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LEGISLAÇÃO DE ICMS

PARA TODOS OS ESTADOS

Prof. Gustavo Moura


BENEFÍCIOS FISCAIS ICMS – CONVÊNIOS (CONFAZ)

DECRETO DO PODER
PUBLIC. DO EXEC. DE CADA UF PUBLICAÇÃO
CONVÊNIO RATIFICANDO OU 10 dias NO DOU REL. À 30º dia VIGOR
REUNIÃO 10 dias 15 dias
NO DOU NÃO OS CONVÊNIOS RATIFICAÇÃO
CELEBRADOS OU REJEIÇÃO

CONVOCAÇÃO: Todas as UFs CONCESSÃO: Todas as UFs


REALIZAÇÃO: Maioria das UFs (expressa ou tacitamente)
CONCESSÃO: Decisão unânime REVOGAÇÃO: 4/5 das UFs.
dos Estados representados
REVOGAÇÃO: 4/5 (Senão, rejeitado)
LC 24/75
Art. 2º - Os convênios a que alude o art. 1º, serão celebrados em reuniões para as
quais tenham sido convocados representantes de todos os Estados e do Distrito
Federal, sob a presidência de representantes do Governo federal.

§1º - As reuniões se realizarão com a presença de representantes da maioria das


Unidades da Federação.

§2º - A concessão de benefícios dependerá sempre de decisão unânime dos


Estados representados; a sua revogação total ou parcial dependerá de aprovação de
quatro quintos, pelo menos, dos representantes presentes.

§3º - Dentro de 10 (dez) dias, contados da data final da reunião a que se refere
este artigo, a resolução nela adotada será publicada no Diário Oficial da União.
LC 24/75
Art. 3º - Os convênios podem dispor que a aplicação de qualquer de suas
cláusulas seja limitada a uma ou a algumas Unidades da Federação.

Art. 4º - Dentro do prazo de 15 (quinze) dias contados da publicação dos


convênios no Diário Oficial da União, e independentemente de qualquer outra
comunicação, o Poder Executivo de cada Unidade da Federação publicará
decreto ratificando ou não os convênios celebrados, considerando-se
ratificação tácita dos convênios a falta de manifestação no prazo assinalado
neste artigo.

§ 1º - O disposto neste artigo aplica-se também às Unidades da Federação


cujos representantes não tenham comparecido à reunião em que hajam sido
celebrados os convênios.
LC 24/75
§ 2º - Considerar-se-á rejeitado o convênio que não for expressa ou tacitamente
ratificado pelo Poder Executivo de todas as Unidades da Federação ou, nos casos de
revogação a que se refere o art. 2º, § 2º, desta Lei, pelo Poder Executivo de, no
mínimo, quatro quintos das Unidades da Federação.

Art. 5º - Até 10 (dez) dias depois de findo o prazo de ratificação dos convênios,
promover-se-á, segundo o disposto em Regimento, a publicação relativa à ratificação
ou à rejeição no Diário Oficial da União.

Art. 6º - Os convênios entrarão em vigor no trigésimo dia após a publicação a que


se refere o art. 5º, salvo disposição em contrário.

Art. 7º - Os convênios ratificados obrigam todas as Unidades da Federação inclusive


as que, regularmente convocadas, não se tenham feito representar na reunião.
Questão (SEFAZ RJ – FGV) - Em matéria de ICMS, NÃO se
condiciona à celebração de convênios pelas unidades da Federação a

(A) concessão de crédito presumido.


(B) redução de base de cálculo.
(C) devolução de imposto a contribuinte.
(D) redução, mediante incentivos fiscais, de forma direta ou indireta do
ônus do ICMS.
(E) imunidade tributária.
Questão - (PROCURADOR DE PE – FCC) - Para conceder
isenção do ICMS, é necessária:

a) a prévia celebração de convênio autorizativo pelos Estados.


b) somente a edição de lei estadual específica.
c) a edição de lei complementar.
d) a edição de resolução do Senado Federal.
e) somente a edição de decreto pelo Poder Executivo Estadual.
Questão (SEFAZ RJ – FGV) - A respeito da norma concessiva de isenção de
ICMS expressa, unilateralmente, na Constituição do Estado, assinale a alternativa
correta.

