CAICÓ-RN
2021
HALLANA INÊS MEDEIROS SANTOS
CAICÓ/RN
2021
FICHA CATALOGRÁFICA
CATALOGAÇÃO NA FONTE
Faculdade Católica Santa Teresinha
Biblioteca Madre Francisca Lechner
53f.
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________
Prof.ª Esp. Ozeane Araújo de Albuquerque da Silva
Faculdade Católica Santa Teresinha
Orientadora
_________________________________________________
Profa. Ma. Raquel Sales de Medeiros
Faculdade Católica Santa Teresinha
Examinadora
_________________________________________________
Prof. Me. Sebastião Caio dos Santos Dantas
Faculdade Católica Santa Teresinha
Presidente
Dedico, primeiramente, a Deus e a todos que de
uma forma ou de outra me ajudaram a chegar até
aqui. Em especial, a minha família, meus pais, meu
namorado, e meus colegas e amigos que conquistei
ao logo dos anos de graduação.
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter me dado força e coragem de vencer essa caminhada que não
foi nada fácil;
Aos meus pais que sempre me ajudaram e estavam dispostos no que fosse
preciso para a conclusão desse curso;
Ao meu namorado que sempre me deu forças e esteve o tempo todo me
apoiando e me motivando;
Aos meus amigos, Judson, Kércia, Márcia, Vânia, Iankia, Ana Beatriz, pelas
conversas no corredor da faculdade, pelos momentos vividos durante esses anos,
pelos conselhos e motivações que iriamos sim conseguir concluir a faculdade, pelo
apoio na hora dos aperreios e pelas risadas que foram muitas;
Aos professores/as que colaboraram para a minha formação profissional, e em
especial à minha orientadora Ozeane Araújo de Albuquerque da Silva, pela paciência
e compreensão;
Por fim, gostaria de agradecer a todas as pessoas que contribuíram para a
minha formação profissional. Sou grata a tudo.
RESUMO
Este estudo tem como objetivo discutir sobre o trabalho do assistente social no
Sistema Único de Saúde. O interesse pelo tema surgiu por meio de familiares que
atuam na área da saúde, e da disciplina Seguridade Social II: Saúde. Com isso,
buscou-se compreender a inserção dos assistentes sociais na política de saúde; o
histórico da política de saúde no Brasil desde os períodos anteriores à ação estatal
até os dias de hoje; a construção do Projeto de Reforma Sanitária e as propostas
elaboradas nesse projeto; a Lei 8.080 de 1990 que constitui o Sistema Único de Saúde
apontando seus princípios e diretrizes; a Norma Operacional Básica que define
estratégias para a sua operacionalidade; a relação do Serviço Social com a saúde
desde o surgimento da sua profissão, e as determinações históricas que influenciaram
a profissão; por fim, a importância da ação do profissional de serviço social nesta área.
Foi utilizado como referencial teórico, autores que abordam a temática em discussão,
dentre eles, Bravo (2006), Matos (2004), Iamamoto (2002), Vasconcelos (2002), entre
outros. A princípio, a proposta era fazer uma entrevista com uma assistente social,
porém não foi possível. Portanto, foi feita uma análise de conteúdo e uma leitura do
material coletado para desenvolver as categorias de análise. Ainda sobre a
metodologia, o trabalho utilizou a pesquisa bibliográfica através de dados do Scientific
Electronic Library Online (SciELO), Katálysis, Serviço Social & Sociedade. Por fim,
considera-se que os resultados desse trabalho possam interessar aos alunos e
profissionais, visto que na Faculdade Católica Santa Terezinha não há tantas
pesquisas relacionadas às problemáticas que envolvem a inserção dos assistentes
sociais na saúde.
This study aims to discuss the job of the social worker in the Health Unic System.
