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WINGLET - CURSO DE FORMAÇÃO DE COMISSÁRIOS DE VÔO

METEOROLOGIA
A Meteorologia é a ciência que estuda os fenômenos da atmosfera e pode ser dividida em dois grandes
ramos:

 Meteorologia Pura: Voltada para a área da pesquisa – meteorologia sinótica, dinâmica, tropical,
polar etc.

 Meteorologia Aplicada: Voltada para uma das atividade humanas – meteorologia marítima,
aeronáutica, agrícola, bioclimatologia etc.

O vocábulo Meteorologia, de origem grega, apresenta a seguinte etimologia:

 METEORO: significando fenômenos (atmosféricos);


 LOGUS: significando estudo (tratado).

Assim, a Meteorologia é a ciência que se destina ao estudo dos fenômenos que ocorrem na atmosfera
terrestre.

ORGANIZAÇÃO DA METEOROLOGIA

Dois organismos internacionais ligados à ONU (Organização das Nações Unidas) regem as atividades
ligadas à Meteorologia Aeronáutica em termos mundiais: a OACI (Organização de Aviação Civil
Internacional) ou, em inglês, ICAO (International Civil Aviation Organization), e a OMM (Organização
Meteorológica Mundial).
A OACI é o órgão dedicado a todas atividades ligadas à aviação civil internacional - incluindo a
Meteorologia Aeronáutica - sendo um de seus principais objetivos possibilitar a obtenção de informações
meteorológicas necessárias para a maior segurança, eficácia e economia dos vôos.
A METEOROLOGIA AERONÁUTICA por sua vez, é o ramo da Meteorologia Aplicada que estuda
os efeitos que os fenômenos meteorológicos fazem nas aeronaves e tudo mais pertinente à aeronavegação.

A TERRA NO SISTEMA SOLAR


A Terra é o terceiro planeta do sistema solar, por ordem de distância do Sol, com um diâmetro
aproximado de 12.500 km. Em virtude da forma elíptica da órbita terrestre, a distância Terra-Sol varia ao
longo do ano em torno de um valor médio de 149.600.000 km. O ponto da trajetória da Terra que se acha
mais próximo do Sol chama-se "Periélio", e o mais distante, "Afélio".

MOVIMENTOS DA TERRA

Tendo como referência o Sol, a Terra executa dois movimentos básicos dentro do sistema solar:

1. MOVIMENTO DE ROTAÇÃO

Este movimento da Terra é feito com velocidade constante em torno de um eixo imaginário, cuja
direção são os pólos terrestres. A rotação da Terra em torno do seu eixo se faz no sentido Oeste-Este, num
período de, aproximadamente, 24 horas. Assim, a Terra tem sempre uma de suas faces voltadas para o Sol (o
dia), enquanto a outra fica às escuras (a noite).

2. MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO OU REVOLUÇÃO


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Neste movimento, a Terra percorre uma trajetória elíptica, de oeste para este em torno do Sol, num
período de 365 dias e ¼ de dia. Para minimizar erros na medida do ano, introduziu-se, a cada 4 anos, um
Ano Bissexto de 366 dias.
A órbita elíptica da Terra, no movimento de translação, faz com que ela periodicamente se situe mais
perto do Sol (Periélio) e mais afastada (Afélio). Estes dois pontos: Periélio e Afélio, recebem o nome de
Solstícios e ocorrem, respectivamente, nos dias 21 de dezembro e 21 de junho (Inverno e Verão no
Hemisfério Norte).
Apresenta, ainda, posições médias, eqüidistantes do Sol, chamadas Equinócios, que ocorrem nos dias
23 de setembro e 23 de março (Outono e Primavera no Hemisfério Norte).

Movimento de Translação

Coordenadas Geográficas

O sistema de mapeamento da Terra através de coordenadas geográficas expressa qualquer posição


horizontal no planeta através de duas coordenadas existentes, alinhadas com o eixo de rotação da Terra.
Para se designar uma localização exata para qualquer ponto na superfície do globo terrestre, este é
dividido em latitudes, que vão de 0 a 90 graus (Norte ou Sul) e longitudes, que vão de 0 a 180 graus (Leste
ou Oeste):

Meridianos: São semi-círculos


máximos, cujos extremos
coincidem com os pólos norte
e sul da Terra formando um
arco de 180º.

Paralelos: São círculos
perpendiculares ao Eixo
terrestre. Os paralelos vão
sempre em direção leste-oeste

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As diversas posições da Terra no espaço, em relação ao Sol, fazem surgir zonas de características
peculiares, muito importantes no contexto meteorológico:

EQUADOR (LATITUDE ZERO) - Maior circunferência do globo terrestre, com aproximadamente 40.000
km, divide a Terra em dois hemisférios.

TRÓPICOS DE CÂNCER E DE CAPRICÓRNIO - Latitude de 23º 27’. Os raios solares se projetam


perpendicularmente sobre esta latitude, tanto no Hemisfério Sul (Trópico de Capricórnio) quanto no
Hemisfério Norte (Trópico de Câncer), nos Solstícios de Inverno e de Verão, respectivamente.

CÍRCULO POLAR - Latitude de 66º 33’ (sessenta e seis graus e trinta e três minutos).

ZONA EQUATORIAL - Geograficamente, a zona equatorial está situada imediatamente em torno do


Equador Terrestre, entre as latitudes de 15º N e 12º S.

ZONA TROPICAL - Geograficamente, a Zona ou Região Tropical corresponde à área compreendida entre
os Trópicos de Câncer e Capricórnio.

ZONA TEMPERADA - Corresponde à área compreendida entre o paralelo 30º e o Círculo Polar (Ártico ou
Antártico).

ZONA POLAR - Corresponde à área situada acima do Círculo Polar, onde as temperaturas são, geralmente,
muito baixas.

Zonas Climáticas

ATMOSFERA
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A Terra, em sua órbita em torno do Sol, acha-se envolvida por uma camada gasosa chamada Atmosfera.
A atmosfera padrão é definida como sendo uma mistura mecânica, inodora e incolor de gases, na qual
cada um dos seus componentes exerce uma função definida. Na atmosfera iniciam e evoluem a totalidade
dos fenômenos meteorológicos.

1 – COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA

A composição padrão, para fins de estudo, é aquela que considera o ar sem impurezas ou vapor d’água,
devido à grande variação no tempo e no espaço que estes apresentam. Essa composição padrão é a seguinte:

Nitrogênio 78 %
Oxigênio 21 %
Argônio 0,9 %
Outros Gases 0,1 %

OBS: O vapor d’água, apesar de ser fundamental para a maioria dos fenômenos que ocorrem na atmosfera
não faz parte da sua composição, assim como também as diversas impurezas: poeira, areia, cinza, fumaça
(conhecidas como núcleos higroscópicos) que contribuem para a formação das nuvens. Quanto à quantidade
de vapor d’água o ar pode ser classificado em:

SECO 0% de vapor d’água


ÚMIDO mais que 0% e menos que 4%
SATURAD 4% exatamente
O

OBS: O conteúdo de vapor d’água é maior no equador do que nos pólos, diminuindo com a altitude,
tornando-se quase desprezível acima de 30.000ft.

IMPORTANTE: A relação ar seco e ar úmido se faz notar pelo primeiro ser mais pesado que o segundo
devido ao peso molecular de seus componentes.

