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28/01/2021
E , CO?S
CoottdENAdoAiA dE
PRocnsos SclETivos conhecimentos gerais e redação
01 - □□□□
( ABC D E)
2. Verifique se os dados impressos no Cartão-Resposta
correspondem aos seus. Caso haja alguma
irregularidade, comunique-a imediatamente ao Fiscal
7. A duração desta Prova será de 5 (cinco) horas, já
da Prova.
incluído o tempo destinado ao preenchimento do
3. Não serão permitidos: empréstimos de materiais; Cartão-Resposta.
consultas e comunicação entre os candidatos; uso de
8. No Cartão-Resposta, anulam a questão: marcar
livros, apostilas e apontamentos. Relógios e aparelhos
mais de 1 (uma) alternativa correta, rasurar ou
eletrônicos em geral deverão ser desligados e
preencher além dos limites do retângulo destinado
colocados no saco plástico fornecido pelo Fiscal.
para cada marcação. Não haverá substituição do
4. Aguarde autorização para abrir o Caderno de Prova. Cartão-Resposta por erro de preenchimento.
Antes de iniciar a Prova, confira a impressão e a
9. Ao concluir a Prova, permaneça em seu lugar e
paginação e, em caso de qualquer irregularidade,
comunique ao Fiscal. Aguarde autorização para
comunique-a imediatamente ao Fiscal.
devolver, em separado, o Caderno de Pro va e o
5. A interpretação das questões é parte do processo de Cartão-Resposta, devidamente assinados.
avaliação, não sendo permitidas perguntas ao Fiscal.
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01 / 26
1
Observe os textos.
FONTE: https://bancariosriodosul.com.br/default.php?pg=noticia&p1=25084
Maioria da população diz usar máscara, mas nem sempre vê outros usando
Datafolha mostra ainda que cai a proporção de pessoas que dizem não ter medo do vírus
Thiago Amâncio -São Paulo.
Nove em cada dez brasileiros dizem usar máscaras sempre que estão fora de casa, mas só metade da popu-
lação diz ver as outras pessoas usando sempre a proteção facial, aponta pesquisa Datafolha.
O autodeclarado uso de máscara sempre é majoritário e praticamente não varia além da margem de erro entre
regiões do país, sexo, idade, cor da pele ou classe social —os menores índices ocorrem entre quem tem entre 16 e 24
anos, mas ainda assim são altos: 87% dizem cobrir o rosto quando estão fora de casa.
92% dizem que usam máscara sempre, mas nem sempre veem os outros usando.
A proteção facial é tida por especialistas como uma das principais maneiras de controlar a disseminação da
Covid-19 porque evita que gotículas de saliva de pessoas contaminadas se espalhem pelo ar. Além disso, pesquisas
recentes apontam que a gravidade da doença pode estar relacionada com a quantidade de vírus a que as pessoas
são expostas. Assim, se uma pessoa saudável for exposta ao vírus, a máscara pode funcionar como uma barreira que
reduz a carga viral e faz com que os sintomas sejam mais leves.
FONTE: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/08/maioria-da-populacao-diz-usar-mascara-mas-nem-sempre-ve-outros-usando.
shtml
A respeito das leituras feitas é possível afirmar que:
a) O uso de máscaras implica uma conduta ética pautada pelo Imperativo Hipotético Kantiano, já que é universal.
b) O uso de máscaras implica uma preocupação com o outro, adotando assim o princípio deontológico do Imperativo
Categórico, de Kant.
c) O uso de máscaras se relaciona com a ética socrática da virtude, visto que reconhece nossos limites de justa causa.
d) O uso de máscaras obrigatório vai contra os princípios da ética liberal lockeano do Direito Natural, já que parte como
uma medida do Estado.
e) O fato de as máscaras não garantirem a eficácia total contra o vírus, é um indicativo que seu uso obrigatório torna-
se desnecessário.
2
Leia os textos abaixo.
I
Entre as teorias da conspiração que proliferam com a pandemia da covid-19, o movimento QAnon, nascido
em círculos pró-Trump nos Estados Unidos em 2017, abre caminho “lentamente, mas com segurança” na Europa,
alimentando-se dos temores que vieram à tona com a crise global da saúde – dizem especialistas ouvidos pela AFP.
Bem conhecido nos Estados Unidos, o fenômeno ainda é marginal do outro lado do Atlântico, mas nos últi-
mos meses ganhou visibilidade exponencial.
Está presente nas redes sociais, seu principal local de incubação, mas também nas recentes manifestações
contra as medidas restritivas de saúde em Berlim, Londres, ou Paris, onde os slogans do QAnon ecoaram nas ruas.
II
Quem é Marjorie Taylor Greene, republicana cuja eleição leva grupo QAnon ao Congresso dos EUA
O Congresso dos Estados Unidos deverá receber pela primeira vez uma representante do grupo conspira-
tório QAnon — segundo a imprensa americana, a candidata republicana Marjorie Taylor Greene foi eleita à Câmara
dos Representantes pelo Estado da Geórgia com cerca de 75% votos apurados até agora.
Ela, uma empresária novata na política, venceu no fortemente conservador 14º Distrito da Geórgia, derro-
tando o democrata Kevin Van Ausdal.
Os QAnon emergiram nos últimos anos em volta da ideia de que existiria uma rede de pedófilos e satanistas
infiltrada no governo, no mercado e na mídia com o objetivo de derrubar o presidente republicano Donald Trump.
(...)
O grupo conspiratório começou quando, em outubro de 2017, um internauta anônimo publicou uma série de
mensagens na plataforma 4chan. Identificando-se apenas como “Q”, ele afirmou ter o que seria uma licença apro-
vada por órgãos de segurança americanos chamada “autorização Q”.
Suas postagens começaram a ficar conhecidas como “pílulas Q”, frequentemente apresentadas de forma criptogra-
fada e alinhadas a slogans e temas pró-Trump.