Interest in the topic arose through family members who work in the health field, and in
the subject Social Security II: Health. With this, we sought to understand the insertion
of social workers in the health policy; the historic of the health policy in Brazil from the
periods prior to state action to the present day; the construction of the Sanitary Reform
Project and the proposals elaborated in this project; Law 8,080 of 1990, which
constitutes the Health Unic System, pointing out its principles and guidelines; the Basic
Operating Standard that defines strategies for its operation; the relationship of Social
Work with health since the beginning of their profession, and the historical
determinations that influenced the profession; finally, the importance of the action of
the social service professional in this area. It was used as a theoretical reference,
authors who approach the topic under discussion, among them, Bravo (2006), Matos
(2004), Iamamoto (2002), Vasconcelos (2002), among others. At first, the proposal
was to do an interview with a social worker, but it was not possible. Therefore, a content
analysis and a reading of the material collected was carried out to develop the analysis
categories. Still on the methodology, the work used bibliographic research through
data from the Scientific Electronic Library Online (SciELO), Katálysis, Social Service &
Society. Finally, it is considered that the results of this study may be of interest to
students and professionals, since at Faculdade Católica Santa Terezinha there is not
so much research related to the problems that involve the insertion of social workers
in health.
Keywords: Health Policy. Health Reform Project. Unified Health System. Basic
Operating Standard. Social service.
LISTA DE SIGLAS
1 INTRODUÇÃO 10
2 A POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL E ELEMENTOS HISTÓRICOS
DA REFORMA SANITÁRIA 12
2.1 HISTÓRICO DA POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL 12
2.2 A CONSTRUÇÃO DO PROJETO DA REFORMA SANITÁRIA 15
3 A CONSTRUÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE(SUS) 21
3.1 NORMA OPERACIONAL BÁSICA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (NOB-
SUS/96) 30
3.2 DESAFIOS ENFRENTADOS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 32
4 O SERVIÇO SOCIAL NA SAÚDE E A INSERÇÃO PROFISSIONAL 33
4.1 PARÂMETROS DO SERVIÇO SOCIAL NA SAÚDE 36
5 A INSERÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA POLÍTICA DE SAÚDE 41
5.1 UNIVERSO DA PESQUISA 41
5.2 ASPECTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA 41
5.3 APRESENTAÇÃO E DISCURSÃO DOS DADOS 43
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 47
REFERÊNCIAS 49
10
1 INTRODUÇÃO
Nesse período para se ter acesso à medicina previdenciária, era preciso estar
vinculado ao mercado de trabalho com a carteira assinada, se não, a única opção
seria recorrer aos serviços privados, mas só quem tinha condições de custear os
serviços. E quem não tinha, procurava as instituições filantrópicas e hospitais do
estado, todavia, essas pessoas não eram consideradas cidadãos de direito. Assim,
existia uma desigualdade, pois o Estado não atendia as demandas da sociedade.
A ditadura militar modelou o Brasil com o desenvolvimento econômico e
social, ampliando a política assistencial, e aumentando o poder de regulação do
Estado sobre a sociedade para amenizar as tensões sociais e tornar o regime militar
legítimo.
A Previdência Social e os IAPs se uniram em 1966, crescendo a medicina
previdenciária e assim debilitando a saúde pública. Nesse período, foi implantado o
modelo de privilegiamento do produtor privado, o qual apresentou a cobertura
previdenciária a quase toda população urbana e, em 1973, aos trabalhadores rurais,
autônomos e domésticas.
A ditadura militar tentava consolidar sua hegemonia, mas ao longo de dez
anos não foi possível, sendo necessário modificar sua relação com a sociedade civil.
Dessa forma, a política social de 1974 a 1979 buscou efetividade no enfrentamento
da questão social. Nesse sentido, Bravo (2006, p. 86) afirma que:
participação ativa dos cidadãos nas decisões sobre sua saúde e sobre
a política de saúde, estamos permanentemente lutando por uma
sociedade mais justa (I DOCUMENTO DE ESTRATÉGIA DO CEBES,
2007, p. 1).
Arouca (1998) destaca que foi a partir da Conferência Nacional de Saúde, que
surgiu o movimento pela emenda popular, a primeira emenda constitucional que
nasceu do movimento social, sendo assim, considerado um sucesso da Reforma
Sanitária.
1
Disponível em: <https://bvsarouca.icict.fiocruz.br/sanitarista05.html>. Acesso em: 19 de abril de
2021.
18
Estes dados nos levam a refletir que se compararmos o SUS que vivenciamos,
com a saúde que tínhamos antes da criação do SUS, podemos observar que há
muitos avanços e conquistas, embora haja ainda alguns desafios sobre alguns
recursos serem insuficientes e a dificuldade de acesso para alguns usuários.
