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I- INTRODUÇÃO

O brincar, ouvir histórias, pintar, cantar, jogar são algumas das atividades que
fazem parte do mundo infantil. Assim como contar, calcular, construir figuras e resolver
problemas são algumas das atividades realizadas pelas crianças. Desta forma, o trabalho
apresentado tem como objetivo demonstrar a importância dos jogos matemáticos no
momento em que a criança está descobrindo o ambiente escolar, ou seja, na educação
infantil.
É de extrema importância que o professor da educação infantil tenha consciência,
de que aprendizagem dos conteúdos matemáticos se dá através da participação ativa da
criança e da maneira lúdica e prazerosa na qual ela é apresentada.

Fazer Matemática é expor ideias próprias, escutar a dos outros, formular e


comunicar procedimentos de resolução de problemas, confrontar,
argumentar e procurar validar seu ponto de vista, antecipar resultados de
experiências não realizadas, aceitar erros, buscar dados que faltam para
resolver problemas, entre outras coisas. Dessa forma as crianças poderão
tomar decisões, agindo como produtoras de conhecimento e não apenas
executoras de instruções (Brasil, 1998, p. 2007).

Num primeiro momento, o trabalho relata sobre o surgimento da Educação


Infantil e o ensino da matemática, e também suas considerações no decorrer dos anos,
assim como sua nova visão no âmbito escolar, relacionando-a aos jogos matemáticos.
Como o jogo está presente em todas as fases do crescimento humano, e através
dele podemos analisar as mudanças ocorridas no desenvolver das crianças, o capítulo
seguinte tem como foco o desenvolvimento infantil segundo Piaget e complementando,
analisamos os jogos segundo alguns pensadores, tais como Froebel, Vygotsky e Henri
Wallon. O capítulo enfatiza principalmente a importância dos jogos e como colaboram
para a ampliação do repertório infantil, assim como oferece oportunidades para a
construção do conhecimento incentivando a descoberta.
Os jogos matemáticos têm como objetivo desenvolver o raciocínio lógico,
estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas,
mas para que possam alcançar os objetivos a que se propõem é necessário que tenham
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regras, desta maneira trataremos sobre as três formas de jogos que existem com algumas
propostas destes.
Que o educador tenha consciência e seja capaz de desenvolver as habilidades e a
confiança necessárias em seus educandos, sendo assim, demonstramos o papel do educador
infantil e os objetivos da escola, onde compreenderemos que os jogos fazem parte do
cotidiano do ser humano, tanto no sentido de recrear como de educar.
Analisar a utilização dos jogos e a ampliação do pensamento lógico-matemático é
um dos objetivos do educador que se propõe a utilizar diversos jogos e brincadeiras, com
conceitos matemáticos na educação infantil, apresentamos mais alguns jogos que podem
ser desenvolvidos, acrescentando assim, exemplos, para se trabalhar com as crianças, e
aumentando o repertório de jogos matemáticos conhecidos.
Importante ressaltar, que para todos os objetivos educacionais sejam alcançados, é
necessário que o espaço escolar tenha um ambiente agradável, prazeroso, levando a
criança, através da brincadeira a alcançar o sucesso em sala de aula e quebrar o desencanto
escolar, principalmente o matemático. Necessário que se entenda que os jogos
matemáticos são por si só, situações de aprendizagem.
O trabalho apresentado demonstra enfim que a educação matemática das crianças
deve ser baseada nos jogos, pois desta forma haverá uma facilidade na aprendizagem do
conhecimento matemático, das teorias mais simples para as mais complexas, assim como o
desenvolvimento do raciocínio lógico, do pensamento independente, do espírito livre e
investigativo.

“Felizes aqueles que se divertem com problemas que educam a alma e


elevam o espírito.” (Fenelon)
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II - DESENVOLVIMENTO

2.1 – EDUCAÇÃO INFANTIL E O ENSINO DA MATEMÁTICA

Para uma maior compreensão da importância da matemática no ensino,


principalmente nos anos iniciais, faz-se necessário entender a importância da Educação
infantil e o quanto a matemática, como disciplina pedagógica auxilia na formação e no
desenvolvimento de hábitos, atitudes, comportamentos e a formação da personalidade.
A Educação Infantil demorou muito tempo para perder o conceito de assistência
social. Em São Paulo, no ano de 1895 é relatado o surgimento do primeiro jardim de
infância, mas somente em meados de 1970, quando a mulher passa a fazer parte do
mercado de trabalho, a educação infantil teve um aumento significativo. A partir desta
época, surgiram várias instituições de Educação, muitas delas sem nenhuma condição de
atender da maneira correta tais crianças. É quando começa a surgir às políticas públicas
voltadas para a educação.
No entanto, as crianças de 0 a 3 anos eram destinadas às creches, que eram
voltadas para a parcela mais pobre da sociedade, enquanto que a pré-escola era para as
classes média e alta.
Somente em 1988, com a Constituição, houve mudanças significativas na
educação infantil, pois a partir dela a criança passou a ser reconhecida como um ser que
tem direito a uma boa educação. Com este avanço beneficiou-se tanto os profissionais de
educação como a sociedade, afinal a educação infantil passa a ser objeto de planejamento,
legislação e de políticas sociais e educacionais.
Com as mudanças que ocorreram, é entendido hoje que Educação Infantil é
grande responsável pela estimulação das crianças, e que a partir dela, a criança passou a ser
vista como um sujeito que tem suas ideias, questionador e como tal merecedor de uma
educação voltada para seu crescimento.
Entendido que a Educação Infantil é o alicerce da aprendizagem, e que para uma
educação de qualidade se faz necessário que a criança participe de todos os conhecimentos,
tais como os de Língua Portuguesa, Artes, Música e tão importante quanto os demais, que
o conhecimento matemático, seja explorado, mas de uma maneira lúdica, que permita que
o aluno desta faixa escolar, tenha oportunidades de iniciar seus primeiros contatos de
maneira adequada ao mundo dos números.
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De acordo com os PCNs, a matemática desempenha papel decisivo na resolução