Com ramificações em vários países, incluindo na América Latina, os QAnon já tiveram grupos, páginas e perfis ba-
nidos do Twitter, Facebook e TikTok.
a) Banir e/ou censurar páginas e grupos, ainda que possuam discursos conspiracionistas ou de ódio, resolvem a
incitação ao ódio.
b) O anonimato nas redes sociais é um mecanismo que demonstra a fragilidade da web. Dessa forma, faz-se necessária
a adoção de políticas que não permitam mais a existência de anônimos nas plataformas e mídias digitais.
c) O fato de existirem grupos que professam discursos de ódio em não lugar, como a internet, é um ingrediente que
deve ser um termômetro para impedir a posse de parlamentares que se colocam nos espectros políticos e ideológicos
mais radicais.
d) Teorias conspiracionistas são fenômenos históricos e independem da existência ou não da internet.
e) Teorias conspiracionistas baseiam-se em seguranças intuitivas pautadas pela interpretação da realidade de indivíduos
que partilham os mesmos ideais. Dessa forma, todo conhecimento intuitivo e interpretativo deve ser desprezado.
I - “Meus oito anos” tem influência da poesia concreta, além de ser uma intertextualidade com o poema de
Casimiro de Abreu.
II - O poema intitulado “Corvo” trata da dor do eu lírico em relação à bicada do animal: “Quando vi que
infeccionava / pensei que fosse erro médico azar sina”.
III - “A Palavra Algo” é uma obra que trata do fazer poético, apresenta intertextualidades, metalinguagem e jogos
de palavras numa construção contemporânea, com coloquialismos e liberdade estética.
IV - Os versos: “existem coisas que eu digo / no meio das coisas que escondo” são exemplos da linguagem
objetiva da autora.
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Observe os textos seguintes:
Texto I
Em 2016, o artista-ativista chinês Ai Weiwei instalou um bote e 14 mil coletes salva-vidas usados por refugiados nas
colunas da Konzerthaus, em Berlim, na Alemanha.
Texto II
Segundo a Agência da ONU para refugiados, mais de 70,8 milhões de pessoas tiveram que abandonar suas casas
em todo o mundo. Pelo quinto ano consecutivo, os sírios representaram a nacionalidade com o maior número de
refugiados: cerca de 6,7 milhões no fim de 2018.
Adaptado de: https://nacoesunidas.org/acnur-8-fatos-sobre-refugiados-que-voce-precisa-conhecer/, acesso em 19 de julho de 2019.
Agora observe:
I. A xenofobia é um dos desdobramentos da migração em nível global, utilizada por grupos de extrema-direita
com posições ultranacionalistas de aversão ao elemento estrangeiro.
II. O elevado fluxo de refugiados que se desloca do Oriente Médio e norte da África atravessa o Mar Mediterrâneo
em embarcações precárias e lotadas sendo, portanto, o colete salva-vidas, um ícone desse fluxo para Europa.
III. Além dos refugiados que saem do seu país natal por motivos políticos, religiosos, étnicos etc. existem
também milhões de pessoas deslocadas contra sua vontade, vivendo no próprio país de origem, muitos em
acampamentos ou moradias improvisadas.
IV. Mais da metade do tráfico de humanos no mundo constitui-se de meninas e mulheres e o assunto é tema
de debate sobre Migração Internacional e Desenvolvimento na ONU.
V. O governo Donald Trump, nos EUA, construiu um muro em toda extensão da fronteira com o México com
custos pagos integralmente pelos mexicanos, como prometera em campanha presidencial, reduzindo assim,
a entrada de imigrantes ilegais provenientes da América Latina.
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São Paulo receberá a maior roda-gigante da América Latina
São Paulo vai ganhar a maior roda-gigante da América Latina! Inspirada na London Eye, de Londres, a nova atração pro-
mete se tornar um dos pontos turísticos mais visitados da cidade. O projeto está previsto para ser inaugurado até final de
2021 e faz parte da revitalização e despoluição do Rio Pinheiros. A expectativa é que a roda-gigante seja instalada à beira-
-rio e ofereça um maravilhoso visual para a cidade de São Paulo.
A nova roda-gigante de São Paulo terá 90 metros de altura e ficará dentro do Parque Cândido Portinari, às margens do Rio
Pinheiros. A roda-gigante será do tipo estaiada e contará com 42 cabines climatizadas, visão panorâmica 360º, além de
área de conveniência.
Referência: https://www.melhoresdestinos.com.br/sao-paulo-roda-gigante.html
Considerando o diâmetro da roda gigante igual a 90 metros e que a roda gigante demora 1 minuto e 15 segundos
para realizar uma volta completa, calcule a aceleração centrípeta sofrida por um passageiro que completará uma
volta completa:
Dados: considere pi = 3
a) 0,288 m/s².
b) 1,152 m/s².
c) 0,08 m/s².
d) 0,144 m/s².
e) 0,04 m/s².
Em um período quando se fala muito de saúde e bem-estar, pontos de vista surgem como se tal assunto fosse parte
do hoje apenas. Diante disso, leia o texto seguinte e responda às questões de 10 a 12.
1. Ninguém escreveu um romance sobre um personagem cujo característico maior é ser sadio. Há um silêncio literário
2. a respeito, contrapartida ao silêncio dos órgãos — uma das definições que já foram dadas à saúde. Teoricamente, a
3. higidez não tem voz. Para muitas pessoas, estar sadio é simplesmente, e ao contrário do que pretende a OMS, não
4. estar doente. Mas será que isso é suficiente?
5. Para falar de saúde, precisamos aprender o idioma da saúde. Não é fácil. A própria palavra “saúde”, que usamos so-
6. bretudo para alguém que espirra, soa prosaica, convencional, babaca até. “É o mais tolo vocábulo em nosso idioma”,
7. disse, com desprezo, o iconoclasta Oscar Wilde.
8. Mudar o jeito que falamos de saúde significa mudar o nosso estilo de vida. No começo, lutamos contra a inércia. Mas
9. então vem aquilo que poderíamos chamar de “salto de qualidade” e passamos a um novo patamar de nossa existên
10. cia. Passamos a dialogar com nosso corpo e, para nossa surpresa, descobrimos que esse é um diálogo gratificante.
