Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I- INTRODUÇÃO
O brincar, ouvir histórias, pintar, cantar, jogar são algumas das atividades que
fazem parte do mundo infantil. Assim como contar, calcular, construir figuras e resolver
problemas são algumas das atividades realizadas pelas crianças. Desta forma, o trabalho
apresentado tem como objetivo demonstrar a importância dos jogos matemáticos no
momento em que a criança está descobrindo o ambiente escolar, ou seja, na educação
infantil.
É de extrema importância que o professor da educação infantil tenha consciência,
de que aprendizagem dos conteúdos matemáticos se dá através da participação ativa da
criança e da maneira lúdica e prazerosa na qual ela é apresentada.
regras, desta maneira trataremos sobre as três formas de jogos que existem com algumas
propostas destes.
Que o educador tenha consciência e seja capaz de desenvolver as habilidades e a
confiança necessárias em seus educandos, sendo assim, demonstramos o papel do educador
infantil e os objetivos da escola, onde compreenderemos que os jogos fazem parte do
cotidiano do ser humano, tanto no sentido de recrear como de educar.
Analisar a utilização dos jogos e a ampliação do pensamento lógico-matemático é
um dos objetivos do educador que se propõe a utilizar diversos jogos e brincadeiras, com
conceitos matemáticos na educação infantil, apresentamos mais alguns jogos que podem
ser desenvolvidos, acrescentando assim, exemplos, para se trabalhar com as crianças, e
aumentando o repertório de jogos matemáticos conhecidos.
Importante ressaltar, que para todos os objetivos educacionais sejam alcançados, é
necessário que o espaço escolar tenha um ambiente agradável, prazeroso, levando a
criança, através da brincadeira a alcançar o sucesso em sala de aula e quebrar o desencanto
escolar, principalmente o matemático. Necessário que se entenda que os jogos
matemáticos são por si só, situações de aprendizagem.
O trabalho apresentado demonstra enfim que a educação matemática das crianças
deve ser baseada nos jogos, pois desta forma haverá uma facilidade na aprendizagem do
conhecimento matemático, das teorias mais simples para as mais complexas, assim como o
desenvolvimento do raciocínio lógico, do pensamento independente, do espírito livre e
investigativo.
II - DESENVOLVIMENTO
classificação dos jogos segundo Piaget e as reflexões sobre o jogo na visão de Froebel,
Vygotsky e Henri Wallon.
Para Jean Piaget, existem três formas de atividades lúdicas, que juntamente com
as fases do desenvolvimento infantil auxiliam na construção do pensamento. São elas:
a) Fase Sensório Motor: (0 a 2 anos aproximadamente), onde a criança brinca
sozinha, sem a utilização de regras. Sob a forma de exercícios motores simples surge a
atividade lúdica. Sua função é para o próprio prazer do funcionamento motor. A criança
age para se adaptar a realidade, os exercícios são exploratórios e consiste em gestos de
repetição, como mexer as pernas e balançar as mãos.
b) Fase Pré-Operatória: (dos 2 a 6 anos), onde a criança já passa a ter noção da
existência de regras e começam a brincar com outras crianças. Nesta fase aparece o jogo
simbólico, ou seja, jogo de imitação e imaginação. A criança reproduz, por exemplo, o
papel da mãe ou do pai no brincar de casinha. O jogo simbólico é caracterizado por
envolvimento da fantasia, ausência do objeto (brinca com a terra fazendo de conta que é
bolo), sem relação com a realidade muitas vezes, não tem sequencia lógica para acontecer.
c) Fase das operações concretas: (dos 7 aos 11 anos), as crianças já aprendem
regras e jogam em grupos, desperta certas capacidades operatórias. Que são de suma
importância para a construção do conhecimento humano.
2.2.2 – FROEBEL
2.2.3 - VYGOTSKY
Para Henri Paul Hyacinthe Wallon, a criança necessita de um meio social, pois é
através dele que será formada a personalidade. Wallon considerava que o pensamento da
criança se constitui em paralelo à organização de seu esquema corporal e na criança
pequena o pensamento só existe na interação de suas ações físicas com o ambiente. A
criança utiliza a linguagem corporal e utiliza o corpo como uma ferramenta para se
expressar.
Wallon considera o jogo como uma atividade voluntária, classificando assim os
jogos infantis em quatro categorias:
a) Jogos funcionais, que são os movimentos simples de exploração do corpo;
b) Jogos de ficção, que são as atividades voltadas para o faz de conta e a
imaginação;
c) Jogos de aquisição que é quando a criança tenta compreender e conhecer o
mundo;
d) Jogos de fabricação, onde são realizados trabalhos manuais de criar,
combinar, juntar e transformar.
