocracia possibilitada pela interconexão das comunidades e pela
construção da inteligência coletiva (Lemos, Lévy, 2010). A ciberdemocracia começa a ser
verificada à medida que se assegura acesso às informações governamentais, propiciando a
condução de projetos-pilotos na área de consultas públicas em meio eletrônico e contribuindo
para ajustar formalmente os processos políticos, operando mudanças na legislação e nas
instituições. » (texto 5, p. 1680)
(ressaltar a horizontalizaçao e a diminuição e flexibilização
da hierarquia)

Levy, P. (2004): Ciberdemocracia. Ensayo sobre filosofía política. Editorial UOC.


Barcelona

No espectro geral democrático em vigor, a utilização do


ambiente virtual da rede mundial de comunicação movida pelas
tecnologias digitais, por seu lado, permite o exercício da
ciberdemocracia, entendida tal qual FULANO (FULANO, 9999),
qual seja,

A ciberdemocracia tem a cibercultura como habitat natural no


contexto do mundo globalizado. De acordo com FELIP E CHIBÁS
(Texto 13, p. 261) «Em nossa opinião, a Cibercultura é essa nova cultura
proporcionada por todos esses novos meios tecnológicos do Ciberespaço e
que os transcende - já que está dentro e fora do Ciberespaço - ao gerar novas
formas de pensar, sentir e agir das pessoas.» Os meios a que ele se
refere são, citando LÉVY (2007), «Para Lévy (2007), a Cibercultura é
o conjunto de técnicas e objetos (tangíveis e intangíveis), de práticas, de
atitudes, de formas de pensamento e de valores que se desenvolvem
conjuntamente com o crescimento do Ciberespaço. É ainda, de acordo com o
autor, um conjunto de três princípios: a interconectividade, a criação de
comunidades virtuais e a inteligência coletiva. Todos, inconscientemente, ou
dominados pelo “espírito”, têm acesso e usam todo o potencial da rede
mundial de computadores» (13, 260)

Os estudos sobre a ciberdemocracia como ambiente virtual


agregador de informação e opinião que influenciam o
comportamento do cidadão nos resultados eleitorais serão
analisados por meio dos estudos já realizados e publicados.
LEVY 200?

«Ciberdemocracia es actualmente un significante o término de filosofía polí- tica, de


cierto éxito global y en torno al cual convergen, los ensayos y reflexio- nes sobre los
retos y desarrollos poten- ciales de la democracia, como sistema político, a través de
las nuevas TIC‘s y entre las que Internet es la más desta- cada, aunque no la única.
(txt 17,254 DÍAZ MUÑOZ)[…] dos perspectivas fundamen- talmente: (1) las que
la aproximan la ciberdemocracia a otros de los térmi- nos afines como democracia
electróni- ca o democracia digital, y que consiste en analizar las posibilidades que
Internet y otras NT aportarían para la mejora parcial de la vigentes democracias
occidentales representativas y (2) las que plantean un concepto de ciberdemocracia
planetario, mucho más radical y utópico de transforma- ción de esas mismas
democracias.
A uno y a otro patrón o perspectiva parecen acogerse los diferentes auto- res. Así la
doctrina española, parecen estar refiriendo el primer patrón prin- cipalmente, que
viene a asociar la idea de ciberdemocracia al estudio y análi- sis sobre cómo se va
implementado en los diferentes modelos de democracias, prácticos y teóricos, el uso
de las NT que ofrece Internet, entre otras TICs.
Los planteamientos de este primer patrón entroncan con la práctica política
progresiva, entre la que se observa: el progresivo incremento, con mayor o menor
fortuna, de las NT en la vida política, (txt 17,255 DÍAZ MUÑOZ)[..] al menos
tres de los cuatros seg- mentos esenciales conformadores del sistema democrático
por excelencia pueden ser desarrollados significativa- mente por Internet: la
obtención de in- formación, el debate o la deliberación y la acción política, debiendo
la faceta de la emisión del voto, a mi juicio, con- servar formatos todavía clásicos
por su mayor seguridad.» (txt 17,b258 DÍAZ MUÑOZ)

«Yochai Benkler escreveu que a esfera pública interconectada é


mais democrática do que a esfera pública controlada pelos
meios de comunicação de massa, primeiramente por reduzir os
custos de se tornar um falante, e depois por distribuir
completamente a possibilidade de participar dos debates devido
à arquitetura da rede (BENKLER, 2006). Na Internet, ninguém
precisa de autoriza- ção para criar conteúdos, para tal basta
criar um sítio eletrônico, um portal ou um blog. Todavia, como
a tecnologia da informação é ambígua, a comunicação
distribuída também pode ser utiliza- da para difamar e para
beneficiar articulações cri- minosas. » (texto e, p. 110/111)

SEGURADO também cita Benkler: «Para Yochai Benkler (2007), estamos vivendo
o deslocamento das formas comunicacionais das mídias massivas, modificando a
configuração da opinião pública. Nessas formas, a opinião pública é agendada e enquadrada
pelos massmedia; nas novas mídias, ao contrário, prevalece a conversação em rede, que
pressupõe diálogos, ação comum e compartilhamento. A conversação se constitui na nova
esfera pública que é o ciberespaço, onde a interlocução aberta e livre é base para a ação
política. »(texto 5, pa. 1677)

e Castells (2009): «A metodologia utilizada baseou-se no


debate sobre o uso das redes digitais, desenvolvido
inicialmente por Manuel Castells (2009) na obra Comunicación y
poder, na qual o autor apresenta uma tipologia para analisar
as formas de organização do poder na sociedade contemporânea,
enfatizando a incorporação das tecnologias de informação e de
comunicação para a organização de novas práticas sociais e
políticas. Articulado à noção de poder em rede formulada por
Castells, utilizaremos o conceito de multidão com o objetivo
de analisar as formas de atuação dos coletivos de ação
cultural e política da contemporaneidade, com base na
horizontalidade da organização» (texto 5, p. 1674)

SOBRE A ESFERA PÚBLICA em texto 7, MEDEIROS:

esfera pública e opinião pública na Internet (27); quando certos


eventos, em contraposição às sociedades fechadas, são acessíveis a
qualquer indivíduo -, e considerando a ideia de que a Internet
compreende um espaço público sem intermediários ou reguladores
institucionais (27); um processo que passa pelos tradicionais meios
de comunicação para efetiva atuação na esfera política (28); esfera
pública, opinião pública e redes sociais (28); estrutura que agrega
diversos tipos de entidades que se comunicam num espaço informacional
e comunicacional e que atuam em um jogo de forças para o
estabelecimento de relações de poder (28); Musso (2010, p.31)
propõe uma definição de rede, que é utilizada para este
trabalho: “Rede é uma estrutura de interconexão instável,
composta por elementos em interação, e cuja variabilidade
obedece a alguma regra de funcionamento”. Os elementos de
inte- ração são os nós, os indivíduos interconectados,
instáveis a partir do dinamismo próprio da rede e que obedecem
a regras próprias para o seu funcionamento (29); É importante
observar, como ressalva, que, se por um lado, há o que defende Castells (2003), uma extrapo-
lação de tempo e espaço, sendo fundamental estar presente na rede e vivenciar o fluxo
informacional não controlado por qualquer ator, seja uma pessoa ou instituição, por outro
lado, Lessig (1999) argumenta que a ideia do ciberespaço como um lugar livre e não mo-
nitorado é completamente questionável, uma vez que o código fornecedor da arquitetura do
ambiente pode ser alterado por quem o domina. (30); Gomes (2005a), existe a necessidade de
“capital cultural” aos indivíduos envolvidos no debate, já que a apenas o acesso à informação
política não torna o cidadão mais informado ou ativo (32); somente atitudes capazes de
promover nos indivíduos a participação social e política em assuntos relevantes, bem como a
capacidade crítica, serão capazes de promover um real alavancamento do conceito de esfera
pública, subsidiando o que Habermas (2003) (33);

PROCURAR HABERMAS E COLOCAR O CONCEITO DE ESFERA PÚBLICA.


«ciberdemocrai é uma comunicação política transparente,
multipolar, deliberativa e de interpelação cívica universal
através das novas tecnologias, como internet, em processos
democráticos» DADER, 2012: 18) (txt 18, p. 104)

«a ideia central da democracia deliberativa é que as decisões


políticas somente são legítima quando são o resultado de uma
ampla deliberação democrática que implica a participação de
todos os potenciais envolvidos e a possibilidade apresentar,
discutir e aceitar ou rebater os argumentos que cada um possa
apresentar a favor ou contra diante das diferentes
alternativas de decisão»(txt 18, p. 104, FUENTES E PAGET)

VEM DA GRÉCIA.