2 - FILTRAGEM SELETIVA DA ATMOSFERA

A principal função da atmosfera é exercer a filtragem seletiva dos raios solares, absorvendo, difundindo
e refletindo os comprimentos de ondas nocivos à vida:

 ABSORÇÃO: Ocorre nas camadas superiores, quando as formas de energia mais penetrantes e
perigosas à vida chocam-se com os átomos da atmosfera. Ocorre principalmente nas camadas superiores
absorvendo as formas de energia mais penetrantes, tais como: Raios Ultravioleta, Raios X e Raios
Gama, mas também ocorre em camadas inferiores, como no caso da Radiação Infravermelha absorvida
pelo vapor d’água e impurezas.

 DIFUSÃO: A difusão ocorre quando a luz passa através de um meio cujas partículas tenham o
diâmetro menor que o comprimento de onda da própria luz. Quando isso ocorre, parte da luz se espalha
em todas as direções. É a luminosidade ou distribuição dos diversos comprimentos de onda que compõe
a luz solar pela atmosfera dando origem a coloração do céu.

 REFLEXÃO: Além da absorção e da difusão, uma boa parte da radiação solar, de natureza luminosa, é
refletida de volta para o espaço, principalmente pelas nuvens e pela superfície da Terra. É o que se
conhece como reflexão.

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IMPORTANTE: À quantidade de energia solar que consegue chegar à superfície terrestre, após ser filtrada
pela atmosfera terrestre, dá-se o nome de INSOLAÇÃO.

OBS: Chamamos de ALBEDO a relação entre a radiação refletida e aquela incidente, sendo que a Terra tem
albedo médio de 0,35 ou 35%. Superfícies claras e brilhantes possuem um albedo maior do que as
superfícies escuras.

3 - ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA

3.1. Troposfera: Também chamada de baixa atmosfera, é a camada que se encontra em contato com a
superfície. Concentra de 75 a 80% do peso total da atmosfera e possui quase toda a umidade e a maior parte
das partículas atmosféricas. Sofre resfriamento e aquecimento por radiação. Tudo isso confere a ela a
capacidade de concentrar todos os fenômenos atmosféricos. É na troposfera que ocorre o fenômeno da
reflexão.
Graças ao aquecimento por contato com a superfície, a temperatura do ar diminui verticalmente nessa
camada a uma razão média de 0.65ºC/100m ou de 2ºC/1000ft, razão esta conhecida como Gradiente
Térmico. A extensão da Troposfera é variável de acordo com a latitude:

EQUADOR 17 a 19 Km
REGIÕES TEMPERADAS 13 a 15 Km
POLOS 7 a 9 Km

3.2. Tropopausa: Consiste na camada de transição entre a Troposfera e a Estratosfera. Possui uma
espessura de 3 a 5 km. Tem como principal característica a Isotermia.

3.3. Estratosfera: Camada que se estende até cerca de 70 Km acima da superfície terrestre, onde tem inicio
o fenômeno da difusão dos raios solares. Na estratosfera acontece também uma moderada penetração de
radiação ultravioleta, que se decompõe e forma uma zona de concentração de Ozônio entre 25 e 50 Km,
conhecida como Camada de ozônio (Ozonosfera).

3.4. Ionosfera: Mais elevada, a partir da qual se inicia a filtragem seletiva da radiação solar, através da
absorção dos raios solares. A Ionosfera é uma camada eletrizada, que vai de 70 km até cerca de 500 km de
altitude. A ionização da camada ocorre pela absorção dos raios gama, raios X e ultravioleta do Sol. Esta
camada auxilia na propagação das ondas de rádio.

3.5. Exosfera: A Exosfera caracteriza-se por representar a mudança gradativa da atmosfera terrestre em
espaço interplanetário. Sem topo definido, devido a sua baixíssima densidade, supõe-se que chegue à
altitude de 1.000 km. Nesta camada ocorre o fenômeno conhecido como Aurora Polar ou Boreal.

COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA TERRESTRE POR CAMADAS

EXOSFERA
500 Km
IONOSFERA

70 Km
ESTRATOSFERA CAMADA DE OZÔNIO

TROPOPAUSA 3 A 5 Km
7 A 19 Km
TROPOSFERA

PRESSÃO ATMOSFÉRICA
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A pressão atmosférica é definida como o peso exercido por uma coluna vertical de ar sobre a superfície.
A unidade de medida da pressão atmosférica é o hectopascal (hPa). A pressão média, ao nível do mar, é
admitida como sendo 1.013,25 hPa ou 1 ATM.
O instrumento utilizado para se medir a pressão atmosférica é o barômetro.

Barômetro de mercúrio Barômetro Aneróide

1 - VARIAÇÕES DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Por efeito de movimentos constantes do ar, variações de sua temperatura e teor de vapor de água, o peso
do ar sobre um dado ponto sofre variações constantes. A pressão, da mesma forma que a temperatura, nunca
se estabiliza por um período de tempo e, conjuntamente, esses dois parâmetros determinam a maior parte das
mudanças nas condições meteorológicas.

 VARIAÇÃO VERTICAL: A pressão atmosférica diminui com a altitude, pois há a diminuição da


coluna de ar, se tornando o ar cada vez mais rarefeito.

 VARIAÇÃO DIUTURNA: São oscilações que a atmosfera sofre para cima e para baixo, sob o efeito
da atração solar. Esse movimento, conhecido por maré barométrica, semelhante às marés oceânicas,
ocorre duas vezes por dia, variando em função da latitude, sendo mais acentuados na região equatorial e
inexpressivo próximo aos pólos. As pressões máximas ocorrem por volta de 10:00 e 22:00 horas local e
as mínimas ocorrem às 04:00 e 16:00 horas local.

 VARIAÇÃO DINÂMICA: Causada pelos deslocamentos horizontais dos grandes sistemas de pressão
e de massas de ar. É muito mais definida nas latitudes temperadas, onde ocorrem os maiores contrastes
entre as massas de ar.

OBS: À medida que se sobe na atmosfera, a Densidade do ar tende a diminuir, pois como este é
compressível, a diminuição da P.A ocasiona um conseqüente aumento de volume, influenciando no valor de
sua densidade (d = m/V)

IMPORTANTE: Nos pontos da atmosfera em que as pressões se encontram mais altas, dizemos que
existem Centros de Alta Pressão. Já nos pontos em que as pressões se encontram mais baixas dizemos que
existem Centros de Baixa Pressão. A pressão atmosférica em volta destes centros pode-se estender por áreas
mais ou menos extensas:

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Centros de Alta Pressão ou Anticiclones (H): Associados a bom tempo sem ocorrência de fenômenos
meteorológicos significativos com ventos divergentes e atmosfera estável.

Centros de Baixa Pressão ou Ciclones (L): Associados a mau tempo com diversos fenômenos
meteorológicos significativos, ventos convergentes e atmosfera instável.

CALOR E TEMPERATURA
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Calor nada mais é do que uma forma de energia. O calor surge a partir da agitação das moléculas de um
corpo qualquer quando aquecidos, tendo como conseqüência direta a dilatação e o aumento de seu volume.
A Temperatura, por sua vez, pode ser definida como o grau de calor de uma substância; ou a medida da
energia de movimento das moléculas. As temperaturas são medidas pelos termômetros e registradas pelos
termógrafos.

