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Departamento de Ciências Exatas e Engenharias

Curso de Engenharia Civil

Conceitos Introdutórios

Rodovias II

Professor: José Antonio S. Echeverria

Disciplina de Rodovias II
Pavimentar e
manter!!
Qual o motivo de se pavimentar Estradas e conservar Rodovias?

DAER/RS: tráfego>500 - pavimenta


DNIT: tráfego entre 6 e 10 mil – aumenta capacidade ?– PPP?
Tráfego > 10 mil – pedágios?
Decisão Administrativa!!!!
EVTEA -Benefícios > custos projeto e obras

Convenção:
Estradas = não pavimentadas
Rodovias = pavimentadas
Audiência Pública
da ANTT no RS:
- 30 anos e R$ 11,72/100km
(máximo)

Minuta do Plano de
Outorga:
Governo/RS:
- 30 anos e menor tarifa;

Ministério dos Transportes


inicia estudos sobre concessão
para manutenção apenas.
Ministério dos Transportes
inicia estudos sobre
concessão para manutenção Audiência Pública da ANTT
apenas. RS:
- 30 anos e R$ 11,72/100km
(máximo); licitação R$7,30
- retirada BR-116; vencedor
R$4,30.
- Acrescida BR-448
Pavimento
Estrutura construída sobre a terraplenagem e destinada a:
- resistir e distribuir esforços verticais no subleito;
- melhorar as condições de conforto e segurança;
- resistir a esforços horizontais e tornar durável a superfície de
rolamento.
- resistir a intempéries e proteger camadas inferiores do água.
Camadas constituintes

- Reforço do subleito
Primórdios da Pavimentação
Fonte: Adaptado de Asfalto em Revista n° 13 Fonte: Pasche
(2013)
- Camada de rolamento?
Camadas:
Subleito: é o terreno de fundação do pavimento, pode ser a estrada já com
algum tempo de tráfego que será pavimentada, ou a terraplenagem
executada (condicionantes para o material CBR>2%???? e expansão<2%).
Terraplenagem

Regularização do Subleito: é uma “camada” de espessura irregular,


construída sobre o subleito com a finalidade de dar conformidade
transversal e longitudinal ao projeto a ser executado.
Reforço do Subleito: é uma camada com material superior em termos de
resistência, comparando-se ao material encontrado no subleito, com a
finalidade de adequar o subleito ao recebimento das camadas superiores e
solicitações. Utilizando quando o subleito for de má qualidade ou quando o
tráfego for muito pesado. CBR = 10 – 20%?????, expansão baixa <2%.

Sub-base: é a camada complementar à base, quando por circunstâncias


técnico-econômicas não for aconselhável construir a base sobre a
regularização. CBR>20%, expansão <1%.
Base: é a camada destinada a receber e distribuir uniformemente os
esforços oriundos do tráfego sobre o qual se constrói o revestimento. Deve
garantir que as tensões de flexão no revestimento não leve ao trincamento
prematuro. CBR>80% e expansão <1%.
Exemplos: BGS, BGTC, Base Negra, Macadame, Solo-cimento,
solo-agregado.....

Revestimento: é a camada tanto quanto possível impermeável, que recebe


diretamente a ação do rolamento dos veículos e destinada a melhorá-la,
quanto à comodidade e segurança, resistir ao desgaste, aos esforços
verticais e horizontais. Também denominada Capa de Rolamento, Camada
de desgaste.
Exemplos: CBUQ (CA), CPA, TSD, PMF, PMQ, Micro-revestimento, Lama...