de problemas da vida cotidiana, e do mesmo modo é responsável pela formação de
capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento e no raciocínio lógico do aluno.
No entanto, quando se fala de Educação Infantil e de matemática, necessário que
se considere a exploração de uma grande variedade de ideias matemáticas, não apenas de
números, mas sim, de despertar a curiosidade e o prazer, e uma das maneiras de se
conseguir os resultados esperados, é fundamentar o ensino com jogos e situações
problemas, que podem facilitar a aprendizagem.
Os jogos desenvolvem a criatividade, a iniciativa, a concentração, a imaginação e
o interesse pelo novo. E através dos jogos, que o professor poderá levar a criança a
construir um conhecimento matemático, independente, investigativo e questionador. Isto
implica que as atividades devam envolver todas as competências do aluno, como exemplo,
trabalhar as contagens, comparações e medições com o corpo. A atividade matemática
necessita ser significativa, para que permita a sua compreensão.
Os jogos matemáticos estimulam além do raciocínio lógico-matemático a
interação entre as diferentes formas de pensar, permite que o aluno vivencie experiências
culturais e sociais, que entenda a aquisição de regras e do trabalho em grupo. Possibilita
ainda o desenvolvimento de estratégias e planos. Os erros e os fracassos, durante os jogos,
deixam de ser encarados de maneira negativa, mas quando bem orientados, desenvolvem a
autonomia, a autoconfiança e autoestima. Além é claro, de ser um auxiliar na
alfabetização.
Importante, neste processo é o papel do professor, que se transforma no
orientador, o responsável pela organização que possibilitará ao aluno a aquisição dos
conteúdos matemáticos. Em alguns momentos, e necessário que o professor também
participe dos jogos, servindo como modelo e um companheiro mais experiente, o que
possibilitará a ele observar as reações do grupo e perceber os diferentes temperamentos
infantis.
“(...) a essência do bom professor está na habilidade de planejar metas para
aprendizagem das crianças, mediar suas experiências, auxiliar no uso das
diferentes linguagens, realizar intervenções e mudar a rota quando
necessário. Talvez, os bons professores sejam os que respeitam as crianças e
por isso levam qualidade lúdica para a sua prática pedagógica.” Gonzaga
(2009, p. 39)
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A matemática atualmente começa a assumir novas formas, passando a mostrar


novos caminhos em construção de estratégias, discussão de regularidades e modelos. A
educação matemática, ainda é rotulada como uma disciplina difícil, onde os alunos não
assimilam direito e são desinteressados. Diante de tais argumentos, cabe ao professor
mudar o processo de ensino, incluindo meios diferentes para alcançar o aprendizado.

2.2 – JOGOS, DESENVOLVIMENTO INFANTIL E SEUS PENSADORES

Os jogos são ferramentas para a criação da fantasia. O brincar tem a função de


conduzir a criança, ludicamente, para suas descobertas tanto afetivas como sociais. Através
da brincadeira a criança desenvolve a capacidade de imaginar e representar, além de leva-
la ao conhecimento da língua oral, escrita e da matemática.
Nos jogos são trabalhados o afeto, a motricidade, a linguagem, a percepção,
representação, memória e outras funções cognitivas e ainda favorece o equilíbrio afetivo da
criança e contribui para o processo de apropriação significativa da consciência infantil, por
exigir da criança formas mais complexa de relacionamento com o mundo.
Durante todas as fases do desenvolvimento humano aparece o jogo, e cada uma
com suas características próprias, levando em consideração os processos de maturação,
crescimento e desenvolvimento afetivo, cognitivo e social, além do aparecimento de novos
interesses e objetos do jogo.
A matemática está presente na vida das crianças através de jogos e brincadeiras,
ela aprende a comparar quantidades, operar, fazer percursos, observar formas de objetos e
tantos outros conteúdos relativos ao ensino matemático. Como disciplina pedagógica está
inserida no cotidiano da criança, seja sob aspectos numéricos ou não. O ensino da
matemática ajuda até mesmo na formação da personalidade do aluno, pois trabalha o
desenvolvimento de habilidades e a formação de atitudes.
A iniciação do conhecimento da matemática afeta futuramente a aprendizagem na
educação, importante saber que na educação infantil não é necessário a aquisição imediata
do conhecimento e sim, uma base para a aprendizagem futura, tornando-a mais fácil.
Para que se desenvolva um trabalho que alcance seus objetivos, é necessário que o
educador entenda as fases do desenvolvimento infantil, desta maneira conheceremos a
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classificação dos jogos segundo Piaget e as reflexões sobre o jogo na visão de Froebel,
Vygotsky e Henri Wallon.

2.2.1 – OS JOGOS E A MATEMÁTICA SEGUNDO PIAGET

Para Jean Piaget, existem três formas de atividades lúdicas, que juntamente com
as fases do desenvolvimento infantil auxiliam na construção do pensamento. São elas:
a) Fase Sensório Motor: (0 a 2 anos aproximadamente), onde a criança brinca
sozinha, sem a utilização de regras. Sob a forma de exercícios motores simples surge a
atividade lúdica. Sua função é para o próprio prazer do funcionamento motor. A criança
age para se adaptar a realidade, os exercícios são exploratórios e consiste em gestos de
repetição, como mexer as pernas e balançar as mãos.
b) Fase Pré-Operatória: (dos 2 a 6 anos), onde a criança já passa a ter noção da
existência de regras e começam a brincar com outras crianças. Nesta fase aparece o jogo
simbólico, ou seja, jogo de imitação e imaginação. A criança reproduz, por exemplo, o
papel da mãe ou do pai no brincar de casinha. O jogo simbólico é caracterizado por
envolvimento da fantasia, ausência do objeto (brinca com a terra fazendo de conta que é
bolo), sem relação com a realidade muitas vezes, não tem sequencia lógica para acontecer.
c) Fase das operações concretas: (dos 7 aos 11 anos), as crianças já aprendem
regras e jogam em grupos, desperta certas capacidades operatórias. Que são de suma
importância para a construção do conhecimento humano.

“A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer


coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram.
Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da
educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e
não aceitar tudo que a elas se propõe.” Jean Piaget

Piaget, através da classificação das fases infantis, procurou desenvolver situações


primordiais para o ensino-aprendizagem da matemática. Para ele, a matemática é
considerada o principio norteador para o desenvolvimento do raciocínio lógico. Segundo
Piaget, ela é a consequência do processo mental da criança em relação ao cotidiano, desta
forma, é necessário que a matemática tome novas formas, e não apenas a repetição e
verbalização de conteúdos, o que para ele torna a criança um ser fracassado e apático.
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A interpretação e compreensão é que formam o raciocínio lógico, capaz de


promover a interpretação dos acontecimentos que estão ao redor, despertando na criança
uma ação/reflexão que levam a aprendizagem.

2.2.2 – FROEBEL

Segundo Friedrich Wilhelm August Fröbelo- Froebel, o jogo vincula-se ao sonho,


à imaginação, ao pensamento e ao símbolo. O homem é um ser simbólico, que se constrói
coletivamente e cuja capacidade de pensar está ligada à capacidade de sonhar, imaginar e
jogar com a realidade. O jogo é aquilo que nos torna realmente humanos.
Froebel não foi o primeiro a analisar o valor educativo do jogo, mas sim o
primeiro a coloca-lo como parte essencial do trabalho pedagógico ao criar o jardim de
infância com uso dos jogos e brinquedos, onde as crianças eram consideradas plantinhas de
um jardim, cujo jardineiro seria o professor. A criança se expressa a partir das atividades
de percepção, da linguagem e do brinquedo. A fala se associaria à natureza e à vida.
A matemática e Froebel estão inteiramente relacionadas, ao colocar os
brinquedos, os desenhos, as atividades de movimento e ritmo, ele permitia que a criança
conhecesse seu próprio corpo, e consequentemente ampliava o conhecimento de mundo. A
atividade corporal é uma forma de se aprender noções matemáticas, permitindo a
ampliação das competências pessoais, entre elas as corporais e espaciais.
Utilizava blocos de construção, papel, papelão, argila e serragem. Para permitir
que as crianças se expressassem, utilizava bolas, cubo e cilindros, que por ele eram
chamados de “dons”, que eram oferecidos por Deus para desenvolver as necessidades
infantis.