11. Sabem-no bem as pessoas que embarcam em um programa de exercício. A sensação de bem-estar que se tem depois
12. é algo extraordinário. São as endorfinas? Bem, então são as endorfinas. Se o corpo se expressa através delas, tudo
13. bem. Às vezes, a voz da saúde é a voz do corpo grato.
Moacir Scliar. O idioma da saúde. In: Almanaque Visa É, ano II, n.º 2. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2009, p. 7. Internet: (com
adaptações).
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I. A palavra “saúde”, segundo o texto, passou a ter como sinônimo o termo “tolo” (linha 6), uma vez que as
pessoas assim a veem;
II. A crença popular e a literatura médica — personificada na OMS — não compactuam do mesmo conceito
sobre “estar sadio.” (linha 3);
III. Na argumentação desenvolvida no texto, a informação presente em “Teoricamente, a higidez não tem voz.”
(linhas 2 e 3) é contraposta à informação presente em “Às vezes, a voz da saúde é a voz do corpo grato.”
(linha 13).
I. A palavra “até” (linha 6), que denota o posicionamento do autor frente a um dos usos da palavra “saúde”,
pode ser substituída por acima de tudo sem que isso prejudique a correção e o sentido original do texto;
II. No fragmento “,que usamos sobretudo para alguém que espirra,” (linhas 5 e 6), há um pronome relativo que
estrutura uma oração com função explicativa;
III. Ao se passar para o plural o substantivo “higidez”, da oração “Teoricamente, a higidez não tem voz” (linhas
2 e 3), seria correta a seguinte transposição: Teoricamente, as higidezes não tem voz.
a) “É o mais tolo vocábulo em nosso idioma”. a) Em seus escritos, Nietzsche aponta que a ciência é
b) “Sabem-no bem as pessoas que embarcam em um eficaz para compreender o fenômeno artístico.
programa de exercício”. b) A dimensão artística em Nietzsche libera o espírito
c) “Há um silêncio literário a respeito, contrapartida ao dionisíaco da forma e inibe o espírito apolínio da criação.
silêncio dos órgãos – uma das definições que já foram c) Em uma de suas primeiras obras, O Nascimento da
dadas à saúde.” tragédia (1872), Nietzsche evoca ao sentido da tragédia
d) “São as endorfinas?” grega para pensar a resistência ao sofrimento.
e) “No começo, lutamos contra a inércia.” d) Na perspectiva nietzschiana, o belo é produto de um
juízo de gosto subjetivo que pode ser universal. Tal
preceito foi publicado em sua obra Crítica do Juízo de
13 Gosto (1877).
e) A arte em Nietzsche existe para nos levar ao espírito
O Dia do Pi é comemorado em 14 de março porque na absoluto. Para tanto, faz-se necessária a conciliação dos
notação norte-americana (3/14) — equivalente a 3,14 — contrários (tese e antítese) para alcançarmos a síntese.
é tido também como a aproximação mais conhecida de π. Tal entendimento aparece em sua tese de doutoramento
O número π é a medida do perímetro de uma circunferên- intitulado Fenomenologia do Espírito (1886).
cia cujo diâmetro é exatamente 1. Em termos gerais, uma
circunferência de diâmetro d tem perímetro πd. Por mais
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que aperfeiçoemos a aproximação x/y usando números
cada vez maiores, jamais chegaremos ao π propriamente
dito, teremos aproximações cada vez melhores. Um Considere as afirmativas acerca dos versos de Gre-
número que não pode ser escrito exatamente como uma gório de Matos Guerra:
fração é chamado irracional.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre con- A cada canto um grande conselheiro
juntos numéricos, atribua (V) verdadeiro ou (F) falso
Que nos quer governar cabana, e vinha;
às afirmativas a seguir.
Não sabem governar sua cozinha,
( ) Todo número irracional é real.
E podem governar o mundo inteiro.
( ) Todo número irracional pode ser escrito na forma
de fração.
( ) A soma de dois números irracionais pode ser ra-
Em cada porta um frequentado olheiro
cional.
( ) O produto de dois números irracionais é sempre Que a vida do vizinho, e da vizinha
irracional.
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha
( ) As dízimas periódicas são números irracionais.
Para a levar à Praça e ao Terreiro.
Assinale a alternativa que contém, de cima para
baixo, a sequência correta.
Muitos mulatos desavergonhados,
a) V, F, V, F, F.
trazidos pelos pés os homens nobres,
b) V, F, V, V, F.
c) V, F, F, V, F. Posta nas palmas toda a picardia.
d) V, F, F, F, V.
Estupendas usuras nos mercados,
e) F, V, F, V, V.
Todos, os que não furtam, muito pobres,
a) III, somente.
b) I e II, somente.
Renoir – O Baile no Moulin de La Galette (1876)
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
Pierre-Auguste Renoir adorava esse tema e pintou-o
inúmeras vezes, reproduzindo os desenhos formados e) I, II e III.
pela luz que se enreda nas figuras movendo-se pelo
chão. Muitos dos amigos de Renoir serviam como mod-
elos para os dançarinos. O casal a meia distância é for- Leia o texto e responda às questões 20, 21 e 22.
mado por seus modelos favoritos, Marguerite Legrand e o
pintor espanhol Pedro de Solares y Cardenas. “Tinha vontade de saber mais um pouco, possa ser que
(https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/baile-no-
Amaro sabe, mas não vou perguntar a ele, porque não
moulin-de-la-galette-renoir/)
quero dar parte de ignorante. Campe-se, se eu for pen-
sar, não vou entender mesmo, de maneira que o mundo
Analisando as características, podemos dizer que a é assim: é o chefe sou eu. Quer dizer, existe outras pes-
pintura: soas, mas não são poucas para mim, porque estão fora.
