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Fernanda Lima Magalhães Matrícula: 2120109

Resumo crítico sobre o acidente com o Césio 137 que aconteceu em Goiânia em 1987

Em 1987, na cidade de Goiânia, ocorreu um grave acidente, que resultou na morte e


na contaminação de muitas pessoas, após ter sido encontrado um aparelho de radiologia
abandonado onde funcionava o Instituto Goiano de Radiologia.

Homens que trabalhavam em um ferro velho encontraram a capsula que continha o


Césio 137, e o manipularam de forma indevida. A substância ficou popularmente conhecida
como "o brilho da morte". Por ter a característica de ser um pó brilhante, ele chamou
demasiadamente a atenção das pessoas que tinham contato com ele, e que por isso queriam
mostrar para outras pessoas como aquele pó era interessante.

Com isso cada vez mais pessoas eram infectadas, dentre elas adultos e crianças. As vítimas
eram pessoas muito humildes, com pouca instrução, o que contribuiu para que a
contaminação se espalhasse e atingisse mais pessoas. Elas não tinham a mínima noção de que
aquilo seria algo nocivo a saúde delas.

Como Odesson Ferreira, vítima do acidente, relata no documentário "O brilho da


morte: 30 anos do césio 137", esse acidente foi também um acidente de informação (por falta
de informação), pois nem mesmo os técnicos da comissão nacional de energia nuclear sabiam
o que estava acontecendo. E principalmente as vítimas, com pouca instrução, conforme já
citado.

No filme "CÉSIO 137 - O pesadelo de Goiânia", e no documentário "O brilho da morte:


30 anos do césio 137", percebe-se claramente que não havia nenhum tipo de ação preventiva
para que esse tipo de acidente não ocorresse, para que fosse evitado, e que somente ocorre
a fiscalização após o problema já ter acontecido.

Esse é um assunto de bastante importância, e que deve ser assim tratado, pois como
podemos ler no primeiro minuto do filme: "Se não for contido, o "lixo" da Energia Nuclear
pode determinar a longo prazo a extinção das Espécies."

Percebemos que esse é um assunto que é pouco conhecido. Inclusive pessoas com
maior grau de instrução, também poderiam ter dificuldade em reconhecer um material como
radioativo e, portanto, nocivo. Por isso é importante que materiais radioativos tenham seu
descarte feito da forma correta, para evitar que acidentes como esse possam ocorrer
novamente.

Onde deve ser descartados os materiais radioativos? No caso do documentário, onde está
hoje os rejeitos das cápsulas de Césio 137?

Conforme informação contida no site da CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear, e de


acordo com a Lei 10.308/2001, o recolhimento e armazenamento de rejeitos radioativos é
uma atividade de responsabilidade legal exclusiva da CNEN que atende às instalações que
geram rejeitos radioativos que necessitam de destinação apropriada. Os rejeitos radioativos
são recolhidos e armazenados depósitos intermediários existentes em unidades técnico-
científicas da CNEN. A CNEN realiza também o controle institucional de Depósito Final de
Abadia de Goiás, onde estão armazenados definitivamente, acondicionado em contêineres
concretados, os rejeitos gerados em decorrência do acidente com Césio 137.

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