“Por meio da educação, a criança vai se reconhecer como membro vivo do


todo.” Froebel
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2.2.3 - VYGOTSKY

Lev Semenovitch Vygotsky considera que o desenvolvimento ocorre ao longo da


vida e que as funções psicológicas superiores são construídas ao longo dela. Ele não
estabelece fases para explicar o desenvolvimento como Piaget, e para ele o sujeito não é
ativo nem passivo: é interativo.
Para Vygotsky, a brincadeira traz vantagens sociais, cognitivas e afetivas. Ainda,
segundo ele, a brincadeira possui três características: a imaginação, a imitação e a regra.
Características estas, presentes em todos os jogos e brincadeiras. O aluno para sua
aprendizagem necessita da mediação do professor, que fará o aluno formular
questionamentos, a criticar, refletir e concluir questões. O aluno deve descobrir o
conhecimento.

2.2.4 – HENRI WALLON

Para Henri Paul Hyacinthe Wallon, a criança necessita de um meio social, pois é
através dele que será formada a personalidade. Wallon considerava que o pensamento da
criança se constitui em paralelo à organização de seu esquema corporal e na criança
pequena o pensamento só existe na interação de suas ações físicas com o ambiente. A
criança utiliza a linguagem corporal e utiliza o corpo como uma ferramenta para se
expressar.
Wallon considera o jogo como uma atividade voluntária, classificando assim os
jogos infantis em quatro categorias:
a) Jogos funcionais, que são os movimentos simples de exploração do corpo;
b) Jogos de ficção, que são as atividades voltadas para o faz de conta e a
imaginação;
c) Jogos de aquisição que é quando a criança tenta compreender e conhecer o
mundo;
d) Jogos de fabricação, onde são realizados trabalhos manuais de criar,
combinar, juntar e transformar.
Para Wallon, infantil é sinônimo de lúdico.
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Analisando todas as reflexões dos pensadores atuais e do passado, entendemos a


importância dos jogos para aquisição da aprendizagem matemática.
Kishimoto (1994) afirma: “O jogo como promotor da aprendizagem e do
desenvolvimento passa a ser considerado nas práticas escolares como importante aliado
para o ensino, já que colocar o aluno diante de situações lúdicas como jogo pode ser uma
boa estratégia para aproximá-lo dos conteúdos culturais a serem veiculados na escola.”
Salientando ainda mais a importância do lúdico, temos as palavras de
Ronca(1989,p.27): “ O lúdico permite que a criança explore a relação do corpo com o
espaço, provoca possibilidades de deslocamento e velocidades, ou cria condições mentais
para sair de enrascadas, e ela vai então, assimilando e gastando tanto, que tal movimento a
faz buscar e viver diferentes atividades fundamentais, não só no processo de
desenvolvimento de sua personalidade e de seu caráter como também ao longo da
construção de seu organismo cognitivo.”
Os movimentos, as manifestações de expressão e o desenvolvimento da noção de
espaço, estão envolvidos em atividades que propiciem movimento para as crianças. Todas
as atividades relacionadas ao corpo ajudam a desenvolver as noções de proximidade,
separação, continuidade, tais como perto/longe, dentro/fora, pequeno/grande. A própria
geometria pode ser vista como imagens que se formam através do movimento.
Em matemática, utilizar os jogos e as brincadeiras é uma oportunidade de explorar
ideias referentes a números de modo bastante diferente e prazeroso, diferente do
tradicional.

 
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2.3 – JOGOS MATEMÁTICOS E SUAS CLASSIFICAÇÕES

Ensinar matemática através de jogos torna possível desenvolver o raciocínio


lógico, estimular o pensamento, a criatividade e a capacidade de resolver problemas, além
de aumentar a motivação, desenvolver a concentração, raciocínio lógico-dedutivo,
cooperação, socialização e autoconfiança.
Ao utilizar os jogos, o objetivo principal é despertar no aluno o interesse pela
disciplina, modificando a rotina escolar, e aproximando os conteúdos matemáticos à
realidade do aluno. Os jogos como dominó, palavras cruzadas, jogo da memória,
amarelinha e outros permite que a aprendizagem seja interessante e até divertida. O caráter
lúdico, desenvolvimento de técnicas intelectuais e a formação de relações sociais são
alguns dos aspectos que justificam a utilização no jogo nas aulas.
Devemos entender que o jogo é algo educativo, que requer um plano de ação onde
as aprendizagens e os conceitos matemáticos estejam inseridos. Compreender ainda, que os
jogos contribuem para diminuir as dificuldades e os bloqueios que muitos alunos
apresentam.
Desta forma, é importante que sejam escolhidos jogos que estimulem a solução de
problemas, que colaborem principalmente na aprendizagem de um conteúdo mais abstrato.
Para tanto necessário que os jogos possuam regras, que são importantes para o
desenvolvimento do pensamento lógico. Ressalta-se que as regras devem ser apresentadas
antecipadamente aos alunos, o que colabora para o desenvolvimento da iniciativa e na
responsabilidade de cumprir normas.
A criatividade do professor, o levará a adaptar os jogos de acordo com a idade dos
alunos atendidos, como transformar um jogo de tabuleiro em um jogo de circuito,
utilizando muitas vezes os mesmos objetivos.
Para um melhor trabalho em sala de aula, é preciso que se conheçam os três tipos
de jogos mais indicados. São eles:
a) Jogos estratégicos: trabalham as habilidades e o raciocínio lógico, permitem
questionamentos e investigações e principalmente o desafio. Como exemplo,
apresentamos:
1. Jogo do tabuleiro:
Material: tabuleiro com 20 divisões, uma dado, material para preencher o
tabuleiro (fichas ou tampinhas). Aplicação: Cada jogador, na sua vez, joga o dado
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e coloca no tabuleiro o número de tampinhas indicadas no dado. Os jogadores


devem encher seus tabuleiros.

2. Jogo tirando do rato:


Material: pratos de papelão (um para cada criança), material de contagem (20 para
cada criança), dado. Aplicação: os jogadores começam com 20 objetos dentro do
prato e revezam-se jogando o dado, retirando as peças, quantas indicadas pela
quantidade que nele aparece. Vence quem esvaziar seu prato primeiro.

3. Loto de quantidade:
Material: dado com dois desenhos em cada face, cartelas com os desenhos
contidos nos dados e fichas para marcar as cartelas sorteadas. Aplicação: cada
jogador recebe uma cartela com seis desenhos que estejam no dado. Na sua vez de
jogar, marca a cartela quem tiver um desenho igual ao da face sorteada. Ganha
quem cobrir todos os desenhos da cartela.

4. Jogo do 1 ou 2:
Material: dado com apenas os números 1 e 2, ou fichas em uma sacola com
números 1 e 2. Aplicação: cada jogador, na sua vez, joga o dado, ou retira uma
ficha. O jogador lê o número e procura identificar em seu corpo partes que sejam
únicas (nariz, boca, cabeça) ou duplas (olhos, orelhas, braço, etc.). Não pode
repetir o que o outro já disse. Caso não lembre, a criança passa a vez. Jogar até
esgotar as partes.