Não sei. Hum. Quer dizer, eu estou aqui. Sou eu. Para eu
I. É uma obra impressionista somente pelo tema. ser eu direito, tem que ser com o chefe, porque senão eu
II. É uma obra expressionista pela técnica. era outra pessoa, mas eu sou eu e não posso ser outra
III. É uma obra impressionista pela técnica e temática. coisa. Estou ficando velho, devo ter mais de trinta. Devo
IV. É uma obra pós-impressionista dado o autor. ter mais de quarenta, possa ser, e reparei uns cabelos
V. É uma obra fauvista pela temática. brancos na barba já tem muito tempo. Não posso ser ou-
tra coisa, quer dizer que eu tenho que fazer as coisas que
Então, pode-se afirmar que: eu faço direito, porque senão como é que vai ser? Não
gosto dessa conversa desses homens vir aqui conversar.
a) Somente a I, II e III estão corretas. Se o chefe vem, bom. Se não vem, não sei. Eu sou sar-
b) Somente a I, II e IV estão corretas. gento da Polícia Militar do Estado de Sergipe. O que é
c) Somente a I, III e IV estão corretas. isso? Fico espiando aqui esta dobra de cáqui da gola da
d) Somente a II, III e V estão corretas. farda me espetando o queixo. Eu não sou é nada. Gosto
e) Somente a II, IV e V estão corretas. de comer, dormir e fazer as coisas. O que eu não entendo
eu não gosto, me canso. Chegasse lá, sentava, historia-
va, esperava a muito melhor. Assim como está, não sei.
19 Não gosto que o mundo mude, me dá uma agonia, fico
sem saber o que fazer. “
(RIBEIRO, João Ubaldo. Sargento Getúlio, p. 99.)
A teoria da relatividade de Poincaré e Einstein, a teoria
quântica de Schrodinger e Heisenberg, a dinâmica ex-
pansionista do universo de Friedman e Hoyle são alguns 20
exemplos conhecidos e que já fazem parte do imaginário
popular construído a partir da visão autoritária da ciência.
Agora observe os itens apresentados sobre a perso-
Existem processos descritos no interior dessas teorias
nagem:
que permitem o aparecimento de estruturas que levam a
imaginação a empreender voos tão estranhos quanto os
I. Revela a incapacidade de encarar a realidade como
sonhos mais esdrúxulos de Joseph K. São esses exem-
algo dinâmico;
plos que chamamos utopias controladas.
II. Apresenta-se, ao mesmo tempo, rude e dotada de
Referência: https://cosmosecontexto.org.br/utopias-cientificas-de-
uma sabedoria reflexiva;
godel-a-markov/ III. Pela sua complexidade humana, apresenta
características evolutivas em seu comportamento.
I. Há uma linguagem reveladora da condição Para o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a pan-
sociocultural da personagem; demia do Coronavírus —que já matou 21.048 pessoas no
II. O discurso narrativo é de primeira pessoa com Brasil—, é uma “oportunidade” para “ir passando a boiada
introspecções marcantes em tal discurso; e mudando todo o regramento e simplificando normas
III. A estrutura textual assume a forma de monólogo; [ambientais] (...) de baciada”. A expressão “boiada” é
IV. No texto ocorre um vício de linguagem conhecido emblemática até se lida literalmente, tendo em vista o
como solecismo no que compete à concordância alinhamento do ministro com o agronegócio. “Estamos
verbal. nesse momento de tranquilidade no aspecto de cober-
tura de imprensa, porque só fala de covid[-19]”, comple-
Então, pode-se afirmar que: mentou o ministro durante reunião realizada em 22 de
abril, mas cujo vídeo foi tornado público nesta sexta-feira.
a) Somente o I e II estão corretos. Salles fala que as atenções estão voltadas para a pan-
b) Somente o I, II e III estão corretos. demia, logo, abre-se uma “oportunidade que nós temos,
c) Somente o I, III e IV estão corretos. que a imprensa (...) está nos dando um pouco de alívio
d) Somente o II, III e IV estão corretos. nos outros temas (...) e passar as reformas infralegais de
e) Todos os itens estão corretos. desregulamentação”
FONTE: https://brasil.elpais.com/brasil/2020-05-22/salles-ve-opor-
tunidade-com-coronavirus-para-passar-de-boiada-desregulacao-da-
22 -protecao-ao-meio-ambiente.html
Observe em qual (is) item(ns) se fixa a relação de equiva- Agora, leia as afirmações sobre o texto:
lência entre a expressão transcrita e o que tal expressão
conota: I. Vai ao encontro do conceito Razão Instrumental
burguesa, veiculado pelos autores da Teoria Crítica.
I. “é o chefe e sou eu” / afirmação de identidade II. Encaixa-se em uma análise feita pela prerrogativa da
II. “eu tenho de fazer as coisas que eu faço direito” / bioética, sobretudo a partir de Hans Jonas.
atitude perfeccionista. III. Orienta-se por uma ideia de progresso defendida
III. “Não sou nada, eu sou é Getúlio” / senso de pela Razão Comunicativa de Jürgen Habermas.
independência. IV. Perpetua uma análise do domínio sobre a natureza
IV. “porque sozinho me canso” / medo da solidão. favorável ao pensamento de Peter Singer.
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I. A escrita de Carolina Maria de Jesus, embora não atenda a todas as regras gramaticais da norma culta, é
direta, composta de frases curtas e apresenta ocasionalmente rasgos que chegam a ser poéticos, devido à
subjetividade neles expressa, aliada ao uso criativo de palavras ou de ideias.
II. A escrita do Diário fornece a Carolina uma perspectiva de liberdade da pobreza, ao mesmo tempo em que
a sensação de liberdade, via escrita, ocorre no instante presente: “Enquanto escrevo vou pensando que
resido num castelo cor de ouro que reluz na luz do sol. Que as janelas são de prata e as luzes de brilhantes”
(JESUS, 2014, p.58).
III. A narrativa, escrita em forma de diário, começa no dia do aniversário de Vera Eunice, filha da autora, que
recebe de presente um par de sapatos achado no lixo. Ao longo da obra, o leitor percebe como a escritora,
que sobrevive do lixo e de materiais recicláveis, encontra sua resistência na escrita e nos livros.
IV. A obra consagrou-se como representante da literatura pós-moderna, ao fazer do gênero diário uma forma
de desconstrução da subjetividade do eu-lírico.
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(...) A falta de oxigênio nos hospitais de Manaus levou a cidade a um cenário de caos: com recordes nos casos de Covid,
a cidade precisou enviar pacientes que dependiam dele para outros 6 estados. Parentes de pessoas internadas tiveram
que comprar cilindros com o gás por conta própria. (...)