Imprimação
Binder Entre a base e o revestimento
Revestimento: é a camada tanto quanto possível impermeável, que recebe
diretamente a ação do rolamento dos veículos e destinada a melhorá-la,
quanto à comodidade e segurança, resistir ao desgaste, aos esforços
verticais e horizontais. Também denominada Capa de Rolamento, Camada
de desgaste.
Exemplos:
•Areia- Asfalto a Quente (AAUQ)
•Concreto Asfáltico Denso (CA) - CBUQ
•Concreto Asfáltico Modificado com Borracha (CAMB)
•Concreto Asfáltico Modificado com Polímeros (CAMP)
•Cape Seal
•Camada Porosa de Atrito (CPA)
•Gap-graded
•Lama Asfáltica (LA)
•Micro Revestimento Asfáltico
•Misturas Asfálticas Mornas
•Pré-Misturado a Quente (PMQ)
•Pré-Misturado a Frio (PMF)
• Stone Matrix Asphalt (SMA)
• Tratamentos Superficiais (TS)
Benefícios de uma rodovia pavimentada em bom estado de
conservação:
- redução do custo de transporte;
- redução do tempo de viagem;
- diminuição consumo de combustível;
- aumento do conforto e segurança;
- redução das despesas com manutenção;
- redução dos índices de acidentes.

Diferenças entre obras de rodovias, barragens e edificações

Importância do transporte rodoviário para a economia do Brasil


Diferenças entre obras de
Edificações, barragens e rodovias

Custo ($/m²) Vida Útil Manutenção

Edificações médio média (50 a 100 anos) baixa

Barragens elevadíssimo elevada baixa

Rodovias baixo baixa elevada


Rede rodoviária do Brasil DNIT, 2011.
Brasil
Municípios brasileiros
(rede rodoviária federal +
(rede rodoviária Km)
Regiões estadual) (Km)
Brasileiras
Pavim. N Pavim. Total Pavim. N Pavim. Total

NORTE 16.386 25.416 41.802 69.258 84.501 153.759

NORDESTE 51.027 40.369 91.369 322.063 333.022 655.085

SUDESTE 46.801 13.912 60.713 440.598 458.165 898.763

SUL 29.173 7.705 77.190 285.905 339.247 625.152

CENTRO-OEST
26.198 47.992 74.190 117.092 124.189.9 241.281
E

Totais 169.580 170.847 340.427 1.234.916 1.339.126,9 2.574.040


Situação Malha Pavimentada Brasileira

Em sua edição de 2007, a Pesquisa Rodoviária CNT indica que a eficiência


do transporte rodoviário apresenta-se restringida por gargalos, dentre os
quais destaca-se a baixa oferta de infra-estrutura viária de qualidade.
Este problema causa expressivas dificuldades operacionais aos
transportadores e demais usuários, e resulta em maiores custos e perda
de competitividade do país.
Da extensão total pesquisada (67.592km), tem-se que 26,1% (22.893
km) foram avaliadas positivamente, contra 73,9% (64.699 km)
apresentando algum tipo de deficiência. Ou seja, da malha pesquisada
em 2007, 10,5% (9.211 km) obtiveram classificação Ótimo; 15,6%
(13.682 km) Bom; 40,8% (35.710 km) Regular; 22,1% (19.397 km)
Ruim e 11,0% (9.592 km) Péssimo
http://www.cnt.org.br

Quem são responsáveis pela gerência da malha rodoviária?


Situação Malha Pavimentada Brasileira, CNT 2009

http://www.cnt.org.br
Vida útil do pavimento – 10 - 20 anos
DESEMPENHO Tráfego
Meio Ambiente (chuva, gelo e degelo, insolação, intemperismo)

Materiais e processos construtivos


Plano de Manutenção
Tipos de Veículos
Manual de Estudos
de Tráfego DNIT, 2006
Tipos de Veículos
Fonte: Hermes (2013)
Classificação dos Pavimentos

Pavimentos Flexíveis:

- possuem revestimento asfáltico;


- maior deformabilidade;
- possibilidade de construção por etapas;
- espessura das camadas.