Há uma afirmação (texto 2 p. 108) que chama a atenção: «Diante


da diminuição da influência da política convencional
caracterizada pela lealdade ideológica-partidária, surgem
novos modos de participação não ou pouco mediados como com os
meios convencionais. Isto atenuaria certos problemas
clássicos, derivados da distorção das mensagens entre
governantes e governados.» (colocar o original e a tradução no
rodapé) O autor argumenta sobre a realidade espanhola de
2011. Na campanha eleitoral de Barack Obama, em 2008,
confirma-se a importância da web para a difusão da propaganda.
Fato que ocorre acentuadamente entre as novas gerações.
Segundo cita Sergio Amadeu da Silveira (SILVEIRA, 2009), a
participação da juventude pela internet chega a 42%, entre os
norte-americanos de 18 a 29 anos, de acordo com pesquisa do
Pew Research Center for the People & the Press e da Pew
Internet & American Live Projetct.

MAS O ACESSO À INFORMAÇÃO, O DEBATE, E AS INSTÂNCIAS DE


DECISÃO VIRTUAIS, COMO ESTÃO SE DANDO?

MAS A CIBERDEMOCRACIA tem vida própria ou depende da


organização social concreta e se constituiria em um «reforço»
à democracia vigente (representativa etc)? (MEDEIROS, texto 7,
p. 32);

«O modelo ideal corresponderia ao indivíduo plenamente informado,


envolvido em discussões públicas e vinculado ao processo decisório.
O primeiro discurso referente à democracia digital diz respeito à dimensão
informacional, ou seja, o cidadão informado na democracia transparente. A
internet aufere status de acesso à informação para a consolidação do regime
democrático, através da interconexão de documentos dispersos na rede; a
transparência e a disposição de dados e informação governamentais
constituir-se-ão o cerne para a e- democracia. O discurso seguinte refere-se
ao espaço público de discussão revitalizado para o debate democrático,
concebendo a internet como um instrumento para estimular a discussão entre
os cidadãos e os representantes políticos (governo), a partir dos fóruns e
mensagens instantâneas (simétricas e assimétricas). O debate democrático
pressupõe a liberdade de expressão dos indivíduos e a igualdade de
condições, incluindo os aspectos relacionados à dromocracia (isonomia social
no acesso aos avanços tecnológicos) e uma interação que transcenda o espaço
geográfico, social e cultural; um ambiente para apresentar e discutir diferentes
opiniões, convergindo os vínculos sociais ou identidades temáticas para
ampliar as diversas perspectivas (visões) concernentes a determinados
assuntos.
O terceiro discurso diz respeito à participação dos cidadãos nas decisões
políticas, na qual os recursos consultivos como correio eletrônico (e-mail),
fóruns de discussão temáticos, questionários eletrônicos, a exemplos, poderão
incidir no processo de intervenção direta.» (Santos, txt 14, p. 200)

CAMPANHAS

Não se trata do que vem acontecendo pelo menos, exemplarmente,


de 2016 para cá, com a utilização de metodologias matemáticas,
algoritmas, já há mais tempo utilizadas na publicidade
comercial e o uso ilegal e antiético de dados o marketing
eleitoral na web. (verificar o desenvolvimento dessa ideia no
texto citado, pois ele está muito otimista com a relação à
democracia, manipulação, livre expressão, produção de
conteúdo, mas relativiza e aponta perigos. E ver Castells,
2010)

Já em 1993, tem-se o registro da primeira utilização da web,


quando o Partido Liberal canadense criou um sítio na
plataforma National Capital Free Net. Considera-se esta a
inauguração do uso político da internet. (texto 01, p. 45, mas
é preciso dar uma checada)

MORAES PEIXOTO e MARIA SOUZA (p. 284), em análise preliminar


da utilização da Lei 12.034/2009, sintetiza a evolução do uso
da rede, notando que o seu uso tem início nos EUA. «As novas
tecnologias da informação passam, assim, a ser utilizadas como
instrumentos de mobilização e participação na arena política.
Castells (1999) destaca tanto o emprego das novas ferramentas
em campanhas políticas como na participação dos cidadãos no
espaço virtual.

As campanhas on-line se desenvolveram nos Estados Unidos, na


década de 90, com algumas experiências a partir de 1996,
momento em que,em virtude do crescimento de usuários da
internet, partidos políticos, militan- tes e eleitores
passaram a veicular informações políticas em websites, mas a
utilização ainda foi muito tímida (NORRIS, 2001). No entanto,
chamamos a atenção para Patrick Buchanan, que buscou,
intensamente, através da in- ternet, mobilizar apoio e
angariar doações nas eleições primárias do Partido Republicano
em 1996. (KAMARCK apud AGGIO, 2011).
Norris (2001) ressalta que nas eleições estaduais norte-
americanas de 1998, a internet ainda foi pouco utilizada para
arrecadação de fundos para campanha, pois apenas um em cada
dez websites de candidato a governador possibilitava doações
on-line. Esse cenário muda em 2000, quando o candidato nas
primárias republicanas, John McCain, arrecada mais de um
milhão de dólares em contribuições realizadas de forma on-
line, nos dez dias seguintes à sua vitória em New Hampshire.
No Brasil, nas eleições majoritárias de 1998, já era possível
observar a utilização da internet pelos presidenciáveis como
estratégia de campanha, para divulgar notícias e provocar a
mídia de massa. Não obstante, o uso foi discreto e
visava,apenas,aos eleitores interessados em informações sobre
agenda e ma- terial de campanha do candidato» (p. 284)

Veja isso: «A metodologia utilizada baseou-se no debate sobre o uso das redes digitais,
desenvolvido inicialmente por Manuel Castells (2009) na obra Comunicación y poder, na
qual o autor apresenta uma tipologia para analisar as formas de organização do poder na
sociedade contemporânea, enfatizando a incorporação das tecnologias de informação e de
comunicação para a organização de novas práticas sociais e políticas. Articulado à noção de
poder em rede formulada por Castells, utilizaremos o conceito de multidão com o objetivo de
analisar as formas de atuação dos coletivos de ação cultural e política da contemporaneidade,
com base na horizontalidade da organização» (texto 5, p. 1675)

E segue: «Em nenhum momento anterior, indivíduos e coletivos


com poucos recursos financeiros encontravam canais diretos a
fim de expressar suas opiniões para uma parcela significativa
de pessoas, independente de sua localização territorial,
conforme observamos na análise dos coletivos pesquisados.»
(texto 5, p. 1675)

[PRÁTICAS DEMOCRÁTICAS TRADICIONAIS PARA PRÁTICAS BASEADAS EM


TECNOLOGIAS DIGITAIS, conforme SEGURADO (2015), (texto 5, p.
1674]

«segundo a conceituação de… adotando a conceituação de em


(FULANO, 9999)»

3) fontes de pesquisa; ver Castells, no que a internet muda a


forma de participação; a questão da segmentação do emissor e
do receptor (texto 4 p. 1624)

4) o fato, objeto de estudo; delimitação do objeto; o que será


feito com ele? Analisar o contúdo ou apenas destacar a
necessidade de fazê-lo juntamente com outras tarefas da
pesquisa?

ÉTICA

A Ética considerada como um conjunto de procedimentos, regras,


valores pré-estabelecidos e construídos socialmente pelos
seres humanos, passíveis de críticas e de mudanças, de acordo
com o tempo, o espaço e a cultura que a abriga.

[VER OS SETE MATIZES DA ÉTICA EM PDF]

5) SOBRE A CIBERÉTICA. «Essa ciberética, por diferenciar-se da ética do mundo


cotidiano, coloca em suspensão princípios morais castradores e possibilita a realização
fantasmática de desejos. Ramos, Daniela Karine.» (texto 6, p. 320) «A palavra
cibernética tem origem grega kybernetike que significa apro- ximadamente pilotagem. Mais
especificamente, o prefixo ciber, também de origem grega, significa comandar.
Assim, podemos nos apropriar da palavra cibernética e atualizá-la para o plano dos jogos
eletrônicos e da ética, como uma ciberética, como um modo de governo da extensão do
sujeito no mundo virtual. » (texto 6, p. 331)

«O mundo virtual dos jogos é um lugar baseado em aspectos da realidade, sem ser cópia, o
que possibilita ao sujeito identificar-se e sentir-se personagem ativo desse espaço. Assim,
podemos entender que realidade virtual constitui- se como uma réplica simbólica da
realidade (Bret, 1997), mas que, ao mesmo tempo, não se confunde com ela, por isso torna
possível a cisão entre a vida cotidiana e o mundo virtual do game. » (texto 6, p.
320)

«Atuar em um jogo de primeira pessoa de atirar, em uma


situação de com- bate, e matar os adversários não tem o mesmo
impacto que se pode imaginar na vida cotidiana. (…) De acordo
com Meneghetti (2006, p. 4), os jogos de atirar em primeira
pessoa, como o CS, proporcionam “[...] virtualmente, uma das
emoções mais intensas que o ser humano poderia experimentar –
a última fronteira do limite social, moral e ético – que é
matar ou ter a própria vida subtraídapor alguém” (…) Por isso,
o morrer e o matar no jogo ganham outro sentido, pois fazem
parte de estratégias para vencer o jogo cumprindo a missão
estipulada. Assim, a forma como lidamos com essa temática não
ganha a profundidade da vida cotidiana. Do mesmo modo que
matar na vida mundana não tem o mesmo sentido e sig- nificados
para as pessoas, dependendo da cultura e da história de vida,
bem como o motivo pelo qual se mata, essa ação pode ganhar
diferentes sentidos.» (texto 6)

«os atuais modos de relações comunicacionais passam por uma (re)configuração.


