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Cadernos Unisuam Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p. 101-117, jun.

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A BIOMECÂNICA DA FRATURA E
O PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO

Benjamim da Silva Moreira


Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional com ênfase em Terapia Manual pelo
Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM)
fisiobenjamim@hotmail.com

RESUMO
As fraturas representam um problema de saúde pública de alta
incidência e custo socioeconômico elevado para o sistema de
saúde, configurando causa de morbidade e mortalidade. Evidências
científicas revelam que a fisioterapia tem papel importante
no tratamento de vítimas de fratura. O objetivo deste estudo é
analisar a biomecânica da fratura, as etapas do trauma, os efeitos
do estresse no tecido ósseo, o pós-operatório, assim como o
processo de remodelação, consolidação e regeneração do osso.
Foi realizada revisão literária baseada em livros, artigos científicos,
com pesquisas nas bases de dados Scielo e Lilacs, de 1998 até a
atualidade, no idioma português, com termos de procura: fratura
óssea, tecido ósseo e cicatrização. O desenvolvimento tem por base
a análise biomecânica óssea, mecanismo traumático nos ossos,
remodelamento e reabilitação. Conclui-se que o fisioterapeuta
deve ter vasto conhecimento da biomecânica da fratura, entender
a formação óssea, o que acontece na fase cicatricial óssea e ampliar
o raciocínio lógico em todo o processo de fratura no tecido ósseo
para a melhor recuperação funcional do paciente.

Palavras-chave: Osso e ossos. Consolidação da fratura.

1 INTRODUÇÃO

Os acontecimentos envolvidos no processo de reparação óssea


são de extrema complexidade, pois incluem uma série de eventos
interagindo em prol da cura do osso; esses eventos são: síntese de
gene, atividade de grande quantidade de células e proteínas, atuando
na restauração da integridade do tecido ósseo para a restauração das
extremidades envolvidas na fratura. Estima-se que, nos EUA, das 6,2
milhões de fraturas ocorridas anualmente, cerca de 10% evoluem
para a não-consolidação e para a pseudoartrose tipo um (FEITOSA et
al., 2007; OLIVEIRA et al., 2011).
A estrutura óssea tem sua arquitetura e propriedades mecânicas
variadas, assim como sua composição. Sua resistência e rigidez
dependem de sua composição, como das propriedades estruturais.
Fratura é uma lesão traumática, é uma carga de alta magnitude imposta
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ao osso que acontece por meio das forças de tensão, cisalhamento,
compressão, curvamento e torção, atuando juntas ou separadas. Em
uma análise mecânica, fratura representa a perda da capacidade óssea
de transmitir dentro da normalidade a carga durante o movimento,
causada pela perda da integridade da estrutura esquelética (HAMILL;
KNUTZEN, 2012; RUARO, 2004; SIZÍNIO et al., 1998).
Etiologicamente a fratura apresenta-se de formas variadas,
o segmento acometido varia de acordo com o tipo de trauma e
gravidade da lesão, dependendo da força exercida no momento da
lesão. O trauma pode acontecer por acidente automobilístico, quedas,
semiafogamentos, acidentes de trabalho, queimaduras, soterramentos,
ferimentos por arma branca, queda sobre objeto pontiagudo, lesão por
projétil de arma de fogo etc. (ZAGO; GRASEL; PADILHA, 2009).

2 METODOLOGIA

Foi realizada busca de artigos indexados nas bases de dados


LILACS, SciELO, com a busca pelas palavras-chave identificadas de
acordo com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) sendo
utilizadas de forma individual para analisar a biomecânica da
fratura, as etapas do trauma, os efeitos do estresse no tecido
ósseo, o pós-operatório, assim como o processo de remodelação,
consolidação e regeneração do tecido esquelético.