Fonte: Adaptado de Asfalto em Revista n° 13

Fonte: Pasche
(2013)
Yoder (1975) explica que pavimento flexível é aquele em que as
deformações, até um certo limite, não levam ao rompimento. É
dimensionado normalmente à compressão e à tração na flexão,
provocada pelo aparecimento das bacias de deformação sob as
rodas dos veículos, que levam a estrutura a deformações
permanentes e ao rompimento por fadiga. É uma estrutura
constituída de uma ou mais camadas de espessura finita, assente
sobre um semi-espaço infinito, cujo revestimento é do tipo
betuminoso. Em um pavimento flexível, o dimensionamento é
comandado pela resistência do subleito. No caso geral, o pavimento
flexível é constituído das seguintes camadas: revestimento, base,
sub-base, reforço do subleito e subleito.
Camadas constituintes
Camadas constituintes

- BR-285/RS Entre-Ijuís – Ijuí


- BR-158/386/RS – Boa Vista das Missões
Pavimentos Rígidos:

- possuem revestimento em CCP;


- menor deformabilidade;
- construção com juntas;
- espessura das camadas.
Camadas constituintes

- Pavimento: anterior e novo - III Perimetral – Porto Alegre


Senço (1997) apresenta uma definição abrangente, e relata que
“pavimentos rígidos são aqueles pouco deformáveis, constituídos
principalmente de concreto de cimento. Rompem por tração na flexão,
quando sujeitos a deformações”.
Yoder e Witczak (1975) comentam que a principal diferença entre os
dois tipos de pavimentos, flexível e rígido, é a maneira como o
pavimento distribui as cargas sobre o subleito. Os pavimentos rígidos,
por causa de sua rigidez e alto módulo de elasticidade, tendem a
distribuir a carga sobre uma área relativamente maior. Conclui-se que
nos pavimentos flexíveis ocorre o contrário, ou seja, uma concentração
de esforços nos pontos de aplicação de carga. Acrescenta-se que os
pavimentos rígidos atuam como placas isoladas e os flexíveis como
uma estrutura contínua.

Pavimentos Semi-Rígidos:

- possuem camada de solo estabilizado ou tratado


Classificação dos Pavimentos segundo a utilização

Pavimentos Rodoviários:

- desde estradas vicinais até auto-estradas;


- largura 3,5 a 3,6 m por pista;
- pressão pneu – 80 a 90 psi ???;
- carga – 8,2 t por eixo (Brasil); 13 t na França;
- DAER, DERs, DNIT, Prefeituras (SMOV, PMSA, etc).

Pavimentos Ferroviários:

- constituído de um conjunto de trilhos, dormentes e lastro assente no


sub-lastro e no subleito;
- chamado também de estrada de ferro ou via permanente;
- materiais pétreos muito resistentes as intempéries.
Pavimentos Aeroviário:

- aeronaves comerciais 15 – 70m e as pistas com largura superior a


150m;
- variação da espessura com seção transversal;
- pista + taxiway + estacionamento;
- grande concentração cargas na decolagem;
- pressão pneus – 400psi;
- Boeing 707-302 – 152t e Boeing 747 – 323t (pista entre 2,2 e 3,5km)
- menor freqüência de carregamentos;
- DAC e Infraero – define, cargas, comprimentos e especificações.
Pesquisar na internet sobre a Pesquisa CNT
2019 (23?) sobre as condições das
rodovias????
Referências:

BALBO, JOSÉ TADEU. PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: MATERIAIS, PROJETO E RESTAURAÇÃO. SÃO


PAULO: OFICINA DE TEXTOS. 2007. 558P.

BERNUCCI, L. B.; MOTTA, L. M. G.; CERATTI, J. A. P.; SOARES, J. B. Pavimentação asfáltica:


formação básica para engenheiros. Rio de Janeiro: Petrobras, ABEDA. 2007, 501p.

DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM. Especificações Gerais. Porto Alegre: UNP


v.1. 2001. 671p.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de Pavimentação. Rio de Janeiro.


1996. 320p.

INSTITUTO DO ASFALTO. Manual do Asfalto. Lexington: Instituto do Asfalto. MS 04. 2002. 599p.

PINTO, C. S. Curso Básico de Mecânica dos Solos em 16 Aulas. São Paulo: Oficina de Textos. 2000.
247p.

SENÇO, W. Manual de Técnicas de Pavimentação. São Paulo: Pini. v.1.1997. 746p.

SENÇO, W. Manual de Técnicas de Pavimentação. São Paulo: Pini. v.2.1997. 746p.


Obrigado pela atenção!!!

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