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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

ENGENHARIA AMBIENTAL

PLANO DE RECUPERAÇÃO DE
ÁREAS DEGRADADAS
(PRAD)

UBERLÂNDIA

MAIO / 2021
Sumário
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO...........................................................................4

1.1 Identificação do Empreendedor........................................................................4

1.2 Identificação do Empreendimento....................................................................4

1.3 Identificação da equipe responsável pela elaboração do PRAD.......................4

2. DADOS DA ÁREA..............................................................................................5

3. APRESENTAÇÃO...............................................................................................6

4. OBJETIVO...........................................................................................................7

5. LEGISLAÇÃO.....................................................................................................7

6. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO.............................................................8

6.1 Caracterização básica do Município.................................................................8

6.2 Dados Populacionais.........................................................................................9

6.3 Índice de Desenvolvimento Humano................................................................9

7. DIAGNÓSTICO LOCAL...................................................................................10

7.1 Pré-operação – Origem da degradação............................................................11

7.2 Pós-operação...................................................................................................13

7.3 Conclusão do Diagnóstico...............................................................................15

8. DIAGNÓSTICO DA ÁREA...............................................................................15

8.1 Meio físico.......................................................................................................15

8.1.1 Clima.........................................................................................................15

8.1.2 Bioma........................................................................................................18

8.1.3 Hidrografia................................................................................................19

8.1.4 Fauna.........................................................................................................24

8.1.5 Geologia....................................................................................................48

8.1.6 Solos e Relevo...........................................................................................50

8.2 Meio socioeconômico.....................................................................................52


9. ESTRATÉGIAS DE RECUPERAÇÃO.............................................................52

9.1 Caracterização da área a ser recuperada..........................................................52

9.2 Objetivos específicos.......................................................................................52

9.3 Metodologia....................................................................................................53

9.3.1 Isolamento da área, por causa dos animais................................................53

9.3.2 Análise físico-química, compactação (importante para a correção do solo)


53

9.4 Medidas de implantação..................................................................................55

9.4.1 Preparo do solo..........................................................................................58

9.4.2 Espaçamento..............................................................................................59

9.4.3 Adubação...................................................................................................59

9.4.4 Plantio........................................................................................................59

9.4.5 Replantio...................................................................................................59

9.5 Manutenção e Monitoramento........................................................................60

9.5.1 Controle de espécies invasoras..................................................................60

9.5.2 Prevenção Contra Formigas Cortadeiras...................................................60

10. CRONOGRAMA FÍSICO..................................................................................61

11. CRONOGRAMA FINANCEIRO......................................................................61

12. RESPONSÁVEIS TÉCNICOS PELA EXECUÇÃO DO PROJETO................61

13. INTERESSADO OU REPRESENTANTE LEGAL..........................................61

REFERÊNCIAS............................................................................................................63

14. ANEXOS............................................................................................................67
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1.1 Identificação do Empreendedor

Nome: Serra Negra Agro-Pecuária Ltda

Endereço: Avenida Nicomedes Alves dos Santos, nº 638. Lídice.

CPF/CNPJ: 20.927.439/0001-71

Município: Uberlândia - MG

E-mail: jvalamy@gurpomlj.com.br

1.2 Identificação do Empreendimento

Nome: Fazenda Sobradinho

Endereço: Rodovia Comunitária Neuza Rezende, Km 16, lado direito. Zona Rural.

CPF/CNPJ: 20.927.439/0001-71

Município: Uberlândia - MG

E-mail: jvalamy@gurpomlj.com.br

1.3 Identificação da equipe responsável pela elaboração do PRAD

 Bruno Costa Bruci


 Gabriel Basile Meloni
 Ially Samilly Queiroz Entreportes
 Luana Ferreira Vieira
 Melissa A. M. Maia dos Santos
 Nathalia Carvalho Arantes
2. DADOS DA ÁREA

Partindo do centro do município de Uberlândia-MG sentido ao distrito de Martinésia-


MG, trafegar na rodovia Neuza Resende por aproximadamente 14,2 km até a sinalização com
o nome da propriedade. A fazenda fica a menos de 2km do distrito de Cruzeiro dos Peixotos.

Tabela 1 - Coordenadas Geográficas da Fazenda Sobradinho

Coordenadas Geográficas (Datum WGS84) - imóvel


Latitude Longitude
18° 44’ 46,58’’ S 48° 21’ 04,46’’ O
Coodenadas Geográficas (DATUM WGS84) – sede da propriedade
Latitude Longitude
18° 44’ 29.47’’ S 48° 21’ 40.74’’ O

Figura 1 - Percurso para o empreendimento, partindo do centro de Uberlândia (Fonte: Adaptação do Google
Earth, 2021.)

Tabela 2 - Divisão de áreas da Fazenda Sobradinho


ÁREA DO IMÓVEL
Área total do imóvel 795,52 ha
Área total de remanescente de vegetação nativa 195,68 ha
Área total de uso consolidado 595,84 ha
Área de Reserva Legal averbada (RL) 133,42 ha
Área de Preservação Permanente (APP) 41,66 ha
Fonte: Cadastro Ambiental Rural (CAR) da propriedade, 2021.
3. APRESENTAÇÃO

A mineração é vital para o produto interno bruto (PIB) do Brasil. No entanto, as


atividades de mineração têm efeitos negativos sobre o meio ambiente, como perda de
biodiversidade e perda da qualidade do solo e dos recursos hídricos.

Com o avanço das atividades de mineração, algumas das principais características do


solo foram alteradas, incluindo a perda da camada superficial, mudanças estruturais, perda de
matéria orgânica e perda da fertilidade natural do solo. Esses fatores, somados à perda da
cobertura vegetal e da biodiversidade, impedem que o ecossistema volte ao estado de
equilíbrio natural, sendo necessária a implantação de programas de recuperação de áreas
degradadas.

Portanto, por causar diversos danos ambientais, as mineradoras devem propor um


“Plano de Recuperação de Áreas Degradadas” (PRAD). Essa exigência está estipulada na
Constituição Brasileira (1988), que determina que quem faz a mineração de recursos minerais
deve restaurar o meio ambiente degradado de acordo com as soluções técnicas exigidas pelo
órgão público competente.

Além da “Constituição Federal” / Decreto nº 97.632 / 89, as mineradoras também


devem encaminhar o PRAD ao órgão ambiental e apresentar os estudos determinados para a
devida licença. Após o término da atividade de lavra, deve-se utilizar a tecnologia de
recuperação especificada no PRAD.

A lei considera que a degradação é o processo causado pela destruição do meio


ambiente, por meio da destruição ou perda de algumas de suas características, como a
qualidade dos recursos ambientais ou a capacidade de produção.

O objetivo das obras de restauração deve ser o de restituir o solo degradado à forma de
uso de acordo com o plano de uso do solo pré-fabricado, de forma a alcançar a estabilidade
ambiental.

A Norma de Gestão de 1998 nº 130130 (NBR 13030: 1998) apoia a elaboração e


apresentação de projetos de restauração de áreas degradadas pela mineração. Esta norma
especifica diretrizes para a elaboração e implantação de projetos de restauração de áreas
degradadas pela atividade minerária, a fim de obter subsídios técnicos para manter e / ou
melhorar a qualidade ambiental independentemente da fase de instalação do empreendimento.
4. OBJETIVO

O Plano de Recuperação Degradada – PRAD tem como objetivo orientar e criar um


plano estratégico para recuperar uma área que sofreu degradação, ou seja, quando uma área
sofre uma alteração em seu estado original e cria-se um plano para tentar torná-la em algo
positivo na perspectiva ambiental, no entanto isso não significa que a mesma terá a sua
conformação original.

Dessa forma, o presente PRAD tem como finalidade apresentar uma proposta de
recuperação em uma área de extração de cascalho, localizada na Fazenda Sobradinho, no
município de Uberlândia – MG.

5. LEGISLAÇÃO

As principais leis que regem o presente estudo, para que haja embasamento legal e
apropriado são:

 Lei Federal 6938/81 - Lei da Política Nacional de Meio Ambiente - primeira


lei no sentido de realmente organizar a política de meio ambiente e toda a
estrutura governamental - no nível federal, estadual e municipal -, ligada aos
assuntos ambientais. Criou o CONAMA e o SISNAMA (regulamentados pelo
Decreto n. 88.351, de 01 junho de 1983), define como degradação da
qualidade ambiental qualquer alteração adversa das características e
elementos que integram o meio ambiente.
 Lei Federal 7.347/85 - considerada como um grande avanço em termos de
participação popular em ações relativas ao meio ambiente. Prevê ação civil
pública, criando instrumentos que permitem a defesa do meio ambiente na
esfera jurisdicional. Cria instrumentos para viabilizar a recuperação de áreas
degradadas, através de um fundo específico e de licitação para contratação de
empresa para recuperação de áreas degradadas.
 Decreto-lei n. 97.632/89 - Regulamentou a lei n. 6.938/81, obrigando a
recuperação da área degradada como parte do Relatório de Impacto
Ambiental. Instituiu o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD),
que pode ser empregado de forma preventiva ou corretiva, para áreas
degradadas por ações de mineradoras. Convém observar que nenhum estado
possui legislação específica sobre Recuperação de Áreas Degradadas,
complementar à legislação federal já existente.
 Lei Federal n. 9.605, de fevereiro de 1998 - Dispõe sobre sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente,
e dá outras providências. Através do art. 23, II, obriga o infrator a recompor o
ambiente degradado. É a chamada lei dos crimes ambientais, que permite
abertura de uma ação e processo penal contra crimes ambientais. Esta lei
prevê penalidades como prestação de serviços à comunidade, interdição
temporária de direitos, suspensão parcial ou total de atividades, prestação
pecuniária e recolhimento domiciliar.
 Decreto n. 3.420, de abril de 2000 - cria o Programa Nacional de Florestas
que fomenta a “recomposição e restauração de florestas de preservação
permanente, de reserva legal e áreas alteradas”.
 Lei n. 14.309, de 19 de junho de 2002 – Dispõe sobre as políticas florestais e
de proteção à biodiversidade no estado de Minas Gerais, compreendendo a
ações empreendidas pelo Poder Público para o uso sustentável dos recursos
naturais e para a conservação do meio ambiente.

6. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
6.1 Caracterização básica do Município

Uberlândia possui uma área de 4115,9 km² e possui 863 m de altitude. Suas
coordenadas são: latitude 18º 55’ 07’’S e longitude 48º 16’ 38’’O.

O Município de Uberlândia está localizado no Triângulo Mineiro, no Estado de Minas


Gerais, na região sudeste do Brasil. O nascimento da cidade está ligado à ocupação de
bandeirantes no princípio do século XIX. Esses grupos buscavam a ocupação territorial e a
exploração do então “Sertão da Farinha Podre” (Prefeitura de Uberlândia, 2021).

As terras onde surgiram os primeiros povoados pertenciam à Fazenda do Salto, cuja


dona era Francisca Laves Rabello, viúva de João Pereira da Rocha. O povoado que se formou
nessa fazenda recebeu o nome de Arraial de Nossa Senhora do Carmo de São Sebastião da
Barra de São Pedro (Prefeitura de Uberlândia, 2019).

No ano de 1852, por meio da Lei nº 602, o povoado foi elevado à Arraial de São Pedro
de Uberabinha, subordinado ao município de Uberaba. Já em 1857, através da Lei nº 831, o
arraial foi emancipado politicamente e, finalmente em 31 de agosto de 1888, a partir da Lei nº
4.643, se foi criado o Município de Uberlândia (Prefeitura de Uberlândia, 2019).
6.2 Dados Populacionais

Segundo o IBGE (último censo realizado em 2010), a população que reside em


Uberlândia é de 604.013 habitantes. A maioria desses residem na área urbana e a densidade
demográfica é de 146,78 habitantes por quilômetro quadrado.

A população estimada pelo IGBE em 2019 foi de 691.305 habitantes, apresentando


assim uma taxa de crescimento populacional anual de 1,6% ao ano em relação à população de
2010.

6.3 Índice de Desenvolvimento Humano

Conforme o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 2010), o


Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é uma medida composta de
indicadores de três dimensões do desenvolvimento humano: longevidade, educação e renda.
Esse índice varia de 0 a 1. Quando mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.

O IDHM (2010) abrange três importantes dimensões do desenvolvimento humano: a


oportunidade de viver em uma vida longa e saudável, de ter acesso ao conhecimento e ter um
padrão de vida que garanta as necessidades básicas, representadas pela saúde, educação e
renda. Esses componentes são unidos por meio da média geométrica e resultam então no
IDHM.

Quadro 1 - Índices de Desenvolvimento Humano Municipal do município de Uberlândia e do Estado de Minas


Gerais
IDHM IDHM Educação
IDHM 2010 IDHM Renda 2010
Longevidade 2010 2010
Uberlândia 0,789 0,776 0,885 0,716
Minas Gerais 0,731 0,730 0,838 0,638
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2013, apud PNUD, 20-.

7. DIAGNÓSTICO LOCAL

A Fazenda Sobradinho possui 133,42 ha de Reserva Legal averbada e 41,66 ha de


APP. A seguir, encontram-se as imagens das delimitações desses locais. Ressalta-se que se
pode observar que o local degradado não se encontra em nenhuma das áreas citadas
anteriormente.
Figura 2 - Reserva legal da Fazenda Sobradinho (em verde)

Fonte: Adaptação do Google Earth, 2021.

Figura 3 - Áreas de Preservação Permanente (APP)

Fonte: Adaptação do Google Earth, 2021.


7.1 Pré-operação – Origem da degradação

A Fazenda Sobradinho tem como atividade principal a Criação de bovinos, bubalinos,


equinos, muares, ovinos e caprinos, em regime extensivo, como descrito na Licença
Ambiental Simplificada – Cadastro (Las-Cadastro) nº 44969926/2019, anexo ao presente
estudo. Porém, desde 2012 o empreendedor possui autorização da Agencia Nacional de
Mineração (ANM), antigo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), que o
concede a retirada de cascalho para comercialização e uso próprio dentro da propriedade.

A origem da degradação do local de estudo do presente PRAD começou entre meados


de 2017 e 2018, quando o proprietário encontrou a necessidade de extrair cascalho para
comercialização e manutenção da propriedade. Essa extração foi iniciada, e até hoje
permanece, em um local de pasto, ou seja, não há alteração em locais de APP ou Reserva
Legal. Porém, atualmente, o empreendedor não retira cascalho para comercialização, apenas
para a manutenção de das estradas da propriedade, o que vem retardando lentamente a
degradação do local.

Nas imagens a seguir, é possível observar a rápida evolução da degradação. A área,


hoje degradada, é demonstrada pela delimitação branca opaca em todas as imagens. Destaca-
se que de 2015 e 2017 ainda não havia extração de cascalho no local, por isso as imagens
apenas indicam indícios de pastagem.

Quadro 2 - Evolução da degradação

2015 2017
2018 2019

2021 2021

Fonte: Adaptações do Google Earth, 2021.

A atividade de mineração, importante para a promoção do crescimento econômico e


do bem-estar social, tem sido responsável pela modificação de grandes extensões da paisagem
do território nacional. Em geral, essa atividade envolve a movimentação de grande quantidade
de terra, deixando o solo exposto e desestabilizado, sujeito à erosão acelerada, o que provoca
várias alterações ambientais nos ecossistemas (ARRUDA,1985; IBRAM,1987,1992).

Segundo Mechi e Sanches (2010) a maioria das atividades de mineração causam


grandes prejuízos à vegetação, podendo prejudicar sua regeneração. No predomínio dos casos
retira-se o horizonte pedológico superficial “A”, o qual possui a maior quantidade de minerais
primários, imprescindíveis para boas taxas de fertilidade. Os horizontes B e C ficam
desprotegidos e suscetíveis à atuação de processos erosivos. Além dos impactos negativos nas
coberturas vegetais, a atividade de exploração mineral acarreta também assoreamento de
corpos hídricos, bem como prejuízo às populações circunvizinhas.

A mineração provoca a poluição do ar por partículas expelidas durante os processos de


quebras e desmontes das rochas, além da poluição causada pela queima de combustível de
transportes e de máquinas pesadas em serviço da atividade. Outro impacto promovido pelos
transportes e pelos equipamentos se refere às vibrações no solo, capazes de modificar as
estruturas das rochas, interferindo diretamente na sua resistência. Em consequência desses
fatores, ocorre também a geração do impacto sonoro (MECHI; SANCHES, 2010).

A exploração de minério causa dentre outros impactos ambientais a alteração de relevo


devido à alteração da intensidade dos processos morfogenéticos, podendo formar voçorocas e
cavas, geralmente associadas à intensificação do escoamento superficial, à redução da
infiltração em função do aumento da declividade, além da retirada da cobertura vegetal da
área de lavra. Logo as junções de todas essas atividades resultam na descaracterização do
relevo. Por isso, é importante a elaboração de soluções viáveis para amenizar os impactos
ambientais promovidos em função da extração dos minerais.

7.2 Pós-operação

Na Fazenda Sobradinho, a degradação está em fase inicial, como será observado nas
imagens a seguir. Por isso, o proprietário mostra interesse em recuperar a área o quanto antes.
Afinal, não é mais de seu interesse retirar cascalho no local. Em contrapartida, não será feita a
exclusão da autorização da ANM, afinal, por ser um direito público a extração mineral, é
possível que outro empreendedor se aposse da área para a retirada de cascalho, levando o
local à uma degradação maior. Então, a extração será interrompida e o local deverá ser
recuperado.

Quadro 3 - Acervo de fotos do local de estudo - Cascalheira


Fonte: Acervo do autor, 2021.
7.3 Conclusão do Diagnóstico

Após vistoria ao local de estudo, concluiu-se que é possível primeiramente recuperar a


área para pastagem, como deseja o empreendedor, e posteriormente, fazer o plantio das mudas
nativas.

8. DIAGNÓSTICO DA ÁREA
8.1 Meio físico
8.1.1 Clima

Uberlândia tem um clima tropical e a pluviosidade é menor no inverno do que no


verão. A classificação climática, de acordo com Köppen e Geiger, é Aw. Já a temperatura
média anual na cidade é de 21,5 ºC e a pluviosidade média anual é de 1.479mm.

Figura 4 - Gráfico das temperaturas e precipitações médias em Uberlândia.

Fonte: Climate Data: https://pt.climate-data.org, 2021.

É possível observar pelo gráfico que o mês mais seco é agosto, com 9 mm, enquanto
que dezembro é o mês com maior precipitação, apresentando uma média de 287 mm.
Figura 5 - Gráfico da temperatura em Uberlândia.

Fonte: Climate Data: https://pt.climate-data.org, 2021.

Apresentando 23,2 ºC de temperatura, fevereiro é o mês mais quente do ano na cidade


onde a Fazenda Água Limpa se localiza. Já a temperatura média mais baixa se manifesta no
mês de junho, com 18,3 ºC.

Figura 6 - Tabela de dados Climatológicos da cidade de Uberlândia – MG.

Fonte: Climate Data: https://pt.climate-data.org, 2021.

A diferença de precipitação entre o mês mais seco e o mais chuvoso é de 278 mm e as


temperaturas médias têm uma variação de 4,9 ºC durante o ano.
8.1.2 Bioma

8.1.2.1 Vegetação

A área de intervenção está posicionada no Bioma Cerrado conforme informações


coletadas do mapa de cobertura do solo disponibilizado pelo Cadastro Ambiental Rural.
Devido à grande antropização do local, as áreas de pastagem perderam completamente as
características fitossociológicas, o que impossibilita a classificação da fitofisionomia
predominante. Porém, por meio das espécies observadas e dos fragmentos de vegetação nativa
circundantes, é possível afirmar que as áreas, atualmente pastagem, teriam uma fitofisionomia
semelhante à de cerradão e floresta estacional semidecidual e floresta ombrófila mista.

Por se tratar de áreas designadas para o desenvolvimento da atividade de


bovinocultura há a intensa presença de gramíneas exóticas, principalmente brachiaria, uma
espécie invasora que tem o potencial de degradação, impedindo a manutenção ecológica das
formações florestais que podem sofrer com o efeito de borda, pois a mesma aumenta o efeito
de borda da mesma. Vale ressaltar que o efeito de borda é, principalmente, causado pela
fragmentação do ambiente e é potencializado pela presença de gramíneas exóticas invasoras,
tal fato pode acarretar na alteração de características físicas do habitat, como microclima e
alteração da serapilheira (OLIVEIRA et al., 2013).

