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Alunas: Adelaide Lopes; Ivana Soares; Tays Lasse

Curso: Enfermagem e Nutrição

Profa.: Maísa Martins

Disciplina: Vigilância à Saúde

"Análise entre o Filme Sicko e o Sistema de Saúde Público Brasileiro a


partir do livro “O que é o SUS”

O livro aborda problemas relacionados à saúde brasileira e tem como objetivo


apresentar a singularidade do sistema de saúde brasileiro. Discute-se então, a
questão do conceito do SUS, e, portanto, resolve o problema do sistema de
saúde que visa garantir a saúde das pessoas e da população por meio das
instituições de saúde (sejam elas as instituições: empresas, instituições
públicas e privadas, que visam garantir a saúde das pessoas). Portanto, o
sistema de saúde é composto por todas as instituições de saúde do país,
sejam elas públicas ou não. Os profissionais dessas instituições desempenham
diversas funções e são administrados pela própria instituição e fazem parte do
sistema, mas a diretoria também garante a responsabilidade e autonomia de
seu trabalho. Além disso, entende-se que a agência não se limita ao âmbito
restrito da secretaria de saúde. Portanto, o sistema de saúde reúne meios de
comunicação, escolas, financiadores, indústrias de equipamentos e
farmacêuticas, universidades, institutos de pesquisa etc. Em casos de doenças
descobertas após aderirem ao plano faz-se de tudo para negarem atendimento,
exames, cirurgias e buscarem um histórico para saber se aquela pessoa
mentiu no questionário na hora de adquirir o plano ou se tiveram alguma
doença antes do plano. É importante que se tenha conhecimento de todas as
sociedades e a relação de cada uma delas com a política, economia, história e
cultura, a fim de compreender as dificuldades e impasses, mas também para
identificar oportunidades e buscar alternativas para a melhoria.

Outras questões que foram bastante repercutidas neste capítulo, foram sobre a
seguridade social, que trata sobre um conjunto de ações e meios voltados
para a realização de uma sociedade livre, justa e forte, eliminando a pobreza e
a marginalização, reduzindo a desigualdade social e promovendo o bem-estar
de todos. Porém, neste caso, o direito à saúde é inerente em relação à
condição da cidadania, custeado pela sociedade por meio de contribuições e
impostos. Além dele, o seguro social, conhecido como INSS, o qual se
responsabiliza pelo pagamento da aposentadoria, pensões e outros benefícios
aos trabalhadores brasileiros, exceto para servidores públicos. E por fim, a
proteção social, a qual é garantida pelo Ministério da Previdência Social,
Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho e do Emprego, tendo apenas o
apoio das secretarias estaduais.

Em 1920, o modelo no qual o Brasil se baseava era a previdência social. Só


depois da promulgação da Constituição de 1988 é que o país começou a
estabelecer um sistema de seguridade social e o SUS começou a se
estabelecer.

Já no capítulo 2, o problema a ser resolvido é "o que temos antes do SUS",


portanto percorre a história da Organização de Saúde Brasileira durante as
colônias, impérios e República Velha. Durante a era colonial e mesmo parte da
era imperial, a prática da medicina era exercida por alguns médicos, cirurgiões
e farmacêuticos de elite formados em universidades europeias.

Concentra-se nas maiores cidades do país, basicamente Rio de Janeiro, e


algumas outras capitais de província, se dedica ao atendimento às famílias
mais ricas. Desta forma, a população mais pobre e os escravos só podem
contar com a Santa Casa de Misericórdia, a unidade de instituições religiosas e
pessoal médico, mas existem alguns exemplos oficiais de saneamento no
grande centro. O Brasil é uma colônia, então não há uma estrutura urbana
clara, cidades e vilas se desenvolvem por meio da mineração e da exploração,
enquanto a sociedade escravista quase não tem problemas de limpeza ou
saneamento urbano.

Na verdade, a saúde só pode ser ativada quando há problemas que afetam a


população e práticas de saúde curativas e não preventivas são implementadas.

Com o surgimento de epidemias, estabelecimento de comitês de saúde


pública, levou a criação da junta de higienização pública. Na República Velha,
a “Saúde” começou a aparecer por causa de sua natureza social. Na década
de 1920, a criação do Serviço Nacional de Saúde Pública (DNSP) e dos planos
de aposentadoria e pensão (seguridade social dos trabalhadores) apontou para
a experiência inicial de pais recebendo certa assistência médica organizada.
De acordo com o objetivo de Paim, o sistema público de saúde do Brasil
nasceu de três formas: saúde pública, medicina previdenciária e trabalho
médico. Assim, embora o Ministério da Saúde Pública tenha estabelecido
vínculo com o Ministério da Saúde (1953), a Medicina Previdenciária manteve-
se na Caixa, e posteriormente no Instituto de Pensões (1930) e no Instituto
Nacional Social. Em (1966), medidas preventivas e curáveis foram separadas
artificialmente.

Por fim, na proposta de redemocratização, destacou-se o papel das entidades


comunitárias, profissionais e sindicais, do Centro Brasileiro de Pesquisas em
Saúde (Cebes), da Associação Brasileira de Pesquisa em Saúde (SBPC) e da
Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Pública. Esse movimento
social da década de 1970 propunha a reforma sanitária e a implantação do
SUS, ou seja, a RSB e o SUS nasceram da sociedade, não do governo ou de
partidos políticos.