3 ANÁLISE DOS RESULTADOS

O sistema esquelético é dividido em esqueleto axial, que


compreende crânio, coluna vertebral, costelas e esterno, e o
esqueleto apendicular, que é dividido em cíngulos do membro
superior, inferior, com braços e pernas. Na composição do esqueleto
ósseo, existem quatro tipos de ossos, que são caracterizados como:
longos, curtos, planos e irregulares. O sistema ósseo constitui a
maioria das estruturas no sistema esquelético, e o esqueleto
representa aproximadamente 20% do peso total corporal. Esse
sistema desempenha diversas funções, como: sustentação, sítios
de fixação, colabora com o sistema de alavancas, faz proteção,
armazenamento de cálcio e minerais como também hematopoese
(HAMILL; KNUTZEN, 2012).
A subunidade da estrutura do osso compacto é o ósteon
(sistema harvesiano), que faz a organização das fibras colágenas
e da substância fundamental mineralizada de uma forma seriada
única espiralada concêntrica, formando as lamelas. Formação
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essa que traz rigidez devido à presença dos cristais de fosfato de
cálcio, que permitem que o osso cortical receba grandes cargas em
compressão (NEUMANN, 2011).
O osso é dinâmico, apresenta movimentação constante com
entrada e saída de minerais. Diariamente, pode entrar ou sair do
osso em uma pessoa adulta até cerca de meio grama de cálcio, e por
semana o corpo humano recicla cerca de 5 a 7% de sua massa óssea.
O osso tem em sua composição uma matriz de sais inorgânicos e
colágeno, que é encontrado em todo o tecido conjuntivo. Os
minerais cálcio e fosfato, aliados ao colágeno, constituem cerca de
60 a 70% do tecido ósseo e a água constitui aproximadamente 25 a
30% do peso ósseo (HAMILL; KNUTZEN, 2012).
Os osteoblastos são envoltos pela substância fundamental
secretada, eles ficam confinados em espaços estreitos posicionados
entre as lamelas do ósteon. Esses osteoblastos em confinamento,
tecnicamente, passam a se chamar osteócitos. Os ossos são
atravessados pelos vasos sanguíneos, onde partem do periósteo
externo e das superfícies endósteas internas (NEUMANN, 2011).
O estresse causa uma deformação (mudança de direção) que
acontece dentro da estrutura óssea, em resposta às cargas aplicadas
no sentido de fora para dentro do osso. Basicamente a deformação
pode ser linear, causando mudança no comprimento da espécie, e a
deformação tangencial, que leva a mudanças nas relações angulares
dentro da estrutura óssea (NORDIN; FRANKEL, 2003).
Estresse é uma carga ou força por unidade de área que se
desenvolve em uma superfície plana dentro de uma estrutura em
resposta às cargas aplicadas externamente. As três formas de medir
o estresse no osso são as unidades padronizadas, como o Newton
por centímetro quadrado (N/m²); Newton por metro quadrado
ou pascal (N/m², pa); e o meganewton por metro quadrado ou
megapascal (MN/m², MPa) (NORDIN; FRANKEL, 2003).

4 CLASSIFICAÇÃO DE FRATURAS

As fraturas são classificadas como fechadas ou expostas.


Na fratura fechada pode haver pouco ou nenhum movimento ou
deslocamento dos ossos quebrados sem penetração no tecido
superficial. No entanto, na fratura exposta, há deslocamento de
extremidades fraturadas com o osso penetrando nos tecidos que
circundam o local, inclusive na pele, que fica lacerada. Os dois tipos
de fratura podem ser graves se não forem tratados adequadamente.
Os sinais e sintomas são deformidade, sensibilidade pontual, edema
e dor durante os movimentos ativos e passivos (PRENTICE, 2012).
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O acidente de trânsito está relacionado como principal fator
causal de fraturas externas, apresentando associação com alta
taxa de mortalidade dentre as idades de 1 a 50 anos de idade, com
mortalidade equivalente a 19,8%. Segundo o Ministério da Saúde,
os acidentes com motocicletas são os que mais cresceram no Brasil
desde 1990. Se na década de 1990 ocorreram 299 mortes com
acidentes com motocicletas, em 2006 esse índice subiu para 6.734,
o que mostra um crescimento de 2.252% (DEBIEUX et al., 2010).
A fratura exposta é a lesão grave com enorme impacto
socioeconômico. No período após a 1ª Guerra Mundial a incidência
de fratura exposta era de 11,5 para cada 100.000 habitantes na
cidade de Edinburgh, nos Estados Unidos. Nos U.S.A. por ano, a
estimativa do custeio com fraturas chega em U$ 230.600 milhões
(ARRUDA et al., 2009).
Em relação à localização no sentido longitudinal do osso,
a fratura epifisária ocorre ao nível da epífise e frequentemente
atinge a articulação. É de prognóstico reservado, tende a evoluir
com rigidez, necessitando de maiores cuidados, entre estes, o
acompanhamento da fisioterapia. A fisária atinge a cartilagem
de crescimento e pode estar associada à fratura da epífise ou
metáfise, como também à sequela pela lesão da fise, a metafisária
que atinge a região metafisária do osso, e a diafisária que se localiza
na diáfise (RUARO, 2004).