Originalmente, o cerradão é uma fitofisionomia variável, que ocorre tanto em solo


distróficos quanto mesotróficos (Haridasan 1987), e ainda segundo Lopes & Cox (1977) a sua
ocorrência estaria ligada aos índices de fertilidade do solo. Como fitofisionomia, o cerradão é
uma formação que é composta por espécie mata e cerrado sentido restrito, normalmente está
ligada a áreas de transição entre essas fitofisionomias, apresentam dossel continuo e o porte
das espécies arbóreas variam entre 8 a 15 metros.

Para a classificação das espécies ameaçadas de extinção, foi utilizada a Portaria nº


443, de 17 de dezembro de 2014 que estabelece a Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora
Ameaçadas de Extinção. Para a classificação de espécies imunes ao corte, foram utilizadas as
Leis Estaduais específicas para cada espécie. No estado de Minas Gerais, as seguintes
espécies são imunes ao corte: Caryocar brasiliense (pequi); espécies dos gêneros Tabebuia e
Handroanthus (Lei Estadual nº 20.308, de 27 de julho de 2012); Mauritia flexuosa (buriti)
(Lei Estadual nº 13.635 de 12 de julho de 2000); e Araucaria angustifólia (Pinheiro
brasileiro) (Decreto Estadual nº 46.602 de 19 de setembro de 2014). Não foram encontrados
nenhuma espécie imune ao corte de acordo com a legislação vigente em toda a extensão do
censo florestal.

Dentre as espécies observas as mais abundantes foram Schinus terebinthifolius var.


acutifolius Engl (aroeira pimenta), Myarcrodruon urundeuva Allemão (aroeira preta), Ficus
luschnathiana (Miq.) Miq (Figueira mata-pau).

Quadro 4 - Acervo de fotos da vegetação

Fonte: Acervo do autor, 2021.

8.1.3 Hidrografia

8.1.3.1 Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba

A bacia hidrográfica do Rio Paranaíba é a segunda maior unidade hidrográfica da


Região Hidrográfica do Paraná. O rio Paranaíba nasce na Serra da Mata da Corda no
município de rio Paranaíba, percorre cerca de 1.160 km até sua foz, localizada no encontro
com o Rio Grande. Trata-se de um Rio Federal que atua como elemento divisor entre os
estados de Minas Gerais e Goiás, o qual é utilizado para suprir parte da demanda hídrica
requerida pelos estados de Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal e do Mato Grosso do Sul.
Os principais tributários do rio Paranaíba em território mineiro são os rios Araguari,
Tijuco, da Prata, Dourados, Perdizes, Bagagem, Uberabinha, Pouso Alegre, São Domingos,
Capivara, Quebra Anzol, Misericórdia, Arantes, São Jerônimo, São Lourenço, do Peixe,
Piracanjuba, Cocal, Douradinho, Monte Alegre, Babilônia, Bom Jardim, das Furnas,
Mandaguari, Claro, Tamanduá, Salitre, Santo Antônio, São João, Santo Inácio e Preto.

O território mineiro é vasto e constituído por regiões hidrográficas com características


naturais e socioeconômicas bastante diferentes. Esse dado espacial levou o Instituto Mineiro
de Gestão das Águas (IGAM) a definir regiões hidrográficas que possibilitam o planejamento
e a gestão adequada dos recursos hídricos. Essas regiões hidrográficas são chamadas de
Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (UPGRHs) e se caracterizam pela
atuação na gestão participativa dos Comitês de Bacia Hidrográfica, Agências de Bacias
Hidrográficas e pela aplicação dos instrumentos de gestão da Política Estadual de Recursos
Hídricos. O estado de Minas Gerais possui, atualmente, trinta e seis Unidades de
Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos.

A Deliberação Normativa CERH/MG nº 36, de 23 de dezembro de 2010, padroniza a


utilização dos nomes, siglas e códigos das Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos
Hídricos (UPGRH) do Estado de Minas Gerais, considerando o disposto nas Deliberações
Normativas CERH/ MG nº 06, de 04 de outubro de 2002, que estabelece as Unidades de
Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos do Estado de Minas Gerais, CERH/MG nº 15,
de 22 de setembro de 2004 e nº 18, de 21 de dezembro de 2005 que alteram a Deliberação
Normativa CERH/MG n.º 06, de 04 de outubro de 2002 e a CERH-MG nº 30, de 26 de agosto
de 2009 que altera a Deliberação Normativa CERH/MG n.º 04, de 18 de fevereiro de 2002,
que estabelece diretrizes para a formação e funcionamento de Comitês de Bacia Hidrográfica.
Esta deliberação tem como objetivo padronizar a nomenclatura, as siglas e os códigos das
Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos do Estado de Minas Gerais,
utilizados nas atividades de gerenciamento de recursos hídricos.
Figura 7 - Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos de Minas Gerais - 2010

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente, 2010.

Em Minas Gerais a região hidrográfica do Rio Paranaíba é subdivida em três unidades


de planejamento e gestão dos recursos hídricos: Alto Rio Paranaíba ou Rio Dourados (PN1),
Rio Araguari (PN2) e Baixo Rio Paranaíba (PN3).

8.1.3.2 Microbacia

Como mencionado, a Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba é subdividida em três


unidades de planejamento e gestão dos recursos hídricos, sendo o Rio Araguari (PN2) a bacia
na qual a Fazenda Sobradinho está inserida. A Bacia do Rio Araguari, localizada na porção
oeste do Estado de Minas Gerais, com área de 22,091 km², tem sua nascente situada no
município de São Roque de Minas, na qual o curso d’água percorre a região do Triângulo
Mineiro, como a cidade de Araxá, Uberlândia e Araguari, como também outros 17
municípios.

Além disso, devido a sua vasta extensão, possui uma grande rede de drenagem, na
qual é subdividia em unidades de planejamento internas, sendo apresentadas na Figura 09.
Figura 8 – Distribuição das Sub Bacias na Bacia do Rio Araguari.

Fonte: Monteplan, 2011.

Assim, de acordo com a Figura 09, pode-se deduzir que a Fazenda Sobradinho está
inserida na Bacia Médio Araguari, na qual constitui umas das principais redes de drenagem da
bacia do Rio Araguari. Vale ressaltar que dentro da propriedade passam três córregos de
grande importância para a rede de drenagem da bacia, são eles: Córrego dos Peixotos,
Córrego do Jacinto e o Córrego Quilombo, sendo afluentes à margem esquerda do Rio
Araguari, conforme a Figura 10.
Figura 9 - Mapa da Hidrografia presente na propriedade.

Fonte: Autor, 2021.


8.1.4 Fauna

O bioma Cerrado, característico da região, apresenta fauna diversificada em função da


variedade de fisionomias que o compõem: cerradão, campo cujo, campo cerrado, cerrado
stricto sensu e campo limpo. Apesar dessa diversidade, é importante destacar que, de acordo
com a plataforma online da Infraestrutura de Dados Espaciais do Sistema Estadual de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos (IDE-Sisema), o Triângulo Mineiro é considerado como uma
região de baixa vulnerabilidade para o componente fauna.

De acordo com a Fundação Biodiversitas (1998), ainda que existem poucas indicações
sobre o tamanho das populações e a dinâmica dos animais que vivem no bioma de Cerrado,
não há dúvida de que a riqueza de espécies e endemismos sejam as características mais
importantes dessa fauna.

Há algumas ocorrências que podem ser apontadas como típicas nesse bioma. É o caso
da jibóia (Boa constrictor), da cascavel (Crotalus durissus), de várias espécies de
jararaca, do lagarto teiú (Tupinambis merianae), da seriema (Caraiama cristata), do joão-de-
barro (Furnarius rufus), do anu-preto (Crotophaga ani), da curicaca (Theristicus
caudatus), do urubu-caçador (Cathartes aura), do urubu-rei (Sarcoramphus papa), de
araras, papagaios e gaviões, do tatu-peba (Euphractus sexcinctus), do tatu-galinha
(Dasypus novemcinctus), do tatu-canastra (Priodontes maximus), do tatu-de-rabo-mole
(Cabassous sp.)e do cateto (Pecari tajacu).

8.1.4.1 Herpetofauna

Apresentando uma das maiores riquezas do mundo, a herpetofauna brasileira tem


aproximadamente 750 espécies de anfíbios e 650 de répteis. Além disso, abriga várias
espécies endêmicas, das quais muitas estão ameaçadas de extinção.

Por ser coberto, na sua maioria, por Mata Atlântica e Cerrado, o estado de Minas
Gerais abriga uma alta diversidade de recursos naturais, incluindo uma herpetofauna muito
ampla. No empreendimento estudado predomina-se o bioma Cerrado, que possui uma fauna
de vertebrados composta, grande parte, por espécies partilhadas com outros biomas.

Por ser uma região privilegiada acerca de recursos naturais; formações vegetais,
rochosas e sistemas hídricos bastante diversos; e áreas de transições de biomas; Minas Gerais
apresenta ocorrência de uma alta diversidade de anfíbios e répteis. Apesar dessa variedade de
espécies, a herpetofauna do estado ainda não foi estudada em sua totalidade.

Os dados que existem atualmente são de 200 espécies de anuros (sapos, rãs e
pererecas) e cobras-cegas (anfíbios sem pernas) registradas, o que representa quase 1/3 das
mais de 600 espécies encontradas no Brasil.

Caracterizadas como regiões de maior importância para conservação do Cerrado, as


Serras do Cipó e da Canastra, destacam-se na ocorrência de espécies endêmicas de anfíbios.

Já em relação às cobras, é difícil indicar com precisão o nível de endemismo, afinal


são 107 espécies conhecidas, mas pelo menos 11 delas são exclusivas desse bioma. Por outro
lado, apesar de 10 espécies de quelônios e 5 de jacarés serem reconhecidas no Cerrado, não há
registros de espécies endêmicas.
A avifauna brasileira é representada por cerca de 1.800 espécies reconhecidas,
correspondendo a aproximadamente 60% das espécies encontradas na América do Sul (Marini
& Garcia 2005, CBRO 2008). O Estado de Minas Gerais tem registradas 753 espécies de aves
(Andrade 1997). Essa riqueza representa cerca de 41% da avifauna brasileira (CBRO 2008).
Em grande parte, a riqueza de espécies de aves em Minas Gerais se deve à variedade de
formações vegetais no Estado, que incluem campos, matas, veredas, caatinga e cerrados.

