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Ricardo da Luz Wallau – M∴M∴

A∴R∴L∴S∴ ACÁCIA DO IBICUÍ 377

TRABALHO DE PRIMEIRO GRAU

Alegrete, 17 de agosto de 2021.

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O OFÍCIO DO 1° VIGILANTE

O Primeiro Vigilante integra em conjunto com o Venerável Mestre e o Segundo

Vigilante as designadas “Luzes da Loja”. É a segunda maior autoridade e a 2ª
DIGNIDADE de uma Loja Maçônica. O 1º Vigilante posiciona-se no ocidente do
templo, a direção da Coluna do Norte junto a entrada. 1º Vigilante tem assento à
esquerda e um pouco à frente da Coluna B (B O A Z, B O O Z). Os Altares dos
Vigilantes têm forma triangular, colocados sobre um estrado de dois degraus para o 1º
Vigilante.
Sobre o Altar do 1° Vigilante são colocados um candelabro de três luzes, o
malhete e uma coluna móvel de ordem Dórica. Na face externa lateral do Altar é
colocado um Nível, este que também é a joia do 1° Vigilante.
O NÍVEL nos remete à ideia de que a todos devemos tratar com carinho e
respeito.

O NÍVEL lembra que ninguém é dada a prerrogativa de a outros dominar.

O NÍVEL nos faz lembrar que a fraternidade deve ser praticada entre todos os seres
humanos com igualdade, sem distinções, ainda que esta exista na organização
hierárquica da Ordem. Em todos os atos na Maçonaria deve estar presente a essência da
igualdade simbolizada por esta joia. O NÍVEL serve para lhe lembrar que, apesar do
elevado cargo que possui, o 1º Vigilante nunca deve esquecer que, em todas as coisas
concernentes à Maçonaria, todos os Irmãos estão no mesmo nível. Sem o Prumo, de
nada vale em uma construção, sendo a recíproca verdadeira, razão pela qual os dois se
complementam e são inseparáveis para mostrar que o Maçom deve cultuar a igualdade,
se nivelando a todos e cultuando a retidão
Ao lado esquerdo, no pavimento do Altar do 1º Vigilante, é colocada a Pedra Bruta.

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A Pedra Bruta é onde os Aprendizes começam o seu trabalho, retirando-lhe as
arestas e desbastando-a até que seja julgada polida pelo Venerável Mestre; cada
Aprendiz terá, simbolicamente, uma tarefa diversa a executar, dentro de sua capacidade
e habilidade; a Pedra Bruta é o material retirado da Jazida, no estado da Natureza, para
que, através de um cuidadoso e programado trabalho, tome a devida forma para ser
colocada no edifício que abrigará o Templo; representa a Inteligência, o Sentimento do
homem no estado primitivo, áspero e despolido, e que neste estado se conserva até que,
dirigido pela mão sábia do Venerável Mestre e pela sua força de vontade e fé, pela auto-
realização, possa ser apresentado à Sociedade como indivíduo merecedor de nela
ingressar.
A Pedra Bruta está colocada ao pé da Coluna do Sul, e ao lado do 1º Vigilante; uma
porção de pedra natural, de granito ou outra espécie, tosca, como foi encontrada na
Natureza, representa o Aprendiz que necessita retirar de si mesmo todas as arestas que o
tornam bruto e disforme; sem habilidade e orientação, nada conseguirá, a não ser
fragmentar a Pedra em outras porções, sempre brutas e disformes. É a representação da
cegueira e da ignorância, das paixões humanas indomáveis, do pensamento
descontroladamente livre, da teimosia, do mau gosto e do individualismo egocêntrico.

Muito sutil será a análise dos restos da Pedra Bruta, após surgir a obra acabada.
Nada se joga fora, porque tudo é sagrado.
Apenas o 1º Vigilante e o Guarda do Templo têm deveres para cumprir. O 1º
Vigilante tem dois:

Verificar se o templo está coberto

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O 1º Vigilante possui a sensibilidade de, depois de obtida a informação do Guarda
do Templo, sentir se realmente a Loja se encontra a coberto de toda influência profana,
refugiando-se os Irmãos num recinto que realmente deve ser um Templo, onde os
trabalhos serão encetados sob os auspícios do Grande Arquiteto do Universo.

Verificar se todos os presentes são Maçons

Ser Maçom não é, apenas, colocar-se dentro de um Templo, devidamente
aparamentado e em postura correta; ser Maçom é irradiar as qualidades
mentais e espirituais adquiridas através de uma vivência maçônica. Embora invisível ao
olho comum, a sensibilidade do 1º Vigilante capta essa disposição da alma e poderá
afirmar que, realmente, todos os presentes são Maçons.

O 1º Vigilante ocupa o Altar situado na parte ocidental da Loja, onde se oculta o Sol
para findar o dia, quando os Obreiros recebem seu salário e não despedidos contentes e
satisfeitos. O labor do 1º Vigilante é noturno, compreendendo o período do ocaso à
meia-noite, quando as trevas são totais e os Obreiros merecem o descanso.
O 1º Vigilante além de substituir o Ven∴M∴ em seus impedimentos e faltas, dirige a
sua Coluna de obreiros, transmitindo as ordens do Venerável aos obreiros e ao 2º
Vigilante. Também pede ao Venerável a palavra para os obreiros de sua Coluna, dando-
lhes as instruções e solicita aumento de salário para os Aprendizes.

Conforme o Ritual de Aprendiz, compete ao Ir∴ 1° Vigilante:

 Responsabilidade de instruir os Aprendizes;

 Substituir o Ven∴M∴ em seus impedimentos e faltas, administrativamente,
mas não ritualisticamente. Somente poderá fazê-lo se for M∴I∴;
 Anunciar as ordens do Ven∴M∴ e comunicar-lhe o que for anunciado pelo
Ir∴ 2° Vig∴;
 Manter a ordem e o silêncio em sua Col∴;
 Pedir, com uma pancada de malhete, a palavra para os Obreiros de sua Col∴;
 Representar, perante o Ven∴M∴ o Obreiro de sua Col∴ que tenha sido
prejudicado ou preterido;
 Não consentir que os Obreiros passem de uma para outra Col∴ sem a a
permissão do Ven∴M∴;
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 Lembrar atenciosamente ao Ven∴M∴ qualquer disposição da Lei, quando lhe
parecer que a infringe ou dela não se recorda;

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

Ritual do R:.E:.A:.A:.
CAMINO, Rizzardo da. Simbolismo do Primeiro Grau: Aprendiz. São Paulo: Ed.
Madras, 2001;
SITE: http://www.maconaria.net/;