5. Sacola mágica:
Material: uma sacola, materiais variados em quantidade, um dado. Aplicação:
uma criança joga o dado, lê o número e retira da sacola a quantidade de objetos
correspondente à indicação do dado. Passa a vez a outro jogador, até que todos os
objetos sejam retirados da sacola. Ganha quem tiver menos ou mais objetos no
final.

6. Formando grupos:
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Material: apitos, cartazes com números escritos. Aplicação: as crianças se


espalham em um lugar amplo, até que se toque o apito. A professora mostra o
cartaz com um número e as crianças deverão formar grupos com os componentes
de acordo com o número dito.

7. Dez coloridos:
Material: canudos coloridos, copos plásticos e cartões com as cores dos
canudinhos. Aplicação: as crianças formam grupos e cada uma retira de uma caixa
maior um número determinado de canudinhos coloridos (ex.: pegue 10
canudinhos coloridos) e coloca em seu copo. Quando a professora sortear uma
COR, os componentes colocam seus canudinhos da cor sorteada no centro da
mesa. Solicitar que contem o total de canudinhos. Registrar os valores de cada
grupo e recolher os canudinhos do grupo.
- Variação: o jogo pode ser individual (cada criança retira os canudos) e contam
quem tirou mais / menos / mesma quantidade, etc.

b) Jogos de treinamento: são utilizados quando alguns alunos necessitam de


reforço num determinado conteúdo e o professor pretende substituir as listas de exercícios.
Nestes tipos de jogos, o fator sorte exerce um papel importante. São importantes, pois
trabalham a memorização e trabalham aquilo que já foi aprendido. Como exemplos,
citamos o jogo da memória, os caça-palavras, os quiz, ligue pontos e quebra-cabeça.

c) Jogos geométricos: que têm como objetivos desenvolver a habilidade de


observação e o pensamento lógico. Com estes tipos de jogos, trabalham-se as figuras
geométricas, semelhanças de figuras, ângulos e polígonos. Para a educação infantil
citamos:
1. Sequencia: criar uma sequencia com no mínimo seis peças de blocos
lógicos. Repetir a sequencia alterando a posição de duas peças. Solicitar que as
crianças arrumem a segunda sequencia para que fique igual à primeira.
2. Alinhavos: distribuir formas geométricas (quadrado, retângulo, círculo e
triangulo) com vários furos nas bordas para que as crianças realizem alinhavos
com cadarços ou barbantes.
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3. Dobraduras: utilizando papel e algumas figuras que utilizem as formas


geométricas, como exemplo gato e cachorro.
4. Dados das formas: preparar várias gravuras ou objetos de acordo com as
formas geométricas expostas nas faces do dado. Cada criança joga o dado de
formas, então tenta dizer o nome da forma e mostra uma figura ou objeto que
contenha essa forma.

Ressaltamos que o trabalho com jogos matemáticos traz muitos benefícios em sala
de aula, tais como detectar os alunos que estão com dificuldades, permitir que o aluno
demonstre se o assunto foi bem assimilado, tornar os alunos mais críticos, alertas e
confiantes, o que os levam a tirar conclusões sem a interferência do professor, permite que
o medo de errar diminua e o aluno se empolga com o clima de competição e aprende sem
perceber.
Mas é importante, também que o professor tenha alguns cuidados ao trabalhar os
jogos, tais como:
- Não torná-lo algo obrigatório,
- Escolher jogos que permitam descobrir novas estratégias para vencer,
- Utilizar atividades que envolvam mais alunos no decorrer de uma rodada,
- Minimizar a frustração pela derrota, para não criar uma rivalidade, ensinando as
crianças a se posicionarem corretamente diante da vitória ou derrota,
- Estudar o jogo antes de aplicá-lo.

Importante ainda ressaltar que o espaço escolar deve ser um ambiente agradável,
prazeroso, levando a criança, através da brincadeira a alcançar o sucesso em sala de aula e
quebrar o desencanto escolar. Necessário que se entenda que o jogo e a brincadeira são por
si só, situações de aprendizagem. Através dos jogos, a criança passa a ter conhecimento de
que existem regras, e o mais importante, ensina que nem sempre vencer é o objetivo.
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2.4 – PAPEL DO EDUCADOR INFANTIL

“(...) a essência do bom professor está na habilidade de planejar metas para


aprendizagem das crianças, mediar suas experiências, auxiliar no uso das
diferentes linguagens, realizar intervenções e mudar a rota quando
necessário. Talvez, os bons professores sejam os que respeitam as crianças e
por isso levam qualidade lúdica para a sua prática pedagógica.” Gonzaga
(2009, p. 39)

O brincar faz parte da vida do ser humano desde o momento em que nasce. Inicia
com as brincadeiras em casa, tal como “um, dois, feijão com arroz...” que leva a criança
para o mundo do faz-de-conta. O brincar é parte do processo de aprendizagem e o
educador, que é o responsável maior por este processo.
Apesar de o jogo ser uma atividade espontânea nas crianças, é importante que o
educador tenha uma atitude ativa sobre ela, inclusive, uma atitude de observação que lhe
permitirá conhecer muito sobre a criança com quem trabalha.
O Referencial curricular apresenta como perfil profissional do educador o
seguinte: “O trabalho direto com crianças pequenas exige que o professor tenha uma
competência polivalente. Ser polivalente significa que ao professor cabe trabalhar com
conteúdos de naturezas diversas que abrangem desde cuidados básicos essenciais até
conhecimentos específicos provenientes das diversas áreas do conhecimento. Este caráter
polivalente demanda, por sua vez, uma formação bastante ampla do profissional que deve
tornar-se, ele também, um aprendiz, refletindo constantemente sobre sua prática, debatendo
com seus pares, dialogando com as famílias e a comunidade e buscando informações
necessárias para o trabalho que desenvolve”.
Um dos papéis do educador é o de criar espaços e tempos para os jogos,
principalmente na escola de educação infantil. Cabe a ele, organizar os espaços de modo a
permitir as diferentes formas de brincadeiras, por exemplo, que as crianças que estejam
realizando um jogo mais sedentário não sejam atrapalhadas por aquelas que realizam uma
atividade que exige mais mobilidade e expansão de movimentos, ou seja, observando e
respeitando as diferenças de cada um.
Cabe ao educador, além de aderir ao recurso da brincadeira, estar atento a que fim
está sendo proposta a brincadeira, como ela está sendo apresentada e principalmente se está
apta para a idade das crianças, mesclar brincadeira com as aulas cotidianas. É na
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brincadeira que a criança levanta hipóteses e saídas para situações da realidade.