O bioma Cerrado é a maior, mais rica e, provavelmente, a mais ameaçada savana


tropical do mundo em relação a sua avifauna (Franchin et al. 2008). É considerada a maior
ecorregião brasileira, afinal cobre 25% do território nacional. Porém, mesmo com a sua
extensão e sua importância para a biodiversidade brasileira, o cerrado possui poucas áreas
protegidas.

O Cerrado possui cerca de 850 espécies de aves em seu domínio. Porém, o grau de
endemismo é considerado baixo, com 32 espécies endêmicas do bioma (Klink & Machado
2005, Marini & Garcia 2005). Na Tabela a seguir tem o intuito de apresentar as possíveis
espécies que seriam encontradas no local.
Tabela 3 - Lista das espécies de aves registradas, no período de setembro de 2005 a janeiro de 2009 em nove cidades da mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba,
MG. Algarismos arábicos entre parênteses correspondem ao número de espécie em cada táxon. X – Presença da espécie. Ocorrência: Número de cidades em que a espécie
ocorreu. Dieta: CAR -carnívora; FRU - frugívora; GRA - granívora; INS - insetívora; NEC - nectarívora e ONI - onívora. ¹- Ordem e nomenclatura taxonômica segundo CBRO
(2008).

Nome do Táxon Araguari Araporã Canápolis Cascalho Centralina Indianópolis Monte Prata Tupaciguara Ocorrência Dieta
Rico Alegre de
Minas
Ordem Tinamiformes 0 0 0 1 0 1 1 1 0    
(2)
Família Tinamidae (2) 0 0 0 1 0 1 1 1 0    

Crypturellus ─ ─ ─ X ─ ─ X X ─ 3 ONI
parvirostris
Nothura maculosa ─ ─ ─ ─ ─ X ─ ─ ─ 1 ONI
Ordem Anseriformes 0 0 0 2 0 0 0 0 0    
(2)
Família Anatidae (2) 0 0 0 2 0 0 0 0 0    
Cairina moschata ─ ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ 1 ONI
Amazonetta ─ ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ 1 ONI
brasiliensis
Ordem Ciconiiformes 2 1 3 2 3 4 5 1 3    
(7)
Família Ardeidae (5) 0 0 1 1 2 2 3 0 2    
Bubulcus ibis ─ ─ ─ ─ ─ X ─ ─ ─ 1 ONI
Ardea cocoi ─ ─ ─ X ─ ─ X ─ ─ 2 ONI
Ardea alba ─ ─ ─ ─ X ─ X ─ X 3 ONI
Syrigma sibilatrix ─ ─ X ─ X X ─ ─ X 4 INS
Egretta thula ─ ─ ─ ─ ─ ─ X ─ ─ 1 ONI
Família 2 1 2 1 1 2 2 1 1    
Threskiornithidae (2)
Mesembrinibis X ─ X ─ ─ X X ─ ─ 4 ONI
cayennensis
Theristicus caudatus X X X X X X X X X 9 ONI
Ordem 1 2 1 1 1 2 1 2 1    
Cathartiformes (2)
Família Cathartidae 1 2 1 1 1 2 1 2 1    
(2)
Cathartes aura ─ X ─ ─ ─ X ─ X ─ 3 CAR
Coragyps atratus X X X X X X X X X 9 CAR
Ordem Falconiformes 2 7 8 7 6 5 5 3 5    
(13)
Família Accipitridae 1 3 5 3 3 2 2 1 2    
(8)
Elanus leucurus ─ ─ ─ ─ X ─ ─ ─ ─ 1 CAR
Ictinia plumbea ─ X X X ─ ─ X X ─ 5 INS
Accipiter bicolor ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ ─ 1 CAR
Buteogallus ─ ─ X ─ ─ X ─ ─ ─ 2 CAR
urubitinga
Heterospizias ─ X ─ X ─ ─ ─ ─ ─ 2 CAR
meridionalis

Rupornis ─ X X X X X X ─ X 7 CAR
magnirostris
Buteo albicaudatus ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ X 1 CAR
Buteo brachyurus X ─ X ─ X ─ ─ ─ ─ 3 CAR
Família Falconidae 1 4 3 4 3 3 3 2 3    
(5)
Caracara plancus X X X X ─ X X X X 8 CAR
Milvago chimachima ─ ─ X X X X X X X 7 CAR
Falco sparverius ─ X ─ X X X X ─ X 6 CAR
Falco femoralis ─ X X X X ─ ─ ─ ─ 4 CAR
Falco peregrinus ─ X ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ 1 CAR
Ordem Gruiformes 1 0 2 2 1 1 0 1 3    
(5)
Família Rallidae (4) 1 0 1 1 1 0 0 0 2    
Aramides cajanea X ─ X X ─ ─ ─ ─ ─ 3 ONI
Laterallus viridis ─ ─ ─ ─ X ─ ─ ─ ─ 1 ONI
Porzana albicollis ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ X 1 ONI
Pardirallus nigricans ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ X 1 ONI

Família Cariamidae 0 0 1 1 0 1 0 1 1    
(1)
Cariama cristata ─ ─ X X ─ X ─ X X 5 ONI
Ordem 1 1 1 2 1 1 2 1 1    
Charadriiformes (3)
Família Charadriidae 1 1 1 1 1 1 1 1 1    
(1)
Vanellus chilensis X X X X X X X X X 9 ONI
Família Scolopacidae 0 0 0 1 0 0 0 0 0    
(1)
Tringa solitaria ─ ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ 1 ONI
Família Jacanidae (1) 0 0 0 0 0 0 1 0 0    
Jacana ─ ─ ─ ─ ─ ─ X ─ ─ 1 ONI
Ordem 7 6 7 7 6 7 7 7 7    
Columbiformes (7)
Família Columbidae 7 6 7 7 6 7 7 7 7    
(7)
Columbina talpacoti X X X X X X X X X 9 GRA
Columbina X X X X X X X X X 9 GRA
squammata
Columba livia X X X X X X X X X 9 GRA
Patagioenas picazuro X X X X X X X X X 9 FRU

Patagioenas X X X X X X X X X 9 FRU
cayennensis
Zenaida auriculata X X X X X X X X X 9 GRA
Leptotila verreauxi X ─ X X ─ X X X X 7 FRU
Ordem Psittaciformes 7 4 8 7 6 8 7 4 5    
(10)
Família Psittacidae 7 4 8 7 6 8 7 4 5    
(10)
Ara ararauna X ─ ─ ─ ─ X ─ ─ ─ 2 FRU
Orthopsittaca ─ ─ X ─ X ─ ─ ─ ─ 2 FRU
manilata
Diopsittaca nobilis X ─ X X X X X ─ X 7 FRU
Aratinga X X X X X X X X X 9 FRU
leucophthalma
Aratinga auricapillus X ─ ─ X ─ X X X ─ 5 FRU

Aratinga aurea X X X X X X X X X 9 FRU


Forpus X X X X X X X ─ X 8 FRU
xanthopterygius
Brotogeris chiriri X X X X X X X X X 9 FRU
Amazona aestiva ─ ─ X X ─ X X ─ ─ 4 FRU
Amazona amazonica ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ ─ 1 FRU
Ordem Cuculiformes 3 3 2 3 3 3 2 3 3    
(4)
Família Cuculidae (4) 3 3 2 3 3 3 2 3 3    
Piaya cayana X ─ ─ X ─ X ─ X X 5 CAR
Crotophaga ani X X X X X X X X X 9 CAR
Guira X X X X X X X X X 9 CAR
Tapera naevia ─ X ─ ─ X ─ ─ ─ ─ 2 CAR
Ordem Strigiformes 1 0 1 1 1 1 0 0 1    
(1)
Família Strigidae (1) 1 0 1 1 1 1 0 0 1    
Athene cunicularia X ─ X X X X ─ ─ X 6 INS
Ordem 1 0 0 1 0 0 0 1 1    
Caprimulgiformes (2)
Família 1 0 0 1 0 0 0 1 1    
Caprimulgidae (2)
Chordeiles pusillus X ─ ─ X ─ ─ ─ X ─ 3 INS
Podager nacunda ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ X 1 INS
Ordem Apodiformes 5 3 6 4 6 7 4 3 5    
(10)
Família Apodidae (3) 0 1 2 1 2 2 1 1 2    
Streptoprocne zonaris ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ X ─ 1 INS

Chaetura ─ X X X X X ─ ─ X 6 INS
meridionalis
Tachornis squamata ─ ─ X ─ X X X ─ X 5 INS
Família Trochilidae 5 2 4 3 4 5 3 2 3    
(7)
Phaethornis pretrei X X X X ─ X ─ ─ X 6 NEC
Eupetomena X X X X X X X X X 9 NEC
macroura
Aphantochroa X ─ ─ ─ ─ X X ─ ─ 3 NEC
cirrochloris
Anthracothorax ─ ─ ─ ─ X ─ ─ ─ ─ 1 NEC
nigricollis
Chlorostilbon lucidus ─ ─ X X X X X X X 7 NEC