[…] as expressões e mensagens, na perspectiva comunicacional, produzem sentidos
e afetam os comportamentos e percepções coletivas, tendo alcance tanto no plano do
mundo real, quanto do mundo virtual. […] Se na vida real, ou seja, num plano de
facticidade tangível imediata, existe uma ética aplicada, por que não seria possível
existir também no plano virtual? Dir-se-ia da necessidade de um marco referencial
de valores, normas e até instituições que regulem o Ciberespaço? Neste sentido,
abre-se caminho para um debate acerca da implementação no espaço virtual, de
modelos tradicionais, até agora aceitos para um agir social no plano do real […]
Podemos afirmar que o fenômeno da globalização trouxe novos dilemas éticos a
serem resolvidos, tais como: quem está no controle e como se está fazendo o
controle, de maneira geral?» (txt 16, Parode et all)

VER EXEMPLOS DE BRAVATAS DITAS NA VIDA REAL E QUE VIRALIZARAM


NA WEB. PERDERAM SEU SIGNIFICADO ORIGINAL?

VERDADE E PÓS-VERDADE.

«Então o que é verdadeiro ou falso ao navegar no oceano de memes, selfies e


fake news presentes no ciberespaço? Nestes novos contornos, a simulação
incorpora a ambiguidade aos signos, opera com base na dualidade e não se
prende ao dilema verdade ou mentira (ACCIOLY, 2010). Se partirmos do
princípio que verdade não existe, mas persiste enquanto fato, é a verdade de
um conceito que se sobrepõe a outros. O que presenciamos é a produção e a
propagação de pós-verdades.
O Dicionário Oxford definiu pós-verdade como um substantivo “que se
relaciona ou denota circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos
influência em moldar a opinião pública do que apelos à emoção e a crenças
pessoais”. [...]Essa nova palavra que entrou para o léxico mundial em 2016 e
fecha o ano em alta, frequentando as mais diversas bocas e páginas do
mundo político e jornalístico. Não seria então, exatamente, o culto à mentira,
mas a indiferença com a verdade dos fatos.

As pós-verdades circulam na rede em diversos formatos fáceis de criar e de


compartilhar devido a estrutura e as ferramentas das redes sociais digitais que
permitem aos interagentes criarem mensagens com texto, imagem, vídeo e
som. Destacamos, aqui, os memes, as selfies e as fake news. » (txt 15,
Bertoloto, p. 3

5-A) SOBRE OS ESTIGMAS. (texto 8, RECUERO e SOARES) Violência


é produto da natureza intrínsica ao homem ou produto das
relações sociais?; explosão de violência, literalmente,
terrorismo; sistêmica e simbólica; violência simbólica, que é aquela que
advém da linguagem. É um produto das relações históricas de dominação nos espaços
sociais, que passa a residir também nos espaços on-line.; Bourdieu (1991), o poder simbólico
pressupõe o «não reconhecimento da violência que é exercida através dele” (240); O humor,
assim, pode atuar no discurso de forma a mascarar e reduzir o impacto da violência na
percepção dos sujeitos (241); Em oposiçao ao modo sério de ser, o humo é a “aceitação da
ambiguidade, do paradoxo, das múltiplas interpretações da realidade e da incongruência”5
(CRAWFORD, 2003, p. 1420). (241); Estudar o discurso on-line é estudar a linguagem em
uso e a construção de sentidos em ambientes diferentes, mediados e apropriados. E essas
apropriações também podem gerar comportamentos diferentes, inclusive violentos e hostis,
como a reprodução de formas de agressividade on-line. (243);

5-B) SOBRE O DISCURSO DO ÓDIO. «Comumente atrelado a situações de

conflito, “o discurso de incitação do ódio tende a dimi- nuir a autoes􏰀ma das


ví􏰀mas, impedindo assim a sua integral par􏰀cipação em várias a􏰀vidades da
sociedade civil, incluindo o debate público” (FISS, 2005, p. 47). Esse discurso
de ódio pode acontecer tanto nos meios online quanto nos offline. Quando
alguém dissemina o ódio ao falar mal de outros atores por meio de espaços
de interação na internet, há a ação dos nominados de “haters”, segundo
Amaral e Monteiro (2013). Esses “odiadores”, como são chamados, possuem
acesso facilitado à internet e espalham o ódio em postagens de redes sociais
ou sites da inter- net. Com o aumento desses discursos de ódio nas redes
sociais, surge um problema social que intensifica a exposição de es􏰀gmas
sociais (GOFFMANN, 2008), visto que, em muitos momentos, esses discursos
estão repletos de preconceito e termos pejora􏰀vos.
Nesse sentido, Meyer-Pflug (2009, p. 97) conceitua o discurso do ódio
manifestado através da internet como algo que “consiste na manifestação de
ideias que incitam à discriminação racial, social ou religiosa em relação a
determinados grupos, na maioria das vezes, as minorias”. A autora ainda
ressalta que esses discursos têm a finalidade deliberada de desqualificar e
inferiorizar um grupo de pessoas, cuja dignidade se vê aviltada pelo emissor.
Assim, surge o ódio como forma de expressão do indivíduo por meio da
internet.» (texto 12, p. 47)

GOVERNAMENTALIDADE. Michel Foucault denominou


governamentalidade os procedimentos e cálculos que têm por
alvo a vida de uma população. Segundo o filósofo, a adoção
desse tipo de governo foi o modo astuto com que o Estado
moderno se permitiu sobreviver por meio “de um poder que se
exerce mais sobre uma multiplicidade do que sobre um
território” (2008, p. 173). A lógica desta estratégia consiste
em “trabalhar na realidade, fazendo os elementos da realidade atuarem uns em
relação aos outros, graças a e através de toda uma série de análises e disposições
específicas” (ibidem, p. 62). teríamos com os dispositivos de governo uma
tecnologia ou uma “física de poder”, de cunho liberal e economicista: « Uma física do
poder ou um poder que se pensa como ação física no elemento da natureza e um poder que se pensa
como regulação que só pode se efetuar através de e apoiando-se na liberdade de cada um, creio que isso
aí é uma coisa absolutamente fundamental. Não é uma ideologia, não é propriamente, não é
fundamentalmente, não é antes de mais nada uma ideologia. É primeiramente e antes de tudo uma
tecnologia de poder, é em todo caso nesse sentido que podemos lê-lo »(ibidem, p. 64).