Para Wallon, infantil é sinônimo de lúdico.
14
15
3. Loto de quantidade:
Material: dado com dois desenhos em cada face, cartelas com os desenhos
contidos nos dados e fichas para marcar as cartelas sorteadas. Aplicação: cada
jogador recebe uma cartela com seis desenhos que estejam no dado. Na sua vez de
jogar, marca a cartela quem tiver um desenho igual ao da face sorteada. Ganha
quem cobrir todos os desenhos da cartela.
4. Jogo do 1 ou 2:
Material: dado com apenas os números 1 e 2, ou fichas em uma sacola com
números 1 e 2. Aplicação: cada jogador, na sua vez, joga o dado, ou retira uma
ficha. O jogador lê o número e procura identificar em seu corpo partes que sejam
únicas (nariz, boca, cabeça) ou duplas (olhos, orelhas, braço, etc.). Não pode
repetir o que o outro já disse. Caso não lembre, a criança passa a vez. Jogar até
esgotar as partes.
5. Sacola mágica:
Material: uma sacola, materiais variados em quantidade, um dado. Aplicação:
uma criança joga o dado, lê o número e retira da sacola a quantidade de objetos
correspondente à indicação do dado. Passa a vez a outro jogador, até que todos os
objetos sejam retirados da sacola. Ganha quem tiver menos ou mais objetos no
final.
6. Formando grupos:
17
7. Dez coloridos:
Material: canudos coloridos, copos plásticos e cartões com as cores dos
canudinhos. Aplicação: as crianças formam grupos e cada uma retira de uma caixa
maior um número determinado de canudinhos coloridos (ex.: pegue 10
canudinhos coloridos) e coloca em seu copo. Quando a professora sortear uma
COR, os componentes colocam seus canudinhos da cor sorteada no centro da
mesa. Solicitar que contem o total de canudinhos. Registrar os valores de cada
grupo e recolher os canudinhos do grupo.
- Variação: o jogo pode ser individual (cada criança retira os canudos) e contam
quem tirou mais / menos / mesma quantidade, etc.
Ressaltamos que o trabalho com jogos matemáticos traz muitos benefícios em sala
de aula, tais como detectar os alunos que estão com dificuldades, permitir que o aluno
demonstre se o assunto foi bem assimilado, tornar os alunos mais críticos, alertas e
confiantes, o que os levam a tirar conclusões sem a interferência do professor, permite que
o medo de errar diminua e o aluno se empolga com o clima de competição e aprende sem
perceber.
Mas é importante, também que o professor tenha alguns cuidados ao trabalhar os
jogos, tais como:
- Não torná-lo algo obrigatório,
- Escolher jogos que permitam descobrir novas estratégias para vencer,
- Utilizar atividades que envolvam mais alunos no decorrer de uma rodada,
- Minimizar a frustração pela derrota, para não criar uma rivalidade, ensinando as
crianças a se posicionarem corretamente diante da vitória ou derrota,
- Estudar o jogo antes de aplicá-lo.
Importante ainda ressaltar que o espaço escolar deve ser um ambiente agradável,
prazeroso, levando a criança, através da brincadeira a alcançar o sucesso em sala de aula e
quebrar o desencanto escolar. Necessário que se entenda que o jogo e a brincadeira são por
si só, situações de aprendizagem. Através dos jogos, a criança passa a ter conhecimento de
que existem regras, e o mais importante, ensina que nem sempre vencer é o objetivo.
19
O brincar faz parte da vida do ser humano desde o momento em que nasce. Inicia
com as brincadeiras em casa, tal como “um, dois, feijão com arroz...” que leva a criança
para o mundo do faz-de-conta. O brincar é parte do processo de aprendizagem e o
educador, que é o responsável maior por este processo.
Apesar de o jogo ser uma atividade espontânea nas crianças, é importante que o
educador tenha uma atitude ativa sobre ela, inclusive, uma atitude de observação que lhe
permitirá conhecer muito sobre a criança com quem trabalha.
O Referencial curricular apresenta como perfil profissional do educador o
seguinte: “O trabalho direto com crianças pequenas exige que o professor tenha uma
competência polivalente. Ser polivalente significa que ao professor cabe trabalhar com
conteúdos de naturezas diversas que abrangem desde cuidados básicos essenciais até
conhecimentos específicos provenientes das diversas áreas do conhecimento. Este caráter
polivalente demanda, por sua vez, uma formação bastante ampla do profissional que deve
tornar-se, ele também, um aprendiz, refletindo constantemente sobre sua prática, debatendo
com seus pares, dialogando com as famílias e a comunidade e buscando informações
necessárias para o trabalho que desenvolve”.
