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Olá leitores,
Neste post vou falar um pouco sobre as normas ABNT 9050 e 15250. Vou falar um pouco
também sobre os sistemas TTS, que foram originalmente introduzidos nos terminais de
Auto-atendimento bancário, em função dessas normas da ABNT.
Essas normas foram um avanço no sentido de trazer mais cidadania aos portadores de
deficiência, obrigando as instituições publicas e privadas a fazer adaptações para atender
a esse publico. No tocante ao auto-atendimento bancário, foi apenas após a TAC (Termo
de Ajustamento de Conduta), assinada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos),
que os bancos todos passaram a ser obrigados a oferecer uma estrutura mínima de
acessibilidade nas agências e também nos terminais ATMs localizados nas próprias
agências ou em PABs (Posto de Atendimento Bancários), e PAEs (Posto de Atendimento
Eletrônico).
Uma das principais adaptações realizadas nesses terminais, foi a inclusão do conector
jack, onde o usuário pode plugar seu fone de ouvido, para realizar suas transações
apoiado pelo sistema, que ao invés de exibir as telas da aplicação de auto-atendimento do
banco, exibe uma tela preta (ou uma tela informativa de que o terminal está operando em
modo de acessibilidade), e passa as informações e demais orientações para o usuário,
através da reprodução de áudio, que poderá estar pré-gravado ou ser sintetizado na hora
por algum sistema TTS. A comunicação visual do terminal ATM conta com os
seguintes itens:
Esse tipo de tecnologia virou uma febre (até o Google Translator já tem esse recurso
integrado, sintetizando textos em vários idiomas), e a qualidade da sintetização vem
melhorando ao longo dos anos. Sempre foi muito fácil ouvir a uma reprodução e identificar
claramente que a mesma foi fruto de texto sintetizado, em função da falta de ritmo na
entonação das palavras, como se não houvesse vírgula e nem ponto nas frases. Agora, os
sistemas foram bastante melhorados, e a qualidade da sintetização é tão boa que quase
não se percebe que a reprodução foi feita com base em texto sintetizado (ex. liguem no
auto-atendimento telefônico da NET, verão o que digo).
A TAC assinada pela Febraban, incluía somente algumas transações básicas (saque,
saldo, extrato e transferência), no pool de transações cuja quais incidia a obrigatoriedade
de suporte à Acessibilidade. No entanto, os bancos brasileiros notaram que o público com
necessidades especiais é um publico bastante significativo (mais de 30 milhões, segundo
censo de 2000), e assim já se nota uma clara tendência em expandir a acessibilidade para
um número maior de transações nos canais de auto-atendimento.
Bem, é isso!
Autor
Meu nome é Fagner Souza, sou especialista em automação bancária e comercial com
larga experiência em sistemas de Auto-Atendimento. Meu website é
http://www.fagnersouza.com.br/, e nele você pode encontrar meus contatos.