Thalurania furcata X ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ 1 NEC


Amazilia fimbriata X ─ X ─ X X ─ ─ ─ 4 NEC
Ordem Coraciiformes 0 2 2 3 0 1 1 0 0    
(3)
Família Alcedinidae 0 2 2 3 0 1 1 0 0    
(3)
Megaceryle torquata ─ X X X ─ X ─ ─ ─ 4 CAR
Chloroceryle ─ X X X ─ ─ X ─ ─ 4 CAR
amazona
Chloroceryle ─ ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ 1 CAR
americana
Ordem Galbuliformes 1 0 1 1 0 2 1 0 0    
(2)
Família Galbulidae 1 0 1 1 0 1 1 0 0    
Galbula ruficauda X ─ X X ─ X X ─ ─ 5 INS
Família Bucconidae 0 0 0 0 0 1 0 0 0    
(1)
Nystalus chacuru ─ ─ ─ ─ ─ X ─ ─ ─ 1 INS
Ordem Piciformes 5 2 5 9 4 3 5 4 6    
(10)
Família Ramphastidae 1 0 1 2 1 1 1 1 1    
(2)
Ramphastos toco X ─ ─ X X X X X X 7 ONI
Pteroglossus ─ ─ X X ─ ─ ─ ─ ─ 2 ONI
castanotis
Família Picidae (8) 4 2 4 7 3 2 4 3 5    
Picumnus X ─ X X ─ X X X X 7 INS
albosquamatus
Melanerpes candidus ─ X X X X ─ ─ ─ ─ 4 INS
Veniliornis X ─ ─ X ─ X X X X 6 INS
passerinus
Colaptes X ─ X X X ─ X ─ X 6 INS
melanochloros
Colaptes campestris X X X X X ─ X X X 8 INS
Celeus flavescens ─ ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ 1 INS
Dryocopus lineatus ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ X 1 INS
Campephilus ─ ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ 1 INS
melanoleucos
Ordem Passeriformes 59 33 60 61 47 60 44 34 49    
(100)
Família 5 1 4 3 2 2 1 1 3    
Thamnophilidae (6)
Taraba major X ─ X X X X ─ ─ X 6 INS
Thamnophilus X X X X X X X X X 9 INS
doliatus
Thamnophilus X ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ 1 INS
pelzelni
Thamnophilus X ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ 1 INS
caerulescens
Herpsilochmus ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ ─ 1 INS
atricapillus
Herpsilochmus X ─ X X ─ ─ ─ ─ X 4 INS
longirostris
Família 0 0 1 1 0 1 0 0 0    
Dendrocolaptidae (1)
Lepidocolaptes ─ ─ X X ─ X ─ ─ ─ 3 INS
angustirostris
Família Furnariidae 3 3 4 4 3 3 2 1 3    
(5)
Furnarius rufus X X X X X X X X X 9 INS
Synallaxis frontalis X X X X ─ X ─ ─ ─ 5 INS
Cranioleuca vulpina ─ ─ ─ X X ─ ─ ─ ─ 2 INS
Phacellodomus ruber X X X ─ X ─ X ─ X 6 INS
Hylocryptus ─ ─ X X ─ X ─ ─ X 4 INS
rectirostris
Família Tyrannidae 16 6 15 18 16 18 13 9 16    
(29)
Leptopogon ─ ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ 1 INS
amaurocephalus
Todirostrum X X X X X X X X X 9 INS
cinereum
Myiopagis caniceps X ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ 2 ONI
Elaenia flavogaster ─ ─ X X X X X ─ X 6 FRU
Elaenia spectabilis ─ ─ X X X ─ X ─ ─ 4 FRU
Camptostoma ─ ─ X ─ ─ X ─ ─ X 3 INS
obsoletum
Tolmomyias X ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ 2 INS
sulphurescens
Myiophobus fasciatus ─ ─ ─ X X ─ ─ ─ ─ 2 INS

Pyrocephalus rubinus X ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ X 2 INS

Satrapa icterophrys ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ X 1 INS


Xolmis cinereus X ─ X ─ X X X ─ X 6 INS
Xolmis velatus X ─ ─ ─ ─ X ─ ─ ─ 2 INS
Gubernetes yetapa ─ ─ ─ ─ ─ X ─ ─ X 2 INS
Fluvicola albiventer ─ ─ ─ ─ X ─ ─ ─ ─ 1 INS
Arundinicola ─ ─ ─ ─ X ─ ─ ─ ─ 1 INS
leucocephala
Colonia colonus ─ ─ ─ X ─ X ─ ─ ─ 2 INS
Machetornis rixosa X X X X X X X X X 9 INS
Myiozetetes ─ ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ 1 ONI
cayanensis
Myiozetetes similis X ─ X X X X X X X 8 ONI
Pitangus sulphuratus X X X X X X X X X 9 ONI
Myiodynastes ─ ─ X X ─ X ─ ─ ─ 3 ONI
maculatus
Megarynchus X ─ X X X X X X X 8 ONI
pitangua
Empidonomus varius X ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ 1 INS
Griseotyrannus X ─ X ─ X X X X X 7 INS
aurantioatrocristatus

Tyrannus albogularis X X X X X X X X X 9 ONI

Tyrannus X X X X X X X X X 9 ONI
melancholicus
Tyrannus savana X X X X X X X X X 9 ONI
Myiarchus ferox X ─ ─ X ─ X X ─ X 5 ONI
Myiarchus tyrannulus ─ ─ X ─ X X ─ ─ ─ 3 ONI

Família Pipridae (1) 1 0 0 1 0 0 0 0 0    


Antilophia galeata X ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ 2 FRU
Família Tityridae (1) 0 0 1 0 0 0 0 0 0    
Tityra cayana ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ ─ 1 ONI
Família Vireonidae 2 1 1 1 1 1 1 0 0    
(2)
Cyclarhis gujanensis X X X X X X X ─ ─ 7 ONI
Vireo olivaceus X ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ 1 INS
Família Corvidae (2) 0 0 1 0 0 2 0 0 0    
Cyanocorax ─ ─ X ─ ─ X ─ ─ ─ 2 ONI
cristatellus
Cyanocorax ─ ─ ─ ─ ─ X ─ ─ ─ 1 ONI
cyanopogon
Família Hirundinidae 3 2 4 5 3 5 5 3 3    
(6)
Pygochelidon X X X X X X X X X 9 INS
cyanoleuca
Stelgidopteryx ─ ─ X X ─ X ─ ─ X 4 INS
ruficollis
Progne tapera X X X X X X X X X 9 INS
Progne chalybea X ─ ─ X X X X X ─ 6 INS
Tachycineta ─ ─ ─ X ─ X X ─ ─ 3 INS
leucorrhoa
Hirundo rustica ─ ─ X ─ ─ ─ X ─ ─ 2 INS
Família Troglodytidae 2 0 3 2 1 3 0 0 1    
(3)
Troglodytes musculus X ─ X X X X ─ ─ ─ 5 INS

Pheugopedius ─ ─ X ─ ─ X ─ ─ ─ 2 INS
genibarbis
Cantorchilus leucotis X ─ X X ─ X ─ ─ X 5 INS

Família Donacobiidae 0 0 1 0 0 0 1 0 0    
(1)
Donacobius ─ ─ X ─ ─ ─ X ─ ─ 2 INS
atricapilla
Família Polioptilidae 1 0 1 1 1 0 0 0 1    
(1)
Polioptila dumicola X ─ X X X ─ ─ ─ X 5 INS
Família Turdidae (4) 3 1 3 3 3 4 3 3 4    
Turdus rufiventris ─ ─ X X X X X X X 7 ONI
Turdus leucomelas X ─ X X X X X X X 8 ONI
Turdus X X X X X X X X X 9 ONI
amaurochalinus
Turdus subalaris X ─ ─ ─ ─ X ─ ─ X 3 ONI
Família Mimidae (1) 1 1 1 0 1 1 0 0 1    
Mimus saturninus X X X ─ X X ─ ─ X 6 ONI
Família Coerebidae 1 1 1 1 1 1 1 1 1    
(1)
Coereba flaveola X X X X X X X X X 9 NEC
Família Thraupidae 8 4 6 5 4 6 5 5 5    
(10)
Nemosia pileata X ─ ─ ─ ─ X ─ ─ ─ 2 ONI
Eucometis penicillata X ─ ─ ─ ─ X ─ ─ ─ 2 ONI

Ramphocelus carbo ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ X 1 ONI


Thraupis sayaca X X X X X X X X X 9 ONI
Thraupis palmarum X X X X X X X X X 9 ONI
Tangara cayana X X X X X X X X X 9 ONI
Tersina viridis X ─ X X X X X X X 8 ONI
Dacnis cayana X X X X ─ ─ X X ─ 6 ONI
Cyanerpes cyaneus X ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ 1 ONI
Hemithraupis guira ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ ─ 1 ONI
Família Emberizidae 5 6 8 9 5 6 6 6 5    
(12)
Zonotrichia capensis X X X X X X ─ X X 8 GRA
Ammodramus ─ X ─ ─ ─ X ─ ─ ─ 2 GRA
humeralis
Sicalis citrina ─ ─ X X ─ ─ X X ─ 4 GRA
Sicalis flaveola ─ ─ X X ─ X X X X 6 GRA
Volatinia jacarina X X X X X X X X X 9 GRA
Sporophila collaris ─ ─ X X ─ ─ ─ ─ ─ 2 GRA
Sporophila lineola X X X X X X X X X 9 GRA
Sporophila nigricollis X X X X X X X X X 9 GRA

Sporophila ─ X X X ─ ─ ─ ─ ─ 3 GRA
caerulescens
Sporophila ─ ─ ─ X X ─ ─ ─ ─ 2 GRA
leucoptera
Arremon flavirostris X ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ 1 GRA
Coryphospingus ─ ─ ─ ─ ─ ─ X ─ ─ 1 GRA
cucullatus
Família Cardinalidae 0 1 0 0 0 1 0 0 1    
(2)
Saltator maximus ─ ─ ─ ─ ─ X ─ ─ X 2 ONI
Saltator similis ─ X ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ 1 ONI
Família Parulidae (2) 2 0 0 0 0 1 0 0 0    
Basileuterus X ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ 1 INS
hypoleucus
Basileuterus flaveolus X ─ ─ ─ ─ X ─ ─ ─ 2 INS

Família Icteridae (7) 4 4 3 5 4 3 3 3 3    


Psarocolius ─ ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ 1 ONI
decumanus
Cacicus haemorrhous X X ─ ─ ─ ─ ─ ─ ─ 2 ONI

Icterus cayanensis X X X X X X X X X 9 ONI


Gnorimopsar chopi X X X X X X X X X 9 ONI
Pseudoleistes ─ ─ ─ X ─ ─ ─ ─ ─ 1 ONI
guirahuro
Molothrus X X X X X X X X X 9 ONI
bonariensis
Sturnella ─ ─ ─ ─ X ─ ─ ─ ─ 1 ONI
superciliaris
Família Fringillidae 1 1 1 1 1 1 1 1 1    
(1)
Euphonia chlorotica X X X X X X X X X 9 ONI
Família Estrildidae 0 0 0 0 0 0 1 0 0    
(1)
Estrilda astrild ─ ─ ─ ─ ─ ─ X ─ ─ 1 GRA
Família Passeridae (1) 1 1 1 1 1 1 1 1 1    

Passer domesticus X X X X X X X X X 9 ONI


Fonte: FRANCHIN, A. G., Tese de doutorado em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais, 2009.

