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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPE NAS FACULDADE DE ENGENHARIA MECANICA DEPARTAMENTO DE PROJETO MECANICO EMBRAGENS POR ATRITO 2, ‘Tipos de Apopinmentos por Atrito Os principais tipes de acoplameatos por atrito sie chamados de embreagens @ frelos. As primeira se dividem basicamente em embreagens & & tamber « 2 cdnicas, eng) imo se dividem ts que os fis = em fh disco, com diversas consirugbes derivadas. Cada um desses tipos de iamentes & discutido a segum. 24. _Emibreagens 3 disco pars aso com Transmissies Mecanicas ‘TranataissBes mecdinicus so utitizadas entre a fonte de poténcie. o motor, ea carga, que é ondz a cnergis gerada esti sendo consumide. Nos casos mais simples, sto cedures de velocidade de um estigio, que servem também para aumentar 0 & sue disponivel ae motor, permitinde e uso de motores -menores para 0 ationamente da carga. Nos casos mais smiissiies nic ttm apenas ume relagto fixa de transmissfor posmuem diversas combinacdes possivels que permitem que a velocidade soja eurmentada ou ceduzida, dependendo da sofds deseiada, Algumes iensmissies pemnitom que a alteragio da relsgio de transmissio seja feita de forms gradual, como nas CVTS, discutidas em aula: outras nfo permitem ¢ variagle gradual. © tipo mais comum de teusmissio & por exgrenmayens, witizada prinsipalmente em veieulos vas, Nesse tdpe de transmissZo. o torque de motor & fo até a saida da tam jum conjunto de pares de engrenagens conjugadas. Para que a relagio de transmissto seja alterada, ¢ Recessirio que um par ou mais do conjunto scja desacoplade ¢ que outro par, ow pares, sejam acoplades. Como as engrenagens so rigidas, sistemas mecén es compléxos fazem com que as velocidades tangenciais das engrenagens que serio acopladas se aproximems, Ainda assim, os dentes sofreriam tedo o choque causado pelo subto acoplamento da carga ao motor numa nova relagio de transmissdo, a menos que essas velovidades fossem absohutansente iguass. Para evitar esse ehoque, 0 motor ¢ desacoplado da ficha de tanseniss no instante da alterago da relagdo de transmnissio (mudanga de marcha) cont © uso de uma embreagem. Como veiculo possui ingrcia maior do que 0 motor, a sus velocidade seré relativamente estével durante o carto pariodo da iroca de marehas e 0 eixo de acionamento ds transmissio (entrada) pode ser levado até uma velocidade compativel com a do veiculo. Nesse instante, 0 ¢ixo de entrada da transrafssdo estard acoplade por engrenagens ao eixo de saida; « eixe do motor poderd estar em rotagio diferente. Com o alivio da embreagem pelo condutor do veiculo, a embreagem serve de acoplamento entre © motor ¢ a transmissfo: se as rotagdes forem diferentes, os elementos de atrsto da embreagem deslizario até que estas iam igusis, A figura 2 mostra um tipo simples de embreagem automotiva, Este tio trabatha a seco, ou soja, 0s discos ado estio ebebidos ema Geo. 0 que serviria para-resfiamento do conjunto. A embreagem mostrada esti’na posicdo acionads. Nessa po igo, © volante, preso ao eixo do motor, est transmatindo © torque através de parafusos & placa de pressio. As molas, normlmente de 6 a 10, pressfonam essa placa contra o disco, que tambérn se apdia no volanie do lado aposte. © disco & ident ado na figura elas laterais que atritem com os elementos citados. chamadas de pi ines de fricgdo, © conjunto volante-erxo do motor fun "na como um: cubs, no qual ¢ cofecado win rolamento para apoiar o eixo de saida da embreagem, que vai para a transmnissio. Assim, ambos os eixos permanecem aiinhados podem trabathar em rotagdes diferentes quando 2 embreagem no esté iransmitindo torque, u que ocorte Quando 0 condutor aciona 2 embreagem, os eixas se desacoplam ¢ @ embreagem poderia izat 4 expressio “embresgem: acionada” poderia dar mmargem a uma inierpretacio errada do wsiderada como que na posiglo no acionada, Assim, & nocessirio definit © que se deseja dizer: quando for dio que a embreagem esté acfonada fica convencionado que ¢ condutor acionou a alavanca dde embreagem ¢ os eixos deixaram de estar