Retirado de: https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2021/01/15/entenda-por-que-o-oxigenio-e-tao-importante-para-pacientes-com-
covid-e-o-que-acontece-quando-ele-falta.ghtml Acesso em 19 jan 2001
Uma empresa especializada na construção de vasos de pressão esféricos fez uma proposta para armazenamento do
gás necessário por meio de uma demonstração usando a vista lateral reduzida de um vaso, tirando-lhe um quarto.
Dessa maneira, mostra-se a face interna e externa, bem como o corte transversal da parede do vaso. Na figura que
segue vê-se, em perspectiva, um modelo de tal representação mostrando um recipiente em forma de hemisfério ou
semi-esfera.
Para pintar esse material reduzido (superfícies interna, externa e as bordas do recipiente semi-esférico), a área
total a ser coberta de tinta será de:
a) 450π cm²
b) 506π cm²
c) 744π cm²
d) 844π cm²
e) 900π cm²
26 27
No gráfico seguinte, a área de cada país é proporcional Existem diversos tipos de penicilinas, já que uma mesma
à porcentagem do seu Produto Interno Bruto (PIB) em penicilina não é ativa contra todas as espécies de bacté-
relação ao tamanho da economia global. As economias rias. Elas são denominadas pela indústria farmacêutica
mais relevantes do mundo possuem uma parcela supe- penicilinas N, G, V, O, etc. As penicilinas apresentam
rior a 0,4% do PIB global. estruturas quirais e a atividade biológica das penicilinas
está associada a esta quiralidade. A penicilina estocada
na temperatura ambiente (25°C) perde sua atividade bio-
lógica. Medidas da atividade biológica deste antibiótico
com o tempo (expresso em semanas) são apresentadas
adiante no gráfico.
Sobre as políticas de integração dos países desse continente e a formação e o desenvolvimento da União
Europeia, considere as afirmativas a seguir.
I. A criação do Mercado Comum Europeu, em 1957, teve como precedente a formação, em 1948, de duas
associações econômicas no continente. A primeira foi o Pacto de Varsóvia, união aduaneira entre Polônia,
Bélgica e os Países Baixos. A segunda, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), instituída para
administrar os recursos do Plano Marshall, programa de ajuda estadunidense para reconstrução dos países
da Europa Ocidental.
II. Nem todos os países que fazem parte da União Europeia adotaram a moeda única, o Euro.
III. Uma das críticas à União Europeia no presente é o crescimento da xenofobia entre os cidadãos europeus,
o que resulta em problemas políticos e culturais com as minorias étnicas.
IV. O Tratado de Maastricht criou a figura do cidadão europeu, pessoas dos países signatários que podem
morar e trabalhar em qualquer um dos países da União Europeia, além de estarem habilitados a votar e a
candidatar-se ao Parlamento Europeu.
32
Mediante a necessidade de isolamento social, uma família construiu, durante o período pandêmico, um jogo para
entretenimento. A imagem a seguir mostra um esboço desse jogo, que foi construído a partir de um quadrado de lado
unitário, cada um com uma circunferência inscrita.
Uma das possibilidades de entretenimento é o lançamento de dardo. A família estipulou que, seria considerado vito-
rioso, o jogado que acertasse o dardo na região circular respectiva ao quadrado 1.
I. A razão entre as áreas dos quadrados e das suas respectivas circunferências inscritas se mantém constante.
II. A média aritmética entre as medidas dos lados dos quadrados é o dobro da média aritmética entre as medidas
dos raios das suas respectivas circunferências inscritas.
III. Considerando apenas o quadrado 1, ao lançar o dardo, a probabilidade de errar o alvo é de 10%.
IV. As diagonais dos quadrados pares formam uma progressão geométrica de razão 1/2.
a) I e II somente.
b) I e III somente.
c) III e IV somente.
d) I, II e IV somente.
e) II, III e IV somente.
fleming medicina 2020 - UEL – VESTIBULAR 2020
15 / 23
A redução das concentrações de gases responsáveis para poder manter os negócios em operação.
pelo efeito estufa constitui o desafio central do trabalho FONTE: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/05/18/
de muitos pesquisadores. Uma das possibilidades para habito-de-consumo-adquirido-na-pandemia-deve-permanecer-
o sequestro do CO2 atmosférico é sua transformação em apos-covid-19.htm
outras moléculas. O diagrama a seguir mostra a conver- A respeito do texto, afirma-se que:
são do gás carbônico em metanol.
I. A realidade de mudança em hábitos de consumo
implica que, no novo normal, há uma prioridade no
chamado e-commerce.
II. Compras online representam preocupações com o
atender às necessidades do cidadão e garantir sua
proteção, ainda que trabalhadores do segmento
delivery fiquem expostos à Covid-19.
III. A demanda pelo consumo online trouxe à tona
questões de natureza trabalhistas. Um exemplo
disso foram os episódios conhecidos como breque
dos apps.
IV. O consumo online e/ou o e-commerce têm aspectos
duais: por um lado aprofundam transformações
tecnológicas, por outro acentuam diferença na
competividade de mercado a qual pode levar
empresas que não se adaptaram a isso à falência.
Dadas as proposições abaixo, marque a resposta que
apresenta a sequência correta: Então, pode-se verificar que:
a) Conforme Durkheim, a anomia é um fato social pleno e se caracteriza por ser externo, geral e coercitivo.
b) O comportamento de anomia indaga uma não-aceitação da sociedade aos padrões impostos, conforme Durkheim.
c) Conforme Durkheim, a anomia é fruto das estruturas sociais. As estruturas exigem dos indivíduos esforços para
alcançar padrões e meta. A não-conquista das metas, gera anomia.
d) A anomia, conforme Durkheim, explicita cenários de não aplicação de leis e regras, que pode levar a condições de
patologia e crise social.
e) A anomia é um condicionante de um fato social absoluto. Assim, apresenta uma lógica social de aceitação que é
universal e geral.