Entre as cidades, as maiores riquezas de espécies foram registradas em Cascalho Rico (114 espécies), Canápolis (107 espécies) e Indianópolis
(106 espécies). As cidades com menor número de espécies foram Prata (65) e Araporã (64). Foram consideradas exclusivas (espécies que
ocorreram em apenas uma cidade) 47 espécies de aves (26%). Cascalho Rico foi a cidade com maior número de espécies exclusivas (10 espécies).
8.1.4.2 Mastofauna

O bioma Cerrado equivale a 25% do território brasileiro e abriga alta diversidade


de solos, relevos, climas, fauna e flora. Esse mosaico de habitats abriga comunidades
variadas de animais que se destacam pela diversidade de espécies e abundância de
indivíduos (BRASIL, 1999).

Os mamíferos correspondem ao segundo grupo mais diversos entre os


vertebrados terrestres no bioma Cerrado, representando aproximadamente 15% das
espécies conhecidas (Aguiar et al. 2004). São considerados, entre os grupos animais, os
seres mais evoluídos. Possuindo, como características principais, os mecanismos para
regulação de sua temperatura corporal (sangue quente), o corpo geralmente recoberto
por pelos, além das fêmeas serem providas de glândulas mamárias desenvolvidas, sendo
essa a característica que deu origem ao nome do grupo (STORER, 2002).

Dos mamíferos descritos atualmente, cerca de 524 espécies ocorrem em


território brasileiro, o que representa cerca de 13% da mastofauna do mundo. Esses
números fazem com que o Brasil possua a maior riqueza de mamíferos de toda a região
neotropical (FONSECA et al., 1996). Os mamíferos com ocorrência no Cerrado
totalizam cerca de 195 espécies, sendo que 18 delas são endêmicas e 17 estão incluídas
na lista nacional das espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção (MMA, 2003).

O Brasil possui mais de 700 espécies de mamíferos, divididas em 243 gêneros,


50 famílias e 12 ordens. Deste total, 298 espécies ocorrem na Mata Atlântica e 251 no
Cerrado, sendo respectivamente o segundo e terceiro bioma com maior riqueza de
mamíferos no território nacional (PAGLIA et al., 2012).

De modo geral, trata-se de uma comunidade faunística composta essencialmente


por animais de pequeno porte, sendo que 85% das espécies apresentam massa corporal
de até 5 kg e apenas quatro pesam mais que 50 kg, sendo dois ungulados e dois felinos.
A maioria dos mamíferos silvestres, com ocorrência confirmada no Cerrado, tem ampla
distribuição no território nacional e ainda que, no geral se possa considerar que o
número total de indivíduos de uma dada espécie seja relativamente alto, a maioria delas
tende a ser localmente rara, com grande variação de abundância entre as áreas. A taxa
de endemismo no grupo varia aproximadamente 12% para o Cerrado (MARINHO-
FILHO et al., 1994; PAGLIA et al., 2012).
8.1.4.3 Ictiofauna

O sistema do Alto Rio Paraná pertence à região ictiofaunística do Paraná (Géry,


1969) que inclui os sistemas dos Rios Prata, Uruguai, Paraná e Paraguai, e representa a
segunda maior drenagem hidrográfica na América do Sul, com 3,2 milhões de km2
(Lowe-McConnell, 1999). Corresponde à porção da bacia do Rio Paraná situada a
montante de Sete Quedas (agora inundada pelo Reservatório de Itaipu), incluindo
grandes tributários como os rios Grande, Paranaíba, Tietê e Paranapanema.

A ictiofauna do rio Paranaíba é uma subunidade importante da bacia do Alto


Paraná e foi alvo de poucos estudos, se comparada a outros rios da bacia, como os rios
Grande, Tietê e Paranapanema. A maioria dos estudos se concentram nos afluentes e se
restringe a relatórios técnicos realizados pelas companhias hidrelétricas da região
(Santos, 1999). Investigações envolvendo a fauna de peixes do rio Paranaíba em si se
limitam a trabalhos acadêmicos não publicados (Santos, 1999) ou à taxonomia (Vari &
Castro, 2007) das espécies. Dentre os grandes afluentes mineiros do rio Paranaíba,
pode-se citar os rios: Bagagem, Dourados, Araguari, Piedade e Tijuco.

A bacia hidrográfica do rio Tijuco com área aproximada de 1082,6 km²,


localiza-se no Triângulo Mineiro - MG, entre as coordenadas geográficas 19º07’44’’ S e
48º50’53” W. O rio Tijuco nasce a 950 m de altitude, nas coordenadas 19º 31’ 39.88” S;
47º 54’ 41.40’’W, no município de Uberaba-MG e tem sua foz a 526 m, sendo afluente
da margem esquerda do rio Paranaíba tendo como principais afluentes os rios: Prata,
Babilônia, Cabaçal, Douradinho (local do presente estudo), Panga, dentre outros (Valle-
Júnior et al. 2010).

A bacia do rio Tijuco é extremamente importante para a conservação da


biodiversidade de peixes de Minas Gerais, por se tratar de um dos últimos
remanescentes lóticos do rio Paranaíba (Drummond et al, 2005). A importância do local
já foi ratificada pelo Estado de Minas Gerais, que transformou o rio Tijuco a jusante da
cidade de Ituiutaba e todo o rio da Prata em área de preservação permanente ao criar
Refúgio da Vida Silvestre da Bacia do rio Tijuco (Minas Gerais, 2011).

Os ambientes de água doce são divididos em dois grupos principais: águas


correntes (ambientes lóticos), tais como riachos e rios, e águas paradas (ambientes
lênticos), como lagos, lagoas e pântanos. Os sistemas fluviais são, em sua maioria, mais
antigos que os lagos a eles associados, que se formaram quando os rios foram
represados (Lowe-McConnell, 1999).

O barramento de um curso d’água causa profundas alterações nos ecossistemas


existentes, afetando de forma mais drástica o meio aquático. Assim, dentre outros
aspectos, são bruscamente modificados, as características físicas, químicas e biológicas
da água, o regime do rio e, notadamente, a ictiofauna (Torloni et al., 1986).

Os impactos que as ações antrópicas causam aos ambientes lóticos levam à


perda de qualidade e dificultam a manutenção da integridade desses ecossistemas, além
de interferir na sustentabilidade de suas comunidades (Karr e Schlosser 1978, Karr e
Dudley 1981, Allan e Flecker 1993, Karr e Chu 1999). Embora seja comum o emprego
de critérios químicos para detectar os danos causados aos ambientes aquáticos,
avaliações dessa natureza geralmente subestimam a real magnitude desses danos (Karr e
Chu 1999). As abordagens mais recentes de avaliação da qualidade da água empregam
descritores físicos e químicos da água e informações sobre a biota aquática em
diferentes níveis de organização. Além disso, a estrutura física do hábitat também deve
ser considerada na avaliação da qualidade desses ecossistemas, pois influenciam na
estrutura e composição das comunidades biológicas, notavelmente peixes (Gorman e
Karr 1978).

8.1.4.4 Mirmecofauna

A Mirmecologia é o campo da Entomologia dedicado ao estudo das formigas.


Tal denominação vem, originalmente, do ácido fórmico, substância produzida pela
glândula ácida da maioria desses animais.

As formigas (Hymenoptera, Formicidae) são insetos sociais que cobrem uma


boa parte das síndromes e processos mais importantes em ambientes terrestres
brasileiros tais como, herbivoria, dispersão de sementes, predação, mutualismos com
plantas e hemípteros, dentre outros papéis ecológicos importantes, contribuindo, ainda,
de modo considerável, como biomassa alimentar para níveis tróficos superiores.

As formigas atuais e conhecidas até 1993 compreendem 16 subfamílias com 51


tribos, 296 gêneros e 9.536 espécies, além de 408 fósseis. Estima-se que existam cerca
de 18.000 a 20.000 espécies de formigas em todo o mundo. No Brasil, já estão
catalogadas mais de 2.000 espécies e apenas algumas dezenas podem ser consideradas
como pragas (BUENO E CAMPOS – FARINHA, 1999).
Esses animais manifestam uma vasta diversidade de formas e comportamentos,
se diferenciando em questões de cor, tamanho, pilosidade e agressividade, até mesmo
dentro de um mesmo gênero. O tamanho, por exemplo, varia de um milímetro até mais
de quatro centímetros. As colônias de formigas, compostas por ovos, larvas, pupas e
adultos podem chegar a dezenas de indivíduos ou até mesmo milhões. Além disso,
podem ser encontradas desde as profundezas do solo até a copa das árvores.

É possível indicar as formigas como eficientes bioindicadores, sendo


especialmente úteis nos monitoramentos ambientais. Isso acontece por serem muito
diversificadas, facilmente amostradas e identificadas, comuns o ano todo, respondendo
rapidamente a alteração ambiental.

Mesmo sendo organismos abundantes em vários tipos de ecossistemas, as


formigas não são objetos de estudo tão frequentes no Cerrado, afinal a quantidade de
espécies ainda é incerta. Isso se deve à falta de levantamentos e monitoramentos.

8.1.5 Geologia

A análise dos fatores geológicos de uma região fornece informações das


características mineralógicos e texturais das rochas, bem como a estrutura, considerando
a existência de falhas, fraturas e contatos litológicos, assim como agentes
condicionantes de processos erosivos (BEZERRA NETA; TAVARES JÚNIOR, 2012).

A região do Triângulo Mineiro está inserida tectonicamente na província


geológica denominada Bacia do Paraná, constituída por uma sucessão sedimentar-
magmática com início das deposições no Neordoviciano e término no Neocretáceo
(MILANI, 2004).

Para Silva et Al (2003) a sequência evolutiva da Bacia do Paraná corresponde a


três áreas de sedimentação independentes, separadas por profundas e generalizadas
discordâncias: a) Bacia do Paraná propriamente dita, uma área de sedimentação que
primitivamente se abria para o oceano Panthalassa, a oeste, no final do Paleozoico; b)
bacia Serra Geral, compreendendo os arenitos eólicos da Formação Botucatu e os
derrames basálticos da Formação Serra Geral, no Triássico, e; c) Bacia Bauru, uma
bacia intracratônica, Neocretácea.

Nesse contexto, os estudos realizados para classificação geológica da região do


Triângulo Mineiro identificam que a região se encontra sobre a Bacia Sedimentar do
Paraná, a nível morfoestrutural, apresentando como litologias as rochas do Grupo
Bauru, sotopostas às rochas basálticas da Formação Serra Geral do Grupo São Bento. O
Grupo Bauru no Triângulo Mineiro é representado pelas Formações Adamantina (Vale
do Rio do Peixe), Uberaba e Marília.