Antunes(2009), afirma que não existe brincadeira sem aprendizagem.
Importante esclarecer que o educador não precisa ensinar a criança a brincar, mas
sua função está em planejar e organizar estas brincadeiras. Propiciar a criança escolher do
que e com quem brincar. Uma observação atenta pode indicar o educador que sua
participação é interessante para enriquecer a atividade desenvolvida, introduzindo novos
personagens ou novas situações que tornem o momento mais rico e interessante para as
crianças, aumentando suas possibilidades de aprendizagem.
Rubem Alves já dizia: “A tarefa do professor: mostrar a frutinha. Comê-la diante
dos olhos dos alunos. Erotizar os olhos. Provocar a fome. Fazê-los babar de desejo.
Acordar a inteligência adormecida. Aí a cabeça fica grávida: prenhe de ideias. E quando a
cabeça engravida, não há nada que segure o corpo”.
Vasconcellos (1995) diz que o professor tem que partir da realidade dos alunos,
ver suas necessidades, buscar alternativas de interação. Ocorre que, na fase de mudança,
esta tomada de consciência é importante, até que venha a se incorporar com um novo
hábito.
Outra função primordial do educador é resgatar as brincadeiras, aquelas dos
tempos dos avós, dos pais e que trazem aprendizagens tão importantes. As brincadeiras
presentes na cultura formam a nossa identidade cultural, desta forma o educador deve ter
também o interesse de conhecer como as brincadeiras foram disseminadas pelos povos, ou
seja, a brincadeira acaba sendo um capital histórico e o educador não pode permitir que
toda esta aprendizagem, que fique apenas dentro de sua sala de aula.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - RCNEI (BRASIL,
1988), cita o papel do educador como o de estruturar o campo das brincadeiras na vida das
crianças, disponibilizando objetos, fantasias, brinquedos ou jogos e possibilitando espaço e
tempo para brincar.
O Referencial ainda prioriza a avaliação. Todo trabalho realizado em
estabelecimentos de ensino, necessita de uma avaliação, para que desta forma, seja
possível constatar que os objetivos propostos foram alcançados.
O volume 3 do Referencial, sobre a avaliação esclarece: “O momento de
avaliação implica numa reflexão do professor sobre o processo de aprendizagem e sobre as
condições oferecidas por ele para que ela pudesse ocorrer. Assim, caberá a ele investigar
sobre a adequação dos conteúdos escolhidos, sobre a adequação das propostas lançadas,
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sobre o tempo e ritmo impostos ao trabalho, tanto quanto caberá investigar sobre as
aquisições das crianças em vista de todo o processo vivido, na sua relação com os objetivos
propostos. A avaliação não se dá somente no momento final do trabalho. É tarefa
permanente do professor, instrumento indispensável à constituição de uma prática
pedagógica e educacional verdadeiramente comprometida com o desenvolvimento das
crianças.”
A professora Maria Malta, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas e professora
da PUC de São Paulo, aponta a importância da formação do professor e dos conteúdos que
o mesmo deve conhecer. Mas além do trabalho do professor, Maria Malta, relata a
necessidade de uma supervisão competente, para auxiliar no trabalho educacional, alguém
que seja capaz de trocar experiências e colaborar não só no plano democrático, mas sim,
uma supervisão atenta ao plano pedagógico. Ela afirma, que desta forma, o professor terá
mais confiança no seu trabalho.
Freud (apud FORTUNA, 2000, p. 8) sugere aos educadores que encontram
dificuldades em inserir a brincadeira em suas aulas, reconciliar-se com a criança que existe
dentro de si, “não para ser novamente criança, mas para compreendê-la e, a partir disso,
interagir, em uma perspectiva criativa e produtiva, com seus alunos. [...] Não é necessário
‘ser criança’ para usufruir o brincar, pois sua herança – a criatividade – subsiste na vida
adulta”.
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2.5 - JOGOS INFANTIS NAS AULAS DE MATEMÁTICA

Os jogos e a brincadeiras infantis fazem parte do patrimônio da criança. Utilizar-


se destes jogos e brincadeiras trazidos pelos diferentes grupos infantis, permite desenvolver
habilidades, relacionar-se com o outro e principalmente desenvolve a autoestima, além de
inserir nas aulas atividades que transmite prazer, alegria e, ser fortemente um aliado ao
trabalho do professor.
Eliane Reame, em seu livro Matemática no dia a dia da Educação Infantil, define
o jogo como brincadeiras que representam um contexto de ação de competências das
crianças, onde permite que elas levantem hipóteses, façam antecipações, mobilizem
conhecimentos para a resolução de um problema, além de decidir o que fazer, como fazer,
com quem fazer, pra quem fazer ou para quê fazer.
Os jogos, neste momento, têm como objetivo apresentar ideias sobre a utilização
de brincadeiras na aprendizagem da matemática e levar a reflexão de que maneira estamos
trabalhando com as práticas matemáticas.
Como exemplo citamos os jogos nas brincadeiras de regras, que abrangem
estratégias de ação e tomadas de decisão em um contexto investigativo de resolução de
problemas:
a) Rouba malha com números
Apresentação da brincadeira: Organize as crianças em duas filas, uma posicionada
de frente para a outra. Providencie uma cadeira e um pedaço de pano e coloque-o
entre as duas equipes. Marque na mão de cada criança das duas equipes uma
quantidade que pode variar, por exemplo, de 1 a 10, dependendo da quantidade de
crianças.
Regras: Após o início da brincadeira, o professor fala um número de 1 a 10, por
exemplo, 5; o aluno de cada equipe que está com a mão marcada pelo número 5
deve correr para tentar “roubar” o pano; ganha a equipe que pegar mais vezes o
pano que está sobre o banco ou cadeira.
Objetivos: Relacionar o número falado com a escrita em algarismos; Registrar as
informações em uma tabela (registro da brincadeira).

b) Mamãe, posso ir?


Apresentação da brincadeira: Nesta brincadeira não é necessário nenhum material.
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Num amplo espaço, disponha as crianças posicionadas em fila, uma ao lado da


outra, atrás de uma linha riscada no chão. Essas crianças representarão os filhos
na brincadeira. Escolha uma criança e posicione-a a alguns metros à frente do
grupo, de olhos vendados ou virada de costas para ele. Ele representará a mãe –
ou , no caso de um menino, o pai.
Regras: Após um sinal de início da brincadeira, a primeira criança da fila inicia
um diálogo sobre o número de passos que ela pode dar em uma direção à mãe (ou
pai), fazendo referência aos passos de algum animal. Ela pergunta: “Mamãe,
posso ir? Quantos passos?.” A cada resposta da mãe (ou pai), cada criança, na sua
vez, reproduz a quantidade de passos do animal que a mãe escolheu. A cada vez, a
criança que faz o papel de mãe (ou pai) sugere passos de diferentes bichos, como
o do caranguejo, por exemplo, que deve ser dado para trás, de costas. A
brincadeira termina quando uma criança chegar primeiro ao local da mãe (pai),
tomando seu lugar.
Objetivos: - Contar oralmente;
- Comparar e estimar medidas de comprimento.

c) Quantos anos você tem?