5 DISCUSSÃO

O entendimento dos tipos de fraturas é fator importante


para o tratamento, pois tem por objetivo uma melhor orientação
quanto ao plano de tratamento, deve permitir um prognóstico, e
serve de parâmetro para a comparação dos resultados obtidos no
tratamento. A fisioterapia tem início no pós-operatório imediato e
se prolonga por todo período de reabilitação. O paciente é orientado
quanto aos procedimentos no pós-operatório, como sentar-se no
leito a maior parte do tempo possível, fazer exercícios respiratórios,
e ainda, mobilizar os membros inferiores, o que favorece o retorno
venoso e auxilia no combate ao tromboembolismo, com destaque
para mobilizações passivas, exercícios ativo-assistidos e ativos,
escolhidos de acordo com as necessidades do paciente (RUARO,
2004; BENTO et al., 2011).
Fratura em galho verde é a fratura na qual o osso não está
completamente ossificado, como em adolescentes, e acontece com
maior frequência na superfície convexa do osso, com a côncava
permanecendo intacta. Já a fratura cominutiva acontece com três
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ou mais fragmentos no local fraturado, e é causada por golpe forte
ou queda. É um tipo de fratura que dificulta muito a cicatrização por
causa do deslocamento dos fragmentos ósseos. Os tecidos moles
ficam interpostos entre os fragmentos dificultando a cicatrização
completa. Na fratura linear, o osso se divide em sentido longitudinal ao
comprimento do osso. Acontece como resultado de um salto de lugar
alto, com uma queda de modo que a força ou estresse do impacto
são sentidas no eixo longitudinal. Existe também a fratura transversa
ocorrendo em linha reta, formando um ângulo mais ou menos reto
com a haste do osso. Normalmente acontece com trauma direto no
local da lesão. A fratura oblíqua é parecida com a fratura em espiral,
ocorre quando uma extremidade óssea é submetida a torção ou giro
súbito, enquanto a outra extremidade permanece fixa. A fratura em
espiral tem uma separação em forma de “S”. Acontece nos esportes
como futebol americano e no esqui, esportes em que os pés ficam
plantados no chão, com o corpo promovendo uma rotação repentina
na direção oposta (PRENTICE, 2012).
Na infância e na adolescência a fratura mais comum é a do
rádio e da ulna, que equivalem de 30 a 50% de todas as lesões do
esqueleto em crescimento. A imobilização com gesso é prevalente
em uma estrutura que se apresenta com redução incruenta, o que
se torna eficaz na população abaixo dos 10 anos de idade. Uma
preocupação permanente são as complicações pós-operatórias,
como a perda da redução em torno de 7 a 13%, nos primeiros
15 dias, consolidação viciosa e limitação funcional do membro
imobilizado (NICOLINI et al., 2010).
A fratura de calcâneo equivale a 2% do total de fraturas
do esqueleto humano, dos ossos do tarso, com o maior índice de
fratura em torno de 60% no tarso e 75% fraturas intra-articulares.
A fratura do calcâneo tem enorme importância para a sociedade
economicamente falando, pois inativa pessoas economicamente
ativas, em grande parte, trabalhadores braçais, podendo torná-
los dependentes do sistema de previdência social por um longo
período de tempo (PAULA et al., 2006).
As fraturas patológicas acontecem em tecidos ósseos
com lesões ou doentes, um exemplo disso são os idosos que são
acometidos pela osteoporose. O mecanismo de lesão dessas
fraturas é, incrivelmente, sem grandes forças aplicadas no local
lesionado no osso, mas com pouquíssima força já ocasiona a
fratura no osso (BRODY; HALL, 2012).
Existe uma crescente prevalência das fraturas do dente do
áxis na coluna, que acontece devido a traumas de alta intensidade
