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MODELO DE AÇÃO DE ALTERAÇÃO DE CLÁUSULA

ESTABELECIDA EM DIVÓRCIO QUANTO AO DIREITO


DE VISITA

Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Cível de ..............

(nome, qualificação, endereço e n.º do CPF), por seu advogado infra-


assinado, com escritório situado nesta cidade à rua , onde recebe intimações e
avisos, vêm, à presença de V. Exa., com fulcro nas disposições do art. 15 da Lei
n.º 6.515, de 26-12-77 e pelo procedimento dos arts. 693 e segs. do CPC, propor
AÇÃO ORDINÁRIADEALTERAÇÃO DE CLÁUSULAESTABELECIDAEM
DIVÓRCIO
contra (nome, qualificação, endereço e n.º do CPF), em vista das seguintes razões
de fato e de direito:

1. O suplicante é pai do menor ........ nascido em que se encontra sob a


guarda da suplicada, tal como ficou estabelecido por acordo e consequente
homologação judicial em tal sentido.

2. Por força de cláusula estabelecida nos autos do Processo n.º (divórcio),


ficou estabelecido que o suplicante teria ampla liberdade de visitar o menor,
desde que em horários compatíveis que não prejudiquem o estudo do mesmo,
ficando, ainda, facultado que o pai passasse determinado dia da semana com o
filho, estabelecido, ainda, ficou o direito do mesmo em passar um final de semana
por mês com o filho, o que seria de grande valia para o fortalecimento da
convivência entre pai e filho, objetivo maior das avenças e decisões em direito de
família, onde sempre se deve imperar o direito dos menores.

3. Não obstante o avençado, a suplicada vem criando os maiores


embaraços para que seja cumprido o que fora estabelecido e que é um direito do
suplicante como pai do menor.
4. É ressabido, aliás, que: “o cônjuge que detêm a guarda dos filhos
comuns, não pode embaraçar propositadamente o exercício do direito de visitas”
(Inácio de Carvalho Neto, Separação e Divórcio, 2.ª edição, Juruá, p. 347).
5. A suplicada não permite que o menor fique em companhia do pai, que
passe determinado dia da semana com o mesmo e nem um final de semana por
mês, tudo prejudicando o bom relacionamento que deve existir entre ambos.

6. O direito de visita do pai para o filho é irrenunciável e deve ser


exercido da forma avençada.

Não é digno, não é justo e não é correto, que o suplicante fique privado
do direito que possui de pai, para atender os caprichos e as vontades pessoais da
suplicada, que viaja com o menor quando bem entende, sem dar tal oportunidade
ao suplicante, e o que é mais grave sem dar a menor satisfação acerca do
paradeiro do menor, impedindo assim o direito de visita que fora estabelecido.

7. Desrespeitadas que estão sendo as condições ajustadas, é admissível o


manejo da presente ação que possui caráter modificativo, já se tendo decidido
que: “A guarda de filhos menores pela mãe e o regime de visitas podem, a
qualquer tempo, ser objeto de revisão, se a mãe criar dificul-dades ao direito do
pai”. (RT 433/101).

8. Por força do que dispõe o art. 15 da Lei n.º 6.515, de 26-12-77, os pais,
em cuja guarda não estejam os filhos, poderão visitá-los e tê-los em sua
companhia, segundo fixar o juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e
educação, devendo a suplicada ser advertida de tal regra legal.

9. A 2.ª Câm. Cív. do TJSC, na Ap. Cív. 32.044, decidiu que: “O direito
de visita, segundo a melhor exegese do art. 15 da Lei do Divórcio, visa à
preservação do afeto resultante do vínculo da paternidade. Da parte do pai ou
da mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, tem o sentido maior do dever”.

Garante o art. 1.589 do Código Civil: “O pai ou a mãe, em cuja guarda


não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que
acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua
manutenção e educação”.

10. A fim de se garantir o direito do suplicante de visitar e ter a companhia


de seu filho, tal situação não pode perdurar, merecendo um pronunciamento
judicial que venha repelir as atitudes da suplicada. Pelo que o suplicante pela
presente ação busca amparo judicial para ser alterada a cláusula constante do
divórcio para:
a) Se estabelecer dia e hora da semana para que o suplicante possa visitar seu
filho e tê-lo em sua companhia;
b) Se estabelecer um dia da semana (sábado ou Domingo) ou finais de semana
alternados para o menor permanecer com o pai;
c) Se estabelecer condições para as festividades natalinas e de passagem de ano,
de modo que o suplicante também possa ter o menor em sua companhia;
d) Se estabelecer condições para a permanência do menor em poder do suplicante
durante um período das férias escolares.

11. A vista do exposto, requer se digne V. Exa., designar audiência de


mediação e conciliação, citando-se a suplicada, para nela comparecer, acom-
panhado de advogado ou defensor público, sendo o caso, ficando ciente a mesma
que não havendo conciliação o prazo para contestação será de quinze (15) dias e
fluirá desta audiência, onde será a mesma intimada e lhe será entregue cópia da
petição inicial, adotando-se daí por diante o procedimento comum, até final
decisão, quando a presente haverá de ser julgada como procedente com a
finalidade de se alterar a mencionada cláusula posto que a suplicada nunca a
respeitou, condenando-se a suplicada nos efeitos sucumbenciais.

Requer a intervenção do representante do Ministério Público.

Protesta-se por provar o alegado por todos os meios de provas admitidas


pelo Direito.

Dá-se à causa o valor de .........

Nestes Termos,

Pede deferimento.

(local e data)

(assinatura e n.º da OAB do advogado)

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