Para finalizar, no capítulo 3 foi discutido "a criação e implementação dos


Estados Unidos". De acordo com a definição do artigo 4º da “Lei Federal
8.080 /90”, “Sistema Único de Saúde” é um conjunto de serviços de saúde
prestados por órgãos e entidades públicas federais, estaduais e municipais,
autoridades administrativas diretas e indiretas e fundações mantidas pelo
governo federal governo. Ações e serviços são listados. Além disso, os
princípios doutrinários dos Estados Unidos, de modo geral: “universalidade”, o
que significa dizer que todas as pessoas têm direito à saúde,
independentemente da cor da pele, raça, religião, local de residência, emprego
ou renda; justiça, isso é, em assistência médica unificadora. O princípio da
igualdade de todo cidadão perante o sistema, será atendido e acolhido de
acordo com suas necessidades.

Portanto, o SUS não é um serviço ou organização, mas um conjunto de


unidades, serviços e sistemas operacionais que interagem para um propósito
comum. Esses elementos que compõem o sistema envolvem também
atividades de promoção, proteção e restauração da saúde.

O livro por fim, resume a abordagem do SUS e as suas questões da


humanização na profissão da enfermagem, visando a melhoria da saúde do
brasileiro. Com base na leitura, é preciso que haja mudança no modelo de
atenção à saúde, priorizando a prevenção e promoção, contudo, garantir
integridade e intersetorialidade, e estabelecer um ambiente moderno e
entusiasmado. Um sistema humanizado em que as ações dependem do
compromisso das pessoas, das comunidades e do meio ambiente com a
qualidade de vida.

O filme "Sicko" tem como objetivo, relatar fundamentalmente o funcionamento


do sistema de saúde norte-americano. Em comparação, o Sistema Único de
Saúde do Brasil (SUS) é definitivamente gratuito, destacando o direito da
sociedade ao acesso à saúde. Enquanto nos EUA, não proporciona, ou seja, é
inexistente, um Sistema de Saúde Universal gratuito. Nesse caso, a população
norte-americana só tem permitido apenas o acesso à saúde, se possuir o
convênio a um plano de saúde. Sendo que, de qualquer forma, pagarão um
alto valor por ele, a fim de que o mantenha ativo. Dessa forma, entende-se que
o Documentário relata o fato de que o Sistema de Saúde norte-americano faz
da saúde do país, um meio comercial de lucros para os planos de saúde, além
de beneficiar o próprio governo. No decorrer do Documentário, percebe-se que
é feito uma comparação do país a outros países (Canadá, Reino Unido, França
e Cuba), em relação ao funcionamento dos seus Sistemas de Saúde. Em
relação ao Canadá, o Sistema Público de Saúde do país, o qual é patrocinado
pelo governo, não é gratuito, ou seja, a população tende a pagar para terem
acesso em prol às necessidades. No Reino Unido, há implantado também, um
Sistema Público de Saúde. Na França, os hospitais estão disponibilizados,
fortificados pela presença de médicos disponíveis para o atendimento à
população (ambos tanto públicos quanto privados), porém tendo em vista que,
todos os custos são responsabilidades governamentais. E por fim, em Cuba, a
realidade é outra, pois, grande parte do produto interno bruto (PIB) é totalmente
direcionado à saúde, considerada a prioridade nacional. Importante destacar
também, que nesse país, há implementado um Sistema Público de Saúde, o
qual é considerado um direito humano para toda a população. Além disso, esse
Sistema de Saúde resultou num serviço totalmente gratuito e universal, em prol
aos cuidados de saúde dos cidadãos e cidadãs.

Portanto, é perceptível que todos os países europeus e Cuba possuem um


Sistema Público de Saúde, o qual atende de forma universal, todos aqueles
que necessitam dele, ao invés de quem pode pagá-lo. Dessa forma, conclui-se
que, a comparação entre os modelos dos EUA, o Sistema Único de Saúde
(SUS) é um fenômeno mais avançado, pois consiste num sistema que tem em
vista os seguintes princípios: Universalidade, Equidade e Integralidade. Porém,
em comparação aos outros modelos apresentados, o SUS é falho, pois apesar
de apresentar esses três princípios constitucionais no seu conceito, ele não
possui investimentos voltados para a saúde.

O lado negativo da cultura americana observado no filme, é o fato da maioria


ser contra a saúde pública, visando apenas interesses lucrativos. Conclui-se
que o sistema de saúde mostrado no Documentário, beneficia apenas as
pessoas de classe social elevada que podem pagar a assistência imposta pelo
governo, enquanto as demais, precisam manter-se saudáveis, caso contrário,
terão suas vidas ceifadas pelo simples fato de não terem condições para
custear o serviço.

Tendo em vista os sistemas de saúde dos países em questão, seria necessário


primeiramente a conscientização, investimento e empenho para a implantação
de um Sistema Único de Saúde (SUS). Embora o Brasil não seja citado no
filme, não podemos ignorar a nossa realidade e nosso excelente SUS, que
apesar de todas as dificuldades têm atendido pessoas como um todo.

Quando consideramos o Sistema de Saúde Americano e o jogo de interesses


que nele colocam a saúde, nos desperta tristeza pois, o direito de ser cuidado é
de todos. A realidade dos planos de saúde no Brasil não é muito diferente dos
EUA, contudo o SUS é um sistema forte, solucionável e integral para todos, o
que enfraquece os convênios.

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