Um dos papéis do educador é o de criar espaços e tempos para os jogos,
principalmente na escola de educação infantil. Cabe a ele, organizar os espaços de modo a
permitir as diferentes formas de brincadeiras, por exemplo, que as crianças que estejam
realizando um jogo mais sedentário não sejam atrapalhadas por aquelas que realizam uma
atividade que exige mais mobilidade e expansão de movimentos, ou seja, observando e
respeitando as diferenças de cada um.
Cabe ao educador, além de aderir ao recurso da brincadeira, estar atento a que fim
está sendo proposta a brincadeira, como ela está sendo apresentada e principalmente se está
apta para a idade das crianças, mesclar brincadeira com as aulas cotidianas. É na
20
sobre o tempo e ritmo impostos ao trabalho, tanto quanto caberá investigar sobre as
aquisições das crianças em vista de todo o processo vivido, na sua relação com os objetivos
propostos. A avaliação não se dá somente no momento final do trabalho. É tarefa
permanente do professor, instrumento indispensável à constituição de uma prática
pedagógica e educacional verdadeiramente comprometida com o desenvolvimento das
crianças.”
A professora Maria Malta, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas e professora
da PUC de São Paulo, aponta a importância da formação do professor e dos conteúdos que
o mesmo deve conhecer. Mas além do trabalho do professor, Maria Malta, relata a
necessidade de uma supervisão competente, para auxiliar no trabalho educacional, alguém
que seja capaz de trocar experiências e colaborar não só no plano democrático, mas sim,
uma supervisão atenta ao plano pedagógico. Ela afirma, que desta forma, o professor terá
mais confiança no seu trabalho.
Freud (apud FORTUNA, 2000, p. 8) sugere aos educadores que encontram
dificuldades em inserir a brincadeira em suas aulas, reconciliar-se com a criança que existe
dentro de si, “não para ser novamente criança, mas para compreendê-la e, a partir disso,
interagir, em uma perspectiva criativa e produtiva, com seus alunos. [...] Não é necessário
‘ser criança’ para usufruir o brincar, pois sua herança – a criatividade – subsiste na vida
adulta”.
22
d) Moça bonita
Apresentação da brincadeira: Apresente as regras da brincadeira:
Regras: duas crianças seguram as pontas de uma corda. Após um sinal, elas
começam a bater a corda, no movimento tradicional, e cantam a música: “Moça
bonita do laço de fita, com quem você pretende se casar? É loiro, é moreno, é
negro, sarará? Rei, capitão, soldado ou ladrão? Mocinha bonita do meu coração.
Quantos filhos você quer ter?” Após a música, a primeira criança da fila entra na
brincadeira e começa a contagem dos pulos. A contagem prossegue até ela errar o
movimento de pular. O número final da contagem representa a quantidade de
filhos que a criança deseja ter na brincadeira. Quando um aluno errar o
movimento de pular deve passar a vez para outro participante da fila. A
brincadeira termina quando todas as crianças da fila tiverem pulado a corda.
Objetivos: - Estimar quantidades;
- Contar oralmente de forma sequenciada;
- Comparar quantidades.
f) A galinha do vizinho
Apresentação da brincadeira: Recite a parlenda para os alunos durante vários dias
para que eles possam memorizá-la. Em seguida, proponha-lhes que a declamem
como se fosse um jogral, no qual cada aluno recita um verso. Explore a oralidade
de forma que todos tenham a oportunidade de recitar. Parlenda: “A galinha do
25
vizinho, bota ovo amarelinho. Bota um, bota dois, bota três, bota quatro, bota
cinco, bota seis, bota sete, bota oito, bota nove, bota dez.” Entregue para as
crianças uma ficha com a parlenda escrita. Leia-a com as crianças considerando as
seguintes etapas:
Etapa 1:
Proponha aos alunos que acompanhem com o dedo a leitura feita pelo professor.
Nessa primeira leitura, permita que os alunos façam o movimento com os dedos
livremente: alguns terminarão de passar o dedo antes mesmo de a leitura terminar;
outros passarão o dedo tão lentamente que ao final da leitura ainda não terão
terminado o movimento. Nesse momento, o mais importante é a criança perceber
como a leitura é realizada de modo convencional em nossa língua: ela segue o
sentido da esquerda para a direita e de cima para baixo, conforme a diagramação
do texto.
Etapa 2:
Converse com as crianças sobre algumas características do texto da parlenda.