O termo “governamentalidade algorítmica” foi cunhado, entre os


anos de 2011 e 2013, pela filósofa do direito Antoinette
Rouvroy. No seu artigo “Technology, virtuality and utopia”
(2011), ela anuncia uma “racionalidade governamental” animada
pela “computação autônoma”. Nesse texto a autora ainda não
utilizava o termo “algoritmo” colado ao “governamentalidade”.
Na conferência “Algorithmic Governmentality and the End(s) of
Critique” (2013), o termo já aparece tal como apresentamos
aqui. (436); Por meio das mais variadas tecnologias, a computação autônoma
de dados acessa, traduz e classifica gestos, relacionamentos, subjetividades e
individualidades em tempo imediato, capturando as mais sensíveis ou rústicas
variações. (texto, p. 430); Há ganhos no fato de as máquinas detectarem, avaliarem
e, principalmente, anteciparem desejos e interesses, conhecendo as preferências e as
redes de relações. Customizando as necessidades de acordo com as ofertas e serviços
e construindo um perfil individualizado, fornece a impressão de nos conhecer melhor
do que nós mesmos. (430); Nossa intenção é introduzir o debate filosófico acerca das
características do que seria um novo modo de lidar com as subjetivações
contemporâneas. Da interação entre as subjetividades e as tecnologias autônomas.
Interessa-nos como os indivíduos passam a ser objetos da observação, classificação e
predição de sociabilidades. (431); Nossa intenção é introduzir o debate filosófico
acerca das características do que seria um novo modo de lidar com as subjetivações
contemporâneas. Da interação entre as subjetividades e as tecnologias autônomas.
Interessa-nos como os indivíduos passam a ser objetos da observação, classificação e
predição de sociabilidades. (431); Se nos processos político-discursivos 2 a
legitimidade, a história, a verdade, a justiça representam elementos mobilizadores,
organizadores e hierarquizantes da ação, há uma esfera do contemporâneo
transitando em outras características e estratégias. Não se trata de projetar uma ação
política sem os universais da política moderna (representação, soberania, direito,
Estado), mas de compreender uma política fundamentalmente exercida por meio de
máquinas e dispositivos de controle das subjetivações combinados com lógicas de
governo. (432); As transformações engendradas pela produção de subjetividades não
se apresentam como resultado apenas do conhecimento, da cultura ou da informação.
Sua dimensão seria também afetiva e existencial. Com base nesta produção se
propagariam discursos, saberes e funções político-tecnológicas. Félix Guattari assim
define este “coquetel subjetivo contemporâneo”; Do mesmo modo que as máquinas sociais
que podem ser classificadas na rubrica geral de Equipamentos Coletivos, as máquinas tecnológicas de
informação e de comunicação operam no núcleo da subjetividade humana, não apenas no seio de suas
memórias, da sua inteligência, mas também da sua sensibilidade, dos seus afetos, dos seus fantasmas

inconscientes (2012, p. 14). Com base na ideia de que governar é a ação de condução das
ações dos outros e das coisas, estabeleceu-se uma dinâmica de cálculos baseados na
observação dos fenômenos populacionais e dos fatos relacionados a estes eventos.
De posse de uma série de dados e probabilidades regulares, podem-se fabricar
políticas de otimização da capacidade de controle, objetivando produtividade e
aumento do capital. Não são funções específicas dos indivíduos, nem apenas dos
regimes de produção de subjetividades, mas saídas e entradas, inputs e outputs, nos
processos geridos e governados pelas tecnologias. Não seria o fim do indivíduo, nem
mesmo sua dessubjetivação. Porém, a anulação das subjetividades, 4 congelando
sujeitos em suas bolhas discursivas, ideológicas e identitárias. (433); Dito de outra
forma, apreende-se a realidade de modo imediato e imanente. As informações viriam
ao mesmo passo em que são produzidas e, sequencialmente e de modo quase
instantâneo, se tornariam funções de governo. As relações entre a entrada e a saída
das informações seriam o próprio processo político em andamento. (434);
«exclusividade do alvo»: o funcionamento dos Big Data e dos datamining a partir de
um sistema de relações não se submete a qualquer média e mantém autonomia diante
das normas sociais. (434); Já nos Big Data, não há hipóteses prévias, pois se procura
diretamente na correlação dos dados a expressão dos fenômenos. As relações
estatísticas dos datamining esquivam-se das normas sociais de seleção, classificação
e hierarquização dos dados, transitando diretamente entre o real das informações e a
operação destas via seus elementos técnicos e tecnológicos. A realidade ganha uma
aparência de esfera pública, porém controlada por interesses particulares e com
governos e empresas coletando quantidades massivas de dados não classificados.
(435); As funções algorítmicas têm a característica de produzirem mecanismos de
controle sem a necessidade de acionar discursos e ideologias como estratégias
centrais de governo. Enquanto os dados entram e saem em big quantidades,
velocidades e variedades, e os elementos da operação se inserem em funções sem
debates ou discordâncias, os discursos são mantidos dentro de bolhas, cada vez mais
fechadas e direcionadas. Para alguns pesquisadores este modo de correlação produz
a radicalização das opiniões e a fragilidade das experiências comuns (Sustein, 2009).
(436); Nos procedimentos da governamentalidade, além de atos acionados via
ordenamento jurídico, haverá todo um cálculo sobre a incidência de um
acontecimento,11 o quanto ele interfere na vida social, qual seria o custo de gestá-lo. o
dispositivo, primeiro, toma ciência do ocorrido a partir de suas probabilidades (não
um fato em si, mas a ocorrência dele enquanto fenômeno). Após, faz o cálculo dos
custos, caso se efetive ou seja bloqueado, e fixa uma média de como é possível
proceder. (437); Há uma descentralização do indivíduo, diminuindo o papel das
subjetivações comuns às formas discursivas de ação política. os Big Data dispensam
a identificação do indivíduo para conduzir circulações e relações. Funcionam em um
fluxo no qual “não se enclausuram pessoas, mas, ao fazer estradas, multiplicam-se os
meios de controle. Não digo que esse seja o único objetivo das estradas, mas as
pessoas podem trafegar até o infinito e ‘livremente’, sem a mínima clausura, e serem
perfeitamente controladas” (Deleuze, 1999, p. 12). Os fluxos e deslocamentos
produzem normatividades, bem como estas implicam mais circulações. neste
sentido, quanto mais caminhos forem produzidos, maior será a “livre” circulação e
mais normas serão ativadas. (438); Forma-se a ideia de que NORMATIVIDADES
imanentes às correlações de dados reais não seriam uma prescrição para o
comportamento humano. Seria como uma descrição objetiva dos atos, seja de
indivíduos ou de grupos, relacionados a partir do que foi enviado, recebido ou
deixado nos Big Data. em extremo, cria-se a lógica do fim da ética, do
comportamento e das relações sociais em favor da verdade e da objetividade dos atos
em si. Produz-se uma política preditiva, determinando decisões com base nos
processos autômatos, eliminando quase por completo uma característica fundamental
da ação política, o risco de sua imprevisibilidade. 16 E este é o elemento sedutor dos
algoritmos, o de que estaríamos construindo uma vida mais segura, estável e
produtiva. o humano se tornaria parte do mecanismo das máquinas e tecnologias de
dados. (442); Dessa forma, a ação normativa surgida das estatísticas produz efeitos
sobre os ambientes e processos. Aparentemente, os saberes preservariam os
indivíduos, pois não haveria uma predominância de processos discursivos e
significantes de subjetivação. A ação do indivíduo “não é mais influenciada por
confrontação direta com uma norma exterior – lei, média, definição de normalidade
–, mas suas possibilidades são organizadas no próprio seio de seu ambiente”
(Rouvroy e Berns, 2015, p. 47). A potência de condução da vida estaria justamente
na capacidade de não usar os sujeitos diretamente como suporte e apoiando-se na
autonomia e indiferença quanto ao caráter dos dados. (445); A governamentalidade
algorítmica trabalha como uma memória do futuro, por meio de uma realidade
aumentada pela percepção do presente com o uso de dados sem qualquer relação e
sem significantes de pertencimento. Tal amplitude fornece às formas de governo por
algoritmos a objetividade da percepção antecipada de um acaso sistematizado. o real
e o possível apresentam-se aos sujeitos de modo que a eles cabe apenas se deixarem
conduzir para os caminhos “naturais”, aparentemente individualizados, porque
provêm do perfil do usuário, e corretos, pois é a própria leitura da realidade,
objetivada e sem interferências subjetivas, discursivas ou ideológicas. Do ponto de
vista da democracia liberal, o governo via algoritmos aparece como objetivo,
inofensivo, “posto que fundado sobre uma realidade anterior a toda manifestação de
entendimento ou de vontade subjetivos, individuais ou coletivos, [...] alimentando o
sonho de um governo perfeitamente democrático” (ibidem, p. 48). (445-6); O sujeito
de direitos faz de sua luta e existência a efetivação da igualdade e da justiça por meio
do poder soberano e de suas instituições. o corpo individual reproduz o treinamento
social e físico ao qual é submetido nos equipamentos disciplinares. O indivíduo
confessional, para quem “tudo deve ser dito”, ativa “mecanismos de poder para cujo
funcionamento o discurso [...] passou a ser essencial” (Foucault, 2011, p. 29).
Nenhuma das formas de lidar com as relações de poder, em funcionamento e com
percursos próprios, deixa de se encontrar nas estratégias autoritárias de controle e
dominação. A governamentalidade algorítmica acrescenta-se a estes processos já
existentes e configura-se, diferentemente dos outros modos, como um governo
desprovido de projeto. (446); Há várias iniciativas, científicas, comunicacionais e
sociais, nas quais os Big Data exercerão uma função positiva. As aberturas
propiciadas pela tecnologia massiva de dados possibilitam o acesso a informações e
redes colaborativas, aumentando a potência de reflexão e de produção de saberes
comuns e específicos. Contudo, elas vêm acompanhadas de fechamentos e controles,
especialmente na medida em que os algoritmos são fabricados por grandes empresas
e monopólios dos sistemas de comunicação. Este é um dilema que se apresenta, pois
na governamentalidade “não se age, não se cria, modela- se” (Parra, 2016). Ainda
mais levando-se em consideração que o acesso aos dados deixados produz
informações sobre perfis mesmo se não identificados. Ocorre um definhamento,
quando não a eliminação direta, das deliberações públicas e das reflexões plurais e
diversificadas. O saber que emerge aparece como verdade real, imparcial e
indubitável dos traços deixados pelos indivíduos. A divergência política, o dissenso
coletivo, as resistências e contestações sofrem a invisibilidade e a inoperosidade.
(447)

TRUMP

O papel principal atribuído à Steve Bonnon e seu secto nos resultados eleitorais da campanha
de 2016 nos EUA por alguns analistas não é unanimidade. Um estudo realizado recentemente
pelo professor associado da Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra,
Pamplona, Roberto Rodríguez-Andrés (2018), coloca outro personagem, bem mais modesto,
à frente da campanha de Trump. Cita comentários da imprensa nos quais Rad Parscale é
colocado como um dos principais responsáveis pela vitória do republicano.