Apresentação da brincadeira: Convide as crianças para brincar e pergunte por que
elas acham que o nome da brincadeira é “Quantos anos você tem?”. Em seguida,
apresente as regras da brincadeira.
Regras: Duas crianças seguram as pontas de uma corda. Após um sinal, elas
começam a bater a corda, no movimento tradicional, enquanto cantam os versos:
“Quantos anos você tem? Um, dois, três, quatro...” Organizadas em fila, as
demais crianças entram na brincadeira, uma a uma. A criança que estiver pulando
a corda inicia a contagem dos saltos. A contagem prossegue até ela errar o
movimento de pular. O número final da contagem representa a idade de cada
criança na brincadeira. Quando a criança errar o movimento deve passar a vez
para outro participante. A brincadeira termina quando todas as crianças da fila
tiverem pulado a corda.
Objetivos: - Estimar quantidades;
- Contar oralmente de forma sequenciada;
- Comparar quantidades.
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d) Moça bonita
Apresentação da brincadeira: Apresente as regras da brincadeira:
Regras: duas crianças seguram as pontas de uma corda. Após um sinal, elas
começam a bater a corda, no movimento tradicional, e cantam a música: “Moça
bonita do laço de fita, com quem você pretende se casar? É loiro, é moreno, é
negro, sarará? Rei, capitão, soldado ou ladrão? Mocinha bonita do meu coração.
Quantos filhos você quer ter?” Após a música, a primeira criança da fila entra na
brincadeira e começa a contagem dos pulos. A contagem prossegue até ela errar o
movimento de pular. O número final da contagem representa a quantidade de
filhos que a criança deseja ter na brincadeira. Quando um aluno errar o
movimento de pular deve passar a vez para outro participante da fila. A
brincadeira termina quando todas as crianças da fila tiverem pulado a corda.
Objetivos: - Estimar quantidades;
- Contar oralmente de forma sequenciada;
- Comparar quantidades.

e) Serra, serra, serrador


Apresentação da brincadeira: Recite a parlenda para os alunos algumas vezes para
que eles possam memoriza-la enquanto brincam, imitando o movimento de uma
serra. “Serra, serra, serrador, quantas tábuas já serrou? Já serrei umas 4. 1,2,3,4.
Serra, serra, serrador, quantas tábuas já serrou? Já serrei 8. 1,2,3,4,5,6,7,8.”
Estimule-os a identificar o conteúdo da parlenda por meio de pistas oferecidas
pelo texto. Explore a contagem oral solicitando que os alunos criem novos versos
aumentando o número de tábuas.
Objetivos: - Conhecer uma parlenda do universo infantil que envolve contagem;
- Contar de forma sequenciada.

f) A galinha do vizinho
Apresentação da brincadeira: Recite a parlenda para os alunos durante vários dias
para que eles possam memorizá-la. Em seguida, proponha-lhes que a declamem
como se fosse um jogral, no qual cada aluno recita um verso. Explore a oralidade
de forma que todos tenham a oportunidade de recitar. Parlenda: “A galinha do
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vizinho, bota ovo amarelinho. Bota um, bota dois, bota três, bota quatro, bota
cinco, bota seis, bota sete, bota oito, bota nove, bota dez.” Entregue para as
crianças uma ficha com a parlenda escrita. Leia-a com as crianças considerando as
seguintes etapas:
Etapa 1:
Proponha aos alunos que acompanhem com o dedo a leitura feita pelo professor.
Nessa primeira leitura, permita que os alunos façam o movimento com os dedos
livremente: alguns terminarão de passar o dedo antes mesmo de a leitura terminar;
outros passarão o dedo tão lentamente que ao final da leitura ainda não terão
terminado o movimento. Nesse momento, o mais importante é a criança perceber
como a leitura é realizada de modo convencional em nossa língua: ela segue o
sentido da esquerda para a direita e de cima para baixo, conforme a diagramação
do texto.
Etapa 2:
Converse com as crianças sobre algumas características do texto da parlenda.
Informe às crianças que as parlendas são constituídas por versos curtos. Em
seguida, formule algumas perguntas que podem orientar as observações delas:
-Quantas linhas há nesta parlenda?
-Quem consegue mostrar com o dedo a primeira linha da parlenda?
-E a segunda linha?
-Onde está a última linha da parlenda?
A identificação dos versos e a localização das linhas podem ser exploradas por
meio de algumas propostas. Por exemplo, convide os alunos a fazerem uma leitura
diferente na qual a cada mudança de verso eles ouvirão um sinal pode ser uma
batida de palmas. Nesse momento, eles deverão passar para a próxima linha o
dedo que acompanha a leitura.
Etapa 3:
Explore a leitura e a escrita dos números no texto da parlenda. Os alunos podem
pintar as palavras que correspondem ao nome dos números de um a dez ou os
algarismos, dependendo da maneira como os números são representados.
Os alunos podem escrever, em algarismos, o número presente em cada verso
escrito em palavras. Proponha aos alunos que representem a quantidade de ovos
correspondente a cada verso com desenhos ou colagens.
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Durante a representação das quantidades, verifique se os alunos reconhecem que a


cada verso eles desenham mais um ovo em relação ao verso anterior. Essa
exploração possibilita que façam a correspondência entre a representação em
algarismo do número e a quantidade de ovos.

Objetivos: - conhecer uma parlenda do universo infantil que envolve contagem até
10;
- contar de forma sequenciada números até 1;
- ler e escrever números de 1 a 10 em algarismos.

Parlenda: A galinha do vizinho,


Bota ovo amarelinho,
Bota um,
Bota dois,
Bota três,
Bota quatro,
Bota cinco,
Bota seis,
Bota sete,
Bota oito,
Bota nove,
Bota dez.

Os jogos matemáticos oferecem a possibilidade de verificação da aprendizagem,


pois através deles o professor terá a possiblidade de verificar se o aluno compreende as
regras e a postura diante da brincadeira, como o interesse, a participação e organização. É
possível também analisar se o aluno enfrenta positivamente as situações de perda, se
permanece na brincadeira até o fim, se respeita o erro dos outros e se enfrenta com
tranquilidade as situações novas que os jogos proporcionam. Observações estas, que
auxiliam na alfabetização e na aprendizagem.
Uma boa prática pedagógica, para um trabalho mais significativo, é através dos
projetos, que é um tipo de organização e planejamento dos conteúdos é que envolvem uma
situação-problema. Tem como objetivos articular propósitos didáticos (o que os alunos
27

devem aprender) e propósitos sociais (objeto final do trabalho), tornando o aluno


corresponsável pela sua aprendizagem. Desta maneira, através de um projeto voltado para
a disciplina de matemática, podemos permitir aos alunos que:
- Vivam situações onde o uso e a prática social da matemática esteja presentes;
- Interliguem as áreas do conhecimento através de estratégias que permitam
desenvolver suas habilidades;
- Ampliem o repertório de situações didáticas propostas pelos professores usando
como atividades: jogos, literatura infantil, brincadeiras infantis (parlendas e cantigas),
situações-problema, exploração de figuras geométricas e construção de gráficos e tabelas...