que demonstram muita dificuldade no período de tratamento.
Um fator que tem contribuído enormemente para esse tipo de
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fratura e um maior número de casos da fratura do odontóide são
acidentes com veículos. Estes traumatismos de alto impacto estão
relacionados com o paciente politraumatizado, e os traumas de
cervical alta. Outros mecanismos de trauma estão relacionados
com essas fraturas, como: ferimentos por projétil de arma de fogo,
quedas de lugar alto, quedas da própria altura em pacientes idosos
e traumas esportivos (PONTIN et al., 2011).
No terço proximal do úmero ocorrem fraturas com porcentagens
de 4 a 10% de todas as fraturas, em que o mecanismo traumático
acontece com mais frequência nas quedas da própria altura. O
tratamento conservador é indicado nas fraturas com pequenos desvios,
é feito com imobilização com tipoia simples por um mês e fisioterapia
para ganho de amplitude de movimentos. Nas fraturas com desvios e
instáveis, o tratamento é a cirurgia (MONTEIRO et al., 2011).
Na diáfise do fêmur acontece a fratura que atinge jovens,
vítimas de traumatismo de alto impacto, levando sua associação com
lesões no joelho ou na região proximal femoral. Esse tipo de lesão é
ocasionado devido à enorme quantidade de energia cinética, gerando
uma força de compressão que atinge o joelho em flexão, com flexão
do quadril e discreta abdução do quadril (ASTUR NETO et al., 2010).
A terceira idade apresenta uma população de
aproximadamente 260.000 idosos por ano, com esse quantitativo
crescendo ano a ano. Devido a esse número crescente e à chegada
de doenças degenerativas, há maior probabilidade de quedas nos
idosos, contribuindo para um grande índice de fraturas de quadril.
Estimativas mostram que no ano de 2050, acontecerão em torno
de 6,5 milhões de fraturas de quadril mundialmente falando. O
aumento dos acontecimentos dessas fraturas, na idade acima
de 60 anos, deve-se à osteoporose, assim como fatores de risco
como a presença de doenças associadas (comorbidades), história
de quedas seguidas, tabagismo e índice de massa corporal menor
que 18,5 kg/m (LUSTOSA; BASTOS, 2009).
As fraturas da diáfise tibial, dentre todas as fraturas de ossos
longos, são as mais frequentes, com aproximadamente 300.000
novas fraturas em tratamento nos Estados Unidos por ano e 50.000
a cada ano no Brasil. A definição mais utilizada na avaliação dessas
fraturas é com as fraturas do tipo A, que têm o traço simples; do
tipo B, apresentam fratura em cunha; e as fraturas do tipo C, que
têm vários fragmentos complexos (SUNADA et al., 2010).

5.1 Fatores cirúrgicos

Existem fatores determinantes na escolha do método de


fixação ideal para cada tipo de aplicação em uma fratura. Levam-se
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em conta as considerações mecânicas, especificamente os tipos de
tensão, envergamento e/ou torção e a grandeza das forças às quais
a fixação estará ligada e essas forças serão cíclicas, aplicando força
adicional da fixação para suportar a possível fadiga do aparelho
(NORDIN; FRANKEL, 2003).
As cirurgias de fraturas precisam de eficiência na estabilização
e até compressão nos fragmentos dos ossos, dependendo do local
anatômico do osso fraturado e o tipo de fratura. Enquadram-se
conceitos biomecânicos e biológicos na escolha do melhor método
e do sistema de osteossíntese a ser utilizado. A partir do ano de
2000, surgiram novas técnicas de redução direta e fixação rígida
que foram mudadas para fixação interna com estabilidade relativa
e redução indireta com preservação do tecido ósseo envolta do
osso fraturado (YONEDA et al., 2008).