«Uno de los hombres clave para el triunfo de Donald Trump se


llama Brad Parscale y nació em el Estado de Texas hace 40
años. En su currículum no muestra conocimientos de política ni
ningún antecedente em campañas electorales. Pero fue el
director de la estrategia digital del magnate republicano.»
(https://www.cronista.com/columnistas/El-guru-digital-de-
Trump-20161111-0066.html Copyright © www.cronista.com - El
Cronista, 11/11/2016, Buenos Aires, Argentina).

No entanto, os dados da Cambridge Analytica são apresentados como fundamentais no


último mês da campanha.

Rodríguez-Andrés percorre o noticiário dos principais jornais do período eleitoral e constata


que uma pesquisa feita pelo jornal New York Times e pela empresa SMG Delta no início de
2016 que Parscale convenceu a Trump centralizar sua campanha nas redes sociais. Mesmo
porque suas declarações eram repercutidas nas mídias tradicionais sem nenhum gasto, «no
mercía la pena malgastar dinero em anuncios em televisión, medio em el que el candidato ya
tenía gran repercusión gracias a suas explosivas declaraciones» (RODRÍGUEZ-ANDRÉS,
2018).

Os efeitos dessa opção pelas redes sociais são desvastadores. O mesmo estudo do professor
da Universidade de Navarra aponta, que ainda no início de 2016 (lembremos que as eleições
foram realizadas em novembro), pesquisa realizada pela empresa de consultoria Social Flow
revelou que «si una persona tuviera que leer todo lo que se había escrito de Donald Trump
em las redes hasta ese momento», tardaría más de 1.200 anos em hacerlo»

Estudo citado, entre outros, pelo professor é o da Universidade do Sul da Califórnia, no qual
foram analisados 20 milhões de twuitters veiculados entre 16 de setembro e 21 de outubro
daquele ano, escritos por 2,8 milhões de usuários. Desses números constatou-e que
aproximadamente 400 mil eram bots, envolvendo 19% das conversas, distorcendo o debate
no Twitter, na maioria dos casos, favoravelmente a Trump (RODRÍGUEZ-ANDRÉS, 2018).

No caso do Facebook, dois recursos foram largamente utilizados. O Facebook Live, com
seguidas transmissões ao vivo da campanha, e o recurso conhecido como darkposts,
vinculado à plataforma Facebook, que permite o envio de mensagens a usuários específico
explorando suas características constantes na base de dados. Essas mensagens são vistas
apenas pelo usuário alvo delas e logo são apagadas.

Outro recurso enumerado pelo autor de Navarra foi a larga utilização de páginas falsas com
notícias favoráveis a Donald Trump e contra Hillary Clinton. Rodríguez-Andrés revela
estudo que mostra que 75% das pessoas expostas às notícias falsas do Facebook acreditavam
na veracidade das informações. FALAR AQUI DA PÓS VERDADE?

Para incrementar a campanha, de acordo com o estudo de Rodríguez-Andrés, citando várias


fontes, foram somados aos 14 milhões de dados em poder da campanha de Trump,
compostos de eleitores indecisos mas possíveis de persuasão, dados sobre 220 milhões de
adultos estado-unidenses fornecidos pela Cambridge Analytica. Isto permitiu o conhecimento
do eleitorado e quem foi preciso convencer «y los convencimos a gran escala»
(RODRÍGUEZ-ANDRÉS, 2018, p. 840).

A expressão «voter suppression» foi o método largamente utilizado na campanha. Consiste


em denegrir, difamar a imagem do adversário com informações falsas ou manipuladas. O
objetivo foi semear a dúvida em eleitores brancos liberais, idealistas, mulheres jovens e
afrodescendentes, potenciais eleitores de Hillary Clinton.

Por outro lado, o inimigo estava claro, sem explicar exatamente a causa do problema e como
resolvê-lo, explorou-se a fobia do eleitorado: Estado Islâmico, globalização, stablishment,
imigrantes irregulares, mídia tradicional.

Uma das conclusões do artigo de Rodríguez-Andrés, citanto Alaimo (2016), é que tanto
Trump quanto Obama, embora um seja antítese do outro, se beneficiaram por serem
caracterizados como candidadtos anti-stablishment.

Outra conclusão importante sugerida por Rodríguez-Andrés é sobre as consequências éticas


resultados de campanha tão radical: «el tercer eje está más relacionado com las
implicaciones éticas y las consecuencias que las redes sociales pueden tener sobre los
procesos electorales y, en último término, sobre las democracias» (p. 849).
Brasil, 2018

Algumas matrizes de recursos de propaganda utilizadas pela


campanha de Donal Trump nas eleições de 2016 foram rigorosa e
simetricamente aplicadas na campanha que elegeu, em outubro de
2018, a Jair Bolsonaro. As semelhanças não são mero acaso nem ato de genialidade de
marketing, visto que a fonte de dados, a metodologia e o mentor da campanha,
possivelmente, é a mesma pessoa: Steve Bannon.

FAKE NEWS - SLOW

a) dados; b)ferramenta para interpretá-los (inteligência


artificial); 3) o que fazer com os resultados (engenharia
psicossocial);

- modular o comportamento social das pessoas – modular a percepção


do voto – como realizar operações psicológicas.

- Medallion Funds (Jim Simons - 1982 e Robert Mercer - 2011);


Cambridge Analytica, SCL (empresa de inteligência);

- Site Breitbart News(2005), Mercer e Steve Bannon;

- Bannon: ideias conservadoras e fora de propósito como destruir


tudo para recomeçar sob novas ideias, ciclos de destruição e
renovação; reinar no inferno do que servir no feino céu; a
escuridão é boa;

- Dados e algoritmos;

- Primeiras experiênicias: Virgínia (2013) e Ted Cruz, candidato


da extrema-direita, do Texas, a presidente dos EUA (2015,
investindo 13 milhões de dólares nas primárias); Brexit (jun
2016); Trump (2016, com 15 milhões de dólares, num esquema
ilegal).
- COMO FUNCIONA: perfis psicológicos explorados em cinco
categorias: abertura – moderado, tradicionismo estoico e outros,
conscienciosidade, amabilidade, extroversão, neuroticismo; filtrar
os perfis, oferecer teste para você se enquadrar em padrões de
comportamento e personalidade e os perfis semelhamentes; tudo se
resume a EMOÇÕES; ódio se sobrepõe ao amor; operações psicológicas
possíveis para radicalizar as pessoas em seu perfil; apontar uma
solução na figura de uma pessoa (um candidato); bombardear as
redes sociais; dados roubados; lavagem cerebral virtual; notícias
falsas e manipuladoras, tendenciosas; moldar comportamentos das
massas; bombardeamento de fake news pelas redes sociais, sites de
fachada, ataque pelo whatsapp; 1500 grupos no inominável com
vídeos, áudios, correntes, textos etc.; pelo whatsapp ninguém sabe
a origem, mas sim quem te enviou na confiança; «quem foi que
postou?», dark post.

DRIBLANDO A DEMOCRACIA

- Facebook – 87 milhões de usuários tiveram seus dados apropriados


pela Cambridge Analytica; falta controle ao Facebook;

Christopher Wylie: Facebook é uma ferramenta fantástica mas pode


influenciar a democracia e o voto do cidadão, «Os dados digitais
são a nova energia da nossa economia e da nossa sociedade. O
conjunto de dados do Fecebook, recuperados através do aplicativo
de Alexander Kogan, era um dos fundamentos da empresa. Foram esses
dados que permitiram desenvolver algoritimos. Não era mais uma
pequena empresa discreta operando em segumento do mercado, mas uma
empresa que passava a ter um impacto enorme sobre o mundo».