40
I. Em “1º de maio”, Mário de Andrade usa de ironia para falar de um trabalhador-padrão (conhecido como Chapinha
35) que não quer se meter em encrenca ou arruaça. Pelo contrário, ele se dirige à passeata para mostrar seu
descontentamento com ela. Ele é um personagem que sabe bem o que quer e acredita na meritocracia, no
trabalho duro e nas instituições nacionais. Não se vê como parte de um coletivo, mas como indivíduo que
deve pensar em seu próprio desenvolvimento sem se envolver com questões políticas. Por isso, resulta em
um personagem reacionário e anticomunista.
II. “Frederico Paciência” é um conto no qual a questão da descoberta da homossexualidade é tratada de forma
profunda e sem preconceitos, abrindo espaço para o diálogo e a reflexão. O conto passa pelos desdobramentos
psicológicos e sociais relativos à discussão em torno do amor homoerótico. Sem que seja panfletário ou
piegas, consegue estabelecer um lugar especial na literatura brasileira sobre essa temática complexa.
III. No conto “O poço” são narrados o surgimento e o desenrolar de um confronto inesperado entre o patrão
Joaquim Prestes e José, um de seus empregados. O mandonismo de Joaquim Prestes não se detém nem
mesmo diante do motivo fútil de sua fúria; tendo caído sua caneta tinteiro em um poço da fazenda, exige que
um dos peões seja descido pelo balde e chafurde no frio do fundo do poço para encontrá-la.
IV. A presença do pai nas ceias de Natal em família, no conto “Peru de Natal”, poderia ser interpretada como
alicerçada nos fundamentos do tradicional espírito natalino, em que mais importantes do que a mesa farta
são os valores éticos e morais a serem estimulados nos convivas.
41
Leia o texto.
“— Em oito meses, a ciência fez uma revolução. Em janeiro (2020), nada sabíamos sobre o Sars-CoV-2. E agora
temos mais de 200 vacinas em desenvolvimento e veremos algumas prontas, em meses, para imunizar a população.
Há vacinas de diferentes formas, estratégias inovadoras, tudo em tempo recorde. A ciência respondeu à urgência da
sociedade e demonstrou como nunca ser essencial à Humanidade — enfatiza. (…)”
http://www.abc.org.br/2020/08/10/ciencia-na-pandemia-nunca-na-historia-se-aprendeu-e-se-produziu-tanto-em-tao-pouco-tempo/
42
I-
a) Somente a I, II e III
b) Somente a I e IV
c) Somente a II, III e V
d) Somente a III, IV e V
e) Somente a I e II
II -
fleming medicina 2020 - UEL – VESTIBULAR 2020
20/ 23
43
A cidade contemporânea, apesar de grandes transformações, está mais próxima da cidade medieval do que esta
última da cidade antiga. A cidade da Idade Média é uma sociedade abundante, concentrada em um pequeno espaço,
um lugar de produção e de trocas em que se mesclam o artesanato e o comércio alimentados por uma economia
monetária. É também o cadinho de um novo sistema de valores nascido na prática laboriosa e criadora do trabalho,
do gosto pelo negócio e pelo dinheiro. É assim que se delineiam, ao mesmo tempo, um ideal de igualdade e uma
divisão social da cidade, na qual os judeus são as primeiras vítimas. Mas a cidade concentra também os prazeres, os
da festa, os dos diálogos na rua, nas tabernas, nas escolas, nas igrejas e mesmo nos cemitérios. Uma concentração
de criatividade de que é testemunha a jovem universidade que adquire rapidamente poder e prestígio, na falta de uma
plena autonomia.
LE GOFF, Jacques. Por amor às cidades: conversações com Jean Lebrun. São Paulo: UNESP, 1998. p. 25. Apud: VICENTINO, Cláudio;
DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2011. p. 187.2. v. 1.
a) A atividade bancária não se consolidou no período, pois havia falta de matéria-prima para a fabricação de moedas.
Isso fez com que o comércio se realizasse exclusivamente por meio do escambo.
b) As corporações de ofício surgiram com o desenvolvimento da mão de obra especializada dedicada ao artesanato e
foram responsáveis por organizar o aprendizado e o controle destas atividades.
c) As Cruzadas quase impediram o desenvolvimento das cidades medievais por dois motivos: ocorreram em áreas
rurais e tinham como objetivo impor os ideais cristãos que condenavam a cobiça e o desejo por lucro.
d) Durante todo o medievo, a sociedade se caracterizava por ser estamental, isto é, devido ao comércio, era comum
aos indivíduos mudarem de condição sócio- econômicas, as quais eram determinadas, pelo trabalho e pelo comércio.
e) O período medieval foi marcado exclusivamente pela construção de grandes cidades e castelos, evidenciando a
maioria da sociedade morar nos grandes centros urbanos conhecidos como burgos.
44
Considerando uma função real y = 5.23X, a área do triângulo ABC, em unidades de área do sistema de eixos
ortogonais, é igual a
a) log5 2
b) log √8
c) log2 5
d) log 2
e) log 4
Such numbers are a harbinger of the future. Home to 22 of the world’s 25 lowest-birthrate countries, Europe will lose
41 million people by 2030 even with continued immigration, according to the latest U.N. Population Division report.
The biggest decline will hit rural Europe. As Italians, Spaniards, Germans and others produce barely half the children
needed to maintain the status quo - and rural flight continues to suck people into Europe’s suburbs and cities - the
country-side will lose close to a third of its population, say both the United Nations and the EU. “It’s a triple time bomb”,
says University of Lisbon demographer Nuno da Costa. “Too few children, too many old people and too many of the
remaining young people still leaving the village.”
(Newsweek, July 4, 2005.)
47
48
a) Lack of schools, lack of facilities to attend the elderly, lack of jobs for the youngsters.
b) Low marriage rate, high death rate, only the elderly stay in the countryside.
c) Low birthrate, aging people, rural exodus.
d) Couples that do not want to have children, elderly who are living longer, youngsters staying in the villages because
there are no jobs in the big cities.
e) High mortality rate among children, low mortality rate among the elderly, rural depopulation.