1 - PROPAGAÇÃO DO CALOR

O calor, como forma de energia, pode ser transferido de um corpo para outro, quando há uma diferença
de temperatura entre eles. O calor passa sempre de um corpo mais aquecido para outro menos aquecido.
A transferência ou propagação do calor na atmosfera se faz, basicamente, por quatro processos:

RADIAÇÃO: É o processo pelo qual o calor pode ser transferido de um corpo para outro sem contato entre
os corpos;

CONDUÇÃO: Transferência do calor, molécula a molécula, sem a mudança da posição relativa das
mesmas e sim por agitação.

CONVECÇÃO: Trata-se do processo mais comum da atmosfera e se traduz pela movimentação vertical do
ar por meio de correntes ascendentes (que conduzem o ar quente para níveis mais elevados, a partir da
superfície) e de correntes descendentes (que trazem volumes correspondentes de ar frio, dos níveis mais
elevados para a superfície). Esse fluxo de ar é conhecido como Correntes Convectivas ou Turbulência.

ADVECÇÃO: Transferência de calor por intermédio de movimentos horizontais do ar Esse movimento é


conhecido como Vento.

Propagação do calor

2 - ESCALAS TERMOMÉTRICAS

As escalas empregadas para uso geral são a Celsius e a Fahrenheit. Nessas escalas, os termômetros são
“graduados”, para que forneçam leituras de temperaturas em “graus”. A conversão entre escalas pode ser
feita através de tabelas, computadores e por meio de fórmulas de conversão. Apresentamos, abaixo, a
conversão entre as Escalas Celsius e Fahrenheit:

C = F - 32
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IMPORTANTE: EFEITO ESTUFA - É o resultado do acúmulo na atmosfera de uma série de gases, dentre
eles o dióxido de carbono (CO2), metano, ozônio e óxido nitroso. Esses gases efetuam uma espécie de
filtragem, impedindo que o calor contido na radiação solar que penetra na atmosfera e incide sobre a

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superfície durante o dia, se disperse ou volte para o espaço à noite, favorecendo a retenção de calor na
atmosfera.

UMIDADE - VAPOR D’ÁGUA


O Vapor d’água não é um elemento componente da atmosfera, mas um elemento que está sempre
presente devido ao fenômeno da evaporação. O vapor d’água utiliza a atmosfera apenas como meio de
transporte, de região para região.
É interessante notar que durante a passagem do estado sólido para o líquido, e do liquido para o vapor,
ocorre a absorção de energia em forma de calor enquanto que durante o processo, ocorre a liberação de
calor.

Mudanças de estado físico

A presença da umidade na atmosfera pode ser verificada e medida através de diversos elementos, tais
como: umidade absoluta, umidade relativa e temperatura do ponto de orvalho.

 Umidade Absoluta (U.A.) É a quantidade, em gramas, de vapor d’água por unidade de volume, em
metros cúbicos, de ar. O máximo de vapor d’água que o ar pode conter é 4% de seu volume.

 Umidade Relativa(U.R.) É uma relação entre a quantidade de vapor de água presente em um dado
volume de ar e a quantidade máxima de vapor de água que este volume de ar pode conter. A
umidade relativa é expressa em percentagem e pode variar de 0% a 100%.

OBS: Um volume de ar está Saturado quando contém todo o vapor d’água possível. Sua umidade relativa é
100%.

IMPORTANTE: A Temperatura do Ponto de Orvalho (P.O.) é a temperatura que um volume de ar deve


atingir, para tornar-se saturado com o vapor d’água nele existente, à uma mesma pressão. Ao atingir a
temperatura do ponto de orvalho, observa-se que o ar se satura sem o acréscimo de vapor de água, mas pela
diminuição da capacidade de retenção do vapor desse ar.

VENTO

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A circulação atmosférica é definida como a movimentação do ar pela atmosfera. Os movimentos do ar
que ocorrem no sentido vertical recebem a denominação de correntes convectivas ou turbulência; e os
movimentos horizontais são chamados de ventos.
O vento é definido como sendo o ar em movimento aproximadamente horizontal, e ocorre quando existe
uma diferença de pressão entre duas regiões, ocasionadas por variações de temperaturas. Quando ocorrem
diferenças de pressão, se verificam fluxos de ar, de maior ou menor intensidade, proporcionalmente ao
gradiente de pressão, sempre fluindo da maior para a menor pressão.

OBS: O fluxo dos ventos é de suma importância para a aviação, pois interfere tanto nos processos de pouso
e decolagem (vento de superfície), quanto na navegação aérea em rota (vento de altitude).

1 - FORÇAS QUE ATUAM NOS VENTOS:

 Força do Gradiente de Pressão : É a diferença de pressão no sentido horizontal, considerada sobre


uma determinada distância;
 Força de Coriolis: Força aparente, oriunda da rotação da Terra, que desvia os ventos para a
esquerda no hemisfério sul e para a direita no hemisfério norte;
 Força de Atrito: Efeito provocado pela fricção do ar com o solo;
 Força Centrífuga: Força que tende a jogar o ar para fora de uma trajetória curva;
 Força da Gravidade: Força que atua atraindo o ar mais denso para baixo.

Os ventos são classificados na atmosfera de acordo com a proximidade com a superfície sendo o Vento
de Superfície o mais importante para as operações de pouso e decolagem das aeronaves:

2 - TIPOS DE VENTOS:

1. Vento de Superfície: ocorre até os primeiros 100 metros de altura (camada limite) e é inteiramente
influenciado pela Força de Atrito com a superfície e a Força do Gradiente de Pressão.

2. Vento Barostrófico: Ocorre de 100 a 600 metros (camada de fricção). Ocorrem exclusivamente
devido ao Gradiente de Pressão.

3. Vento Geostrófico: Resulta do equilíbrio entre a Força de Coriolis e do Gradiente de Pressão e


ocorre acima de 600 metros de altura, livre da camada de fricção.

4. Vento Gradiente: Resultante do equilíbrio entre a força do gradiente de pressão, de Coriolis e


centrífuga. É também conhecido como o vento real.

5. Vento Ciclostrófico: Aparece apenas nas latitudes equatoriais e tropicais resultante da Força do
Gradiente de Pressão e da Força Centrífuga. São os ventos dos furacões.

3 - OBSERVAÇÃO DOS VENTOS:

O fluxo geral dos ventos, num dado nível, deve ser expresso pelos seguintes elementos:

Direção: É o sentido de onde o vento vem, dado em graus, com relação ao norte magnético, para fins de
navegação e com relação ao norte verdadeiro ou geográfico para fins meteorológicos.

Intensidade ou velocidade do vento: é a distância horizontal percorrida por uma quantidade de ar durante
uma unidade de tempo. Para fins meteorológicos, usa-se o Nó (kt), que equivale a 1,852 Km/h ou 1 NM/h.

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Caráter: É o aspecto de continuidade com que se manifesta o vento, dentro de um certo período de tempo.
Quando varia em direção, é dito ser variável, e quando varia em velocidade num pequeno intervalo de
tempo, é chamado ser de rajada.

OBS: Os dados do vento e superfície são obtidos por um instrumento denominado anemômetro.