- Breitbart News (em crise, em 2011, comprado por 10 milhões de


dólares por Mercer, passou a ser dirigido por Steve Bannon),
Glittering Steel, dedicada à produção audiovisual (dirigida por
Steve Bannon), Renaissance Technology (Mercer foi convidado no
início da década de 1990 para ali trabalhar e passou a ser dono da
empresa) e a SCL Group – Strategic Communication Laboratories
(fundada em 1993), todas no mesmo endereço em Los Angeles; A
Cambridge Analytica é uma filial da SCL nos EUA.

- Steve Bannon, ex-diretor de cinema e ex-operador da Goldman


Sachs, admirador da cineasta do nazismo Leni Riefenstahl. Seu
livro de cabeceira é Le Camp des Saints, romance racista, do
francês Jean Raspail.

- Mercer iniciou o trabalho revolucionário na IBM na década de


1960, de tratamento automático da linguagem natural, que é a base
da inteligência artificial (Carole Cadwalladr, jornalista). A
Renaissance desenvolveu técnica com base em algorítmo para gerar
lucros na bolsa de valores, técnica que ainda não é muito
conhecida (Sebatian Mallaby, jornalista).

- SCL – com cientistas compilam e analisam os bilhões de dados


sobre indivíduos a fim de melhor comprenndê-los, com o objetivo de
determinar o que motiva os comportamentos humanos para poder
influenciá-los (behaviorismo). Diz no site: a avaliação e a
planificação da influência comportamental é idela para nossos
clientes que queem utilizar a opinião púbica para resolver um
problema. Clientes: Otan, Ministério da Defesa Britânico, A NSA,
Departamento de Estado dos EUA.

- A SCL ajudou a identificar os líderes de opinião no Afganistão


para facilitar a intervenção americana, vacinas no Gana, eleições
na Nigéria, em 2007.

- Paul-Olivier Dehaye – matemático – A SCL tem vários setores, um


militar, um comercial para publicidade tradicional, um setor para
eleições, outro para análises de dados;

- Proposta da Cambridge Analytica: enviar a mensagem para a pessoa


certa, no lugar certo e no momento certo, abordagem única, e
detalha considerando 5 mil tipos de fatores pessoais (de cada uma
das 230 milhões de eleitores nos EUA), combinando com a
residência, idade, gênero: nacionalidade, perfil político,
consumo, estilo de vida, além da personalide, escolhas,
motivações. O resultado é uma abordagem única e detalhada sobre o
eleitorado e suas preocupações, chamada de microalvo
comportamental. É possível identificar sua pegada digital.

- A técnica existe, o professor de psicometria da Universidade de


Stanford, na Califórnia, Michel Kosinski, explica. Diz ele que a
psicometria é a ciência de medidas psicológicas. Você responde a
um questionário sobre suas experiências, seus sentimentos e seus
comportamentos passados. O teste se chama Ocean. Considera cinco
critérios: abertura, consciência, extraversão, amabilidade e
neurose (over. Esse teste foi realizado no Facebook e seis milhões
de pessoas responderam. A paratir dos dados, é possível organizar
algoritmos para cada personalidade.

- Em outro estudo, comparou-se os algoritmos com os participantes


do estudo. Pedimos aos amigos ou membros da família que
preenchesse um questionário de personaliade sobre eles.
Paralelamente, fornecemos ao algoritmo séries de likes no
feacebook e aplicamos o mesmo questionário. É perfeitamente
possível prever a personalidade de alguém a partir desses likes.

- Estudando 10 likes no facebook, o algoritmo conhece você melhor


que seus amigos; estudando 100 likes, ele conhece você melhor que
sua família; estudando 230 likes, ele conhece você melhor do que
seu cônjuge. Deixamos mais rastros manipulando as tecnologias de
rede do que nas relações interpessoais. É possível extrair dos
dados sua opinião política, suas convicções religiosas, sua
personaliade, sua inteligência, seu grau de satisfação, sua
orientação sexual, se seus pais são divorciados ou não.

- A partir de um teste de personalidade com 300 mil usuários, em


2014, que concordaram e responder e foram remunerados para isso, a
Cambridge Analytica também analisou seus amigos, sem tais amigos
saberem. Só que a empresa fez o que é permitida pela platarforma
do Facebook para explorar os perfis de amigos daquelas que se
submeteram ao teste. Registrando dados na base da empresa sem que
você soubesse, foi assim que a Cambrige Analytica coletou 87
milhões de perfis.

- O professor da Universidade de Nova York David Carroll, depois


de meses, conseguiu recuperar os dados sobre ele na Cambridge
Analytica. Ele checou seu prontuário eleitoral, quando tirou pela
primeira vez seu título de eleitor, dados pessoais como data de
nascimento, endereço, CEP etc., dados de consumo, tudo em ordem
hierarquizada. Fazendo o pente fino, inclusive de sua filiação
partidária oficial e a suposta, leva a conclusão do perfil que o
professor é provavelmente «não republicano», nem democrata nem
republicano. No caso dele, procura eleitor que são conservadores e
eleitores identificados como democratas, mas que na verdade vão
votar nos republicanos.

Com a geolocalização precisa, foi possível, cruzando os dados,


intervir nas eleições dos EUA. Foi isso que aconteceu na eleição
de Trump. O republicano hesitava em aceitar a proposta de Mercer,
mas com os resultados do Brexit, com comprovada intervenção da
Cambridge Analytica, em junho de 2016, Trump aceitou a proposta,
passando os destinos da campanha para as mãos de Steve Bannon e
sua equipe.

- Parêntese: Nigel Farage, fundador do Partido da Indenpendência


do Reino Unido (Ukip), a antiga Liga Anti-federalista (AFL), é
amigo íntimo da família de Robert Mercer. O serviço da Cambridge
Anlytica foi a custo zero para a campanha do Brexit.

- Foram feitas intervenções cirúgicas em alguns estados


considerados chave. «Como ganhar as eleições quando se sabe que se
vai perder em número de votos gerais em nível nacional?», pergunta
a analista de opinião Kathy Frankovic. Trump atacou o eleitorado
que perguntava o que ele iria fazer na Casa Branca, entendendo que
lá não era lugar dele. A estratégia consistiu em buscar eleitor no
campo tradicionalmente democrata, para reverter votos e ganhar
duas vezes, ao derrotar os democratos em seu campo e ganhando seus
delegados para o colégio eleitoral. Os estados escolhidos foram
Michigan (16 delegados), Wisconsin (10 delegados) e Pensilvânia
(20 delegados). Além desses estados, Trump venceu eu outros oito
estados, também considerados pêndulos: Flórida (29), Ohio (18),
Georgia (16), Carolina do Norte (15), Virgínia (13), Colorado (9),
Iowa (6) e Nevada (6).

A campanha se concentrou no voto indeciso. Foram definidos 32


tipos de personalidades espalhadas pelo universo eleitoral dos
EUA. Foram enviadas milhares de mensagens individuais, visaram
pessoas mais neuróticas e inquietas, portanto, mais suscetíveis de
sensibilizar-se com a carga de ansiedade contida nas mensagens de
Trump. Esse perfil foram encontrados nos três estados eleitos para
centrar a campanha eleitoral. A Cambridge Anaytica divulgou na
mídia sua estratégia de campanha explicando por quais razões Trump
fazia campanha em tais estados. Trump conquistou os votos dos
indecisos e ganhou os delegados desses três estados, decisivos pra
ser eleito no colégio eleitoral de delegados. No total, foram 306
delegados contra 232 de Clonton.

[Cada estado tem um número mínimo de três delegados. É o caso de Delaware, que tem 853 mil habitantes. A
Califórnia, o estado mais populoso do país, com 36 milhões de habitantes, é o que tem mais peso no colégio eleitoral:

55 votos. Já Nova York, com 19 milhões de habitantes, tem 31 votos.  Há uma outra especificidade do
Colégio Eleitoral que marca a eleição norte-americana: na maior parte dos estados, o
candidato que ganhar o maior número de votos populares leva os votos de todos os
delegados desse estado.

Por esse sistema, mesmo que um candidato A tenha obtido, por exemplo, 30% dos votos da população de um estado,
esses votos não terão nenhum peso na contagem final se o seu adversário B ganhar a maioria dos votos populares
(51% ou mais).
 
O sistema é conhecido nos EUA como 'the winner takes it all" (o vencedor leva tudo).
 