acoplados, Na figura 2, quando 0 condutor aciona o pedal da embreagem,um cabo aciona a alavanca mostrada com @ nome “aliviar”, que destoca o cubo smastrage ao fongo do eixo, Esse movimento move a alavanca de alivio comprimindo as molas contra a @ cobertera externa de embreagem, fazende com que a placa de pressio se afaste do disco ea cembreagem seja desacoplada, Figura 2 ~Hsquema simplificade de Embreagem Automotiva Atuslmente, ¢ tipo mais comuin de embreagem autornotiva nie utiliza molas helicoidis, mas um tipo especial de mola prato, chamada velgarmente de chapéu chings. A figura 3 mostra case tipo de clemento, 4 esquerda, Mostra também, a dircita, um disco de cmbreagem comum. A molas centrais io pare amortecer os chogues torsionais, Figura 3 ~ Mola prato ¢ disco de easbreagem automotiva ‘Um tipo de embreagem também empregada em veieulos automotives, em especiol em caminhdes de pequeno porte ¢ caminhonetes, é a de miltiplos discos. Também empregada em taiguinas agricolas © outros dispositives mecinicos, esse tipo de cmbreagem fa. uso de am nimero ‘maior de discos para transmitir torque elevados. Como vaniagem, ocupa um espace radial sito menor o que as embreagens convencionais & seco; come desvantagem, osupem tm espago axial muito raaior. 4, Dimensionaments dos Acoplamentos por Atrito © dimensionamento do sistemas de feios ou embreagens requer © conhecimento do tipo do acionaments (mecdnicovelétricofmeumitico, manualfautomitico, ..), do tipo do scoplamento (amboridisco), da estruturs de apoio e das caracceristicas basicas do dispositive ou veteulo onde ser utilizado, Cada uma desse topicos requer um estudio aprofuundado, mas somente o dimensionamento do acopiamento em si (fisiovembreagem) serd trsiado nessa apostila, O dimensionamento do acionamento pode ser visto em disciplinas da drea de eletricidade ou mecdnica dos fiuidos; da esirutura de apoio ‘ratado om Resisténcia dos Materiais © em Blementos de Maquinas; 9 do dispositive completo sera abordado em Projete de temas Mecinicos, 4.1. Conceitos basicas A figura 1f mostra um esque: de um acoplamente por auito, Embora seja melhor aplicado ao msionamento de acoplamentos por discos, alguns conceitos importantes para todos os tipos de acoplamentos podem ser apresentacios com esse tipo de arranjo. Matenal de Fees Figura 11 - Esquema simplifieado de Acoplamento por Atrito com destocamente axial Na figura podem ser vistos o raio interno do material de fricgfo rj, 0 raio extemo ry ,e um elemento na forma de anet com espessura radial dr. Quando a parte da dircita do acoplamento se move ‘para 2 esquerda, © disco movido entra em contato com o material de atrito (on fiogd0} do disco do rotor, Em fungio do esforyo aplicado, surge uma pressio entre as superticies ¢ 0 acoplamento comoga transmitir torque. Dois modelos sio utitizades 0 dimensionamento do acoplamento: pressio uniformemente distribuida e desgaste uniforme. 4.1.1. Modelagem por Pressio Constante € suposto gue = pressée emire em qualguer ponto da superficie de contato & 2 mesma, Esse modelo serve para quat as saperficies so paralclas, 0 que normalmente ocorre quanclo 0 acoplamer mo & novo, ou seja, pouco despastada. Segundo esse modelo, o elemento de espessura dr mostrado na figufa suporta uma pressio p quando a forga de icagdo (contato) sobre ele ¢ dF. A pressto p & a mesma para qualquer ponto da superficie de contato ea forga dF pode ser caleulada por: dF = Qmir\p s A forge total uilizada no acopiamento pode ser caleulada somando-se a contribuigdo de cada clemento, conforme: B= [ 2aprdr = mpl} = 12) a Da mesma forma, a contribuigo de torque de cada elementos é dada por aT = Qardr) pfr a A contribuicdo total dos clementos para o torque é dada por- . (4 [299° fa jaf @-e) Quando consideramos mais de uma superficie de atrite, © torque disponivel no acoplamento deve ser calculado multiplicando-se o torque da equaedo 4 pelo niimere de superficies em contato Incluind esse valor ¢ substituindo o resultado da forga obtide na equagio 2 na equas3o 4, o torque pode ser calculads por: = ZENG 8 3m T 4.1.2, Modelagem