Através da figura abaixo é possível visualizar a distribuição das litologias


inferidas para a região diretamente afetada do empreendimento.

Figura 10 - Mapa Geológico contemplando a área de estudo.

Fonte: Autor, 2021.

8.1.6 Solos e Relevo

Segundo o Plano de Ação de Recursos Hídricos da Unidade de Gestão Hídrica


Afluentes Mineiros do Baixo Paranaíba, a análise pedológica revela o amplo
predomínio de latossolos que ocupam 90% da área total da UPGH Afluentes Mineiros
do Baixo Paranaíba. Os solos podzólicos ocupam 5% da área total e os outros tipos,
incluindo glei pouco úmido, areia quartzosa e litólico, outros 5% da área.

Nessa área é comum que os solos apresentem baixa fertilidade natural, porém
possuam boas propriedades físicas que, sendo assim são aptos para irrigação por
aspersão.
O solo que classificamos é uma coleção de corpos naturais, constituídos por
partes sólidas, líquidas e gasosas, tridimensionais, dinâmicos, formados por materiais
minerais e orgânicos que ocupam a maior parte do manto superficial das extensões
continentais do nosso planeta, contêm matéria viva e podem ser vegetados na natureza
onde ocorrem e, eventualmente, terem sido modificados por interferências antrópicas
(SISTEMA BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS, 2018).

Como apresentado no mapa abaixo, a Fazenda Água Limpa está localizada em


área de Latossolo Vermelho-Amarelo. Esses são identificados em extensas áreas
dispersas em todo o território nacional associados aos relevos, plano, suave ondulado ou
ondulado. Ocorrem em ambientes bem drenados, sendo muito profundos e uniformes
em características de cor, textura e estrutura em profundidade (EMBRAPA, 201-).

O Latossolo Vermelho-Amarelo da região da bacia do Ribeirão Panga


caracterizado como solo profundo, bem drenado e distrófico com textura granular
média. Há ainda solos hidromórficos de textura arenosa no fundo (Universidade Federal
de Uberlândia, 2014), característicos das áreas de vereda de dentro da propriedade.

Ainda segundo a EMBRAPA (201-), são muito utilizados para agropecuária


apresentando limitações de ordem química em profundidade ao desenvolvimento do
sistema radicular se forem álicos, distróficos ou ácricos. Em condições naturais, os
teores de fósforo são baixos, sendo indicada a adubação fostatada. Outra limitação ao
uso desta classe de solo é a baixa quantidade de água disponível às plantas.

O relevo plano ou suavemente ondulado permite a mecanização agrícola. Por


serem profundos e porosos ou muito porosos, apresentam condições adequadas para um
bom desenvolvimento radicular em profundidade, sendo ampliadas estas condições se
em solos eutróficos (de alta fertilidade).
Figura 11 - Mapa Pedológico Fazenda Sobradinho.

Fonte: Autor, 2021.

Segundo SPERA et al. (2000), esse tipo de solo é encontrado em áreas planas e
suave-onduladas, podendo variar de chapadas a vales, além de estarem presente em
posições de topo até parte de encostas onduladas. Essas feições de relevo são frequentes
em áreas de derrame basáltico, como é caracterizada a região. O solo é resultante da
remoção de sílica e de bases trocáveis do perfil, por isso são caracterizados como
intemperizados. Os minerais secundários, compostos da fração argila, estão em
abundância nos latossolos, podendo ser encontrados na forma de silicatos (caulinita) ou
sob a forma de óxidos, hidróxidos e oxihidróxidos de ferro e alumínio.

Os latossolos possuem baixa fertilidade, porém são empregados na atividade


agrícola de culturas anuais, pecuária e reflorestamento, devido a possibilidade de sofrer
aplicações de corretivos e fertilizantes para obter um solo produtivo. Além disso, devido
a característica de relevo da região, planaltos com pouca inundação, há grande
facilidade no manuseio de máquinas agrícolas. Segundo SPERA et al. (2000), esse tipo
de solo possui porosidade e profundidade alta, propiciando a permeabilidade e
drenagem do solo.
Ainda segundo SPERA et al. (2000), o tipo de solo da região possui baixa
capacidade de troca catiônica (CTC) e para que essa situação seja convertida é realizada
práticas de manejo para aumentar a taxa de matéria orgânica no solo, já que a CTC
corresponde ao somatório das partículas negativas do solo (matéria orgânica, argila)
capazes de reter os cátions (Ca2+, Mg2+, K+, Na+, Al3+ e H+). Outra medida que pode ser
adotada é o plantio direto com rotação de culturas, pois possibilita o aumento do teor de
matéria orgânica.

8.2 Meio socioeconômico

9. ESTRATÉGIAS DE RECUPERAÇÃO
9.1 Caracterização da área a ser recuperada

Situação original imediatamente antes da degradação ou alteração, ou


ecossistema de referência e a situação atual, após a degradação.

Situação Original Situação Atual


Relevo
Solo e subsolo
Hidrografia
Cobertura Vegetal

MARI VAI FAZER OS MAPAS E O QUADRO

9.2 Objetivos específicos

Para a recuperação da área degrada em questão, objetiva-se recompor a camada


de solo retirada, reintroduzindo cobertura vegetal. Dessa forma, primeiramente a área se
tornará pasto para que seja feita uma boa fixação dos nutrientes e, após um tempo
determinado no cronograma, será feita a recuperação da vegetação.

9.3 Metodologia

A recomposição de áreas degradadas requer o emprego de técnicas adequadas


que são definidas em função das características do local. Dessa avaliação, depende a
seleção das espécies, os métodos de preparo do solo, a adubação, as técnicas de plantio
e a manutenção e o manejo da vegetação.
Vale ressaltar que o objetivo do projeto de recuperação de áreas degradadas visa
a reintegração de um ambiente anteriormente degradado às condições suficientemente
adequadas para o estabelecimento dos serviços ecossistêmicos providos, para aquela
determinada área do ponto de vista físico, sendo alinhado posteriormente ao PTRF
(projeto técnico de reconstituição de flora), criando assim uma nítida e bem delimitada
metodologia de recuperação de áreas degradadas.

9.3.1 Isolamento da área, por causa dos animais

A proteção das florestas, bem como dos animais, torna-se eficiente quando
existe um planejamento prévio das atitudes e atividades a serem tomadas e
implementadas nas diferentes situações que podem apresentar.

No caso no presente estudo, a melhor opção será o cercamento da área para


impedir que o gado e outros animais adentrem ao local de recuperação, garantindo que a
mesma seja feita de acordo com o cronograma estabelecido e sem demais
intercorrências.

9.3.2 Análise físico-química, compactação (importante para a correção do solo)

9.3.2.1 Preparo do solo

Serão realizadas a limpeza da área e análises físico- para análise e comparação


do estágio de degradação do solo na área degradada. Caso seja verificado a necessidade
de correção do solo, está será realizada antes do recebimento das mudas nativas,
concomitantes a gradagem do solo, método utilizado para descompactar o solo.

Posteriormente, o solo fértil, denominado topsoil, será integrado ao terreno a ser


recuperado. Ressalta-se que esse solo deverá ser de boa procedência, ou seja, deve ser
retirado no próprio empreendimento, ou adquirido com empresas do ramo.

A camada superficial do solo, também chamada de topsoil é rico em matéria


orgânica, microorganismos, raízes e sementes. Para recuperação de áreas degradadas, a
transposição do topsoil é importante, pois permite recuperar o solo inicialmente, para
depois empregar outros métodos para restaurar a vegetação.

9.3.2.2 Plantio de mudas

Segundo Gandolfi e Rodrigues (1996), as espécies arbustivo-arbóreas podem ser


classificadas em:
 Pioneiras: espécies claramente dependentes de luz. Não se desenvolvem
no sub-bosque e se estabelecem em clareiras ou bordas de florestas.
 Secundárias iniciais: essas espécies ocorrem em condições de
sombreamento médio, ocorrendo em clareiras pequenas, bordas de
clareiras grandes ou de florestas ou no sub-bosque não densamente
sombreado.
 Secundárias tardias ou clímax: espécies que se desenvolvem no sub-
bosque em condições de sombra leve ou densa, onde podem permanecer
toda a vida, ou podem crescer até alcançar o dossel. Ainda segundo os
mesmos autores, são três sistemas de revegetação que podem ser
utilizados:
 Implantação: acontece em áreas bastante degradadas que
perderam suas características bióticas originais. Nesse sistema, as
espécies são introduzidas em sequência cronológica: espécies pioneiras,
secundárias iniciais e secundárias clímax. Na maioria dos trabalhos as
espécies são introduzidas a partir de mudas, mas têm aumentado os
estudos com o objetivo de se avaliar os resultados utilizando-se a
introdução de sementes.
 Enriquecimento: é utilizado em áreas em estágio intermediário de
perturbação, que ainda mantêm algumas das características originais.
Geralmente, essas áreas apresentam-se cobertas por capoeiras, com
domínios de espécies dos estágios iniciais de sucessão. Nesse sistema são
introduzidas espécies secundárias ou clímax sob a copa das árvores
pioneiras que já ocupam essas áreas.
 Regeneração natural: utilizado em áreas pouco perturbadas que
mantêm as características originais. Essas áreas são isoladas de eventuais
perturbações e é adotado o controle de espécies de lianas (trepadeiras) ou
de espécies pioneiras agressivas (gramíneas). Esse sistema pode ser
combinado com o sistema de enriquecimento, onde são introduzidas
espécies dos estágios secundários de sucessão.
9.4 Medidas de implantação

Será realizada o método de implantação, para a recuperação da área, com o


plantio de mudas nativas em linhas, inclusive de espécies frutíferas, que funcionam
como atrativos para pássaros e promovem a disseminação de sementes. A Tabela 4, lista
as possíveis espécies a serem utilizadas nos locais destinadas a recuperação nas áreas
de preservação permanente. Estas espécies são recomendadas para restauração da
fitofisionomia em que estão inseridas, segundo o Manual de Identificação de Mudas de
Espécies Florestais.