Anemômetro

VISIBILIDADE

A visibilidade é definida como o maior alcance visual, sem auxílios, à visão. Isto significa que a
atmosfera se encontra em um elevado grau de transparência, podendo se definir objetos de médio porte a
certas distâncias.
Sabe-se que observar um objeto nada mais é do que ver a luz difundida ou irradiada por ele. Na
realidade, esta difusão de luz por parte do objeto permite definir seus detalhes de formato, cor, dimensões.
Este mesmo objeto será facilmente visto ou não, dependendo da transparência da atmosfera. Se esta contiver
elementos restritores (vapor d’água, poeira) em quantidade suficiente para restringir a visibilidade, os
objetos à distância não poderão ser vistos.
A visibilidade mais importante para a aviação é a Visibilidade Horizontal que pode ser reduzida devido
à presença de algum hidrometeoro ou litometeoro:

 HIDROMETEOROS: São fenômenos meteorológicos formados pela agregação de moléculas de


vapor d´água em torno de núcleos de condensação ou higroscópicos (sal marinho, fuligem, pólens,
poeira, areia) por meio dos processos de condensação ou sublimação.
Ex: chuva, chuvisco, neve, nevoeiro, orvalho.

 LITOMETEOROS: São fenômenos meteorológicos que ocorrem com a agregação de partículas


sólidas suspensas na atmosfera, e que possuem UR maior que 80 %.
Ex: névoa seca, poeira, fumaça.

NUVENS

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Aglomerado de partículas de água, líquidas e/ou sólidas, em suspensão na atmosfera, formados a partir
da condensação ou sublimação do vapor d’água na atmosfera.
As nuvens estão sempre em constante modificação, assumindo as mais variadas formas, alterando
continuamente o tamanho, e, às vezes, o aspecto ou aparência.
A formação de uma nuvem acontece, quando uma parte do vapor de água contido na atmosfera passa
para o estado líquido ou sólido. Para que tal transformação se realize, é preciso que existam determinadas
condições:

 Alta umidade relativa e;


 Núcleos higroscópios ou de condensação (sal, pólens, fuligem, material particulado).

1 - CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

1.1. QUANTO AO ASPECTO FÍSICO

 ESTRATIFORMES – Possuem desenvolvimento horizontal, de pouca espessura; precipitação de


caráter leve e contínua. Caracterizam o ar estável e ausência de turbulências.

 CUMULIFORMES – Possuem desenvolvimento vertical, em grande extensão; surgem isoladas;
precipitação forte, em pancadas e localizadas. Caracterizam o ar instável ou agitado, com presença de
turbulências.

1.2. QUANTO À ESTRUTURA FÍSICA

 LÍQUIDAS: constituídas apenas por gotículas d’água.


 SÓLIDAS: constituídas apenas por cristais de gelo.
 MISTAS: constituídas por gotículas d’água e por cristais de gelo.

1.3. QUANTO AO ESTÁGIO DE FORMAÇÃO

Um dos critérios mais utilizados para a identificação e classificação de nuvens é pela altura de formação
de sua base:
ESTÁGIO   Região Regiões  Regiões
Tropical Temperadas Polares

Baixo até 2 km  até 2 km  até 2 km 

Médio de 2 a 8 km  de 2 a 7 km de 2 a 4 km

Alto  de 6 a 18 km de 5 a 13 km  de 3 a 8 km

1.4. QUANTO AO GÊNERO (TIPOS DE NUVENS)

A classificação das nuvens empregada no Atlas Internacional de Nuvens baseia-se, essencialmente, em


10 grupos principais, chamados “gêneros” que são mutuamente exclusivos, quer dizer, uma determinada
nuvem só pode pertencer a um único gênero. Estes são: cirrus, cirrocumulus, cirrostratus, altocumulus,
altostratus, nimbostratus, stratus, stratocumulus, cumulus e cumulunimbus:

NUVENS ALTAS
GÊNERO CARACTERÍSTICAS
Nuvens isoladas, aspecto delicado,
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sedoso ou fibroso encurvados irregularmente,


ou parecendo emaranhados, apresentando cor
Cirrus (CI)
branca brilhante,
Véu de nuvens esbranquiçado que cobre
inteira ou parcialmente o céu e dá origem ao
Cirrostratus (CS)
fenômeno do Halo
Camadas de nuvens brancas e brilhantes, de
aspectos granulados, podendo ser isolados ou
Cirrocumulus (CC)
muito próximos.
NUVENS MÉDIAS
GÊNERO CARACTERÍSTICAS
Camada de nuvem cinzenta, sombria, difusa
e bastante espessa, ocultando completamente
o sol.
Nimbstratus (NS)
Lençol de nuvens estriadas, cobrindo inteira
ou parcialmente o céu, deixando ver o Sol, ao
Altostratus (AS)
menos vagamente.
Banco ou lençol de nuvens brancas ou
acinzentadas, em forma de lâminas ou rolos.
Altocumulus (AC)

NUVENS BAIXAS
GÊNERO CARACTERÍSTICAS
Camada de nuvens esgarçadas de base muito
baixa e uniforme, coloração acinzentada e
Stratus (ST) que precipitam na forma de chuvisco.
Camada de nuvens cinzentas ou
Stratocumulus(SC) esbranquiçadas em forma de rolo

NUVENS DE GRANDE DESENVOLVIMENTO VERTICAL


GÊNERO CARACTERÍSTICAS
Nuvens isoladas, densas e de contornos bem
definidos. Seus topos são arredondados,
assemelham-se, por vezes a uma couve-flor
ou bolas de sorvete e têm coloração branca e
brilhante.
Cumulus (CU)
Nuvem densa e possante, de considerável
dimensão vertical, em forma de montanha ou
de enormes torres. produzem precipitações
fortes, relâmpagos, trovões, turbulência
Cumulunimbus (CB) generalizada e ventos de rajadas à superfície.

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Representação dos Gêneros de nuvens

NEVOEIROS
O nevoeiro é um tipo de hidrometeoro que tem como característica restringir drasticamente a
visibilidade a valores inferiores a 1.000 metros, chegando a inviabilizar, com freqüência, as operações de
pouso e decolagem, pois pode causar a restrição operacional de um ou mais aeródromos durante várias
horas, principalmente no sudeste e sul do Brasil.

Apresentam-se como fortes névoas coladas ao solo ou ligeiramente suspenso (nunca acima de 30
metros de altura).
Podem ser conhecidos regionalmente como: neblina, sereno, cerração e acontecem com mais freqüência
no inverno e na primavera.

OBS: Quando apresentar visibilidade de 1.000m ou mais, o fenômeno nevoeiro será denominado de Névoa
Úmida. Neste caso a umidade relativa pode variar entre 80% e 100%.

IMPORTANTE: O nevoeiro, em função da redução da visibilidade, pode ser classificado como:

 LEVE: Reduz a visibilidade a valores entre 500 e 1.000 metros;


 MODERADO: Reduz a visibilidade a valores entre 500 e 100 metros e;
 FORTE: Reduz a visibilidade a valores inferiores a 100 metros.

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De acordo com o processo de formação, os nevoeiros são classificados em nevoeiros de massa de ar e
nevoeiros frontais:

1. NEVOEIROS DE MASSAS DE AR: São aqueles que se formam no interior de massas de ar


(quente ou fria), normalmente provocados pelo resfriamento:

1.1 Nevoeiro de Radiação: Também conhecido como Nevoeiro de Superfície, é formado, geralmente, em
noites de céu claro, quando o solo perde calor rapidamente por efeito da radiação terrestre.