“Uma proposta de trabalho de matemática para a escola deve encorajar a


exploração de uma grande variedade de ideias matemáticas relativas a
números, medidas, geometria e noções rudimentares de estatística, de forma
que as crianças desenvolvam e conservem um prazer e uma curiosidade
acerca da matemática.” Kátia Smole

O Referencial Curricular para Educação Infantil, volume 3, no capítulo referente


aos jogos e brincadeiras prioriza a elaboração de projetos, pois considera os projetos a
maneira mais adequada de trabalhar com a criança. Através deles, pode-se propor uma
pesquisa de brincadeiras da época dos avós, por exemplo.
Como os jogos propiciam um envolvimento e a atenção dos alunos, citamos mais
alguns jogos que poderão ser utilizados para estimular a construção do conhecimento. É
interessante que o professor, observe durante a execução dos jogos o progresso dos alunos,
e através destas observações saber quais os conteúdos que precisam ser trabalhados.
Pode-se pensar que para o trabalho com jogos matemáticos é necessário materiais
caros e difíceis de encontrar, muitas vezes, utiliza-se a desculpa de que a escola não possui
material adequado para uma aprendizagem matemática através dos jogos. Para auxiliar os
educadores, sugerimos jogos utilizando as cores, caixas e tampinhas.

Jogos de Quatro Cores:


O teorema (quatro cores bastam para colorir) surgiu quando Francis Guthrie
percebeu que a maioria dos mapas, encontrados em atlas, eram pintados com
quatro cores, para respeitar os territórios adjacentes. Para uma boa aprendizagem
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é sugerido que apresente uma figura e solicita-se que o aluno pinte-a, utilizando o
mínimo de cores possível, de forma que regiões vizinhas (aquelas separadas por
uma linha) não possuam a mesma cor.
A) Cilada das cores: neste jogo, dois jogadores têm que colorir a figura dada.
Objetivo: criar uma situação na qual o oponente não possa mais cumprir as regras
apresentadas a seguir:
- os jogadores devem colorir a mesma figura;
- ambos usam as mesmas quatro cores;
- cada qual, à sua vez, pinta uma região da figura, vizinha à última colorida por
seu oponente;
- se o item não puder ser cumprido, deve-se fazer da seguinte forma, de acordo
com o caso:
Situação 1 - o jogador caiu numa cilada (não há cor disponível para ser utilizada):
o jogador deve colocar a inicial de seu nome na região que não pode ser colorida e
colorir outra região, desde que vizinha a uma já colorida.
Situação 2 - a última região colorida não apresenta regiões vizinhas sem colorir:
neste caso, o jogador escolhe uma região qualquer, desde que vizinha a uma que
já foi colorida.

B) Dominó das quatro cores: Apresentado como um quebra-cabeça, onde o


desafio é montar um quadrado com as peças, onde cores iguais não sejam
vizinhas. Pode ser jogado em duplas. Para adaptar este jogo para as crianças mais
novas, o jogo pode possuir um tabuleiro, onde as peças se apresentem desenhadas,
cabendo aos alunos montar sobre o tabuleiro. Perde o jogo aquele que não
conseguir colocar uma peça dentro da área do quadrado. Cabe ao professor definir
quantas peças serão distribuídas, sendo que no jogo original pedem-se nove peças.
Ganha quem ficar com menos peças ao final da partida.

Jogo do Tangram
O Tangram é um quebra-cabeça chinês, de origem milenar. Ao contrário dos
outros quebra-cabeças ele é formado por apenas sete peças com as quais é
possível criar e montar cerca de 1700 figuras entre animais, plantas, pessoas,
objetos, letras, números, figuras geométricas e outros.
29

As regras desse jogo consistem em usar as sete peças em qualquer montagem


colocando-as lado a lado sem sobreposição. Apresenta-se o material ao aluno,
mostrando as figuras geométricas. O professor pode apresentar aos alunos, uma
folha com várias figuras formadas com as peças do tangram. Permitir construir
figuras planas, quadrados, triângulos e polígonos Com as peças são possível
executar várias atividades matemáticas.

Comparando caixas:
Objetivos: Desenvolver noções relacionadas às cores, tamanho e forma.
Materiais: caixas de vários tamanhos e formas.
Desenvolvimento: O professor propõe a exploração do material, fazendo
perguntas, tais como: Qual é a forma da caixa? Qual é a maior? E a menor? Por
fim, pedir para as crianças empilhar as caixas, da maior para a menor e vice-versa.

Tampinhas:
Objetivo: Desenvolver a noção de conservação de quantidade.
Materiais: Tampinhas de garrafas e giz.
Desenvolvimento: o professor senta no chão com as crianças em círculo, e a frente
de cada criança desenha um pequeno círculo de giz, logo após, distribui 10
tampinhas para cada criança. O professor irá sugerir um número, e em seguida, as
crianças colocarão dentro do pequeno círculo a quantidade correspondente ao
número sugerido pela professora.

Ainda com tampinhas, podemos sugerir:


Jogo da joaninha:
Objetivo: Relacionar número com a quantidade.
Material: Tampinhas de garrafa pet, EVA preto e vermelho (para confecção da
joaninha), dado grande.
Desenvolvimento: Joga-se o dado e a criança preenche com as tampinhas a
quantidade retirada.

Brincadeiras com bola


Batata quente:
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Objetivo: Desenvolver a concentração, a percepção auditiva e coordenação dos


movimentos no ritmo e no tempo.
Material: Uma bola
Desenvolvimento: Forma-se um círculo e a professora do lado de fora, com os
olhos vendados, deve cantar “batata-quente, quente, quente..., até queimou”.
Enquanto isso, a bola estará sendo passada de mão em mão até a hora em que a
professora disser “queimou”. Quando isso acontecer, a criança que estiver com a
bola sai do círculo. Ganha a competição o último que sobrar.

O limão:
Objetivo: desenvolver a concentração
Material: uma bola
Desenvolvimento: em círculo, ao ritmo do canto, as crianças vão atirando a bola
para o companheiro da esquerda. A criança que estiver com a bola na mão no
momento em que o canto cessar ou quem deixa-la cair durante a brincadeira sai
fora. Quando o canto acelera (ao gosto dos participantes), a bola é passada
também rapidamente. Vence a última criança que ficar no círculo.
Canto: O limão entrou na roda
Ele anda de mão em mão
O limão
Ele vai, ele vem
Ele ainda não chegou
Lá no meio do salão.

Bola ao alto:
Objetivos: - Desenvolver a percepção espacial e a consciência corporal;
- Coordenar diferentes pontos de vista.
Material: uma bola, uma rede ou corda.
Desenvolvimento: Duas equipes separadas por uma corda ou rede. Inicia-se o jogo
sorteando a posse da bola. Procura-se enviar a bola para o campo do adversário,
utilizando os pés, joelhos e cabeça. Se o lançador conseguir que a bola toque no
solo dentro do campo do adversário, sua equipe ganha ponto. Se não conseguir, a
posse da bola será da outra equipe, que repetirá o mesmo procedimento. Cada
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equipe deve evitar que seus adversários consigam tocar a bola no seu campo. Para
isso podem usar os pés, joelhos e a cabeça, nunca as mãos. A equipe que tocar a
bola com as mãos perde a vez de jogar. Ganha a equipe que fizer o maior número
de pontos.