(A) É válida, apenas no caso de a Constituição Estadual haver sido editada após a
promulgação da Constituição Federal de 1988.
(B) Não é válida, pois a concessão e revogação de isenções, incentivos e benefícios
fiscais do ICMS exigem lei complementar.
(C) É válida, pois as Constituições estaduais ganham, em hierarquia, das leis
complementares e das leis ordinárias.
(D) Não é válida, pois a concessão e revogação de isenções, incentivos e benefícios
fiscais do ICMS decorrem obrigatoriamente de deliberação dos Estados e do
Distrito Federal.
(E) Não é válida, salvo se a norma concessiva de isenção do ICMS constar do texto
originário da Constituição Estadual.
Questão (SEFAZ-SP – 2013) - Com respeito à Lei Complementar 24/75
e aos convênios autorizativos para concessão de benefícios fiscais do
ICMS, celebrados no âmbito do CONFAZ, considere:

I. Haverá necessidade de convênio para a concessão de isenções, reduções


da base de cálculo e concessões de créditos presumidos, mas não para
benefícios financeiro-fiscais concedidos com base no ICMS, dos quais
resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do ônus com o ICMS.

II. Os convênios serão celebrados em reuniões para as quais tenham sido


convocados representantes de todos os Estados e do Distrito Federal, as
quais se realizarão com a presença de representantes de quatro quintos,
pelo menos, das Unidades da Federação. A concessão de benefícios
dependerá sempre de decisão unânime dos Estados representados.
III. A revogação total ou parcial dos convênios dependerá
de aprovação de quatro quintos, pelo menos, dos
representantes presentes na reunião do CONFAZ.

IV. Os convênios entrarão em vigor no trigésimo dia após a


publicação, pelo Poder Executivo das Unidades da
Federação presentes na reunião que concedeu o benefício,
de decreto ratificando ou não os convênios celebrados,
considerando-se ratificação tácita dos convênios a falta de
manifestação no prazo previsto na legislação.
V. Mesmo as Unidades da Federação que não se tenham feito
representar na reunião, embora regularmente convocadas, estão
obrigadas pelos convênios ratificados.

Está correto o que se afirma APENAS em :

a) I e II
b) I e IV
c) II e V
d) III e IV
e) III e V
Questão (SEFAZ PI 2015 - FCC) - A Constituição Federal e a Lei
Complementar 24, de 1975, relativamente ao Imposto sobre Operações Relativas
à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação − ICMS, estabelecem que:

(A) os Estados federados poderão autorizar, mediante lei ordinária estadual,


independentemente de convênio, que o contribuinte que promova saída de
mercadoria em operação interna isenta, mantenha o crédito de ICMS relativo às
operações anteriores.

(B) os Estados federados poderão fixar as alíquotas das operações e prestações


internas sujeitas ao imposto, em qualquer percentual, por meio de lei ordinária
estadual, de forma livre e autônoma, desde que observada, como limite, a
alíquota máxima prevista em Resolução do Senado Federal.
(C) todos e quaisquer incentivos ou favores fiscais, ou financeiro-fiscais,
serão concedidos nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos
Estados e pelo Distrito Federal.

(D) os Estados de determinada região do Brasil poderão conceder isenção do


imposto nas operações internas com determinada mercadoria, por meio de lei
ordinária estadual de cada Estado, independentemente de convênio, sendo
necessário, no entanto, que, para operações interestaduais, a medida esteja
prevista em convênio celebrado e ratificado por todos os Estados brasileiros.

(E) será rejeitado o convênio que não for expressa ou tacitamente ratificado
pelo Poder Executivo de todas as Unidades da Federação presentes à reunião,
e desde que as Unidades ausentes tenham sido regularmente convocadas para
a ela comparecer.
LC 24/75
Art. 8º - A inobservância dos dispositivos desta Lei acarretará,
cumulativamente:
I - a nulidade do ato e a ineficácia do crédito fiscal atribuído ao
estabelecimento recebedor da mercadoria;
Il - a exigibilidade do imposto não pago ou devolvido e a ineficácia da
lei ou ato que conceda remissão do débito correspondente.