1.2 Nevoeiro de Advecção: Forma-se como resultado do movimento horizontal do ar sobre a superfície
terrestre (ar frio sobre superfície quente ou ar quente sobre superfície fria). Costuma apresentar os seguintes
tipos:

 Nevoeiro de vapor: Forma-se como resultado do contato de ar frio com superfície líquida aquecida.
É de ocorrência freqüente no outono e inverno, sobre mares, rios, lagos, lagoas e pântanos.

 Nevoeiro marítimo: Forma-se como resultado do contato de ar quente com superfície marítima fria.
É de ocorrência freqüente no verão das latitudes temperadas.

 Nevoeiro orográfico: Resultado de deslocamento lento e gradual de ar quente e úmido sobre a


encosta suave de uma elevação.

 Nevoeiro de brisa marítima: Forma-se como resultado do contato de ar marítimo quente com
litoral frio. É de ocorrência freqüente no inverno de latitudes temperadas e próximas aos pólos.

 Nevoeiro glacial: Resultado da sublimação do vapor d’água próximo à superfície e sob temperaturas
abaixo de-30ºC. Ocorre apenas nas latitudes polares.

1. NEVOEIROS FRONTAIS: Formam-se associados com frentes (fria ou quente), como resultado da
evaporação de precipitação leve e contínua proveniente de nuvem estratiforme, que cai dentro do ar frio:

 Pré-frontais: Ocorrem associados às Frentes Quentes.


 Pós-frontais: Ocorrem associados às Frentes Frias.

METEOROLOGIA AERONÁUTICA – CARLOS EDUARDO LINS 15


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TURBULÊNCIA
A turbulência resulta da agitação do ar, seja por flutuações do vento apresentando diferenças de direção,
velocidade ou direção e velocidade simultaneamente, ou provocada por fatores físicos ou térmicos que
interfiram no fluxo normal do ar.
Uma vez que as aeronaves operam nesse meio, é importante um melhor conhecimento deste fenômeno
que afeta o desempenho e pode por em risco sua segurança.

1. CLASSIFICAÇÃO:

1.1.Turbulência Convectiva ou Termal: Associada às correntes térmicas sobre os continentes


(principalmente durante as tardes de verão) ou oceanos (durante as noites). As nuvens cumuliformes são
indicadores da existência desse tipo de turbulência.

1.2. Turbulência Dinâmica: É provocada pelo gradiente de vento, seja na direção, na velocidade do vento,
ou em ambas e se divide em:

 Cortante de Vento (WIND SHEAR ): Surge da variação de velocidade e/ou direção do vento em
uma pequena distância, a baixa altura (até 600m) resultando num efeito de rompimento ou de corte,
provocando o ganho ou perda de sustentação da aeronave e colocando em sério risco os vôos,
principalmente nos procedimentos de pouso e decolagem.

METEOROLOGIA AERONÁUTICA – CARLOS EDUARDO LINS 16


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 Turbulência de Céu Claro (CLEAR AIR TURBULENCE - CAT ): Surge sem nenhuma indicação
visual, sob céu claro; geralmente está associada às Correntes de Jato (Jet Stream) com velocidades
acima de 50kt e de até 300kt em altitudes acima de 20.000 ft;

 Esteira de Turbulência: Surge nas trajetórias de pouso e decolagem, principalmente de aeronaves


de grande porte, quando são formados vórtices a partir de hélices, turbinas ou pontas de asas; as
aeronaves que se encontrarem atrás daquelas que geraram a esteira devem ter uma distância
adequada para não sofrerem acidentes sérios.

 Frontal: Ocorre sempre em presença de uma frente, sendo mais intensa nas frentes frias, porque
estas são mais rápidas e fortes. É mais notada em baixas altitudes.

1.3 - Turbulência Orográfica: Surge do atrito do ar ao soprar contra elevações montanhosas, a partir da
interferência do relevo no fluxo de vento, provocando movimento agitado do ar. Tem como característica a
presença de nuvens lenticulares.

METEOROLOGIA AERONÁUTICA – CARLOS EDUARDO LINS 17


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1.4 - Turbulência Mecânica ou de Solo: Provocada pelo atrito do ar ao soprar contra edificações e outros
obstáculos artificiais. Afetam particularmente os helicópteros e aviões pequenos, que voam a baixa altura.

2. INTENSIDADE: A identificação da intensidade da turbulência é muito difícil para a tripulação,


principalmente considerando o tipo de aeronave. O critério mais objetivo de classificação da intensidade da
turbulência é aquele que relaciona a aceleração vertical do avião com a gravidade terrestre:

 Leve: Variações momentâneas e suaves de altitude e/ou atitude da aeronave. A tripulação sente a
necessidade de utilizar o cinto de segurança, todavia os objetos soltos ainda continuam em repouso.

 Moderada: Os tripulantes podem ser lançados, ocasionalmente, para fora de seus assentos, sendo
imprescindível o uso do cinto de segurança. Há um maior deslocamento dos objetos soltos e torna-
se difícil andar a bordo da aeronave.

 Forte: A aeronave sofre acelerações verticais podendo ficar fora de controle. Os ocupantes são
violentamente pressionados pelos cintos, os objetos soltos são deslocados abruptamente e andar a
bordo é impossível. Devido aos violentos ziguezagues, os passageiros podem entrar em pânico.

 Severa: O vôo é absolutamente inseguro. Nessas circunstâncias, é impossível controlar a aeronave,


que pode sofrer danos estruturais irreparáveis.

MASSAS DE AR
Quando um grande volume de ar está em repouso ou se deslocando lentamente sobre uma superfície
uniforme, tende a adquirir as características de temperatura, pressão e umidade da superfície pela qual ela se
desloca, constituindo o que em meteorologia denominamos de MASSA DE AR.
Uma Massa de Ar nada mais é do que um vasto volume de ar, de grande espessura, que apresenta uma
certa homogeneidade horizontal e propriedades físicas quase uniformes ao mesmo nível, principalmente no
que concerne à temperatura, umidade e pressão.

METEOROLOGIA AERONÁUTICA – CARLOS EDUARDO LINS 18


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CLASSIFICAÇÃO DAS MASSAS DE AR

REGIÃO DE ORIGEM EQUATORIAL (E)

TROPICAL (T)
POLAR (P)
ARTICA (A)
ANTÁRTICA (A)
COM RELAÇÃO À TEMPERATURA QUENTE (W)
FRIA (K)
COM RELAÇÃO À UMIDADE CONTINENTAL (C) = SECA
MARÍTIMA (M) = ÚMIDA

Massas de Ar atuantes no brasil

FRENTES
Quando uma massa de ar avança na direção de outra, determina com seu limite dianteiro um fenômeno
denominado frente. Define-se FRENTE como a superfície limite entre duas massas de ar de características
heterogêneas. Isto é, massas de ar que apresentam quantidades de umidade, pressão e temperatura distintas.
Dependendo da formação e característica das massas de ar envolvidas, os fenômenos meteorológicos
associados fenômenos poderão ser mais ou menos violentos. As principais características que definem a
aproximação de uma frente são: a diminuição da pressão e o aumento da temperatura.

1.1. FRENTE FRIA:

A frente é denominada fria quando o ar frio desloca o ar quente ocupando o seu lugar. É evidente que,
quando a massa de ar mais frio avança em direção à massa quente, seu movimento fica facilitado, pois a
massa e ar frio é mais densa que a massa de ar quente. Por isso que as frentes frias são mais rápidas e
violentas.