Portanto, a sociedade civil luta para que os serviços de saúde sejam
acessados de forma gratuita e de qualidade. Antes da consolidação da reforma
sanitária, o acesso à política de saúde só ocorria em caso de doença, pois nesse
período o modelo de assistência à saúde era baseado nas intervenções curativas, na
qual o médico era o centro e as ações de saúde eram baseadas nas internações
hospitalares. Com a implantação do Sistema Único de Saúde, a política de saúde
passou a ser baseada na prevenção, promoção e reabilitação da saúde. Para melhor
compreensão, Paim (2009, p. 13-14) considera que:
27
Nesse sentido deve considerar que o sistema único de saúde, apesar de ser
um sistema que busca garantir a saúde do indivíduo e da comunidade, o fato de não
ser, totalmente, estatal enfraquece de certa forma sua abrangência. A ideia de sistema
de saúde vai além dos serviços de saúde prestados em instituições desta modalidade,
como relata Paim (2009, p. 16):
• Redes Sociais.
Os Conselhos e Conferências foram adotados por diversas áreas sociais e
estão, hoje, consolidados como mecanismos de democracia participativa. Esses
mecanismos de participação democrática estão presentes em todas as políticas
sociais, porém, apesar dos desafios, foi notado um avanço no setor da saúde em
virtude das propostas de mudanças legais adotas por esta política.
A área da saúde foi pioneira nesse processo devido ao entusiasmo político
que se caracterizou no final da década de 1970 e a organização do movimento de
reforma sanitária, que reuniu movimentos sociais, intelectuais e partidos de esquerda
“médico-assistencial privatista”.
A gestão participativa representa a construção de uma nova forma de
organização social, pautada na aproximação do Estado e da sociedade no
redirecionamento das políticas sociais, na busca pelo consenso nas decisões, as
quais devem levar em consideração o bem comum e não mais os interesses
individuais, rompendo com o modelo burocrático que cerceava qualquer forma de
expressão popular.
2
Disponível em: <https://ufrb.edu.br/servicosocial/tccs/category/5-tcc2013-1?download=62:eliane-
maria-arajo-souza-lima#>. Acessado em: 19 de abril de 2021.
29
Num balanço do Serviço Social na área da saúde dos anos 80, mesmo
com todas essas lacunas no fazer profissional, observa-se uma
mudança de posições, a saber: a postura crítica dos trabalhos em
saúde apresentados nos Congressos Brasileiros de Assistentes
Sociais de 85 e 89; a apresentação de alguns trabalhos nos
Congressos Brasileiros de Saúde Coletiva; a proposta de intervenção
formulada pela Associação Brasileira de Ensino de Serviço Social
(ABESS), Associação Nacional dos Assistentes Sociais (ANAS) e
Conselho Federal de Assistentes Sociais (CFAS) para o Serviço Social
do INAMPS; e a articulação do CFAS com outros conselhos federais
da área da saúde.
3
Disponível em: <http://www.cfess.org.br/arquivos/cfess_manifesta_campanha.pdf>. Acessado em:
19 de abril de 2021.
36
Este capítulo aborda a pesquisa social, que foi realizada no período de agosto
de 2019 a julho de 2020, sendo intitulada como a Inserção do Assistente Social na
Política de Saúde. Ela destaca o trabalho do assistente social no âmbito hospitalar,
particularizando suas atribuições.
A proposta dessa pesquisa foi trazer os aspectos metodológicos e a discussão
dos resultados.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. CFESS Manifesta: Lutar por Direitos, Romper com a Desigualdade. Brasília
(DF), outubro de 2009. Disponível em:
<http://www.cfess.org.br/arquivos/cfess_manifesta_campanha.pdf>. Acessado em:
19 de abril de 2021.
BRAVO, Maria Inês Souza; MATOS, Maurílio Castro de. Reforma Sanitária e o
Projeto Ético-Político do Serviço Social: elementos para o debate. In: BRAVO, Maria
Inês Souza; VASCONCELOS, Ana Maria; GAMA, Andréa de Souza; MONNERAT,
Gisele Lavinas (Org.). Saúde e Serviço Social. São Paulo: Cortez; Rio de Janeiro:
UERJ, 2004.
COHN, Amélia; et al. A saúde como direito e como serviço. 2ª ed. São Paulo:
Cortez, 1999.
PAIM, Jairnilson Silva. O que é o SUS. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2009.
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232007000200019&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 18 abr. 2021.