Bola caçada em duplo círculo:


Material: duas bolas
Desenvolvimento: Turma dividida em grupos, cada uma com uma bola.
As equipes formam dois círculos concêntricos, com os integrantes do círculo
interno colocados de costas para o centro, de forma que fiquem de frente para os
alunos que se encontram no círculo externo. Nos dois círculos, os jogadores das
equipes ficam alternados, de maneira que os jogadores de uma equipe que estão
no círculo interno se defrontem com os da outra equipe que estiverem no círculo
externo. Dois jogadores, um de cada equipe, que estão frente a frente pegam uma
bola cada. Dado o sinal de início, os jogadores que estão de posse da bola, atiram-
na para o seu colega de equipe situado à direita, no círculo oposto. Este, por sua
vez, passa a bola ao companheiro seguinte do círculo contrário. O jogo prossegue
com as bolas sendo lançadas de um círculo ao outro, sempre na diagonal. A
equipe que primeiro fizer chegar à bola ao jogador inicial será a vencedora.

Nos jogos sugeridos com as bolas, a autora sugere que as crianças desenhem a
brincadeira que acabaram de participar. Desta forma, será possível perceber se já dominam
a representação completa do espaço do jogo e a maneira como compreendem a brincadeira.
Importante compreender que para que uma aprendizagem matemática aconteça,
ela deve ser significativa, levando o aluno a compreender os seus significados, permitindo
que os alunos formulem problemas que os incentivem cada vez mais. Sendo assim, os
jogos apresentam um grande caráter desafiador; sempre acompanhados de planejamentos e
objetivos.
Kishimoto (2000) ressalta: O educador para desenvolver um bom ensino
matemático deve voltar à metodologia aplicada para a classificação, sequência, seriação,
espaço, tempo e medidas, desenvolvendo o raciocínio e fazendo com que as crianças
tenham interesse em aprender.
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Certamente as brincadeiras não são o único recurso que existem para fazer as
crianças se aproximarem da matemática, mas utilizar as riquezas e o encantamento que elas
permitem, faz com que o ensino da matemática ocorra de maneira mais natural, dando
oportunidades para que todos os alunos aprendam.
Portanto, se os jogos matemáticos se transformarem em um alicerce para o ensino,
com certeza as aulas se tornarão mais práticas e interessantes levando os alunos a
aprenderem com mais facilidade.
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III – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando que a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer


idade e não pode ser vista apenas como diversão, ela também é responsável pela formação
intelectual do ser. A função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do individuo,
saber, seu conhecimento e sua compreensão de mundo.
Através do trabalho com jogos matemáticos, entendemos que o desenvolvimento
do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, sócio cultural,
colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os
processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento.
Entendemos que a escola deve ser o espaço onde se promove o desenvolvimento
de cada um e, portanto, ensinar as diferentes regras. Que o jogo é uma maneira de
contribuir na construção do conhecimento, pois induz a uma motivação do querer aprender.
Enfatizamos que o ensino tradicional, que não respeita a individualidade e as
capacidades próprias de cada educando, não encontra mais espaço no ambiente escolar.
Que os trabalhos com matemática devem respeitar a natureza do conhecimento lógico-
matemático e que este conhecimento é construído pela criança, e que procura desmitifica
que a matemática é uma disciplina maçante e difícil.
Para um bom trabalho matemático, destacamos a classificação dos jogos segundo
alguns pensadores, o que norteia o caminho para se alcançar os objetivos propostos,
respeitando principalmente a idade de cada criança.
Como educadores, cabe sublinhar a importância do papel do professor, pois é ele
o organizador do ensino, o que o possibilita a criar situações onde os alunos tomem
consciência do conhecimento adquirido e encontrem o prazer proveniente da
aprendizagem. A escola tem a finalidade de socializar os conhecimentos acumulados e o
professor é o profissional responsável por organizar as situações de aprendizagens. A
utilização de jogos no ensino de Matemática é uma das formas de conduzir o sujeito na
busca desses conhecimentos, visto que, ao jogar, o educando mistura esforço com
brincadeira o que favorece transformar o trabalho em aprendizado eficaz.
É de extrema importância às atividades lúdicas no desenvolvimento infantil, bem
como no processo educativo, para isto, os professores devem ter consciência de seu papel
nesta fase de construção de conhecimento das crianças. O educador deve desta maneira, se
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preparar para trabalhar com o criar, vendo a criança como uma pessoa capaz de ação,
criatividade e novas aprendizagens.
A brincadeira e os jogos pressupõem uma aprendizagem social. Aprende-se
naturalmente a brincar, e nesse espaço da brincadeira e dos jogos que o aluno encontra a
flexibilidade necessária de experimentar.
Nunca o erro será tão permitido quanto na brincadeira e nos jogos. Nunca os
equívocos poderão ser tão facilmente corrigidos e as ações tão tranquilamente desfeitas.
Cada jogo apresenta, através dos objetivos, uma ou mais das características que o
profissional utiliza no momento educativo a que se propõe. Dentro de um grupo, porém
muitas vezes se faz necessário reunir vários objetivos, para sim atingir as necessidades dos
alunos de uma forma individual ou coletiva.
Importante ressaltar que o jogo além de proporcionar o desenvolvimento
cognitivo, é um ótimo recurso para tornar a socialização mais rápida e eficiente.
Com este trabalho esperamos que tanto os educadores, como todas as pessoas
envolvidas com a aprendizagem, encontrem suportes para trabalhar com jogos
matemáticos. Que compreendam que o lúdico enquanto recurso pedagógico deve ser
encarado como algo sério, capaz de colaborar com a aprendizagem. Que entendam que o
profissional responsável por trabalhar com a educação, deve estar atento a todas as
possibilidades que os jogos oferecem.
Sendo assim, conclui-se que a matemática pode ser uma disciplina prazerosa, que
através dos jogos a aprendizagem torna-se mais fácil, e permite o desenvolvimento das
crianças, tanto no aspecto físico, social, cultural, afetivo e cognitivo. Enfim, a educação
deve considerar o lúdico como colaborador na aprendizagem e no desenvolvimento do
educando.
Segundo Rubem Alves: “Não existe nada mais fatal para a inteligência que o
ensino das respostas certas. As escolas deveriam se dedicar menos ao ensino das respostas
certas, e mais ao ensino das perguntas inteligentes. As respostas certas nos permitem andar
nos caminhos batidos. Somente as perguntas nos seduzem a entrar no mar desconhecido”.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIBIANO, Bianca. Por que brincar é importante para as crianças pequenas. Revista
Escolar. Disponível em <http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-
anos/brincar-importante-criancas-pequenas.html> Acesso em 13 fev. 2015.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação


Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil/Ministério da
Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998,
volume: 1 e 2.

MACEDO, Eliane. Matemática no dia a dia da Educação Infantil. Porto Alegre:


Artmed.2008. 1116p.

REAME, Lino de. Aprender com jogos e situações-problemas. São Paulo: Saraiva.2012.
183p.

SMOLE, Kátia Stocco. Brincadeiras Infantis nas aulas de Matemática. Porto Alegre:
Artmed.2010. 85p.

VANESSA, Karla. Educação e suas especificidades. Disponível em:


<http://karlawanessa.blogspot.com.br/2011/09/sugestoes-de-atividades-com-
criancas.html> Acesso em 26 mar. 2015.

Wajskop, Gisela. O Brincar na Educação Infantil. Disponível em:


http://www.fcc.org.br/pesquisa/pulicações/cp/arquivos/742.pdf. Acesso em 26 mar.2015

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