Parágrafo único - As sanções previstas neste artigo poder-se-ão acrescer


a presunção de irregularidade das contas correspondentes ao exercício, a
juízo do Tribunal de Contas da União, e a suspensão do pagamento das
quotas referentes ao Fundo de Participação, ao Fundo Especial e aos
impostos referidos nos itens VIII e IX do art. 21 da Constituição federal.
Questão (SEFAZ AM) - A inobservância do Diploma Legal que
dispõe sobre os convênios para a concessão de isenções do
ICMS acarretará:

(A) ineficácia da lei que concede remissão;


(B) inconstitucionalidade da lei que concede remissão;
(C) inexistência da lei que concede remissão;
(D) irregularidade da lei que concede remissão;
(E) ineficiência da lei que concede remissão
LC 24/75
Art. 9º - É vedado aos Municípios, sob pena das sanções previstas no
artigo anterior, concederem qualquer dos benefícios relacionados no
art. 1º no que se refere à sua parcela na receita do imposto de
circulação de mercadorias.

Art. 10 - Os convênios definirão as condições gerais em que se


poderão conceder, unilateralmente, anistia, remissão, transação,
moratória, parcelamento de débitos fiscais e ampliação do prazo de
recolhimento do imposto de circulação de mercadorias.

Art. 11 - O Regimento das reuniões de representantes das Unidades


da Federação será aprovado em convênio.
LC 24/75
Art. 14 - Sairão com suspensão do Imposto de Circulação de Mercadorias:
I - as mercadorias remetidas pelo estabelecimento do produtor para
estabelecimento de Cooperativa de que faça parte, situada no mesmo Estado;
II - as mercadorias remetidas pelo estabelecimento de Cooperativa de
Produtores, para estabelecimento, no mesmo Estado, da própria Cooperativa,
de Cooperativa Central ou de Federação de Cooperativas de que a Cooperativa
remetente faça parte.
§ 1º - O imposto devido pelas saídas mencionadas nos incisos I e II será
recolhido pelo destinatário quando da saída subsequente, esteja esta sujeita ou
não ao pagamento do tributo.
LC 24/75

Art. 15 - O disposto nesta Lei não se aplica às indústrias


instaladas ou que vierem a instalar-se na Zona Franca de
Manaus, sendo vedado às demais Unidades da Federação
determinar a exclusão de incentivo fiscal, prêmio ou
estimulo concedido pelo Estado do Amazonas.
LEI COMPLEMENTAR 116/03

DISPÕE SOBRE O IMPOSTO SOBRE


SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA
(ISS), DE COMPETÊNCIA DOS
MUNICÍPIOS E DO DISTRITO FEDERAL
CF - Art. 155 - §2º

IX – (O ICMS) incidirá também:

b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com


serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

Lei Kandir - Art. 2° - O imposto incide sobre:

IV - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos


na competência tributária dos Municípios;

V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto


sobre serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar
aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual.
LC 116/03
Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de
competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato
gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que
esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.

§ 2o Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela


mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que sua
prestação envolva fornecimento de mercadorias.
Prestação de serviço com fornecimento de
mercadorias
Lista de serviços anexa à Lei Complementar 116/03

7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de


obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras
semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação,
drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a
instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o
fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora
do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).

7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas,


pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias
produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos
serviços, que fica sujeito ao ICMS).
Lista de serviços anexa à Lei Complementar 116/03

7.06 – Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos,


cortinas, revestimentos de parede, vidros, divisórias, placas de gesso
e congêneres, com material fornecido pelo tomador do serviço;

9.01 – Hospedagem de qualquer natureza em hotéis, apart-


service condominiais, flat, apart-hotéis, hotéis residência, residence-
service, suite service, hotelaria marítima, motéis, pensões e
congêneres; ocupação por temporada com fornecimento de serviço
(o valor da alimentação e gorjeta, quando incluído no preço da
diária, fica sujeito ao Imposto Sobre Serviços).
Lista de serviços anexa à Lei Complementar 116/03

13.05 – Composição gráfica, inclusive confecção de impressos


gráficos, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia,
fotolitografia, exceto se destinados a posterior operação de
comercialização ou industrialização, ainda que incorporados,
de qualquer forma, a outra mercadoria que deva ser objeto de
posterior circulação, tais como bulas, rótulos, etiquetas, caixas,
cartuchos, embalagens e manuais técnicos e de instrução,
quando ficarão sujeitos ao ICMS.
Lista de serviços anexa à Lei Complementar 116/03

14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga,


conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de
máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores
ou de qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam
sujeitas ao ICMS).

14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes


empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).

17.11 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o


fornecimento de alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICMS).

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