5.2 Tratamento conservador

Existe também o tratamento conservador, chamado de


não cirúrgico, em que se colocam imobilizações com o uso de
aparelho gessado e órtese que proporciona ótimos resultados
em mais de 90% dos casos de união de fraturas umerais isoladas.
Pode acontecer também a pseudoartrose, que é uma complicação
proveniente desta conduta conservadora. Normalmente procuram-
se os traditional boné setters (indivíduo que faz a redução dos
ossos quebrados ou deslocados, normalmente sem ser profissional
licenciado); esse tipo de apresentação de fratura é muito comum
(AYOTUNDE et al., 2012).

5.3 Fases do processo de cicatrização

No pós-operatório imediato é onde o tecido sofre lesão pela


cirurgia, e ocorre a destruição tecidual, causando lesão diretamente na
célula. A lesão celular culmina em alteração no metabolismo e liberação
dos mediadores químicos, dando início à resposta inflamatória, com
características peculiares como: calor, rubor, edema, sensibilidade
alterada, dor e perda da funcionalidade (PRENTICE, 2012).
As estruturas musculoesqueléticas lesionadas passam pelo
processo inflamatório que faz parte da reabilitação, com a cicatrização
que é composta de três fases e algumas subfases. Na fase 1, ocorre
a inflamação, que tem duas subfases: vascular e celular. Fase 2,
reparadora, onde acontecem as subfases proliferativa, fibroblástica
e regenerativa. Na fase 3 ocorre a remodelagem com suas subfases:
consolidação e maturação (DUTTON, 2012).
O osso fraturado tem seu processo de cura, o tecido ósseo
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pós-lesão é formado idêntico ao tecido original. Esse processo
inflamatório estabelece a circulação cortical, periosteal, endosteal,
assim como a integridade estrutural e a capacidade de transmitir
carga e movimentação sem dor (COHEN et al., 2007).
A inflamação fase 1 tem característica pela remoção
dos fragmentos estranhos e tecido morto (subfase celular, com
aumento da permeabilidade vascular com ênfase na atividade de
fibroblastos). A mediação desse processo é feita por substâncias
quimiotáticas, com inclusão das anafilatoxinas que atraem
neutrófilos e monócitos (DUTTON, 2012).
Os osteoclastos são células com a responsabilidade de
destruição óssea, agindo sob comando do paratormônio, levando
a fracionamento ou reabsorção do osso pela ação enzimática, ao
passo que as células osteoblásticas, responsáveis pela formação
óssea, induzem sua síntese (MCARDLE; KATCH; KATCH, 2011).
A reabilitação objetiva restaurar a movimentação articular
adjacente, fortalecendo tecidos moles próximos à fratura, levando
a uma maior resistência óssea. A escolha para o melhor tratamento
leva em consideração a idade do indivíduo, ocupação, massa
corpórea, condição articular próxima e adjacente à lesão, assim
como a sua especificidade (BRODY; HALL, 2012).
Os acontecimentos envolvidos na consolidação da fratura
são responsáveis pelo desbridamento, estabilização e remodelagem
no local fraturado. A consolidação pode ocorrer primariamente
com fixação rígida ou secundariamente sem fixação rígida. A
consolidação óssea primária ocorre com o contato constante
entre os segmentos fraturados. O novo tecido ósseo cresce
entre as extremidades ósseas comprimidas, para unir a fratura. A
consolidação secundária denota mineralização e substituição por
osso de uma matriz cartilaginosa com característica radiográfica
com formação de calo ósseo (HOPPENFELD; MURTHY, 2001).
O quadro álgico, inflamatório e edemaciado acontece
concomitantemente com inúmeras lesões nos tecidos moles. Como
mecanismo de defesa, a dor permite que o indivíduo perceba que há
algo errado com potencial risco de ocorrer outros danos teciduais.
Em um nível mais simples, a transmissão de informações ligadas
à dor, da periferia ao córtex, basicamente depende da integração
dos três níveis do sistema nervoso central como medula espinhal,
tronco cerebral e a parte anterior do cérebro (DUTTON, 2010).
O edema acontece pelo aumento da permeabilidade das
vênulas, proteínas plasmáticas e leucócitos, que migram para
dentro do local da lesão. A dor pode ocorrer em repouso, com
a movimentação ativa ou até mesmo na aplicação de tensão
específica à estrutura com lesão (DUTTON, 2012).
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Nesta fase da cicatrização, a proliferação e a regeneração
levam à formação da cicatriz e reparo do tecido lesionado, que