Características principais:

 Deslocamento no Hemisfério Sul: de SW para NE;


 Instabilidade devido à ascensão do ar quente, com a formação de nebulosidade cumuliforme;
 Chuvas em forma de pancadas, além de trovoadas;
 Presença de Nevoeiro pós-frontal.

METEOROLOGIA AERONÁUTICA – CARLOS EDUARDO LINS 19


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1.2. FRENTE QUENTE:

A frente é denominada quente quando uma massa de ar quente avança sobre uma massa de ar frio e
ocupa seu lugar. Às vezes pode se caracterizar como o retorno da massa de ar frio que sofreu alterações. A
frente quente é a região de encontro entre essas duas massas de ar.

Características principais:

 Deslocamento no Hemisfério Sul: de NW para SE;


 Menor instabilidade, pois não ocorre a ascensão do ar frio.
 Nebulosidade estratiforme
 Precipitação leve e contínua.
 Presença de Nevoeiro pré-frontal.

1.3. FRENTE OCLUSA: Ocorre quando uma frente fria alcança uma frente quente e uma ou outra eleva
a parcela de ar mais quente.

METEOROLOGIA AERONÁUTICA – CARLOS EDUARDO LINS 20


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1.4. FRENTE ESTACIONÁRIA: É formada quando ocorre o equilíbrio de pressão entre a massa de ar
que empurra e a que antecede a passagem da frente, diminuindo a velocidade de deslocamento da frente (fria
ou quente).
TROVOADAS

O fenômeno conhecido como Trovoada designa as tempestades locais produzidas por nuvens
Cumulunimbus (CB). Principalmente para a aviação, ela constitui uma das condições meteorológicas de
maior risco, pois é responsável por uma série de fatores capazes de comprometer a segurança do vôo.
Durante uma trovoada, podem ocorrer fenômenos como ventos fortes, granizo, saraiva, descargas elétricas,
turbulência, tornados, formação de gelo e chuva intensa.
Embora as trovoadas sejam fenômenos típicos de verão, na região tropical ocorrem durante todo o ano;
nas regiões temperadas, durante a primavera, o verão e o outono e, nas regiões árticas ou antárticas,
ocasionalmente no verão.

1.1. ESTÁGIOS
O ciclo de vida de uma trovoada passa por três estágios consecutivos, cuja durabilidade e intensidade
dependerão dos fatores que deram origem ao fenômeno:

1ª.FASE - CUMULUS OU DESENVOLVIMENTO:

Ocorre o predomínio de correntes convectivas ascendentes, com o resfriamento, a condensação e a


formação de nuvens Cumulus; geralmente não ocorre precipitação neste estágio e a visibilidade é boa.
Costuma-se chamar os cumulus, nesta situação, como Grandes Cumulus ou Cumulus Congestus. Seus
topos podem atingir 18.000 pés (5.400m).

METEOROLOGIA AERONÁUTICA – CARLOS EDUARDO LINS 21


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2ª. FASE – MATURIDADE:

Ocorre com a formação do CB (extensão vertical até 18 km). Observa-se a incidência dos relâmpagos e
trovões, e tem inicio a precipitação em forma de pancadas de chuva ou granizo.
As correntes descendentes geram os ventos de rajada em superfície e ocorre forte turbulência sendo
máxima a condição de instabilidade atmosférica.
É estabelecido um equilíbrio entre as correntes ascendentes e descendentes.

Este estágio apresenta sérios riscos de acidentes para as aeronaves, com os instrumentos se tornando
não confiáveis devido à forte turbulência (ascendentes e descendentes muito intensas) e a energia envolvida.

3ª. FASE - DISSIPAÇÃO

Este estágio tem início logo que as correntes descendentes se espalham por toda a célula, neutralizando-
se a seguir. Com isso, cessa a alimentação de vapor d’água, a precipitação diminui e, em seguida, cessa. É a
morte da célula, pois grande parte dela logo se evapora, e com isso todos os fenômenos inerentes declinam
até o cessar total.
Esta fase também é caracterizada pelo aparecimento no topo do Cb de uma região conhecida como
bigorna, cabeleira ou penacho.

METEOROLOGIA AERONÁUTICA – CARLOS EDUARDO LINS 22


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1.2. PRINCIPAIS FENÔMENOS ASSOCIADOS ÀS TROVOADAS

Uma trovoada em sua plena fase de vitalidade constitui-se numa verdadeira “fábrica de mau tempo”,
representado pelos seguintes fenômenos:

 Precipitação
No interior da nuvem é líquida (chuva) nos níveis inferiores; é mista (chuva, granizo e neve) nos níveis
médios; e sólida (granizo e neve) nos níveis superiores.

 Turbulência
Provocada pelas correntes convectivas (ascendentes e descendentes), apresenta-se em todas as
intensidades possíveis, podendo provocar consideráveis alterações da altitude da aeronave, com remoinhos
irregulares, capazes de fazer gerar acelerações extremamente perigosas para a estrutura do avião.

 Relâmpago
O peso de certos cristais de gelo formados nos níveis médios e médio-superiores da nuvem (sobretudo o
granizo) faz com que eles caiam para camadas inferiores e colidam no caminho com gotas d’água. O
resultado é que se estilhaçam e eletrizam formando dois fluxos diversos: um descendente, que carrega a base
negativamente, e outro ascendente, que carrega o topo positivamente. A partir daí, os campos elétricos
formados ao redor das duas cargas intensificam-se e ionizam o ar ao redor, liberando uma tremenda
quantidade de energia em forma de centelhas não visíveis, que são o ponto de partida para a ocorrência dos
relâmpagos.

 Ventos de rajada
Ocorrem como resultado das correntes descendentes que, ao atingirem a superfície, sopram para fora da
vertical correspondente à nuvem. São bastante intensos e quase sempre servem como indicadores de
trovoada nas vizinhanças.

 Formação de gelo:
A grande quantidade de água propicia a formação de gelo na estrutura de um avião. Sendo o CB uma
nuvem cumuliforme, o gelo que irá se formar será predominantemente claro (mais perigoso) entre as
temperaturas de 0° C e -10° C. Em temperaturas inferiores outros tipos de gelo poderão aparecer.

FORMAÇÃO DE GELO EM AERONAVES


A formação de gelo é um dos maiores riscos que o conteúdo de água líquida na atmosfera pode
representar para a aviação. O gelo afeta uma aeronave tanto interna quanto externamente. Internamente, o

METEOROLOGIA AERONÁUTICA – CARLOS EDUARDO LINS 23


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gelo se forma nos carburadores e nas tomadas de ar, reduzindo a circulação do ar para os instrumentos e
motores.

Externamente, a acumulação de gelo ocorre nas superfícies expostas do avião, aumentando o seu peso e
a sua resistência ao avanço, diminuindo a sustentação. Quando ocorre nas partes móveis, como rotor e
hélices, afeta o controle da aeronave, produzindo fortes vibrações. Nos motores a reação a formação de gelo
na tomada de ar reduz sua área, causando um enriquecimento da mistura de combustível, causando um
aumento da temperatura. Isto pode, até mesmo, contribuir para apagar o motor.
Para a formação de gelo sobre a superfícies de aeronaves, são necessárias as seguintes condições:

 Presença de gotículas super-resfriadas;


 Temperatura do ar menor ou igual a 0ºC;
 Superfície da aeronave menor ou igual a 0ºC.

