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1) O tema principal dos fragmentos é o tema central de sua obra que é sobre como

para ele tudo muda e está em constante mudança, " Não é possível entrar duas vezes
no mesmo rio" e complementa dizendo no seguinte fragmento "Aos que entram nos
mesmos rios afluem outras e outras águas; e os vapores exalam do úmido. ", ele
mostra que a partir do momento que você saiu do rio, no momento que entrar outra
vez, estará entrando em outro rio, uma vez que a água já evaporou e o rio já fluiu,
com você entrando em novas águas, a palavra fluir é a chave, para Heráclito tudo
flui, tudo muda. Outro fragmento que corrobora com o que disse é " Sol: novo a cada
dia", para ele o Sol, nasce, mantém-se, tem seu ápice, vai ficando mais fraco e
morre quando chega a noite, após a noite ele nasce novamente e se repete esse
ciclo, por isso ele diz que o Sol é novo a cada dia, pois ele está sempre mudando e
é sempre novo a cada dia com esse ciclo.
2) A arché para os pré-socráticos, seria o princípio único e que está presente em
todas as coisas, como, para Tales de Mileto é a água, para Heráclito seria que
tudo muda e que tudo flui, e ele explica a arché dele, quando dá o exemplo do rio
nos fragmentos L e LI : " Não é possível entrar duas vezes no mesmo rio" e "Aos que
entram nos mesmos rios afluem outras e outras águas; e os vapores exalam do úmido."
Outro fragmento em que ele também explica sua arché, é no XLII, quando diz: "O
mesmo é vivo e morto, acordado e adormecido, novo e velho pois estes, modificando-
se, são aqueles e, novamente, aqueles, modificando-se, são estes."
3)A palavra logos tem um significado muito amplo e foi utilizada, ao longo de toda
a filosofia, de muitas formas, e pode ser considerada tanto um primeiro conceito
filosófico para razão, quanto um princípio de ordem e beleza universal, isso varia
e depende do período e filósofo que a utilizou. Nos fragmentos, logos aparece como
um conceito de razão, o racional, o discurso e estrutura racional. Isso fica claro
no primeiro fragmento, quando ele cita que: " Ouvindo não a mim, mas o lógos, é
sábio concordar ser tudo-um." Fica perceptível nesse fragmento, que ele diz para
ouvir a razão, a racionalidade, em detrimento a ele próprio.
4)O XXIII, realmente explica o I, uma vez que o XIII utiliza a analogia dos cães
que latem para quem não conhecem, como uma forma de explicar e mostrar que as
pessoas não ouvem as ideias ou escutam quem também não conhecem, o que bate com
Heráclito dizendo que as pessoas deveriam ouvir não a ele, mas ao logos. Heráclito
faz uma perceptível comparação da ignorância humana com a harmonia dos movimentos
contrários ou a concordância do que é oposto, divergente, ele quer dizer que na
ignorância, o logos é a harmonia do mundo e que ele é capaz de dar harmonia até a
movimentos contrários, ou fazer divergentes concordarem, porque se as pessoas
desconfiam delas mesmas e não escutam ou não levam a sério os seus, apenas o logos
pode harmonizar a desarmonização e isso, realmente de certa forma, explica o
fragmento I, pois se você ladrará que nem um cão para mim pelo que falo, então não
me escute, escute o logos, pois ele é a resposta e a harmonia.

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