acontecem após o fenômeno vascular e exsudativo da inflamação.
A fibroplasia tem início nos primeiros dias pós lesão, podendo
durar em média de 4 a 6 semanas (PRENTICE, 2012).
Os organismos vivos têm um poder de autorregeneração
fenomenal. Nos organismos unicelulares essa regeneração
está relacionada à presença de enzimas com responsabilidade
de recuperar elementos estruturais, como: componentes do
citoesqueleto, membranas, paredes celulares e moléculas como
as proteínas de alta complexidade, RNAs e DNA. Em especial nos
organismos superiores, acontece reparo de tecido, que ocorre
pela regeneração com a recomposição da atividade funcional
tecidual ou cicatrização, acompanhada do restabelecimento da
homeostasia tecidual com perda da atividade funcional pela
formação de cicatriz fibrozada (BALBINO; PEREIRA; CURY, 2005).
Na fase reparadora ocorre a reepitelização, por meio da
fibroplasia com nova vascularização e desenvolvimento da matriz
de colágeno que viabiliza a angiogênese, providenciando tempo e
proteção a novos vasos e friáveis e também iniciando o processo
de contração do ferimento. No momento que acontece a evolução
do processo cicatricial para a fase reparadora, muitas vezes
já não existe mais a efusão “ativa” nem o eritema local da fase
inflamatória. Entretanto pode haver algum resquício presente de
efusão residual, resistente à reabsorção (DUTTON, 2012).
A reparação espontânea do osso é intermediada por
diferentes fatores de crescimento, iniciando pela formação de
coágulo sanguíneo depois degranulação de plaquetas, liberando
os fatores de crescimento. Diversos fatores de crescimento têm
sido relacionados com a reparação óssea, são esses derivados
de plaquetas, do endotélio vascular, fator de crescimento
transformador de α e β, dos fibroblastos ácido e básico, fator de
crescimento epidérmico, fatores de crescimento parecidos com
a insulina I e II, fatores de crescimento derivados do cimento,
proteínas relacionadas ao hormônio paratireoideano e proteínas
morfogenéticas do osso (WILSON; BARBIERI; MAZZER, 2006).
É normal nas lesões traumáticas serem lesionados nervos
periféricos, principalmente aqueles que acompanham os membros.
O traumatismo costuma acontecer na presença de avulsão óssea,
esmagamento, estruturas comprimidas, secção parcial ou total
ou estiramentos, culminando na interrupção do impulso nervoso
(OLIVEIRA et al., 2012).
O laser tem demonstrado sua ação no metabolismo
do tecido ósseo, na aceleração do reparo e consolidação de
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fraturas, aumentando o volume da densidade mineral óssea e
consequentemente aumento do volume do calo ósseo. Segundo
Renno et al. e Stein et al., houve aumento importante proliferativo
de osteoblastos, após irradiação com laser 830 nm, 20 J/cm2
(OLIVEIRA et al., 2011).
No local fraturado e nas articulações acima e abaixo são
colocadas imobilizações por um período de tempo para acontecer
a consolidação. Quando a fixação é externa, como no aparelho
gessado e tala, deve-se ter atenção especial aos tecidos moles
lesionados devido à fratura e que foram imobilizados. O impacto
nas características dos tecidos moles é profundo, acontecendo
amolecimento da cartilagem articular, encurtamento e atrofia
nas unidades miotendíneas, diminuição da mobilidade capsular
e articular, também dos tecidos conjuntivos periarticulares e
redução da circulação (BRODY; HALL, 2012).
A imobilização pode ser usada para ajudar na cicatrização
inicial e no reparo, mas como a imobilidade prolongada resulta
em aderência e rigidez, alterando as pontes cruzadas, assim como
a elasticidade das fibras de colágeno, a movimentação passiva é
utilizada com cautela para melhorar a amplitude de movimento e
retorno à funcionalidade (CAMERON, 2009).
A imobilização prolongada da fratura, em paciente idosos,
pode agravar a situação do indivíduo, com o aumento de inúmeras
doenças clínicas e ortopédicas, como osteoporose, levando a um
alto índice de 33% de mortalidade após um ano desses casos de
fratura (BENTO et al., 2011).
Um fator importante é o tratamento ao paciente alcoólico.
O alcoolismo domina 13% da população do mundo, causando
desordens em todas as esferas do indivíduo. O etanol, principal
componente em bebidas alcoólicas, é um agente tóxico, atuando
nocivamente contra o osso. Segundo Friday e Howard et al. o
etanol diminuiu a proliferação de células, a síntese de proteínas