por Besgaste Uniforme ‘© mesmo tipo de anilise pode ser feita considerando o desgaste uniforme em toda a superficie de contato, Esse € 0 caso de acoplamentos usados & € 6 que melhor se aplica na previséo do que seontece na pritica. Na realidade, como o desgaste ¢ proporcional ao trabalho de atrito exscutado © ‘esse & proporeional & forca de atrito ea tancin cireunferencial peroorrida, 0 desgaste acaba sendo Fined dessa dist maior do que na regio mais intema, sea pressdo for a mesma, Assim, um seoplamento novo comeea ia, Como a distdncia percorrida ¢ fingio do raio. 0 desgeste na regio mais externa 3 ser desgastedo na superficie loge que se acepla pele primeira vez, alterando a distibuigdo de pressBe Ssperficial. Conforme o desgaste aumenta, um disco apdis no outro de mancia diferente, desgastando ‘mais cm algumas reyides. Q formato da superficies no contato tenderd quele que pennitiri o desgaste uuniforme ¢ @ modelo que 0 representa seri valido, E smportante destacar que ambos os iodelos slo vilidos, ¢ existem momentos em que neahum ¢ valido, mas 0 por desgaste unitorme representa melhor © que econtece porque os msteriais de atrto trabatham man pouce tempo com presse constante, © desgaste & proporeional ao trabell de atrito, que pode ser iculado pelo produto da forga A atrito pela distineia percortida. Como princi varifvel € proporcional & pressdo superficial enquanto que a segunda & proporcional & posiydo radial, o desgaste & proporcional ao produto da pressiio p e do f 7 Assim, esse produto pode ser substituido na equagio 3 pelo produto dessas vaniveis em qualquer ponte. Como o produto ¢ contante, a presséo & maxima (Pmgx) quando 0 raio & minimo (5) ¢ {6} 7 Com a substituigio do valor de pressio maxima da equagio 6 na equagio pare 0 eéleulo do tongue, meluindo o nimero de superficies em contato, obsem-se: {i 18} T=Fil ‘A equavdo & mostra urna interesante cracteristiea da madelagem por desgasteuniforme, que & Pennitir 0 edlcuto do torque a ser transmivido pelo produte entre a forga total de atrto e o raio mdio da icie de atito, Embreagens Cénicas Embreagens eas Sto utilizadas quando se deseje grande amplificago da fora de aplicagiio som que baja limitsgdo axial para deslocamento. O princi 10 bisico 6 @ da cunba: quande a parte chamada cone desioca-se para a esquerda igira, pela astio da torga da mois, surge uma pressio nas superficies de contato, que aument conforms © deslocamento axial aumenta, Esse esforgo gerado dep. do cone (a). Para desacoplar a embreagem, basta mover o cone A grande vantagem desse tipo de embreagem & permitir um grande esforgo normal nas sipettices‘em contato sem un apreciivelesforeo de engate, A desvantagem £ o movimento axial, netn sempre possivel na masoria dos dispositivos, Embresgens eGnicas também so empregadas como frios. * pmo de Cone Tambor ||! Figura 4 ~ Esquema basico de wn Embreagem Ciniea Embreagens Cénicas ‘Na figura 4 foi apresentada 2 cmbreagem cénica e sun dimensio mais caracterfsctiea, o Angulo do cone, A igure 18 repete a figura 4 com a projesio de seu cone do lado direite. Usands o mesmo procedimento pare desenvolvimento das eq usado para as embreagens de discos, ¢ bes que fi possivel determinar uma drea de contato, com espessuta Istersl dr, mas com espessura real defvenc Essa 6, na realidede, 2 tinica diferenga na modelagem entre us duas emibroagens. Observando as equagdes 1 ¢ 3, nota-ce que 2 contribuicio de cada elemento pode ser cbtida simplesmente dividinds 0 ‘valor obtido naquelas equases por senaz. Como 0 valor do angulo de seno sio constantes, 0 resultede a integragio mostrado nas equagées 2, 4, 5,6.7 ¢ 8 continua valendo, desde que dividide peto seno do Angulo do cone. Figura 18 — Esquema Geométrice simplificade para Embreagens Cénicas Como exemple, 0 valor do torque para 2 modelagem’por pressiio constante para embreagens © ebaicas # dado por: 7) 128) fo, devide a dificuldade © valor do nimero de superficies em contato & sempre a teonoldgica do consinar embregense joas mikipias num mesmo conjunto,

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