Tabela 4 - Listagem de espécies sugeridas para reconstituição da flora

ESPÉCIES NOME POPULAR SUCESSÃO ECOLÓGICA


Myrsine coriacea Capororoca Pioneira
Senegalia polyphylla Monjoleiro Pioneira
Piptadenia gonoacantha Pau-jacaré Pioneira
Anadenanthera colubrina Angico branco Pioneira
Cecropia spp Embauba Pioneira
Bowdichia virgilioides Sucupira preta Pioneira
Sapium glandulosum Leiteiro Pioneira
Copaifera langsdorffii Copaíba Pioneira
Lithraea molleoides Aroeira brava Pioneira
Schinus terebinthifolius Aroeira vermelha Pioneira
Jacaranda micrantha Carobinha Pioneira
Eugenia involucrata Cerejeira Pioneira
Schizolobium parahyba Guapuruvu Pioneira
Psidium cattleianum Araçá amarelo Pioneira
Hura crepitans Acaçu Pioneira
Maclura tinctoria Taiúva Pioneira
Casearia sylvestris Guaçatonga Pioneira
Myroxylon peruiferum Bálsamo Secundária inicial
Myracrodruon urundeuva Aroeira do sertão Secundária inicial
Pterogyne nitens Amendoim bravo Secundária inicial
Xylopia aromática Pimenta do macaco Secundária tardia
Matayba guianensis Camboatá-branco Secundária
Terminalia argentea Capitão do mato Secundária
Cederela fissilis Cedro Secundária tardia
Rapanea guianensis Peito de pomba Secundária tardia
Didymopanax morototoni Mandioção Secundária inicial
Brosimum gaudichaudii Maminha cadela Secundária inicial
Salacia elliptica Bacupari-da-mata Secundária
Dipteryx alata Baru Secundária
Pseudobombax longiflorum Embiruçu Secundária inicial
Dimorphandra mollis Fava d’anta Secundária
Inga alba Ingá Secundária inicial
Machaerium villosum Jacarandá do mato Secundária inicial
Sparattosperma leucanthum Cinco folhas Secundária inicial
Styrax ferrugineus Laranjinha do cerado Secundária
Hyeronima alchorneoides Licurana Secundária inicial
Citharexylum myrianthum Pau viola Secundária inicial
Endlicheria paniculata Canela-jacuá Climax
Cariniana strellensis Jequitibá rei Climax
Cariniana legalis Jequitibá rosa Climax
Swartzia langsdorffii Pacová-de-macaco Clímax
Caesalpinia ferrea Pau ferro Climax
Caesalpinia spp Sibipiruna Climax
Aspidosperma polyneuron Peroba rosa Climax
Zanthoxylum rhoifolium Mamica-de-cadela Climax
Poecilanthe parviflora Coração de negro Climax
Ilex paraguariensis Erva-mate Climax

O plantio de mudas tem o objetivo de proteger o solo contra os efeitos da erosão,


delimitar a área de preservação permanente, além de melhorar o aspecto visual. A
densidade de plantio deverá ser próxima das condições originais no mesmo ambiente e
estágio sucessional.

É necessário observar quais espécies são frequentes na região e levar em


consideração os diferentes tipos de vegetação para a escolha das espécies e sucesso do
plantio. É bastante pertinente alternar as espécies, ou seja, não repetir a mesma espécie
sequencialmente. Por exemplo, não plantar uma linha somente com Guanandi ou Cedro-
do-brejo, entre outras (CURY E CARVALHO JR.,2011).

A distribuição de forma aleatória das mudas, assim como a escolha por espécies
locais diminuem as chances de proliferação de pragas e a competição por recursos, pois
espécies diferentes tem necessidades diversas por água, luz e nutrientes. Além disso
quando as mudas são colocadas aleatoriamente, eleva-se a relação de facilitação entre as
espécies, pois uma espécie cria condições para a outra se desenvolver (CURY E
CARVALHO JR.,2011).

As linhas deverão ser plantadas com mudas mistas ou, ao acaso, onde as
espécies arbóreas pioneiras (espécies mais rústicas, de rápido crescimento e formação
de copa) e as espécies de diversidade não pioneiras (espécies diversas, como frutíferas,
árvores de porte baixo e/ou crescimento mais lento) serão dispostas alternadamente na
mesma linha de plantio conforme modelo a apresentado a seguir. A utilização de
espécies frutíferas é interessante, pois aumenta a dispersão das sementes através de
animais, principalmente as aves.

Figura 12 - Exemplo de plantio de mudas em linhas mistas de forma intercalada

Fonte: Cury e Carvalho Jr, 2011.

O plantio das mudas ocorrerá em uma única etapa, com espaçamento de


4x3metros de distância (12,0 m²) entre as mudas, sendo que o primeiro número se refere
à distância entre as linhas e o segundo à distância entre as mudas. Este espaçamento já é
bem adensado, considerando que a maioria das espécies serão pioneiras. O que já prevê
possíveis perdas sem comprometer a recuperação da área.

9.4.1 Preparo do solo

Deverá realizar a limpeza da vegetação exótica e invasora existente (Brachiaria)


no local destinado ao plantio das mudas e, posteriormente, realizar o coveamento e a
introdução das espécies, selecionadas pelo proprietário, constadas na Tabela 4. A
manutenção dessas áreas deve ser realizada de forma manual, com capina ou roçadeira,
e após a limpeza e o coveamento, realizar o coroamento de 40 cm de raio em torno das
covas destinadas ao plantio.

9.4.2 Espaçamento
O espaçamento utilizado, para o plantio das mudas será de 4x3 metros de
distância (12,0 m²) entre as mudas, sendo que o primeiro número se refere à distância
entre as linhas e o segundo à distância entre as mudas. Essa configuração define a
quantidade de mudas, insumos e serviço, pois estes itens são calculados de acordo com
esse espaçamento, e será utilizada com o objetivo de contribuir para evitar o desperdício
de mudas.

9.4.3 Adubação

Recomenda-se a aplicação de 25 gramas de adubação para cobertura, ou seja 20-


00-20, aplicado diretamente no solo no entorno da muda.

9.4.4 Plantio

Conforme já explanado anteriormente, o plantio de mudas na área será realizado


de forma imediata no período chuvoso com espaçamento 4x3, afim de diminuir o grau
de perturbação na área. Ao escolher as espécies, deverá manter-se uma proporção de
70% de espécies pioneiras e secundárias iniciais, combinadas com 30% de espécies
secundárias tardias e clímax, distribuídas ao acaso na área. As espécies pioneiras darão
condições de sombra mais cerrada às espécies climáticas, enquanto as secundárias
iniciais fornecerão sombreamento parcial às espécies secundárias tardias (KAGEYAMA
et al., 1990).

O plantio de mudas na área deverá ser feito de forma manual nos três primeiros
meses do período chuvoso (novembro a dezembro), permitindo que as mudas recém-
plantadas tenham ainda um período considerável de chuva e boas condições climáticas,
o que favorece sua estabilização e desenvolvimento em campo. Deve-se ter o cuidado
de retirar o saco plástico que envolve a muda ou recortar o fundo do mesmo no
momento do plantio. Coroamentos de 40 cm de raio precisam ser feitos utilizando-se
uma roçadeira ou enxada manual.
9.4.5 Replantio

O replantio, se necessário, deverá ser feito de acordo com as informações


obtidas através do monitoramento. Ele será indicado nos casos em que houverem
demasiada mortalidade, provenientes de formigas cortadeiras, operações de plantio,
entre outros fatores. Ressalta-se que o cálculo das mudas já prevê uma perda de 20%.

9.5 Manutenção e Monitoramento


9.5.1 Controle de espécies invasoras

As espécies invasoras que mais dificultam o estabelecimento da regeneração são


as pertencentes a família Poaceae, normalmente denominada como gramíneas invasoras
como o, capim colonião, capim gordura e sapé. Será utilizado o método de controle
manual, anteriormente e após os plantios. Não se faz necessário retirar a palhada morta
de capim ao redor da muda, uma vez que ela proporciona maior umidade do solo além
de evitara germinação de novas gramíneas.

9.5.2 Prevenção Contra Formigas Cortadeiras

Os locais destinados a reconstituição deverão ser monitorados preventivamente


em busca de formigas cortadeiras, preferencialmente ao cair da tarde ou logo pela
manhã, com o intuito de registrar o pico de atividade das formigas. Os indicadores são
as trilhas (carreadores) e os montes de terra (olheiros). Para o controle das formigas em
APP não serão usadas iscas granuladas nem formicidas de contato, somente formicidas
naturais que são produtos à base de componentes naturais como mamona e gergelim.

-Medidas de prevenção ao fogo;

-Desenvolvimento do plantio (altura; DAP); - ver com a professora se esse


monitoramento pode ser feito por relatório fotográfico (fotos e drone)

-Relação do conjunto de espécies existentes na área em recuperação e sua


relação com a área de referência;

-Indicadores de resiliência (visitação de fauna; aumento de diversidade vegetal;


fertilidade do solo);

O monitoramento será realizado no momento da implantação do projeto e após


esse processo, em intervalos de um ano até completar dois anos da recuperação. A partir
de 2 anos da recuperação será feita uma nova análise da necessidade da frequência de
avaliações futuras, caso após a análise o resultado não for satisfatório será efetuado
novos plantio de novas espécies.

O método utilizado será um levantamento qualitativo das espécies plantadas e


espécies nativas brotadas, nas áreas definidas para recuperação, com a finalidade de se
avaliar o processo de regeneração natural na área em questão.

10. CRONOGRAMA FÍSICO

MARI VAI FAZER

11. CRONOGRAMA FINANCEIRO

MARI VAI FAZER

12. RESPONSÁVEIS TÉCNICOS PELA EXECUÇÃO DO PROJETO

 Bruno Costa Bruci


 Gabriel Basile Meloni
 Ially Samilly Queiroz Entreportes
 Luana Ferreira Vieira
 Melissa A. M. Maia dos Santos
 Nathalia Carvalho Arantes
 COLOCAR ENDEREÇOS, TELEFONE???

13. INTERESSADO OU REPRESENTANTE LEGAL

REVER NA AULA O QUE É PRA COLOCAR AQUI


REFERÊNCIAS

ALMG - Lei nº 20.922, de 16 de outubro de 2013: Dispõe sobre as políticas florestal e


de proteção à biodiversidade no Estado.

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14. ANEXOS

INSERIR ANEXOS

LAS CADASTRO

DADOS DO PROCESSO ANPM

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