e a atividade da fosfatase alcalina em células do osso humana “in
vitro”, com pacientes alcoólatras demonstrando predisposição
a fraturas, à osteopenia e a alterações na regeneração óssea
(HORVATH et al., 2011)
A estimulação elétrica é usada para produzir contrações
musculares, estimulação nervosa sensorial, no auxílio no
tratamento da dor, atua na criação de campos elétricos entre os
tecidos para a estimulação ou alteração no processo de cicatrização.
A estimulação elétrica tem sua utilidade na fase aguda, assim como
em outros estágios da reabilitação (DUTTON, 2010).
As correntes elétricas usadas na eletroterapia com fins
terapêuticos são divididas em corrente contínua, alternada e pulsada.
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As correntes elétricas são utilizadas como tratamento terapêutico há
centenas de anos. Antes de 1990, nenhum sistema tinha sido criado
com o objetivo de padronizar descrições de correntes elétricas usadas
em eletroterapia (ROBINSON; SNYDER-MACKLER, 2010).
Na matriz extracelular, para que aconteça a migração
de células do endotélio e a produção de novos capilares de
estruturação tubular, há a necessidade de células e citocinas
presentes, assim como a produção e organização dos componentes
da matriz celular, como: fibronectina, colágeno, vibronectina,
tenascina e lamina, que devem estar presentes tanto no tecido
granular quanto na membrana endotelial basal (MENDONÇA;
COUTINHO-NETO, 2009).
A terceira fase da cicatrização é onde acontece a
remodelagem do ferimento e ocorre a conversão do tecido
cicatricial inicial em tecido cicatricial – consolidação e maturação.
Essa demorada fase de contração, remodelamento do tecido e
crescimento da força tensional no local da incisão, dura até um
ano (DUTTON, 2012).
Existem diversas doenças que interferem de forma negativa
no processo de reparação do tecido, como diabetes, esclerose
sistêmica, anemia, desnutrição, entre outras, como uma condição
que torna esse processo de difícil resolução, impedindo ou até
retardando a completa restauração tecidual que é a ressecção
extensa (MENDONÇA; COUTINHO-NETO, 2009).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a
osteoporose é uma doença musculoesquelética sistêmica com
característica de perda de massa óssea com deterioração da
microarquitetura óssea, que leva a aumento da fragilidade dos
ossos, e tendência a fraturas (ABRAHÃO; SHIMANO; PICADO 2006).
O estresse com cautela nessa fase ajuda a prevenir o
encurtamento tecidual. Se os tecidos cicatriciais forem mantidos
imóveis por muito tempo, o reparo fibroso ficará enfraquecido,
não havendo forças capazes para afetar o colágeno. Paralelamente,
a cicatriz ocorre de acordo com a linha de força da estrutura
que é menos vulnerável, há a reincidência da lesão no sentido
perpendicular a essa linha (DUTTON, 2012).
A aferência ao sistema nervoso central se refere à
propriocepção, captada por diversos receptores sensoriais
contidos nas vias sensoriais. Grande quantidade de receptores
aferentes está inserida no osso, mostrando assim que é de especial
importância o trabalho de propriocepção na recuperação óssea
(MARTIMBIANCO et al., 2008).
O caminho para a reabilitação é longo, por ele passam as
três fases da cicatrização, que engloba fatores sistêmicos e locais.
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O biofeedback osteogênico sistêmico é observado seguido por
alguns estímulos distantes do foco da fratura, como na lesão da
medula e/ou perda sanguínea (RIBEIRO et al., 2009).
Em seu estudo, Bikle, Sakata e Halloran (2003) afirmaram
que a osteogênese é estimulada por microdeformações na
arquitetura óssea, causadas devido a forças mecânicas aplicadas
durante a atividade física normal, que atua diretamente na taxa
de remodelamento ósseo. Outros fatores associados ao exercício
afetam as respostas ósseas, metabólicas e endócrinas, assim
como a intensidade/volume de treinamento, o número de séries e
repetições, o período de descanso entre as séries e os exercícios, e
o tipo de ação muscular (AGUIAR et al., 2010).
A recuperação da fratura tem sua característica na
individualidade para com o paciente e na avaliação continuada,
em que o paciente é reavaliado a cada dia de tratamento e o
fisioterapeuta pode mudar e/ou evoluir os exercícios para alcançar
habilidades motoras funcionais o mais rápido possível (BARBOSA;
TEIXEIRA-SALMELA; CRUZ, 2009).