TIPOS DE GELO

CLARO: Também conhecido como: cristal, duro, liso ou


translúcido;
 É o mais pesado e perigoso,
 Formado por congelamento lento de grandes gotas
 Difícil remoção.
 Comum em ar instável em presença de nuvens
cumuliformes
 Temperatura do ar entre 0º C e - 10º C.

G
elo claro

ESCARCHA: Também conhecido como amorfo, opaco ou granulado:


 Mais leve e de Formação instantânea;
 Fácil remoção;
 Ocorre em ar estável na presença de nuvens estratiformes, entre 0º C e -
10º C
 Ocorre em ar instável em presença de nuvens cumuliformes, abaixo de
-10º C
 Deforma as superfícies aerodinâmicas.

Gelo opaco

METEOROLOGIA AERONÁUTICA – CARLOS EDUARDO LINS 24


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GEADA: São cristais de gelo, formados por sublimação, quando o vapor


de água entra em contato com a fuselagem muito fria. Forma-se em
camadas, finas e opacas e sobre pára-brisas.
Não pesa nem altera os perfis, mas afeta a visibilidade do piloto.
Sua formação ocorre, mais freqüentemente, nas aeronaves no solo.

Geada

EXERCÍCIOS

METEOROLOGIA

1. De uma forma geral, o estuda da meteorologia divide-se em:

a) Meteorologia pura e Meteorologia aplicada


b) Meteorologia pura e Meteorologia aeronáutica
c) Meteorologia agrícola e Meteorologia aeronáutica
d) Meteorologia aplicada e Meteorologia aeronáutica

2. A Meteorologia aeronáutica constitui um ramo específico da:

a) Aeronomia b) Meteorologia pura c) Meteorologia aplicada d) Macrometeorologia

A TERRA NO ESPAÇO

3. O verão no hemisfério sul começa quando a Terra se encontra no:


a) afélio b) periélio c) equinócio vernal d) equinócio outonal

4. As latitudes compreendidas entre os círculos polares e os trópicos denominam-se:

a) Árticas b)temperadas c) tropicais d) equatoriais

5. A terra gira em torno de seu eixo imaginário no sentido de ____ para ____:

a) E / W b) N / E c) W / E d) S / N

ATMOSFERA

6. O percentual de oxigênio na atmosfera é de:

a)78% b)93% c)21% d)100%

7. Não são considerados como elementos formadores da atmosfera:

METEOROLOGIA AERONÁUTICA – CARLOS EDUARDO LINS 25


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a) Oxigênio e Vapor d’água b) Ozônio e Impurezas
c) Vapor d’água e Impurezas d) Oxigênio e Nitrogênio

8. A camada da atmosfera que apresenta maior concentração gasosa e sofre o efeito direto do
aquecimento da superfície terrestre, é conhecida como:

a) exosfera b) ionosfera c) troposfera d) estratosfera

9. A ordem correta das camadas na atmosfera, tomando como referência a superficie, é:

a) troposfera, estratosfera, tropopausa, exosfera e ionosfera


b) troposfera, tropopausa, estratosfera, ionosfera e exosfera
c) estratosfera, tropopausa, troposfera, mesosfera e ionosfera
d) troposfera, tropopausa, ionosfera, estratosfera e exosfera

10. Sua característica principal é a isotermia. Estamos falando da:

a) Troposfera b) Tropopausa c) Ionosfera d) Exosfera


11. A camada que se inicia logo acima da tropopausa chama-se

a) Troposfera b) Eusoufera c) Ionosfera d) Estratosfera

12. Os fenômenos meteorológicos mais comuns e frequentes ocorrem na:

a) Troposfera b) Eusoufera c) Ionosfera d) Estratosfera

13. A difusão da luz solar começa a ocorrer na:

a) Estratosfera b) Exosfera c) Tropopausa d) Ionosfera

14. Quanto mais alto se sobe na TROPOSFERA, tem-se _______ pressão e _________ temperatura.

a) maior / menor b) maior / maior


c) menor / maior d) menor / menor

15. Quantidade de energia solar que atinge a terra após o processo de filtragem seletiva da atmosfera:

a) Radiação b) Irradiação c) Propagação d) Insolação

PRESSÃO

16. Ao peso exercido por uma coluna de ar sobre uma determinada área da superfície da Terra,
chamamos de:

a) Umidade b)densidade c)condensação d)pressão

17. A pressão atmosférica é fornecida por um instrumento denominado:

a) barômetro b)biruta c)termômetro d)anemômetro

18. A pressão atmosférica diminui com o(a):

a) diminuição de altitude b)aumento de altitude


c) aumento de velocidade d)aumento da densidade

CALOR E TEMPERATURA
METEOROLOGIA AERONÁUTICA – CARLOS EDUARDO LINS 26
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19. O transporte de calor na atmosfera no sentido horizontal chama-se:

a) advecção b) resfriamento c) condução d) convecção

20. Convecção significa:

a) albedo
b) insolação
c) transporte vertical de calor na atmosfera
d) transporte horizontal de calor na atmosfera

21. A passagem de calor diretamente de molécula a molécula, transferindo uma à outra a energia de
sua agitação até que todas estejam vibrando igualmente é a definição de propagação de calor por:

a) radiação b) condução c) advecção d) convecção

22. A transferência de calor à distância, através de meio rarefeito, sem que haja contato entre os
corpos, é a forma de propagação conhecida como:

a) radiação b) condução c) advecção d) convecção

UMIDADE

23. O vapor de água pode ocupar até _____% de determinado volume de ar da atmosfera:
a) 2 b) 4 c) 50 d) 100

24. Um volume de ar quente com sua capacidade máxima de conter vapor d'água atingida chama-se:
a) ar seco  b) ar úmido  c) ar saturado  d) ar puro

25. Uma parcela de ar saturado apresenta:


a) 100% de vapor d’agua b) 4% de umidade relativa
c) mais de 100% de umidade relativa d) 4% de vapor d’agua

26. Uma parcela de ar com 2% de vapor d’agua, encontra-se:


a) saturado b) seco c) úmido d) condensado

27. A temperatura do ar igual a temperatura do ponto de orvalho indica:


a) cristalização  b) evaporação  c) sublimação  d) saturação

VENTOS

28. A direção do vento para fins meteorológicos é dada em relação ao:


a) norte verdadeiro b)norte magnético
c) norte bússola d)rumo verdadeiro

29. O aparelho indicador de direção e de velocidade do vento é chamado:


a) anemômetros b)barômetros c)birutas d)termômetros

30. A força que faz fluir o vento na direção das pressões mais baixas, é chamada:

a) Força de Coriolis b) Força Centrífuga


c) Força do Gradiente de Pressão d) Força Centrípeta

31. Entende-se por Vento de Superfície aquele que:

METEOROLOGIA AERONÁUTICA – CARLOS EDUARDO LINS 27


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a) que ocorre até os 100 primeiros pés acima da superfície
b) que ocorre até os 100 primeiros metros acima da superfície
c) acima dos 100 primeiros metros acima da superfície
d) acima dos 60 primeiros pés acima da superfície