49
I. A hundred years ago the wolf was an endangered species, but now European activists have saved it.
II. In certain European regions declining birthrate is one of the causes of wolf’s resurgence.
III. Immigration has helped solve population growth problems in Europe.
IV. In the future some rural areas in Europe will experience extremely low population rates.
São verdadeiras:
a) I, II e IV somente.
b) II e IV somente.
c) I, III e IV somente.
d) II, III e IV somente.
e) III e IV somente.
50
a) Os termos destacados no primeiro parágrafo são usados para caracterizar os substantivos que os acompanham.
b) Os termos destacados no segundo parágrafo relatam fatos ocorridos no passado.
c) A palavra “harbinger” é um substantivo que poderia ser traduzido como “relato”.
d) A expressão “status quo” refere-se ao número desejado de crianças nascidas no período de um ano.
e) A escolha verbal no trecho “to suck” é um traço claro da formalidade do texto
Javier Salas
03 dic 2020 - 04:55
Desde que la pandemia de covid golpeó al planeta, cada nuevo factor o medida que surge en el debate público se con-
vierte en la discusión final, la decisión definitiva. No puede ser simplemente un aspecto a tener en cuenta que influya
más o menos, dependiendo de la circunstancia; o es la bala de plata que acaba con el problema o un error garrafal que
provocará una ola de muertos. Los niños pasaron de ser supercontagiadores a ser nadacontagiadores, las manifesta-
ciones del 8M tuvieron la culpa de todo o no influyeron en absoluto, Suecia era el ejemplo a seguir o el mayor desastre
de Europa, los test de antígenos son la solución milagrosa o una trampa mortal, Barajas es un coladero o las fronteras
exteriores no importan. Cada semana, una controversia distinta, a cara de perro, forzada desde las altas esferas. “Se
está dando un uso muy burdo de la tribalización”, denuncia Luis Miller, sociólogo del CSIC.
Un grupo de científicos ha publicado un artículo criticando este fenómeno. “Las falsas dicotomías son generalizadas y
atractivas: ofrecen un escape ante la inquietante complejidad y la perdurable incertidumbre”, explica el artículo, firmado
por la epidemióloga Eleanor Murray, de la Universidad de Boston, y la viróloga Angela Rasmussen, de la Universidad
de Columbia, entre otros. Analizan seis factores en los que merece la pena pararse a describir los matices que hay
entre el blanco o el negro. Economía frente a salud, confinamiento indefinido frente a apertura ilimitada, contagios por
asintomáticos o sintomáticos, transmisión por aerosoles o gotículas, mascarillas universales y la existencia de reinfec-
ciones. Una de sus conclusiones es que el partidismo político perjudica a la gestión eficiente de este conocimiento:
“La politización de la incertidumbre y el desacuerdo en la ciencia impiden debatir las ventajas de distintas posiciones y
refutar las afirmaciones espurias”.
Y esa es la clave, la politización de las medidas que, en principio, tienen una motivación científica y solo están desti-
nadas a salvar vidas. “Se polariza desde las propias luchas entre los gobiernos; parece que te tengas que posicionar
en una o en otra y a lo mejor no habría que elegir”, critica la socióloga Celia Díaz, de la Universidad Complutense de
Madrid. “Hay demasiado ruido, se arrastra a la gente a pelear al ring sin información, a moverse entre dualismos sin
una discusión sosegada previa, cuando en realidad hay una amalgama de situaciones y factores”, asegura Díaz, que
lamenta que la controversia provoca que “el conocimiento científico no siempre se traduce en medidas”.
[…]
Salvar la Navidad, ¿sí o no? Test en farmacias, ¿sí o no? Cribados aleatorios, ¿sí o no? Al final, se genera la sensación
de que cada medida es decisiva y excluyente, cuando la clave está en los matices, en la finalidad, en su aplicación.
Elena Vanessa Martínez, presidenta de la Sociedad Española de Epidemiología, pone como ejemplo el dilema sobre si
abrir o cerrar los restaurantes: “No es blanco o negro, no es ‘sí o no’. Muchas veces tienes que reinventarlo: por ejem-
plo, los restaurantes hay que sacarlos a la calle. Hay que adaptar los modelos al entorno”. Martínez indica que estas
disyuntivas sin matices provocan situaciones confusas para la población, porque llevan las decisiones al extremo.
“A veces es un poco desconcertante, la gente no entiende que se hagan las cosas de manera diferente en algunas
circunstancias, pero hay que explicar los matices, que no es lo mismo una incidencia de 500 [enfermos por 100.000
habitantes] en un pueblo que en una ciudad con Metro y con mucho movimiento entre barrios y con otros territorios”,
indica la epidemióloga con respecto a otra de las polémicas que se vivieron con más tensión, hasta el punto de en-
frentar al Gobierno central español con el de algunas autonomías. Como dicen los psicólogos sociales, la confusión
sobre la lógica de las medidas es un factor que mina el cumplimiento, porque se percibe como incongruente o injusto.
[…]
En su artículo, Rasmussen, Murray y el resto de firmantes avisan de que los distintos factores de la pandemia “se en-
cuentran en un degradado de tonos grises entre los extremos del blanco y el negro; difícilmente son binarios, simples,
establecidos o uniformes, y no deben enmarcarse como tales” porque “las incertidumbres y complejidades son parte
integrante de la ciencia”. Y concluyen: “La salud pública prospera al aceptar la incertidumbre y participar en debates
equilibrados sobre los matices y la complejidad”.
https://elpais.com/ciencia/2020-12-02/una-pandemia-de-falsos-dilemas-que-polarizan-y-confunden-a-la-poblacion.html?rel=mas?rel=listapoyo
47
A respeito dos “falsos dilemas” mencionados no título do texto, considere as afirmações a seguir:
I. Embora se trate de questões que realmente geram debates, os “dilemas” são, na verdade, questões para
as quais não há uma resposta simples e direta.
II. Podemos considerar esses dilemas como falsos por estarem fundamentados em fake news.
III. As pessoas devem entender que, em muitos casos, não se trata de “sim ou não”, mas de analisar cada
questão sob a ótica das circunstâncias específicas envolvidas.
IV. Toda a incerteza mencionada no texto contraria os princípios básicos da ciência, para a qual é necessário
que haja, sempre, uma resposta absoluta para cada questão.