6 CONCLUSÃO

Por meio desse estudo, percebe-se que existem inúmeros


tipos de fraturas, com causas muito variadas, para o corpo humano
que tem 206 ossos, que fazem sua composição, diferenciando
cada osso de um tipo de carga que o leva a crescer. O tipo de
conduta fisioterapêutica é escolhido de acordo com o tipo de
trauma, pela idade do indivíduo, densidade óssea, para evitar
complicações futuras ou até mesmo recidiva da lesão. Os recursos
termofototerápicos são de grande ajuda para promover analgesia
da dor, relaxamento, auxiliando o fisioterapeuta no tratamento
com o paciente. Conclui-se que o processo de cicatrização é
decorrido de muitos eventos, assim como foram enfatizados
nessa pesquisa, sabendo que os exercícios terapêuticos tomam
grande aplicabilidade após o período inflamatório, para a perfeita
reabilitação funcional às atividades da vida diária.
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THE BIOMECHANICS OF FRACTURE AND


HEALING PROCESS

ABSTRACT
Fractures represent a public health problem of high incidence
and high socioeconomic cost to the health system, configuring
cause of morbidity and mortality. Scientific evidence shows that
physiotherapy plays an important role in treating victims of fracture.
The aim of this study is to analyze the biomechanics of fracture
stages of trauma, the effects of stress on bone, the postoperative
period, as well as the remodeling process, consolidation and bone
regeneration. Methods: We performed a literature review based
on books, scientific articles, with research in databases: Lilacs and
SciELO, from 1998 until today in Portuguese with search terms:
bone fracture, bone tissue and scarring. The development is based
on bone biomechanical analysis, traumatic mechanism in bone
remodeling and rehabilitation. It is concluded that the physical
therapist must have extensive knowledge of the biomechanics of
fracture, bone formation understand what happens during bone
healing and extend logical reasoning in the process of fracture in
the bone tissue for better functional recovery of the patient.

Keywords: Bone and bones. Fracture healing.

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