O documento discute como a saúde e as doenças são processos sociais, não apenas biológicos. A autora Asa Cristina Laurell argumenta que as taxas e tipos de doenças variam entre classes sociais e países ao longo do tempo de acordo com fatores sociais e econômicos, não biológicos. O documentário "Herança Social" mostra como as condições insalubres nas favelas do Rio de Janeiro agravam a tuberculose ao longo de décadas, ilustrando como fatores sociais, e não biológic
O documento discute como a saúde e as doenças são processos sociais, não apenas biológicos. A autora Asa Cristina Laurell argumenta que as taxas e tipos de doenças variam entre classes sociais e países ao longo do tempo de acordo com fatores sociais e econômicos, não biológicos. O documentário "Herança Social" mostra como as condições insalubres nas favelas do Rio de Janeiro agravam a tuberculose ao longo de décadas, ilustrando como fatores sociais, e não biológic
O documento discute como a saúde e as doenças são processos sociais, não apenas biológicos. A autora Asa Cristina Laurell argumenta que as taxas e tipos de doenças variam entre classes sociais e países ao longo do tempo de acordo com fatores sociais e econômicos, não biológicos. O documentário "Herança Social" mostra como as condições insalubres nas favelas do Rio de Janeiro agravam a tuberculose ao longo de décadas, ilustrando como fatores sociais, e não biológic
Ao assistir aos documentários, atentem para a produção social da tuberculose
e de doenças relacionadas ao trabalho no corte da cana de açúcar e suas
relações com os argumentos discutidos no texto da Asa Cristina Laurell, apresentando os argumentos e conceitos discutidos no texto sobre a saúde- doença como processo social
O texto A saúde-doença como processo social da médica
epidemiologista Asa Cristina Laurell é um estudo sobre as relações entre o trabalho e a saúde. Discutindo se a doença é essencialmente biológica, ocorrendo questionamentos profundos sobre o paradigma dominante da doença que a conceitua como um fenômeno biológico individual, ou, ao contrário, social, na demonstração que a doença, efetivamente, tem caráter histórico e social. Para tanto é necessário um esforço no intuito de que haja reflexão sistemática sobre a forma de construir um objeto de estudo que possibilite o avanço do conhecimento, bem como no sentido de conceituar a causalidade, ou determinação, articulando o problema de saúde em articulação com outros problemas sócias. Entender o caráter histórico-social do processo saúde-doença, observando sua ocorrência na coletividade humana é a melhor forma de comprovar empiricamente o caráter histórico da doença. È necessário entender o modo de adoecer e morrer das coletividades e não apenas das individualidades, a exemplo do estudo da Tuberculose. Quando avaliada esta enfermidade, dentro de uma mesma sociedade, as classes que a compõem mostrarão condições de saúde distintas. Para exemplificar melhor, a autora escolhe como modelo para o estudo o país do México, entre 1940 e 1970, que registrou mudanças no perfil patológico em relação ao tipo de patologia e à frequência com que se apresenta. Assim a pneumonia, as gastrenterites e colites foram as principais causas de morte, desde a diminuição até quase erradicação de doenças infecciosas, a partir de campanhas de vacinação, por exemplo. Ao contrário, ocorre um aumento absoluto, nas taxas e no lugar que ocupam no quadro patológico, das doenças do coração, dos tumores malignos, das doenças do sistema nervoso central, do diabetes e dos acidentes. Pode-se constatar que as mudanças que inferem nas taxas são de caráter social, e não biológico. No Brasil, o documentário Herança Social realizado pela VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) no ano 2016, traz um recorte comparativo entre as condições de vida de pessoas que moram em favelas do Rio de Janeiro nos anos de 1971 e em 2015. A realidade é praticamente a mesma, quase não houve mudança, e se alguma mudança ocorreu provavelmente esta implica em quadro ainda mais agravado. As pessoas vivem em locais insalubres, com baixas condições de vida, na sua grande maioria sem direito a uma vida digna, em lugares sem saneamento básico, sem infraestrutura, e com condições mínimas para a saúde. Esses fatos agravam o número de casos e a situação das pessoas acometidas pela tuberculose, trazendo a ideia da hereditariedade social da doença, e não da hereditariedade biológica. Uma doença antiga, conhecida, decifrada e negligenciada sendo partilhada por quase quatro décadas entre os moradores daquela região, sendo necessário debater sobre a determinação social da saúde. A esse respeito ...
Linha de Corte autor José Roberto Novaes - Prof. da UFRJ