As únicas exceções são os pequenos estados do Nebraska (5 votos) e no Maine (4 votos). No Nebraska, há três
distritos eleitorais. O candidato mais votado em cada um deles leva um voto, e o mais votado no geral leva mais dois.
No Maine, funciona da mesma maneira, mas com dois distritos. G1 – 28/08/08 – 19h08 - Atualizado em 5/11/08 - 5h08 ]

- A pergunta que se faz é como a empresa chegou a tais dados de


perfis sem que os eleitores soubessem. Segundo o filme, exploraram
uma ferramenta desconhecida do Facebook: o dark post. O matemático
Paul-Olivier Dehaye, ex-funcionário da Cambridge Analytica,
explica que trata-se de produzir uma mensagem para uma população
determinada de tal forma que essa mensagem só seja visível para
aquelas pessoas. A mensagem não aparece na página do Facebook, uma
mensagem direta. Somente o destinatário fica sabendo, e a mídia,
por exemplo, não tem dados para avaliar o que está mudando a
opinião das pessoas, no caso, numa campanha eleitoral. Assim, pode
se explorar o perfil do usuário. Se ele é favorável ao porte de
arma, exemplifica o filme, recebera conteúdo que favoreçam essa
preferência, opinião etc., casando ao mesmo tempo com ataques a
quem é contra. A mensagem vem no horário em que supostamente o
usuário está on-line, definido por sua pegada digital. A mensagem
desaparece poucas horas depois de ter sido lida.

- Diz Carol Cadwalladr: não resta vestígio nenhum que permita uma
verificação. Ninguém sabe quem viu o que. Uma democracia na sombra
não é uma democracia. Um debate político para ser realizado é
preciso que ocorra à luz do dia. Sabe-se quem diz o que. O
contrário, é visar as pessoas por meio de máquinas
subrepticiamente, o usuário receber qualquer coisa, e ninguém vai
saber. Apesar de as mensagens desaparecerem, elas permanecem nos
servidores do Facebook. Mas a rede se recusa a fornecer a
informação.

- A jornalista Carole Cadwalladr reafirma que Mercer é muito


inteligente e sabe manipular os dados que tem em mãos. Fabrica
algoritmos de trading. Tudo consiste em encontar informações
precisas que dão uma minúscula dianteira na disputa com os
concorrentes, tirar partido issso e fazer a diferença. E isso lhe
permite produzir lucros monstruosos. [assim funciona também nas
eleições] Tudo consiste na ideia de utililzar os dados e todo o
potencial de manipulação que oferece uma flataforma como o
Facebook. Apenas isso, já basta para garantir alguns metros de
dianteira. Em seguida, basta explorar essa diferença através de
fake news e todas as outras técnicas de propaganda.
- Mercer, politicamente, influenciou a mudança na legislação
eleitoral dos EUA, tornando livre o investimento em campanhas;
financia campanhas com o dinheiro da Mercer Family Foundation;
financia lobbies reacionários, outras fundações reacionárias The
Heritage Foudanation, contra regulamentos econômicos e combate a
impostos), campanhas contra o viés esquerdista da mídia (MRC –
Media Reserch Center); teses que constestam o aquecimento global
(Heartland Institute; campanhas contra os democratas Government
Accoutability Institute;

- A jornalista Carole Cadwalladr analisa. A política e a


democracia são os novos campos da instabilidade suscitada pela
tecnologia. Sabíamos que a tecnologia havia intervido na imprensa
escrita, nos jornalistas e na música. Só faltava a política.
Analisa-se o poder decisivo e perturbador da tecnologia, no
entanto, buscam-se cada vez mais as tecnologias de destabilização.
E o que está sendo desestabilizado é a política, mas não
simplesmente a política, e sim a democracia.

- A eleição de Trump é considerada profundamente desleal. Jamais


um candidato à presidência havia feito uso de tanta mentira e
dissimulação.

- Pergunta-se sobre a utilização de dados pessoais na


política.

VOTER SUPPRESSION – colocar em dúvida o candidato adversário,


expondo seus pontos críticos e levando o eleitor a não votar
em ninguém.

BOTS – robôs capazes de realizar atividades programadas.

DARKPOSTS – mensagens dirigidas no Facebook que permanecem


pouco tempo no ar e só é visível pelo destinatário.

MICROTARGETING – ferramenta para atingir público-alvo naquilo


que foi manifestado/entendido como necessidade desse público
considerand sua navegação na web.

FACEBOOK LIVE – transmissões ao vivo.


---------------

Não é o meu caso, mas numa continuidade do trabalho, cabe uma


análise do discurso utilizando-se a metodologia de Susan C.
HERRING, o CMDA.

REFERÊNCIAS

BERTOLOTO, José Serafim; BERNARDINO, Paulo Vitor Marques. «A liberdade e o poder dos
signos, uma discussão contemporânea». Revista Latino Americana de Estudos em Cultura e
Sociedade, Jagarão (RS), v. 03, ed. especial, dez./2017, artigo nº 856, e-ISSN 2525-7870.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.23899/relacult.v3i3.856. Acesso: 28 de nov. de 2018.

BRASIL. Lei nº 12.034, de 29 de setembro de 2009. Altera as Leis nos 9.096, de 19 de setembro de
1995 - Lei dos Partidos Políticos, 9.504, de 30 de setembro de 1997, que estabelece normas para as
eleições, e 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. Diário Oficial da União, Brasília, 30
set. 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2009/Lei/L12034.htm. Acesso: Acesso: 19 de out. de 2018.

CAMPOS-DOMÍNGUEZ, Eva; VALERA ORDAZ, Lidia; LÓPEZ GARCÍA, Guillermo.


«Emisores Políticos, Mediáticos y ciudadanos en Internet: Hacia un nuevo Marco Comunicativo en
la jornada de Reflexión en España». História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 22,
supl., dez. 2015, p.1621-1636, ISSN: 0104-5970. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
59702015000500005 – Acesso: 21 de out. de 2018.

CASTELLS, MANUEL. A sociedade em rede. Vol. I. São Paulo: Paz e Terra, 2000, 8ª ed., 632p.

CHIBÁS, Felipe. «Ética e Barreiras culturais à comunicação: fronteiras da organização na era


digital». Revista Eniac Pesquisa, Guarulhos (SP), 2016, Vol. 5 (2), p. 257-275, ISSN 2316-2341.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.22567/rep.v5i2.353. Acesso: 16 de nov. de 2018.

DADER, José Luis. «Ciberpolítica en los Websites de Partidos Políticos: La Experiencia de las
Elecciones de 2008 en España ante las Tendencias Transnacionales». Revista de Sociologia e
Política, Curitiba, v. 17, n. 34, p. 45-62, out. 2009, ISSN 0104-4478. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-44782009000300005 - Acesso: 13 de nov. de 2018.

DÍAZ MUÑOZ, Eloísa. «Internet: los retos de la ciberdemocracia». Revista Internacional de


Pensamiento Político, Sevilha (Espanha), ÉPOCA I, vol. 5, 2010, p. 249-260, ISSN 1885-589X.
Disponível em: http://pensamientopolitico.org/Descargas/RIPP05249260.PDF. Acesso: 09 de nov.
de 2018.

DRIBLANDO A DEMOCRACIA. Direção de Thomas Huchon (Alemanha, 2018). Versão francesa


da Eclair Media. Disponível em Vimeo (Ogum Filmes): https://vimeo.com/295576715. Acesso: 29
de out. de 2018.
HABERMAS, JURGEN. Mudança estrutural da esfera pública: investigação sobre uma categoria
da sociedade burguesa. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiros, 1984, 398p.

LÉVY, PIERRE. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999, 264p.

MEDEIROS, Jackson da Silva. «Considerações sobre a esfera pública: redes sociais na internet e


participação política». Transinformação, Campinas (SP), abr. 2013, vol. 25 Nº 1 P. 27-33,
ISSN: 0103-3786. Disponível em: https://search.scielo.org/?q=%20Jackson%20da%20Silva
%20MEDEIROS&where=ORG – Acesso: 22 de nov. de 2018.

NASCIMENTO, Raul Holderf. Coexão Política, 18/08/2018. «Steve Bannon, estrategista político
de Trump, vai assessorar campanha de Bolsonaro» - https://conexaopolitica.com.br/eleicoes/steve-
bannon-estrategista-politico-de-trump-vai-assessorar-campanha-de-bolsonaro/. Acesso: 15 de out.
de 2018.

OLIVEIRA, Vânia A. Rezende de. «Mudança estrutural da esfera pública: investigações quanto a
uma categoria da sociedade burguesa». Cadernos EBAPE.BR, Rio de Janeiro, dez./2010, vol. 8, nº
4, ISSN 1679-3951, versão on-line. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1679-
39512010000400013. Acesso: 04 de out. de 2018.