Informe às crianças que as parlendas são constituídas por versos curtos. Em
seguida, formule algumas perguntas que podem orientar as observações delas:
-Quantas linhas há nesta parlenda?
-Quem consegue mostrar com o dedo a primeira linha da parlenda?
-E a segunda linha?
-Onde está a última linha da parlenda?
A identificação dos versos e a localização das linhas podem ser exploradas por
meio de algumas propostas. Por exemplo, convide os alunos a fazerem uma leitura
diferente na qual a cada mudança de verso eles ouvirão um sinal pode ser uma
batida de palmas. Nesse momento, eles deverão passar para a próxima linha o
dedo que acompanha a leitura.
Etapa 3:
Explore a leitura e a escrita dos números no texto da parlenda. Os alunos podem
pintar as palavras que correspondem ao nome dos números de um a dez ou os
algarismos, dependendo da maneira como os números são representados.
Os alunos podem escrever, em algarismos, o número presente em cada verso
escrito em palavras. Proponha aos alunos que representem a quantidade de ovos
correspondente a cada verso com desenhos ou colagens.
26
Objetivos: - conhecer uma parlenda do universo infantil que envolve contagem até
10;
- contar de forma sequenciada números até 1;
- ler e escrever números de 1 a 10 em algarismos.
é sugerido que apresente uma figura e solicita-se que o aluno pinte-a, utilizando o
mínimo de cores possível, de forma que regiões vizinhas (aquelas separadas por
uma linha) não possuam a mesma cor.
A) Cilada das cores: neste jogo, dois jogadores têm que colorir a figura dada.
Objetivo: criar uma situação na qual o oponente não possa mais cumprir as regras
apresentadas a seguir:
- os jogadores devem colorir a mesma figura;
- ambos usam as mesmas quatro cores;
- cada qual, à sua vez, pinta uma região da figura, vizinha à última colorida por
seu oponente;
- se o item não puder ser cumprido, deve-se fazer da seguinte forma, de acordo
com o caso:
Situação 1 - o jogador caiu numa cilada (não há cor disponível para ser utilizada):
o jogador deve colocar a inicial de seu nome na região que não pode ser colorida e
colorir outra região, desde que vizinha a uma já colorida.
Situação 2 - a última região colorida não apresenta regiões vizinhas sem colorir:
neste caso, o jogador escolhe uma região qualquer, desde que vizinha a uma que
já foi colorida.
Jogo do Tangram
O Tangram é um quebra-cabeça chinês, de origem milenar. Ao contrário dos
outros quebra-cabeças ele é formado por apenas sete peças com as quais é
possível criar e montar cerca de 1700 figuras entre animais, plantas, pessoas,
objetos, letras, números, figuras geométricas e outros.
29
Comparando caixas:
Objetivos: Desenvolver noções relacionadas às cores, tamanho e forma.
Materiais: caixas de vários tamanhos e formas.
Desenvolvimento: O professor propõe a exploração do material, fazendo
perguntas, tais como: Qual é a forma da caixa? Qual é a maior? E a menor? Por
fim, pedir para as crianças empilhar as caixas, da maior para a menor e vice-versa.
Tampinhas:
Objetivo: Desenvolver a noção de conservação de quantidade.
Materiais: Tampinhas de garrafas e giz.
Desenvolvimento: o professor senta no chão com as crianças em círculo, e a frente
de cada criança desenha um pequeno círculo de giz, logo após, distribui 10
tampinhas para cada criança. O professor irá sugerir um número, e em seguida, as
crianças colocarão dentro do pequeno círculo a quantidade correspondente ao
número sugerido pela professora.
O limão:
Objetivo: desenvolver a concentração
Material: uma bola
Desenvolvimento: em círculo, ao ritmo do canto, as crianças vão atirando a bola
para o companheiro da esquerda. A criança que estiver com a bola na mão no
momento em que o canto cessar ou quem deixa-la cair durante a brincadeira sai
fora. Quando o canto acelera (ao gosto dos participantes), a bola é passada
também rapidamente. Vence a última criança que ficar no círculo.
Canto: O limão entrou na roda
Ele anda de mão em mão
O limão
Ele vai, ele vem
Ele ainda não chegou
Lá no meio do salão.
Bola ao alto:
Objetivos: - Desenvolver a percepção espacial e a consciência corporal;
- Coordenar diferentes pontos de vista.
Material: uma bola, uma rede ou corda.