Então:
48
a) V, V, F, V, F.
b) V, F, V, F, V.
c) F, V, V, V, F.
d) F, F, V, V, F.
e) V, V, F, F, V.
49
No trecho “…no es lo mismo una incidencia de 500 [enfermos por 100.000 habitantes] en un pueblo que en
una ciudad con Metro y con mucho movimiento entre barrios y con otros territorios”, a expressão un pueblo
pode ser substituída, sem que haja alteração de sentido, por:
a) una villa.
b) unas personas.
c) una metrópolis.
d) un país.
e) la población.
50
Na declaração da socióloga Celia Díaz, “Se polariza desde las propias luchas entre los gobiernos; parece
que te tengas que posicionar en una o en otra y a lo mejor no habría que elegir”, a expressão a lo mejor
indica que:
REDAÇÃO
TEXTO 1
Vejamos, então, como 1984 ilustra esse quadro de apropriação memorial posta em prática pelos verdadeiros donos
do poder, isto é, os membros do restrito Núcleo do Partido. Em dois momentos distintos do romance, figura um slogan
referente ao controle do passado. Observe-se: “‘Quem controla o passado controla o futuro; quem controla o presente
controla o passado’” (ORWELL, 2009, p. 47, 291).
Esse lema aparece primeiramente no terceiro capítulo da primeira parte, quando Winston está refletindo sobre o domí-
nio que o Partido exerce em relação à história e à memória e, posteriormente, no segundo capítulo da terceira parte,
no momento em que o protagonista, agora prisioneiro no Ministério do Amor, discute com O’Brien sobre a natureza do
passado. O slogan é, nesse sentido, um importante exemplo de uma técnica do Partido de valer-se de um discurso
histórico falso para anular a independência psicológica dos indivíduos.
O controle do passado garantiria, assim, o domínio do futuro, haja vista poder ser tratado essencialmente como um
conjunto de condições que justificam ou encorajam os objetivos vindouros: se o passado foi idílico, as pessoas bus-
carão recriá-lo; se o passado foi semelhante a um pesadelo, as pessoas agirão para evitar que tais circunstâncias se
repitam. Em vista disso, o Partido cria uma imagem do tempo pretérito como um momento de miséria e escravidão a
partir do qual afirma ter libertado a raça humana, [..]
Brizzoto, Bruno. CONTROLE DO PASSADO E MANIPULAÇÃO MEMORIAL EM 1984. In: REVISTA ATHENA ISSN: 2237-9304 Vol. 13, nº 2,
(2017)
TEXTO 2
O presidente dos EUA, Donald Trump, foi banido do Facebook e do Instagram por tempo indeterminado nesta quinta-
-feira (07/01) porque, segundo o Facebook, “os riscos de permitir que o presidente use a plataforma neste momento
são simplesmente grandes demais”.
A plataforma disse que a suspensão vai durar “no mínimo” duas semanas, até que a transição de poder seja comple-
tada. Trump já havia sido suspenso temporariamente da plataforma na noite de ontem após o Congresso dos EUA ter
sido invadido por militantes que queriam impedir a ratificação da vitória de Joe Biden nas eleições.
Pouco antes da invasão a multidão havia sido inflamada por Trump, que fez alegações infundadas de fraude nas elei-
ções. A invasão gerou caos, violência, levou à morte de quatro pessoas e fez com que os congressistas tivessem que
ser evacuados emergencialmente.
Disponível em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/05/21/negacionismo-prejudica-nao-so-a-saude-como-conquistas-e-avan-
cos-da-medicina.htm?cmpid=copiaecola, acesso em 13/12/2020.
TEXTO 3
O banimento de contas está relacionado ao papel das redes sociais. Criadas para que as pessoas possam se
comunicar, elas se abstiveram do debate por muito tempo, não tomando partido e se esquivando quando o assunto
era discurso de ódio. Para o professor de direito digital da Universidade Mackenzie Marcelo Chiavassa, as plataformas
não teriam responsabilidade de “julgar” o que é postado pelos usuários porque EUA, Europa e Brasil têm um sistema
jurídico em que as redes sociais não são responsáveis por conteúdo gerado por terceiros. “Essas leis estavam basea-
das na ideia de que essas redes eram uma plataforma de comunicação, portanto não poderiam ser responsabilizadas,
já que elas não faziam nada além do que oferecer um veículo”, explica.
Isso significa, na visão do especialista, que essas plataformas só deveriam ser responsabilizadas quando uma
decisão judicial determinasse algo e aquilo não fosse cumprido. “A ideia por trás disso era evitar censura. Se estabe-
lecemos que essas plataformas têm a responsabilidade de filtrar conteúdos, elas vão agir com mais precaução e, ao
fazer isso, podem filtrar conteúdos que não seriam considerados danosos. Só a justiça pode dizer se algo e lícito ou
ilícito”, argumenta Chiavassa.
Já o brasileiro David Nemer, professor de estudos de mídia na Universidade da Virgínia (EUA), concorda que
as redes sociais devem ser responsabilizadas, “até porque estão ganhando dinheiro em cima da produção de dados.
Um dos pontos que os especialistas concordam é com relação à transparência.
Segundo eles, a demora para agir ou banir algumas contas e outras não torna difícil analisar quando alguém
viola os termos da plataforma. “A gente não sabe quando o Twitter vai agir, por exemplo, em cima de uma publicação
nossa. O Trump fez várias vezes, teve vez que fui punido, teve vez que não”, diz Nemer. “Elas [as plataformas] não
esclarecem a razão [de excluir conteúdo], não falam em que se basearam para dizer que tal notícia é falsa ou não, ou
que tal mensagem é um discurso de ódio ou não. E outra, por que fazem com A e não com B?
Disponível em https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2021/01/14/banimento-de-trump-das-redes-sociais-ataca-liberdade-de-expressao-
-entenda.htm?
TEXTO 4
Com base na leitura dos textos motivadores anteriores, escreva um texto dissertativo-argumentativo, entre 20 e 30
linhas com o seguinte tema:
RASCUNHO DA REDAÇÃO
TÍTULO
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
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26
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28
29
30