PARODE, Fábio Pezzi; ZAPATA, Maximiliano; BENTZ, Ione Maria Ghislene. «Processo de
participação coletiva na internet: uma ética para o ciberespaço». Veritas, Porto Alegre (RS), 01
January 2015, vol. 60 (1), p. e36-e46, ISSN: 0042-3955 (print); 1984-6746 (on-line). Disponível
em: https://doaj.org/article/2e97dba5707d49c89bd71cddbedbdcea. Acesso: 23 de out. de 2018.

PEIXOTO, Vitor de Moraes; SOUZA, Cesária C. C. Ribeiro de M. «Comunicação Política e


Campanhas On-Line: análise da evolução da legislação eleitoral brasileira sobre o uso da internet
como ferramenta de campanha». Política & Sociedade: Revista de Sociologia Política, Florianópolis
(SC), 2016, Vol. 15 (34), p. 283-315, ISSN: 2175-7984. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.5007/2175-7984.2016v15n34p283. Acesso: 19 de out. de 2018.

RAMOS, Daniela Karine. «Ciberética: a ética no espaço virtual dos jogos eletrônicos». Educação &
Realidade, Porto Alegre, abr 2012, Volume 37 Nº 1, p. 319-336, ISSN: 2175-6236. Disponível em:
https://search.scielo.org/?q=Daniela%20Karine%20Ramos&where=ORG – acesso: 13 de out. de
2018.

RECUERO, R; SOARES, P. «Violência simbólica e redes sociais no facebook: o caso da fanpage


“Diva Depressão”». Galáxia, S. Paulo, dez 2013, vol. 13, Nº 26, p. 239-254, on-line, ISSN: 1982-
2553. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1982-25532013000300019. Acesso: 19 de out. de
2018.

RODRÍGUEZ-ANDRÉS, Roberto. Trump 2016, «¿Presidente gracias a las redes sociales?» Palabra
Clave, Bogotá (Colômbia), 2018, v. 3, p. ISSN 0122-8285, eISSN: 2027-534x. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.5294/pacla.2018.21.3.8. Acesso: 29 de out. de 2018.

SAMPEDRO BLANCO, Víctor F.; SÁNCHEZ DUARTE, José Manuel; POLETTI, Monica.
«Ciudadanía y tecnopolítica electoral. Ideales y Límites Burocráticos a la Participación Digital».
Co-herencia vol. 10 no. 18  Medellín, Colombia, jan./jun. 2013, ISSN 1794-5887. Disponível em:
http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-58872013000100004&lang=pt
– Acesso: 16 de nov. de 2018.
SANTOS, José Carlos S. «Informação, democracia digital e participação política: uma breve
revisão teórico-analítca». Em Questão, Porto Alegre (RS) Jul./Dez. 2013, vol.19 (2), p.195-216,
ISSN 1808-5245. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/EmQuestao/article/view/36803/31054.
Acesso: 11 de out. de 2018.

SEGURADO, Rosemary. «A Agenda da Multidão e o Webativismo na cidade de São Paulo».


História, Ciência, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v22, supl., dez. 2015, p. 1673-1691,
ISSN: 0104-5970. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702015000500008 – acesso:
20 de nov. de 2018.

SILVEIRA, Sergio Amadeu. «Novas Dimensões da Política: Protocolos e Códigos na Esfera


Pública Interconectada». Revista Sociologia e Política, Curitiba, v. 17, n. 34, p. 103-113, out. 2009,
ISSN: 0104-4478. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-44782009000300008 - Acesso:
22 de nov. de 2018.

STEIN, Marluci; NODARI, Cristine Hermann; SALVAGNI, Julice. «Disseminação do ódio nas
mídias sociais: análise da atuação do social media». Interações, Universidade Católica Dom Bosco,
Campo Grande (MS), 2018, Vol. 19 (1), p. 43-60. Versão impressa, ISSN 1518-7012; Versão on-
line, ISSN 1984-042X. Disponível em: http://dx.doi.org/10.20435/inter.v19i1.1535. Acesso: 09 de
out. de 2018.

TEJEDOR FUENTES, Laura; PAGET, Vanessa. «La iniciativa bela «G1000», Un posible modelo
de ciberdemocracia deliberativa. Doxa Comunicación», Madrid (Espanha) nov./2016, vol. 23, p.
101-129, ISSN 1696-019X (print); 2386-3978 (on-line). Disponível em:
http://dspace.ceu.es/bitstream/10637/8250/1/Iniciativa_Ltejedor%26VPaget_Doxa_2016.pdf.
Acesso: 25 de nov. de 2018.

TELES, Edson. «Governamentalidade Algorítmica e as Subjetivações Rarefeitas». Kriterion:


Revista de Filosofia, Belo Horizonte, nº 140, mai./ago. 2018, p. 429-448,
versão impressa ISSN 0100-512X; versão on-line ISSN 1981-5336. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1590/0100-512x2018n14005et. Acesso: 27 de out. de 2018.

ZANONI, L. 11/11/2016. «El gurú digital de Trump». Em El Cronista. Disponível em:


https://goo.gl/MOr0Hh. Acesso: 28 de nov. de 2018.

FONTES
- http://www.eleitoronline.com.br/regras-para-propaganda-
eleitoral-na-internet-em-2018/

http://prossiga.ibict.br/

www.periodicos.capes.gov.br

www.bireme.br

www.pubmed.com.br

http://www.univerciencia.org/
www.scielo.org

http://www.bocc.ubi.pt/

«o meu olhar científico»

«Quanto mais avançam as tecnologias, mais nos tornamos


ignorantes.» Mark Stephen Meadows. Nós, Robôs. Editora Cultrix,
2015 - 264 páginas.

--------------------

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não


fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não
sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da
farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das
decisões políticas. (Bertolt Brecht)

“A falsidade é suscetível de uma infinidade de combinações;


mas a verdade só tem uma maneira de ser”. (Jean Jacques
Rousseau)

Mahatma Gandhi, “a intolerância é em si uma forma de


violência e um obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro
espírito democrático”. CHECAR

---------------------

AS TECNOLOGIAS E NÓS

«Quanto mais avançam as tecnologias, mais nos tornamos


ignorantes.» Eis aqui, uma frase genial. Por ser minha. Fruto
de leitura, reflexão e elaboração. Nem pensei em plágio.
Minha conduta tem sido ética com relação à obra alheia e sua
relação com minhas parcas produções intelectuais.

Ao que me parece, o plágio e o direito autoral e de proteção


à produção intelectual são faces da mesma moeda. Do jeito que
ela se mostra, revela também a face de tua produção, de tua
ética intelectual. Embora a probabilidade de a moeda cair com
uma face ou outra não ser de 50% nesta minha complicada
analogia.

Plagiar pode levar à detenção, diz o Código Penal Brasileiro,


segundo artigo 184. De acordo com os estudos da matéria, as
medidas de proteção à obra intelectual e a penalização por
seu uso indevido remontam a 1709, com o Copyright Act, obra
legislativa da rainha Ana da Inglaterra. E no Brasil, há uma
lei recente que regula o direito autoral e tipifica o plágio.

Não li a tal Lei Federal 9.610 de 1998 que trata da questão


do direito autoral e do plágio. Mas tenho informação
suficiente para desconfiar de alguma coisa quando essa coisa,
especialmene criada por mim, parece óbvia. Mas, penso, as
coisas geniais são – li em algum lugar – simples e óbvias, e
leva-se à pergunta: por que ninguém pensou nisto antes??!!

Desconfiei de minha ideia genial, pois gênio é o que nunca


fui, e corri a checar com amigos da área das redes sociais e
na internet. Encontrei o pai da ideia. Trata-se de Mark
Srephen Meadows, em sua obra «Nós, robôs», publicado no
Brasil pela Ed. Cultrix, 1ª ed. 2011.

Ele diz, simples e literalmente: «À medida que a tecnologia


avança, tornamo-nos mais ignorantes.» Espero que ele não tenha
deixado de citar o autor original, caso exista. Eu, de minha
parte, não sabia que existia tal livro e tal autor. Corri o risco
de plagiar a ideia de Meadows.

--------------------------

«À medida que a tecnologia avança, tornamo-nos mais ignorantes.» MEADOWS, Mark Stephen.
Nós, Robôs. São Paulo: Cultrix, 2011 - 264 páginas.

Vocês são uns canalhas!! Me venderam ingressos de terceiros e não avisaram com antecedência que
o show havia sido adiado. Ainda no site de vocês, horas antes das 22h do dia 23 de novembro,
apresentava uma contagem regressiva!! apontando para a realização do show. Ainda por cima,
recebo e-mail com recomendações para chegar ao local do evento. Bizarro! Desrespeitoso. Não
merecem nem ser processados de tão canalhas que são. Cambistas!

Você também pode gostar