Desenvolvimento: Duas equipes separadas por uma corda ou rede. Inicia-se o jogo
sorteando a posse da bola. Procura-se enviar a bola para o campo do adversário,
utilizando os pés, joelhos e cabeça. Se o lançador conseguir que a bola toque no
solo dentro do campo do adversário, sua equipe ganha ponto. Se não conseguir, a
posse da bola será da outra equipe, que repetirá o mesmo procedimento. Cada
31
equipe deve evitar que seus adversários consigam tocar a bola no seu campo. Para
isso podem usar os pés, joelhos e a cabeça, nunca as mãos. A equipe que tocar a
bola com as mãos perde a vez de jogar. Ganha a equipe que fizer o maior número
de pontos.
Nos jogos sugeridos com as bolas, a autora sugere que as crianças desenhem a
brincadeira que acabaram de participar. Desta forma, será possível perceber se já dominam
a representação completa do espaço do jogo e a maneira como compreendem a brincadeira.
Importante compreender que para que uma aprendizagem matemática aconteça,
ela deve ser significativa, levando o aluno a compreender os seus significados, permitindo
que os alunos formulem problemas que os incentivem cada vez mais. Sendo assim, os
jogos apresentam um grande caráter desafiador; sempre acompanhados de planejamentos e
objetivos.
Kishimoto (2000) ressalta: O educador para desenvolver um bom ensino
matemático deve voltar à metodologia aplicada para a classificação, sequência, seriação,
espaço, tempo e medidas, desenvolvendo o raciocínio e fazendo com que as crianças
tenham interesse em aprender.
32
Certamente as brincadeiras não são o único recurso que existem para fazer as
crianças se aproximarem da matemática, mas utilizar as riquezas e o encantamento que elas
permitem, faz com que o ensino da matemática ocorra de maneira mais natural, dando
oportunidades para que todos os alunos aprendam.
Portanto, se os jogos matemáticos se transformarem em um alicerce para o ensino,
com certeza as aulas se tornarão mais práticas e interessantes levando os alunos a
aprenderem com mais facilidade.
33
preparar para trabalhar com o criar, vendo a criança como uma pessoa capaz de ação,
criatividade e novas aprendizagens.
A brincadeira e os jogos pressupõem uma aprendizagem social. Aprende-se
naturalmente a brincar, e nesse espaço da brincadeira e dos jogos que o aluno encontra a
flexibilidade necessária de experimentar.
Nunca o erro será tão permitido quanto na brincadeira e nos jogos. Nunca os
equívocos poderão ser tão facilmente corrigidos e as ações tão tranquilamente desfeitas.
Cada jogo apresenta, através dos objetivos, uma ou mais das características que o
profissional utiliza no momento educativo a que se propõe. Dentro de um grupo, porém
muitas vezes se faz necessário reunir vários objetivos, para sim atingir as necessidades dos
alunos de uma forma individual ou coletiva.
Importante ressaltar que o jogo além de proporcionar o desenvolvimento
cognitivo, é um ótimo recurso para tornar a socialização mais rápida e eficiente.
Com este trabalho esperamos que tanto os educadores, como todas as pessoas
envolvidas com a aprendizagem, encontrem suportes para trabalhar com jogos
matemáticos. Que compreendam que o lúdico enquanto recurso pedagógico deve ser
encarado como algo sério, capaz de colaborar com a aprendizagem. Que entendam que o
profissional responsável por trabalhar com a educação, deve estar atento a todas as
possibilidades que os jogos oferecem.
Sendo assim, conclui-se que a matemática pode ser uma disciplina prazerosa, que
através dos jogos a aprendizagem torna-se mais fácil, e permite o desenvolvimento das
crianças, tanto no aspecto físico, social, cultural, afetivo e cognitivo. Enfim, a educação
deve considerar o lúdico como colaborador na aprendizagem e no desenvolvimento do
educando.
Segundo Rubem Alves: “Não existe nada mais fatal para a inteligência que o
ensino das respostas certas. As escolas deveriam se dedicar menos ao ensino das respostas
certas, e mais ao ensino das perguntas inteligentes. As respostas certas nos permitem andar
nos caminhos batidos. Somente as perguntas nos seduzem a entrar no mar desconhecido”.
35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIBIANO, Bianca. Por que brincar é importante para as crianças pequenas. Revista
Escolar. Disponível em <http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-
anos/brincar-importante-criancas-pequenas.html> Acesso em 13 fev. 2015.
REAME, Lino de. Aprender com jogos e situações-problemas. São Paulo: Saraiva.2012.
183p.
SMOLE, Kátia Stocco. Brincadeiras Infantis nas aulas de Matemática. Porto Alegre:
Artmed.2010. 85p.