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DESCAMINHOS

E de versar-te verti-me em mil poesias.


Compus-me em belas e variadas rimas,
Tracei no lápis mil e uma obras-primas,
Te acalentei em minha eterna fantasia.

Extasiei-me em tua úmida intimidade,


Qual peregrino no furor de um torvelinho,
Num desatino que alimenta a intensidade,
Desse teu mel que me conduz ao descaminho.

Não sei se faço desse mel meu puro instinto


Ou se amenizo esse fogo em castidade.
Só sei que ardo qual lareira num recinto,

Para aquecer-te quando vieres de verdade.


Pois só assim te tragarei qual vinho tinto
A embriagar-me nessa imensa insanidade.

Rio de Janeiro, 18-02-2021

(PHASMartins)

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