32. Vento de caráter variável apresenta inconstante sua:


a) Intensidade b) Velocidade c) Direção d) rajada
NUVENS

33. Elementos existentes na atmosfera que servem como NUCLEOS DE CONDENSAÇAO ?

a) Vapor d’agua b) Ozônio c) Impurezas d) Nebulosidade

34. Nuvens de grande extensão horizontal e pouca espessura, são classificada quanto ao seu aspecto
como:
a) convectivas b)cirriformes c)cumuliformes d)estratiformes
35. As nuvens de trovoada são do Gênero:
a) cumulus b)stratocumulus c)altocumulus d)cumulunimbus

36. As nuvens cumuliformes são:


a) CI/CS/CC/AC b) AC/CB/CC/CU c) CI/CS/AC/SC d) NS/SC/AS/CS

37. As nuvens altas são sempre de estrutura:


a) mista b)sólida c)líquida d)estratificada

38. Nuvens mistas, são formadas por:


a) água b) água e gelo c) gelo d) granizo

39. A nuvem designada pela abreviatura SC é:


a) Stratus b)Altostratus c)Cirrustratus d)Stratocumulus

40. A nuvem designada pela abreviatura AS é:


b) Stratus b)Altostratus c)Cirrustratus d)Stratocumulus

41. Nuvens de base alta são:


a) AC/AS/NS b) CI/CC/CS c) ST/SC/CU d) NS/CB/CU

42. Nuvens de base média são:


a) AC/AS/NS b) CU/CB/TCU c) SC/AC/CC/CS d) SC/ST/CU/CB

43. Nuvens de base baixa são:


a) AC/AS/NS b) AC/CB/TCU c) SC/AC/CC/CS d) SC/ST/CU/CB

NEVOEIROS

44. Chamamos nevoeiro, o hidrometeoro flutuante que restringe a visibilidade à um nível


a) Variável b)ilimitado c)superior a 1.000m d) inferior a 1.000m

45. Nevoeiro que restringe a visibilidade a 850 metros:


a) moderado b) leve c) forte d) nevoa úmida

46. Fenômeno semelhante ao nevoeiro, mas que restringe a visibilidade a 1000 metros ou mais e cuja
umidade relativa do ar pode variar entre 80% e 100%:
a) nuvem b) chuva c) névoa seca d) nevoa úmida

47. Nevoeiro também conhecido como “ nevoeiro de superfície “ :


METEOROLOGIA AERONÁUTICA – CARLOS EDUARDO LINS 28
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a) Radiação b) Frente c) Convecção d) Advecção

48. Nevoeiro causado por deslocamento de massa de ar quente e úmido sobre uma superfície mais
fria, chamamos de:

a) Radiação b) Frente c) Convecção d) Advecção

49. Quando ocorre deslocamento de ar frio para regiões onde exista água na superfície, sendo esta
relativamente quente, o nevoeiro que se formará pela condensação das partículas líquidas em
suspensão, será denominado:

a) marítimo  b) de vapor  c) orográfico  d) de radiação

TURBULENCIA

50. Uma aeronave em vôo apresentando agitações ascendentes e descendentes, tornando o vôo
desagradável, estará voando em:
a) Nevoeiro b)ar turbulento c)ar estável d)nuvens estratiformes

51. Turbulência observada em níveis elevados, geralmente acima de 20.000ft, associada a correntes de
jato, é do tipo:
a) mecânica b)térmica c)orográfica d)de céu claro

52. Turbulência que ocorre mediante atrito do vento contra obstáculos montanhosos, ocasionando
um turbilhonamento do ar?
a) Dinâmica b) Orográfica c) Térmica d) Wind shear

53. Turbulência causada em baixa altitude, ocasionada pela mudança de velocidade ou direção do
vento em uma pequena distância:
a) CAT b) WIND SHEAR c) Frontal d) Térmica

54. Fluxo vertical das massas de ar ascendentes ou descendentes, chamamos de:


a) Densidades b) Nuvens c) Correntes d) Rajadas

MASSAS/FRENTES

55. Um grande volume de ar sobre uma região, acaba adquirindo desta suas características físicas de
pressão, temperatura e umidade, tornando-se uma:

a) massa de ar b) trovoada c) névoa úmida d) frente estacionária

56. Não se constituem como regiões de origem de massas de ar, as latitudes:

a) Polares b)Tropicais c)Equatoriais d)Temperadas

57. Uma massa de ar equatorial marítima quente tem como classificação:

a)cEk b)mEk c)cEw d)mEw

58. As nuvens associadas a uma frente quente são tipicamente:

a) Cirriformes b) estratiformes c) cumuliformes d) de desenvolvimento


vertical

METEOROLOGIA AERONÁUTICA – CARLOS EDUARDO LINS 29


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59. A principal característica que define a aproximação de uma frente fria é ___________ da pressão e
_____________ da temperatura.

a) diminuição / diminuição b) diminuição / aumento


c) aumento / diminuição d) aumento / aumento

60. As frentes frias se deslocam no hemisfério sul DE / PARA:

a) SW / NE b) NW / SE c) NE / SW d) SE / NW

61. Quando duas superfícies frontais de temperaturas diferentes se encontram e uma ou outra é
elevada, chamamos de:

a) frente fria b) frente quente c) frente Oclusa d) frente estacionária

62. O nevoeiro pré-frontal ocorre, normalmente, associado a uma:


a) advecção do ar b) massa de ar quente c) frente fria d) frente quente

63. Quando o ar frio desloca horizontalmente o ar quente tem-se a formação de uma frente;
a) fria b)quente c)oclusa d)estacionária

TROVOADAS

64. “Cumulus”, “Maturidade” e “Dissipação” são as fases ou estágios de:


a) trovoada b)processo de advecção c)formação de gelo d)turbulência

65. Qual dos fenômenos abaixo não se associa a uma trovoada:


a) Relâmpago b) Granizo c) Nevoeiro d) Precipitação

FORMAÇÃO DE GELO EM AERONAVES

66. O gelo mais leve, de fácil remoção e de aspecto leitoso, que ocorre em nuvens cumuliformes com
temperatura abaixo de –10ºC é o:
a) claro b)cristal c)geada d)escarcha

67. O gelo mais perigoso para a aviação por ser pesado e aderente é:
a) geada b)amorfo c)claro ou cristal d)opaco ou escarcha

68. O gelo encontrado tanto em nuvens estratiformes quanto em cumuliformes é do tipo:


a) liso b) cristal c) claro d) escarcha

GABARITO
1- A 11 - D 21 - B 31 - B 41 - B 51 - D 61 - C
2-C 12 - A 22 - A 32 - C 42 - A 52 - B 62 - D
3-A 13 - A 23 - B 33 - C 43 - D 53 - B 63 - A
4-B 14 - D 24 - C 34 - D 44 - D 54 - C 64 - A
5-C 15 - D 25 - D 35 - D 45 - B 55 - A 65 - C
6-C 16 - D 26 - C 36 - B 46 - D 56 - D 66 - D
7-C 17 - A 27 - D 37 - B 47 - A 57 - D 67 - C
METEOROLOGIA AERONÁUTICA – CARLOS EDUARDO LINS 30
8-C 18 - B 28 - A 38 - B 48 - D 58 - B 68 - D
9-B 19 - A 29 - A 39 - D 49 - B 59 - B  
10 - B 20 - C 30 - C 40 - B 50 - B 60 - A  

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